24
Revista SOMERJ - 1

Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

  • Upload
    lydien

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

Revista SOMERJ - 1

Page 2: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

2 - Revista SOMERJ

Page 3: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

Revista SOMERJ - 3

editorial

C aríssimo associado, ao tomar em suas mãos a nova edição de nossa revista, terá oportu-nidade de, caminhando por suas páginas, seguir na com-

panhia de temas que tem sido alvo de inquietações da categoria médica. Tão rotineiros quanto variados mostram--nos que não podemos esmorecer e tampouco acomodar-nos em atitudes individualistas quando está em pleno desenvolvimento a desconstrução da imagem do médico como ator principal no cenário das ações no campo da saú-de. Perdoem-me os termos ator e cená-rio, que não são do meu agrado, mas trata-se de substantivos utilizados pelas autoridades que se dizem competen-tes. Cabem bem, contudo, porque é de costume ser esta uma peça dramáti-ca encenada no dia a dia de todos nós tendo como elenco uma sociedade desprotegida de seus direitos.

Assim por ser, também, de costu-me, na seção Entrevista terão oportu-nidade de ver o pensamento da pre-sidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), Dra. Be-atriz Costa. Em Opinião, Dr. Paulo Ge-raldes discorre sua visão sobre ações restritivas em recente Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM). A caminhada segue através da Acupuntu-ra, tão questionada como ato exclusi-vo da prática médica, sob o olhar da Dra. Melania Sidorak. A perícia médica, seja na área civil seja na esfera traba-lhista, atravessa rumos perigosos, sob a

É de costumeameaça de remuneração inconsistente e invasão de não médicos na elabo-ração de laudos médicos, e é na ex-periência e na excelência do trabalho do Dr. Eduardo Oliveira que podemos encontrar elementos para compreen-são do momento atual. Outras seções como a dos eventos dão colorido à necessária aglutinação do movimento médico, tão necessário para a manu-tenção da unidade em nossa luta por novas conquistas. Em Notícias do Cre-merj nos abastecemos de informações, através da presidente Dra. Marcia Rosa, mostrando-nos avanços e fatos contra os quais já nos habituamos a estar aten-tos e lutar, como é de costume.

Seguimos na defesa dos médicos na Saúde suplementar, conquistando a retirada de CID nas guias da TISS, com amparo em decisões judiciais e em nossa permanente luta pela defesa do sigilo médico, barrando tentativas de ultrapassá-lo em franco confronto com a Lei em vigor.

Toda travessia tem riscos. A histó-ria dos navegantes portugueses, con-sagrada na passagem pelo cabo das Tormentas por Bartolomeu Dias, é con-tada em versos por Camões. Nos mos-tra, de forma análoga, que precisamos atravessar estes mares tormentosos em busca de nossa dignidade e de mais humanidade aos nossos assistidos e ao dobrar estes obstáculos nominá-los de Boa Esperança, como feito pelos na-vegantes após ultrapassá-lo. Nós médi-cos o faremos, como é de costume.

José Ramon Varela BlancoPresidente

A perícia médica, seja na área civil seja na

esfera trabalhista,atravessa rumos

perigosos, sob a ameaça de remuneração

inconsistente einvasão de não

médicos naelaboração de laudos

Page 4: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

4 - Revista SOMERJ

Diretoria para o triênio 2011 / 2014

CONSELHO FISCAL 2011/2014Efetivos: Dr. Paulo César Geraldes, Makhoul Moussalem,Nelson Nahon - Suplentes: Edilma Cristina Santos Ribeiro,Sonia Ribeiro Riguetti, Serafim Ferreira Borges

Sumário

Associação Médica em RevistaAno VIII - nº 49 - Jul / Ago / Set de 2012Órgão Oficial da SOMERJ - Associação Médica doEstado do Rio de JaneiroRua Jornalista Orlando Dantas, 58 - Botafogo Rio deJaneiro - RJ - CEP: 22231-010Telefax: (21) 3907-6200e-mail: [email protected]: www.somerj.com.brRevista de periodicidade trimestralTiragem: 20.000 exemplaresOs artigos publicados nesta revista são de inteiraresponsabilidade de seus autores, não expressando,necessariamente a opinião da SOMERJ

Assoc. Méd. Norte Fluminense-ItaperunaDr. João Paulino da Silva PrazeresAssoc. Méd. da Região dos Lagos - Cabo FrioDr. Marcelo Tutungi PereiraAssociação Médica de Angra dos ReisDr. Ywalter da Silva Gusmão JrAssociação Médica de Barra do PiraíDrª. Carmem Lúcia Garcia de SouzaAssociação Médica de Barra MansaDr. Maxwell Goulart BarretoAssociação Médica de Duque de CaxiasDr. Cesar Danilo Angelim LealAssociação Médica de ItaguaíDr. Adão Guimarães e Silva

Associação Médica de MacaéDr. Marcelo Batista RizzoAssociação Médica de MaricáDr. João Ferreira de SouzaAssociação Médica de Nova IguaçuDr. Alexandre de Moraes MonteiroAssociação Médica de Rio das OstrasDr. André Carvalho GervazioAssociação Médica de TeresópolisDr. José Alberto Telles FalcãoAssociação Médica FluminenseDr. Benito PetragliaAssoc. Méd. Meritiense - São João de MeritiDr. Dario Féres Dalul

Socied. Flum. de Med. e Cirurgia - CamposDr. Almir Abdala Salomão FilhoSocied. de Med. e Cirurgia do RJ - Rio de JaneiroDrª. Marília de Abreu e SilvaAssociação Médica de Nova FriburgoDr. Carlos Alberto PecciSociedade Médica de PetrópolisDr. Mauro Muniz PeraltaSociedade Médica de Volta RedondaDr. Jorge Manes MartinsSociedade Médica Vale doItabapoanaDrª Edmar Rabello de Morais

Realização, produção e publicidade:LL Divulgação Editora Cultural LtdaRua Lemos Cunha, 489 - Icaraí - Niterói - RJTel/Fax: 2714-8896 - CEP: [email protected] Responsável:Verônica M. de Oliveira - Rg. Mtb 23534-RJ JPMTEDiretor:Luthero Azevedo SilvaDiretor de MarketingLuiz Sergio A. GalvãoCooordenação EditorialKátia S. MonteiroDesign GráficoLuiz Fernando Motta

José Ramon Varela BlancoPresidenteAngela Regina Rodrigues VieiraVice-PresidenteGlauco BarbieriSecretário-GeralArnaldo Pineschi A. Coutinho1º SecretárioJosé Roberto A. Ribeiro2º SecretárioBenjamin B. de Almeida1º TesoureiroAbdu Kexfe2º TesoureiroThiers Marques MonteiroDiretor Científico e de Ensino MédicoFrancisco Almeida ConteDiretor de Eventos e DivulgaçãoDario Feres DalulDiretor de Marketing e EmpreendimentosSilviano Figueira de CerqueiraOuvidor-GeralFlamarion Gomes DutraVice-Presidente da CapitalAdão Guimarães e SilvaVice-Presidente da Região Costa VerdeMaurilio Ribeiro SchiavoVice-Presidente da Região SerranaJoão Tadeu Damian SoutoVice-Presidente da Região NorteGeorge Thomas HenneyVice-Presidente da Região NoroesteGilson de Souza LimaVice-Presidente da Região SulJulio Cesar MeyerVice-Presidente da Região Centro-SulAmaro Alexandre NetoVice-Presidente da Região MetropolitanaHildoberto Carneiro de OliveiraVice-Presidente da BaixadaGilson Vianna da CunhaVice-Presidente da Região dos Lagos

Reunião da SOMERJ em Macaé

Mais saúde, direito e boas parcerias

Encontro da SOMERJ em Campos reune filiados

Reunião da SOMERJEntrevista

Evento

Notícias do CREMERJ

Especialidades

Notícias das afiliadas

Opinião

Matériade capa

Pág. 05

Pág. 12

Pág. 08

Pág. 14

Pág. 16

Pág. 10

Pág. 18

Pág. 20

Pág. 21

Dra. Beatriz Rodrigues Abreu Costa

Paulo César Geraldes

DELEGADOS À AMB - Efetivos: Efetivos: Abdu Kexfe, Alkamir Issa, Eduardo Augusto Bordallo, Luís Fernando Soares Moraes, Márcia Rosa de Araujo, Marília de Abreu e Silva, Sidnei Ferreira. Suplentes: Adão Guimarães e Silva, Flamarion Gomes Dutra, Francisco Almeida Conte, George Thomas Henney, José Estevam da Silva Filho, José Roberto Azevedo Ribeiro, Thiers Marques Monteiro.

