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Ano 53 . Nº 399 . Junho 2019 Informativo da Diocese de Tubarão Padres e Catequistas conhecem novo Itinerário Catequético Página 04 A Igreja que nasce de Jesus e do Espírito Santo Página 05 57ª Assembleia Nacional dos Bispos do Brasil Palavras proféticas ao povo brasileiro e Diretrizes Pastorais para a Igreja Páginas 08 e 09 Gestão dos bens eclesiásticos foi tema de Simpósio Canônico Página 10

57ª Assembleia Nacional dos Bispos do Brasil€¦ · a saída de si mesmo, saída de dentro de casa, saída do pró-prio mundinho. Mas não uma saída qualquer. Aqui estamos falando

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Page 1: 57ª Assembleia Nacional dos Bispos do Brasil€¦ · a saída de si mesmo, saída de dentro de casa, saída do pró-prio mundinho. Mas não uma saída qualquer. Aqui estamos falando

Ano 53 . Nº 399 . Junho 2019Informativo da Diocese de Tubarão

Padres e Catequistas conhecem novo

Itinerário CatequéticoPágina 04

A Igreja que nascede Jesus e doEspírito Santo

Página 05

57ª Assembleia Nacionaldos Bispos do Brasil

Palavras proféticas ao povo brasileiro e Diretrizes Pastorais para a Igreja

Páginas 08 e 09

Gestão dos bens eclesiásticos foi tema de Simpósio Canônico

Página 10

Page 2: 57ª Assembleia Nacional dos Bispos do Brasil€¦ · a saída de si mesmo, saída de dentro de casa, saída do pró-prio mundinho. Mas não uma saída qualquer. Aqui estamos falando

Informativo da Diocese de Tubarão - Junho 2019www.diocesetb.org.br | www.facebook.com/diocesetubarao 02 Informativo da Diocese de Tubarão - Junho 2019

www.diocesetb.org.br | www.facebook.com/diocesetubarao 03

Casas Abertas“Ide..., eu vos envio!” (Cf. Mc 16,15; Mt 10,16)

Dirigindo-se à comunidade cristã de Corinto, São Paulo escreveu: “Sois construção de Deus” (Cf. 1Cor 3,9). Esta ima-gem da construção ou da casa, devido ao seu importante valor simbólico, para falar da comu-nidade cristã, recebeu desta-que nas novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, aprovadas na última Assembleia Geral da CNBB. A casa, como local de encontro e convívio (Cf. Mt 9,10), foi muito valorizada pela prática de Je-sus, que fez dela um dos luga-res privilegiados para o encon-tro e o diálogo com diversas pessoas.

Dentro do nosso projeto das Santas Missões Populares, este mês de junho representa a reta final do tempo de pre-paração para a grande saída: a saída de si mesmo, saída de dentro de casa, saída do pró-prio mundinho. Mas não uma saída qualquer. Aqui estamos falando da saída de quem se descobre “enviado” pelo Se-nhor como Ele mesmo havia sido enviado pelo Pai “Cf. Jo 20,21). Também Jesus saiu. A partir de julho, durante quatro meses, uma multidão de mis-sionários e missionárias estará indo ao encontro das pessoas, especialmente em suas casas,

para lhes “anunciar Jesus”.Esta movimentação suge-

re “casas de portas abertas”: abertas para sair, abertas para entrar e abertas para acolher. “Igreja em saída” é Igreja aber-ta, arejada pelo sopro do Espí-rito Santo, que caminha, que bate às portas, que entra nas casas, que se torna próxima, que faz o que Jesus fazia: ir às “periferias existenciais” das pessoas para lhes testemunhar e comunicar o amor que vem de Deus.

Nos inícios do cristianis-mo, os discípulos reuniam-se em pequenos grupos, nas ca-sas, para a oração, a partilha da Palavra, o cultivo de laços familiares e para o estímulo à atividade missionária. Hoje, essas pequenas comunidades, tendo em vista a complexida-de do mundo urbano, tornam--se especialmente atuais e necessárias. Seus membros, sem discriminar ninguém, têm a oportunidade de fazer a ex-periência do amor mútuo, rela-cionamento novo recomenda-do por Jesus e que encantava e atraía os pagãos (Cf. Jo 13, 35).

Essas casas-comunidades, tendo a Palavra de Deus e a Eucaristia como fonte de sua espiritualidade, e a orientação de seus pastores como guia que assegura a comunhão eclesial, demonstram seu compromisso evangelizador e missionário na abertura a todos, especialmen-te aos simples e afastados (CF. DAp, n. 179). Quanto mais forte for a experiência da fraterni-dade, mais intenso é o espírito missionário: não se pode dei-xar de testemunhar e de falar daquilo que se viu e ouviu (Cf. At 4,20).

Nesses dias juninos, pode-remos nos inspirar em João Batista, na sua pregação e no seu testemunho. Abrindo o co-ração e a vida ao mesmo Espí-rito que o animava, deixemos que nos incendeie o fogo mis-sionário.

A contemplação da cena da visita de Maria e da acolhida de Isabel nos faz ver casas de portas abertas para sair, para deixar entrar e para tornar possível o encontro que pro-clama as maravilhas do Senhor e, assim, anuncia Jesus!

Dom João Francisco SalmBispo Diocesano

Respostas de circunstância a perguntas constrangedoras

O que segue são partes da homilia do papa, dia 18 de fevereiro de 2019, nas suas Meditações Matutinas

Desculpas baratas, quando lavamos as mãos!

Diante da pergunta incô-moda de Deus: onde está o nosso irmão que tem fome? Não é suficiente dar-lhe um ‘bônus refeição’ da Cáritas, ou, responder que está sozinho, doente no hospital, na prisão, que não pode ir à escola, ou é toxicodependente... Não de-vemos evitar a pergunta incô-moda de Deus descarregando a consciência e encontrando mil desculpas genéricas. O tre-cho do livro do Gênesis (Gn 4, 1-15.25), faz parte do gênero literário que se repete muitas vezes na Bíblia e podemos chamá-lo de “Perguntas cons-trangedoras e respostas de cir-cunstância” (evasivas).

Da pergunta a Caim às perguntas de Jesus

Deus fez a Caim uma per-gunta constrangedora: “Onde está o teu irmão?” A resposta foi um pouco evasiva (de cir-cunstância), mas também para se defender: “Não sei dele. Sou, porventura, guarda do meu ir-mão?” Lavo as minhas mãos. Assim Caim tenta fugir do olhar de Deus... Jesus também fez muitas vezes perguntas incô-modas a Pedro, por exemplo: “Amas-me?”, por três vezes. No final Pedro não sabia o que responder. Ou, aos discípulos: “O que diz de mim o povo?” E eles responderam: “que és um profeta, o Batista...” Mas, e vós, o que dizeis?”. Certamente é uma pergunta embaraçosa.

As respostas de hoje à mesma pergunta de sempre

À pergunta, hoje, a cada

um de nós: “Onde está o teu irmão?”, talvez, alguém, um pouco distraído, responda: “Está em casa, com a sua es-posa!” Esta resposta não ser-ve. Na pergunta: “Onde está o teu irmão?”, identifica-se o faminto, o doente, o preso, o perseguido pela justiça... Não basta responder: “não sei”. Mas o teu irmão tem fome! “Sim, certamente, está a almoçar na Cáritas da paróquia, sem dúvida, dar-lhe-ão de comer”. Com esta resposta evasiva (de circunstância) salvo a minha pele.

E o Senhor continua nos perguntando, com insistência

“Onde está o outro teu ir-mão, o doente?” “No hospital”, mas, não há lugar no hospital! “E tem remédios? Mas é um problema dele, não me pos-so intrometer na vida alheia, terá parentes que lhe darão os remédios”. “Onde está o teu irmão, o preso?” “Ah, está pa-gando o que merece. Cometeu um grave erro, que o pague. Estamos cansados de tantos delinquentes pelas ruas: que pague”... “Onde está o teu ir-mão explorado, aquele que trabalha de modo precário...?”, “Mas, hoje, não há trabalho, aceitamos o que aparece”. São outras respostas de circunstân-cia. E continuo lavando as mi-nhas mãos.

A pergunta hoje é direta e pessoal

O Senhor, pessoalmente, te pergunta hoje: “onde está o teu irmão?”, e acrescenta o nome dos irmãos do capítulo 25 de Mateus: o doente, o faminto, o sedento, o nu, o pequenino que não pode ir à escola, o droga-do, o preso... Onde está cada um desses irmãos? E onde está o teu irmão no teu coração? Há lugar para estas pessoas no nosso coração? Ou, falamos, “sim”, e descarregamos um pouco a consciência dando es-mola, mas que não perturbem demasiado, por favor, porque com estas situações sociais da

Igreja acabam por te conside-rar membro do partido comu-nista e isto faz mal. Mas é o Senhor que te faz a pergunta, não o partido.

Não fujamos pela tangente!

Estamos habituados a dar respostas evasivas (de cir-cunstância), para evitar o pro-

blema, para não encará-lo de frente... Por isso, hoje far-nos--á bem ouvir e repetir: “onde está o meu irmão?”... E, ainda, diante da pergunta do Senhor a Adão: “Adão, onde estás?” Ele se esconde pela vergonha, por medo. Oxalá sentíssemos esta vergonha, sugerindo no-vas perguntas para o exame de consciência pessoal: “Onde está o teu irmão? Onde es-

tás?” Em que mundo vives que não te dás conta destas situações, destes sofrimentos, destas dores? Onde estiver o teu irmão, pega na sua mão. “Onde estás?” Não te escon-das da realidade. Responda, abertamente, com lealdade, aliás com alegria, a estas duas perguntas do Senhor: “Onde está o teu irmão? Onde es-tás?”

