17
LEIA NO PANORAMA GERAL Alimento orgânico, melhor para a vida LEIA NESTA EDIÇÃO Emater/RS-Ascar divulga a 3ª estimativa da safra de verão 2016/2017 N.º 1.452 1 de junho de 2017 Aqui você encontra: Editorial Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Analises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Alimento orgânico, melhor para a vida É direito de todo ser humano ter uma alimentação adequada e saudável, contudo não basta simplesmente ter o alimento, mas sim saber sua procedência, quem o produz, o cuidado com o ambiente na produção, entre outros aspectos. Além disso, utilizar da melhor forma os alimentos na sua transformação priorizando os alimentos da biodiversidade local são fatores de primazia da produção agroecológica e orgânica. A Semana do Alimento Orgânico é promovida anualmente e pretende fortalecer a campanha “Produto Orgânico, melhor para a vida”. É coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em parceria com outros ministérios e executada pelos órgãos estaduais e organizações não governamentais que integram Comissões Estaduais de Produção Orgânica (CPOrg-UF). No Estado, a Emater/RS-Ascar, vinculada à SDR, é a principal executora de políticas públicas para este tipo de produção e desenvolve atividades específicas para marcar a Semana como feira, oficinas de alimentos orgânicos e a assinatura de um Termo de Cooperação com a cooperativa GiraSol. As atividades têm como objetivo estimular o consumo e esclarecer aos consumidores sobre a qualidade dos alimentos orgânicos que trazem benefícios nutricionais, ambientais e sociais. A Emater/RS- Ascar também atua junto aos produtores de alimentos convencionais buscando a transição para formas de produção menos dependentes de agroquímicos para que a toda a população possa ter acesso a alimentos mais saudáveis e com preços compatíveis com a renda das famílias, especialmente das populações mais pobres. Princípios dos sistemas de produção orgânica: viabilizar a produção de alimentos e outros produtos necessários ao homem de forma mais harmônica com a natureza; valorizar a agrosociobiodiversidade; contribuir para a saúde dos produtores e consumidores; promover a segurança e soberania alimentar; proporcionar a garantia da justiça social em todos os segmentos de sua rede de produção. Pleapo No Plano Estadual de Agroecologia e da Produção Orgânica (Pleapo- RS) constam as diretrizes: produção e segurança alimentar e nutricional, uso e conservação da agrosociobiodiversidade, incentivo ao consumo, acesso a mercados e comercialização, ATERS, ensino e pesquisa. Dentre algumas das estratégias estão: conscientizar e motivar todos os atores envolvidos (produtores, gestores públicos e consumidores) sobre a qualidade do alimento orgânico e seu modo de produção; Divulgação à população sobre a importância da qualidade biológica e nutricional dos alimentos orgânicos. Lino Moura Diretor Técnico da Emater/RS

52 Emater/RS-Ascar divulga a 3ª estimativa da · biodiversidade local são fatores de primazia da produção ... viável e real na diminuição do efeito estufa. Um ... necessita

  • Upload
    vukhanh

  • View
    212

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

LEIA NO PANORAM A GERAL Alimento orgânico, melhor para a vida LEIA NESTA EDIÇÃO Emater/RS-Ascar divulga a 3ª estimativa da safra de verão 2016/2017

N.º 1.452

1 de junho de 2017

Aqui você encontra:

Editorial

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Alimento orgânico, melhor para a vida É direito de todo ser humano ter uma alimentação adequada e saudável, contudo não basta simplesmente ter o alimento, mas sim saber sua procedência, quem o produz, o cuidado com o ambiente na produção, entre outros aspectos. Além disso, utilizar da melhor forma os alimentos na sua transformação priorizando os alimentos da biodiversidade local são fatores de primazia da produção agroecológica e orgânica. A Semana do Alimento Orgânico é promovida anualmente e pretende fortalecer a campanha “Produto Orgânico, melhor para a vida”. É coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em parceria com outros ministérios e executada pelos órgãos estaduais e organizações não governamentais que integram Comissões Estaduais de Produção Orgânica (CPOrg-UF). No Estado, a Emater/RS-Ascar, vinculada à SDR, é a principal executora de políticas públicas para este tipo de produção e desenvolve atividades específicas para marcar a Semana como feira, oficinas de alimentos orgânicos e a assinatura de um Termo de Cooperação com a cooperativa GiraSol. As atividades têm como objetivo estimular o consumo e esclarecer aos consumidores sobre a qualidade dos alimentos orgânicos que trazem benefícios nutricionais, ambientais e sociais. A Emater/RS-Ascar também atua junto aos produtores de alimentos convencionais buscando a transição para formas de produção menos dependentes de agroquímicos para que a toda a população possa ter acesso a alimentos mais saudáveis e com preços compatíveis com a renda das famílias, especialmente das populações mais pobres. Princípios dos sistemas de produção orgânica:

viabilizar a produção de alimentos e outros produtos necessários ao homem de forma mais harmônica com a natureza;

valorizar a agrosociobiodiversidade;

contribuir para a saúde dos produtores e consumidores;

promover a segurança e soberania alimentar;

proporcionar a garantia da justiça social em todos os segmentos de sua rede de produção.

Pleapo No Plano Estadual de Agroecologia e da Produção Orgânica (Pleapo-RS) constam as diretrizes: produção e segurança alimentar e nutricional, uso e conservação da agrosociobiodiversidade, incentivo ao consumo, acesso a mercados e comercialização, ATERS, ensino e pesquisa. Dentre algumas das estratégias estão: conscientizar e motivar todos os atores envolvidos (produtores, gestores públicos e consumidores) sobre a qualidade do alimento orgânico e seu modo de produção; Divulgação à população sobre a importância da qualidade biológica e nutricional dos alimentos orgânicos.

Lino Moura Diretor Técnico da Emater/RS

2

PANORAM A GERAL

Produção orgânica cresce no Brasil

A área de produção orgânica no país, em 2017,

deve passar da marca dos 750 mil hectares.

Segundo a Coordenação de Agroecologia

(Coagre) da Secretaria de Desenvolvimento

Agropecuário e Cooperativismo (SDC), vinculada

ao Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (Mapa), esse tipo de cultivo no

campo já é encontrado em 22,5% dos municípios

brasileiros. Dados da Coagre indicam que houve

um salto de 6.700 mil unidades, em 2013, para

aproximadamente 15.700, mais que o dobro de

crescimento em três anos. A região Sul possui

37,6 mil hectares registrados na Comissão

Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica

(CNAPO), também vinculada ao Mapa. O

incremento das unidades orgânicas no Brasil é um

indicativo de que os produtores rurais estão

investindo em uma produção sem o uso de

insumos agroquímicos. Ao mesmo tempo, vem se

firmando a consciência de que os alimentos

orgânicos têm o apelo dos consumidores por

serem bons para a saúde, fato que abre novas

oportunidades de mercados. Esse crescimento

produtivo vem ocorrendo, sobretudo, devido ao

crescimento dos agricultores familiares, que veem

na agroecologia e na produção orgânica em si

uma maneira de atender, dentro dos próprios

municípios, a programas que envolvem, por

exemplo, a merenda escolar, por meio do

Programa Nacional de Alimentação Escolar

(PNAE). O atrativo de programas como o PNAE, o

crescimento das feiras livres e a maior

comunicação direta entre produtores

agroecológicos e os consumidores permitem que

esse mercado continue crescendo em 2017. Fonte: MAPA

Viabilidade da energia solar no agronegócio

A geração de energia elétrica por meio das fontes

ditas limpas, como o ar e o sol, é uma alternativa

viável e real na diminuição do efeito estufa. Um

sistema solar no Brasil, por exemplo, deixa de

emitir na atmosfera 81 gramas de CO2 por kWh

gerado. Mas os benefícios do uso de energias

renováveis vão muito além de frear as

consequências das mudanças climáticas. Após

instalar um sistema fotovoltaico, que usa o sol

como ‘combustível’ para gerar energia elétrica, há

uma diminuição imediata nas despesas com

energia elétrica – deixa-se de consumir parte da

energia da concessionária ou de abastecer um

gerador a diesel. A longo prazo a opção por

energia solar continua diminuindo despesas – os

sistemas têm garantia de funcionamento de 25

anos. Possuir o próprio gerador de energia elétrica

diminui a dependência da rede e torna o

consumidor menos sujeito a apagões, além de

protegê-lo contra o aumento de tarifas. O sistema

pode ter seu tamanho adequado ao uso: se

necessita consumir mais, colocam-se mais placas

fotovoltaicas e são feitas as adaptações. A própria

chuva se encarrega da manutenção. Em épocas

de seca faz-se uma limpeza simples com água. Se

comparado com o gerador a diesel, soma-se o

benefício do silêncio – um gerador fotovoltaico

emite zero ruído. O Brasil é um dos poucos países

do mundo que recebe insolação superior a três mil

horas por ano. Diz-se que o pior sol no Brasil é

quatro vezes melhor do que o melhor sol da

Alemanha, que possui 1 milhão de sistemas

instalados – o site panoramacomer.com.br diz que

o a insolação da Alemanha é de 2,5 kWh/m2

enquanto no Brasil chega-se a 5,9 kWh/m2. Em

2012, com a Resolução Normativa 482, da Aneel,

o país estabeleceu regras que permitiam que

consumidores gerassem sua própria energia. Em

2014, houve a primeira contratação de energia

solar de geração pública centralizada (890 MW).

