50126255-Dr-Zachrisson

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/4/2019 50126255-Dr-Zachrisson

    1/6

    tem designs mais simples que os fios

    de ao inoxidvel, mas no oferecemmuita melhora no sentido de obtermeus objetivos de tratamento. Comodiscutido pelo Dr. Rubin no Editorial daedio do ms de junho da revista The

    Angle Orthodontist, a prxima geraode fios ortodnticos ter ndices de de-flexo da carga semelhantes ao nqueltitnio, permitir que o ortodontistafaa dobras de primeira e segunda or-dens, ser rgido, embora malevel,

    01 - Qual a sua opinio sobre

    os fios ortodnticos da nova

    gerao? Dr. Omar Gabriel da

    Silva Filho

    Os fios superelsticos so uma for-ma excelente e conveniente, emboracara, de se iniciar o tratamento orto-

    dntico. O primeiro fio, tanto na ma-xila como na mandbula, de todos osmeus casos com adolescentes e adul-tos, um fio pr-contornado BioforceSentalloy .016 x .022 inferior. Estesfios superelsticos so excelentes parase iniciar a correo de rotaes e pro-duzir o alinhamento inicial dos bra-quetes para que os fios de ao inoxi-dvel dobrados possam ser utilizadospara controlar a forma do arco e o mo-

    vimento de corpo dos dentes. Os fios

    superelsticos tm pouco valor no ni-velamento vertical de curvas de Speeseveras e sobremordida anterior pro-funda. Eles tambm so consideravel-mente menos rgidos que os fios de aoinoxidvel para movimento em corpona mecnica de deslizamento e quan-do utilizados com elsticos Classe II.Por esta razo, continuo a utilizar oao inoxidvel para esses movimentosdentrios. Os fios beta-titnio permi-

    Entrevista

    A Dental Press tem dado grande nfase Ortodontia e Ortopedia Facial brasileira atravs destaseo Entrevista. Coube-nos a misso de entrevistar o Dr. Zachrisson durante o Congresso Internacionalde Ortodontia de Israel, em Eilat. Agora cabe-me a misso de apresent-lo e o fao com enorme satisfao

    e honra. Trata-se de uma tarefa at facil de ser cumprida, pois o Dr. Zachrisson um dos profissionaisda Ortodontia mais conhecidos, respeitados e solicitados no mundo inteiro. Muito jovem iniciou os seusestudos relativos integrao da ortodontia e a periodontia. Dedicou-se em seguida colagem de braquetese tubos aos dentes, bem como s superfcies de restauraes metlicas e de porcelana.

    Portador de um senso minucioso de perfeio desenvolveu tcnicas de excelncia de acabamentoe de reteno das correes ortodnticas. Esta procura constante o levou s pesquisas relacionadas aesttica facial, dentria e do sorriso. Atualmente se dedica ao atendimento multidisciplinar com a finalidadede dar ao aparelho mastigatrio o melhor desempenho relativo a funo, esttica e estabilidade. Apresentauma enorme produo cientfica de artigos, livros e cursos ministrados em todo o mundo.

    Profundo conhecedor das bases biolgicas, pesquisador dedicado, excelente profissional clnico econferencista diferenciado com uma capacidade mpar de comunicao, este colega e amigo noruegus,que j esteve duas vezes no nosso pas ministrando cursos e que por certo se tornar ainda mais conhecidoe respeitado, enriquecendo a todos ns.

    Kurt Faltin Junior

    Bjrn Zachrisson e Kurt Faltin Jr.

    para permitir a forma de arco padroe ter a colorao do dente.

    02 - Qual a perspectiva do en-

    xerto sseo para a movimenta-

    o ortodntica nas reas de

    grande perda periodontal? Dr.

    Omar Gabriel da Silva FilhoA melhora da espessura vestibulo-lingual e da altura vertical do ossoalveolar em reas restitudas podeocorrer por meio de ROG (Regenera-o ssea Guiada) e RTG (Regenera-o Tecidual Guiada) utilizando-semembranas com e sem enxerto sseoou o Emdogain. No entanto, vriosortodontistas como os Drs. Stepovich,Tuverson e Turley nos EUA e os Drs.Fontanelle, Diedrich e Wehrbein na Eu-

    ropa demonstraram que possvel mo-vimentar molares de corpo para reasde osso alveolar de espessura reduzi-da sem dano periodontal. Estas des-cobertas foram verificadas histologi-camente por LINDSKOG-STOKLAND etal. Alm disso, eu diria que no futuroestaremos utilizando muito mais astcnicas de ROG na Ortodontia e nosimplantes dentrios individuais do queesto sendo utilizadas hoje.

    Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.5, n.2, p.1-6 - mar./abr. - 2000 1

  • 8/4/2019 50126255-Dr-Zachrisson

    2/6

    03 - O senhor recomenda com

    freqncia a fibrotomia gengi-

    val para evitar a recidiva de ro-

    taes dentrias bem como a

    recidiva do diastema interinci-

    sivos superiores? Dr. Adilson Luiz

    Ramos

    Desde os estudos originais realiza-

    dos por Edwards mostrando que a fi-brotomia circunferencial eficaz paraevitar o apinhamento, o procedimen-to tem sido de interesse para os orto-dontistas. No entanto, com o uso dis-seminado dos retentores linguais co-lados, realizo menos fibrotomias atual-mente do que fazia h alguns anosatrs. Minha impresso hoje que asfibrotomias so indicadas para rota-es severas, e no para rotaes me-nores. Minha tcnica, que simples esegura, recomendada pelo Dr.Dragoo, um periodontista de So Fran-cisco que utiliza cortes interdentrios

    verticais vestbulo e lingualmente aoinvs de abordar ao redor dos dentesna rea dos sulcos. Com os cortes ver-ticais no h risco de recesso gengi-

    val vestibular ou lingual e perda deaderncia, mesmo nos tecidos finos.

    As fibrotomias so realizadas depoisde corrigidas as posies dentrias e,

    com freqncia, juntamente com ou-tras formas de cirurgias menores talcomo as frenectomias (recolocao dofreio em uma direo gengival) egengivectomias simples com o objeti-

    vo de alongar a coroa. Vejo mais indi-cao para as fibrotomias na maxilado que na mandbula. O Dr. Boese re-latou uma combinao de fibrotomiae desgaste e afirma que tem alcana-do resultados estveis durante quatroa nove anos sem a conteno no arco

    inferior. No entanto, estou muito sa-tisfeito com meus resultados a longoprazo utilizando o retentor lingual co-lado com adesivos de terceira geraosem fibrotomia nas situaes de roti-na em adolescentes e muitos pacien-tes adultos.

    04 - O senhor utiliza o aparelho

    de Herbst para correo da

    Classe II por retrognatismo

    mandibular e em qual idade? Dr.

    Adilson Luiz Ramos

    No. Eu no utilizo o aparelho deHerbst ou qualquer outro aparelho deavano da mordida em meu consult-rio para corrigir relaes Classe II. Arazo que no estou certo sobre opotencial de efeitos colaterais, que

    pode incluir a inclinao para frentedos incisivos inferiores, possvel ins-tabilidade a longo prazo dos resulta-dos alcanados com o tratamento noplano sagital e potenciais problemascom a ATM.

    O invs disso, para as correesda Classe II na maxila progntica comperfis labiais protrusivos (FIG. 1A),utilizo uma combinao de ancora-gem extrabucal de trao alta e arcotranspalatino grande (FIG. 2A-B). A

    ancoragem extrabucal utilizada se-gundo os princpios de Teuscher comarcos externos curtos extras prximoao centro de resistncia maxilar. A an-coragem extrabucal utilizada noi-te e durante 3 a 4 horas durante odia e, para assegurar a cooperao eo estmulo, os pacientes so solicita-dos a apresentar o quadro de uso daancoragem extrabucal em todas asconsultas.

    Em casos mais difceis com man-dbulas retrognticas (FIG. 1B), meuobjetivo seria influenciar o processo decrescimento diferencial entre o cresci-mento do cndilo, o crescimento doprocesso alveolar e a erupo dos den-tes superiores. Mantendo-se os mola-res superiores verticalmente e liberan-

    do-se a ocluso, alcana-se um efeitomximo para frente com o crescimen-to normal da mandbula. Isto seme-lhante ao que acontece no final doperodo do crescimento ps-puberal,com o crescimento mandibular pros-seguindo embora o crescimento damaxila tenha finalizado. Portanto, mi-nha tcnica tentar inibir o crescimen-to para baixo da face mdia e evitar aerupo dos molares superiores. Isto feito combinando-se barra transpa-

    latina com um loop aumentado (FIG.2B) e ancoragem extrabucal de tra-o alta com fora baixa. Ram Nandademonstrou que ao se utilizar um apa-relho de Nance de acrlico por maisde um ano, a intruso ativa dos mo-lares superiores realmente possvel.

