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Bragança Paulista Sexta 17 Agosto 2012 Nº 653 - ano XI [email protected] 11 4032-3919 jornal do meio

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Edição 17.08.2012

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B r a g a n ç a P a u l i s t a

Sexta17 Agosto 2012

Nº 653 - ano [email protected]

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É importante ter sempre presente que a democracia se faz com as possibilidades

que a sociedade tem. Olhando os candidatos à vereança, vemos que, no lançamento das candidaturas, já se começa a lidar com um naipe amplo de objetivos. Das mais de três centenas de candidatos surgirão os que irão às câmaras municipais. Quem são eles? Boa parte se apresenta, ninguém ignora isso, como “boi de piranha”. Os “chefes de partido” (ainda temos indicações do tipo “o partido ABC do Fulano”) já sabem quem que-rem eleger. Buscam um número significativo de candidatos para que o quociente eleitoral seja favorável. Muitos candidatos são induzidos a se apresentar por oferta de favores, empregos, vaidade... Os eleitos serão uma parte representativa do todo que forma o conjunto dos votantes. Não representarão a unanimida-de. Terão que ter em mente esta realidade. Seu mandato é dado por uma parte dos eleitores. O exercício do mandato deverá ser para todos. Para o conjunto social todos os eleitos deverão ser vistos como autoridades constituídas.

Deverão ter o respeito de todos os cidadãos. Eleitos e eleitores terão que vivenciar a existên-cia do pluralismo de pontos de vista e de metas. Buscando o consenso possível para o bem da comunidade. Colaborar para que a realidade local seja melhorada. Criticar o que não corresponder aos anseios. Apontar caminhos para melhores soluções. As crí-ticas devem apontar deficiências na execução de metas, desacordo sobre o que é ou não prioritário, maneiras de relacionamentos, necessidade de maior clareza nos atos administrativos, etc. A esperança é que os eleitos visem o bem de todos. Não se deixem levar pelo risco do clientelismo, dos favorecimentos e das vantagens pessoais e de grupos. Façam dos seus mandatos uma questão de honra. Para si, para suas famílias. E honradamente cumpram à risca o que os mandatos exigem. Todos sabemos que há muita coisa a ser feita pela nossa cidade. Penso que um dos trabalhos mais urgentes é o de incentivar a existência e o funcionamento estável de um fórum de debates com os diferentes leques de pensamento político

e social. Há muita gente boa em nossa cidade. Gente capacitada. Gente que pode contribuir na reflexão dos caminhos a serem tomados. A questão é vencer o “não é do meu lado, não serve!” Se o norte dos que entram para a política partidária for a cidade é possível sempre dialogar. O diálogo não encontra espaço quando entram outros interesses. E quando estes preponderam quem sofre é a cidade! E todos perdem. Mesmo os que julgam ter vencido. Penso que um dos desafios na atual situação de enorme descrédito da política partidária é fazer um trabalho de convencimento da população a estar mais presente junto aos que recebem mandato por eleição. Essa iniciativa deve nascer de compromisso suprapar-tidário. Compromisso que tenha como núcleo central a afirmação de que a cidade é construída por todos. Na diversidade de pontos de vista e de prioridades. E que os eleitos são representantes legais das múltiplas prioridades. Que se vença a visão tacanha do “nóis tá por cima, nóis faiz o que qué!” Aliás, em eleição não deveria haver vencidos e vencedores. Há

propostas que mereceram maior apoio que outras que também tinham qualidade. Há pessoas que serão escolhidas porque souberam defender melhor seus pontos de vista acolhendo os anseios dos que votarão. Não é assim que deve ser? Podemos fazer que assim seja! Que os eleitos saibam que além de prestar contas ao Povo prestarão contas a Deus! Que os que não forem elei-tos continuem a lutar pelos ideais que creem melhores para a nossa cidade. Sua presença continuada questionando, propondo, denun-ciando será contribuição efetiva para uma cidade que não tenha vergonha de mostrar o seu rosto! Para finalizar tomo uma lição do Evangelho de João (6,1-26): após o milagre da multiplicação dos pães e peixes o povo queria acla-mar Jesus como rei. Ele se retira. Quando resolve ir ao encontro dos apóstolos, que estavam em outro lugar o povo, que já tinha percebido a movimentação deles, o aguarda. E Jesus diz “Vocês vem me procurar porque comerão pão em abundancia!” As pessoas querem o “salvador da pátria”, o que vai resolver seus problemas. Não estão interessadas na sua