Afiliadas da SOMERJ

Eduardo de Oliveira

Santos

Acupuntura,especialidade médica

na China e no Brasil.Melania Sidorak

Eventos

Page 5: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

Revista SOMERJ - 5

evento

Reunião da SOMERJ

em Macaé

AO evento muitoprestigiado pelos

médicos locais, contou ainda com a

presença da Secretária Municipal de Saúde,

Dra. Liane Bernadete Mackey

Dra. Sonia Maris

Dr.Glauco Barbieri, Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr.Marcelo Rizzo, Dra. Sonia Maris,Dr. José Ramon V. Blanco e Dra. Liane Bernadete Mackey

Dr. André Pimentel, Dr. Glauco, Dr. Carlindo Machado, Dr. José Ramon, Cons. Luís Fernan-do, Dra. Angela Regina Vieira, Dr. João Tadeu Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio.

Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo eDr. Glauco Barbieri

SOMERJ- Associação Mé-

dica do Estado do Rio de

Janeiro realizou sua 2ª Reu-

nião anual de Diretoria e

Conselho Deliberativo, no

dia 16 de junho de 2012, na Associa-

ção Médica de Macaé.

A noite anterior contou com a pre-

sença da Prof.ª Sonia Maris, que apre-

sentou um resumo sobre a situação da

dengue no Estado do Rio de Janeiro

e uma abordagem dos casos mais gra-

ves. O evento, muito prestigiado pelos

médicos locais, contou ainda com a

presença da Secretária Municipal de

Saúde, Dra. Liane Bernadete Mackey.

O Presidente da Associação Médi-

ca de Macaé, Dr. Marcelo Rizzo, brin-

dou os presentes com um impecável

jantar dançante.

Na Reunião, após a manifestação

dos presentes, o Presidente da SO-

MERJ, Dr. José Ramon Varela Blanco,

ressaltou a importância do compare-

cimento dos Presidentes e represen-

tantes das Filiadas no que se refere ao

movimento associativo. Ele encerrou a

reunião agradecendo a presença de

todos e parabenizou o Dr. Marcelo

pelo congraçamento na noite anterior,

lembrando a importância da tríade:

ciência / associativo / político.

Fotos: Azul Limão

Page 6: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

6 - Revista SOMERJ

evento

40 anos de muitas realizações

Unimed Federação Rio

A40 anos de muito trabalho e realizações.

Esta é a trajetória da Unimed Federação Rio,

criada a partir desonhos e ideais e

consolidada, hoje, como uma empresa

vencedora. Nada mais natural que a data fosse

comemorada emgrande estilo, no dia

17 de agosto, com uma festa no Jockey Club, no

centro do Rio

lém do Presidente da Fe-

deração Rio, Euclides Malta

Carpi; do Vice-Presidente,

Abdu Kexfe; e de seus

Diretores Gilson Lima, Emil-

son Ferreira Lorca e Fábio Monnerat,

estavam presentes os Presidentes da

Central Nacional Unimed, Mohamad

Akl; da Unimed Seguros, Rafael Moli-

terno Neto; da Federação do Espírito

Santo, Alexandre Augusto Ruschi Filho;

da Unimed do Estado de São Paulo,

Humberto Jorge Isaac; da Federação

do Estado de Minas Gerais, da Unimed

Santos, Raimundo Vianna de Macedo;

e da Unicred Central RJ, Ricardo Rober-

to Alves; os diretores da Seguros Uni-

med, Helton Freitas; da Central Nacio-

nal Unimed, Rodolfo Pinto Machado de

Araújo; da Unimed do Brasil, Valdmario

Rodrigues Junior; Paulo César de Araujo

Rangel; o Assessor da Unimed do Bra-

sil, José Abel Ximenes; Presidentes, Di-

retores e colaboradores das Unimeds

fluminenses.

Também participaram os presiden-

tes do Cremerj, da Somerj e de empre-

sas parceiras da Federação Rio.

A decoração remetia os convida-

dos a uma viagem através de sua his-

Confraternização durante o jantar

Banda Barrados no Baile anima a festa

Fotos: Renato Antunes

Fábio Nasser Monnerat, Abdu Kexfe, Gilson de Souza Lima, Euclides Malta Carpi e Emilson Ferreira Lorca

Euclides Malta Carpi e José Ramon Varela Blanco, Presidente da Somerj

Page 7: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

Revista SOMERJ - 7

dos nós, médicos do Estado do Rio de

Janeiro. Temos muitas coisas a realizar

e todos vocês, dirigentes e colabo-

radores, tenho certeza vão colaborar

para tornar a marca Unimed cada vez

mais forte. O cooperativismo médico

é o real representante e defensor do

médico brasileiro - afirmou.

Eudes de Freitas Aquino disse tra-

zer, como mensageiro, um abraço fra-

terno cooperativista de todos aqueles

que fazem o cooperativismo médico

brasileiro.

- Em dezembro, o cooperativismo

médico completa 45 anos de existência.

Somos uma empresa dirigida por médi-

cos para a prestação de saúde – frisou.

Ele parabenizou toda a Diretoria

da Federação Rio, os colaboradores e

médicos cooperados, ou seja, a família

unimediana fluminense por essa vitória

de completar 40 anos, vitória que, cer-

tamente, será registrada nos arquivos do

cooperativismo brasileiro.

Ao final da cerimônia, o Presidente

da Unimed Santos, singular pioneira do

Sistema Unimed, Raimundo Vianna de

Macedo, entregou uma placa comemo-

rativa à data a Euclides Malta Carpi.

A Federação Rio ainda agradeceu

o apoio para a festa da Central Nacional

Unimed, da Vida Emergências Médicas,

da Seguros Unimed e do Hospital Santa

Teresa.

Logo após o jantar, todos se diver-

tiram ao som da banda “Barrados no

Baile”.

tória, uma verdadeira linha do tempo,

que começava em 20 de agosto de

1972, quando a Federação Rio foi fun-

dada, marcando os principais momen-

tos da sua trajetória. Pensada nos míni-

mos detalhes, elementos do passado

dispostos sobre as mesas do “lounge”

traziam à tona lembranças da infância

como balas Juquinha, chiclete Adams

e mentex, símbolos da época a ser

lembrada.

Representando os médicos do Es-

tado, Márcia Rosa de Araújo, ressaltou

o papel das Unimeds no mercado de

trabalho do médico.

- Não podemos pensar no mer-

cado de saúde suplementar para os

médicos que lutam anualmente para

conseguir seu reajuste de honorários,

já que não existe legislação que deter-

mine esse reajuste, se não houvesse as

Unimeds. Nós precisamos da coopera-

tiva porque ela é o esteio da nossa car-

reira na área privada, além de sustentar

as nossas reivindicações quando pre-

cisamos enfrentar os gestores públicos

de saúde - observou.

Ela destacou ainda a importância

das federadas investirem nos quadros

dos cooperados, procurando pensar

no futuro da categoria.

- A Unimed baliza o movimento

médico - afirmou.

Euclides Malta Carpi agradeceu aos

dirigentes que vieram de seus Estados,

como representantes do Sistema Uni-

med nacional, para comemorar esta

data tão marcante para a Federação

Rio. Ele ainda agradeceu a todos o em-

penho em ultrapassar as dificuldades

nesse mercado tão controlado e com-

petitivo quanto os das operadoras de

saúde.

- São 40 anos de vivência, muitas

dificuldades, mas também, tenho cer-

teza, muitas vitórias marcantes para to-

Convidados dançaram a noite inteira

Gilson de Souza Lima, Marcia Rosa de Araújo, Fábio Nasser Monnerat, Emilson Ferreira Lorca, Abdu Kexfe, Eudes de Freitas Aquino e Euclides Malta Carpi

Decoração retrô segue a linha saudosista

Page 8: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

8 - Revista SOMERJ

matéria de capa

Ae seus desafiosA perícia médica

Eduardo de Oliveira Santos

A perícia médica é um ato médico de alta

complexidade,demandando grande

dedicação doprofissional que a

realiza, sendo justa e compatível uma

adequadaremuneração

pecuniária

Médico do Trabalho, Perito Judicial desde 1975, Superintendente de Perícia Médica e Saúde Ocupacional do Rio de Janeiro

participação médica em processos judiciais acontece ,tanto na esfera do poder ju-diciário federal quanto na do estadual. No âmbito federal ocorre em ações na qual uma das Partes é um ente pú-

blico federal (Varas Federais) ou naquelas relacionadas ao vínculo trabalhista privado ou público (autarquias ou de economia mista) que transcorrem nas Varas do Tra-balho.

