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62 bio agosto 1996

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62. Boletim Informativo da Diocese de Osasco - bio - Ano VII - N º 62 - Bio Agosto 1996.

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Page 1: 62 bio agosto 1996

BoletimInformativo deosasco ANO VII -N° 62

ACOSTO-1996

Tiqui estou, Senhor, como Saulo no caminho de Damasco;

e te digo sem rodeios: Senhor, que queres que eu /aça.7

Aqui estou, Senhor, como Samuel durante a noite;

e te digo: f ala, que teu servo escuta,

qui estou, Senhor, como Mana quando era jovem;

e te digo: eis aqui a escrava, que se/aça segundo tua Palavra.

Aqui estou, Senhor, com o coração disponíveí como o teu;

e te digo: quero fazer tua vontade.

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BIO - Página - 2

INFORMANDOASSEMBLEIA DAS IGREJAS

O Regional Sul 1 realizará a Assembleiadas Igrejas, em Itaicí, de 20 de setem-bro (almoço) até 22.Participarão da Assembleia, o Bispo Di-ocesano, o Coordenador de Pastoral, orepresentante dos Presbíteros, o (a) co-ordenador do núcleo da CRB e dois lei-gos da comissão diocesana do proje-to "Rumo ao Novo Milénio".A Assembleia estudará o anteprojetoRegional "OGRANDE JUBILEU".Objetivo geral do Grande Jubileu:

Preparar o Regional Sul 1 para o Jubi-leu do ano 2000 do nascimento de Cris-to e dos 500 anos de evangelização do

XX SACRA SOM

Festival de Música Sacra, realizadaanualmente na Diocese de Osasco, terásua abertura este ano no dia 28 desetembro de 1996 às 17 horas.O Sacra Som criado pelos PadresSalesianos é uma realização à nívelestadual, que congrega compositores,músicos e cantores de muitas cidades.A Comissão Central do Sacra Som estáno Butantã à Rua Poema dos Olhos,247 - Regional Osasco.

VI FESTIVAL DE MÚSICASCRISTÃS

"CÂNTICO DOS CÂNTICOS"

Este Festival será realizado pela Diocesede Campo Limpo - SP dia 17 de agosto,e reunirá bandas cristãs de todo oBrasil.

FESTIVAL INTERNACIONALDE BANDAS

A Diocese de Santo Amaro será a sededo Festival Internacional de Bandas,que acontecerá no dia 25 de agostoàs 8:00 h no estacionamento doSHOPPING SP MARKET CENTERAv. das Nações Unidas, 22.540

1996 - Agosto

Brasil, dentro da perspectiva do docu-mento pontifício "Tertio MillennioAdveniente" e da CNBB "Rumo aoNovo Milénio", tendo por tema centrala Evangelização.

Objetivos particulares:• Descobrir e aperfeiçoar o rosto daIgreja do Regional Sul 1• Com um frutuoso intercâmbio animaras dioceses na realização do Projeto.O Ante-projeto apresenta, também,uma metodologia (organismos, atua-ção, pesquisa, tarefas) e a programa-ção para os 3 anos que antecedem aoGrande Jubileu.

XVI CONGRESSOSACERDOTAL BRASILEIRO

Integrantes dos Serras Clubes estarãoreunidos de 22 a 24 de agosto emFranca,celebrando o XVI CongressoSacerdotal Brasileiro. No empenhode ver multiplicadas as vocaçõessacerdotais tão necessárias e os leigossuficientemente motivados a valorizara vocação sacerdotal, os organizadorestêm a grande esperança de que esteCongresso represente um significativomarco renovador na história da Igrejaem nossa Pátria.

NOTÍCIAS DO EPISCOPADO

Dom Aldo Mongiano renunciou aogoverno pastoral da Diocese deRoraima (RR) em 26/06.Dom António Mesquita renunciou aogoverno pastoral da Diocese de SãoJoão dei Rei (MG) em 26/06.Dom Waldemar Chaves de Araújo,até então Bispo de Teófilo Otoni (MG)foi nomeado Bispo de São João deiRei em 26/06Dom Carmo João Rhoden, SCJ seráOrdenado Bispo e tomará posse daDiocese de Taubaté (SP), dia 17/08/96.Dom Apparecido José Dias, SVD tomaráposse da Diocese de Roraima (RR) nodia 15 /09, na Catedral de Boa Vista.