Em 2015 mais dois leilões foram realizados,

totalizando 2.653 MW contratados – os leilões

colaboraram para a popularização do sistema e

trouxeram para o país fornecedores de sistemas

solares e seus componentes. Entre 2015 e 2016,

depois de determinação do Confaz, 21 estados

aderiram à isenção do ICMS para consumidores

que gerarem sua própria energia. E, em março de

2016, passou a valer uma atualização da

Resolução Normativa 482 que aumentou o

máximo de capacidade instalada para minigeração

de 1 para 5 MW, permitiu e regularizou três formas

de compartilhamento de energia e ainda

possibilitou o acúmulo de crédito junto às

concessionárias. O BNDES financia este tipo de

investimento em diversas frentes: desde o cartão

BNDES até o Finem de Eficiência Energética.

Essas medidas resultaram em um crescimento de

1000% nos sistemas instalados entre 2012 e 2016,

e as previsões apontam um crescimento que

posicionará o Brasil entre os 20 países com maior

3

geração solar em 2018. O agronegócio faz parte

dessa revolução. Pivôs de irrigação, máquinas de

secagem de grãos e motores em geral podem ser

abastecidos com energia elétrica advinda do sol. A

busca por fontes de energia que minimizem

dependência das concessionárias, como é a solar,

deve suceder. No agronegócio a efetivação da

contratação de sistemas que geram energia pelo

sol é palpável: o Plano Agricultura e Pecuário

2016/2017 destinou bilhões em crédito para

investir em seu desenvolvimento. Alguns exemplos

são as linhas de financiamento existentes hoje. A

linha do Banco do Brasil para pequenos

produtores rurais possui juros de 2% a 5,5% ao

ano, carência de até três anos e prazo de

pagamento de até 10 anos, enquanto a linha do

Proger Urbano Empresarial, do mesmo banco,

normalmente utilizada por pequenas empresas,

empresta capital a 12% a.a. de juros

aproximadamente, com carência de apenas 12

meses e prazo de pagamento de até 72 meses. Fonte: Agrolink

GRÃOS Grãos de Verão Com a colheita das principais culturas de verão encerrada, a Emater/RS-Ascar finalizou o terceiro levantamento sobre as condições das lavouras no que tange à produtividade alcançada, uma vez que a área plantada não sofreu alterações em relação à segunda estimativa. Neste último levantamento, realizado durante a primeira quinzena de maio, a Emater/RS-Ascar levou em consideração as informações de 83 municípios para o arroz, 223 para o feijão, 377 para o milho destinado a grão, 334 para o milho destinado a silagem e 338 municípios para a soja. No atual levantamento os números analisados indicam mudanças em relação às produtividades e, consequentemente, às produções divulgadas em março. No arroz, a produtividade registrada passou para 7.482 kg/h, projetando uma produção total de 8,570 milhões de toneladas, uma diferença de 14,37% sobre a produção passada, que foi de 7,49 milhões de toneladas. No feijão de primeira safra, a produtividade estimada ficou em 1.736 kg/ha, projetando uma produção de 70.410 toneladas; isso corresponde a +18,22% sobre 59.557 t do ano passado. A segunda safra foi reajustada para um total de 32.091 toneladas (+13,9%), levando-se em conta uma produtividade de 1.610 kg/ha registrada esse ano.

No milho destinado à produção de grão, o total colhido deverá ficar em 5,762 milhões de toneladas contra as 4,730 milhões alcançadas na safra passada, marcando um aumento de 21,82%. No milho destinado à silagem, também se observou aumento na produção obtida, passando de 13,389 milhões de toneladas para 14,224 milhões (+ 6,39%). Para a soja os números indicam um aumento na produção de 12,53%, quebrando a barreira dos 18 milhões de toneladas, contra as 16,2 milhões de toneladas do ano passado. Em resumo, a safra de 2017 dos principais grãos de verão terá um aumento de 14,56% em relação à passada, produzindo um total de 32,7 milhões de toneladas. No quadro abaixo, apresentamos o resumo da safra 2016/2017, comparando-o com a safra passada.

Safra Agrícola

Cultura 2015/2016 2016/2017 Variação %

Arroz 7.493.431 8.570.141 14,37

Feijão 1ª safra 59.557 70.410 18,22

Feijão 2ª safra 28.174 32.091 13,90

Milho 4.729.948 5.761.891 21,82

Soja 16.206.334 18.236.263 12,53

Total (t) 28.517.444 32.670.796 14,56

Resumo por região administrativa da Emater-RS

ESREG Área (ha) Produt.(kg/ha) Produção (t)

Bagé 447.134 8.088 3.616.417

Caxias do Sul 0 0

Erechim 0 0

Frederico Westphalen 0 0

Ijuí 0 0

Lajeado 5.996 6.990 41.912

Passo Fundo 0 0

Pelotas 191.839 8.322 1.596.480

Porto Alegre 267.131 7.510 2.006.152

Santa Maria 145.759 7.210 1.050.922

Santa Rosa 900 8.353 7.517

Soledade 34.050 7.364 250.741

Estado 1.092.810 7.842 8.570.141

Fonte: Emater/RS - Ascar - 3ª Estimativa - Dados Preliminares

Cultura da Arroz - Safra 2016/2017 - RS

4

ESREG Área (ha) Produt.(kg/ha) Produção (t)

Bagé 173 816 141

Caxias do Sul 11.711 2.354 27.567

Erechim 1.239 1.921 2.380

Frederico Westphalen 5.648 1.812 10.234

Ijuí 2.345 1.474 3.457

Lajeado 1.015 1.415 1.436

Passo Fundo 949 2.081 1.975

Pelotas 4.529 1.262 5.715

Porto Alegre 4.601 1.132 5.208

Santa Maria 3.077 1.414 4.351

Santa Rosa 868 1.376 1.195

Soledade 4.412 1.530 6.751

Estado 40.567 1.736 70.410

Fonte: Emater/RS - Ascar - 3ª Estimativa - Dados Preliminares

Cultura da Feijão 1ª Safra - Safra 2016/2017 - RS

ESREG Área (ha) Produt.(kg/ha) Produção (t)

Bagé 0 0 0

Caxias do Sul 217 3.126 679

Erechim 1.070 1.786 1.911

Frederico Westphalen 7.045 1.671 11.772

Ijuí 3.884 1.999 7.764

Lajeado 71 786 56

Passo Fundo 984 1.830 1.800

Pelotas 174 993 172

Porto Alegre 1.334 585 780

Santa Maria 1.170 1.513 1.771

Santa Rosa 2.244 1.210 2.715

Soledade 1.734 1.540 2.670

Estado 19.926 1.610 32.091

Fonte: Emater/RS - Ascar - 3ª Estimativa - Dados Preliminares

Cultura da Feijão 2ª Safra - Safra 2016/2017 - RS

ESREG Área (ha) Produt.(kg/ha) Produção (t)

Bagé 35.672 5.938 211.823

Caxias do Sul 112.195 7.958 892.844

Erechim 45.882 8.588 394.037

Frederico Westphalen 108.715 7.867 855.264

Ijuí 76.077 8.643 657.533

Lajeado 41.505 6.557 272.150

Passo Fundo 54.470 9.131 497.361

Pelotas 61.187 5.007 306.362

Porto Alegre 38.603 3.824 147.617

Santa Maria 45.810 5.185 237.524

Santa Rosa 106.798 7.769 829.711

Soledade 89.937 5.111 459.667

Estado 816.850 7.054 5.761.891

Fonte: Emater/RS - Ascar - 3ª Estimativa - Dados Preliminares

Cultura da Milho Grão - Safra 2016/2017 - RS

ESREG Área (ha) Produt.(kg/ha) Produção (t)