Na esfera estadual esta atuação ocor-re, principalmente, em varas cíveis (algumas especializadas em acidente do trabalho), de fazenda pública, além de outras, estan-do relacionadas com demandas que visam ações de acidente do trabalho, responsa-bilidade civil, investigação de paternidade, interdição/curatela, etc.

Entretanto, é curioso observar que ações de acidente do trabalho, às quais o réu é o órgão segurador oficial-INSS (ins-tituição federal), transcorrem em Varas Cí-veis ou de Acidente do Trabalho da justiça ordinária estadual, ficando a pergunta por que não cursam no âmbito federal (Justi-ça Federal e/ou Justiça do Trabalho) já que uma das Partes é um ente público federal?

Questionamento a parte sobre o local mais adequado ou devido para tramitação das ações contra o órgão segurador fe-deral, é fato que com a promulgação da Emenda Constitucional 45 de 12/2004,

todas as ações relacionadas ao vínculo laboral empregatício passaram a ser apre-ciadas pela Justiça do Trabalho (artigo 114 da EC 45/04), muito embora tendo aquelas contra o segurador oficial (INSS) ainda per-manecido na esfera do judiciário estadual, talvez por herança da época em que as seguradoras particulares eram responsá-veis pelo seguro previdenciário.

Assim sendo, naquela especializada em que a participação pericial médica acontecia visando apuração de condi-ções ambientais insalutíferas e/ou pericu-losas, esta atuação médica passou, face à competência decorrente da EC 45, a ser demandada em processos de indeniza-ção por danos materiais, morais, estéticos, nulidade de dispensa com reintegração do vínculo laboral, pedidos de pensões. Tudo em decorrência de enfermidades ou lesões adquiridas em razão do exercício laborativo (acidentes do trabalho ou do-enças ocupacionais).

Por outro lado, se anteriormente as ações trabalhistas para avaliações de con-dições ambientais laborativas insalubres e/ou periculosas que obedeciam aos nor-mativos da CLT e parametros técnicos do Ministério do Trabalho e Emprego (NR-15 da Portaria MTE 3214/78), representavam 100% da atuação médico pericial trabalhis-ta; hoje representam apenas 10%, enquan-to que as ações para reparação de danos passaram a ser responsáveis por 90% das

Page 9: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

Revista SOMERJ - 9

atuais perícias médicas trabalhistas. Tal mudança no paradigma médico

pericial trabalhista, reflexo da vigência da EC 45, trouxe também à reboque duas outras consequências:1- Assistência judiciária gratuita;2- Nomeações de profissionais não médi-cos para realização de ato médico.

As ações indenizatórias que corriam na esfera do judiciário estadual eram, mui-tas vezes, beneficiárias de justiça gratuita, bastando apenas ao Autor manifestar por escrito sua hipossuficiencia financeira para que lhe fosse concedida a benesse. Ocor-re que tal benefício deve ser entendido somente como devido para taxas e atos processuais cartorais, não devendo abran-ger honorários periciais, pois estes pos-suem caráter alimentício.

Os peritos mais atuantes e experien-tes geralmente têm na atuação pericial sua maior, ou até mesmo única, fonte de renda. Na prática, entretanto, constatamos que muitos profissionais mais novos se aventu-ram na área pericial pensando que a remu-neração por sua atuação judicial possa vir a representar receita importante que tradu-zir-se-á em um plus financeiro maior que o gerado por uma consulta em consultório.

A inexperiência judiciária destes pro-fissionais os faz concordar com o recebi-mento de seus honorários ao final (só pago se perdedora a parte financeiramente ro-busta –Empresa Ré, já que o Autor é bene-ficiário de assistência judiciária gratuita), o que os faz incidir em infração ética, posto que o artigo 96 do Capítulo XI do Código de Ética Médica (Resolução CFM 193/2009 publicado em 13/10/2009) veda ao mé-dico:

“Receber remuneração ou gratificação por valores vinculados à glosa ou ao suces-so da causa, quando na função de perito ou de auditor”; isto para não se entrar no mérito de que o Perito nada receberá se nada encontrar na perícia que possa vir a representar um resultado positivo para o Autor na Lide; o que poderá implicar em questionamentos à sua atuação (suspeição de tendenciosidade) .

Cedo tais profissionais vão compreen-der que para ser Perito não basta possuir bom conhecimento técnico e a nomeação de um Juiz; é necessário ainda e principal-mente, dedicação plena à atividade peri-cial que implica em significativa disponibili-dade temporal para realização de exames médicos nos autores, inspeções em seus locais de trabalho, análise de seus exames complementares, elaboração de laudo técnico detalhado, consultas processuais nas Varas Trabalhistas e ainda frequente-

mente, responder a esclarecimentos apre-sentados pelas Partes, após a entrega do laudo médico pericial.

A perícia médica é um ato médico de alta complexidade, que demanda grande dedicação do profissional que a realiza, sendo justa e compatível uma adequada remuneração pecuniária.

Diante disso, cristalino perceber que o valor dos honorários periciais deva ser bem superior ao de uma consulta médica, posto que implicará em comprometimen-to temporal e dedicação inúmeras vezes maiores que àquela.

Por outro lado, a Justiça do Trabalho tem procurado encontrar um “modus operandi” que atenda aos objetivos so-ciais dos trabalhadores carentes, no que se refere às pericias médicas, e assim foram promulgados:a- Provimento 09/2007 Corregedoria do TRT/RJ- publicou tabela estabelecendo um teto de remuneração para as perícias tra-balhistas (médicas, de engenharia, contá-beis e outras);b- Resolução nº 35/2007 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho- regu-lando antecipação máxima (R$350,00) e pagamento limite (R$1.000,00) de hono-rários periciais pelos Tribunais Regionais do Trabalho, nos casos de concessão de assistência judiciária gratuita a autor carente de recursos; estabelecendo ainda que os honorários serão de responsabilidade da União e somente pagos após o trânsito em julgado da ação (podendo acontecer até em 10 ou mais anos);c- Resolução no 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho- reafirma o contido na Resolução 35/2007 deste mes-mo Conselho; e, d- Ato 88/2011 do TRT/RJ- honorários à final pagos pelo TRT se o RTE for sucum-bente, corroborando os valores de adian-tamento e limite dos honorários periciais.

A atuação pericial gratuita não deve ser imputada a estes Auxiliares da Justiça, posto gerar infração ética (aviltamento de remuneração e atre-lamento ao sucesso da causa) e repre-sentar ainda estabelecimento de limite de honorários por quem não é Par te processual.

Assim é o entendimento do CFM, expressado pelo Parecer 34/2010; “O ato pericial em medicina é privativo e exclusivo do médico que, quando de-signado por autoridade judiciária, tem direito a ser remunerado quando, sem impedimentos, aceitar sua feitura”.

Acatar a elevada designação de perito não é sinônimo de aceitar tra-

balhar de graça ou por honorários avil-tados ou simbólicos, como costuma acontecer nos processos de assistên-cia judiciária gratuita (AJG). Nesse tipo de processo, frequentemente seus protagonistas trabalham condignamen-te remunerados (juiz, promotor, téc-nico judiciário, oficial de justiça e es-crivão percebem dos cofres públicos; e os advogados das par tes com AJG estabelecem contratos de risco com seus constituintes) e o único a quem pretendem imputar trabalho de graça é ao perito.

Assim sendo, depreende-se que o médico nomeado perito deva aceitar essa honrosa indicação, porém, impor-ta ressaltar a estimativa dos honorários é prerrogativa exclusivamente sua, con-forme preceituam os Capítulo II, inciso X, do Código de Ética Médica (CEM), que declara ser direito do médico “es-tabelecer seus honorários de forma justa e digna”; e Capítulo XI, ar tigo 98, capítulo único: “O médico tem direito a justa remuneração pela realização do exame pericial”.

Caso as Par tes não desejem arcar com o custo pericial ou o magistrado estabeleça parâmetros remuneratórios diversos dos preceituados pelo CEM, entende-se presente o “motivo legíti-mo” para recusa do encargo pericial.

Outrossim, temos detectado indica-ções judiciais de profissionais não mé-dicos (fisioterapeutas, enfermeiros, bió-logos, professores de educação física, fonoaudiólogos etc) para realização de perícias médicas, configurando a acei-tação destes profissionais em realizá-los em exercício ilegal da profissão (ilícito penal), já que tal atuação é de compe-tência privativa médica por se tratar de Ato Médico, conforme previsto na RESO-LUÇÃO CFM nº 1.627/2001 - ATO MÉDI-CO- em seu Artigo 3º: “as atividades de coordenação, direção, chefia, perícia, auditoria, supervisão e ensino dos pro-cedimentos médicos privativos incluem-se entre os atos médicos e devem ser exercidos unicamente por médico”.