MUSEU DE ARTE SACRA

A cidade de São Roque estará em festano dia 04/08 com a comemoração do8S aniversário da Fundação do Museude Arte Sacra que leva o nome doPadre Belchior de Pontes, SJ.A programação consta de queima defogos e a parte musical está a cargodas Corporações: 7 de Setembro eLyra Unênse.O museu está situado na Avenida dasPalmeiras, 1466 -Chácara São Roque.

COMO FALAR COM OS MCSDA IGREJA

Livro da autoria de Monsenhor ArnaldoBeltrami, Vigário Episcopal da Comurvcação da Arquidiocese de São Pauto (SP.O livro apresenta a experiência de Co-municação desse Vicariato. Contérr zê-dos, histórico e endereços de revistas =jornais, editoras e livrarias, programas D=rádio e televisão, centros de produçáre organizações de comunicação, r=spastorais e dos agentes da Igreja na >dade de São Paulo. Embora aprese-ia experiência da Arquidiocese, cpoderá ajudar outras Dioceses a c"i ̂nizar sua Pastoral da Comunicação

CF 98

FRATERNIDADE E EDUCAÇÃO é :tema da Campanha de 1988 e o ler-aé "A serviço da vida e da esperançaA escolha do tema, segundo a CEr

Coordenadores Regionais da CF eAssessores nacionais justifica-se pé --precariedade da educação em noss:país, em todos os níveis e aspectos

4* ROMARIAESTADUAL DA TERRA

No dia 18 de agosto de 1996 às 8:OC -acontecerá em Andradina - SP a -Romaria da Terra, organizada pelsCPT (Comissão Pastoral da Terra).Na terra dividida, vida para todos

ENCONTRO DE PADRES EBISPOS NEGROS

No Monte Tabor, em Mogi das Cruzes(SP), padres e bispos negros estará:reunidos, de 20 a 25 de agosto, no 8?Encontro Nacional. Ali acontece =partilha, a celebração e a reflexão c:tema: "Africanidades Brasileirasliturgia, Corpo e Simbologia Afros"

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3 - Página - BIO

^(CAMINHANDO COM O PASTORv -

IS/IMOS fí \SiNMf1

O mês de agosto é dedicado à reflexão sobre osentido da vocação na vivência da fé cristã e no forta-lecimento da vida comunitária.

O Santo Padre, o Papa João Paulo II na sua "Exor-tação Apostólica" dedicada "À VOCAÇÃO E À MISSÃODOS LEIGOS NA IGREJA E NO MUNDO" e chamadaem latim "CHRISTI FIDELES LAICI", começa com aparábola de Jesus contada por São Mateus (20,3-4).

O Senhor da vinha saiu à praçada cidade, lá pelas nove

horas da manhã e vendoque muitos estavam oci-

osos, disse-lhes: "Ide tra-balhar na minha vinha. Eassim em vários momen-

O convite deJesus continua,

ao longoda história dos

homens.tos do dia, o Senhor vol-

tou à praça e convocou ou-tros, dizendo-lhes: "Ide, também vós, trabalhar na mi-nha vinha.

Esse convite de Jesus continua, ao longo da his-tória dos homens e em todos os continentes da terra,a dirigir-se a todo homem e mulher que vem a estemundo.

Este chamado não é apenas dirigido aos sacer-dotes, aos religiosos e às religiosas. Ele se estende atodos os cristãos balizados e inseridos na comunida-de dos discípulos de Jesus que é a Igreja.

São Gregório Magno, ao pregar ao povo, co-mentava assim a parábola dos trabalhadores da vi-nha: "Caríssimos irmãos. Considerai o vosso modode viver e vede se já sois trabalhado-res do Senhor. Cada qual avalia oque faz e veja se trabalha na vinhado Senhor."

Os servi cos queprestamos à comuni-dade porque, convo-cados por Jesus, atra-vés da escolha da co-munidade, exigem denós sentimentos de hu-mildade, de acolhi-mento e de responsabilida-de que nos levam a prestá-los como instrumentos daglória de Deus e testemunhas da solidariedade huma-na e cristã.

Agradecemos a Deus o sem número de minis-tros, catequistas, evangelizadores anónimos que anun-ciam Jesus Cristo e constróem com todos os demaisirmãos e irmãs o REINO DE DEUS emnossa Diocese.