    A barra transpalatina com loop au-mentado age de maneira semelhantea um aparelho de Nance, mas maishiginica. Em casos em que os incisi-

    FIGURA 1 - Dois pacientes Classe II, Diviso 1 com padres esquelticos diferentes. Opaciente da FIG. 1A possui uma maxila progntica e mandbula normal enquanto que opaciente da FIG. 1B possui uma maxila normal e mandbula retrogntica. A diferena nopadro esqueltico evidente mesmo a partir de fotografias de perfil. Como conseqn-

    cia, as abordagens de tratamento ortodntico sero diferentes (ver texto).

    A B

    Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.5, n.2, p.1-6 - mar./abr. - 2000 2

  • 8/4/2019 50126255-Dr-Zachrisson

    3/6

    o com retentores colados, se aplic-vel ao caso.

    A intruso seletiva de dentes indi-viduais ( la Vince Kokich) apenas res-taura uma posio tima original dosdentes que so supra-irrompidos sub-seqentemente a uma fratura de co-roa ou tipo semelhante de dano. A in-

    truso seletiva de tais dentes ser,portanto, estvel. Semelhantemente, aintruso de um segmento de incisivosinferiores para nivelar uma curvamarcante de Spee em casos Classe IIcom trespasses horizontais grandesrestaura a posio normal dos inci-sivos aps uma sobre-erupo prviados dentes. Esta sobre-erupo acimado plano oclusal funcional ocorre pelaausncia de contato com os incisivossuperiores e, conseqentemente, a cor-

    reo deve ser considerada estvel.Nesta conexo, gostaria de enfa-

    tizar que, atualmente, no nos esfor-amos para intruir ativamente os in-cisivos superiores na maioria das si-tuaes de sobremordida mais pro-funda. Novas informaes sobre a dis-posio dos dentes em conversaonormal e com os lbios em repousodeixaram claro que esconder os inci-sivos superiores atrs do lbio su-

    ro, os pacientes continuaro a exigir eesperar aparelhos muito mais imper-ceptveis. Bob Kusy em Chapel Hill estrealizando uma pesquisa interessantesobre fios dento-coloridos produzidospor uma tcnica chamada poltruso,embora seus experimentos ainda seencontrem em estgio experimental.

    Ainda no estou certo de que as tcni-cas linguais iro ou no cativar. Istobasicamente porque a posio de tra-balho para os ortodontistas naOrtodontia lingual desconfortvel einconveniente. No entanto, as fixaeslinguais tambm se tornaram marca-damente melhores antes que aOrtodontia lingual se mostrassesignificante na Ortodontia de rotina.

    06 - O que o senhor poderia co-

    mentar sobre as estabilidadesps-intruso unitria e mlti-

    pla? Dr. Hlio Terada

    Falando de maneira genrica, con-sideraria-se que a movimentao den-tria no plano vertical do espao ti-

    vesse a mesma tendncia recidivaque qualquer outro tipo de movimen-tao dentria. Isto implica que elatenha de ser completamente corrigidae preferivelmente colocada em conten-

    vos inferiores precisam ser ou podemser inclinados para frente, eu faria istoutilizando elsticos pesados e curtosClasse II com foras de 10-12 onasem cada lado ao invs de um arco in-ferior completo (FIG. 3).

    05 - Diante dos avanos tcni-

    cos dos materiais ortodnticos,como o senhor v o futuro da

    Ortodontia? Dr. Hlio Terada

    Devido aos muitos avanos tcni-cos ocorridos nos ltimos anos, aOdontologia em geral e a Ortodontiaem particular nunca foram to agra-dveis de se trabalhar como hoje. Ofuturo tambm parece ser extrema-mente brilhante. Aparelhos estticos efios melhorados sero indiscutivel-mente desenvolvidos no futuro tornan-

    do os aparelhos ortodnticos quaseinvisveis. No momento, nenhuma dasalternativas estticas ou dento-co-loridas so boas. Por essa razo, atu-almente utilizo muitos braquetes re-

    vestidos de ouro em meus pacientesortodnticos, particularmente na man-dbula e nas partes posteriores da den-tadura superior. A satisfao do pa-ciente com tais acessrios maior doque o esperado. No entanto, no futu-

    FIGURA 2 - Ancoragem extrabucal de trao alta (A) e barra transpalatina grande (B)utilizadas para corrigir ms-ocluses Classe II.