palavra e na orientação do que fazer, como agir. Penso que na lide política acontece coisa seme-lhante. A cada eleição busca-se um salvador. Alguém que tenha a chave de solução dos problemas sem que isso envolva o conjunto da sociedade. É bom a gente lembrar que o jeito de Deus agir na história passa pela nossa colabo-ração. Por pequena e pobre que seja (do mesmo jeito da disponibilidade dos cinco pães e dois peixes para os cinco mil homens!). Não devemos buscar possíveis heróis que tem todas as soluções e a magia de resolvê-las. Devemos buscar pessoas retas, que tenham clareza em relação ao que se candidatam. E aos eleitores a tarefa de auxiliá-los.

Mons. Giovanni Barrese

Jornal do MeioRua Santa Clara, 730Centro - Bragança Pta.Tel/Fax: (11) 4032-3919

E-mail: [email protected]

Diretor Responsável:Carlos Henrique Picarelli

Jornalista Responsável:Carlos Henrique Picarelli(MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da

direção deste orgão.

As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS

Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente.

Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

ExpEdiEntE

para pensar

Não há salvadores da pátria

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por Gustavo antônio de Moraes MontaGnana/GaBriela de Moraes MontaGnana

Cuidar x governarA disputa começou. Candidatos, regularmente regis-trados, ao cargo de prefeito lutam para conquista-lo, para serem eleitos.

Uma vez eleito, o então prefeito, passará a governar a cidade. Governará sob a ótica do regime democrático, por certo, já que consagrado pela Constituição Federal, como o regime de governo da República Federativa do Brasil.O discurso que efervesceu o conceito de democracia é encon-trado nas palavras do presidente Abraan Lincoln: governo do povo, para o povo e pelo povo.Sob este aspecto, o prefeito representará os membros da cidade e passará a tomar medidas administrativas que te-nham por fim atender ao interesse público.Pode-se dizer, assim, que terá muito trabalho, já que o inte-resse público corresponde ao interesse de todos e nem todos possuem os mesmos interesses, já que nem todos vivem sob as mesmas condições. Em uma sociedade plural, plural também são os interesses.Em fase de campanha, de luta pela conquista ora aludida, promessas são proferidas, planos de governo são divulgados para mostrar a todos, que todos terão os seus interesses aten-didos caso elejam o candidato que as divulgam. Promete-se “cuidar” das ruas, “cuidar” da saúde, “cuidar” da educacão”, “cuidar” do saneamento básico, dentre tantas outras.É sabido, contudo, que tais promessas muitas vezes deixam de ser cumpridas pelo candidato eleito. O descompromisso se traduz em verdadeiro desrespeito à confiança depositada por cada um dos eleitores no candidato.Muito se critica atitudes como estas, comuns no cotidiano da política, sem que seja possível compreendê-las.Talvez exista uma explicação, partindo-se do signficado da

palavra “governo”.Governo, segundo o dicionário Aurélio, significa ato ou efeito de governar, admnistração, direção, domínio, controle.Pois bem, eleito o representante do povo passa a “governar” o município, ou a domina-lo, a controla-lo?Deixa-se de lado as promessas, as promessas de “cuidado”. Não se cuida, governa.Cuidado, no dicionário Aurélio, significa desvelo, responsa-bilidade, atenção, cautela.Interessante se faz perceber que mitos antigos e pensadores contemporâneos dos mais profundos, nos ensinam que a essência humana não se encontra tanto na inteligência, na liberdade ou na criatividade, mas basicamente no cuidado.A falta de cuidado afeta a possibilidade de que o ser humano consiga conviver hormanicamente, habitando o mesmo local, o planeta terra.Enfrentamos uma crise civilizacional generalizada, que compromete os recursos da Terra e o futuro das gerações vindouras, como é sabido. Conforme aponta Leonardo Boff (in “Saber Cuidar”) “há um descuido e um abandono crescente da sociabilidade nas cidades. A maioria dos habitantes sentem-se desenraizados culturalmente e alienados socialmente. Predomina a Socie-dade do espetácuto, do simulacro e do entretenimento.” E mais, “há um descuido e um descaso pela coisa pública. Organizam-se políticas pobres para os pobres; os inves-timentos sociais em seguridade alimentar, em saúde, em educação e em moradia são, em geral, insuficientes. Há um descuido vergonhoso pelo nível moral da vida pública marcada pela corrupção e pelo jogo explícito de poder de grupos, chafurdados no patanal de interesses corporativos.”