Padre Nilo BussEdição do Texto

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Dom João Francisco Salm realizou encontro com assessores e assesso-ras dos movimentos e as-sociações e das pastorais e organismos dias 15 de maio e 05 de junho respec-tivamente. Desejou o bispo encontrar-se com quem exerce este ministério de acompanhante da cami-nhada pastoral.

O assessor ou assessora, a partir da experiência acu-mulada ou do conhecimen-to adquirido, consegue ter um olhar de maior alcance sobre as consequências que serão desencadeadas a partir das decisões toma-das pelo grupo. Por isso, aponta equívocos, elucida virtudes e elenca desa-fios. Assessor/a, então, é a

Bispo encontra-se com Assessores

das Pastorais

Bispo e assessores pastorais reunidos na cúria

pessoa perita em determi-nado campo de conheci-mento, que presta serviços no campo da reflexão ou formação (teologia, Bíblia, liturgia, análise da realida-de, história, sociologia etc.) ou no campo da metodolo-gia (pedagogia, educação de base, espiritualidade, planejamento, arte etc.).

Dom João orientou os segmentos pastorais a que, a partir do ano que vem, além de indicarem os assessores diocesanos, também façam-lhe uma solicitação de provisão, por escrito, , indicando as funções que o/a assessor/a deverá cumprir em seu ministério para que estas constem no documento emitido pelo bispo.

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Na comemoração dos 72 anos da Rádio Tubá, dia 8 de maio de 2019, foi inaugurada sua nova lo-gomarca que inclui tam-bém a TV Tubá. Ela con-templa a silhueta da torre da catedral, lembrando também a transmissão feita do alto, para todos os receptores de rádio e televisão.

Tempo de Purificaçãoe Iluminação foi tema de

estudo na Escola Regionalde Catequese

“Conhecer Jesus Cristo, fascinar-se por ele e seguir seus ensinamentos” é o que se pressupõe de um verda-deiro cristão. Todo o traba-lho de evangelização deve estar marcado, portanto, por esta finalidade: iniciar todo batizado na vida cristã. Da catequese espera-se, particu-larmente, que esteja a servi-

ço da iniciação à vida cristã e insiste-se que, em resposta à urgência dos tempos atuais, seja marcada pela inspiração catecumenal. Deixar muito claro aos catequistas em que consiste a passagem de uma catequese tradicional para uma catequese de inspiração catecumenal está sendo a preocupação da Escola Re-gional de Catequese. Recen-temente, de 16 a 19 de maio, em Lages, a Escola Regional de Catequese, realizou mais

uma etapa da formação. Esta etapa tratou da “purificação e iluminação” no processo catequético que consiste na preparação para a celebra-ção dos sacramentos, após ter sido feito o anúncio de Je-sus Cristo e realizado o perío-do catecumenal. Pe. Vanildo Paiva ministrou o curso. Da diocese de Tubarão, 17 cate-quistas estão participando da Escola Regional e receberam todo o conhecimento trans-mitido pelo padre Paiva.

Maristela Querino AlvesCoordenadora

17 catequistas da diocese de Tubarão participaram da formação

R E F L E X Ã O

O que éOferenda do Dízimo?

A oferenda do dízimo é uma contribuição mensal que cada cristão batizado é con-vidado a fazer, oferecendo-o por ocasião da Celebração da Missa ou da Palavra, no domin-go estabelecido pela paróquia. Por meio deste gesto, quem

oferece o dízimo assume cor-responsavelmente com a co-munidade seu dever de cobrir as despesas com a dimensão evangelizadora, missionária e social.

A oferenda do dízimo é doação gratuita, e quem a faz não exige e nem espera nada em troca. A oferta não tem um valor estipulado; brota da fé e da qualidade de cada coração. Quanto mais evangelizado alguém é, mais generoso se torna na doação do ser quan-to do ter, como consequência. A decisão de ser um dizimista oferente nasce de uma verda-deira e forte experiência de fé em Deus.

Erondina Cascaes

O F I C I N A S

Maio de Festa e EvangelizaçãoA festa de São José Operário, em oficinas,

Tubarão, foi marcada por intensa evangeliza-ção durante as novenas e no dia do padroeiro. As temáticas abordadas foram “evangelização missionária das famílias e dos jovens e a vida em comunidade”. Além da festa do padroei-ra, Oficinas, através da Pastoral Familiar, pro-moveu encontro para casais novos, dia 18 de maio, e concluiu a preparação dos Missionários e Missionárias das Santas Missões Populares. Toda a paróquia foi mapeada e cada dupla de missionário/a já sabe quais famílias visitarão. Missa festiva em homenagem a São José Operário

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A Igreja que nasce de Jesus e do Espírito Santo

R E I N O - I G R E J A - M U N D O : O T R I P É D A E C L E S I O L O G I A D O V A T I C A N O I I - I V

Pe. Agenor BrighentiReflexão

O ser da missão da Igreja serão melhor explicitados mais adiante, ao abordar sua rela-ção com o Reino de Deus e o Mundo. Limitar-nos-emos aqui e no artigo seguinte, à questão da fundação e da instituição da Igreja, assim como de sua razão de ser. Comecemos com a questão de sua fundação e instituição.

Já houve quem afirmou que Jesus pregou o Reino de Deus e, em seu lugar, os discípulos criaram a Igreja. Questões tais como se Jesus fundou a Igre-ja e, em que sentido ele o fez ou se realmente ele quis uma Igreja ou se pelo menos não a excluiu no futuro, só podem ser respondidas, abordando uma série de questões prévias.

As origens da Igreja

Onde está o começo da Igreja? Antigamente, para fa-lar das origens da Igreja, se recorria aos escritos do Novo Testamento. Entretanto, são textos escritos pela Igreja e quase uma geração depois de seu nascimento. Para isso, se evocava as aparições do Ressuscitado, crendo que elas

foram ocasião para que os dis-cípulos dispersos voltassem a congregar-se. Entretanto, a expressão – “Jesus ressuscitou” – já é uma afirmação de fé, própria de uma comunidade de fiéis. Também se recorria ao texto de Mateus - “tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja”. Mas, é um texto tardio, uma profissão de fé de uma Igreja já atuante. As apari-ções legitimam a comunidade dos fiéis, mas não a criam.

Outro caminho que se cos-tumava usar para identificar as origens e fundação da Igreja era evocar a efusão do Espírito de Pentecostes. Argumentava--se que foi com a efusão do Espírito que os discípulos inati-vos se tornaram ativos e, assim, teve início a Igreja. É verdade que, segundo a concepção de Lucas, a função histórico--salvífica dos doze consiste em transmitir a possessão do Espírito recebido em Pentecos-tes. Entretanto, seria o Espírito de Pentecostes uma realidade desconectada do evento histó-rico Jesus Cristo? Neste caso, a Igreja não teria nascido de Je-sus, mas do Espírito.

Jesus e o Espírito Santo são constitutivos da Igreja

Estudos mais recentes mos-tram que, na realidade, a Igreja nasce nem só de Jesus e nem só do Espírito. Para Lucas, a Igreja se faz presente sempre aonde se transmite, por tradição, o que foi recebido antes, na con-vivência com Jesus e na efusão

do Espírito Santo que atuava em Jesus. Assim, o aconteci-mento de Pentecostes não é o único que constitui a fundação da Igreja, mas somente uma etapa da mesma. Para Lucas, o acontecimento fundante da Igreja é a vocação ou a eleição dos doze (Lc 6,13), que são a Igreja em gérmen, que, pouco a pouco, vai se constituindo sob o dinamismo do Espírito. Sem Pentecostes não haveria Igreja. O Espírito é constitutivo da Igreja. Mas também, sem Je-sus, que chamou os doze como a Igreja em gérmen, tampouco ela teria nascido. Sem a obra de Jesus, por um lado, não te-ria havido a Igreja em gérmen no Cenáculo e, por outro lado, sem Pentecostes, os inativos não teriam se tornado ativos.

Será que Jesus quis fundar a Igreja?

Mesmo que a Igreja se re-meta a Jesus de Nazaré, será que ele quis expressamente fundar a Igreja ou ela é con-sequência de sua obra? Para W.G. Kumel, Jesus contava com a chegada iminente da parusia e, necessariamente, teve que excluir a intenção de fundar uma instituição para continu-ar sua obra. Para Kumel, ainda que relacionada com Jesus, a Igreja é posterior à Páscoa e considerada como uma so-lução intermediária. Como a parusia não veio e a segunda vinda de Jesus não aconteceu, os discípulos teriam criado a Igreja para esperar sua volta.

A Igreja seria, por um lado, o resultado da dilatação da pa-rusia e, por outro, da institu-cionalização da possessão do Espírito. Em outras palavras, pela possessão do Espírito os discípulos criaram a Igreja, que veio substituir o Senhor que não retornou.

Entretanto, como explicar uma continuidade, quase inin-terrupta, entre a missão de Jesus e a atuação de seus dis-cípulos, sem que Jesus tivesse querido um movimento para continuar sua obra? Crer que a Igreja seja resultado da dilata-ção da parusia e uma solução intermediária, esbarra no fato justamente desta continuidade ininterrupta entre a morte de Jesus e Pentecostes, quando já aparece uma Igreja atuante.

