2
POR QUE LER Porque a consciência da cidadania deve ser esmulada e assimilada desde a mais tenra idade – só assim podemos esperar que os adultos do futuro tenham mais respeito pelo ser humano num sendo amplo. Embora a Declaração Universal de Direitos Humanos tenha sido cria- da pela ONU há mais de 60 anos, e 192 países sejam signatários dela, muitos de seus conceitos, como o direito à liberdade, à jusça, à segu- rança, etc ainda não são integralmente respeitados. Estrutura da obra Através de rimas livres, o autor faz um diverdo paralelo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, apresentando os con- ceitos básicos da declaração, em uma linguagem acessível ao pe- queno leitor. Não é uma narrava linear, mas vale uma especial atenção às páginas iniciais que apresentam uma introdução à importância do tema, onde uma criança se vê acuada pelas atrocidades da guerra; e às páginas finais, que apontam um desfecho e uma sensação de alívio para o per - sonagem do início. Principais conceitos Éca Meio ambiente Diversidade cultural Cidadania Liberdade Igualdade Fraternidade Respeito às diferenças ANTES DE LER A Declaração Universal dos Direitos Humanos começa dizendo que “to- dos os seres humanos nascem livres e são iguais”. Então, que tal des- pertar a curiosidade de seus alunos parndo do princípio da liberdade e da igualdade? • Selecione diversas imagens de animais bem diferentes uns dos ou- tros. Tenha o cuidado de selecionar algumas imagens mostrando animais livres e outras mostrando animais em caveiro. • Comece quesonando o que todos têm em comum: são animais, não é mesmo? Então, pergunte às crianças quais daqueles animais elas acham que são mais felizes: os que estão livres ou os que estão em caveiro? Depois diga que a liberdade é um dos principais direi- tos garandos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. • A parr dessa conversa sobre os animais, explique que as pessoas também são diferentes entre si. Elas diferem na cor da pele, dos SER HUMANO É... FÁBIO SGROI Formato: 28x21 cm • 40 páginas ISBN: 978-85-617-3019-2 A OBRA Indicação de leitura: leitor iniciante, entre 7 e 8 anos Resumo: você gosta de brincar, de aprender coisas novas, de ser tratado com carinho e respeito? Todo mundo gosta, não é? Pois estudar, se diverr, viver são direitos hu- manos. Para garanr que eles sejam respeitados, foram escritos em um documento chamado Declaração Universal dos Direitos Humanos, reconhecido por 192 países. Este livro mostra, de um jeito muito legal, como o jovem leitor pode conhecer os direitos que crianças e adultos devem ter para viver bem, em paz e felizes. Temas transversais: meio ambiente, éca Eixo Temáco: ecologia, meio ambiente, éca, diversidade cultural Interdisciplinaridade: língua portuguesa, geografia, história, artes olhos, dos cabelos, no jeito de falar, de se comportar, na religião que seguem, no jeito de andar, etc., assim como as crianças que estão na capa do livro, por exemplo. • Ainda parndo da capa do livro, peça a seus alunos para comple- tarem a frase/tulo: “Ser humano é...”. Qual a definição deles para “ser humano”? • Esse é um bom momento para conversar sobre as diferenças en- tre os seres humanos e os outros seres que habitam nosso planeta, como, por exemplo, os animais e as plantas. DURANTE A LEITURA Por ser um texto construído em rimas e não possuir uma narrava linear, talvez seja uma boa ideia fazer uma primeira leitura em conjunto com as crianças. • Comece mostrando lentamente as páginas iniciais, onde todo o ce- nário está em preto e branco, e apenas a criança, o caderno e o lápis são coloridos. Deixe que seus alunos descrevam as cenas que vão passando. • A parr da página 11, onde o texto escrito começa, vá lendo os versos e mostrando as imagens, alternadamente até a página 34, quando, assim como no início, a ilustração fala por si só. • Numa segunda leitura, explique o sendo das páginas iniciais em preto e branco: elas fazem alusão à Segunda Guerra Mundial e suas atrocidades, o que foi um dos principais movos que le- varam a ONU à elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948. • Convide então seus alunos a rar as dúvidas quanto a palavras des- conhecidas ou expressões que não façam parte de seu codiano. • Faça uma terceira leitura, convidando as crianças a lerem em voz alta: cada uma lê um trecho do livro. Para isso, divida a quandade de alunos pelas páginas do livro. Como ler as ilustrações As ilustrações de um livro vão muito além de uma função decorava para o texto. No caso específico de Ser humano é..., o autor Fábio Sgroi se valeu das imagens para “dizer” aquilo que não está no texto, ou mesmo, para reforçar as ideias lançadas nos versos. • Logo nas páginas iniciais, o autor usa a técnica de contraste entre o “feio”, em preto e branco, e o que pode ser bonito, em cor, realçan- do, dessa forma, a importância da criança na busca por um mundo melhor que, afinal, é a meta da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Numa alusão clara à Segunda Guerra Mundial, na página 2 está retratado o avião Enola Gay (que lançou a primeira bomba Guia para o professor Projeto de leitura