Agradecemos aDeus os jovens e as jovensque, deixando de ter uma Ápequena família, ouvem mo convite do Mestre para ilassumir a paternidade e

Jovens ouvem oconvite do Mestre

para assumira grande

Família de Deus.

E o Espírito Santoque suscita novasenergias de santi-dade, apostolado

e participação

É o Espírito Santo que reju-venesce continuamente a sua Igre-ja, suscitando novas energias desantidade, de apostolado e de par-jcipaçào em tantos cristãos espalhados pelanossa querida Diocese de Osasco.

Em todos os momentos de nossa vida e de modoíspecial neste mês de agosto, devemos dedicar-nosi oração e à reflexão sobre a vocação ao ministérioiue realizamos em nossas comunidades,

a maternidade da grande Família deDeus que é a sua Igreja, presente em todas as partesdo mundo.

Assim nos congratulamos com todas as jovensque, animadas pelo Divino Esposo a Ele se consa-gram pela vida religiosa. Assim nos alegramos com osjovens que assumem o sacerdócio de Cristo pela or-denação sacerdotal.

Convocados à vinha do Senhor, na Diocesede Osasco, teremos, neste mês de agosto, nodia 25 às 16 horas em Cotia a ORDENAÇÃOSACERDOTAL do Diácono Luiz António

Soch/are///. E no fina/ do ano, no dia 7 de dezem-bro, na Catedral, teremos a ORDENAÇÃO SACER-DOTAL dos outros três (3) diáconos de nossa Dio-cese: VALMIRÁS, UBIRAJARAeGILVAM.

Todos convidados a trabalhar na vinha do Se-nhor sejamos capazes de atendê-lo com lealdade decoração e com decisão apostólica fazendo-o conheci-do e amado por toda a humanidade e por todas asgerações.

+ Francisco

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B1O - Página - 4

.í*-1í BILlVfíO i>€ JÓ: Ç>U€STIONfífí n TfífiDiÇfíO fí PfittTIfí

f>fí€S€NT€O Livro de Jó não foi escrito para serestudado. Não é um livro de doutrina.Seus autores desejavam fazer o povoda época abrir os olhos para uma novarealidade.Se parece mais com uma peça de tea-tro. Tem introdução, desenvolvimentoe conclusão. Preocupa-se em definirbem os personagens principais. Temnarrador, cenário (terra de Hus, corteceleste, lixão), até efeitos especiais(38,1; 40,6).A explicação que os amigos de Jó dãopara sua miséria é muito antiga. Vinhadesde o tempo da vida nas tribos (Livrodos Juizes). Naquela época, o povohebreu foi estruturando sua religião deacordo com as normas da convivênciacomunitária.Quando vivemos em grupo, tudo o queuma pessoa faz atinge acomunidade inteira. Na tribo, por exem-plo, ninguém cavava um poço só para uso individual. As tribosajudavam umas às outras em suas guerras. Não havia muitanoção sobre a individualidade: a pessoa só tinha sentido seestivesse encaixada dentro de um grupo.Assim, o povo foi percebendo que o bem ou o mal que umapessoa fazia, atingia a toda a comunidade, às vezes, por váriasgerações. Começaram a explicar, a partir daí, o sofrimento dosinocentes: só podiam estar sofrendo o efeito do mal feito poroutra pessoa.

Na época de Jó, a situação já era be~diferente. O povo estava fazendo u"-=nova experiência de vida: percebia q ̂cada indivíduo tem uma existência a_tônoma em relação aos outros (indí,dualidade). Ninguém pode pagar pecmal feito por outra pessoa. Diante des-sa nova situação, como fica o antic:ensinamento^O autor do livro aproveitou-se de umahistória poética para questionar se_povo. Através da história de Jó, o livrefala de uma situação que o povo desua época vivia: seu sofrimento, na lutapela sobrevivência, era enorme. Aindamais que o ensinamento recebido já náccombinava mais com o que sentia nacarne: dizia que eles mesmos eram eu-pados de seu sofrimento. O ensinamen-to ficou como roupa de criança: nác

entra no adulto de jeito nenhum! O povo tinha crescido, mas atradição permaneceu do mesmo tamanho. Mas não era casede andar nu: era preciso confeccionar vestes novas.

Trabalhando em grupo

ensinamentos recebidos de nossos pais, nós per-cebemos que não combinam com nossa realidade atual?