A instituição da Igreja

E a Igreja, como instituição - sua organização, estruturas, ministérios, os sacramentos – vem de Jesus ou a comunidade dos discípulos foi criando de

acordo com as necessidades que foram se apresentando na missão? As duas coisas. Como a Igreja nasce nem só de Jesus e nem só do Espírito, também ela é instituída por Jesus e no Espírito. Os apóstolos e discí-pulos escolhidos e formados por Jesus já são a Igreja em gérmen, que no Espírito vai se constituindo em seu caminhar. Tradição é a história do Espíri-to Santo na história do Povo de Deus.

Da mesma forma que não há Igreja sem Jesus Cristo, tam-bém não há Igreja sem Espírito Santo. Igreja não é nem ante-rior e nem exterior ao Espírito Santo. Jesus e o Espírito são constitutivos da Igreja. Ela é, ao mesmo tempo, uma realidade histórica e escatológica. Como realidade histórica está referi-da ao mundo e como realidade escatológica está referida ao passado e ao futuro. Só desde este círculo histórico dialético--hermenêutico se pode enten-der a Igreja, como de fato ela é, fundada por Deus.

Semana de Oração pela Unidade Cristã

A semana de Oração pela Unidade Cristã deste ano, 2 a 9 de junho, tem como tema “Procurarás a justiça, nada além da justiça” (Dt 16, 11-20). A Semana, com todo o ma-terial disponibilizado, foi preparada pelas igrejas da

Indonésia. Os cristãos des-te país convida o mundo para refletir sobre justiça a partir da unidade na di-versidade, conceito impor-tante para o ecumenismo. Aos orações para cada dia da Semana de Oração pela unidade cristã, você encon-tra no Jornal Diocese em Foco de maio, página 7.

Para refletir o tema da Semana de Oração “Pro-curas a justiça, nada além da justiça” (Dr 16, 11-20), o CIER realizou nos dias 6 e 7 de maio, em Rodeio Doze, um seminário. Pas-tora Romi Márcia Benke, secretária executiva do Conselho Nacional de Igre-jas Cristãs do Brasil (CO-NIC) foi a assessora. Parti-ciparam 34 pessoas. Irmã Lúcia Rochemback, Edna Adamante e Maria Della Giustina representaram a Diocese neste encontro ecumênico.

Maria Della Giustina

Representantes da diocese com a Pastora Romi Márcia BenkeD

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Padres e Catequistas conhecem novo

Itinerário Catequético

O itinerário catequético para a vida cristã com crian-ças está quase pronto. Uma equipe de catequistas tem trabalhado com muita dedica-ção na adaptação dos atuais catecismos em um roteiro que contemple a inspiração cate-cumenal em suas diferentes etapas. Seja, assim, uma ferra-menta que favoreça a supera-ção da catequese tradicional e ajude a formar para a vida cristã. Após concluído este primeiro itinerário, a equipe se debruçará na preparação

itinerário para adolescentes e jovens.

O itinerário das crianças foi apresentado aos padres, dia 21 de maio e também será apresentado aos catequis-tas antes de sua finalização e impressão. Ele terá cinco temas e uma celebração so-bre Jesus Cristo, seis temas e uma celebração sobre família e comunidade, cinco temas e uma celebração sobre a vida de oração, cinco temas e uma celebração sobre a Bíblia, onze temas e uma celebração

sobre os fundamentos da fé cristã, dezesseis temas e três celebrações sobre os Sacra-mentos e oito temas e uma ce-lebração sobre o seguimento de Jesus Cristo. Além das nove celebrações que contarão com a participação dos pais dos catequizandos e da comu-nidade eclesial ao longo do processo catequético, os pais participarão de outros quatro encontros de formação, após a festa das inscrições e antes do período catequético pro-priamente dito, de seus filhos.

O itinerário das crianças foi apresentado aos padres

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Informativo da Diocese de Tubarão - Junho 2019www.diocesetb.org.br | www.facebook.com/diocesetubarao 06 Informativo da Diocese de Tubarão - Junho 2019

www.diocesetb.org.br | www.facebook.com/diocesetubarao 07

Na década de 1980, praticamen-te todos os anos, a inflação era de 30% ao mês, ou 1% ao dia. Todo mundo se queixava, todo mundo falava, mas ninguém resolvia o pro-blema. Muita gente acreditava que o Governo não tinha meios para so-lucionar o problema. Puro engano. A alta inflação era um bom negócio para quem tinha dinheiro. Fazendo um exemplo: quem pudesse com-prar dólares, ganhava dinheiro com os dólares parados no cofre.

Os preços nos supermercados subiam todos os dias. Se uma pes-soa tivesse dinheiro podia comprar, por exemplo, azeite para 3 meses. A partir do dia seguinte estaria con-sumindo azeite mais barato do que aquele que estava no supermerca-do. Dois meses depois, essa pessoa estaria consumindo azeite por me-nos da metade do preço. Os que tinham pouco dinheiro (a maioria dos brasileiros) não podiam esto-car e estavam sempre consumin-do azeite ao preço do dia. É fácil entender que as grandes redes de supermercados faturavam com os mais pobres. Também é fácil en-tender que a inflação tira dinheiro dos que têm menos e concentra a riqueza nas mãos de quem tem mais.

Vamos ao que está acontecendo na atualidade:

A não aceitação do resultado das urnas, em 2014, que culminou com o golpe de 2016, trouxe para o Brasil a Reforma Trabalhista que já produziu mais de 13 milhões de desempregados. Este é um “mal co-mum” para a maioria dos brasilei-ros. Não o é para o dono de uma em-presa de transportes, de uma rede de supermercados, de uma rede de lojas, de uma indústria, nem para os banqueiros. Estes, e os rentistas, “pariram” os governos Temer e Bol-sonaro e o desemprego se tornou política de governo. Por quê? Qual é o objetivo? Ora, se um empresá-rio está pagando 10 mil reais para um funcionário e fora da porta tem uma fileira de desempregados, ele demite esse funcionário e contra-ta outro, desesperado, porque não tem como sustentar a família. Este vai fazer o mesmo trabalho por 3 mil reais, ou menos. Só nesta tro-

ca o empresário ganha 7 mil reais, mais o que não vai pagar de FGTS, INSS etc. Na realidade, o que o go-verno está fazendo é criar e manter um exército de reserva para puxar o salário para baixo. Isto beneficia também os abastados que preci-sam de empregadas, mordomos, jardineiros, motoristas, pedreiros, encanadores, eletricistas etc.

Outro item importante da reali-dade atual é a Educação. O conhe-cimento é fundamental para a evo-lução das pessoas e, portanto, para o desenvolvimento do país. Alguém pode imaginar que este governo queira uma Educação de qualidade para todos? Alguém não percebeu ainda que ele não quer que os mais pobres façam faculdade? Esta é ou-tra política de governo. Sem facul-dade, um pobre não vai competir com o filho de um juiz, de um de-sembargador, de um médico, de um advogado. Assim é que se cria a re-serva de oportunidades, que perpe-tua certas famílias na ocupação dos melhores cargos nas instituições de Estado. E dizer que Todos são iguais perante a lei não passa de uma fra-se poética inserida na Constituição Brasileira.

O mesmo acontece com a Saú-de. Ela é vista pelos neoliberais como oportunidade de negócios para os poucos que podem usufruir dela, montando hospitais, labora-tórios, redes de farmácias, centros médicos, planos de saúde etc. Esta é a política de governo no que toca à Saúde Pública.

E ainda: Quantas vezes Bolso-naro falou com desprezo dos afro-descendentes, dos indígenas, dos LGBTs, das mulheres, dos estudan-tes, do povo que ocupa as ruas.... É indubitável que na cabeça das pessoas da extrema direita existe a ideia de raça superior; e as raças que julgam inferiores, eles gosta-riam que fossem aniquiladas, ou melhor, que os sirvam como escra-vos. É outra política de governo, não nos enganemos.

Por que tanta gente, então, vo-tou nas propostas deste governo? Por influência da Mídia e dos fake News.

O que falta ao povo brasileiro é conhecimento e espírito crítico para perceber as falácias e mano-bras daqueles que odeiam o povo, mas precisam induzi-lo ao engano para que vote contra si mesmo.

O P I N I Ã O P O L Í T I C A ( I I I )

Prof. Valdemar Mazzurana

Os males comunscomo Políticas

de Governo

Destaque à Assembleia da CNBB nos Conselhos

de Pastoral

No júbilo e alegria do Tem-po Pascal, o mês de maio, mês de Maria, foi marcado pelas reuniões do Conselho Diocesa-no de Pastoral e dos Conselhos Comarcais.

Dom João, recém eleito Presidente da Comissão Epis-copal para os Ministérios Or-denados e a Vida Consagrada falou da última Assembleia da CNBB. Explicou o que é a Con-ferência dos Bispos constituída pelos 18 Regionais e seus 310 bispos titulares e seu funciona-mento: Assembleia, Conselho Episcopal Pastoral e Conselho Permanente. Falou também da Presidência e das 18 Co-missões que distribuem as res-ponsabilidades pastorais, cada qual com o seu presidente. O bispo também falou das Dire-trizes da Ação Evangelizadora,

tema central da Assembleia de maio. As diretrizes indicam os caminhos que a Igreja no Bra-sil é motivada a trilhar. Em sua nova configuração, disse dom João, elas apontam para a cul-tura urbana. É, nesta realidade, com seus desafios, que a Igreja Católica, estruturada a partir de Comunidade Missionária - apresentada com a imagem da casa - e sustentada pelos pila-res da Palavra, da Liturgia, da Caridade e da Missão, deverá exercer sua missionariedade. As Diretrizes vão insistir na for-mação de comunidades ecle-siais missionárias, pequenas comunidades onde a pessoa sai do anonimato e da solidão, se converte e participa, dá seu testemunho. Ainda falando da Assembleia, dom João desta-cou a mensagem ao povo de Deus e transmitiu outras infor-mações.

