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Viveiros florestais: projeto, instalação, manejo e comercialização

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    Viveiros florestais: projeto, instalao, manejo e comercializao

    Projeto Semeando o Bioma Cerrado

    Edifcio Finatec, Bloco H - Campus UnBCep: 70.910-900 - Braslia/DF

    Telefone: (61) 3348-0423E-mail: [email protected]

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    Parceiros

  • Diretoria Da reDe De SementeS Do CerraDo (2010 2012)

    PresidenteMaria Magaly Velloso da Silva Wetzel

    Vice-PresidenteCellia Maria R. F. Maury

    SecretriaRegina Clia Fernandes

    tesoureiraCarmen Regina M. A. Correa

    Conselho ConsultivoAna Palmira SilvaManoel Cludio da Silva JniorAlba Evangelista RamosJos Carlos Sousa Silva

    Conselho FiscalSarah Christina Caldas OliveiraGermana Maria Cavalcanti Lemos ReisAntonieta Nassif SalomoLuiz Cludio Siqueira Jorge

    Coordenador do Projeto Semeando o Bioma CerradoJos Rozalvo Andrigueto

    equipe tcnicaProf. Jcomo Divino BorgesProf. Fbio VenturoliProf. Francine Neves CalilProf. Sybelle Barreira Prof. Carlos Roberto Sette Junior

    Projeto Grfico, diagramao e ilustraesCt. Comunicao

    Direitos autorais reservados Rede de Sementes do Cerrado.Permitida a reproduo total ou parcial, desde que citada a fonte.

  • Braslia, 2011

    Viveiros florestais: projeto, instalao, manejo e comercializao

  • AGRADECIMENTOS A Rede de Sementes do Cerrado uma instituio jurdica de direito privado, sem fins lucrativos - Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico - OSCIP, regida por estatuto prprio e sediada em Braslia/DF. Tem por finalidade a conser-vao, o manejo, a recuperao, a promoo de estudos, pesquisas e divulgao de informaes tcnicas e cientficas do Bioma Cerrado.A Rede de Sementes do Cerrado mantm contratos de cooperao e parceria com a Embrapa, IBRAM, Oca Brasil, CRAD/UnB, UFG, SEAPA, IFB, AAF, JJB, Eco Cmara, entre outros.No ano de 2010, a Rede desenvolveu os seguintes projetos: a) Capacitao de pequenos agricultores da Bahia - MMA; b) Levantamento de dados secundrios do Rio So Francisco - MMA; c) XIII Feira de Sementes dos ndios Kras - USAID; d) Recuperao de nascentes de Braslia, DF - IBRAM/SEAPA e no ano de 2011, iniciou o Projeto Semeando o Bioma Cerrado, patrocinado pela Petrobras dentro do Programa da Petrobras Ambiental. O Projeto Semeando o Bioma Cerrado tem por objetivo - estimular os elos da cadeira produtiva de sementes e de mudas das espcies nativas do Cerrado a adequarem-se legislao e adotarem modelos eficientes de produo para via-bilizar programas, projetos e aes que promovam o desenvolvimento sustent-vel. Dentro deste projeto, est prevista a realizao workshops, encontros, visitas tcnicas, oficinas de educao ambiental, demarcao de 40 reas de coleta de sementes com 2.000 rvores matrizes marcadas. Tambm, a realizao de 24 cursos visando a capacitao de 360 pessoas para o exerccio das atividades em seis reas temticas: 1) Identificao de rvores do Bioma Cerrado; 2) Seleo e marcao de rvores matrizes; 3) Coleta e manejo de sementes; 4) Beneficia-mento, embalagem e armazenamento de sementes; 5) Produo de mudas de espcies florestais; 6) Viveiros: projetos, instalao, manejo e comercializao. Para cada curso realizado est prevista a elaborao de uma cartilha com as informaes bsicas dos temas.

  • Maria Magaly V. da Silva WetzelPresidente da Rede de Sementes do Cerrado

    Jos Rozalvo Andrigueto Coordenador do Projeto

    A Rede de Sementes do Cerrado agradece a Universidade Federal do Gois - UFG pela elaborao da cartilha Viveiros Florestais: projeto, instalao, manejo e comercializao. A Rede tambm agradece aos professores do Curso de En-genharia Florestal da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da UFG, responsveis pelo brilhante trabalho de elaborao desta cartilha que visa cola-borar com a formao de profissionais da cadeia produtiva de sementes e mudas florestais de espcies nativas do Bioma Cerrado.