Precisamos, conforme proclama Leonardo Boff “de um no-vo paradigma de convivência que funde uma relação mais benfazeja para com a Terra e inaugure um novo pacto social entre os povos no sentido de respeito e de preservação de tudo o que existe e vive.” “Para isso devemos percorrer um longo caminho de conversão de nossos hábitos cotidianos e politicos, privados e públicos, culturais e espirituais.”Da falta de cuidado decorre a perda da conexão com o to-do. É preciso resgatar a verdadeira essencia humana e, por consequência, a ética da responsabilidade, da solidariedade e da “com-paixão”, fundada no cuidado, no valor intrínseco de cada coisa, no trabalho bem feito, na competência, na honestidade, na transparência das intenções.É preciso avaliar as propostas de governo e promessas de candidatos aos cargos públicos e verificar se aquele que as proclamam terão a capacidade de exercitar esta caracteríti-cas singular do ser humano, ou seja, de colocar cuidado em tudo que projetam.“Sem cuidado ele deixa de ser humano. Se não receber cuidado desde o nascimento até a morte, o ser humano desnatura-se, definha, perde sentido e morre. Se, ao largo da vida, não fizer com cuidado tudo o que empreender, acabará por prejudicar a si mesmo e por destruir o que estiver à sua volta”.Até a próxima!Gabriela de Moraes MontagnanaGustavo Antonio de Moraes MontagnanaAdvogados

seus direitos e dever

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A arte funciona como mecanismo de conhecimento e comunicação, além de aprimorar o senso crítico

e estético. Na vida de jovens de realidades diversas, a arte é capaz, ainda, de forne-cer meios de aproximação, o que resulta em troca de experiências e ampliação do convívio social. Essa é a proposta do projeto “Entrando em Cena – Primeiro Ato”: reunir jovens de diferentes posições sociais, culturais e econômicas, para que, através da arte, possam fomentar o desejo de transformar a sociedade, tonando-se multiplicadores de conhecimento. “A ideia é que cada um desses jovens descubra um pouco mais sobre a vida um do outro e que, juntos, possam contribuir para melhorar o meio social em que vivem”, explica Vi-viane Lessa, idealizadora do projeto e presidente do Instituto Entrando em Cena, responsável pelo de-senvolvimento das ações. A proposta é oferecer um completo programa de arte--educação, gratuito e com 1 ano de duração, para 40 jovens de 13 a 17. Os interessados devem se inscrever até o dia 26 de agosto no site www.entrandoemcena.org.br. O programa inclui oficinas de Teatro, Circo e Danças Populares, com objetivo de propor-cionar vivência artística, aliada à formação de conhecimento técnico e teórico. O projeto terá inicio em 17 de setembro e as aulas acontecerão no contraturno escolar, ou seja, no período oposto ao que cada jovem frequenta a escola. “Todos os interessados podem se inscrever. O que pretendemos é formar um grupo mais diverso possível. Não importa qual seja classe social desse jovem, nem em que escola estude, se frequenta alguma instituição ou se tem necessidades especiais”, fala Viviane. “É um projeto gratuito, mas não tem como foco principal os jovens carentes. É para eles também, mas não apenas para eles”, define. “O que buscamos é a democratiza-ção do acesso à arte e a cultura”, diz. “Um critério importante durante a seleção será o de identificar jovens que sejam potenciais multiplicadores, para que possamos esti-mular novas ações, sendo eles os agentes principais”, explica.