Outros assuntos em des-taque nestas reuniões foram:

as Santas Missões Populares, sendo apresentado um Proje-to de formação de assessores para a Infância e Adolescên-cia Missionária e propostas de atividades comunitárias para o período missionário de julho a outubro, inclusive contem-plando as propostas de cele-bração do Mês Missionário Ex-traordinário; o novo Plano de Pastoral; Romaria da Terra e das águas; encontros com pro-fissionais que atuam nos ca-samentos; semana de oração pela unidade cristã. Particular-mente, na reunião do Conselho Diocesano de Pastoral, dia 18 de maio, Murilo Medeiros da Silva, coordenador do Setor Juventude, apresentou uma síntese da Exortação Apostó-lica Pós Sinodal Christus Vivit e uma Equipe foi constituída para refletir sobre a exortação do papa e pensar um projeto diocesano de pastoral eficaz voltado para a Juventude.

Dom João fala da Assembleia da CNBB nos Conselhos de Pastoral

Manoela Costa Pereira Pascom Jaguaruna

O grupo da Pascom organizou, dia 5 de maio, uma celebração que contou com a participação de alguns profis-sionais da imprensa da região. Além de participarem da Santa Missa, os profis-sionais colaboraram na liturgia. Outro evento promovido pela Pascom a foi a realização de uma oficina de elabora-ção de textos com a professora de re-dação Daiane Maurício e do jornalista Davi Goulart. A oficina foi oferecida às lideranças da paróquia e teve a intenção de auxiliá-las em seu trabalho de evan-gelização.

Diante da aproximação do II Cerco de Jericó, a realizar-se nos dias 06 a 13 do mês de junho, as lideranças da Paróquia reuniram-se para prepará-lo. Durante o evento, além das celebrações diárias, após as Missas, haverá movimento de barracas com os tradicionais quitutes e brincadeiras da época.

Aulão para as Santas Missões Populares

P A S S A G E M

Abrindo aAgenda Pastoral

Equipe da PASCOM paroquial

Atividade do Mês Mariano

Festa daMãe Peregrina

O Movimento Apostóli-co de Schoenstatt elegeu a Capela da Mãe Peregri-na, comunidade de Figuei-ra Grande, na paróquia de Imaruí, como santuário provisório até que que não esteja edificado o Santu-ário “de Schoenstatt”, em Santa Catarina, no bairro Tijuquinhas, em Biguaçu (SC), arquidiocese de Flo-rianópolis. A ampla “capela santuário” da Mãe Pere-grina de Figueira Grande acolheu, dia 5 de maio, pe-regrinos de diferentes cida-des do estado. O andor com a imagem da Mãe e Rainha chegou à capela conduzido por fiéis e acompanhado pela banda municipal de Imaruí. A Santa Missa Festi-va foi presidida pelo padre Lino Brunel, coordenador diocesano de pastoral.

O Movimento da Mãe Peregrina de Schoenstatt teve início em 18 de outu-bro de 1914. Foram fun-dadores o Padre Palotino José Kentenich e um grupo de seminaristas. O texto bíblico inspirador do Movi-mento é Lucas 1,39-41, que conta a visita que Maria fez à prima Isabel. As visitas mensais às famílias ensi-nam, a quem vai em visita, o valor cristão de tornar-se próximo de quem precisa de ajuda e a levar-lhe Je-sus, e para quem acolhe, o reconhecimento de Jesus como seu Senhor. O pedido do fundador é que se “ofe-reça um lugar de honra nos lares para a Mãe de Jesus e se faça do lar que a acolhe um pequeno santuário, ou seja, um ambiente que san-tifica”.

Imagem da Mãe Peregrina conduzida pelos fiéis

A paróquia é lugar de acolhida, de orientação, de ajuda espiritual e mate-rial. É a partir da paróquia que se podem descobrir os espaços não evangelizados e as diferentes situações que demandam atenção especial. Os desafios sempre são muitos. A paróquia se vê questio-nada e os problemas pastorais se mul-tiplicam. A paróquia da Passagem, por exemplo, através da Pascom, divulga um pouco dos trabalhos de maio.

No que diz respeito à formação, os Missionários e Missionárias das SMPs tiveram mais um aulão, com o semina-rista Judá Gabriel, sobre a religiosidade popular. Os noivos que buscam a Cele-bração do Sacramento do Matrimônio estão sendo preparados pelo método do acolhimento. Os casais da Pastoral dos Noivos os recebem em suas casas. Os dez encontros, além da formação, favorecem a interação. Também a cate-quese, preocupada com a formação, pro-moveu um encontro dos catequizandos adolescentes e jovens, com o Professor Mattiola, para refletir sobre a afetivida-de e a sexualidade. Outras atividades

da catequese foram a Gincana Mariana com apresentação do teatro da Apari-ção de Fátima, momentos de devoção e brincadeiras voltadas à espiritualidade de Maria e a Coroação de Nossa Senhora e homenagem ao pároco pela passagem de seu aniversário, no último domingo de maio.

Tendo a preocupação de estar mais próximo das pessoas que, por causa da doença, ficam impedidas de participar das celebrações eucarísticas, padre Édi-son, uma vez por mês, após celebrar a missa com a comunidade da Matriz, vi-sita os doentes, reza nas casas e encerra cada visita com uma bênção do lar.

Oficina de Texto da PASCOM paroquial

Igreja celebra o 53º Dia Mundial das Comunicações SociaisInstituído durante o Con-

cílio Vaticano II, através do Decreto Inter Mirifica (Entre as Maravilhas), o Dia Mundial das Comunicações Sociais vem sendo celebrado anual-mente no dia em que a Igreja celebra a festa da Ascensão do Senhor - neste ano celebrada em 02 de junho - que recorda o momento em que Jesus su-biu ao céu depois de ter orde-nado aos seus apóstolos que

fossem pelo mundo inteiro comunicando o Evangelho e fazendo discípulos. Seguindo esta proposta de Jesus a Igreja dedica este dia ao estudo e à reflexão sobre a importância e a necessidade dos Meios de Comunicação Social para a sociedade e para a Igreja, bem como exorta as pessoas do mundo inteiro ao correto uso destes instrumentos que “a in-teligência humana sabiamen-

te desenvolveu e vem aperfei-çoando”.

Todos os anos, desde 1967, o sumo pontífice - o Papa - emi-te uma mensagem por ocasião da celebração deste dia. Neste ano, na celebração do 53º Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Papa Francisco nos propõe o tema “Somos mem-bros uns dos outros - das co-munidades de redes sociais às comunidades humanas”. No

texto o santo padre convida mais uma vez a refletir sobre o fundamento e a importân-cia do nosso ser-em-relação, e descobrir nos vastos desafios do panorama comunicativo, o desejo que o homem tem de não ficar encerrado na própria solidão, e de como o uso da in-ternet pode servir ao encontro das pessoas e a solidariedade entre todos.

Segundo o Papa Francisco,

se uma família usa as redes so-ciais para estar mais conecta-da, mas para depois sentar-se à mesa e olhar-se nos olhos, então a rede é um ótimo recur-so, caso contrário não serve ao seu propósito.

A mensagem do Papa Fran-cisco para o 53º Dia Mundial das Comunicações Sociais pode ser encontrada no site da Santa Sé, no endereço:

diocesetb.org.br/pascom

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57ª Assembleia Nacional dos Bispos do Brasil

Informativo da Diocese de Tubarão - Junho 2019www.diocesetb.org.br | www.facebook.com/diocesetubarao 08 Informativo da Diocese de Tubarão - Junho 2019

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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é a instituição eclesial que congrega os Bispos da Igreja católica no País. Atualmente, 310 bispos compõem a CNBB Nacional. A Igreja no Brasil ainda conta com 171 bispos eméritos. A CNBB está subdividida em 18 Regionais. Em Santa Catarina, somos o Regional Sul 4. A CNBB é governada por uma presidência geral e distribui os trabalhos para 11 Comissões Episcopais Pastorais, além de outras 3 Comissões Especiais. As grandes decisões são tomadas em Assembleia Geral, seu órgão máximo. À Assembleia estão subordinados o Conselho Permanente, órgão de orientação e acom-panhamento da atuação da CNBB; o Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), órgão executivo das decisões pastorais da Assembleia Geral; e outros organismos a ela vinculados. São estes organismos que promovem e coordenam a Pastoral Orgânica, em âmbito nacional.

Quem é a CNBB?

• As Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja têm a função de assegurar a comunhão e a colegialidade eclesial e pastoral. Indicam quais caminhos a Igreja irá trilhar. As atuais diretrizes foram aprovadas para o quadriênio 2019-2013.

• As recém aprovadas diretrizes apontam para uma Igreja Católica formada por comunidades mais mis-sionárias, casa da acolhida dos mais vulneráveis e atenta aos desafios e urgências de uma realidade profundamente marcada pela cultura urbana.

• Elas apresentam a Igreja como Comunidade Eclesial Missionária, organizada em pequenas comunidades eclesiais, que o Documento de Aparecida já as enfatizava como “ambiente propício para escutar a Pala-vra de Deus, viver a fraternidade, animar a oração, aprofundar processos de formação continuada da fé, e fortalecer o firme compromisso do apostolado na sociedade de hoje”.