-̂ Como conservar a essência dos ensinamentos tradicionais.sem se prender às coisas próprias de épocas passadas?

LlVfíO JO: <?U€M € N€SSfí HISTOfílfí?

Descobrir quem são os personagensprincipais da história:#Jó; era um "homem íntegro e reto,que temia a Deus e evitava o mal" (1,1).Jó era admirado, não só pelos homensmas pelo próprio Deus {1,8). Não per-tencia ao povo hebreu. É uma figuralendária do Oriente, que aparece na cul-tura de vários povos.Jó é um sábio. Não nega os ensina-mentos tradicionais, apenas lhes ques-tiona a partir de sua própria experiên-cia de vida.A gente pode entender melhor quem éJó, conhecendo as desgraças que lheaconteceram (1,13-19;-2,7) e ouvindoo que ele tem a dizer (3; 6-7; 19).*Javé; no livro, é um personagem, re-presentado como um rei em sua corte.Mesmo quando permite o sofrimento, écom o objetivo de colocar em evidênciaa Verdade e a Vida (1,12; 2,6).Não devemos ler o livro de uma maneirafundamentalista, dando às palavras deJavé um sentido "mais sagrado" queàs dos outros personagens.

No livro, Javé fala com Jó de igual paraigual (38,1-3). Mas não responde às suasperguntas. Sabe que Jó precisava, nãode respostas, mas da experiência doDeus vrvo, que dá sentido a todos osmistérios da vida (42,1 -6).*Saíá: está aí para revelar o segredodos corações e desmascarar os hipócri-tas (1,9-10; 2,4-5.7). Mas, cai do cavalocom Jó (1,20-22; 2,3-10; 42-7).VMulher de Jó: não suporta a compa-nhia do marido doente (19,17). Mesmosem perder a saúde, desiste da vida econvida Jó a desistir também (2,9).+ Elifaz, Baldad e Sofar: amigos quevêm de longe para ver o sofrimento deJó. São solidários e sofrem em silênciocom ele (2,11-13). Mas, a solidariedadedeles tem um limite: não aceitam oquestionamento de Jó (4,1-2). Cobramcoerência dele (4,1 -6), mas eles mesmosnão conseguem ver sua própria incoerên-cia (13,2-10). São repreendidos pelo pró-prio Deus, por terem fechado os olhospara a vida (42,7).Criticavam Jó (4-5; 8; 20). Comparar seus

discursos com os de Jó, para termosuma ideia da diferença das posições*£//ú; aparece de repente para dar urnovo rumo ao debate. É um jovem queassiste às interrogações dos mais velhosque acaba servindo de ponte entre :passado e o presente (32,6-10), ou sejaentre o ensinamento tradicional e a no-vidade dos fatos. É como o catequistade hoje, que procura iluminar os fatos apartir da fé. No capítulo 33, temos umaideia da posição que ele defende.

Trabalhando em grupo•^Conhecer, através dos textos indi-

cados, quem são os personagensenvolvidos.

^Escolher, em grupo, dois ou três tre-chos que dêem uma boa ideia doassunto do livro. Preparar duas oumais pessoas para declamar os tex-tos, respeitando a forma poética de-les e preparando bem o ambiente(luz, cenário, gestos).

-̂ Discutir: com qual dos personagensa gente se identifica mais?