Document50

Embed Size (px)

DESCRIPTION

projecto de leitura ser humano é...

Citation preview

Page 1: Document50

POR QUE LER

Porque a consciência da cidadania deve ser estimulada e assimilada desde a mais tenra idade – só assim podemos esperar que os adultos do futuro tenham mais respeito pelo ser humano num sentido amplo.Embora a Declaração Universal de Direitos Humanos tenha sido cria-da pela ONU há mais de 60 anos, e 192 países sejam signatários dela, muitos de seus conceitos, como o direito à liberdade, à justiça, à segu-rança, etc ainda não são integralmente respeitados.Estrutura da obra Através de rimas livres, o autor faz um divertido paralelo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, apresentando os con-ceitos básicos da declaração, em uma linguagem acessível ao pe-queno leitor. Não é uma narrativa linear, mas vale uma especial atenção às páginas iniciais que apresentam uma introdução à importância do tema, onde uma criança se vê acuada pelas atrocidades da guerra; e às páginas finais, que apontam um desfecho e uma sensação de alívio para o per-sonagem do início.Principais conceitos Ética Meio ambienteDiversidade cultural CidadaniaLiberdade IgualdadeFraternidade Respeito às diferenças

ANTES DE LER

A Declaração Universal dos Direitos Humanos começa dizendo que “to-dos os seres humanos nascem livres e são iguais”. Então, que tal des-pertar a curiosidade de seus alunos partindo do princípio da liberdade e da igualdade?• Selecione diversas imagens de animais bem diferentes uns dos ou-

tros. Tenha o cuidado de selecionar algumas imagens mostrando animais livres e outras mostrando animais em cativeiro.

• Comece questionando o que todos têm em comum: são animais, não é mesmo? Então, pergunte às crianças quais daqueles animais elas acham que são mais felizes: os que estão livres ou os que estão em cativeiro? Depois diga que a liberdade é um dos principais direi-tos garantidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

• A partir dessa conversa sobre os animais, explique que as pessoas também são diferentes entre si. Elas diferem na cor da pele, dos

SER HUMANO É...FÁBIO SGROI

Formato: 28x21 cm • 40 páginasISBN: 978-85-617-3019-2

A OBRAIndicação de leitura: leitor iniciante, entre 7 e 8 anos

Resumo: você gosta de brincar, de aprender coisas novas, de ser tratado com carinho e respeito? Todo mundo gosta, não é? Pois estudar, se divertir, viver são direitos hu-manos. Para garantir que eles sejam respeitados, foram escritos em um documento chamado Declaração Universal dos Direitos Humanos, reconhecido por 192 países. Este livro mostra, de um jeito muito legal, como o jovem leitor pode conhecer os direitos que crianças e adultos devem ter para viver bem, em paz e felizes.

Temas transversais: meio ambiente, ética

Eixo Temático: ecologia, meio ambiente, ética, diversidade cultural

Interdisciplinaridade: língua portuguesa, geografia, história, artes

olhos, dos cabelos, no jeito de falar, de se comportar, na religião que seguem, no jeito de andar, etc., assim como as crianças que estão na capa do livro, por exemplo.

• Ainda partindo da capa do livro, peça a seus alunos para comple-tarem a frase/título: “Ser humano é...”. Qual a definição deles para “ser humano”?

• Esse é um bom momento para conversar sobre as diferenças en-tre os seres humanos e os outros seres que habitam nosso planeta, como, por exemplo, os animais e as plantas.

DURANTE A LEITURA

Por ser um texto construído em rimas e não possuir uma narrativa linear, talvez seja uma boa ideia fazer uma primeira leitura em conjunto com as crianças.• Comece mostrando lentamente as páginas iniciais, onde todo o ce-

nário está em preto e branco, e apenas a criança, o caderno e o lápis são coloridos. Deixe que seus alunos descrevam as cenas que vão passando.