• O documento representa a comunidade através da imagem da “casa”, “construção de Deus” (1Cor 3,9), “lar” para os que habitam nela, que tem quatro pilares: o primeiro pilar é o da ‘Palavra de Deus’ que é o fundamento do processo de evangelização; o segundo pilar é o da ‘Liturgia’, que apresenta a espirituali-dade da Igreja; o terceiro pilar é a ‘Caridade’, que ajuda o povo de Deus a construir um mundo melhor e o quarto é a ‘Missão’, pois a Igreja não vive para ela mesma.

• Os pilares, na verdade, orientam, cada qual, para uma série de ações pastorais e realçam o atendimento às urgências da ação evangelizadora nos tempos atuais.

• O documento, através da imagem da casa, favorece alguns entendimentos: casa é ‘lar’ e criar ‘lar’ é, em última análise, ‘criar família’, aprender a sentir-se unido aos outros, sem olhar a vínculos utilitaristas ou funcionais; é permitir que a profecia encarne e torne as nossas horas e dias menos rudes, menos indife-rentes e anônimos; é criar laços que se constroem com gestos simples, diários e com a colaboração de todos; suas portas, continuamente abertas, são portas que acolhem os que chegam para partilhar suas alegrias e sanar suas dores e, por elas, se pode sair em missão, anunciando Jesus Cristo e seu Reino, indo ao encontro do outro, especialmente dos pobres e sofredores.

Diretrizes daAção Evangelizadora

Além da mensagem aos trabalhadores e trabalha-doras, divulgada dia 1º de maio, a CNBB também divul-gou “Mensagem ao Povo brasileiro”. No documento, os bispos afirmam:

Inconformismo que edifica

• Enche-nos de esperançosa alegria constatar o esfor-ço de nossas comunidades e inúmeras pessoas de boa vontade em testemunhar o Evangelho de Jesus Cristo, comprometidas com a vivência do amor, a prática da justiça e o serviço aos que mais necessi-tam.

• [...) a alegria e a esperança pascais abrem nossos olhos para enxergarmos, com o olhar do Ressuscita-do, os sinais de morte que ameaçam os filhos e filhas de Deus, especialmente, os mais vulneráveis. Estas situações são um apelo a que não nos conformemos com este mundo, mas o transformemos (cf. Rm 12,2), empenhando nossas forças na superação do que se opõe ao Reino de justiça e de paz inaugurado por Jesus.

Causas da crise ética, política e econômica

• [...} A opção por um liberalismo exacerbado e perver-so ... favorece o aumento das desigualdades e a con-centração de renda em níveis intoleráveis, tornando os ricos mais ricos à custa dos pobres cada vez mais pobres [...].

• A corrupção... radicada em inúmeras estruturas do país, é uma das causas da pobreza e da exclusão social na medida em que desvia recursos que pode-riam se destinar ao investimento na educação, na saúde e na assistência social, caminho de superação da atual crise. A eficácia do combate à corrupção passa também por uma mudança de mentalidade que leve a pessoa compreender que seu valor não está no ter, mas no ser e que sua vida se mede não por sua capacidade de consumir, mas de partilhar.

Questões que preocupam muito

• Cuidado especial merece a educação, gravemente ameaçada com corte de verbas, retirada de discipli-nas necessárias à formação humana e desconsidera-ção da importância das pesquisas.

• O crescente desemprego,(...) - 13 milhões de brasi-leiros desempregados e 28 milhões subutilizados - mostra que as medidas tomadas para combatê-lo, até agora, foram ineficazes. Além disto, é necessário preservar os direitos dos trabalhadores e trabalha-doras. [...] “a dignidade de cada pessoa humana e o bem comum é que deveriam estruturar toda a polí-tica econômica.

• A violência também atinge níveis insuportáveis. Aos

Mensagem aoPovo Brasileiro

nossos ouvidos de pastores chega o choro das mães que enterram seus filhos jovens assassinados, das famílias que perdem seus entes queridos e de todas as vítimas de um sistema que instrumentaliza e de-sumaniza as pessoas, dominadas pela indiferença. O feminicídio, o submundo das prisões e a criminali-zação daqueles que defendem os direitos humanos reclamam vigorosas ações em favor da vida e da dignidade humana. O verdadeiro discípulo de Jesus terá sempre no amor, no diálogo e na reconciliação a via eficaz para responder à violência e à falta de segurança, inspirado no mandamento “Não mata-rás” e não em projetos que flexibilizem a posse e o porte de armas.

• [...] É grave a ameaça aos direitos dos povos indíge-nas assegurados na Constituição de 1988. O poder político e econômico não pode se sobrepor a esses direitos sob o risco de violação da Constituição. [...] tanto as atividades mineradoras e madeireiras quan-to o agronegócio precisam rever seus conceitos de progresso, crescimento e desenvolvimento. Uma economia que coloca o lucro acima da pessoa, que produz exclusão e desigualdade social, é uma eco-nomia que mata, como nos alerta o Papa Francisco (EG 53).

O Brasil que queremos

• [...] Nenhuma reforma será eticamente aceitável se lesar os mais pobres. Daí a importância de se consti-tuírem em autênticas sentinelas do povo as Igrejas, os movimentos sociais, as organizações populares e demais instituições e grupos comprometidos com a defesa dos direitos humanos e do Estado Democrá-tico de Direito.

• Queremos uma sociedade cujo desenvolvimen-to promova a democracia, preze conjuntamente a liberdade e a igualdade, respeite as diferenças, incentive a participação dos jovens, valorize os ido-sos, ame e sirva os pobres e excluídos, acolha os migrantes, promova e defenda a vida em todas as suas formas e expressões, incluído o respeito à na-tureza, na perspectiva de uma ecologia humana e integral.

• [...] “o desenvolvimento tem necessidade de cristãos com os braços levantados para Deus em atitude de oração” (...). O caminho é longo e exigente, contudo, não nos esqueçamos de que “Deus nos dá a força de lutar e sofrer por amor do bem comum, porque Ele é o nosso Tudo, a nossa esperança maior” (Bento XVI, Caritas in veritate, 78).

Presidente: Dom Walmor Oli-veira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte-MG.

Primeiro Vice Presidente: Dom Jaime Spengler, O.F.M., arcebis-po de Porto Alegre-RS.

2º Vice Presidente: Dom Mário Antônio da Silva, bispo de Rorai-ma-RR.

Secretário Geral: Dom Joel Por-tella Amado, bispo auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ.

Dom João Francisco Salm, bis-po de Tubarão (SC) - presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada.

Dom Giovane Pereira de Melo, bispo de Tocantinópolis (TO) – presidente da Comissão Episco-pal Pastoral para o Laicato.

Dom Odelir José Magri, bispo de Chapecó (SC), Presidente da Co-missão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial.

Dom José Antônio Peruzzo, ar-cebispo de Curitiba (PR), presi-dente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíbli-co-Catequética.

Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André (SP), pre-sidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé.

Dom Edmar Peron, bispo de Pa-ranaguá (PR), presidente da Co-missão Episcopal Pastoral para a Liturgia.

Dom Manoel João Francisco, bispo de Cornélio Procópio (PR), presidente da Comissão Episco-pal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso.

Dom José Valdeci Santos Men-des, bispo de Brejo (MA) presi-dente da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Social Trans-formadora da CNBB.

Dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Montes Cla-ros (MG), presidente da Comis-são Episcopal Pastoral para Cul-tura e Educação.

Dom Ricardo Hoepers, bispo de Rio Grande (RS), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família.

Dom Nelson Francelino, bispo de Valença (RJ), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude.

Os novos presidentes das Comissões Episcopais Pastorais que assumirão a distribuição dos trabalhos da CNBB, no quadriênio 2019 – 2022, são:

No início de maio, os bispos do Brasil realizaram sua 57ª Assembleia Geral, no Santuário de Apare-cida. Foram dez dias de oração, reflexão e muito trabalho. Os bispos, já no primeiro dia de Assembleia, divulgaram nota de apoio aos trabalhadores em suas lutas e, dada a difícil conjuntura social e política do Brasil, uma segunda mensagem, esta ao povo brasileiro, foi divulgada no decorrer da Assembleia. Durante os trabalhos, os bispos aprovaram o texto das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, para o período de 2019-2023, elegeram a nova presidência da CNBB e os presidentes das Comissões Pastorais e os 18 Regionais também elegeram suas novas presidências. Vários outros assuntos de relevância para a Igreja no Brasil fizeram parte da pauta de trabalho.

Presidência Geral

Presidentes das Comissões Episcopais

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O amor é o caminho mais curto o coração do jovem

Pe. Auricélio CostaOpinião

Dá gosto de vê-los chegar! Como são barulhentos! Jesus! Mas, como fazem falta quan-do não estão! Hoje eles estão aqui. E vieram das redondezas do Santuário Diocesano da Be-ata Albertina, de várias cida-des e Paróquias. Depois serão enviados de volta.

De certo modo podemos afirmar que os jovens não pre-cisam de Deus. E isso não é uma heresia, não! Pois, explico: eles precisam é de AMOR. E quando os acolhemos, os ama-mos, os tratamos como gente, escutamos suas histórias, parti-lhamos nossas canções e nos-sos sonhos... então eles se sen-tem amados e descobrem que “Amor” e “Deus” são a mesma “coisa”... Vamos dizer de outra forma: que são a mesma “Pes-soa”!