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5 - Página - BIO

fí €Xt*€fíi€NCIfí DO t>€US VIVO

Nós nos identificamos um pouquinho com cada personagem.Ora parece que Jó tem razão, ora parece que seus amigosé que estão certos. Que opção fazer?- pela tradição, que pelo menos é testemunho de um en-contro verdadeiro com Deus no passado?- ou pela realidade presente, que nos questiona e envia aprocurar novos caminhos?Em meio a essa polémica, Javé vai se revelando aos pou-cos. Primeiro, acompanha a vida de Jó, sem perder um de-talhe (1,8; 2,3). Depois, assiste à ação de Satã, sem deixaro controle da situação (1,12; 2,6).Não é o primeiro a falar no debate, mas o último. Primeiro,dá a palavra a Jó, que está experimentando de maneira maisradical as contradições da vida. Quando os três amigos de-sistem de impor suas posições, é a vez de Eliú, o jovem queassiste calado ao debate dos mais velhos.Ele repete algumas coisas que Jó tinha dito, assim como algu-mas afirmações dos três amigos. Mas, a novidade de Eliú nãoestá nas coisas que diz. Está em redescobrir a tradição antiga,sem jogá-la fora, mas começando a misturá-la com o novo.Eliú fala a partir de uma nova sabedoria, não aquela apren-dida da tradição religiosa, mas a que vem de dentro docoração (32,18-20). Não fala para se mostrar ou para agra-dar ninguém, mas porque é impelido pela justiça (32,21 -22;33,3). Eliú percebe que a razão não está, nem com os de-fensores da tradição, presos ao passado (32,9-13), nem como defensor, só do presente (33,8-14). Por isso, tem liberda-de para questionar os dois lados.Javé começa a dar seu ponto de vista a partir das palavrasde um jovem. Prepara sua chegada através de Eliú. Por fim,Javé acaba tomando a palavra, e falando com Jó por meioda tempestade {38,1; 40,6). As próprias criaturas dão teste-munho do Mistério de Deus (38-41).A experiência do Deus vivo não é brincadeira. Primeiro, Jó sesente perdido. Cheio de medo e perplexo, parece querer pular

fora, dando por encerrado seus questionamentos (40,3-5).Mas, quando Javé se revela, não tem mais volta. No fim, Jóse rende plenamente ao Mistério infinito de Deus, e declara:"Eu te conhecia só de ouvir. Agora, porém, os meus olhoste vêem". (42,5)Javé não responde às perguntas feitas ao longo do debate.Ao contrário, acrescenta várias outras perguntas (38,3;40,7)Javé não responde a partir da tradição, mas da reali-dade presente. Convida Jó a olhar para si mesmo (38,4s) epara o restante da Criação (40,15; 41,1).Contudo, a última palavra ainda é de Jó. As perguntas deJavé nem precisam ser respondidas, falam por si. Mas Javéainda quer ouvir o que Jó tem a dizer, Só após, dá o debatepor encerrado (42,7a).No fim de tudo, apenas Jó faz a experiência direta do Deusvivo, ao contrário dos amigos, que continuam fazendo umaexperiência indireta. Javé coloca Jó na posição de intercessor,ou seja, de ponte entre ele Javé, e os três amigos (42,8).

Trabalhando em grupo:

^Qual a diferença entre a atitude de Jó e a de seus amigos?Como Jó se posiciona frente à vida?

•^Como se abrir à experiência do Deus vivo, a partir dosdesafios do dia-a-dia?

HiSTÓfílfí r>€ JÓ fÍCONT€C€NI>O HOJ€Diariamente, nos vemos frente a frente com:

- desempregados;- excluídos da sociedade;

- gente sem voz e sem direito a opinião;- doentes e sofredores;

- crianças e idosos abandonados;- famílias inteiras morando nas ruas...

A pergunta que nos fazem é a mesma de Jó: porquê? O que fizeram de tão grave para merecer taissofrimentos? Percebemos que 3/4 da humanidadeestá vivendo excluída da economia, da política, daalfabetização, até mesmo da religião. Milhares depessoas vão buscar, nos balcões de cura e mila-gres, um alívio para tão grande sofrimento.

Mas, essas pessoas, apesar de estarem excluídas da economia, não estão excluídasdo Projeto de Deus. Ao contrário, representam o centro desse Projeto, que, paraacontecer, é preciso primeiro ser conhecido. É necessário que, em primeiro lugar,0 povo mais sofrido faça a sua experiência de Deus.1 _ anto ao 1 /4 da humanidade que ainda consegue um lugar na vida económica docaneta,e que tem condições mínimas de uma vida digna, o que fazer diante doexcluído?Vottando à história de Jó. Dercebemos aue ele fez sua exoeriéncia do Deus vivo a oartir

de seu próprio sofrimento. Teve a mes-ma sabedoria do povo que observa avida sem descanso, de olhos sempreabertos para o novo. No fim, Deus oconstitui intercessor entre si e os demais.Se não temos a mesma sabedoria dopovo sofredor, é preciso então nos co-locarmos, humildemente, diante do povopobre, e "emprestarmos" seus "óculosda sabedoria", para que possamos vera face de Deus (42,5).

Trabalhando em grupo

<-Medítar sobre a própria vida e des-cobrir algum sofrimento, notórioou profundo, que nos impede desentir a alegria dos filhos de Deus.