Bagé 5.373 26.286 141.240

Caxias do Sul 34.776 47.086 1.637.468

Erechim 17.764 42.772 759.793

Frederico Westphalen 44.703 35.170 1.572.214

Ijuí 64.230 38.675 2.484.090

Lajeado 59.975 38.608 2.315.529

Passo Fundo 30.447 44.855 1.365.702

Pelotas 18.938 29.520 559.046

Porto Alegre 8.514 27.849 237.093

Santa Maria 6.893 33.431 230.442

Santa Rosa 56.294 37.459 2.108.709

Soledade 24.634 33.817 833.057

Estado 372.541 38.236 14.244.383

Fonte: Emater/RS - Ascar - 3ª Estimativa - Dados Preliminares

Cultura da Milho Silagem - Safra 2016/2017 - RS

ESREG Área (ha) Produt.(kg/ha) Produção (t)

Bagé 640.401 2.606 1.668.884

Caxias do Sul 217.780 3.705 806.875

Erechim 248.787 3.750 932.950

Frederico Westphalen 416.956 3.580 1.492.703

Ijuí 916.426 3.611 3.309.214

Lajeado 16.506 3.498 57.737

Passo Fundo 564.484 3.776 2.131.491

Pelotas 348.198 2.592 902.530

Porto Alegre 116.523 2.669 311.001

Santa Maria 847.279 3.307 2.801.952

Santa Rosa 755.717 3.184 2.406.201

Soledade 410.661 3.445 1.414.726

Estado 5.499.716 3.316 18.236.263

Fonte: Emater/RS - Ascar - 3ª Estimativa - Dados Preliminares

Cultura da Soja - Safra 2016/2017 - RS

Culturas de Inverno Trigo – O plantio da nova safra de trigo se encontra totalmente paralisado devido às pesadas chuvas ocorridas em todas as regiões produtoras, ficando estagnado em 3% registrados até 25 de maio. Na média esse percentual deveria estar em 30%. A preocupação dos produtores está na probabilidade de continuação das chuvas nos próximos períodos, atrasando ainda mais o plantio, passando inclusive do período preferencial em algumas lavouras. Outro fato a considerar é a possibilidade que a colheita adentre no período de plantio da próxima safra de soja que inicia com mais força em outubro. Em áreas que estavam já prontas para a semeadura, houve registro de perda por erosão e lixivia de nutrientes, além de voçorocas naquelas onde a cobertura verde era inadequada.

5

Cevada – Cultura em fase de semeadura, faltando 5% da área a ser cultivada no Planalto Médio, mantendo fases de germinação e desenvolvimento vegetativo. No Alto Jacuí, Noroeste Colonial e região Celeiro, as primeiras lavouras implantadas estão necessitando de aplicação de nitrogênio em cobertura, mas com o clima impossibilitando este trato cultural, o produtor está perdendo o ponto ideal da adubação nitrogenada. As lavouras estão sendo prejudicadas pelo excesso de chuvas, que estão lixiviando nutrientes, arrastando sementes para as partes baixas das propriedades, alagando-as e prejudicando a germinação e os tratos culturais.

Preço: balcão R$ 56,00/sc.

Feijão 2ª safra – Em ritmo de finalização de colheita da área cultivada. O rendimento médio no Estado está fechando em 1.610 kg/ha de boa qualidade comercial. Os produtores estão aproveitando uma pequena reação de demanda pelo produto, para ir ofertando a produção assim que colhem.

Canola - Lavouras semeadas em início do desenvolvimento vegetativo mas em ritmo muito lento; as demais áreas ainda não foram semeadas pelo excesso de umidade do solo em decorrência das pesadas chuvas que caem no Estado. Aveia Branca - Chuvas intensas, retardando o preparo das áreas, e com o plantio interrompido. Nas áreas já implantadas, a cultura está necessitando a aplicação de nitrogênio em cobertura, mas não há condições de trabalho em razão das condições meteorológicas que dificultam a entrada nas lavouras. Desenvolvimento lento, com plantas estioladas e coloração amarelada. Grande ocorrência de erosão nas lavouras.

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais Nas regiões Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Jacuí, os produtores de olerícolas com cultivo a campo estão com enormes dificuldades na realização dos tratos culturais. As fortes chuvas provocaram desmonte dos canteiros e erosão. Culturas como salsa e cenoura apresentam dificuldade de germinação. As oscilações climáticas levam os produtores a optarem pelo cultivo protegido. Não temos informações de danos nas estruturas para cultivo de olerícolas (estufas, túneis).

As folhosas com cultivos em ambiente protegido apresentam crescimento lento, estiolamento das plantas e coloração mais amarelada. Brássicas em cultivo a campo com redução de crescimento. Repolho não apresenta rachadura da cabeça até o momento. É muito baixo o cultivo de beterraba na região. Na Fronteira Oeste e Campanha, as elevadas precipitações da semana ocasionaram perdas principalmente nas folhosas em vários municípios da região; em Dom Pedrito, alguns produtores alegam prejuízos de mais de 30% e em Maçambará houve perdas de 50%. As lavouras de batata-doce e mandioca apresentam boa produção e boa qualidade. Em geral toda a produção da região é absorvida pelos próprios comércios locais; na grande maioria dos municípios, os agricultores familiares estão preparando suas produções para a venda para o PNAE. Também ocorre a comercialização através das feiras livres semanais e direto aos consumidores. Na região da Fronteira Oeste se intensificam as colheitas de batata-doce e mandioca. Em Rosário do Sul, na fruticultura, estão sendo realizados os tratos culturais; as plantas estão em fase de desenvolvimento dos frutos e ocorre início de colheita das tangerinas e da laranja Navelina. As atividades de beneficiamento e comercialização estão em andamento. Em São Gabriel os produtores de bergamotas encerraram a colheita nos pomares. Produtores realizam podas de limpeza, roçada do pomar e fertilização. As rosáceas em período de dormência, sendo realizado o tratamento de inverno com calda sulfocálcica. Em Candiota a colheita de nogueira pecã está apresentando boa produção e boa qualidade dos frutos. Na região Norte do RS (Alto Uruguai) as chuvas em excesso prejudicaram os cultivos a campo de olerícolas, principalmente das folhosas. Entre as frutas, os produtores planejam novos plantios de parreiras, noz pecã, moranguinho e maçã. Parcela significativa de produtores manifestam interesse em instalar pequenas agroindústrias de suco de uva e laranja. A Emater/RS-Ascar organiza eventos na área com o objetivo de conquistar técnicos e produtores. Na Fronteira Noroeste e Missões, as chuvas excessivas causaram perdas relevantes nas olerícolas, especialmente nas folhosas e em todas

6

as hortaliças recém-implantadas, causando compactação do solo e prejudicando a germinação e o desenvolvimento das plantas; os cultivos de hortaliças a campo (não protegidas) não estão se desenvolvendo ou até apodrecendo em função das frequentes chuvas. Há evidências de que faltará produto de qualidade para as próximas semanas, principalmente de folhosas. Colheita da batata-doce com boa produtividade e bom aspecto dos tubérculos. Com o excesso de umidade, a presença de lesmas e caracóis está prejudicando a qualidade das hortaliças principalmente folhosas. Cebola e alho em estágio de desenvolvimento vegetativo. As variedades mais precoces de bergamota estão em fase de colheita, e as demais variedades cítricas estão no início do amadurecimento. A produção de bergamota comum está sendo menor que em outros anos. Em Porto Vera Cruz está ocorrendo a colheita de algumas variedades de bergamotas, laranjas e limão comum, comercializando principalmente no PAA. Está ocorrendo a implantação de morangos, este ano com boa disponibilidade de mudas Em Santo Cristo a área de 3 ha para implantação de parreira na localidade de Bom Princípio Alto já está preparada. Assim que o tempo permitir, o produtor iniciará a formação de covas e a instalação da estrutura da parreira. Está acontecendo o pedido de mudas. Olerícolas

Pimenta – Na região Sul, a colheita encaminha-se para o final, com 99% colhidos. Produtores seguem realizando a secagem e a moagem da pimenta. A área plantada no município de Turuçu tem sete hectares; cultivares mais plantadas são a Dedo de Moça, Bico Doce, Caiana e Cecoia. A comercialização da pimenta seca segue com valores de R$ 20,00/kg; a fresca é negociada a valores de R$ 3,00/kg. Safra é considerada de ótima qualidade. Aipim/Mandioca - Cultura em plena colheita nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste, visando especialmente o autoconsumo e para eventual comercialização; os preços estão em torno de R$ 1,20 a R$ 2,50/kg do produto in natura. Os produtores estão guardando ramas para os plantios futuros, já que as temperaturas baixas estão previstas e o risco de perder as mudas é grande. Devido às constantes chuvas e à umidade de solo excessiva, há relatos de podridão radicular que tem se acentuado nas últimas

semanas. Os agricultores estão colhendo a mandioca e descascando e armazenando em freezer para o restante do ano.