Por derradeiro, importa enfatizar que a Medicina é uma profissão de em-penho, dedicação, envolvimento e não de resultados, e que a atuação pericial implica em que o perito médico, além de suas atribuições e responsabilidades habituais, estará desenvolvendo uma ati-vidade extraordinária e de colaboração com o Poder Judiciário.

Lembremos de quanto vale o médi-co: o médico sempre vale muito!

Page 10: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

10 - Revista SOMERJ

opinião

Paulo César GeraldesMédico, Especialista em Psiquiatria pela ABP/AMB, Especialista em Psiquiatria pelo IP/UFRJ, Mestre em Saúde Coletiva pelo IMS/UERJ, Doutor em Saúde Mental pelo IP/UFRJ, Conselheiro do CREMERJ, Diretor Secre-tário da Associação Psiquiátrica do Estado do Rio de Janeiro, Diretor Financeiro da UNIMED-Rio

Ah... se Dilma fosse médica!!!

ONão tenho dúvida que se Dilma, Lula,

Fernando Henrique ou qualquer outro

Presidente fossemédico a lei do ato

médico seria sancionadaceleremente

s desafios éticos perma-

nentemente surgem e se

renovam à medida em que

fatos novos e antigos se

unem e obrigam a procu-

ra de novas soluções. A recém-criada

Lei da Ficha Limpa, por exemplo, é uma

ideia muito bem intencionada, mas,

que se revelou um equívoco jurídico

insanável. A tentativa é louvável, pois

objetiva resolver o problema da dita

corrupção deslavada que assola nos-

so país. Porém, ao invés de atacar a

questão de frente e seriamente, cria o

absurdo jurídico que é o de um plus

extra de penas além das penas já pagas

por quem anteriormente fora conde-

nado. É óbvio que seria mais justo pu-

nir os que já têm comprovada a ação

corrupta. Só que aí é muito simples e

corre-se o risco de cortar na própria

carne de quem é o eleito de plantão.

Basta ver que em alguns tribunais, (dito

e repetido à exaustão por políticos e

advogados - ilustres advogados - diga-

-se de passagem), está surgindo uma

tendência a entender que caixa dois

não é exatamente um ilícito, com a jus-

tificativa de que “até porque parece

que todo mundo faz.”. “Mas o que é

isso companheiro?”

Outro absurdo recente perpetra-

do a título de limpeza moral foi o rol

de colegas médicos que não pode-

rão participar da formação das chapas

concorrentes aos Conselhos de Medi-

cina em todo o Brasil, nas eleições de

2013. Alega-se que ocorreria “conflito

de interesses”, caso estes colegas fos-

sem eleitos para serem Conselheiros

dos CRMs do Brasil.

Neste rol se incluem, entre outros,

se forem médicos, os governadores

de Estado e do Distrito Federal, pre-

feitos, membros do Congresso Nacio-

nal, das assembleias legislativas, das

Câmaras Legislativas e das câmaras de

vereadores. Vai ver que é porque não

teriam muito tempo disponível para a

atividade conselhal.

Também estão fora os ocupantes

dos cargos de ministro de Estado, se-

cretários de Estado ou municipais de

Saúde ou de diretor da Agência Nacio-

nal de Vigilância Sanitária ou da Agên-

cia Nacional de Saúde Suplementar e

órgãos equivalentes nos estados, Dis-

trito Federal e municípios. Estes então

Page 11: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

Revista SOMERJ - 11

deverão estar ocupadíssimos!!

A relação de pré-cassados con-

tinua com o veto aos diretores-presi-

dentes de operadoras de planos de

saúde, definidas no inciso II do art. 1º

da Lei nº 9.656/98 e portanto todos os

Presidentes de Cooperativas Médicas

UNIMED. Sabe como é, né? As lideran-

ças médicas podem incomodar, né?

Pasmem, pois também estão ve-

tados os ocupantes de cargo de pre-

sidente de representação sindical ou

sindicato, federação, confederação ou

centrais sindicais. Deve ser porque eles

são políticos demais e isso, de repen-

te, atrapalha.

Se o colega médico também for

profissional de outra área que não a

Medicina e, neste caso, já for por esta

outra ocupação conselheiro em outro

Conselho ou ordem de regulação pro-

fissional, exercendo funções homó-

logas às dos Conselhos de Medicina,

também está vetado para ser Conse-

lheiro dos CRMs. Neste caso deve ser

porque... não sei (confesso).

Foi feita exceção para os colegas

integrantes das academias de medici-

na, que tenham cargos na Associação

Médica Brasileira, suas federadas e

sociedades de especialidades, bem

como se pertencerem a academias

congêneres de outras profissões. Em

todos estes casos os colegas são...

ELEGÍVEIS. Ah, ainda bem!! Puxa que

susto!!

Mas a inegibilidade que mais me

chamou a atenção foi a do Presi-

dente da República. Este também se

médico fosse não poderia ser Con-

selheiro do CRM. E aí me lembrei do

médico presidente. Do Presidente

Juscelino Kubitschek. Independente

do que possa ter feito ou deixado

de fazer, Juscelino honrou, através

de seu mandato, os médicos de

todo o Brasil. Foi ele que promul-

gou a única legislação que até hoje

se preocupa com os médicos. A Lei

3268/57 por ele sancionada objeti-

va organizar a corporação médica e

cria os CRMs.

Não tenho dúvida que se Dilma,

Lula, Fernando Henrique ou qualquer

outro Presidente fosse médico, a lei

do ato médico seria sancionada ce-

leremente.

Mas se a atual regra para ser

Conselheiro valesse quando Jusceli-

no foi Presidente e, se ele quisesse

concorrer ao CRM, não o poderia

por conflito de interesses. Se Dilma

fosse médica, mesmo tendo sancio-

nado a lei do ato médico, também

haveria conflito de interesses, e ela

não poderia ser Conselheira.

Neste caso, não se trata mais de

um desafio ético, mas de um flagran-

te absurdo ético.

Page 12: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

12 - Revista SOMERJ

evento

reúne médicosfiliados

Encontro da SOMERJ em Campos

AVários assuntos de interesse da classe

médica foramdiscutidos.

O Presidente daSOMERJ comunicou

que, por decisãounânime da

Diretoria, a “Médica do Ano 2012”, será a

Deputada FederalJandira Feghali

Foto

: Ad

emar

San

tos

Foto

: Ad

emar

San

tos

SOMERJ- Associação Mé-

dica do Estado do Rio de

Janeiro reuniu sua Diretoria

e o Conselho Deliberati-

vo, no dia 28 de julho de

2012, na Sociedade Fluminense de

Medicina e Cirurgia, em Campos dos

Goytacazes - RJ.

A noite anterior foi marcada por

uma Palestra Científica, ministrada pelo

Conselheiro do CREMERJ, Dr. Jano Alves

de Souza, com o tema “Cefaléia na Prá-

tica Médica”. O evento foi prestigiado

com a presença dos médicos filiados.

Contou, ainda, com a participação de

alunos da Faculdade de Medicina. Ao

final da palestra, houve um proveitoso

debate.

A SFMC, através do seu Presidente,

ofereceu aos presentes, um coquetel,

encerrando a atividade, com um agra-

dável clima de congraçamento.

Na manhã seguinte, a reunião do

Conselho Deliberativo foi conduzida

pelo Presidente, Dr. José Ramon Varela

Blanco, que convidou o Diretor Secre-

tário - Geral, Dr. Glauco Barbieri, para

secretariar a reunião.

A mesa foi composta, também,

pela Dra. Márcia Rosa de Araújo, presi-

dente do CREMERJ; Dr. Almir Salomão

Filho, presidente da Sociedade anfitriã

e Dr. Benjamin Baptista de Almeida,

Diretor 1º Tesoureiro da SOMERJ. A

reunião contou ainda com a presen-

ça dos Conselheiros do CREMERJ, Drs.

Luís Fernando S. Moraes e Sergio Al-

bieri. Também estiveram presentes, a

Dra. Angela Regina Rodrigues Vieira,

Vice-presidente da SOMERJ; Nábia

Salomão Simões, Edilbert Pellegrini e,

João Tadeu D. Souto. Pelas Filiadas, Dr.

