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70 NTEHA11CP © Porto Editora 6.3 Guião de uma visita de estudo a uma unidade do Património Arqueológico-Industrial O Museu do Papel Terras de Santa Maria (exemplo) A Objetivos B Recursos Integrado nas unidades 1 e 4, do Módulo 6, inserimos nesta estratégia um conjunto de recursos que visam aprofundar o estudo da “difícil e tardia industrialização em Portugal”. Pretende-se: realçar a importância da arqueologia industrial no estudo dos vestígios do crescimento económico (oficinas, moi- nhos, lagares, fábricas, maquinismos, bairros operários, sindicatos…) e na preservação do património industrial; tornar os alunos sujeitos ativos da pesquisa/ inventariação e divulgação do património industrial; permitir um melhor conhecimento das sociedades humanas, facilitada pela multiplicidade de abordagens (técni- cas, económicas, sociológicas, demográficas, artísticas, políticas) que o património industrial permite; fomentar a inserção da escola no meio e na comunidade; contribuir para a salvaguarda do património e, pela divulgação da história local e regional, colaborar na preserva- ção da sua identidade cultural. 1 Fichas de registo de observação/informação/descrição do património industrial (alguns exemplos) Ficha 1 Inventariação de unidades produtivas 1. Tipologia Salina Manufatura Moinho Fábrica Lagar Mina Forno Outra Oficina 2. Localização Distrito Concelho Freguesia Localidade Morada 3. Denominação da unidade produtiva 4. Data da fundação / / Século Imagem (iconográfica, fotografia)

6.3 Guião de uma visita de estudo a uma unidade do ... · Integrado nas unidades 1 e 4, do Módulo 6, inserimos nesta estratégia um conjunto de recursos que visam aprofundar o estudo

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6.3 Guião de uma visita de estudo a uma unidade do Património Arqueológico-Industrial O Museu do Papel Terras de Santa Maria (exemplo)

A – Objetivos

B – Recursos

Integrado nas unidades 1 e 4, do Módulo 6, inserimos nesta estratégia um conjunto de recursos que visam aprofundar o estudo da “difícil e tardia industrialização em Portugal”.

Pretende-se:

realçar a importância da arqueologia industrial no estudo dos vestígios do crescimento económico (oficinas, moi-nhos, lagares, fábricas, maquinismos, bairros operários, sindicatos…) e na preservação do património industrial;

tornar os alunos sujeitos ativos da pesquisa/ inventariação e divulgação do património industrial;

permitir um melhor conhecimento das sociedades humanas, facilitada pela multiplicidade de abordagens (técni-cas, económicas, sociológicas, demográficas, artísticas, políticas) que o património industrial permite;

fomentar a inserção da escola no meio e na comunidade;

contribuir para a salvaguarda do património e, pela divulgação da história local e regional, colaborar na preserva-ção da sua identidade cultural.

1 Fichas de registo de observação/informação/descrição do património industrial (alguns exemplos)

Ficha 1Inventariação de unidades produtivas

1. Tipologia

Salina Manufatura

Moinho Fábrica

Lagar Mina

Forno Outra

Oficina

2. Localização

Distrito

Concelho

Freguesia

Localidade

Morada

3. Denominação da unidade produtiva

4. Data da fundação / / Século

Imagem(iconográfica, fotografia)

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FICHA 2Descrição de uma unidade produtiva

1. Tipologia

Salina Manufatura

Moinho Fábrica

Lagar Mina

Forno Outra

Oficina

2. Localização

Distrito

Concelho

Freguesia

Localidade

Morada

3. Denominação

4. Ramo industrial

5. Tipo de empresa

6 Proprietário(s)

7. Edíficio/Arquiteto/

8. Energia utilizada

Eólica Hidráulica Vapor

Elétrica Outra

9. Equipamentos técnicos/ Invenções/ Inovações

10. Matérias-primas

11. Produtos

12. Controlo de qualidade

13. Mercados

Guião de uma visita de estudo a uma Unidade do Património Arqueológico-Industrial