Alho - Semana bastante complicada para o prosseguimento e a aceleração do plantio das variedades precoces na Serra Gaúcha, com destaque à variedade Chonan, face aos volumes e diversos dias de precipitação, tornando o solo encharcado e impraticável para qualquer operação, seja manual ou mecanizada. As partes baixas das lavouras estão alagadas e as declivosas, com considerável perda de solo pelos efeitos das enxurradas. Alhicultores já com bulbos debulhados ou até com bulbilhos tratados com caldas demonstram muita preocupação com o eminente risco de perdas dessas sementes, por apodrecimento ou por brotação antecipada ao plantio. Também principia a inquietude entre produtores que cultivam variedades tardias, essencialmente a São Valentin, quanto ao período de vernalização, ou seja, de estocagem na frigoconservação. Ao ser retirada, ela precisa ser plantada de imediato; se não for retirada, pode haver um acúmulo excessivo de horas de frio impedindo que, posteriormente, na lavoura, as plantas venham a ter comportamento adequado para uma boa produção.

Frutícolas

Citros - A abertura da safra de citros do Rio Grande do Sul, ocorrida em 25 de maio passado, em Montenegro, transcorreu em um momento em que a colheita das cítricas está refletindo a excelente qualidade das frutas; mas o escoamento da safra está difícil e os preços da bergamota Caí, principal fruta cítrica colhida no momento no Vale do Caí, estão baixos. A fruta que abriu a colheita foi a bergamota Caí, a mais precoce entre a Pareci e a Montenegrina, outras duas do grupo das bergamotas do Mediterrâneo. As primeiras frutas desta cultivar foram colhidas no início de maio; atualmente, já foram colhidos 15% do total. Em virtude da maior disponibilidade de frutas no mercado, o preço médio recebido pelos citricultores despencou em relação ao praticado no início de maio. Para as primeiras caixas de 25 kg da fruta, o produtor chegou a receber R$ 35,00, sendo que atualmente os citricultores estão recebendo em média R$ 13,00 (veja quadro). Em comparação a safra 2016, o preço atual também está muito baixo, pois na mesma semana no ano passado o citricultor recebeu R$ 15,00 em média pela caixa de Caí. Para a bergamota Ponkan, o preço médio ao

7

produtor se manteve estável em relação ao levantamento realizado em 12 de maio, igual a R$ 16,00/cx. Conforme relatos de algumas famílias citricultoras de São Sebastião do Caí, este ano está sendo um dos piores no que se refere à comercialização de cítricos na Ceasa de Porto Alegre. A safra, de um modo geral, não está fluindo como em outros anos, com exceção da Ponkan e da laranja Shamouti. Além do baixo preço da bergamota Caí, a sequência de dias com chuva tem atrapalhado a colheita das frutas cítricas. Em relação às laranjas, estão em colheita a Céu precoce, a umbigo Bahia, a Shamouti e a Seleta. No município de Tupandi, o maior produtor de laranja do Vale do Caí, a safra da laranja para suco começou na segunda quinzena de maio, sendo entregue a primeira carga para uma indústria de sucos local ao valor de R$ 350,00 a tonelada, e para uma indústria da Serra gaúcha ao preço de R$ 360,00 a tonelada. Atualmente estão colhendo para suco a laranja do Céu, a laranja de umbigo e a Seleta. Ao mesmo tempo, ocorre também a colheita destas mesmas cultivares destinadas ao consumo ao natural. O preço médio recebido pelos citricultores do Vale do Caí pela umbigo Bahia teve redução, passando de R$ 22,00 para R$ 19,00/cx. Na mesma época no ano passado o preço médio recebido pelos citricultores estava em R$ 32,00/cx. No município de Brochier, os produtores estão recebendo em média R$ 17,00 pela caixa de Bahia, sendo que este preço baixo está relacionado com a elevada produção nesta safra. A laranja Shamouti, excelente fruta de mesa, de origem israelense, tem tido muito boa aceitação na Ceasa de Porto Alegre, com preço médio de R$ 20,00/cx., considerado bom pelos citricultores quando comparada com as outras laranjas comercializadas neste período. A lima ácida Tahiti, popular limão da caipirinha, tem floração e produção de frutas durante todo o ano, com maior fluxo de produção de março a julho, na região do Vale do Caí. Em Bom Princípio, onde reside o maior produtor de lima ácida Tahiti do Rio Grande do Sul, esta época nunca foi de grande valor agregado para os produtores de Tahiti; contudo, neste ano, o produto está ainda mais desvalorizado, chegando a R$ 10,00/cx., valor mais baixo registrado entre 2014 e 2017, durante a segunda quinzena de maio. Está ocorrendo perda em função da falta de mercado. A lima ácida Tahiti só é aceita para comercialização com a casca completamente verde, o que limita o período de comercialização

da fruta, pois quando começa a amarelar na planta não tem mais destinação comercial.

Quadro de percentual colhido e preços das frutas cítricas no Vale do Caí

Fruta (caixas de 25

kg)

% colhido

26.05.17

R$/cx. em

12.05.17

R$/cx. em

26.05.17

Bergamota Caí 15% 18,00 13,00

Bergamota Ponkan

10% 16,00 16,00

Laranja Céu Precoce

20% 15,00 11,00

Laranja Umbigo Bahia

25% 22,00 19,00

Laranja Shamouti

40% sem referência

20,00

Lima Ácida Tahiti

20% 16,00 12,00

Na região Serrana, o período foi de elevada precipitação, com vários dias com ausência de insolação, deixando solo com umidade alta e, principalmente, plantas com longos períodos de molhamento. Esse quadro vem afetando a colheita e a qualidade das frutas, deixando-as com teor de açúcar mais baixo, popularmente conhecidas como “aguadas”. Há muita preocupação com incidência de fitomoléstias, especialmente com a pinta preta, pois as condições climáticas predisponentes estão presentes. Perda de frutas por ataque da mosca das frutas também está no quadro da inquietude, principalmente nas laranjas do cedo, como a do Céu e a Bahianinha. Momento de colheita das cultivares: Ponkam, Caí, Bahianinha, Salustiana, do Céu. Na região Norte (Alto Uruguai), o excesso de chuvas dos últimos dias tem ocasionado queda das frutas, principalmente nas variedades de laranjas Iapar e Navelina. A comercialização das variedades de umbigo está lenta devido à entrada de frutas de melhor qualidade vindas de Rosário do Sul. Entre as bergamotas, as variedades Ponkan, Clemenules e Comum já estão ofertadas no mercado. Preços inalterados com relação à semana passada. No Vale do Rio Pardo, estão em colheita as tangerinas das variedades Ponkan, Caí e Pareci. Na região do Baixo Rio Pardo inicia também a colheita de laranja de umbigo das variedades precoces. As demais espécies de citros estão em fase de desenvolvimento de frutos e início de

8

maturação. Com o clima regular, há boa formação dos frutos, e a maturação ocorre de forma uniforme, embora esta última semana tenha havido redução da taxa fotossintética. No Médio Alto Uruguai e Rio da Várzea atualmente estão sendo colhidas as bergamotas Satsuma Okitsu e comercializada a R$ 1,50/kg com produtividade de 10 a 12 t/ha. A laranja umbigo Bahia está sendo comercializada a R$ 1,00/kg com produtividade de 15 a 20 t/ha. A laranja Salustiana com valor de R$ 0,60/kg e a Iapar a R$ 0,50/kg com produtividade em torno de 35 a 40 t/ha. Estima-se que a produtividade esteja em torno de 10% inferior em relação ao ano passado. Morango - Produtores da região Sul com novos plantios seguem no preparo dos canteiros e estufas para produção em ambiente protegido e em substratos. Mudas de cultivares de dias curtos importadas do Chile e Argentina chegaram na última semana. Produtores realizaram o manejo com a poda e limpeza dos morangueiros para o segundo e terceiro ciclos de produção. Deverá haver um aumento significativo da área plantada e no número de produtores tanto urbanos como rurais, devido aos sistemas de produção fora do solo. Em Pelotas e arredores, produtores vendem morango a preços que variam de R$ 5,00 a R$ 15,00/kg, dependo do comércio e da condição das frutas. Mudas importadas com valores entre R$ 790,00 a R$ 830,00 por mil mudas; as do cultivar Camarosa e Camino Real já foram distribuídas. A baixa radiação solar incidente e o clima chuvoso e úmido da semana foram desfavoráveis à cultura do moranguinho no Vale do Rio Pardo e no Alto da Serra do Botucaraí, pois atrasa o crescimento das plantas e propicia condições para o desenvolvimento de doenças fúngicas. Esse quadro climático desfavorável terá consequências negativas na produção das próximas semanas. Os plantios conduzidos em estufa são favorecidos sob essas condições meteorológicas, mas também têm o crescimento reduzido. Nos municípios produtores da região, houve incremento da área plantada. Em Vale do Sol, por exemplo, haverá aumento de 20% da área cultivada. A colheita está sendo realizada em plantios de segundo ciclo, mas esta ainda é pequena. Oliveira - Colheita finalizada na região Sul do Estado. Todas as cultivares apresentaram boa