• A partir da página 11, onde o texto escrito começa, vá lendo os versos e mostrando as imagens, alternadamente até a página 34, quando, assim como no início, a ilustração fala por si só.

• Numa segunda leitura, explique o sentido das páginas iniciais em preto e branco: elas fazem alusão à Segunda Guerra Mundial e suas atrocidades, o que foi um dos principais motivos que le-varam a ONU à elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948.

• Convide então seus alunos a tirar as dúvidas quanto a palavras des-conhecidas ou expressões que não façam parte de seu cotidiano.

• Faça uma terceira leitura, convidando as crianças a lerem em voz alta: cada uma lê um trecho do livro. Para isso, divida a quantidade de alunos pelas páginas do livro.

Como ler as ilustraçõesAs ilustrações de um livro vão muito além de uma função decorativa para o texto. No caso específico de Ser humano é..., o autor Fábio Sgroi se valeu das imagens para “dizer” aquilo que não está no texto, ou mesmo, para reforçar as ideias lançadas nos versos.• Logo nas páginas iniciais, o autor usa a técnica de contraste entre o

“feio”, em preto e branco, e o que pode ser bonito, em cor, realçan-do, dessa forma, a importância da criança na busca por um mundo melhor que, afinal, é a meta da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Numa alusão clara à Segunda Guerra Mundial, na página 2 está retratado o avião Enola Gay (que lançou a primeira bomba

Guia para o professor

Projeto de leitura

Page 2: Document50

nuclear) lançando duas bombas, fazendo referência aos ataques nu-cleares às cidades de Hiroshima e Nagazaki.

• É por meio de imagens bem-humoradas que o autor coloca ques-tões polêmicas, como, por exemplo, a diferença entre “errado” e “diferente”, página 18, onde os palhaços de “bolinhas” criticam o palhaço de “listras”.

• Os brancos na ilustração (págs. 32, 33, 34 e 35) também fazem parte da história, dando ao leitor um momento de concentração no texto escrito e criando um efeito de suspense, por exemplo.

CONECTE-SE

A leitura de um livro pode nos levar a pensar em outras manifes-tações artísticas que dialogam com ele. A isso chamamos de in-tertextualidade. Abaixo, algumas sugestões de intertextualidades para enriquecer mais ainda o trabalho com a obra.

Cinema

Tempos Modernos, de Charles Chaplin (EUA, 1936) – Dando um tom de comédia, o genial Chaplin levou para as telas, nesse que foi o último de seus grandes filmes mudos, alguns sérios proble-mas sociais da primeira metade do século XX, como a intolerância política, a miséria, o desemprego e a falta de liberdade. A temática é ainda, e infelizmente, bastante atual. Há uma referência direta a este filme na página 28 do livro.

Gandhi, de Richard Attenborough (Inglaterra/Índia, 1982) – O filme conta a vida de Gandhi, o líder indiano que foi indicado diversas vezes ao prêmio Nobel da Paz, e sua luta pacífica que conduziu o processo que levaria à independência da Índia. A vida de Gandhi realça os principais conceitos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em especial a liberdade, a cidadania, a não violência, etc.

Literatura

Ser criança é... Estatuto da Criança e do Adolescente para crian-ças, de Fábio Sgroi (Mundo Mirim, 2009) – Em 1990, foi criado o Estatuto da Criança e do Adolescente: um documento para pro-teger todas as crianças. Lá está escrito que elas precisam de casa, alimento, estudo, brincadeira e carinho.

A Chave do Tamanho, de Monteiro Lobato – Vendo que Dona Benta estava muito triste por causa da guerra que acontecia na Europa, a boneca Emília resolve usar o pó de pirlimpimpim para ir até a casa das chaves e desligar a chave das guerras. Mas a boneca comete um erro e desliga a chave errada, causando uma enorme confusão. O livro, escrito em 1942, faz uma crítica à ditadura de Hitler e à Segunda Guerra Mundial.