•^Assumir o sofrimento dos irmãosmais próximos da comunidade,como caminho para uma experiên-cia do Deus vivo.

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BIO - Página - 6

0 (SEMANA CATEQUÉTICA 1996PARTICIPAÇÃO RECORDE

Com participação em torno de 2500 catequistas e agentesde pastoral, a Semana Catequética 1996 chega ao fim dei-xando alegria e saudade. Durante todo o mês de julho, aDiocese de Osasco participou, apoiou e aproveitou parafestejar com alegria sua vocação de evangelizadora.

Seis Semanas em uma - ou umaSemana em seis?

A Semana Catequética, desta vez, foi mais"missionária": saiu pelas Regiões Pastorais,caminhando na direçáo dos catequistas,que puderam participar das palestras eapresentações com mais facilidade. Aspróprias Regiões prepararam suas equi-pes de animação e acolhida. Não faltoutambém o cafezinho...Cada noite foi aberta com encena-ções, danças e cantos, sempre apartir do tema de cada assessor.Para realizar cada apresentação,foi necessário estu-do prévio, pes-quisa e muitadedicação nosensaios, quetornaram asdanças e ence-nações mo-mentos real-mente signifi-cativos, ricosem conteúdoe criatividade.

FenómenoReligioso: o

tema.

Para tratar do tema geral, "o Fe-nómeno Religioso", contamos com acolaboração de diversos assessores espe-cializados.Primeiro tema: "A religião na Bíblia", ficou a cargodo biblisía Pedro Vasconcellos Lima, que esteve nasseis Regiões Pastorais. De acordo com suas colocações,percebemos que a essência da religião está na prática da jus-tiça (cf. Tg 1,27), e que o culto do Deus vivo e verdadeiro sóé aquele que traz vida ao povo (1Rs 17-18).Por outro lado, segundo o biblista, é fundamental não despre-zarmos as manifestações religiosas diferentes das nossas: o povoda Bíblia aprendeu com seus vizinhos a ver na natureza o retratode Deus(cf. Gn 18,1; Ex3,1-2; 1Rs 19,1-13). Porfim, lembrou-nos que ser cristão consiste em seguir a Jesus, realizando ajustiça do Reino, e que a-Verdade não é propriedade de gruporeligioso algum (cf. Mc 9,38-40).Segundo tema contou com três assessores: Sandra FerreiraRibeiro (Vargem Grande e Itapevi), Pé. João Trinta em (SantoAntónio e Remédios) e Pé. José Bizon (Carapicuiba). Cadaum em seu estilo, os três falaram a respeito do FenómenoReligioso atual, cujos sintomas são o pluralismo religioso.

a indiferença, e o fundamentalismo.Terceiro tema ficou a cargo de D. Francisco, que na:perdeu um momento da Semana Catequética nas seis Re-giões. Em suas colocações, nos ajudou a compreencemelhor nossa identidade cristã, que se manifesta em nc ~-sã adesão e participação na Assembleia dos discípulos cfJesus (Igreja). Como católicos, é importante que, corr èforça do Espírito, possamos ser sempre fiéis ao desejo c:

Pai, manifestado no Filho Jesus (cf.Jo 17,1-3

Encontro de Liturgia e Catequese

Mas os catequistas não ficaram sem o seu ; ide encontro diocesano. Foi o 1° Encontre

Diocesano de Liturgia e CatequeseColégio N. S. da Misericórdia. Nos d-as

13 e 14 de julho, com a assessc- •-da Ir. Lourdes Pess -

cerca de 300 cs-tequistas ca--taram, dança-ram e rezara-Muita mus.cae expres

corporapara STusada ~=

catequeseem todas =;

í idades.Todas as =rgiõesPastc-i:

estavam rep-e-sentadas. No c:-

mingo à tarde, os cateq_ rtas, com faixas, canções e rm>

ta animação, dirigiram-se em car>nhada à Catedral. Ali, o encontre *:encerrado com a Celebração EL :.=•cística, presidida por D.Fran:quando foi comemorado o Dia o:Catequista.

Agora, é regar a semente

É importante que os grupos de catec_:itas apresentem uma avaliação do evento, para c_-r

em 1997, a alegria e a participação sejam redobramAs avaliações podem ser encaminhadas para a coorae-rcão da catequese em cada Região Pastoral, ou para ctro Catequético Diocesano. Fazer a avaliação é regar a ̂mente que a formação plantou!