produtividade nos pomares; aproveitamento de acordo com a cultivar em torno de 9 a 13%. Os produtores deverão aumentar a área cultivada e a produção total na região na medida em que os olivais vão se desenvolvendo. Canguçu registra uma área plantada de 4.509 hectares com duas agroindústrias instaladas, uma delas em operação com azeite comercial. Escritórios da Emater/RS-Ascar atendem solicitações de informações de interessados em implantar olivais nas propriedades. Comercialização de Hortigranjeiros Dos 35 produtos principais analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Ceasa/RS, no período entre 23 e 30/05/2017 tivemos 21 produtos estáveis em preços, nenhum em alta e 14 em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo.

Mais uma semana de forte retração nas vendas de frutas e hortaliças. Cerca de 60% dos produtos mantiveram-se estáveis e os demais deste comparativo tiveram as cotações em queda. Nesta insegurança o mercado varejista se retraiu temendo não vender, diminuindo assim suas aquisições. Não ocorreram destaques em alta. Um produto destacou-se em baixa: tomate caqui longa vida – de R$ 2,00 para R$ 1,50/kg (-25,00%). A baixa na procura se contrapôs à regularidade da oferta do tomate representada pelas últimas levas da safra gaúcha, somadas aos volumes procedentes da região Sudeste do Brasil. O setor atacadista, sensível à Lei da Oferta e da Procura, promoveu nova queda nas cotações desta hortaliça-fruto, aguardando uma possível reação na intenção de compra pelos consumidores com a proximidade da entrada dos seus salários.

OUTRAS CULTURAS Silvicultura Reflorestamento nos vales do Taquari e Caí - preços praticados

Mudas de Eucalipto Grandis, Urophylla e

Dunni (o milheiro – em tubetes) - R$ 180,00

Mudas de Eucalipto Grandis, Urophylla e

Dunni (o milheiro – em laminado) - R$ 160,00

9

Mudas de Acácia-negra (o milheiro – em

laminado) -R$ 140,00

Lenha de Acácia-negra - preço médio de

R$ 60,00 por metro estéreo, dependendo da

localização e principalmente da qualidade da

lenha.

Lenha de Eucalipto - R$ 35,00 por metro

estéreo, dependendo da qualidade,

localização e comprador. Geralmente

pagamento de valor maior é com prazo de 60

a 90 dias.

Toretes de Eucalipto para paletes e

lâminas - R$ 45,00 a R$ 50,00 (cheque para

60 dias) por metro estéreo; peças serradas

com tamanho uniforme de 1,20 ou 1,25 m,

conforme solicita a empresa laminadora.

Casca de Acácia-negra - R$ 0,21 a

0,23/kg

Carvão vegetal de Acácia - R$ 0,65 a

0,70/kg

Carvão vegetal de Eucalipto - R$ 0,55/kg

Tora de Eucalipto para serraria - R$

65,00 (se precisa trator para retirar da

lavoura) a R$ 80,00 por m³ (se está

encostado na estrada).

O mercado retraído dificulta a comercialização de todos os derivados da silvicultura. Sente-se que alguns silvicultores, inclusive, têm dificuldades de honrar seus compromissos com as instituições financeiras, pois têm o produto para comercializar, mas não conseguem. Cada vez mais escassa a sucessão rural na atividade de silvicultura da agricultura familiar, pois os jovens não querem mais trabalhar em atividades penosas. Empacotadores de carvão também se queixam de que vendas no comércio não estão tão boas como nos outros anos. No município de Poço das Antas, numa parceria da Emater/RS-Ascar e Secretarias Municipais da Agricultura e Meio Ambiente, durante março foram realizadas reuniões em todas as comunidades, com os produtores de carvão vegetal, orientando-os para se adequarem à Resolução Consema nº 315 de 16/05/2016, que estabelece critérios para o licenciamento da atividade de produção de carvão vegetal em fornos. Está definido que o município, após a adequação ambiental exigida, irá emitir licença ambiental simplificada para todos os

produtores rurais, sendo que o custo para o produtor na prefeitura será apenas o pagamento de uma taxa de expediente. As licenças simplificadas estão sendo emitidas. Na Campanha e Fronteira Noroeste, a comercialização do eucalipto está em R$ 34,50/ m

3 em pé aos 7,5 anos para produtores da

poupança florestal (fonte Fibria). Na lenha o comércio local paga R$ 55,00 metro empilhado posto no local e remuneração líquida ao produtor de R$ 15,00 por metro empilhado. A acácia-negra está com preços da casca R$ 260,00/t (posto em Montenegro ou Estância Velha) e madeira R$ 56,00/m empilhado posto em Rio Grande (fonte Tanac e Seta). Poupança florestal: os produtores que plantaram em 2005 estão recebendo os primeiros pagamentos das madeiras produzidas. A área florestada na região é a seguinte:

24.904 hectares de eucalipto

9.838 hectares de acácia-negra

14.687 hectares de outras espécies

Cana-de-açúcar - O início das atividades da cooperativa regional está programado para 20 de junho. Em muitas propriedades da região das Missões, iniciou a colheita para produção de melado; há dificuldade de colheita pelo tombamento causado pelos ventos ocorridos. Nas agroindústrias também está acontecendo o processamento de melado e cachaça, porém com dificuldades de operação pela dificuldade de realizar o corte da cana por causa da chuva.

CRIAÇÕES Pastagens - Durante a semana anterior, as

condições foram pouco favoráveis para o

crescimento das pastagens, pois houve

excessivas precipitações, com períodos

prolongados de alagamento dos campos e dias

nublados. Produtores com dificuldade de

mobilidade devido às más condições das estradas.

Em Rio Grande, com as chuvas da última semana,

já foi feita a retirada dos animais das áreas

alagadas, principalmente bovinos e ovinos dos

campos próximos ao canal São Gonçalo.

Campos naturais diminuem gradativamente sua

oferta de forragem pela luminosidade e

temperaturas menos favoráveis que já vêm

ocorrendo. Por não haver ainda registro de

temperaturas excessivamente baixas, ainda há

uma oferta de forragem natural. Produtores

10

realizam roçadas para limpeza e renovação dos

pastos. As pastagens de verão também estão em

final de ciclo, ou seja, as pastagens semeadas no

final da primavera estão em senescência

(processo metabólico ativo associado ao processo

de envelhecimento das plantas), ocorrendo um

vazio forrageiro na maioria das propriedades.

As pastagens de inverno estão parcialmente

disponíveis para o pastoreio, e a umidade

excessiva e a baixa insolação dificultam o

desenvolvimento. Pastagens de inverno muito

beneficiadas pela chuva, favorecendo a

germinação e o desenvolvimento. Os produtores

que iniciaram o plantio em março e abril já estão

iniciando o pastoreio e em algumas áreas; os

produtores tiveram que retirar os animais devido

ao encharcamento e inundações. O andamento

dos trabalhos de implantação das pastagens de

inverno, principalmente de aveia e azevém, teve

que ser suspenso nessas duas últimas semanas

devido às precipitações.

Também alguns produtores que optaram por sobressemeadura de azevém estão tendo boa implantação, em especial os que fizeram diferimento - pastagens em ressemeadura natural do ano anterior. As áreas com melhoramento de campo nativo implantadas com recursos do RS Biodiversidade estão se comportando de maneira similar ao campo nativo devido à situação climática da última semana. Se observam altos níveis de germinação, sobretudo do cornichão ele Rincón. É de chamar a atenção a abundância de nascimento de cornichão nas áreas melhoradas com esta leguminosa forrageira. Outra oferta de forragem importante da época ainda são as restevas de arroz recém-colhidas, que já se encontram em pastoreio, antes das primeiras geadas. Produção de silagem encerrada, neste ano com excelente produção.