  • SuMRIO

    APRESENTAO 061. INTRODUO 072. VIVEIRO FLORESTAL 08

    2.1. Projetando o viveiro 092.2. Materiais e equipamentos necessrios em um viveiro 122.3. Canteiros 132.4. Sementeiras 14

    3. SEMEADURA 153.1. Semeadura em sementeira 163.2. Repicagem 173.3. Semeadura direta nos recipientes 17

    3.3.1. Recipientes 173.3.2. Tipos de substratos para tubetes 173.3.3. Substrato para sacos plsticos 17

    4. TRATAMENTOS SILVICULTURAIS 184.1. Fertilizao 184.2. Irrigao 184.3. Densidade de crescimento 204.4. Podas radiculares 204.5. Desbaste ou raleio 214.6. Mondas ou capinas manuais 214.7. Dana ou movimentao 214.8. Aclimatao ou rustificao 224.9. Seleo, expedio e transporte 22

    5. MANEJO FITOSSANITRIO 245.1. Pragas 245.2. Doenas 27

    6. BIBLIOgRAFIA CONSULTADA 28

  • 6Semeando o Bioma Cerrado

    APRESENTAO A destruio e a degradao do meio ambiente pelas aes do homem contra-pem frontalmente com a necessidade da conservao e da preservao am-biental, indispensveis para a sobrevivncia e o bem estar dos seres vivos, in-cluindo a espcie humana. Atualmente vivemos o paradoxo: conhecemos a importncia de conservar e pre-servar os recursos naturais e continuamos, em ritmo desenfreado, a agredir im-piedosamente a natureza sem ao menos lhe dar a oportunidade de regenerar-se espontaneamente.A interferncia positiva com o propsito de condicionar a recuperao da nature-za a partir do que ainda resta de seus recursos naturais, em muito poder contri-buir para minimizar os efeitos malficos resultantes das aes contrrias.Dentre as diferentes formas de intervenes mitigadoras frente atual situao de desequilbrio ambiental, a recomposio da vegetao com espcies florestais arbreas naturais do ambiente agredido tem sido uma das premissas colocadas em prtica e que tem demonstrado bastante eficincia, pois o ambiente recupe-rado volta a assumir, em grande parte, suas importantes funes originais, melho-rando e condicionando os meios abiticos e biticos para que os seres animais e vegetais continuem habitando esses ambientes, em condies satisfatrias para se abrigarem, refugiarem, alimentarem e reproduzirem, ampliando a biodiversida-de de espcies que voltam a interagir entre si.A partir das formaes vegetais naturais remanescentes, incluindo os reduzidos fragmentos, nos so disponibilizadas as estruturas indispensveis para reiniciar-mos o processo da recomposio florstica nos ambientes desestruturados: as sementes das espcies florestais.A coleta de sementes e de outros propgulos em plantas matrizes selecionadas, re-presentativas de sua espcie, nos possibilita a produo, em viveiros, de mudas de boa qualidade, nos mais diferentes aspectos e, conseqentemente, a formao de novos povoamentos florestais que propiciaro, ao longo do tempo, seus benefcios diretos e indiretos, contribuindo para minimizar o desbalano que afeta a vida do ho-mem e dos demais animais e vegetais, bem como a melhoria dos recursos hdricos.Esta Cartilha tem a pretenso de contribuir com o contedo mnimo indispensvel para o conhecimento do produtor de mudas de espcies florestais em viveiros, objetivando redirecionar e, provavelmente, desacelerar o ritmo de degradao de nossos ambientes naturais.

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    1.INTRODuO

    A regio do bioma Cerrado, apesar de, em sua maior extenso, apresentar solos pouco frteis naturalmente para o cultivo de espcies de ciclo anual produtoras de alimentos para o consumo humano e outras para a formao de pastagens, tem uma topografia apropriada para estes tipos de uso.Esta qualidade tornou-se um atrativo para que ocorresse a migrao de grandes produtores e empresrios rurais que passaram a ocupar os solos dessa regio com propsitos de cultiv-la visando a produo agropecuria, sem, contudo, preocuparem com a preservao ambiental de seus recursos naturais, eliminan-do, de forma ambiciosa, irresponsvel e descontrolada, cada hectare de suas diferentes fitofisionomias, comprometendo a qualidade de suas formaes vege-tacionais, dos recursos hdricos, do solo e do clima da regio.A recomposio florstica, com o uso de espcies vegetais de ocorrncia natural, principalmente em ecossistemas mais frgeis, condicionando o desenvolvimento e o estabelecimento espontneo da vegetao ou acelerando o processo com o plantio e conduo de mudas, imprescindvel para a disponibilizao das condi-es mnimas que venham a facilitar a entrada de novos elementos, sejam outras espcies vegetais e diferentes espcies animais que contribuiro para aumentar e melhorar a biodiversidade e consolidar o clmax ambiental.A produo de mudas de espcies vegetais diversas deve ser bem planejada e organizada, com o compromisso de disponibiliz-las com alto padro de qualida-de para o mercado consumidor.Os viveiros de mudas de espcies florestais devem possuir estruturas, equipa-mentos, ferramentas e pessoal tcnico e de apoio que viabilizem e otimizem a produo de mudas em quantidade e com qualidade desejvel para o seu esta-belecimento promissor no campo, cumprindo com a sua funo na recomposio e recuperao do ambiente.

  • 8Semeando o Bioma Cerrado

    2.VIVEIRO FLORESTALConceitualmente, viveiro florestal uma superfcie de terreno, com caractersticas prprias, destinada produo, ao manejo e proteo das mudas at que tenham idade e tamanho suficientes para que possam ser transportadas, plantadas e resistir s condies adversas do meio, se estabelecerem e ter bom desenvolvi-mento.

    Tipos de viveiros Viveiro permanente: local onde so produzidas mudas de maneira cont-

    nua, por um longo prazo ou at mesmo por um prazo indeterminado. Viveiro temporrio: local onde so produzidas mudas para uma determina-

    da finalidade, ou por um perodo determinado. Suas estruturas so provi-srias.