Día do Catequista - 25 de agosto

Queridos (as) Catequistas!Parabéns, pela passagem de seu dia. Mais, es-pecialmente queremos abraçá-los (Ias) peleserviço catequético evangelizador que realizar-na comunidade, para o bem do Reino.Que Deus os guarde sempre em seu coracã:

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7 - Página - BIO

•fENCONTRO PE CASAIS COM CRISTO]DIOCESE DE OSASCO

Atividades programadas para o 2° Semestre de 1996

EncontrosETAPA

1*

2?32

Diocesano

TOTAL

JUL

1

1

2

AGO

5

1

6

SET

10

1

11

OUT

9

3

12

NOV

1

1

DEZ

1

1

TOTAL

25

6

1

1

33

Formaçõespara Coordenadores de Equipe

>05 para futuros Dirigentes>05 para Palestristas>05 para Coordenadores de Círculos

Pós-Encontro

Deverão ser realizadas 520 Reuniõesde Pós-Encontro

EventosSerão realizados 33 eventos paraarrecadação de verba para custear osEncontros.

Número de CasaisEnvolvidos

> 2.150 casais deverão trabalhar nos Encontros>1.100 casais participarão como Encontristas>810 casais partiparão das formações> Total de 4.060 casais serão envolvidos diretamente.VMais de 10.000 casais serão envolvidos indiretamente.

São casais líderes, quemeditam o Evangelho, que olevam às suas famílias, que o

multiplicam no seu meio e queo convertem em obras para a

transformação do mundo.

7° CONGRESSO NACIONALDE PASTORAL FAMILIAR

VAMOS A BELÉMPreparando o 3° Milénio: a incultu-raçáo do evangelho na realidade

familiar pós-moderna.

De 06 a 08 de setembro de 1996

C R B - OsascoTodos os religiosos (as) estão convi-dados para mais um Encontro de es-tudo e confraternização, no dia 28 deagosto às 14:30 h.O assessor Pé. Victor Hugo tratará dotema "Psicologia da Vida Religiosa"O Encontro acontecerá no MosteiroSanta Gema à Av. Dr. Altair Martins, 169- Via Raposo Tavares, Km 20,5.

PRIORIDADE SAÚDEContinuamos nossas reflexões sobrea Cartilha dos Direitos do Paciente.Art. 42: "O paciente tem direito aidentificar o profissional, por crachápreenchido com o nome completo,função e cargo'.Num mundo burocrático e anónimoprecisamos educar-nos ao respeitorecíproco, ao relacionamento pessoal.A necessidade de mostrar a função eo cargo deriva do direito de saberquem nos atende, e qual é seu nívelprofissional. Infelizmente acontece que

atendentes exercem funções quecompetem a profissionais de outronível.Art. 59: "O paciente tem direito a con-sultas marcadas, antecipadamente, deforma que o tempo de espera não ul-trapasse a 30 minutos",Salvo os casos imprevistos, deve dar-se ao paciente o direito de marcar an-tecipadamente o horário de atendimen-to. Uma margem de trinta minutos ébem aceitável. Mas como justificar es-pera de murtas horas? Como exinir

do paciente estar no local bem cedo,quando o atendimento não tem pre-visão de tempo?Art. 69: "O paciente tem direito deexigir que todo o material utilizadoseja rigorosamente esterilizado, oudescartável e manipulado segundonormas de higiene e prevenção".É frequente que o ambiente de saúdeseja foco de infecções. Por isso énecessário todo cuidado em relaçãoao material usado diretamente nonarionta

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(ASSOCIAÇÃO PE PRESBÍTEROS]^De 15 a 19 de julho, aconteceu emNova Iguaçu, RJ, um encontro quereuniu 80 padres de todo o Brasil.Eles pertencem à Associação Nacio-nal de Presbíteros do Brasil (ANPB),uma entidade criada há quatro anospara promover, assistir, ajudar e de-fender os padres. Foi a 2a AssembleiaNacional Eletiva, da entidade.

Com o lema 'Juntos como irmãos",a assembleia teve três momentos im-portantes.