Internet

http://www.onu-brasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php – Site brasileiro da ONU, onde é possível ler na íntegra a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

http://www.direitosdacrianca.org.br/ – Portal dedicado à defesa dos direitos da Criança e do Adolescente. Disponibiliza artigos, no-tícias e tudo o mais relacionado ao assunto.

http://www.moma.org/explore/collection/index – Portal do Museu de Arte Moderna de Nova York, EUA (MoMA). Na coleção online do museu é possível encontrar imagens de diversas obras citadas neste livro.

http://www.fabiosgroi.com.br/ – Site do escritor e ilustrador Fábio Sgroi.

SOBRE O AUTOR

Autor de imagens e textos de livros infantis, Fábio Sgroi nasceu na cidade de São Paulo. Começou a carreira aos 16 anos como rotei-rista de histórias em quadrinhos. É formado em Design Gráfico e pós-graduado em Criação Visual e Multimídia. Entre seus principais trabalhos está a criação e produção da revista Dr. Eco e Companhia. Além de escrever e ilustrar, ministra cursos e palestras sobre design gráfico e ilustração infantil.

ELABORADO POR SANDRA PINA

• É também pelas imagens que o autor reforça e explica determina-dos pontos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, como o direito à liberdade de religião (pág. 26).

• Além disso, o autor tem a preocupação de mostrar que o sonho é uma das principais fontes de inspiração do ser humano. Segundo o autor, “nossa expressão artística é o maior indício de nossa hu-manidade”, e essa afirmação fica evidente por meio das diversas referências a obras de arte presentes no livro, obras que marcaram determinados momentos históricos. Confira:

o Páginas 2 e 4: filme Rapsódia em Agosto, de Akira Kurosawa (a refe-rência surge no olho que aparece acima do cogumelo atômico);

Páginas 3, 4 e 6: os quadros O grito (1893), de Edvard Munch e Guernica (1937), de Pablo Picasso;

o Página 17: o quadro Retirantes (1944), de Candido Portinari;o Páginas 28: o quadro Lavrador de Café (1939), de Candido Portinari;o Página 29: o quadro Operários (1933), de Tarsila do Amaral;o Páginas 28: Carlitos, numa referência ao filme Tempos Modernos

(1936), de Charles Chaplin;o Páginas 31: o quadro Mona Lisa (1503-06), de Leonardo da Vinci;o Página 31: a escultura Bicycle Wheel (1913), de Marcel Duchamp.

DEPOIS DE LER

Após a leitura, é hora de refletir e debater o assunto.• Explique a seus alunos que este livro foi escrito com base na

Declaração Universal dos Direitos Humanos. Conte a eles que essa declaração foi escrita por líderes da Organização das Nações Unidas – ONU, e que é um dos documentos básicos dessa organização mundial que reúne 192 países.

• Usando um globo, você pode mostrar às crianças onde fica o Brasil e alguns dos países citados no livro, como a Alemanha, China, República Dominicana, Espanha, Finlândia, Zimbábue, etc. Aproveite para mostrar também que pessoas que vivem em países diferentes falam outras línguas e podem ter características físicas diferentes. Mas sempre reforce a ideia de que, mesmo assim, são todos seres humanos, com os mesmo direitos.

• Selecione em jornais e revistas (ou na internet) diversas imagens onde os direitos humanos estejam sendo respeitados e onde não estejam. Faça um grande quadro para colar as imagens. De um lado peça a seus alunos para colarem as imagens que mostram os direi-tos humanos sendo respeitados. De outro, as que os desrespeitam.

ASSUNTO PUXA ASSUNTO

Ao longo do texto, o autor utiliza algumas expressões que podem va-riar de uma região para outra do país. Por exemplo: na página 13, o autor coloca “mas tudo amigo, sem panela”. O que as crianças enten-dem por “panela” nessa expressão? De que outra forma poderia estar escrito isso? Pesquise nos livro, junto com seus alunos, outras expres-sões semelhantes. Proponha que as reescrevam. Ou ainda, liste essas expressões e pesquise com pessoas conhecidas de outros estados de que forma isso é dito. Vale lembrar que o nosso país é muito grande e que uma palavra pode ter significados diversos em lugares diferentes.

Na página 31, o texto e a imagem remete a diversas manifestações ar-tísticas como o teatro, o cinema, a dança, a pintura, etc. Que tal esco-lher um tema e promover uma espécie de sarau artístico, onde um aluno pode apresentar uma música, por exemplo, outro pode fazer uma escultura, ou um grupo pode ensaiar uma coreografia e outro grupo, uma pequena representação de teatro. Sempre lembrando a todos que é importante respeitar a forma de expressão de cada um.