Nova geração médica de Campos

Page 13: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

Revista SOMERJ - 13

Dr. Glauco Barbieri, Dr. José Ramon Varela Blanco, Dr.Almir Salomão Filho, Dr. Francisco Almeida Conte e Dr. Jano Alves de Souza

Foto

: Ad

emar

San

tos

esq.p/direita- Dr.Francisco Almeida Conte, Dr. Edino Jurado da Silva e Dr.Almir Salomão Filho

Cesar Danilo Angelim Leal (Ass.Méd.

de Duque de Caxias); Dr. Benito Petra-

glia (Ass. Méd. Fluminense); Dr. Marce-

lo Batista Rizzo (Ass. Méd. Macaé); Dr.

João Paulino da S. Prazeres (Ass. Méd.

Norte Fluminense) e Dr. Edino Jurado

da Silva (Soc. Med. e Cirurgia do RJ),

representando a Presidente, Dra. Marí-

lia de Abreu e Silva.

Vários assuntos de interesse da

classe médica foram discutidos. O

Presidente da SOMERJ comunicou

que por decisão unânime da Direto-

ria, a “Médica do Ano” 2012, será a

Deputada Federal Jandira Feghali. A

festa de homenagem e confraterniza-

ção será realizada no Vassouras Eco

Resort, nos dias 14 a 16 de Dezem-

bro. Após todos terem se manifesta-

do, Dr. Ramon encerrou os trabalhos,

agradecendo a presença de todos

e parabenizando Dr. Almir pela ex-

celente recepção proporcionada e

pelo trabalho desenvolvido naquela

Filiada.

A reunião foi encerrada com um

delicioso café da manhã.

Page 14: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

14 - Revista SOMERJ

entrevista

Dra. Beatriz Rodrigues Abreu Costa

1 - Com a doutora vê a formação do médico brasileiro na atualidade?Hoje as escolas médicas estão forman-do egressos em grande quantidade, aumentando indiscriminadamente o nú-mero de vagas e criando novas escolas, com a desculpa que faltam médicos. Isso aumenta a quantidade de médicos formados e deprecia a qualidade, na maioria das vezes. Vivemos num mo-mento delicado na formação médica, onde temos que apelar para os cursi-nhos de residência médica para superar as deficiências dos nossos cursos de medicina, sejam eles particulares ou de universidades públicas. 2 - As vagas para a residência médica comportam a demanda por especia-lização?Mesmo com o programa pró-residência do Ministério da Saúde, ainda faltam vagas de residência médica e locais qualificados para terem programas de residência médica. 3 - A preceptoria tem se ajustado e corresponde às necessidades dos residentes em formação?Não. Com a criação de OS da terceiri-zaçao dos hospitais públicos e universi-tários, há uma desqualificação da pre-ceptoria e, com salários baixos e falta de incentivo à preceptoria médica (que não ganham nada para ensinar aos mé-dicos residentes à especialidade), tem

havido uma queda na qualidade da pre-ceptoria. A ABEM, juntamente com o MEC está com um programa de capacitação de preceptoria médica, porém ainda falta a ampliação desse programa, bem como o incentivo do mesmo. 4 - Há residentes que se queixam de estarem sendo " utilizados como mão de obra barata". Há verdade nisso?Sim. Há programas de residência médica, bem como médicos e gestores, que ain-da estão erroneamente vendo a residên-cia médica como uma forma de mão de obra barata para "tocar serviço"ou servir de "tapa buraco" na falta de médicos no serviço público. Não enxergam que a re-sidência médica é a melhor maneira de se formar especialistas e influencia direta-mente na qualidade do serviço e da assis-tência prestada à população.

5 - Como vê a distribuição de médicos em nosso país e a dificuldade de fixa-ção dos mesmos em locais de maior carência de seus serviços?Sabidamente os médicos estão concentra-dos nas grandes cidades, principalmente nas capitais do Sudeste, no Rio de Janeiro e, principalmente, São Paulo. A maior di-ficuldade para fixar médicos no interior se dá por uma série de fatores: falta de uma infraestrutura para tal, com péssimas con-dições de trabalho, falta de um plano de cargos e carreiras para o médico, onde ele possa evoluir de tempos em tempos

de uma área mais remota para uma mais populosa, com progressão de seus salá-rios. Falta salário digno para o médico (o que se aproximaria do piso salarial defen-dindo pela FENAM). Sanando essas defici-ências, será bem mais atrativo para o mé-dico, ir para o interior. 6 - O que você acha dos médicos for-mados no exterior e que buscam regis-tro e trabalho em nosso país?Cada um tem o direito de exercer a sua profissão aonde quiser, porém tem que revalidar seu diploma de forma limpa, cor-reta e acreditada. A ANMR defende que o REVALIDA seja a única forma de revalida-ção de diplomas no país 7 - Como vê a Saúde Pública e a necessi-dade de melhor atenção ao setor de vez que é apontada como a líder de críticas às diferentes esferas governamentais?A Saúde Pública está sendo terceirizada, de forma errônea. O maior problema é de GESTÃO, porém não é terceirizando a saú-de que resolveremos esse problema. Além disso, há falta de recursos para saúde, sen-do subfinanciada. E o financiamento que tem, uma boa parte é desviada para outras áreas. Infelizmente, a saúde teve uma perda muito grande com a queda da Emenda 29, defendida pelas entidades médicas deste ano. Porém, saúde é um direito do povo e dever do Estado, tendo que ser defendida e reivindicada não só pelas entidades mé-dicas, mas sim por toda a população.

Presidente da ANMR- AssociaçãoNacional dos Médicos Residentes;Vice- presidente da AMERERJ -Associação dos Médicos Residentes do Estado do Rio de Janeiro

Page 15: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

Revista SOMERJ - 15

Julho / 2012Dia 12 - Reunião de Diretoria da SOMERJReunião SOMERJ em revista. Dia 13 - Inauguração da nova Sede da Associação Médica de Maricá.Drs. Ramon e Carlindo.Dia 20 - Lançamento do Movimen-to Nacional em Defesa da Saúde Pública. Dr.RamonDia 26 - Reunião SOMERJ em revista.Reunião Diretoria da SOMERJDia 27 - Palestra Científica “Cefaléia na Prática Médica” – Dr. Jano A. de SouzaSFMC - Campos dos Goytacazes-Diretoria da SOMERJ.Dia 28 - Reunião de Diretoria e Con-selho Deliberativo da SOMERJSociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia - Campos dos GoytacazesDiretoria da SOMERJ / Filiadas/CRE-MERJ

Agenda daSOMERJJunho / 1012Dia 07 - Reinauguração do Hospital Pedro II - Santa CruzDr. RamonDias 07 e 08 - 36º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro.Dr. RamonDia 14 - Reunião de Diretoria da SOMERJ. Dia 15 - Palestra Científica - Dra. So-nia Maris - “Situação Atual da dengue no Estado e Abordagem dos casos graves.” - Associação Médica de Macaé.Diretoria da SOMERJDia 16 - Reunião de Diretoria e Conselho Deliberativo da SOMERJ-Associação Médica de MacaéDiretoria da SOMERJ/ Filiadas/CRE-MERJ.Dia 28 - Reunião Ampliada da COM-SU (CFM/AMB/FENAM) em Brasília.Dr. RamonDia 29 - Entrega de Conjunto de Medalhas de Mérito Pedro Ernesto à Dra. Denise Damian - Câmara Munici-pal do RJ. Dr.Ramon

Agosto/2012Dia 09 - Palestra “Atendimento Médico Resguardado”. Associação Médica de Duque de Caxias. Dr.Benjamin

Dia 11 - Palestra “Marketing Ético” - proferida por Dr. Ramon - Curso Médico de Administração e Ética- CREMERJDia 14 - Solenidade de Abertura do 69º Curso Nestlé de Atualização em Pediatria. Dr. RamonDia 16 - Solenidade aos Médicos Jubilados do CREMERJ.Drs. Ramon e GlaucoDia 16 - Abertura do Congresso Mé-dico da Sociedade dos Médicos da Ilha do Governador - SOMEI.Drs. Ramon, Benjamin e Glauco. Dia 17 - Palestra “A Importância da SOMERJ na Vida Médica”- proferidaPor Dr.Ramon. - Congresso Médico da SOMEI. Dr. BenjaminDia 17 - Jantar comemorativo - 40 anos da UNIMED Federação RioDr. RamonDia 23 - Reunião de Diretoria da SOMERJ.Solenidade de Abertura do “Fórum Sul Sudeste sobre Urgência e Emer-gência”Dr. CarlindoDia 30 - Lançamento do Livro “60 anos de Luta Médica” - Autor: Dr. Eduardo Augusto Bordallo Dr. Ramon e CarlindoDia 31 - Reunião da COMSU amplia-da( CFM/AMB/FENAM)- BrasíliaDr. Glauco

A SOMERJ - Associação Médica

do Estado do RJ, no dia 16 de agos-

to de 2012, participou da Solenidade

de Abertura do XI Congresso Médico

da Ilha do Governador e XI Fórum de

Psicologia e Fonoaudiologia da Ilha do

Governador.