5. Fundadores

6. Atual proprietário

7. Função original

8. Em atividade na função original

9. Em atividade noutra função Função

10. Desativada Ano

11. Estado de conservação:

Bom Satisfatório Mau Ruínas

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14. Transportes

15. Crises económicas

16. Impacto ambiental

17. Número total de trabalhadores

Especializados Mulheres Crianças

Homens Aprendizes

18. Bairros operários

19. Creche/cantina/escola

20. Coletividades culturais recreativas

21. Sindicalismo

22. Problemas laborais

23. Período a que se reportam os dados

24. Anexos (livros catálogos, artigos de jornais, revistas, gravuras, publicidade, embalagens, diplomas, prémios, medalhas …)

1) A Estação da Mala-Posta de Carquejo (Estrada Nacional 1, Casal Comba, Mealhada)

2) A Tinturaria da “Real Fábrica de Panos da Covilhã” (Museu de Lanifícios – Universidade da Beira Interior, Covilhã)

3) O Edifício da Fábrica Nacional de Cordoaria (Rua da Junqueira, Santa Maria de Belém, Lisboa)

4) Bairro Grandela (Estrada de Benfica, Lisboa)

5) Fábrica de Fiação de Fafe (Rua José Cardoso Vieira de Castro, Fafe)

6) Fábrica-Escola Irmãos Stephens (Praça Guilherme Stephens, Marinha Grande)

7) Pontes de D. Maria Pia e D. Luís sobre o rio Douro (Vila Nova de Gaia – Porto)

8) Mercado Ferreira Borges (Praça do Infante D. Henrique, Porto)

9) Central Tejo (Avenida de Brasília, Lisboa)

10) Fábrica de Cerâmica “Viúva Lamego” (Largo do Intendente, 24-26, Lisboa)

11) Estação dos caminho de ferro de S. Bento (Praça Almeida Garrett, Porto)

12) Vila Berta (Rua da Vila Berta à Graça, Lisboa)

13) Salinas da Fonte da Bica (Rio Maior, Santarém)

2 Património técnico-industrial classificado em Portugal: alguns exemplos

Estação da Mala-Posta de Carquejo Máquina de afinar abas e copas, Museu da Chapelaria, S. João da Madeira

Conjunto de fornalhas e poços cilíndricos da antiga tinturaria da Real Fábrica de Panos da Covilhã

Caldeiras de Alta Pressão da Central Tejo – Museu da Eletricidade, Lisboa

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Vila Berta, Graça, LisboaGaleria das Minas de S. Domingos, Mértola

14) Complexo Mineiro de Tresminas (Tresminas, Vila Pouca de Aguiar)

15) Real fábrica de vidros de Coina (Coina, Barreiro)

16) Moinhos da “Quinta da Palmeira” e do Zemoto (Paio Pires, Seixal)

17) Minas de S. Domingos (Mértola)

18) Fábrica da Chapelaria (S. João da Madeira)

19) Fabrica do Papel (Santa Maria da Feira)

Em http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/

C – Estudo de caso

Aspeto exterior do Museu

Ficha 1Inventariação de unidades produtivas

Fábrica Custódio Pais Museu do Papel Terras de Santa Maria

1. Tipologia

Salina Manufatura

Moinho Fábrica x

Lagar Mina

Forno Outra

Oficina

2. Localização

Distrito: Aveiro

Concelho: Santa Maria da Feira

Freguesia: Paços de Brandão

Localidade: Paços de Brandão

Morada: Rua de Riomaior, 338/4535 – 301 Paços de Brandão

3. Denominação da unidade produtiva:

Século XIX: Engenho da Lourença

Século XX: Fábrica Custódio Pais

Desde 2001: Museu do Papel Terras de Santa Maria

4. Data da fundação: 26 de Outubro de 1822 Século: XIX

5. Fundadores: Lourença Pinto e Joaquim Carvalho (trata-se da primeira sociedade papeleira que teve uma mulher como sócia fundadora)

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Descrição da unidade produtiva

