4
Um jogo transmitido ilegalmente via internet. Jogadores sendo retirados à força pelo presidente depois da derro- ta nos pênaltis. O domingo de decisões estaduais foi marcado pelo reforço do amadorismo de dirigentes no país. Após não ter cedido à RPC, filiada da TV Globo no Paraná, os direitos de transmissão dos jogos do time no Es- tadual, o Atlético Paranaense infringiu a lei e exibiu, pelo seu canal no YouTu- be, o jogo decisivo contra o Coritiba. A transmissão foi interrompida após a Globo entrar com recurso no YouTu- be e alegar que o clube não detinha os direitos para transmitir o jogo (nin- guém poderia fazê-lo, já que não havia nenhum acordo para exibição da par- tida). Com a queda da transmissão, o Atlético levou para o Facebook o jogo. "Entendemos que era um direito nosso e lamentavelmente a concessio- Decisões estaduais reforçam amadorismo de dirigentes POR REDAÇÃO BOLETIM NÚMERO DO DIA EDIÇÃO • 977 TERÇA-FEIRA, 10 DE ABRIL DE 2018 WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR Imagem feita pelo Atlético para anunciar a transmissão ilegal do jogo contra o Coritiba, na final do Campeonato Paranaense; clube rompeu a lei em protesto por não aceitar os valores oferecidos pela emissora para exibir a competição 1 50mil Euros foi a multa que a Ferrari recebeu depois que o piloto Kimi Raikkonen atropelou um mecânico da equipe no GP do Bahrein OFERECIMENTO

50mil BOLETIM NÚMERO DO DIA - Máquina do Esporte4 A Globo tem motivos para cele-brar a disputa do Paulistão deste ano. Com mais um recorde de au-diência na final do torneio, a

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 50mil BOLETIM NÚMERO DO DIA - Máquina do Esporte4 A Globo tem motivos para cele-brar a disputa do Paulistão deste ano. Com mais um recorde de au-diência na final do torneio, a

Um jogo transmitido ilegalmente via internet. Jogadores sendo retirados à força pelo presidente depois da derro-ta nos pênaltis. O domingo de decisões estaduais foi marcado pelo reforço do amadorismo de dirigentes no país.

Após não ter cedido à RPC, filiada da TV Globo no Paraná, os direitos de transmissão dos jogos do time no Es-tadual, o Atlético Paranaense infringiu a lei e exibiu, pelo seu canal no YouTu-

be, o jogo decisivo contra o Coritiba. A transmissão foi interrompida após a Globo entrar com recurso no YouTu-be e alegar que o clube não detinha os direitos para transmitir o jogo (nin-guém poderia fazê-lo, já que não havia nenhum acordo para exibição da par-tida). Com a queda da transmissão, o Atlético levou para o Facebook o jogo.

"Entendemos que era um direito nosso e lamentavelmente a concessio-

Decisões estaduais reforçam amadorismo de dirigentes

POR REDAÇÃO

B O L E T I M

ME

RO

DO

DIA

EDIÇÃO • 977 TERÇA-FEIRA, 10 DE ABRIL DE 2018

WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR

Imagem feita pelo Atlético

para anunciar a transmissão ilegal do jogo contra o Coritiba, na final do Campeonato

Paranaense; clube rompeu a lei em protesto por não aceitar os valores oferecidos pela

emissora para exibir a competição

1

50milEuros foi a multa que a Ferrari recebeu depois

que o piloto Kimi Raikkonen atropelou

um mecânico da equipe no GP do Bahrein

O F E R E C I M E N T O

Page 2: 50mil BOLETIM NÚMERO DO DIA - Máquina do Esporte4 A Globo tem motivos para cele-brar a disputa do Paulistão deste ano. Com mais um recorde de au-diência na final do torneio, a

WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR2

E D I T O R I A L

PAREM DE JOGAR PARA A TORCIDA

Pedimos desculpas por usar um espaço que normalmente é dedicado à veiculação de notícias para ter de escrever sobre esse assunto. Mas não dá mais para os dirigentes maltraterm o futebol como neste fim de semana.

Em vez de jogarem a favor do es-porte e de seu negócio, cartolas cada vez mais furadas insistem em fazer o jogo dos torcedores, fomentando o sentimento "contra tudo e contra todos", em que parece só haver um lado certo, que é o do próprio clube.

É vergonhosa a atitude tomada pelo Atlético-PR, um dos clubes mais vanguardistas do país. Imagine qual seria a reação se, em vez dele, a Globo abrisse o sinal de transmissão do duelo decisivo do Paranaense sem pagar para ter esse direito?