A Solenidade de Abertura, pre-

sidida pelo Dr. Romulo Capello, teve

como ponto alto a palestra proferida

pela Prof.ª Cybelle de Ipanema, sobre o

tema “Visões da Ilha do Governador”.

SOMEI – Sociedade dos Médicos da Ilha doGovernador

SOMEI

Foto: Cristiana Furniel

Page 16: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

16 - Revista SOMERJ

evento

Mais saúde,direitos e boas parcerias

C69º Curso Nestlé de Atualização em

Pediatria temparticipação recorde

om o recorde de 7.500 inscritos, a 69ª edição do Curso Nestlé de Atualização em Pediatria teve iní-cio nesta terça, no Rio de Janeiro, em clima de confraternização e também de crítica: “Em nome

dos pediatras, sugiro que o esforço desenvol-vido por seu governo no combate à criminali-dade seja também direcionado à saúde. Não me refiro apenas às UPAS. O atendimento de emergência é, certamente, fundamental. Mas é preciso também evitá-lo”, disse, sob aplausos, o presidente da SBP, Eduardo Vaz, dirigindo--se ao Secretário estadual Júlio Bueno, de De-senvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços. “É na infância e na adolescência que se pode garantir o pleno desenvolvimento físi-co, mental e social dos cidadãos, é nessa fase que se previne a maioria das doenças crônicas não-transmissíveis. Está provado que não há melhor investimento, que traz maior retorno a uma sociedade, do que aquele que é feito na educação e na saúde na primeira infância. Bas-ta ver os estudos realizados por James Heck-man, prêmio Nobel de Economia”, salientou.

Para o presidente da Sociedade de Pe-diatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj), Edson Liberal, os avanços registrados na eco-nomia do País não ocorreram na mesma pro-porção na saúde, nem na educação da crian-ça e do adolescente. “É inaceitável que seja tão moroso e, por vezes, impossível, marcar consultas com pediatras na atenção básica nas redes públicas”, bem como que “crianças morram por falta de vagas na terapia intensiva”. Reforçando a importância do “trabalho inter-disciplinar, do respeito aos múltiplos saberes”, afirmou também: “tenho certeza que os olha-res de diversos profissionais são imprescindí-

veis para melhorar a assistência à criança e ao adolescente. O que não pode ser admitida é a tentativa de substituir o pediatra por outro profissional!”.Parceria com magistrados - Durante a sole-nidade, dr. Eduardo Vaz e o desembargador José Antonio Daltoé Cézar assinaram termo de cooperação (foto) entre a SBP e a Asso-ciação Brasileira dos Magistrados da Infância e da Juventude (ABRAMInJ), com o objetivo de estreitar relações institucionais, para a “garantia plena dos direitos das crianças e dos adoles-centes no País”. Pioneirismo na Licença-maternidade – A satisfação pelo trabalho realizado em conjun-to com os pediatras foi salientada pelo atual presidente do Conselho Consultivo da Nestlé Brasil, Ivan Zurita. Despedindo-se da função de operação – com a presidência executiva da empresa agora exercida por Juan Carlos Marroquin –, destacou, dentre as marcas de sua gestão, a concessão da licença-maternida-de de seis meses que, sugerida pela SBP, foi adotada desde 2007, e antes mesmo da Lei 11.770 e de qualquer incentivo fiscal. “Mostra nossa preocupação com as crianças e a po-pulação”, frisou. Por sua vez, o novo presiden-te da Nestlé Brasil se definiu como um “apoia-dor da pediatria”, em 28 anos de trabalho e nove países, adiantando sua intenção de “dar continuidade à grande parceria”.

Participaram também da mesa de aber-tura os drs. Fernando Nóbrega, presidente da Academia Brasileira de Pediatria (ABP); José Ra-mon Varela Blanco, presidente da Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj); Nicole Gianini, assessora de Neonatologia da Secretaria Municipal de Saúde e representan-do o Secretário Hans Dohmann; e a diretora de Nestlé Nutrition, Serena Aboutboul.

O cérebro e a adolescência – Coor-denada pelo dr. Nóbrega, a conferência de abertura foi realizada pela neurocientista Su-zana Herculano-Houzel, da UFRJ. Discorren-do sobre as mais recentes pesquisas da área, a professora mostrou como a fase se inicia pelo cérebro (e não pelos hormônios, como se costuma dizer), com as transformações do hipotálamo. Sobre as sinapses, assinalou que algumas conexões se fortalecem, enquan-to outras, “ineficazes”, se enfraquecem. “O aprendizado é um processo de lapidação, refinamento”, definiu. Lembrando também as características de reorganização do corpo, e aquisição de novas habilidades, como o controle de impulsos, da imitação, a capaci-dade de arrependimento e de antecipação dessa, registrou que cada etapa vem a seu tempo, até que o indivíduo se torne adulto. “A Adolescência é necessária, natural e sau-dável. Coisa do cérebro”, resumiu. O Curso de Atualização em Pediatria ocorre até sexta--feira, com diversas mesas-redondas, de 8 às 18h30, no Riocentro.

Eduardo Vaz , presidente da SBP discursa na cerimônia de abertura; ao fundo a mesa de abertura do evento

Page 17: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

Revista SOMERJ - 17

Lançamento do livro "60 Anos de Luta Médica"

Aconteceu no dia 30 de agosto, às 19h30 - em Botafogo.Patrocínio: Unimed RioApoio: Rubio Livraria

Noite deAutógrafos comDr. Eduardo Augusto Bordallo

evento

Eduardo Bordallo é um nome intimamente ligado à existência da Somerj, desde a sua criação. Participará da entrevista do próximo número de nossa Somerj em Revista

Uma preocupação que se avoluma

É grande a contrariedade de mé-dicos que, sobrecarregados de tarefas burocráticas no atendimento aos con-vênios com as diversas operadoras de saúde, se defrontam com um volume de faltas às consultas agendadas. Isto tem trazido insatisfação dos pacientes que não conseguem agendar consultas e, em última análise tem sido os pró-prios os agentes da pletora de horários previamente marcados e não cumpri-dos, sem o menor aviso.

A ANS procurou estabelecer pra-zos para que as operadoras possibili-tem o agendamento de consultas e re-alização de exames e procedimentos. Nada mais justo. E como fica o médico quando se avolumam as ausências?

Diante da realidade dos valores praticados torna-se motivo de inquie-tação e busca de soluções que nem sempre transitam pelo caminho reco-mendado pela ética.

Tem sido esta uma manifestação trazida à esta entidade pelo cole-ga Edilbert Pellegrini Nahn Junior , de Campos e que solicita que promova-mos campanhas educativas diante de situações que possam abalar a relação médico-paciente, motivada pelo não esclarecimento de que o funciona-mento do sistema depende de res-ponsabilidades mútuas.

Agendamento de consultas

Div

ulga

ção

Page 18: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

18 - Revista SOMERJ

notícias

Notícias doCREMERJ

CREMERJ apoia Associação dos Ex-Alunosda FCM da Uerj

Dra. Márcia Rosa de AraujoPresidente

Em Assembleia Geral da Fundação da Associação dos Ex-Alunos da Facul-dade de Ciências Médicas da Universi-dade do Estado do Rio de Janeiro, que ocorreu em 28 de agosto, a presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, ex-pressou o apoio do Conselho na mo-bilização da Alumni FCM-Uerj, como é chamada a Associação.

“Não basta apenas você se moti-var em fazer o melhor possível na sua carreira; é preciso mais. Quando eu cheguei aqui nesta instituição, pensei em fazer algo por todos. Todos ti-nham o desejo de ir além de ser os melhores na medicina”, reiterou Márcia Rosa.

A reunião aconteceu durante o I Congresso de Ex-Residentes do

Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Anfiteatro Reitor Ney Palmeiro, e contou também com a presença do diretor do Centro Biomédico, Mario Sergio Alves Carneiro; do vice-reitor da Faculdade de Ciências Médicas, Marcio Lago; do diretor do Hupe, Rodolfo Acataussú; e do presi-dente da Academia Nacional de Medici-na, Márcio de Moraes.

Durante a reunião foram deliberados os assuntos: constituição da Associação, aprovação do Estatuto Social e eleição dos membros da diretoria executiva e do conselho fiscal, que tem como presiden-te Walter Gouvêa.

Após a assembleia, ocorreu um co-quetel para os ex-alunos da Faculdade de Ciências Médicas e, em seguida, Dom Ora-ni Tempesta celebrou missa.