    Objetivo da produo Viveiro comercial: a produo destinada venda, ou seja, as mudas so

    comercializadas. Viveiro no-comercial: as mudas no so comercializadas. Podem ser utili-

    zadas pelo prprio produtor, em recuperao de reas degradadas, arbo-rizao rural, urbana, ou destinadas distribuio gratuita ou promocional.

    grau de especializao Viveiro generalista: produz diferentes tipos de plantas, vrias espcies. Viveiro especializado: produz apenas um determinado tipo de planta ou

    determinada espcie. Em geral, so viveiros de espcies para refloresta-mentos comerciais.

    Todos os procedimentos pertinentes produo e comercializao de sementes e mudas em viveiros permanentes devem obedincia Lei no 10.711, de 5 de agosto de 2003, regulamentada pelo Decreto no 5.153, de 23 de julho de 2004, publicados no Dirio Oficial da Unio.Os viveiros de produo de mudas devem ser inscritos no Registro Nacional de Sementes e Mudas - RENASEM, do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abaste-cimento (MAPA) - Superintendncia Federal de Agricultura (SFA), Diviso Tcnica

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    (DT) do Servio de Fiscalizao de Insumos Agropecurios (SEFAG).Para serem inscritos no RENASEM e funcionarem regularmente, os viveiros flores-tais devem ter um responsvel tcnico, com formao em Engenharia Florestal ou Agronomia, devidamente registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arqui-tetura e Agronomia-CREA, e tambm no RENASEM.

    2.1. Projetando o viveiroO planejamento de qualquer empreendimento de grande importncia, tendo em vista a possibilidade de se fazer com que haja reduo de custos na implantao, na manuteno e na produo dos bens a serem obtidos, alm de um melhor aproveitamento das matrias primas disponveis, da mo-de-obra necessria, en-tre outros. No dimensionamento da rea do viveiro devem ser consideradas as reas produ-tivas e as reas destinadas a outras estruturas (construes, caminhos internos etc.) que so indispensveis para o funcionamento do viveiro. A dimenso da rea produtiva est em funo direta com a quantidade de mudas a serem produzidas por ano, com o tipo e tamanho das embalagens, tipo de semeadura e comporta-mento das espcies a serem produzidas.

    a) Local do viveiroO viveiro deve estar em uma rea previamente preparada (limpa e terraplanada), prximo de uma fonte de gua de boa qualidade e em quantidade, indispensvel para o seu funcionamento, e de onde haja disponibilidade de mo-de-obra e de material necessrio para sua instalao e manuteno. Devem ser consideradas que as vias de acesso estejam sempre bem conservadas, em todas as pocas do ano.

    b) ExposioA localizao do viveiro na face sul deve ser evitada. Isto porque esta localiza-o recebe menos luminosidade e est sujeita a ventos frios. Devem ser evitados vales profundos e estreitos, onde h possibilidade de formao de geadas e de nevoeiros frios, que podem causar danos s plantas. O viveiro deve ser locado em ambientes totalmente ensolarados.

  • 10Semeando o Bioma Cerrado

    c) Topografia do terreno A rea do viveiro deve ter topografia plana ou com uma leve inclinao (3%), para evitar a eroso e o acmulo de gua, tanto das chuvas como a do excesso de irrigao. Se a rea for montanhosa, devem ser feitos patamares no terreno, de maneira que cada patamar tenha a declividade apropriada. Neste caso, deve-se proteger o talude contra a eroso, atravs do plantio de gramneas de porte rastei-ro e, se necessrio, deve-se construir canaletas paralelas crista do talude para o melhor direcionamento da gua captada.

    d) Construo de cercas A construo de cercas ou alambrado, evita a entrada de animais e garante a se-gurana do viveiro. A construo do alambrado com telas de arame galvanizado fixadas em moires de concreto mais onerosa, porm com melhores resultados.

    e) Quebra-ventosEm locais de ventos fortes, cortinas de quebra-vento devem ser plantadas em torno do viveiro para a proteo das mudas e regulagem da temperatura. Estas cortinas devem ser localizadas distantes dos canteiros para que as suas razes no faam estragos nas estruturas construdas no viveiro e no danifiquem as mudas, no caso de canteiros no solo, bem como no ocorra o sombreamento das mesmas.

    Dentre as vantagens dos quebra-ventos, podem ser citadas as seguintes:

    proteo do viveiro contra estragos causados pelo vento nas mudas, nas se-menteiras, nos sombrites, nas instalaes, entre outros;

    diminuio do ressecamento do solo e da transpirao das mudas; diminuio da quantidade de poeira no viveiro; as plantas do quebra-vento podero servir de abrigo para inimigos naturais

    das pragas do viveiro e tambm como plantas para coletar sementes ou tirar estacas para produzir mudas.