Já Maurício Galiotte, do Palmei-ras, teve a típica atitude de quem não sabe aceitar uma derrota. Depois, de cabeça teoricamente mais fria, assi-nou uma carta em que disse tudo e, mais uma vez, não fez nada. Pregou conduta profissional da Federação Paulista, mas diz que não participará de nenhuma reunião que serve para definir exatamente esses tópicos que ele pede. Ou seja. Quer a solução, mas não quer sentar e participar do debate para chegar a ela. Será que o presidente aceitará reduzir a verba para jogar o Paulista em troca de ter implementado o sistema que pede?

Desde 2010, o futebol brasileiro regride uns 30 anos por seus dirigen-tes insistirem em jogar para a torcida em vez de jogar a favor do futebol.

Atitudes egoístas, discursos infla-mados de ódio e eterna provocação ao adversário são atitudes corriquei-ras os cartolas e de boa parte da mí-dia. O limite é próximo. Ou se joga para a torcida, ou para o futebol.

nária da Globo, a RPC, nos tirou do ar. Voltamos mais tarde, por um outro canal (o Facebook), e terminamos a nossa transmissão. Pode parecer oportunismo da minha parte em razão da vitória, mas o nosso trabalho é quebra de paradigmas", afirmou Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho do Atlético, ao “UOL”.

A "quebra de paradigmas" continuou com mais uma ação do clube contra a emissora. O Atlético não permitiu que os gols da vitória do time fossem exibidos pela Globo. Apenas em seu ca-nal oficial a vitória que valeu o título pode ser vista. Essa atitude,

apesar de privar os torcedores de verem na TV aberta a conquis-ta de mais um título estadual pelo clube, está dentro da lei.

Menos grave fez Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras, que acabou derrotado nos pênaltis para o Corinthians. Revolta-do com a decisão da arbitragem de voltar atrás na marcação de um pênalti a favor do seu time durante o jogo, o dirigente entrou em campo e mandou seus atletas abandonarem o estádio, não participando da cerimônia de premiação e também proibindo qualquer funcionário do clube a conceder entrevista. Coube a ele dizer que viu o "Paulistinha" ser manchado pela arbitragem.

Na noite de segunda-feira, em uma "carta aberta aos torcedo-res palmeirenses" publicada no site do clube, o dirigente disse que o Palmeiras estará "rompido" com a Federação Paulista de Futebol enquanto não for implementado o árbitro de vídeo em todos os jogos do Estadual e a comunicação entre os árbitros não for gravada e tornada pública se houver necessidade.

Isso não significa, porém, que o Palmeiras não jogará o torneio estadual no ano que vem. Apenas que o clube não pretende dialogar com a entidade, não participando de eventos oficiais e reuniões para tomada de decisões. Entre elas, as que ele pede.

Page 3: 50mil BOLETIM NÚMERO DO DIA - Máquina do Esporte4 A Globo tem motivos para cele-brar a disputa do Paulistão deste ano. Com mais um recorde de au-diência na final do torneio, a

A temporada de 2018 começou com um problema para quem quer pensar no futebol brasileiro como um pro-duto mais rentável. É claro e evidente que o atual calendário peca, e muito, pelo excesso de jogos. O principal cul-pado por isso é o torneio estadual, que chega a abocanhar vinte eventos dos times grandes. Mas, depois de domin-go, como defender o fim dos torneios?

Com estádios lotados, as finais pro-varam que a disputa até tem um am-plo espaço no afeto dos torcedores. E, para colocar fogo na discussão, o Pau-listão teve o seu melhor desempenho na audiência desde 2004. E com direi-

to a uma final que fez torcedores lem-brarem de jogos históricos que marca-ram o apogeu do torneio paulista.

O fato, por outro lado, não chega nem perto de apagar o melancólico caminho que marca os estaduais até os jogos decisivos. Talvez seja o caso de perguntar para algum dos 196 pre-sentes no jogo entre Red Bull e São Bento se o torneio ainda vale a pena.

No Paulistão, a média de público não chega a 10 mil. Nos torneios de outros estados, a realidade é bem pior. No carioca, ficou em 4 mil. Ainda não existe um modelo sustentável para nú-meros tão ruins. Mas, sim, foram mais

de 60 mil no Maracanã numa tarde inesquecível a qualquer botafoguense.

Não há uma fórmula certeira, é ver-dade. Nos Estados Unidos, por exem-plo, a NFL obtém enorme sucesso com pouquíssimos eventos.

Um time da MLB, por outro lado, tem o dobro de jogos que qualquer grande equipe do futebol brasileiro e, mesmo assim, o negócio funciona.

O que é preciso é uma organização de fato, um calendário que tenha um racional mercadológico otimizado.

Hoje, isso está longe de ser realidade.