E nunca mais abandonam esse Amor! E são capazes de ir longe, fazer loucuras, con-sagrar seu tempo e sua vida... por conta deste precioso e ine-gociável Amor-Deus! O amor é sempre o caminho mais curto e mais certo para o Céu.

É por isso que Jesus foi im-perativo: “Amai-vos!... Nisso re-conhecerão que sois meus dis-

cípulos: se vos amardes...” (Jo 13,34-35). E São Pedro ensina: “o Amor paga um montão de pecados” (1Pd 4,8).

Facilmente os jovens se cansam de muitas das nossas pregações, teorias, argumen-tações... Talvez percebam que, às vezes, não passam de mero intelectualismo religioso... (o Papa Bento dizia que isso é sintoma do tal “mundanismo religioso”).

O jovem é observador: per-cebe se somos coerentes com nossa teoria e nossa prática. Eles são capazes de perdo-ar nossas falhas e limitações quando se sentem amados por nós. Compreendem nossa hu-manidade e intuem que somos verdadeiros em nossos senti-mentos e vivências.

Nossas iniciativas de apre-sentar Jesus Cristo aos jovens não podem obedecer a estrei-tas estratégias pastorais. Elas

se apresentam quase sempre falidas. Encontros de evan-gelização ou “inculcação” na mente dos jovens têm êxito questionável quando não se apresenta o Jesus dos Evange-lhos... que é o Jesus Cristo da Igreja.

Gosto de ouvir os jovens bradarem: “A Igreja é viva! A Igreja é jovem!”. Evidentemen-te, que a Igreja não pertence somente aos jovens. Igreja é comunidade, é família, é nos-sa casa, é nossa “mãe”, é corpo místico!... Então, esta realidade de fé diz respeito a todas as pessoas, não importando a sua idade cronológica. E o desafio da nossa ação evangelizadora ou ação missionária está em todas as faixas etárias. Enfim, há uma sociedade inteira a ser tocada por Jesus!

No entanto, o jovem como lugar teológico, isto é, lugar onde Deus habita e se manifes-

ta, deve sempre nos inquietar e fazer sonhar. No Plano Dioce-sano de Pastoral de nossa Dio-cese (que está sendo revisto) lê-se: “a situação dos jovens se apresenta com muitas varia-ções e problematizações, mas a Igreja os olha com carinho” (PDP/TB, p.88).

A juventude continua a ser alvo do mercado de consumo. E tudo é feito para atraí-los e cooptá-los. E, é preciso reco-nhecer, o mundo do marketing prospera em todas as suas in-vestidas!

Como cristãos, é preciso ouvirmos o Papa Francisco. Ele promoveu um Sínodo sobre a evangelização dos jovens e tem “saído” ao encontro deles através das Jornadas Mundiais da Juventude. E eles parecem compreender o seu “amigo” Papa Francisco. E eles bra-dam: “Nós somos a juventude do Papa!”. E Francisco lhes

diz: “Jovens, façam florescer a Civilização do Amor!... sejam revolucionários... peço que se rebelem contra esta cultura do provisório... Eu tenho confian-ça em vocês, jovens, e rezo por vocês...” (JMJ-Rio, 28/07/2013).

Os jovens querem amar! Es-tão despertando para o amor, nas mais variadas formas! E se decepcionam muito com os adultos que se acham expe-rientes na arte de amar. Mas eles querem amar de verdade! Não é questão de sexualismo ou hedonismo. Não! É questão de amar uma “causa”, à qual poderão se entregar de corpo e alma. É preciso apresentar Jesus aos jovens! Tem “causa” melhor e mais digna para se entregar a vida? O testemu-nho da jovenzinha Albertina Berkenbrock, a nossa Beata e Mártir de Imaruí, bem pode nos dizer onde colocarmos o senti-do de nossa vida. Somente em Jesus e no seu Reino!

Todavia, ninguém sabe o caminho certo ao coração do jovem. Mas o Amor, ainda pa-rece ser o mais eficaz. Eles são barulhentos, é verdade; mas Deus os ama profundamente. É até hilário quando eles dizem: “vamos fazer um barulho pra Jesus!”. Quando esteve aqui no Brasil pela primeira vez, o Papa Francisco os incentivou: “vão pelo mundo!... Façam ba-rulho e se façam ouvir... quero que a Igreja saia pelas estra-das... (JMJ, 25/07/2013).

Sim, o Amor ainda é o cami-nho mais curto para o coração do jovem! E o Amor é Deus!

M E N S A G E M

Arquivo Diocesano - Jovens no ENJOCRI 2017

Gestão dos bens eclesiásticos foi tema de Simpósio Canônico

Dias 07 e 08 de maio, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), em Florianó-polis, ocorreu o III Simpósio Canônico, promovido pelo Ins-tituto Superior de Direito Canô-nico Santa Catarina (ISDCSC). “A gestão dos bens eclesiás-ticos à luz do Acordo Brasil – Santa Sé: desafios e perspec-tivas”, foi o tema do encontro. Participam 130 pessoas, entre clero, religiosos, empresários, advogados, de 13 estados.

Na palestra de abertura, o Côn. Dr. Abílio Soares de Vas-concelos abordou o tema “A gestão canônica dos bens ecle-siásticos: desafios e perspecti-vas”. Em sua fala, o conferen-cista destacou que em relação aos atos administrativos, estes compreendem a conservação (manter em bom estado o pa-trimônio), a produtividade (praticar todos os atos necessá-rios para que os bens cresçam, tronem-se mais produtivos e

os frutos sejam recolhidos no tempo devido) e a observân-cia da finalidade (o uso dos bens para os fins previstos em lei). Foi conferencista também Tadeu Pedro Vieira. Este falou sobre “Contabilidade das insti-tuições eclesiásticas no âmbito do Terceiro Setor: informação,

prevenção e transparência”.Uma das atribuições bási-

cas do administrador é o uso de bens para os fins previstos em lei, conforme elencado no Acordo Brasil – Santa Sé: culto divino e evangelização, susten-to honesto do clero e outros ministros, obras do apostolado

e caridade.A administração pastoral

da diocese e a administração dos bens materiais é de com-petência do bispo diocesano. Contudo, na realidade das macro dioceses, é completa-mente impossível administrar bem as duas coisas. Assim, na

eclesiologia de comunhão do Concílio Vaticano II apare-cem, por exemplo, o conse-lho de assuntos econômicos, o colégio de consultores, o ecônomo, o pároco (apesar de ser um administrador com limites), ao passo que o poder de governo do bispo é próprio e imediato.

Descortinam-se, assim, al-guns desafios e perspectivas. Desafios: as leis civis e canô-nicas são funcionais, mas bas-tante conservadoras; a falta de preparo dos administrado-res, o acúmulo de cargos dos mesmos, a falta de planeja-mento e assessoria técnica. Perspectivas: incluir economia e administração no currículo dos seminários, preparar ad-ministradores competentes em cada diocese, criar vicariato de administração, delegar aos diáconos a administração das comunidades não paroquiais, criar um fundo de manutenção do clero - onde já não houver outra forma (de modo a se ter sustento honesto e equitativo, tendo presente o princípio de fraternidade).

“A gestão dos bens eclesiásticos à luz do Acordo Brasil – Santa Sé: desafios e perspectivas”, foi o tema do encontro

Pe. Rafael Uliano PASCOM

Comunidades acolhemrelíquia da Beata Albertina

Ao longo do mês de Maio, muitas pes-soas e excursões visitaram o Santuário de Albertina. Destaque para a Tarde de Espi-ritualidade dos Seminaristas Menores de Tubarão, a Cavalgada Braço Amigo (de Tra-vessão), a Visita da Imagem Peregrina de Santa Paulina, o Retiro dos Diáconos Per-manentes e suas esposas e a Peregrinação

Paroquial da Catedral de Tubarão.Dentro dos festejos do Ano Centenário

do Nascimento de Albertina, a imagem pe-regrina e a Relíquia da Beata visitaram as matrizes de Rio Bonito e de Braço do Nor-te, bem como as comunidades de Itanema (Lauro Müller), Aratingaúba e São Tomás (Imaruí). ALBERTINA, 100 ANOS!

Fiéis com a imagem da Beata Albertina

ConferênciaVicentina BomJesus tem nova

DiretoriaA Senhora Maria Helena gerenciará a Conferência Vicentina

Bom Jesus, no bairro Fábio Silva, em Tubarão nos próximos três anos, dando sequência ao trabalho que Dona Minervina vinha conduzindo. A consócia Maria Helena, junto com a nova direto-ria, tomou posse dia 22 de maio. Prestigiaram o ato membros da presidência do Conselho Particular de Tubarão e vicentinos visi-tantes de outras conferências.

Maria Helena eleita presidente da Conferência Vicentina Bom Jesus

PedroJunior

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Os desafios mais imediatos

A S I N O D A L I D A D E D A I G R E J A L O C A L I I I

A Igreja, como está estru-turada hoje, a compreensão de sua identidade e a consci-ência que tem de sua missão, é resultado de influências dos diferentes momentos históri-cos, da reflexão teológica, da iluminação bíblica.

Formar comunidades talvez tenha sido o maior desafio, em todos os tempos, para a Igreja. No entanto, a comunidade se constitui em um de seus ele-mentos essenciais, pois a fé cristã só pode ser anunciada, acolhida e vivida no chão de uma comunidade. Contudo, as transformações e desenvolvi-mentos de cada época, tam-bém conferem às comunidades novas expressões e elementos de pertença. Então, faz-se ne-cessário revisar os esforços e métodos utilizados na forma-ção de comunidades de fé.