O primeiro foi dedicado à reflexãosobre a conjuntura nacional e eclesiale sobre os objetivos de uma associa-ção de padres. O deputado padreRoque Zimmermann, discorreu so-bre a conjuntura política. Padre Fer-nando Altemeyer, do vicariato das co-

municações de São Paulo refletiusobre o Padre e os Movimentos Po-pulares. Padre Edson Damian apre-sentou uma síntese do "Projeto rumoao novo milénio" da Igreja no Brasil.E o padre José António de Almeidaapontou alguns objetivos que devemmotivar a caminhada de uma associ-ação de padres.

O segundo momento da assembleia,foi dedicado a modificação de algunsartigos do estatuto para que a ANPBseja registrada no Conselho Nacio-nal de Assistência Social.Finalmente os padres escolheram anova diretoria para o próximo biénio.Foi um momento muito tenso masque chegou a bom termo. A novadiretoria ficou assim composta:

OSASCO TERÁ NOVO SACERDOTE

A Diocese se alegra com aORDENAÇÃO SACERDOTAL de

Luiz António Sochiarelli

dia 25 de agosto de 1996 às!6:00hColégio Madre IvaRua Zeus, 144 - Jd AdelinaEstrada Velha de Itapevi

Parabéns Luiz António!Que seu sacerdócio seja um

serviço fiel e alegre à construçãodo Reino e disponibilidade

aos irmãos.

PresidentePadre Manoel Henrique de Me :Santana (Maceió, AL)

Vice-presidentePadre Eduardo Rodrigues Coe~;(São Paulo, SP)

Primeiro secretárioPadre Agostinho Pretto (Nci»Iguaçu, RJ)

Segundo secretárioPadre António Aparecido Pe-e • =(Sáo Paulo, SP)

Primeiro tesoureiroPadre José Severino da Silva F -;(Campina Grande, PB)

Segundo tesoureiroPadre José Pimenta da Silva (Lag: =da Prata, MG)

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O Papa pedeaos jovens:

"Sede generosos emdar a vida ao Senhor.

Não tenhais medo.Cultivai sentimentos

de solidariedade.Deus espera

muito de vós."

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®l° ÂcftLGNDfimo pnsTonnL - Í=ÊGOSTO - 199* \1 - Q - PP. Região Pastoral de Carapicuíba - 14:30h

02- S - Conselho da Região Pastoral Carapicuíba - 20h03- S - Reinicio do Curso de Teol. Past. de Osasco

- Escola Catequética - ECO - São Roque - 14h04- D - 1 89 DOMINGO - TEMPO COMUM - Dia do Padre

- P Vocacional Reg. Pastoral S. Roque - 14 às 17h05- S - Passeio e Confraternização dos Padres06- T - FESTA DA TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR

- Conselho da Região Pastoral Sto António - 20h08- Q - PR Região Pastoral Sto António - 9h

- PP Região Pastoral Barueri09- S - MISSA DA FAMÍLIA - Catedral - 20h

- Reunião Conselho Deliberativo da Caritas - 9h10- S - Equipe Dioc. de CEBs - Catedral - 14:30h11-0-19° DOMINGO -TEMPO COMUM

- DIA DOS PAIS14- Q - PP Região Pastoral Cotia - 9h

- PR Região Pastoral Bonfim- PP Região Pastoral Sáo Roque

15- Q - ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

- Cons. Past. Setores S. Família e Imaculada - 20h16- S - FESTA DE SÃO ROQUE

-Prioridade Moradia - Igreja N.Sra. Aparecida -Carapicuíba - 20h

17- S -Equipe Diocesana Prioridade: "Saúde"- Escola Catequétia - ECO - Osasco - 9 às 16h

18- D - FESTA LITURGICA DA ASSUNÇÃO DE N. S RA- Retiro para Ministros da Celebração da Palavs

Reg. Past. Cotia e S. Roque - Cotia - 9 às 16h20- T - Conselho de Presbíteros - Sem. S. José - 9h

- Conselho do Setor N. Sra. das Graças - 20h23- S - Comissão Dioc. de Administração - CEO - 8:30^25- D - 213 DOMINGO - TEMPO COMUM

-DIA DO CATEQUISTA- COLETA EM FAVOR DO SEMINÁRIO DIOCESANC- Conselho da Região Pastoral Barueri

28- Q - Núcleo CRB - 14 às 17h30- S - Conselho da Região Pastoral Cotia - 20h

- Conselho da Região Pastoral S. Roque - lgre.=S. Benedito - 20h