EtapasPor meio da arte, cada jovem pode expres-sar sua visão de mundo, seus princípios e vivências. Ao ter contato com realidades diferentes, o repertório se amplia e contribui para a criação de vínculos capazes de favorecer uma cultura de tolerância, de valorização da diversidade e do respeito mútuo. Além disso, o conhecimento formado por meio da arte e da cultura faz com que o jovem passe a entender a si mesmo e perceba-se como indivíduo conectado ao passado, mas com capacidade de interferir no futuro, modificando-o através de ideias e concepções próprias. Dessa forma o jovem torna-se apto

a superar preconceitos pré-estabelecidos e a ser agente de transformação social. “Por que você gostaria de participar do projeto?” e “como você acha que pode melhorar o mundo com sua arte?” são as perguntas que os interessados encontrarão no questionário de inscrição. “Não serão essas perguntas que classificarão os candidatos”, explica Viviane. “Mas elas servem como forma de conhecer-mos um pouco mais sobre quem são esses jovens,” fala. Servem também para que os interessados reflitam sobre o que esperar do “Entrando em Cena – Primeiro Ato”. “A missão desse projeto é utilizar a arte como forma de mudar a sociedade, como veículo de cidadania e de consciência política”, fala. A primeira etapa será a pré-seleção através da ficha de inscrição. O resultado

dos pré-selecionados será divulgado no site do projeto no dia 29 de agosto, com orientações para a próxima etapa. A segunda etapa será uma aula aberta que acontecerá nos dias 1 e 2

de setembro. Nessa etapa serão selecionados os candidatos que participarão da terceira etapa. O resultado dessa seleção será divul-gado no site no dia 5 de setembro. A terceira etapa será a de entrevistas individuais e acontecerá nos dias 8 e 9 de setembro. O resultado final será divulgado no dia 13 de setembro, também no site. Os pais ou responsáveis dos jovens selecionados serão convidados a participar de um encontro no dia 15 de setembro, momento em que serão realizadas as matrículas e assinaturas dos termos de compromisso.

ProcessoAs oficinas acontecerão três vezes por se-mana e também aos finais de semana, por isso é necessário que os candidatos tenham disponibilidade de horário. Durante a semana as atividades acontecerão na Área de Treina-mento Athiva (Rua Cel. Luiz Leme, 400), em frente ao EEMABA. Aos finais de semana acontecerão em diferentes pontos da cidade. “É outro caminho pelo qual o projeto pretende transitar, o de apropriação do espaço público para a arte”, fala Viviane. “Durante todo o processo os jovens conhecerão também novas formas de expressão, como música, artes plásticas, vídeo, fotografia, entre outras, que irão completar seu aprendizado na arte da encenação,” fala. “E ainda irão participar de ações artístico-pedagógicas envolvendo pais e comunidade aos finais de semana”, explica. “Ao final, os participantes entrarão em cena em um grande espetáculo produzido por eles para mostrar a arte à toda sociedade”, completa. Mesmo aqueles que não forem selecionados serão convidados a participar de atividades no decorrer do projeto. “O projeto tem três frentes: as oficinas, a vivência artística e a formação de referências”, explica. “Mesmo que esses jovens não saiam dali artistas, essa experiência vai mudar a forma deles verem o mundo”, analisa.

colaboração sHel alMeida

O que buscamos é a democratização do

acesso à arte e a cultura

Viviane Lessa

Foto: arquivo pessoal

Programa vocacional no Ceu Campo Limpo . Alunos da arte-educadora Mariana Duarte, responsável pelas oficinas de circo no “Entrando em Cena”.

A arte é capaz de favorecer a cultura da tolerância.

Viviane Lessa, idealizadora do projeto. “A missão desse projeto é utilizar a arte como forma de mudar a sociedade, como veículo de cidadania e de consciência política”.

Inscrições

Jovens de 13 a 17 anos podem se inscrever no site www.entrandoemcena.org.br. as

inscrições vão até o dia 26 de agosto. o projeto tem o incentivo do proaC (programa de ação

Cultural do estado de são paulo) e da lei rouanet (lei Federal de incentivo à Cultura).