  • 11 Viveiros florestais: projeto, instalao, manejo e comercializao

    Quebra-vento ou cortina vegetada de proteo em viveiro..f) Estruturas e construesSer necessria a construo de algumas benfeitorias na rea do viveiro para dar suporte atividade de produo de mudas, como:

    Escritrio; Casa do viveirista (opcional); Refeitrio, abrigos e sanitrios; Sementeiras; Estufa, telado ou casa de vegetao; Galpo de trabalho onde sero efetuados o preparo do substrato, entubeta-

    mento, enchimento dos tubetes e semeadura (pode ser no galpo ou, aps o encanteiramento das bandejas, no canteiro definitivo);

    rea de bateo, lavagem e esterilizao dos tubetes; Galpo para armazenamento de substrato, ferramentas, defensivos, fertilizan-

    tes, tubetes, bandejas etc; Sala climatizada para armazenamento de sementes; Caixa dgua ou reservatrio para irrigao; Caixa dgua ou reservatrio para adubao; Estacionamento para carros e caminhes.

  • 12Semeando o Bioma Cerrado

    2.2. Materiais e equipamentos necessrios em um viveiroEstes variam de acordo com as tecnologias utilizadas, com o local, com as esp-cies a serem produzidas, com o tamanho do viveiro etc. Entretanto, as ferramen-tas, os equipamentos e os outros materiais necessrios e mais comuns, normal-mente, so:

    a) Ferramentas e utenslios: ps de corte (quadrada e de concha); machado, enxada, enxado, foice, faco; tesoura de poda, podo; ancinho, sacho; rega-dores, baldes; serrote, martelo, alicate, torqus; chaves de boca, de fenda, de cano; lima; peneiras;

    b) Aparelhos e mquinas: carrinho-de-mo; polvilhadeira; conjunto motobomba; balana; aplicador de inseticida; pulverizador costal; mquina de escrever ou computador; mquina para mistura de substrato (betoneira); mquina para en-chimento de tubetes; mquina para enchimento de sacos plsticos (moega);

    c) Outros materiais: canos e dispositivos para irrigao; plsticos e sombrites para cobertura; adubo mineral e orgnico; fungicidas, inseticidas e herbici-das; madeira para confeco de caixas; grampos, pregos, arames, barban-tes; calcrio.

    Moega com dois reservatrios para substrato que otimiza e agiliza o enchimento de sacos plsticos em viveiro.

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    2.3. Canteiros Para se ter um melhor manejo, o viveiro deve ser dividido em encanteiradores ou canteiros (no solo ou suspensos, em funo do mtodo de produo adotado), com uma estrada de servio ao redor. A largura mais comum para os canteiros de 0,90 m a 1,20 m, pois permite um trabalho fcil e eficiente do funcionrio, em termos de ergonomia. O comprimento dos canteiros depende da diviso do vi-veiro e, quanto mais compridos forem, mais econmica a operao, no entanto, seu comprimento no deve ser superior a 30 m.Quando a produo das mudas feita por semeadura diretamente na embala-gem (tubetes, sacos plsticos ou vasos), os canteiros podem ser delimitados por diferentes tipos de proteo lateral (tbuas, tijolos, terra, cimento, pedras, laje de cimento, troncos de rvores, caixotes etc) e devem ser marcados com piquetes ligados por um ou dois fio(s) de arame.

    Estufa

    Casa de sombra

    Entrada

    Casa do viveirista

    Refeitrio

    Galpo

    rea de compostagem

    rea decanteiros

    Viveirode espera

    Tanque de adubao Caixa dgua

    Font

    e: R

    ibei

    ro e

    t al.

    (200

    1)

    gua

    Croqui da rea de canteiros e de outras estruturas em viveiro de produo de mudas florestais.

  • 14Semeando o Bioma Cerrado

    2.4. SementeirasAs sementeiras so os locais onde as sementes so colocadas para germinar. So canteiros de terra peneirada e misturada com areia, onde as sementes so enterradas e irrigadas em meia sombra. Podem ser construdas, tambm, em al-venaria, a 70 cm do solo.Aps a germinao, as mudas so transplantadas para os recipientes individuais, em geral, tubetes, sacos de plstico preto, entre outros, desde que estejam per-furadas, para permitir o escoamento da gua de irrigao.Para proteger as mudas contra sol forte, as sementeiras devem ser cobertas quando se faz a semeadura das sementes at alguns dias aps a germinao das mesmas. Esta cobertura pode ser feita com o auxlio de ripado (varas de bambu cortadas ao meio, folhas de palmeiras etc.) ou sombrite, que deve ser firmado sobre estruturas de bambu, ferro ou madeira.

    SEMENTEIRA

    3 a 5 m

    1,2 m

    Apoio lateral

    NVEL DO SOLO

    SUBSTRATO

    MATERIAL DRENANTE

    1,2 m

    30 cm

    20 cm

    X

    Fonte: David & Faria (2008).

    Sementeira em alvenaria: viso geral (acima) e corte transversal (abaixo).