    BA

    FIGURA 3 - Elsticos curtos e pesados uti-lizados para correo da Classe II. Os els-ticos curtos, pesados, algumas vezes po-dem atuar do primeiro pr-molar superiorao primeiro molar inferior ou do canino su-perior ao segundo pr-molar inferior.

    Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.5, n.2, p.1-6 - mar./abr. - 2000 3

  • 8/4/2019 50126255-Dr-Zachrisson

    4/6

    perior no o desejado, exceto noscasos com sorrisos gengivosos mar-cantes e em alguns casos periodon-tais com migrao dentria. O con-ceito se aplica cirurgia ortognticae prottica, mas tambm Ortodon-tia, evidentemente. Isto significa quea intruso nas sobremordidas profun-

    das so realizadas na mandbula, uti-lizando-se arcos-base para no seenvelhecer os pacientes desneces-sariamente. Isto discutido em maisdetalhes em um artigo de minha au-toria sobre os aspectos verticais dadisposio dentria e do sorriso, pu-blicado na edio de julho de 1998da revista Journal of Clinical Ortho-dontics.

    07 - Considerando-se que as

    superfcies vestibulares dos

    dentes so perfeitas, que os

    braquetes utilizados tambm

    so perfeitos e que a tcnica

    utilizada para colagem est

    correta, quais so as indica-

    es para a introduo de do-

    bras em fios retangulares? Dr.

    Kurt Faltin Jr.

    As razes da necessidade de se fa-zer dobras no fio devem-se ao fato de

    que os fios retos iro automaticamen-te subcorrigir as relaes dos pontosde contato (a chamada Ortodontia 9/10), subtratar as assimetrias dos la-dos direito e esquerdo no torque decoroa e raiz e, tambm, por causa da

    variao biolgica na resposta ao tra-tamento. A variao individual notorque de coroa de cada categoria dedentes considervel. Em um estudoexcelente publicado na edio de ju-lho de 1997 da revista American

    Journal of Orthodontics and Dentofa-cial Orthopedics escrito pelos Drs.Ugur e Yukay de Ankara Turquia,os desvios-padres para todas as ca-tegorias diferentes de dentes geral-mente foram da ordem de 5 tornan-do os valores mdios para o torquenos braquetes relativamente sem sig-nificado.

    Alm disso, o torque da coroa dosdentes deve ser individualizado e cor-

    relacionado ao tamanho da baseapical dos pacientes. Por exemplo, um

    indivduo com base apical superior es-treita (FIG. 4A-B) deve ter torque retode coroa ou at mesmo vestibular nasreas de canino e pr-molar (FIG. 4C-D). Por um outro lado, um pacientecom maxila larga pode necessitar detorque lingual na coroa. O perigo deno se analisar este problema ade-quadamente e, assim, no introduzirdobras nos fios, ilustrado na FIG.5A-D onde os efeitos de um aparelhostraight-wire pr-ajustado reduziram

    a aparncia esttica do sorriso em umpaciente com base apical de tamanhonormal na maxila. Em outras pala-

    vras, o paciente nos pareceu melhorantes (FIG. 5A-B) do que aps o tra-tamento ortodntico (FIG. 5C-D)!

    Parece que esta informao tonova que, no presente, muitos ortodon-tistas parecem no saber como fazer oexame clnico quanto s avaliaes es-tticas na cadeira durante o tratamen-

    to ortodntico. Tanto as avaliaes ver-ticais como transversais bem como os

    julgamentos sobre a linha mdia de-vem ser realizados diretamente defrente (FIG. 6). Tambm quando horade serem feitas as verificaes clni-cas para correo das relaes dospontos de contato entre dentes indivi-duais, um nmero considervel deortodontistas parece no estar alertasobre como fazer uma correo e an-lise crtica. Para os dentes inferioresser necessrio comparar os resulta-dos em direo ao final do tratamento

    com a aparncia original nos modelospr-tratamento. Para os dentes supe-riores, deve-se usar tambm um espe-lho clnico para se enxergar melhorquais correes so necessrias emcada caso individual.