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Diga-me como você usa o dinheiro e eu lhe direi quem você é. Independentemente das taxas de juros ou das regras

da poupança em vigor, a forma como cada pessoa leva sua vida financeira está muito mais ligada a aspectos de sua personalidade do que ela gostaria de imaginar. Como ferramenta para desvendar o inconsciente, o dinheiro é o novo sexo, segundo o psicanalista venezuelano Axel Capriles, autor de “Dinheiro - Sanidade ou Loucura” (ed. Axis Mundi, 192 págs., R$ 32). “O papel que a sexualidade desempenhou para a psicologia de Freud foi trocado pelo complexo do dinheiro. Há muito mais loucuras e doenças associadas ao dinheiro do que ao sexo”, afirma o psicanalista.

Avareza Embora não tenha dado essa mesma ênfase à força da moeda, Freud não deixou de apontar o seu papel na mente e no com-portamento humano. A avareza, especialmente, foi objeto de estudo do pai da psicanálise. Na teoria freudiana, a relação com o dinheiro está ligada à fase anal. “As fezes são o primeiro objeto de troca, a primeira coisa que a criança tem para negociar”, diz o psicanalista Jorge Forbes. Segundo Freud, o jeito que a criança negocia o afeto da mãe, retendo as fezes, por exemplo, influencia a forma que ela vai lidar com sua vida financeira no futuro. Para Forbes, o trato com o dinheiro não é um carimbo para determinar um tipo de personalidade, mas pode, sim, dar pistas de quadros psicológicos. Assim, uma neurose obsessiva pode se manifestar no pão--durismo; o desdém pelo dinheiro pode ser uma histeria e o esbanjamento, um quadro maníaco. Mas essas patologias entram na conta-corrente de todo mundo? “São extremos, mas essas características entram na vida cotidia-na de cada um, o que há é uma diferença de grau”, diz Forbes.

Conta conjunta Doenças à parte, alguns especialistas estudam problemas da vida comum --afinal, quem nunca se viu enrolado em dívidas? A socióloga e consultora Glória Maria Garcia Pereira, autora de “As Personalidades do Dinheiro” (ed. Campus, esgotado), afirma que há padrões de personalidade inconscientes que determinam nossa relação com dinheiro e que a chave para não sofrermos com a ciranda financeira é descobri-los. “Quando a pessoa compreende como [os padrões] funcionam, é um alívio incrível. Não precisa mudar sua personalidade, mas aprender a lidar com ela para não sair prejudicada.” A relações-públicas Carolina Decresci, 27, que levou mais de um ano para sair do vermelho, descobriu o quanto era desorgani-zada na hora em que sua dívida do cartão de crédito estourou. “Minha conta bancária era como meu guarda-roupa, uma ba-gunça total. Mas são coisas que só eu mexo, ninguém vê nem sabe o que está acontecendo.”

Quando a situação ficou inadministrável, ela teve que tirar do armário esse aspecto de sua personalidade. “Surpreendi as pessoas, achavam que eu era tão certinha...”

Além da planilha Ao lidar com dinheiro, não dá para escapar da matemática de somas e subtrações. Mas as contas não fecham só por uma questão de cálculo. Entre as emoções que interferem no saldo final, culpa, medo e autossabotagem são as mais comuns, segundo Christian Bar-bosa, consultor em produtividade e administração do tempo. Difícil é abrir esses dados na conta pessoal. “É mais fácil falar de sexo do que de grana. Quando a pessoa fala de seu dinhei-ro, está expondo suas competências e sua vida privada”, diz a psicóloga Valéria Meirelles, que prepara uma tese sobre o tema. Já o psicanalista Jorge Forbes acha que tanto dinheiro quanto sexo deixaram de ser tabus. “As pessoas falam abertamente só porque tratam o sexo com objetividade e o dinheiro sem emoção, mas os dois carregam sempre uma carga afetiva. As necessidades se resolvem na planilha, mas os desejos, não.” O que não implica que só se resolvam com uma descida às pro-fundezas do inconsciente ou das agências de proteção ao crédito. As emoções do dinheiro estão ligadas à nossa disposição para correr riscos, diz o neurocientista Álvaro Dias, do Laboratório de Neurociências Clínicas da Unifesp. Ou a quanto o prazer de ganhar supera o desprazer de perder. Segundo Dias, os estudos mais recentes mostram que essas tendências são flexíveis, mudam conforme o ambiente e as regras do jogo. Quer apostar?