Telemedicina: CREMERJ é contra projeto da SESFoi com surpresa e preocupação

que o CREMERJ tomou conhecimento da decisão da Secretaria de Saúde do Estado (SES) em substituir pedia-tras por telemedicina, envolvendo no dito convênio o Instituto de Pedia-tria e Puericultura Martagão Gesteira (IPPMG), instituição tradicional e res-peitada na formação e no atendimen-to a crianças e adolescentes.

A SES afirma que sua motivação é a dificuldade de se contratar pedia-tras. Entretanto, não faltam pediatras, principalmente no Sudeste. Faltam, isso sim, concurso público, salário digno com piso inicial para 20 horas de trabalho de R$ 9.813 (piso Fe-nam), plano de cargos, carreira e ven-cimentos, condições adequadas de trabalho, entre outras coisas.

Equipes precisam ser formadas e mantidas para que daqui a algum tempo estejam aptas a continuar o que as que hoje estão se dissolvendo há anos, ou seja, treinamento dos médicos mais jo-vens que chegam às unidades públicas de saúde.

Por que as crianças maiores e ado-lescentes serão atendidas por “socorris-tas” e não por pediatras, como acontece hoje? Não podemos admitir isso, a não ser em casos excepcionais, como hou-ve na epidemia de dengue em 2010, quando os pediatras do Rio de Janeiro e demais especialistas deram conta da demanda e fizeram excelente trabalho, apesar da precariedade das unidades de saúde. Enquanto que os médicos de outros Estados, chamados pela Se-cretaria de Saúde “a preço de ouro”,

mostraram-se desnecessários. O gover-no dizia não haver médicos suficientes; em 48 horas o CREMERJ apresentou aos gestores uma lista com cerca de 400 mé-dicos. Nenhum deles foi contratado, sob alegação de que não se poderia pagar o mesmo que se pagava aos médicos vindos de fora.

Os pediatras do IPPMG que trabalha-rem nesse convênio, caso seja assinado, poderão ser, em tese, responsabilizados pelos infortúnios que porventura ocor-ram com crianças e adolescentes aten-didos pelos “socorristas não pediatras”, pois ambos seriam responsáveis pelo atendimento.

Dados das unidades de saúde do nosso Estado dos últimos 10 meses, fru-to de fiscalizações e pesquisas do CRE-MERJ, mostram que faltam médicos em 74% das instituições públicas, em 40% das privadas e em 50% das unidades ge-ridas por OSs. Na rede básica, em 69%; nos hospitais gerais, em 69%; e nas ma-ternidades, em 87%. Em todas as emer-gências públicas do Estado, municipais, estaduais e federais, faltam médicos. Não faltam só pediatras, faltam médicos de todas as especialidades.

A telemedicina é bem vinda. Ela poderá se tornar uma ferramenta útil se usada com sabedoria e ética, como instrumento complementar, não como substituta de médicos. Todos desejam que o SUS dê certo, que atenda bem às necessidades da população e que possa ensinar bem aos futuros e recém--formados médicos. É preciso nove anos para se formar um pediatra, ou seja, não será com capacitações de algumas semanas, manual de atendimento ou atendimento à distância que o governo poderá substituir pediatras ou outros es-pecialistas para baratear o custo da me-dicina oferecida.

O CREMERJ entende que a gestão, seja em qual esfera for, deve valorizar o profissional, defender a dignidade do seu exercício e garantir atendimento com humanidade, respeito e excelência à nossa população, que financia o SUS e paga os salários não só dos médicos, mas também dos gestores.

Os médicos não concordam com essa proposta da SES, e o CREMERJ luta-rá para que a mesma não seja posta em prática em nenhuma unidade pública ou privada do Estado ou do país.

Page 19: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

Revista SOMERJ - 19

O CREMERJ elogia a atuação da equipe do Hospital Municipal Miguel Couto, que trabalhou no caso do operário que foi atingido no crânio por um vergalhão de dois metros de comprimento, enquanto trabalhava em uma obra na quarta--feira, 15 de agosto. O grupo de médicos estatutários, coordenado pelo neurocirurgião Ruy Monteiro, que está no Miguel Couto há 19 anos, sendo quatro deles como chefe do serviço, foi ágil, permitin-do que o paciente não ficasse com sequelas.

O que a opinião pública con-sidera milagre para a medicina foi a prática do vasto conhecimento e a experiência da equipe. O fer-ro ficou alojado na parte frontal do cérebro do paciente, entre a área que coordena o comportamento e as emoções e a região dos movi-mentos e da coordenação motora.

“Os médicos do Miguel Couto mostraram seu compromisso com os pacientes e com a medicina. Esse caso é mais uma prova da necessidade da valorização dos médicos e da isonomia salarial no serviço público, duas grandes ban-deiras de luta do CREMERJ. Mais uma vez vemos que o investimento no SUS, com concursos públicos e a garantia de salários dignos, planos de cargos, carreira e vencimentos são fundamentais”, disse a presi-dente Márcia Rosa de Araujo.

CREMERJ anuncia nova representação em CaxiasDurante a reunião da Coordenação

das Seccionais e Subsedes (Cosec) do CREMERJ, que aconteceu no dia 24 de agosto, foi anunciado que Duque de Caxias receberá, até o fim do ano sua seccional. A cidade tem o segundo Produto Interno Bruto (PIB) do Rio de Janeiro e possui cerca de 300 médicos.

O CREMERJ, representado pelos conselheiros Luís Fernando Moraes, Nelson Nahon, Pablo Vazquez e José Ramon Blanco, tratou de casos especí-ficos das regiões e enumerou as ques-tões, lutas e trabalhos do Conselho. Foram debatidos na reunião assuntos como: solicitação ao Ministério do Pla-

nejamento de esclarecimentos sobre Gratificação de Desempenho de Ativi-dades Médicas (GDM), instituída pela Medida Provisória 568/2012; palestras sobre atendimento médico resguarda-do; cobrança indevida do Imposto so-bre Serviços (ISS); implantação de Cer-tificação Digital; Movimento em Defesa da Saúde Pública; e Seminário interno, que acontece em novembro.

Estavam presentes representantes das seccionais de São Gonçalo, Barra do Piraí, Angra, Cabo Frio, Campos, Ni-terói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Petró-polis, Resende, Três Rios e Valença.21 / 08 / 2012

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares em pautaPara debater a implantação da Em-

presa Brasileira de Serviços Hospitalares

(Ebserh), criada pela Lei nº. 12.550 e

sancionada em dezembro de 2010, o

CREMERJ realizará, no dia 10 de setem-

bro, na sede do Conselho, o Fórum so-

bre Ebserh. Até o momento, apenas o

Piauí aderiu a essa forma de gestão. “No

Rio de Janeiro, o tema será debatido

ampla e democraticamente”, afirmou a

presidente Márcia Rosa de Araujo. A de-

cisão foi tomada em reunião com repre-

sentantes do corpo clínico do Hospital

Universitário Clementino Fraga Filho em

reunião em agosto.

Vinculada ao Ministério da Educa-

ção e sediada em Brasília (DF), a Ebserh é

uma empresa pública de personalidade

jurídica de direito privado e patrimônio

próprio. A empresa foi criada para admi-

nistrar os recursos financeiros e humanos

dos hospitais universitários das Institui-

ções Federais de Ensino Superior.

Segundo seu estatuto social, a Eb-

serh tem por finalidade a prestação de

serviços gratuitos de assistência médico-

-hospitalar, ambulatorial e de apoio diag-

nóstico e terapêutico à comunidade,

inseridos no Sistema Único de Saúde

(SUS). Além da gestão dos hospitais uni-

versitários federais, está inclusa a presta-

ção de serviços de apoio à geração do

conhecimento em pesquisas básicas.

Os estatutários que trabalham hoje

nos hospitais universitários poderão ser

cedidos à nova empresa e os funcio-

nários contratados pelas fundações de

apoio poderão ser mantidos por até

cinco anos. Após esse prazo, todos os

servidores deverão ter ingressado por

concurso público. “O que veremos em

breve é uma degradação ainda maior na

formação acadêmica, já que as contra-

tações são temporárias. O compromis-

so do Hospital do Fundão é de formar

médicos de qualidade, é por isso que

é um hospital universitário. O CREMERJ

defende o processo de contratação por

concurso público e, portanto, educa-

ção médica de qualidade”, evidenciou

o conselheiro Sidnei Ferreira.