2018 prova como é complexo excluir Estadual do calendário

O P I N I Ã O

WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR

O Roland Garros eSeries by BNP Paribas, campeonato virtual de um dos torneios mais famosos do tênis mundial, terá uma elimina-tória brasileira no próximo domingo (15), no Wasd eSports Bar, em Belo Horizonte (MG).

A escolha do local e do torneio não é por acaso. No mesmo dia, também em Belo Hori-zonte, Roland Garros realiza a decisão do tor-neio que levará um atleta juvenil para a França.

O vencedor do torneio virtual ganhará como prêmio uma viagem a Paris, na França, para participar da final mundial, que será disputada em 25 de maio, dentro da programação oficial do segundo Grand Slam do ano. A competição marca a estreia do tênis nos eSports.

De acordo com a organização, a etapa elimi-

natória será disputada em versão de demons-tração do game Tennis World Tour, que será lançado 22 de maio, com versões para PlaySta-tion 4, Nintendo Switch, Xbox One e PC.

As vagas estão limitadas a maiores de 18 anos. Serão apenas 48 participantes, dos quais serão sorteados 16 cabeças de chave, que en-trarão apenas na segunda rodada. Os outros 32 farão uma partida eliminatória simples, e os 16 vencedores enfrentam os cabeças de chave. A inscrição para o torneio virtual custa R$ 50.

A realização dessa ação no Brasil é mais uma aproximação de Roland Garros do mercado nacional. No mês passado, uma agência foi contratada para gerenciar toda a comunicação do torneio nas redes sociais em português.

Tênis entra nos eSports, e Roland Garros realiza torneio qualificatório no Brasil

3

POR REDAÇÃO

POR DUDA LOPES

novos negócios da Máquina do Esporte

Page 4: 50mil BOLETIM NÚMERO DO DIA - Máquina do Esporte4 A Globo tem motivos para cele-brar a disputa do Paulistão deste ano. Com mais um recorde de au-diência na final do torneio, a

WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR4

A Globo tem motivos para cele-brar a disputa do Paulistão deste ano. Com mais um recorde de au-diência na final do torneio, a emis-sora encerrou as 20 transmissões do campeonato estadual com a melhor média de audiência desde 2004.

Na decisão, foram 43 pontos de média, o maior índice do futebol na emissora desde a final da Liberta-dores de 2012, entre Corinthians e

Boca Juniors. O torneio alcançou 26 pontos de média no geral. Em com-paração, a edição de 2017 registrou uma média de 23,3 pontos.

Alguns fatores colaboraram para o aumento da audiência. Com o tor-neio espremido pelo calendário de Copa do Mundo, houve mais parti-das nas quartas-feiras. Foram sete, contra quatro de 2017. Isso inclui a semifinal, que novamente teve Co-

rinthians e São Paulo em campo. No ano passado, o jogo decisivo regis-trou 29 pontos, contra 42 neste ano.

Outro fator foi o grande clássico da decisão. A última vez que dois ti-mes da capital decidiram o torneio foi em 2003, com uma final entre Corinthians e São Paulo. Em 2017, o time do Parque São Jorge decidiu o título com a Ponte Preta, e em ne-nhuma das partidas o Ibope bateu a marca dos 30 pontos.

Assim como havia feito em 2017, a Globo voltou a segurar a presença do Corinthians nas primeiras roda-das. O time fez a segunda aparição apenas na sétima rodada, após ter o jogo de estreia televisionado. No ano passado, apenas uma partida da equipe havia sido exibida pela Glo-bo até a sétima rodada.

O índice poderia ser até maior se a Globo não tivesse priorizado o PPV na fase inicial do torneio. Os jogos com maior potencial de audiência, Corinthians x Palmeiras e São Paulo x Corinthians, estiveram só no PPV.

POR REDAÇÃO

Globo tem maior audiência com o Campeonato Paulista desde 2004

A menos de uma semana do início do Campeo-nato Brasileiro, apenas a Globo transmitirá a prin-cipal competição do futebol nacional na TV aberta. A exclusividade ocorrerá pelo terceiro ano conse-cutivo, desde que a Band desistiu, por questões financeiras, de transmitir o torneio em 2016.

A emissora paulista, que é parceira da Globo na

exibição da Liga dos Campeões da Uefa, não fez proposta para sublicenciar o torneio. Apenas na TV fechada haverá a divisão de partes do Brasileiro.

Segundo o "Blog do Ohata", no UOL, a ESPN vai ter o pacote de melhores momentos, enquanto a Fox Sports exibirá também a reprise de um jogo por rodada do campeonato nacional.

Emissora transmitirá sozinha o Brasileirão