Personalidade monetária Faça o teste e descubra como você lida com dinheiro 1. Ao receber um dinheiro extra no mês, você: a) Guarda tudo, porque pode precisar em uma emergência b) Paga dívidas do cartão ou do cheque especial c) Engorda a poupança d) Esquece que tem uma quantia a mais no banco e) Fica com raiva porque a quantia não é suficiente 2. Ao chegar de uma viagem e ver a geladeira vazia, você: a) Decide ir às compras depois b) Vai ao mercado sem uma lista e sai com uma compra enorme c) Leva uma lista de compras e escolhe os produtos mais baratos d) Pede para alguém ir fazer as compras para você, mas não sabe dizer de que está precisando e) Fica estressado por achar que o dinheiro não vai dar para comprar tudo de que precisa 3. Quando chega a hora de entrar nas listas de amigo oculto, você: a) Avisa que não gosta de amigo oculto b) Entra em todas as listas c) Não consegue escapar, mas compra um presente bem barato

d) Esquece que entrou na lista e deixa o amigo sem presente e) Acha essa mania de dar presentes muito chata 4. Ao marcar suas férias, você: a) Não tira todos os 30 dias para receber uma parte em dinheiro b) Já comprou roupas e malas para a viagem que pretende fazer c) Tira as férias, mas procura atividades em que gaste pouco d) Não tem a menor ideia do que fará nas férias e) Fica frustrado, porque como dinheiro que recebe não poderá pagar a viagem de seus sonhos 5. Quando vai com um grupo de amigos a um restau-rante, você: a) Sempre está sem a carteira na hora de pagar a conta b) Paga a conta de todos com seu cartão de crédito c) Confere a conta e fala até quantos centavos cada um tem que pagar d) Não confere, arredonda o valor para cima e não pega o troco e)Reclama do preço do restaurante 6. Se tem oportunidade de fazer negócios com amigos, você: a) Lembra-se do ditado “amigos amigos, negócios à parte’ b) Conta com os amigos no negócio, embora tenha muitos que não paguem sua parte c) Tem certeza de que a história vai acabar em briga d) Não cobra e acaba no prejuízo e) Não quer fazer o negócio, porque já sabe que amigos fogem quando o assunto é dinheiro 7. Quando um amigo ou parente pede dinheiro em-prestado, você: a) Diz que não tem, porque sabe que não será pago b) Sempre empresta, mas nunca é pago c) Empresta, mas cobra juros d) Se tem dinheiro, empresta na hora, sem combinar o pagamento e) Não empresta. Acha que quem pede emprestado é folgado 8. Quando chega a conta do cartão de crédito ou é debitado um cheque pré-datado, você: a) Sente-se mal de pagar b) Paga uma parte para sua conta não ser bloqueada c) Paga porque tem que pagar d) Esquece o dia do pagamento e nem sabe se tem saldo e) Fica nervoso só de pensar que terá de pagar e que esse dinheiro poderá fazer falta Conte quantas vezes cada alternativa apareceu. A que foi mais marcada indica os traços predominantes de sua “personalidade monetária’ a)Avarento b) Esbanjador c) Escravo d)Desligado e)Revoltado Fonte: Glória Maria Pereira, autora de ‘As Personalidades do Dinheiro’ (ed.Campus) e diretora da Sinergia Consultores (www.sinergianet.com.br)

por iara BiderMan/FolHapress

O jeito que você administra sua vida financeira revela muito do seu inconsciente; dificuldades para lidar com a grana causam mais neuroses do que problemas sexuais, diz psicanalista

Dinheiro no divã

comportamento

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por deBoraH Martin salaroli

Cuca, uma especialidade alemã

delícias 1001

“Streuselkuchen” é uma especiali-dade alemã feita tradicionalmente de uma massa de levedura coberta

com farofa em migalhas. A palavra “streu-sel” (a palavra alemã que significa “algo disperso ou polvilhado”) refere-se a uma farofa preparada com manteiga, farinha e açúcar branco. A farofa dá ao bolo uma crocância doce e agradável e ainda mais equilibrada com o frescor da fruta.