No caso do Hospital Universitário

Clementino Fraga Filho, a Ebserh pas-

sará a gerenciar a unidade apenas se o

Conselho Universitário da UFRJ (Consuni)

concordar com as propostas apresenta-

das em contrato. Após a adesão da ins-

tituição, a escolha do diretor do hospital,

que não necessariamente será um médi-

co, caberá à Ebserh.

CREMERJ elogiaatuação dosmédicos doMiguel Couto

Page 20: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

20 - Revista SOMERJ

notícias

Notícias das AfiliadasAssociação Médica de Maricá recebe convidados na sua inauguração

Atendimento Médico Resguardado é tema da SOMEDUC e CREMERJ

Inaugurada em 13 de julho de 2012, a nova sede da Associação Médica de Maricá – Casa do Médico, cujas obras de reforma e ampliação refletem o esforço e dedicação dos médicos associados das diversas di-retorias e dos parceiros da AMM, ao longo dos 25 anos de sua existência.

Fundada em setembro de 1987, obteve sua sede provisória, em 1998, mudando-se para a sede própria em 2005, seu atual endereço.

O coquetel de inauguração reu-niu médicos associados e represen-

A Associação Médica de D. Ca-xias (SOMEDUC) e o Conselho Re-gional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) promoveram, no dia 9 de agosto, palestra sobre Atendimento Médico Resguardado. A apresenta-ção, que está inserida no Programa de Educação Médica Continuada, realizou-se na sede da OAB, regio-nal de D. Caxias, espaço gentilmente cedido pela entidade. Na ocasião, o Conselheiro Dr. Luís Fernando So-ares Moraes convidou para integrar a mesa os palestrantes Conselheiros Dr. Sergio Albieri e Dr. Sidnei Ferreira; o presidente atual da SOMEDUC, Dr. Cesar Danilo A. Leal; o representante da OAB, Dr. Dalmir Machado e o Dr. Nelson Nahum, coordenador das Re-

tantes de entidades médicas. Entre os convidados, Dr. José Ramon Vare-la Blanco- presidente da SOMERJ, Dr. Carlindo Machado- assessor da pre-sidência da SOMERJ, Dra Márcia Rosa de Araujo- presidente do CREMERJ, Dr. Alkamir Issa- Conselheiro do CREMERJ, Dr. Eraldo Bulhões- Sindicato dos Mé-dicos do Rio de Janeiro, Dr. Benito Pe-traglia- presidente da Associação Mé-dica Fluminense, Dr. Carlos Jardim e Dr. Emanuel Decnop- Diretoria da UNIMED Leste Fluminense e Dra. Valéria Patrocí-nio- UNICRED-Niterói.

gionais do CREMERJ. O Dr. Cesar Danilo falou sobre a

importância do evento, a presença do CREMERJ para a classe médica local e o início dessa parceria, que abre uma sé-rie de oportunidades direcionadas às atividades focadas na Educação Médica Continuada. Ele agradeceu ao Dr. Dalmir Machado pela cessão do espaço e pelo coquetel. O representante da OAB co-mentou a grande satisfação da parceria com a sociedade médica da cidade, colocando a entidade à disposição para outros eventos. Aproveitando a ocasião, o Dr. Nelson Nahum fez um comunicado importante aos médicos de Duque de Caxias: ele falou sobre a inauguração da regional do CREMERJ na cidade.

Após essa rápida abertura, o Dr. Luís

Fernando desfez a mesa e convidou o Dr. Sérgio Albieri para apresentar a pa-lestra cujo tema foi muito bem desen-volvido pelo próprio. Posteriormente, o tema foi debatido pela mesa formada por três representantes do CREMERJ e uma platéia de médicos e alunos de Medicina, que se mostraram bastante integrados e interessados, refletindo sobre as várias situações ocorridas na rotina médica diária. As questões apre-sentadas foram discutidas e orientadas pelos componentes da mesa.Duque de Caxias 20/08/2012 Cesar Danilo Angelim Leal - PresidenteAtenção colegas médicos da cidadeVenham fortalecer o movimento asso-ciativo na nossa região,filiando-se à SOMEDUC.

Dr.João Ferreira de Souza - Presidente da Associa-ção Médica de Maricá

Dr. João Ferreira ladeado pela Dra. Márcia Rosa de Araujo e Dr.José Ramon Varela Blanco. Conselhei-ros do CREMERJ e Diretoria da Associação.

Page 21: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

Revista SOMERJ - 21

especialidades

Acupuntura,especialidade médica na China e no Brasil

om a decisão da 7ª turma do Tribunal Regional da 1ª Região (Brasília), a Acupuntura passa a ser prática exclusiva dos médicos. Essa é uma reivin-dicação do Conselho Federal de Medicina e Colégio Médi-

co Brasileiro de Acupuntura, que, desde 2000, entrou com ações judiciais con-tra os Conselhos Federais de Psicologia, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupa-cional, com o objetivo de anular as suas respectivas resoluções que permitiam aos seus membros a prática ilegal da acupuntura.

O CFM interpôs as apelações cíveis de nº 2002.34.00.0177908 e 2002.34.00.0177884 CFP; 2001.34.00.0231232 e 2001.34.00.026747-2 CFF;2001.34.00.032976-6 e 2001.34.00.031799-6 Coffito.

Com isso, a prática da acupuntura no Brasil fica igual à da China, onde esta é exclusiva do médico e considerada uma especialidade cirúrgica. Por ser um méto-do invasivo e demandar o conhecimen-to de diagnóstico e prognóstico para estabelecer então a terapêutica, essas atitudes são próprias ao ato médico. No Brasil buscou-se este modelo, motivado pela boa prática médica, que prioriza a segurança para o paciente. Isso é um de-ver e poder do CFM, que passou a lutar para que a medida se tornasse uma rea-lidade no país.

Desde que a acupuntura passou a ser compreendida sob a luz da ciência ocidental, com o avanço da neurociên-cia, da imunologia e da biologia mole-cular, aumentou a preocupação quanto ao uso adequado de tal procedimento, uma vez que os pacientes, ao serem tra-tados com acupuntura, têm seus órgãos e sistemas fisiopatológicos manipulados, visando o restabelecimento de suas fun-ções fisiológicas. A atuação sobre a pele, tecidos subcutâneos, músculos e nervos caracterizam a ação invasiva da terapêu-tica. A ação da acupuntura estende-se a todo o universo médico, tanto na ação curativa como preventiva e de manuten-ção do estado saúde.

Hoje no Brasil, o Colégio Médico Bra-sileiro de Acupuntura cuida da preserva-ção da qualidade técnica e cientifica dos médicos especialistas, sua formação e educação continuada. Várias universida-des oferecem cursos de pós-graduação, especialização e residência médica em Acupuntura, garantindo assim a formação de qualidade dos profissionais no país. O desenvolvimento contínuo do saber médico, em relação ao uso terapêutico da acupuntura, permite que se tenha um permanente e evolutivo emprego da mesma nas mais variadas situações de manutenção da saúde. O emprego, em suas indicações clássicas como método de tratamento e ou alívio da dor e manu-tenção do equilíbrio fisiológico homeos-tático, mostra sua ação clara nos quadros clínicos gerados pelos stress orgânico e ou emocional, demonstrando sua impor-tante atuação como terapêutica associa-da ou única nestes quadros.

Com o desenvolvimento do mode-lo dito neuroacupuntura, seu emprego nas patologias músculo esqueléticas fun-cionais ou estruturais tem apresentado aplicações de relevância em casos de reabilitações físicas e funcionais. O uso concomitante do saber tradicional da acupuntura e da ciência médica ociden-tal e suas constantes evoluções carreiam ao profissional um ganho de qualidade e eficácia extraordinárias, tendo o pacien-te como beneficiário. Com o panorama atual de valorização da acupuntura como ciência médica e pratica ética apropria-da, haverá um ganho significativo no que concerne ao maior incremento de es-tudos, ampliando mais ainda seu uso e aproveitamento terapêutico. A isto cor-robora a cada vez mais ampla aplicação da acupuntura no âmbito da Medicina veterinária, universo em que a pesquisa e a clinica representam campos de valor inquestionável.

CA ação da acupuntura se extende a todo o

universo médico, tanto na ação curativa como

preventiva e demanutenção do estado

de saúde

Melania Sidorak,da Câmara Técnica de

Acupuntura CRM-RJ

Page 22: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

22 - Revista SOMERJ

Page 23: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

Revista SOMERJ - 23

Page 24: Revista SOMERJ - 1 · Souto, Dr. Marcelo e Dr. André Gervásio. Conselheiro Luís Fernando Moraes, Dr. José Ramon V. Blanco, Dr. Marcelo Rizzo e Dr. Glauco Barbieri SOMERJ- Associação

24 - Revista SOMERJ