  • 15 Viveiros florestais: projeto, instalao, manejo e comercializao

    3. SEMEADuRAO cronograma de semeadura no viveiro deve levar em conta a variao no ciclo de produo de mudas, em funo dos diferentes grupos sucessionais das es-pcies nativas.Deve-se decidir no processo de produo de mudas qual o mtodo de seme-adura. Quando no h impedimento imediata germinao das sementes (de trs a 30 dias) deve-se optar pela semeadura direta nos recipientes (tubetes ou sacos plsticos), por causa da srie de vantagens que esse mtodo apresenta em relao semeadura indireta (em sementeiras para posterior repicagem). Essas vantagens so:

    a) dispensa a construo de sementeiras; b) evita o enovelamento das razes ou o pio torto; c) ocorre menor incidncia de pragas e principalmente de doenas; d) dispensa o sombreamento dos canteiros durante e logo aps a repicagem; e) provoca menos gasto com mo de obra, e, conseqentemente; f) possibilita menor custo final da muda. A semeadura em sementeiras dever ser efetuada apenas naqueles casos em que as sementes so dormentes e no se conhece um mtodo eficiente capaz de promover uma germinao uniforme dentro de trs a 30 dias. Nesses casos, deve-se semear a lano uma grande quantidade de sementes nas sementeiras e repic-las para as embalagens medida que elas germinem.

  • 16Semeando o Bioma Cerrado

    1,5 m espaamentoentre suportes

    Detalhe do apoioda bandeja com ferro em T

    1,20 m

    50 m

    Cano dguaSuporte da bancada

    Parte do suporte a ser ncada no cho

    Detalhe do apoioda bandeja com ferro em L

    Aspersor

    Bandejacom tubetes

    80 m

    Fonte: Ribeiro et al. (2001)

    Esquema de canteiros suspensos para produo de mudas em

    tubetes apoiados em bandejas.

    3.1. Semeadura em sementeiraA semeadura em sementeira pode ser de dois tipos: a lano ou em sulco. A se-meadura a lano feita espalhando-se as sementes, uniformemente, sobre a se-menteira. Em sulcos, as sementes devem ser dispostas lado a lado em sulcos feitos na sementeira. A profundidade desse sulco deve ser igual espessura das sementes.

  • 17 Viveiros florestais: projeto, instalao, manejo e comercializao

    3.2. Repicagem o processo de transferncia das plntulas da sementeira para as embalagens (sacos plsticos ou tubetes). A retirada das plntulas dever ser feita com uma esptula, ou ferramenta semelhante. Essa operao deve ser precedida de uma irrigao, sendo que os recipientes que iro receber essas plntulas tambm de-vero ser umedecidos.

    3.3. Semeadura direta nos recipientes Na semeadura direta so semeadas de uma a sete sementes por recipiente, de-pendendo do tamanho e da qualidade fsica e fisiolgica das mesmas. Aps a semeadura, deve-se peneirar uma fina camada do substrato utilizado sobre as sementes, colocando-se, a seguir, uma cobertura morta (casca de arroz ou capim picado). Essa cobertura tem, dentre outras, a finalidade de proteger as semen-tes contra a incidncia direta dos raios solares e de eventuais chuvas fortes e conservar a umidade da camada superficial, resultando em maior porcentual de germinao das sementes.

    3.3.1. Recipientes

    Os recipientes comumente utilizados na produo de mudas so os sacos de polietileno e os tubetes de polipropileno. Esses recipientes esto disponveis no mercado em vrias dimenses.

    3.3.2. Tipos de substratos para tubetes

    Os substratos utilizados no enchimento dos tubetes apresentam as mais variadas composies, tendo como caracterstica comum o uso de terra em pequenas propores (mxima de 20%) ou, mais comumente, a ausncia de terra. Existem vrias marcas comerciais de substratos base de casca de pinus ou de eucalip-to, com boa aceitao pelos viveiristas.

    3.3.3. Substrato para sacos plsticos

    O substrato utilizado para produo de mudas em sacos plsticos tem como com-ponente principal a terra de subsolo, cuja textura condiciona a adio de vrios materiais, como areia, esterco, composto, hmus, casca de arroz carbonizada e fertilizantes qumicos.

  • 18Semeando o Bioma Cerrado

    4. TRATAMENTOS SILVICuLTuRAIS

    4.1. Fertilizao As plantas nativas so muito diferentes em termos de exigncia em fertilidade dos solos, porm, a maioria das espcies responde favoravelmente adubao com matria orgnica.O importante da fertilizao na produo de mudas no a quantidade de fertili-zantes, mas sim a freqncia com que o mesmo fornecido s mesmas.Para que se tenha um crescimento adequado e aumento da qualidade das mudas no viveiro, deve-se fazer a aplicao de fertilizantes que contenham os nutrientes necessrios para o crescimento e desenvolvimento das plantas.Geralmente, a adubao inicial que feita no substrato a mesma para todas as espcies produzidas no viveiro, sendo que a adubao em cobertura que pode variar, em funo dos requerimentos nutricionais das espcies ou de grupos de espcies, do ritmo de crescimento (ciclo de produo) e do regime de irrigao/chuvas.A adubao de cobertura realizada quando: (a) as mudas apresentam sintomas de deficincia nutricional; (b) deseja-se um crescimento mais rpido das mudas, com alta qualidade e dentro de um ciclo de produo definido. A fertilizao dis-tribuda ao longo do ciclo de produo permite adequar o ritmo de crescimento das mudas, tornando-o compatvel com o cronograma de plantio das mudas no campo.