1. Tipologia

Salina Manufatura

Moinho Fábrica x

Lagar Mina

Forno Outra

Oficina

2. Localização

Distrito: Aveiro

Concelho: Santa Maria da Feira

Freguesia: Paços de Brandão

Localidade: Paços de Brandão

Morada: Rua de Riomaior, 338 / 4535 – 301 Paços de Brandão

3. Denominação da unidade produtiva:

Século XIX: Engenho da Lourença

Século XX: Fábrica Custódio Pais

Desde 2001: Museu do Papel Terras de Santa Maria (integra no seu espaço duas antigas fábricas de papel, que remontam ao século XIX: a antiga Fábrica de Papel de Custódio Pais e antiga Fábrica de Papel dos Azevedos).

4. Ramo industrial: Indústria do Papel

5. Tipo de empresa: Familiar

6. Proprietários

Fundada em 1822 por Lourença Pinto e Joaquim de Carvalho, manteve-se, ao longo do século XIX, na posse dos descendentes dos fundadores. Em 1916, foi comprada pela família Ferreira Pais, tendo sido vendida, em 1992, por Custódio Ferreira Pais à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, seu atual proprietário.

6. Atual proprietário: Câmara Municipal de Santa Maria da Feira

7. Função original: Produção de papel

8. Em atividade na função original x

9. Em atividade noutra função x Função: Museu monográfico

10. Desativada x Ano: em finais da década de 1980

Reativada Ano: em 2001, com a abertura do museu

11. Estado de conservação:

Bom x Satisfatório Mau Ruínas

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aGuião de uma visita de estudo a uma Unidade do Património Arqueológico-Industrial

7. Edíficio/Arquiteto/Construtores

Partindo de um primitivo moinho (engenho) papeleiro, esta unidade fabril foi, ao longo do tempo, integrando diferentes edifícios com especificidades próprias do processo de fabrico, construídos em resposta a inovações técnicas e a uma dimensão crescente.

8. Energia utilizada

Século XIX: manual e hidráulica

Século XX: hidráulica e elétrica

9. Equipamentos técnicos/Invenções/Inovações

No século XIX, a produção de papel era manual com recurso a utensílios de madeira e ferro, a um cilindro refinador (que transfor-mava o trapo em pasta para fazer papel), prensas de madeira e ferro e roda e circuito hidráulicos. Cerca de 1920, foi instalada uma máquina de “forma redonda” de produção de papel em contínuo, movida a energia elétrica.

10. Matérias-primas: Trapo (tecidos usados de algodão e linho), papel velho e água

11. Produtos: Papel de embrulho e sacos (cartuxos) de papel

12. Controlo de qualidade: O papel era escolhido na fase final do processo produtivo, na fase prévia à embalagem.

13. Mercados: Local, Porto e Lisboa

14. Transportes:

Século XIX: Carros de bois e comboio

Século XX: Comboio e camionetas

15. Crises Económicas:

Século XIX (década de 90): Crise provocada pela concorrência das fábricas do centro e sul do país, com papéis de melhor qualidade.

Século XX (finais da década de 50): A produção deste tipo de papel não obedecia às exigências de higienização, nomeada-mente para embalagem de produtos alimentares. A quebra na procura deste tipo de papel foi, simultaneamente, agudizada pela concorrência da indústria do plástico e utilização generalizada do saco de plástico.

16. Impacto ambiental: Descargas para o rio

17. Número total de trabalhadores

Final do século XIX: 11 Século XX: 14

• Especializados: 2 • Especializados: 2

• Homens: 1 • Homens: 1

• Mulheres: 6 • Mulheres: 8

• Aprendizes: 2 • Aprendizes: 3

18. Bairros operários: Não

19. Creche / cantina / escola: Não

20. Coletividades culturais recreativas: Não

21. Sindicalismo: Não há registo de notícia.

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22. Problemas laborais: Não há registo de notícia

23. Período a que se reportam os dados: De meados do século XIX a meados do século XX

24. Anexos

ANEXOS

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Engenho da Lourença (produção manual de papel)

Roda Hidráulica (força motriz)

Casa do Espande (secagem de papel)

Máquina de “forma redonda”

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