Bovinocultura de corte - O vazio forrageiro de

outono está comprometendo o bom estado

nutricional do rebanho; o campo nativo com forte

redução de oferta e as pastagens de inverno não

permitem ainda o pastoreio, deixando o rebanho

vulnerável em termos nutricionais. O campo

natural onde se tem concentrado o pastoreio

apresenta baixas taxas de crescimento, pelas

condições climáticas; somadas a altas lotações,

fazem com que os campos venham diminuindo

sua oferta nos últimos dias. Alguns pecuaristas já

iniciaram a suplementação mineral, em diferentes

categorias, principalmente com animais de recria e

engorda.

Os animais se mantêm em boas condições

corporais, apesar de não haver condições

favoráveis de ganho de peso devido à perda de

qualidade das áreas de campo nativo, pois houve

muito frio e umidade. Pastagens de aveia e

azevém começam a ser disponibilizadas para a

terminação de bovinos; excesso de chuvas

acarreta perdas devido ao pisoteio.

Fim do período reprodutivo. Iniciam-se os

diagnósticos de gestação nas fêmeas, atividade

que auxilia na seleção de matrizes e define os

animais a serem descartados e na realização de

manejos diferenciados a posteriori, com melhores

condições de forragens para as vacas prenhes. Na

ocasião do diagnóstico de gestação, estão sendo

vacinados os ventres para as doenças da

reprodução (leptospirose, BVD – diarreia viral

bovino e IBR - rinotraqueíte infecciosa bovina).

Época de desmame de terneiros.

Manejo sanitário contra parasitas internos e

externos em todas as categorias, com atenção

especial à verminose em terneiros. A incidência de

carrapatos está diminuindo devido à redução das

temperaturas, porém ainda persistem casos de

tristeza parasitária bovina.

O mês de maio é de vacinação obrigatória contra a

febre aftosa, e todos os produtores devem realizar

a declaração anual de rebanho; para isto devem

comparecer à Inspetoria Veterinária municipal

(IVZ). Também é realizada pela secretaria de

agricultura a vacina contra brucelose em terneiras

até oito meses de idade. Com a vacina da febre

aftosa, suspensão de Feiras e remates. Houve

suspeita de dois casos de raiva herbívora bovina,

notificados na Inspetoria Veterinária do município

de Cristal.

Pecuária colonial - em Boa Vista do Buricá e Nova Candelária, vem crescendo gradativamente a utilização de machos leiteiros para a produção de carne, tanto no sistema de produção com grão como na utilização de forrageiras e silagem. Com isso, diminuiu muito o sacrifício de bezerros recém-nascidos. Outra prática que está ocorrendo é um acordo firmado entre produtor e uma empresa de Frederico Westphalen, do ramo agropecuário que fornece o sêmen, o serviço da inseminação artificial: o bezerro é recolhido no quarto ou quinto dia de vida e pagam o valor de

11

uma arroba de carne de gado para o produtor. O estado geral do rebanho é considerado bom.

Comercialização

Na região de Bagé a comercialização de animais

para abate e reposição está fraca, poucos

negócios concretizados, há pouca procura por

gado gordo. Gado magro com preços atrativos,

mas pouca comercialização. Para contribuir com

este quadro, a oferta do gado gordo ainda está

sendo maior do que a demanda dos compradores.

Os produtores estão apreensivos para realizar as

reposições. Alguns frigoríficos cancelaram os

abates. Estão ocorrendo as feiras oficiais de

terneiros na região, em Caçapava do Sul, onde o

preço médio ficou em R$ 5,52/kg vivo e em Lavras

do Sul, a R$ 5,45/kg vivo. Abaixo da expectativa

dos produtores.

Na região de Pelotas, dificuldades de embarque

de gado gordo. Preços dos terneiros abaixo da

expectativa de comercialização. A feira ocorrida

em Piratini teve baixo índice de liquidez. Há

dificuldade de comercialização do gado gordo. A

feira do terneiro no Sindicato Rural de Arroio

Grande está marcada para 31 de maio.

Na região de Santa Maria, o preço do boi,

praticamente sem variação nesta semana, ficou

em R$ 4,91/kg vivo. Já a vaca gorda indica um

preço médio de R$ 4,36/kg vivo. O mercado está

retraído, com poucos negócios fechados, e alguns

frigoríficos não estão conseguindo repassar a

carne adquirida. Está um pouco mais aquecido o

comércio de terneiros para invernar.

Na região de Santa Rosa, com o aumento

gradativo na oferta de animais terminados, a

expectativa é que o mercado continue com

pressão de desvalorização no preço do boi gordo;

o mercado se depara também com mais um fator

de incerteza, que é a crise política. Em relação à

vaca gorda, os produtores estão com dificuldade

na comercialização, tendo em vista a boa oferta de

boi gordo. Em termos de varejo local, não houve

variação significativa, por conta inclusive da pouca

demanda nesse período do mês.

Preços nas principais praças de

comercialização do RS (R$/kg vivo)

Município Boi gordo Vaca gorda

Alegrete 4,95 4,25

Bagé 4,80 4,30

Bom Jesus 5,10 4,30

Cachoeira do Sul 4,90 4,20

Canguçu 4,70 4,20

Dom Pedrito 4,80 4,20

Encruzilhada do

Sul

4,90 4,20

Frederico

Westphalen

5,00 4,50

Jaguarão 4,90 4,20

Júlio de Castilhos 4,80 4,20

Lagoa Vermelha 5,30 4,30

Palmeira das

Missões

5,20 4,20

Pelotas 5,00 4,50

Santa Maria 4,95 4,41

Santana do

Livramento

4,80 4,30

Santiago 4,95 4,20

Santo Antônio da

Patrulha

4,90 4,20

Santo Antônio das

Missões

4,90 4,25

São Borja 4,80 4,20

São Gabriel 4,70 4,30

Teutônia 4,90 4,65

Uruguaiana 4,85 4,25

Média 4,91 4,29

Mínimo 4,70 4,20

Máximo 5,30 4,65 Fonte: Relatório de preços semanais recebidos pelos

produtores nº 1973 – Núcleo de Informação e Análises –

GPL/Emater-RS/Ascar.

Bovinocultura de leite - Período de alta umidade

e precipitações volumosas, impactando

diretamente no manejo dos animais e no

crescimento das pastagens. Diminuem a

quantidade e a qualidade das pastagens,

principalmente pelo final de ciclo das pastagens de

verão e pela pouca utilização das pastagens de

inverno. Produtores estão resistindo em colocar os

animais nas pastagens novas devido à alta

umidade das lavouras, além de dificultar o manejo

e ocasionar a formação de barrais nas

propriedades. Áreas próximas aos riachos foram

12

submersas por período não superior a 12 horas.

Nas áreas não atingidas pelo transbordamento

dos riachos, houve escorrimento superficial das

chuvas generalizado, provocando erosão. Manejo

dos animais extremamente dificultoso pela

formação de lodo nos entornos das instalações e

corredores, aumentando a necessidade de

higienização dos animais para ordenha, onerando

a produção com gastos de mão de obra e

utilização dos produtos de higiene da ordenha.

Também tem se percebido um relevante aumento

nos casos de mastite.

Os piquetes utilizados nos dias de maior umidade

estão comprometidos pelo pisoteio dos animais.

Avaliação inicial deixa dúvidas sobre a

possibilidade de retomada do crescimento ou

necessidade de nova implantação das pastagens.

Dificuldade de recolhimento do leite pela

precariedade das estradas, sendo necessário

reboque dos caminhões com tratores; os

transportadores se esforçam ao máximo para

recolher a produção, evitando perdas aos

produtores.

Com a redução de consumo das pastagens devido

aos dias chuvosos, há necessidade de

complementar a alimentação com silagem, feno e

ração, elevando os custos de produção.

Confecção de silagem de milho interrompida pela

alta umidade, e a cultura está passando do ponto

ideal de corte.

Comercialização

Região de Bagé - Comercialização do leite

apresenta dificuldade, com preços defasados

segundo informações dos produtores, mantendo o

preço estável nas últimas semanas.

Região de Caxias do Sul - Preços pagos ao

produtor pelo litro do leite apresentaram pequena

elevação na semana; produto comercializado entre

R$ 1,20 e R$ 1,35/L, de acordo com o volume e

qualidade do produto; a ração com 18% de

proteína bruta foi comercializada na faixa de R$

0,97 a R$ 1,10/kg.

Região de Erechim - Custo de produção diminuiu

devido à baixa do preço das matérias-primas das

rações. O leite foi comercializado entre R$ 0,90 e

R$ 1,60/L, média de R$ 1,20/L com preço estável

na semana.

Região de Frederico Westphalen - Preço pago

pela indústria ao produtor entre R$ 0,96/L e R$

1,38/L. Novilha da raça holandesa prenha a R$

3.700,00/cab.