    4.2. Irrigao O consumo de gua proporcional idade da planta, a eficincia do sistema de irrigao e as condies de solo e clima. Recomenda-se irrigar as plantas todos os dias, mantendo-se sempre a terra ou o substrato mido, no entanto, sem en-charcar. A irrigao uma das etapas na produo de mudas em tubetes que requer maior ateno. As mudas devem ser irrigadas quantas vezes forem necessrias no dia, preferencialmente atravs de microaspersores, mantendo o substrato sem-pre mido, sem encharcar. A sensibilidade do viveirista em resposta s variaes climticas dentro e entre os dias que vai determinar quando e o quanto irrigar.

  • 19 Viveiros florestais: projeto, instalao, manejo e comercializao

    Limitaes no crescimento de mudas em tubetes podem ser ocasionadas por falta ou pelo excesso de gua. Irrigaes ou chuvas excessivas podem provocar o aparecimento de doenas e a lixiviao dos fertilizantes contidos no substrato, requerendo freqentes reposies de nutrientes por adubaes em cobertura. importante separar as mudas das espcies pertencentes vegetao do Cer-rado ou da Caatinga sensu stricto, em setores de uma ou mais quadras, cujo sis-tema de irrigao seja independente das quadras onde esto sendo produzidas mudas de espcies da Floresta Estacional Semidecdua, por exemplo, o que torna possvel irrigar menos o primeiro grupo em relao ao segundo.

    Canteiros

    Cano de 2 polegadas

    Cano de 2 polegadas

    Tela

    Entrada

    Tanque de gua

    Bomba Rede principal cano 3 polegadas

    Fonte: Ribeiro et al. (2001)

    Rede principal de irrigao, com a distribuio nas plataformas e entre os canteiros.

  • 20Semeando o Bioma Cerrado

    4.3. Densidade de crescimento Visando a reduo do custo final das mudas, o viveirista pode sentir-se tentado a aumentar a densidade de mudas no canteiro para 400 a 600 mudas/m2. lsso possvel em determinadas fases iniciais, como na fase de enraizamento de mi-niestacas em casa de vegetao ou na fase de semeadura e crescimento inicial (de zero a 30-60 dias, dependendo da espcie), mas medida que as mudas en-tram na fase de maior crescimento, a densidade deve ser reduzida para 180 a 240 mudas/m2. Essa operao, chamada de alternagem, realizada juntamente com a seleo de mudas por classes de altura e descarte das mortas e defeituosas. A seleo pode ser realizada mais uma vez na fase que antecede a expedio de mudas para o campo. Mudas produzidas em sacos plsticos tero uma relao direta entre as dimen-ses dos mesmos e a densidade, assim, sacos plsticos com dimenses de 7 cm x 12 cm resultaro numa densidade de 503 mudas/m2, enquanto que sacos plsticos com dimenses de 18 cm x 24 cm resultaro numa densidade de 76 mudas/m2.

    4.4. Podas radiculares A realizao de podas radiculares prtica comum em viveiros que produzem mudas em sacos plsticos, quando das movees ou danas das mudas. Com a adoo do tubete como recipiente para produo de mudas, essa operao foi eliminada, visto que as razes so naturalmente podadas ao entrarem em conta-to com o ar quando atingem o orifcio inferior do tubete. Essa constante poda das razes resulta numa constante brotao de novas razes no interior do tubete pro-movendo um fenmeno denominado de fibrosidade do sistema radicular que ir permitir a retirada da muda do tubete e o seu plantio, sem que o sistema radicial se desmanche. Alm disso, essa maior fibrosidade do sistema radicial funda-mental para o pegamento e o desenvolvimento da muda no campo.

  • 21 Viveiros florestais: projeto, instalao, manejo e comercializao

    4.5. Desbaste ou raleio pratica comum, em viveiros florestais, colocar de duas a quatro, ou mais, se-mentes por recipiente, principalmente no caso de sementes pequenas, visando assegurar a presena de, pelo menos, uma muda em cada embalagem. Portanto, em grande parte, os recipientes apresentam mais de uma muda, sendo neces-sria a realizao de desbastes ou de raleios, deixando apenas a muda mais vigorosa e mais central. Geralmente, essa operao conduzida quando as mu-das apresentam de dois a trs pares de folhas definitivas, ou quando as mudas tiverem uma altura em torno de 4 cm.

    4.6. Mondas ou capinas manuaisMondas, ou capinas manuais so operaes de eliminao das plantas indesej-veis que, eventualmente, crescem nos recipientes, junto com as mudas. Trata-se de uma capina, feita manualmente, e que deve ser realizada sempre que neces-srio, com as plantas indesejveis na fase inicial de desenvolvimento. Esta operao deve ser precedida de farta irrigao, pois a mesma facilitar a remoo das plantas indesejveis, ocasionando menor dano ao sistema radicular das mudas.

    4.7. Dana ou movimentaoA movimentao, ou dana, das embalagens realizada sempre que necessrio, com a finalidade de efetuar a poda das razes que, porventura, tiverem ultrapas-sado as embalagens e penetrado no solo. Alm disso, esta operao promove a rustificao das mudas, resultando na reduo da mortalidade, por ocasio do plantio no campo. As mudas produzidas em tubetes dispensam a movimentao ou a dana, das embalagens, pois, normalmente, os canteiros so suspensos e os tubetes, por terem uma abertura na parte inferior, permitem que as razes saiam para o exterior, sendo podadas em contato com o ar e com a luz, naturalmente.