A Sinodalidade na Igreja Local favorece o despertar das comunidades para a missão. Para o papa Francisco “o mun-do, em que vivemos e que so-mos chamados a amar e servir mesmo nas suas contradições, exige da Igreja o reforço das sinergias em todas as áreas da sua missão. O caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio” (Discurso, 17/10/2015).

É bem verdade que a di-mensão missionária da Igreja não pode ser levada a efeito de maneira isolada, sob o fecha-mento de uma comunidade em si mesma, ou de uma paróquia

ou diocese. Os nacionalismos de nosso tempo podem facil-mente serem refletidos em co-munidades isoladas e alheias à vida das demais; no paroquia-lismo alheio à caminhada pas-toral de uma diocese e, de uma diocese que não expresse a co-legialidade de seus pastores, o resultado seria o seu próprio atrofiamento.

Na diocese de Tubarão, vive-se um tempo forte de re-vitalização da dimensão mis-sionária da Igreja. As Santas Missões Populares tem tra-zido um sentimento forte de pertença à Igreja Local: o bis-po de Tubarão, como em ou-tras épocas, juntamente com a coordenação diocesana de pastoral e das SMP, se doam de maneira incansável na dio-cese e fora dela; as paróquias e as comarcas fazem o que podem para constituírem suas equipes de missão; os leigos e leigas, religiosos(as) e padres abraçam juntos a caminhada. A Sinodalidade é a busca cons-tante da Igreja em se refazer, permitindo que todos estejam envolvidos e possam enrique-cê-la com seus carismas. Des-locar-se do eixo do poder para o serviço é um dos desafios a ser assumido na perspectiva de uma Igreja sinodal e local. O Papa Francisco tem expres-sado com perseverança e cla-reza por onde deve caminhar a Igreja de Jesus Cristo. A “Igreja em Saída” não deve parar dian-te dos desafios, porém precisa conhecê-los.

Na próxima edição, a im-portância dos conselhos de pastoral para a sinodalidade na Igreja Local.

Pe. Pedro Paulo das NevesDoutor em Teologia

Arquivo Diocesano - Abertura das Santas Missões Populares

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M O V I M E N T O D E I R M Ã O S

Oração pelabeatificação do fundador do MI

Ao pretender dar início ao processo de Beatifica-ção de Monsenhor Bernar-do José Krasinski, fundador do Movimento de Irmãos, a Coordenação Arquidio-cesana de Curitiba do Mo-vimento divulga a oração pela beatificação. A inten-ção é que a oração seja re-zada e Deus mostre se quer que Monsenhor Bernardo José Krasinski seja apresen-tado como modelo de san-tidade concedendo graças através de sua intercessão.

ORAÇÃO: Senhor Deus, Pai Santo, nós vos louva-mos e agradecemos pela santidade de Monsenhor Bernardo José Krasinski. Viveu ele profundamente as virtudes teologais da fé, esperança e caridade e as cardeais: justiça, prudência, fortaleza e temperança. Foi um sacerdote verdadeira-mente segundo o Coração de Jesus, na evangelização,

pregando fielmente a pa-lavra de Deus; na santifi-cação pela oração e admi-nistração dos sacramentos, principalmente da Eucaris-tia (missa) e da reconcilia-ção (confissão), como um bom pastor, atendendo a todos. Viveu profundamen-te sua consagração a Nossa Senhora de Guadalupe. Por inspiração divina, fundou o Movimento de Irmãos para que os casais permaneçam no amor indissolúvel, na fi-delidade conjugal e na se-xualidade pura para gerar filhos, segundo o plano de Deus, educá-los na Igreja Católica e viver na harmo-nia matrimonial. Pedimos Senhor Jesus, sua Beatifica-ção para a glória de Deus e santificação dos fiéis. Nós vos pedimos sua inter-cessão, junto a Deus, para que nos conceda a graça divina e atenda os pedidos de que tanto necessitamos (faça seu pedido).Tudo isto pedimos a Deus por Nos-so Senhor Jesus Cristo na unidade do Espirito Santo. Amém.

Enviado por Edison De Pieri

Bênção para as mães, na Livraria

DiocesanaNo sábado, dia 11 de maio,

véspera do dia das mães, a Livraria Diocesana Nossa Senhora da Piedade promo-veu uma manhã especial de acolhida às mães. Além da oportunidade de os filhos pre-sentearem àquelas que lhes trouxeram ao mundo, as mães que estiveram presentes tive-ram a oportunidade de rezar, agradecer o dom da materni-dade e receberem a bênção de Deus.

Junho será o mês temático do Sagrado Coração de Jesus. Visite a Livraria Diocesana e conheça as novidades!

Pe. Rafael Uliano

Mães rezaram e receberam a bênção

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O R L E A N S

A Cáritas Santa Otília, da Paróquia de Orleans, reali-zou mais um bazar solidário. O evento estendeu-se de 10 a 18 de maio, e funcionou nos dias 10 e 11; 15; 17 e 18 de maio, em espaço cedido pelos empresários Nicola Patel e Artedânio da Silva, espaço privilegiado por es-tar localizado defronte à

Igreja Matriz. Essa ação, em parceria

com a Caritas Diocesana, mostrou o rosto da entida-de. Através da divulgação do evento, que ocorreu por pan-fletagem, emissoras de rádio, mídia social e Igreja Matriz, através principalmente do Pá-roco Padre Joel, foi veiculada a nossa principal característi-ca, qual seja, a preocupação com o próximo, no sentido de assisti-lo em suas necessida-des, sejam sociais, educacio-

nais, culturais ou econômicas, dentre outras. Também o alto índice de visitas ao bazar fa-voreceu essa divulgação. Ou-viam-se comentários sobre a receptividade da equipe, a qualidade dos produtos ex-postos e comercializados, a própria Cáritas.

A equipe agradece o apoio dos empresários aci-ma citados, das emissoras de rádio, do Pároco e Vigários da Paróquia Santa Otília e da Gráfica do Lelo.

Da esquerda para a direita: Marluce, Ledi, Cida, Lurdes, Virton, Rosa, Irmã Inês, Sueli e Valdemar

Cáritas Santa Otília

Sueli T. Mazzuco Mazurana

Paróquia de Imbituba Acolhe Relíquias deSão Camilo de Lellis

A comunidade de Paes Leme, da Paróquia Nossa Se-nhora Imaculada Conceição de Imbituba, vivenciou na última semana momentos mais que especiais. Entre os dias 19 e 25 as relíquias de seus dois san-tos padroeiros - Santa Madre Paulina e são Camilo de Lellis - estiveram de passagem pela região e foram acolhidas pela comunidade.

No dia 19/05, quando se co-memorou os 17 anos de cano-nização de Santa Madre Pau-lina, a comunidade recebeu as Relíquias juntamente com a Imagem peregrina da Santa, que está percorrendo o Sul do Estado. Uma missa foi celebra-da pelo Pe. Carlos Roberto de Oliveira, sacerdote de Nova Trento que está acompanhan-do a Imagem Peregrina.

Estava previsto para o dia 24/05 a chegada das relíquias e da imagem peregrina de São

Camilo, por isso a comunidade realizou nos dias 21,22 e 23 um tríduo de oração em pre-paração para a acolhida da imagem de São Camilo e suas Relíquias (Uma relíquia de pri-meiro grau, que é uma lasca de um osso do Santo e uma relí-quia de segundo grau - que são algumas ataduras usadas para cuidar das chagas que São Ca-milo tinha no peito do pé).

No dia 25 de Maio realizou--se uma procissão luminosa com os relicários desde o Hospital São Camilo, até a igreja da co-munidade de Paes Leme. A Santa Missa foi celebrada pelos Padres Camilianos, que acompanham a peregrinação Vocacional da Imagem de São Camilo.

A peregrinação das relí-quias de São Camilo se dá de-vido à comemoração do Ano Vocacional Camiliano, iniciado em 02 de Fevereiro de 2019 e previsto para terminar em 08 de Dezembro de 2019. Foi escolhido o tema: “Novos em Cristo: Um coração solidário para amar e servir”. E o lema: “estive enfermo e me visitastes

(Mt .25,36)”. A peregrinação da imagem e da relíquia de São Camilo, além de ser um mo-mento de fé e de espirituali-dade, é também um momento forte de reflexão e interioriza-ção dos valores do Evangelho sobre o cuidado e a valoriza-ção do ser humano.

O pároco de Imbituba, Pe. Sérgio Gomes, comentou so-bre a grande graça que é para uma comunidade receber num curto espaço de tempo as relí-quias de seus dois santos pa-droeiros.

São Camilo de Lellis nasceu em Burquiânico, em 25 de maio de 1550, filho de pai militar e de mãe muito devota, João de Lellis e Camila Campellis. O nascimento de Camilo foi con-siderado um milagre, tendo em vista que seus pais ainda não tinham herdeiros e tiveram o filho já em avançada idade. Aos 13 anos, perdeu a mãe e, aos 17, ficou órfão do pai. Até aos 25 anos viveu entre aven-turas bélicas, na Dalmácia e na África, nos exércitos de Veneza e depois da Espanha. Ávido por jogos, os dados e as cartas fo-ram sua paixão. Perdeu tudo no jogo: patrimônio, armas e até a camisa. Aos 25 anos, com uma úlcera no peito do pé, foi parar na enfermaria de campa-nha, quando se aproximou dos enfermos sofredores. A partir dali iniciou seu processo de conversão, chegando a fundar a Ordem dos Camilianos. Mor-reu em 1614.