    Em minha opinio, h somente anecessidade de se ter braquetes pr-torqueados para os incisivos centraissuperiores, segundos molares supe-riores e caninos inferiores. Para os

    FIGURA 4 - A maneira como a natureza compensa uma base apical superior es-treita inclinando as coroas dos dentes superiores vestibularmente como obser-vado neste paciente Classe III com tendncia a mordida aberta (A-B). C) mostraa aparncia extrabucal 4 anos aps o tratamento e D) mostra a condio intrabu-cal ps-tratamento. Observe os excelentes efeitos estticos produzidos pelo torquena coroa.

    A C

    B D

    Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.5, n.2, p.1-6 - mar./abr. - 2000 4

  • 8/4/2019 50126255-Dr-Zachrisson

    5/6

    no-tratada. Por razes funcionais, melhor ter pr-molares e molares in-feriores verticalizados para que o ris-co de induo a interferncias de ba-lanceio seja reduzido. Os caninos in-feriores tambm podem apresentaruma tendncia de lingualizao duran-te o tratamento e, no momento, estou

    experimentando braquetes com dife-rentes graus de torque vestibular nacoroa destes dentes. Os aparelhos maispr-ajustados apresentam torque lin-gual na coroa definido para os cani-nos inferiores, que algumas vezes podeservir para aumentar a tendncia delingualizao destes dentes.

    08 - Quais so os seus princpi-

    os com respeito harmonia fa-

    cial e esttica? Dr. Kurt Faltin

    Jr.

    Para dar uma resposta curta a umproblema difcil e desafiante, vou melimitar anlise esttica frontal da facerealizada na posio de repouso, emconversao normal e sorrindo.

    No plano vertical do espao, douateno e tento criar:

    a) Uma curva dos incisivos supe-riores paralela ao contorno interno dolbio inferior;

    b) uma curva suave, gradual dosdentes anteriores aos posteriores;c) uma apresentao tima rela-

    cionada idade dos incisivos supe-riores com os lbios relaxados e du-rante uma conversao normal.Como regra geral este conceito im-

    primeiros e segundos molares inferio-res onde a maioria dos sistemas pr-

    ajustados apresenta um torque lingualmarcante na coroa, eu utilizo braque-tes com torque zero. A razo para estadeciso que os braquetes no-tor-queados na realidade iro agir comoum freio inclinao lingual das co-roas dos molares. No estudo dos Drs.

    Ugur e Yukay onde os resultados cl-nicos com a utilizao de braquetes

    edgewise padro e braquetes de Rothforam comparados, verificou-se quenos dois grupos os primeiros molaresinferiores foram inclinados maislingualmente aps o tratamento orto-dntico do que os primeiros molaresinferiores em uma amostra normal

    A C

    B D

    FIGURA 5 - Efeito indesejado do aparelho ortodntico pr-ajustado. A utilizao semcontrole do aparelho resultou no torque lingual dos caninos e dentes posteriores nopaciente jovem do sexo masculino com largura normal pr-tratamento da base apicalsuperior. Observem a diferena no torque da coroa antes (A-B) e aps (C-D) o trata-mento. A aparncia esttica melhor antes do tratamento! Este efeito ficar desaper-cebido se o resultado do tratamento no for analisado de frente (ver Figura 6).

    FIGURA 6 - Posies preferidas paciente/mdico para se fazer avaliaes estticas durante o tratamento ortodntico. Quando acabea do paciente posicionada na lateral do apoio de cabea da cadeira, possvel que o ortodontista estude a face do pacientee a dentio diretamente de frente.

    Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.5, n.2, p.1-6 - mar./abr. - 2000 5

  • 8/4/2019 50126255-Dr-Zachrisson

    6/6

    Adilson Luis Ramos

    - Conselho EditorialCientfico da Revista DentaPress de Ortodontia eOrtopedia Maxilar.

    - Graduao pela Fac.Odontologia de Bauru -USP.

    - Ex-Residente do Setor de Ortodontia do

    Hospital de Reabilitao de Bauru - USP- Professor de Ortodontia do Departamento de

    Odontologia da Universidade Estadual deMaring - PR.