  • 22Semeando o Bioma Cerrado

    4.8. Aclimatao ou rustificao A muda apta para ser levada ao campo deve ser sadia e ter um grau de resistn-cia que lhe permita sobreviver s condies adversas do meio. O processo mais usado para a rustificao de mudas no viveiro o corte gradual da irrigao, aproximadamente vinte dias antes da expedio das mudas para o plantio no campo. A movimentao ou dana das mudas no viveiro e o corte gradual de irrigao, no perodo que antecede o plantio, so os procedimentos mais usados para se conseguir a rustificao das mudas, por serem os mais prticos e baratos.

    4.9. Seleo, expedio e transportePara que se obtenha o mximo de uniformidade das mudas de espcies nativas no campo e menor taxa de mortalidade, de fundamental importncia que se faa a seleo das mudas antes de envi-las ao campo. As mudas bifurcadas, tortas e de aspecto deficiente devem ser eliminadas. Sempre que possvel, as mudas devem ser enviadas a campo em lotes separados por tamanho e espcie, a fim de padronizar a uniformidade e desenvolvimento. O transporte das mudas pode ser feito em caminho, camionete ou qualquer outro veculo desde que as mudas estejam protegidas do vento, sendo que, quanto maiores as distncias, maiores os cuidados com a proteo. A expedio das mudas produzidas em tubetes, para pequenos plantios, pode ser realizada em uma estrutura denominada rocambole, que dispensa a viagem de retorno dos tubetes vazios ao viveiro.

  • 23 Viveiros florestais: projeto, instalao, manejo e comercializao

    Confeco de um rocambole com quinze mudas de goiabeira (Psidium guajava). (A) Disposio das mudas aps a remoo de tubetes. (B) Incio da confeco do

    rocambole. (C) Trmino da confeco do rocambole. (D) Rocambole finalizado contendo as mudas e pronto para ser transportado.

    A B

    C D

  • 24Semeando o Bioma Cerrado

    5. MANEJO FITOSSANITRIO

    5.1.Pragas As principais pragas que podem danificar as mudas florestais so as lagartas-rosca, lagartas-elasmo, grilos, paquinhas, cupins, formigas cortadeiras, besouros desfolhadores, moscas-minadoras, pulges e caros. Geralmente, o que deter-mina a ocorrncia dessas pragas o tipo de sistema de produo de mudas (viveiros suspensos ou no) e a forma de manejo delas. Viveiros suspensos tm menor probabilidade de ocorrncia de pragas, pois a maioria est associada ao solo, como cupins, paquinhas, formigas e grilos. O manejo das mudas est relacionado aos cuidados dispensados na sua produo. Mudas mal nutridas ou viveiros mal cuidados favorecem a ocorrncia de pragas de viveiros.Esto relacionadas, a seguir, as principais pragas que podem ocorrer em mudas em viveiros florestais, com nome comum, nome cientfico, ordem e famlia.

    Nome comum Nome cientfico Ordem/FamliaLagarta-rosca Agrotis ipsilon Lepidoptera/Noctuidae

    Lagarta-rosca Agrotis repleta Lepidoptera/Noctuidae

    Lagarta-rosca Agrotis subterranea Lepidoptera/Noctuidae

    Lagarta-rosca Spodoptera frugiperda Lepidoptera/Noctuidae

    Lagarta-rosca Spodoptera latifascia Lepidoptera/Noctuidae

    Lagarta-enroladeira Nomophila noctuella Lepidoptera/Pyralidae

    Grilo Gryllus assimilis Orthoptera/Gryllidae

    Paquinha Neocurtilla hexadactyla Orthoptera/Gryllotalpidae

    Paquinha Scapteriscus didactylus Orthoptera/Gryllotalpidae

    Paquinha Tridactylus politus Orthoptera/Tridactylidae

    Continua...

  • 25 Viveiros florestais: projeto, instalao, manejo e comercializao

    Nome comum Nome cientfico Ordem/Famlia

    Formigas cortadeiras Acromyrmex spp. Himenoptera/Formicidae

    Formigas cortadeiras Atta spp. Himenoptera/Formicidae

    Cupim Armitermes spp. Isoptera/Termitidae

    Cupim Cornitermes spp. Isoptera/Termitidae

    Cupim Heterotermes spp. Isoptera/Rhinotermitidae

    Cupim Procornitermes spp. Isoptera/Termitidae

    Cupim Syntermes spp. Isoptera/Termitidae

    Mosca-minadora Bradysia coprophila Diptera/Sciaridae

    Mosca-minadora Liriomyza spp. Diptera/Agromyzidae

    caro vermelho Tetranychus ludeni Acarina/Tetranychidae

    Pulgo Aphis gossypii Hemiptera/Aphididae

    Broca-do-cedro Hypsipylla grandella Lepidoptera/Pyralidae

    Lagarta-elasmo Elasmopalpus lignosellus Lepidoptera/Pyralidae

    Besouro-amarelo Costalimaita ferruginea vulgata Coleoptera/Chrysomelidae

    Dentre as estratgias e tticas para o controle das principais pragas em vivei-ros florestais, podem ser adotados os seguintes procedimentos: controle cultural, controle mecnico, controle fsico e controle qumico.O controle qumico consiste no uso de inseticidas que podem ser aplicados atra-vs de pulverizadores costais ou atravs da gua de irrigao, em viveiros aber-tos, ou por nebulizao, em casas-de-vegetao. As recomendaes de controle qumico para as principais pragas de viveiros so descritas a seguir:

    ... continuao

  • 26Semeando o Bioma Cerrado

    Produtos recomendados para o tratamento de mudas contra diferentes pragas em viveiros.