Região de Pelotas - Preços pagos ao produtor

estão variando entre R$ 0,78 a R$ 1,40/L em

Pelotas, entre R$ 0,88 e 1,15/L em Cerrito, entre

R$ 1,12 e R$ 1,40/L em São Lourenço do Sul e

em Canguçu entre R$ 0,70 e 1,23/L.

Região de Porto Alegre - Cotações no mercado

regional variam de R$ 0,78 e R$ 1,40/L; preço

médio de R$ 1,09/L; tendência de manutenção de

preço, com pequenas oscilações.

Região de Santa Maria - Preço médio praticado

nesta semana manteve-se estável, ficando em R$

1,14/L.

Ovinocultura - As condições nutricionais do

rebanho estão boas; o vazio forrageiro de outono

começa a perder força com a disponibilidade de

algumas áreas de pastagem de inverno que

começam a ser pastoreadas. Encarneiramento dos

rebanhos está se encaminhando para o final;

avaliação e seleção dos machos e fêmeas. Os

rebanhos estão passando por uma seleção, com

eliminação das fêmeas que não se enquadram no

padrão zootécnico dos produtores, descartando as

mais velhas ou as que têm defeito. O excesso de

umidade prejudica os animais que voltam a

apresentar problemas de cascos. As condições

estão favoráveis a uma maior incidência de

parasitas, e produtores realizam manejos

estratégicos para o controle da verminose ovina

com dosificações de acordo com a necessidade ou

conforme a condição corporal do rebanho.

Controle da sarna e piolho. Fase predominante é a

gestação. Os altos índices de chuva prejudicam a

sobrevida dos poucos cordeiros que estão

nascendo nesse período; tais condições, somadas

ao atraso no desenvolvimento de algumas

pastagens, podem provocar mortalidade perinatal.

Alta umidade também propicia agravamento dos

problemas nos cascos, fungos na lã e resistência

das larvas de parasitas presentes no campo,

aumentando a reinfecção por nematoides. A

indústria tem preço bom para lãs finas e baixos

para as médias e grossas, com pouca

comercialização, o que é normal para a época.

13

Preços do cordeiro nas principais praças de

comercialização do RS (R$/kg vivo)

Município Preços

Alegrete 6,00

Bagé 5,25

Dom Pedrito 5,00

Encruzilhada do Sul 6,00

Jaguarão 6,00

Júlio de Castilhos 5,50

Santana do Livramento 5,60

Santigo 6,20

Santo Antônio das Missões 5,50

São Borja 5,50

São Gabriel 5,70

Uruguaiana 5,20

Média 5,62

Mínimo 5,00

Máximo 6,20 Fonte: Relatório de preços semanais recebidos pelos

produtores nº 1973 – Núcleo de Informação e Análises –

GPL/Emater-RS/Ascar.

Piscicultura - Região de Erechim - O nível de

água dos reservatórios está alto, mas o excesso

de chuvas aliado ao declínio da temperatura

causou uma queda na produção de plâncton. Na

semana, os preços das carpas situaram-se entre

R$ 4,00/kg e R$ 6,50/kg; valores estáveis no

período.

Região de Santa Rosa Os produtores estão tendo problemas com o excesso de chuvas, que provoca o transbordamento dos açudes, causando perda de alevinos e transtornos para alimentação dos peixes. Nas últimas semanas ocorreu a entrega de alevinos para o povoamento de tanques e açudes. Em Horizontina a venda permanente na cooperativa foi suspensa pela vigilância sanitária e a Associação dos Piscicultores pleiteia a construção e legalização de pequenos abatedouros de peixes.

Região de Porto Alegre Produtividade: 2.300 kg/ha Tendência/expectativa: estabilidade da área de criação de peixes Estágio atual em relação à criação: crescimento dos peixes Em Chuvisca está em execução a construção de seis tanques para piscicultura pelo programa de açudagem (convênio Prefeitura-SDR).

Preços pagos aos piscicultores na região de Porto Alegre (R$/kg)

Produto/espécie Mínimo Máximo

Carpa cabeça grande (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa cabeça grande (vivo)

5,,50 7,00

Carpa-capim (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa-capim (vivo) 5,50 7,00

Carpa húngara (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa húngara (vivo) 5,50 7,00

Carpa prateada (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa prateada (vivo) 5,50 7,00

Carpas em geral (eviscerada)

14,00 15,00

Carpas em geral (posta)

22,00 25,00

Tilápia (filé) 27,00 32,00

Tilápia (vivo) 5,00 6,00 Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar Porto

Alegre.

Pesca Artesanal (região de Pelotas) - Em Rio

Grande, há pesca da Corvina e na Lagoa dos

Patos, captura de Tainha e Camarão. A época de

captura do Camarão terminou em maio. A partir de

junho, a região da Laguna dos Patos entra no

período de defeso, não permitindo o trabalho de

pesca aos pescadores artesanais. Em Tavares, a

Lagoa do Peixe está sem acesso devido às

chuvas. Na Lagoa Mirim, segue a pesca. Em

Jaguarão, pouca captura; os pescadores

reclamam do preço recebido, principalmente pelo

Jundiá e Pintado.

Eventos - Em Pelotas, no último dia 26 foi

realizado o mutirão para atualização dos cadastros

dos pescadores no CadÚnico, para aderirem ao–

Programa Brasil Sem Miséria (PBSM III).

Também em Pelotas, no dia 30, ocorreu o

Seminário Regional para discutir a cadeia

produtiva da pesca artesanal, organizado pelo GT

Proteína do Estado.

Município de Tramandaí Principais espécies e épocas de captura

Camarão: de janeiro a maio

Tainha: de abril a julho

Corvina: de setembro a dezembro

Pescada: de junho a setembro

Traíra: de fevereiro a outubro

14

Notícias da semana A pesca profissional artesanal encontra-se em um período tumultuado, tendo em vista a legislação vigente. Por um lado, a legislação ambiental vem restringindo severamente a pesca, através do decreto estadual nº 51.797 de 09 de setembro de 2014, intensificando os planos de manejo dos estoques e dificulta a captura de espécies com histórico econômico para a região, como o bagre e a tainha. De outro lado não vem ocorrendo a sucessão dos pescadores por falta da liberação de novos registros, pois há mais de três anos que o Estado, hoje por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), não libera RGP novo. Clima, temperatura e condições das águas Nesta semana anterior tivemos temperaturas baixas amenas, adequadas para a estação, com chuva acima da média e com o mar ressacado no final da semana, bom para a pesca de cabo no início da semana, também bom para a pesca com tarrafa no mar. Nas lagoas, boas condições para a pesca, porém baixo volume de captura. Condições de pesca para cada sistema Cabo: a maioria dos cabos só foram armados no início da semana passada, retirados no final por conta da ressaca no mar a partir de quinta-feira. Bote: a pesca de bote foi interrompida no final da semana, por conta do mau tempo que ocorreu no mar. Rede fixa estuário: com a maré cheia houve uma leve ampliação das capturas de tainha. Não houve armação de rede para captura de camarão; crustáceo está sumido. Outros: tarrafa com boas capturas de Tainha, média de 10 exemplares/pescador/dia. Preços dos principais pescados no município de Tramandaí (R$/kg)

Peixe Eviscerado Filé

Abrótea 20,00

Anchova 14,00 ------

Corvina 12,00 -----

Jundiá 15,00 -----

Linguado 18,00 40,00

Papa-terra 12,00 25,00

Pescada 10,00 20,00

Pescadinha 10,00 20,00

Tainha 16,00 20,00

Traíra 12,00 25,00

Violinha ----- 28,00 A pesca do Bagre continua proibida pela IN 445/14 do MMA e pelo decreto 51.797/2014. Referências utilizadas: pescadores de cabo, bote e estuário. Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar Porto Alegre.

Municípios de Cidreira e Balneário Pinhal Ordenamento pesqueiro Segundo informação de pescadores locais, foi grande a quantidade de pescada (safra), abrótea, corvina e linguado. Clima, temperatura e condições das águas no último período:

22/05- Temp. entre 14º a 21º, sol com

nuvens, W- oeste, com velocidade de 7

km/h, mar sujo, ondas.

23/05 – Temp. 16º A 22º, chuva (5 mm),

vento ENE- Leste-Nordeste, com

velocidade de 13,68 km/h com rajadas de

12,1 km/h, mar sujo, ondas de 0,4 m a 0,7

m.

24/05- Tem. 18º a 25º, chuva pela manhã

(2 mm), vento NNE-Norte- Nordeste, com

velocidade de 12,96 km/h e rajadas de

13,7 km/h, mar sujo, ondas de 1,10 m a

1,30 m.