A comunidade de Paes Leme celebra São Camilo e Santa Paulina no mês de julho.

Acolhida das relíquias de São Camilo de Lellis

Jeverson Estaviski

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Informativo da Diocese de Tubarão - Junho 2019www.diocesetb.org.br | www.facebook.com/diocesetubarao 14 Informativo da Diocese de Tubarão - Junho 2019

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A união conjugal como comunidade

de amor

O projeto de Deus para a humanidade está escrito no Livro do Gênesis (1, 27): “Deus criou o homem e a mulher à sua imagem, os abençoou e ordenou que se multiplicas-sem”. “Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher, e já não são mais que uma só carne”(Gn 2, 24). Na união conjugal e no matrimônio somos chamados a viver o mais próximo e ínti-mo relacionamento humano. Cada casal é desafiado a viver a união conjugal como comu-nidade de amor. Esta comuni-dade de amor torna-se, através do Sacramento do Matrimônio, sinal visível do amor de Cristo pela Igreja. O casal, unido pe-los laços matrimoniais e viven-do o amor conjugal, é testemu-

nha do amor de Cristo pela sua Igreja.

Vivemos uma profunda cri-se da verdade que gera crises diversas, entre elas as crises de conceito sobre a pessoa, geralmente subestimada; de liberdade, confundida com a permissão de tudo o que é possível; de família onde se inclui as mais diversas formas de convivências humanas (pro-visórias, do mesmo sexo, de interesses específicos etc.); de amor, que passa a significar atitudes de uso, exploração e abuso da pessoa do outro, às vezes chamado de amor livre. As consequências desta cultu-ra tem sido desastrosas para o casamento, para a família e para a formação de cidadãos. Os relacionamentos se torna-ram instáveis, desvalorizados, violentos e desonestos.

O casal que celebra va-lidamente o Sacramento do Matrimônio recebe de Cristo, através da Igreja, a missão de mostrar ao mundo o amor de Cristo pela Igreja, um amor doação que não se rompe. A vi-vência deste amor é sinal, é um ministério para a pessoa, para

a família, para a Igreja e para a sociedade. O sinal sacramental necessita ser visível, reconhe-cido, fundamentado e eficaz.

Ser sinal visível signifi-ca que os esposos, vivendo o amor e sendo transparentes, serão anúncio e estímulo para que outros descubram o amor verdadeiro e também se sin-tam estimulados a vivê-lo. O casal é sinal quando demons-tra seu carinho, sua luta pelo amor, seu perdão e sua fé. Isto envolve alegrias e tristezas, quedas e reinícios, decisão de amar e transparência peran-te os filhos; estes aprendem a amar verdadeiramente, vendo o exemplo dos seus pais. Um casal não deve ser egoísta a ponto de esconder dos outros seu amor mútuo.

No mundo de hoje, a maior carência existente é do amor misericordioso e generoso, que inclui até doar a própria vida, a exemplo de Jesus. Testemu-nhar a luta pela unidade, atra-vés de um amor que eleva e dá vida, é elemento insubstituível em um mundo que precisa ex-perimentar a civilização do amor.

Tarcísio e Rosângela BitencourtPastoral Familiar

Disse Pilatos a Jesus: “Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te en-tregaram a mim. Que fizes-te?”. Jesus passou por dois julgamentos: um religioso - ordenado pelos Doutores da Lei, perante o Sinédrio, e outro político - frente Pôncio Pilatos e Roma. Jesus encon-trou diante de si lideranças políticas e religiosas mergu-lhadas no orgulho próprio, com sede de poder e estrita-

mente vingativos. Não teve chances diante do Sinédrio, pelo contrário este O fez pri-sioneiro e junto com o poder corrupto do Império Romano O condenaram.

Ainda hoje muitos conti-nuam agindo, mesmo dentro da Igreja, como os Doutores da Lei e como Pôncio Pilatos. São pessoas mais preocupa-das com a própria imagem do que com o pastoreio das ovelhas. Pessoas que, cor-rompidas e mergulhadas no orgulho próprio, são movi-das por propostas pessoais e messiânicas, pouco compro-

metidas com a implantação do Reino de Deus e com a vida das comunidades. Tan-to é verdade esta “tragédia” para a Igreja e para o mundo que São Paulo VI alertava em sua Encíclica Evangelii Nun-tiandi: “se cada um evangeli-za em nome da Igreja, o que ela mesma faz em virtude de um mandato do Senhor, nenhum evangelizador é o senhor absoluto da sua ação evangelizadora, dotado de um poder discricionário para realizar segundo critérios e perspectivas individualistas tal obra” (EN n.60).

O P I N I Ã O

O desafio de ser IgrejaAntônio Carlos da S. Gonçalves

P A S T O R A L F A M I L I A R

Grupos de Famílias aguardam roteiro do Tempo Comum

No dia 17de maio, o Grupo de Famílias, coordenado por Maria Olívia da Silva Vieira, no Bairro Bom Jesus, paró-quia de Humaitá, realizou o último encontro com o rotei-ro da Quaresma (Campanha da Fraternidade) e do Tempo Pascal (Chamado à Santida-de). Foram encontros muito bons, com a média de 20 par-ticipantes. Livrinho muito bem preparado e conteúdos escla-recedores. Participar de grupo de famílias é cultivar a amiza-de e fortalecer a união entre vizinhos.

O Livro do Tempo Comum desde ano terá somente qua-tro encontros. Eles farão par-te das atividades missionárias das paróquias. O primeiro en-contro - Santas Missões Popu-lares - está programado para

reunir todos os grupos da dio-cese, nas casas, dia 10 de julho, no início do período missioná-rio. O segundo - a Família é Missão - dia 14 de agosto, na semana da família. O terceiro - A Palavra e a Oração alimen-tam a Missão - dia 11 de se-tembro, no mês da Bíblia; este encontro foi previsto para ser feito nas igrejas, diante do Sa-

crário. O quarto - Batizados e Enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo - dia 09 de outubro, no mês missionário extraordinário.

Quem não participa de um grupo de famílias ainda, forme um grupo com os vizinhos, e nos dias previstos coloque-se em oração em sintonia com as Santas Missões Populares.

Erondina Cascaes

Grupo de Famílias da Comunidade de Bom Jesus, Humaitá

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G R Ã O P A R Á

Revisão naVida Conjugal

“Levamos nosso veícu-lo para fazer uma revisão completa de tempo em tempo e esquecemos de fazer isso em nós mesmos”, afirmou o casal Davi e Ze-naide, palestrante, no en-contro que reuniu 90 casais para o aprofundamento na vida conjugal, em Grão--Pará. O encontro foi orga-nizado pelo Movimento de Irmãos. O casal palestrante enfatizou a necessidade de, na vida conjugal e familiar, valorizar-se as pequenas

coisas e muito especial-mente a pessoa amada que está ao lado. Quando esta valorização é recípro-ca, a harmonia conjugal é verdadeira, os problemas se dissipam e a vida é boa. Uma apresentação teatral, após a bela celebração de abertura conduzida pelo pároco padre Elias Della Giustina, chamou atenção para os problemas familia-res do tempo presente que precisam ser enfrentados com sabedoria, como são as drogas, o excesso das mídias digitais e a falta de consideração para com os idosos.

Enio Bagio - PASCOM

Grupo de Famílias da Comunidade de Bom Jesus, Humaitá

A arte deevangelizarpelo teatro

A Paróquia Nossa Senhora do Bom Parto de Sangão acolheu, dia 05 de Maio, jovens das paróquias da Co-marca, para um Encontro de Formação. Padre Adelino de Souza Matildes, pároco de Morro Grande, apresentou aos jovens conteúdos que devem fazer parte do trabalho de evangelização de pessoas. A partir da orientação do padre Adelino, os jovens criaram peças teatrais e apren-deram que a linguagem teatral é uma boa maneira peda-gógica que pode ser usada para evangelizar e transmitir grandes mensagens. Foi um dia de formação único e mui-to proveitoso que teve a aprovação de todos.

Jovens prontos para a evangelização através da arte

Fernanda Goulart

A equipe do ACAMPSTUBA convida os campistas, fami-liares e comunidade diocesana para comemorar as graças alcançadas, ao longo dessa linda história de 10 Anos, com um Risoto Bingo, dia 30/06/19, às 12h00, no Salão da Igreja São Judas Tadeu.

Ingressos podem ser adquiridos com os integrantes da equipe ou pelos números 9.9923-2281 e 9.9969-7490. Parti-cipe e ajude essa missão evangelizadora que reúne jovens e adultos da Diocese de Tubarão.

No Coração deJesus quero viver

A Paróquia São João Batista de Morro Grande acolheu o Encontro Comarcal do Apostolado da Oração. “Aqui está presente o povo que tem sede de Jesus Cristo em sua vida ou que ama de verde Jesus” afirmou o padre Adelino em sua acolhida às mais de 600 pessoas presentes no encontro. O grupo também recebeu a saudação dos padres Avelino, Pedro Damazio e Diácono Gelásio. José

Favarin, coordenador diocesano do Apostolado da Oração desenvolveu o tema “No Coração de Jesus quero viver!” e Pe. Realdo Sartor, assessor diocesano do Apostolado da Oração e reitor do Santuário do Sagrado Coração de Jesus, falou da grande contribuição que os membros do Aposto-lado da Oração poderão dar em favor das Santas Missões Populares.

Mais de 600 pessoas estiveram presentes no encontro

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Crianças devem

poder brincar e

estudar!