    - Coordenador do I Curso de Aperfeioamentoem Ortodontia promovido pelo Instituto dePesquisas odontolgicas, em convnio coma Universidade Estadual de Maring.

    - Coordenador do II Curso de Especializaode Ortodontia promovido pela Assoc.Maringaense de Odontologia (regional ABO- Maring).

    Hlio Terada

    - Mestrado pela Universidadede Araraquara - SP.

    - Doutorando pela mesmainstituio.

    - Professor de Ortodontia daUEM - UniversidadeEstadual de Maring - PR.

    - Coordenador do I Curso de Especializao

    em Ortodontia promovido pela AMO -Associao Maringaense de Odontologia,Regional ABO.

    - Professor do II Curso de Especializao daAMO.

    Kurt Faltin Jr.

    - Ps-graduado em OrtopediaMaxilar pela Universidadede Bonn-Alemanha

    - Doutorado (Dr. medicinadentstica) em Ortopediapela Universidade de Bonn-Alemanha

    - Professor titular da disciplina de Ortodontiada UNIP

    - Coordenador do curso de Especializao emOrtodontia da UNIP

    Omar Gabriel daSilva Filho

    - Coordenador do Curso deAtualizao em OrtodontiaPreventiva e Interceptativa,promovido pela PROFIS(Sociedade de PromooSocial do Fissurado Lbio-Palatal) - Bauru /SP.

    - Professor do Curso de Especializao emOrtodontia promovido pela PROFIS(Sociedade de Promoo Social doFissurado Lbio-Palatal) - Bauru / SP.

    - Ortodontista do Hospital de Pesquisa eReabilitao de Leses Lbio-Palatais daUniversidade de So Paulo, em Bauru.

    plica em se ter uma exposio oquanto menor possvel dos incisivosinferiores;

    No plano transversal do espao,meus objetivos incluiriam:

    d) simetria do torque entre os ca-ninos e pr-molares nos lados direi-to e esquerdo da boca de cada pa-

    ciente;e) um torque na coroa dos cani-

    nos superiores, pr-molares e mola-res relacionado ao tamanho da baseapical. Os dentes importantes paraobteno de sorrisos completos semexpanso so os dentes mais poste-riores exibidos no sorriso, cujotorque na coroa deve ser relativa-mente reto na maioria dos casos;

    f) evitar a inclinao lingual doscaninos, pr-molares e primeiros esegundos molares inferiores. Isto porrazes estticas e funcionais.

    Com respeito s linhas mdiasquero ter as linhas mdias dentriassuperior e inferior coincidindo coma linha mdia superior centrada nomeio do arco do Cupido do lbio su-perior.

    09 - Depois de visitar o Brasil

    duas vezes ministrando cur-

    sos, qual a sua opinio sobrea situao da Ortodontia em

    nosso pas? Dr. Kurt Faltin Jr.

    No h dvidas de que o nvel daOrtodontia no Brasil muito bom nomomento que a qualidade da Orto-dontia no pas, como no restante domundo, est sempre melhorando.Durante meus cursos e palestras emcongressos internacionais no Brasil,encontrei, ouvi e discuti questes daOrtodontia com muitos profissionais

    excelentes e interessados. Vocs pos-suem lderes e professores de desta-que como os Drs. Miguel Benvenga,Carlos Vogel, Ana e Roberto Lima,Roberto Trevisan, voc e outros. Isto uma garantia a aes em cadeiapara a nova gerao de jovens orto-dontistas em seu pas. Ao mesmotempo, diria que tenho a impressode que parece haver uma tendnciade alguns ortodontistas brasileiros

    de seguirem os ensinamentos deseus gurus americanos muito literal-mente. Isto pode criar um atrito des-necessrio entre as diferentes esco-las de pensamento. Uma maior indi-

    vidualizao e variao das aborda-gens de tratamento como estamoshabituados a ver na Europa prova-

    velmente reduzia os mal-entendidose levaria os adeptos de filosofias di-ferentes mais prximos um do ou-tro. Nenhuma filosofia da Ortodon-tia possui todas as respostas e, cer-tamente, precisamos ouvir uns aosoutros e trocar informaes e expe-rincias.

    Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.5, n.2, p.1-6 - mar./abr. - 2000 6