25/05- Temp. entre 21º a 25º, chuva

(10mm), vento NNE –Norte- Nordeste,

com velocidade de 14,76 km/h e rajadas

de 19,5 km/h, mar sujo, ondas 1 m a 1,10

m, correnteza Norte para o Sul.

26/05- Temp. 20º a 23º, chuva (22 mm),

vento NNW-Norte- Nordeste, velocidade

de 5,4 km/h e rajadas de até 8,7 km/h, mar

sujo com ondas de 0,9 m a 1m, correnteza

de Norte para o Sul.

27/05- Temp. 18º a 21º, NE - Nordeste,

velocidade de 30 km/h com rajadas de até

100 km/h, mar sujo com ondas de 1,50 m

a 1,80 m.

28/05- Temp. de 18º a 22º, vento NE-

Nordeste, com velocidade de 20 km/h, mar

sujo, ondas de 1,10 m a 1,30 m,

correnteza Norte para Nul.

Preços dos principais peixes capturados nos municípios de Cidreira e Balneário Pinhal (R$/kg)

Peixe Eviscerado Filé

Camarão 45,00 (limpo)

Corvina 13,00 20,00

Jundiá 6,00

Linguado 25,00

Merluza 18,00

Papa terra 12,00 16,00

15

Peixe-rei 15,00

Pescada 15,00

Tainha 16,00 28,00

Traíra 10,00 16,00

Violinha 18,00 Fonte: Escritório regional Emater/RS-Ascar de Porto

Alegre.

Na região de Santa Rosa, é baixa a disponibilidade de pescado, por conta do nível mais elevado e das fortes correntes no leito do rio Ijuí.

Forum da Pesca: Em 25 de maio, ocorreu durante todo o dia no município de Cidreira o Fórum da Pesca, onde foram apresentados os seguintes temas:

Ibama: transição da competência do

Licenciamento Ambiental de pesca, de

responsabilidade da União para o Estado.

Marinha do Brasil: cursos de navegação.

Departamento da Agricultura Familiar

(DAF/SDR): regulamentação sanitária do

pescado (SIM – Sistema de Inspeção

Sanitária) e Selo Sabor Gaúcho.

Audiência Pública da Comissão de

Agricultura da ALRS, a ser realizada no

dia 08 de junho de 2017 no município de

Tramandaí, tendo como pauta o

ordenamento pesqueiro do estado do Rio

Grande do Sul.

Programação dia do Pescador, a ser

comemorado no dia 29 de julho de 2017.

Apicultura - Na região de Bagé, alguns

apicultores relatam o sumiço de colmeias em

áreas próximas às lavouras de soja; acreditam que

seja pelo uso elevado de agrotóxicos. A colheita

de mel tem mostrado uma alta produção, o que

confirma a floração rica em pólen. Em alguns

locais os apicultores realizam a migração das

colmeias para as florestas de eucaliptos para

aproveitar a floração. Preço praticado pela

indústria varia de R$ 10,00 a R$ 11,50/kg e no

varejo chega a ser comercializado até a R$

20,00/kg.

Na região de Caxias do Sul, a última semana foi

desfavorável à atividade, pois em função das

chuvas as abelhas não conseguiram sair das

colmeias para busca de pólen, levando ao

consumo do mel armazenado nas colmeias. O

apicultor deve estar atento e deverá fornecer

alimentação para aquelas colmeias que não

tiverem mel suficiente para sua manutenção. A

manutenção de enxames fortes no inverno

contribui para produções maiores na próxima

safra. O preço pago ao produtor pelo quilo do mel

embalado está entre R$ 20,00 e R$ 22,50/kg; na

venda direta para o consumidor o preço é de R$

30,00/kg.

Na região de Erechim, a semana foi de

temperaturas amenas e alta precipitação

pluviométrica, o que limitou a atividade das

abelhas. A procura por mel tem sido alta, mas a

quantidade produzida não é suficiente para

atender a demanda. O mel foi vendido entre R$

15,00 e R$ 20,00/kg; preço estável na semana.

Na região de Passo Fundo, a última semana foi

desfavorável à atividade, pois em função das

chuvas as abelhas não conseguiram sair das

colmeias para busca de pólen, levando ao

consumo do mel armazenado nas colmeias. O

apicultor deve estar atento e deverá fornecer

alimentação para aquelas colmeias que não

tiverem mel suficiente para sua manutenção. A

manutenção de enxames fortes no inverno

contribui para produções maiores na próxima

safra. O preço pago ao produtor pelo quilo do mel

embalado está entre R$ 20,00 e R$ 22,50/kg; na

venda direta para o consumidor o preço é de R$

30,00/kg.

Na região de Pelotas, os apicultores estão

realizando o manejo de inverno (alimentação,

colocação do poncho e redutor de alvado). A fase

é de comercialização do mel. Muitos apicultores

têm dificuldade na comercialização, pois o Serviço

de Inspeção Municipal fiscaliza o comércio local e

quem produz mel informalmente tem grandes

dificuldades para se adequar as formalidades. A

Associação Pinheirense, de Pinheiro Machado,

entregou na semana passada mais de três

toneladas de mel em tambores de 285 quilos; o

valor pago ao produtor foi de R$ 11,20/kg,

totalizando um faturamento de R$ 33.750,00.

Preços do mel embalado variam de R$ 15,00/kg

em Jaguarão a R$ 22,00/kg em Pedro Osório. O

mel a granel está sendo comercializado a R$

16

8,00/kg em Jaguarão e a R$ 12,00/kg em São

Lourenço do Sul.

Na região de Porto Alegre, a última semana foi

marcada por fortes chuvas, com alta precipitação

pluviométrica, atrapalhando os trabalhos apícolas.

Porém, como a colheita está praticamente

encerrada, não se tem registro de perdas, apenas

dificuldade nos trabalhos de encerramento. A

previsão para o decorrer da semana é de mais

chuva, dificultando ainda mais os trabalhos. A

colheita foi boa, mas poderia ter sido melhor, se

tivesse ocorrido um pouco mais de chuva no

período de outono; mesmo assim os apicultores

estão satisfeitos, pois conseguiram repor

praticamente todos os enxames perdidos no ano

anterior e com produção relativamente boa. Ainda

ocorrem floradas de eucaliptos e algumas nativas;

como os enxames estão fortes, com reservas,

acredita-se que não haverá necessidade de

alimentação suplementar muito cedo. Os preços

atuais no mercado local são os seguintes: R$

20,00 a R$ 25,00 para pote de um quilo, R$ 11,00

a 13,00 para pote de 500 g e R$ 7,00 a R$ 9,00

pote de 250 g. Em outubro ocorrerá a 10ª Jornada

Apícola, que será realizada no município de

Osório.

Na região de Santa Rosa, os apicultores estão

tendo muitas dificuldades no manejo devido às

chuvas, apresentando limitações no acesso aos

apiários e perda de enxames. Alguns estão

iniciando a alimentação proteica de inverno e

colocação de poncho, a fim de reduzir a baixa

temperatura e a umidade no interior da colmeia.

Preço do mel varia em torno de R$ 13,00 a R$

15,00/kg.

Avicultura colonial - Em Santo Cristo, produtores

são orientados para o manejo da luminosidade nos

aviários e a suplementação de luz. Em

Horizontina, a produção de ovos é menor que o

normal, mas com ótima comercialização. Dois

agricultores ampliaram a produção de ovos caipira,

passando de 300 para mil animais.

ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2012/2016

01/06/2017 25/05/2017 04/05/2017 02/06/2016 GERAL JUNHO

Arroz em Casca 50 kg 38,96 38,91 39,10 45,06 43,48 42,39

Feijão 60 kg 140,91 145,00 155,59 173,21 172,96 187,52

Milho 60 kg 22,62 22,42 22,08 50,38 32,70 32,86

Soja 60 kg 59,83 60,06 58,35 83,31 76,08 77,40

Trigo 60 kg 29,83 29,43 28,40 42,13 37,09 37,51

Boi para Abate kg vivo 4,91 4,89 4,83 5,75 5,00 5,13

Vaca para Abate kg vivo 4,29 4,29 4,27 5,11 4,49 4,63

Cordeiro para Abate kg vivo 5,62 5,62 5,41 5,88 5,34 5,32

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,45 3,45 3,39 3,39 3,72 3,54

Leite (valor liquido recebido) litro 1,19 1,18 1,17 1,09 1,03 1,00

29/05-02/06 22/05-26/05 01/05-05/05 30/05-03/06 - -

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica , são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2012-2016 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2012-2016.