    Praga Nome tcnico Nome comercial Dosagem*Lagarta-rosca

    acephateOrthene 750 BR 100 g/100 L gua - pulverizar

    as mudas nos canteiros

    deltametrina Decis 25 CE 250 ml/100 L gua - pulverizar as mudas nos canteiros

    Bacillus thurin-giensis Dipel PM

    400 g/100 L gua - pulverizar as mudas nos canteiros

    Grilo, paqui-nha, besouro amarelo, pul-go e mosca minadora

    deltametrinaDecis 25 CE 250 ml/100 L gua - pulverizar

    as mudas nos canteiros

    imidacloprid Confidor 700 Grda500 g/100 L gua - pulverizar as mudas nos canteiros

    Cupins fipronil Tuit Florestal 500 g/100 L- irrigar as mudas

    fention Lebaycid 500 CE300 mL/100 L gua 1 L cal-da/ninho

    imidacloprid Confidor 700 Grda

    Tratamento do ninho = 30 g/ 100 L gua 1 L calda/ninho Tratamento das mudas = 500 g/ 100 L gua - irrigar as mudas

    Formiga cortadeira clorpirifs

    Lakree Fog-ging

    Termonebulizao at a sa-turao do formigueiro

    deltametrina K-Othrine 2P Polvilhamento 6 g/m2 de

    terra solta

    caro denpyroximate Orthus 50 SC 100 mI/100 L gua - pulverizar as mudas nos canteirosabamectina Vertimec 18

    CE200 ml/100 L gua - pulverizar as mudas nos canteiros

  • 27 Viveiros florestais: projeto, instalao, manejo e comercializao

    5.2. DoenasUm dos principais problemas de doena em viveiros o tombamento de mudas, porm, so comuns, tambm, as doenas de raiz e da parte area. O tombamento de mudas, tambm conhecido como damping off, normalmente ocorre no pri-meiro ms de vida da muda no viveiro, em situaes de umidade e temperatura altas. A doena facilmente reconhecida no viveiro, devido a presena de mudas tombadas, em reboleiras. O tombamento decorre de leses de tecidos (necrose), na regio do coleto. A partir do primeiro ms, se ocorrer a doena, nota-se apenas a necrose dos tecidos na regio do coleto, a seguir a muda murcha e seca, porm sem tombar. Durante o perodo de ocorrncia, o controle do tombamento, que feito por meio de agrotxicos, auxiliado diminuindo, ao mximo, a irrigao e a adubao nitrogenada. Das manchas foliares e das hastes, a mais problemtica a ferrugem, que atinge tecidos jovens, tanto folhas como hastes, formando, nos lo-cais das leses, pstulas de colorao amarelada. Quando em maior intensidade, ocasiona a morte da planta. Um tipo de mancha foliar mais comum a causada por Cylindrocladium spp. So manchas quase sempre circulares, com cerca de 1 cm de dimetro, com colorao avermelhada e halo externo. O controle de doenas feito por meio de fungicidas, que devem ser prescritos por um responsvel tcnico, e a aplicao, na maioria dos casos, feita com o uso de pulverizador costal ou com regador, dependendo da doena.

  • 28Semeando o Bioma Cerrado

    6. BIBLIOGRAFIA CONSuLTADA

    CARNEIRO, J. G. de A. Produo e controle de qualidade de mudas florestais. Curitiba: UFPR/FUPEF; Campos : UENF, 1995. 451 p.

    DAVIDE, A. C.; SILVA, E. A. A. Produo de sementes e mudas de espcies florestais. (Ed.) 1 Ed. Lavras : Ed. Ufla. 2008. 175 p.

    RIBEIRO, G. T.; PAIVA, H. N.; JACOVINE, L. A. G.; TRINDADE, C. Produo de mudas de eucalipto. Viosa : Aprenda Fcil, 2001. 122 p.

    SO PAULO. Secretaria do Meio Ambiente. Fundao para a Conservao e a Produo Florestal do Estado de So Paulo. Recuperao Florestal: da semente muda. Secretaria do Meio Ambiente. Fundao Florestal. Coord. Resp.: HAHN, C. M.; OLIVEIRA, C. de; AMARAL, e. M. do; RODRIGUES, M. S.; SOARES, P. V. So Paulo : SMA, 2006. 144 p.

    WENDLING, I.; GATTO, A.; PAIVA, H. N.; GONALVES, W. Planejamento e insta-lao de viveiros. Viosa : Aprenda Fcil, 2001. 122 p.

    YAMAZOE, G.; VILAS BAS, O. Manual de pequenos viveiros florestais. So Paulo; Pginas & Letras Editora e Grfica. 2003. 120 p.

  • www.rededesementesdocerrado.org.br

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