Cuca de maçãs..a famosa ‘Apfelstreuselkuchen’Aproveitando a safra das maçãs, preparei um bolo especialíssimo e sofisticado. Mas de simples execução! Esta massa fermentada pode ser coberta com qualquer fruta, mas desta vez me rendi à acidez da maçã.

Comecei a receita preparando a farofa. Misturei com as pontas dos dedos 1 xícara de farinha de trigo, 5 colheres de sopa de açúcar, 1 colher de chá de canela em pó, 1 colher de sopa de margarina. Reservei.Para a massa, coloquei na tigela da batedeira 1 xícara de farinha de trigo, ½ de xícara de açúcar, 1 envelope de fermento biológico instantâneo (para pães) e 1 pitada de sal. Em separado, levei ao micro-ondas ¼ xícara de água, ½ xícara de margarina e ¼ xícara de leite até que derretesse (foram 45 segundos). Não deixe que ferva (apenas aqueça) essa mistura, senão ‘mata’ todos os bichinhos do fermento! Misturei o líquido aos ingredientes secos batendo por 2 minutos apenas.Adicionei 2 ovos e mais ½ xícara de fa-rinha e continuei batendo. Então, coloquei mais 1 xícara de farinha e bati mais um pouco. Dica: Caso sua batedeira seja potente, pode continuar usando ela mesmo. Senão, continue a receita mexendo bem com uma colher de pau.Acomodei esta massa em uma assadeira (pequena – 20 x 30cm) untada e polvi-lhada. Cortei 4 maçãs em fatias grossas e arrumei por cima. Eu aproveitei para incrementar e coloquei também alguns damascos, ameixas e uvas passas por cima. Joguei por cima a farofa reservada.Cobri a cuca com um saco plástico e deixei crescer até dobrasse de volume. Levei para assar em forno médio (200ºC) pré-aquecido por cerca de 25-30 minutos.Cortei em quadrados para servir.

Cuca de framboesaÉ, a temporada das framboesas (e dos morangos) chegou e preciso confessar que não está sendo fácil dar conta de todas as que estão no ponto em meu jardim. Meu pezinho está lotadinho delas! E agora, chega de geleias, de caldas com frutas vermelhas, sucos (todo dia tem!) “y otras cositas más’. Preciso inventar e inventar...Desta vez, preparei esta cuca, que também pode ser de maçãs, bananas, morangos ou uvas sem sementes.Aventure-se...

Massa: Bata numa tigela até ficar homogêneo, nesta ordem. Nem precisa de batedeira, pode ser na mão mesmo:4 ovos2 xícaras de açúcar2 colheres (sopa) de margarina1 xícara de leite4 xícaras de farinha de trigo2 colheres (sopa) fermento em pó

FarofaColoque numa tigela e mexa com as pontas dos dedos, até ficar uma farofa bem soltinha:1 xícara de açúcar½ xícara de farinha de trigo1 pitada de canela em pó2 colheres de margarina ou manteiga

Unte uma forma (nº 3) com margarina e polvilhe com trigo. Coloque a massa, distribua framboesas lavadas e secas com toalha de papel (200 g) por toda a assadeira e cubra com a farofa.Leve ao forno pré-aquecido (180º C) para assar por aproximadamente 40 minutos.Dica: Lembre-se de que outras frutas podem ser utilizadas nesta receita, subs-tituindo a framboesa (maçãs, bananas, morangos, mirtilo, amora, uvas sem sementes).

DeborahDeborah Martin Salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www.delicias1001.com.br recheado somente de receitas testadas e aprovadas.Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para [email protected]

Fotos: delícias 1001

Preparação da cuca de framboesa

cuca de framboesa

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O livro mais vendido da semana foi recolhido das livrarias anteontem. O mercado estima que a editora

Leya tenha de arcar com um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão pela falha. Tudo isso porque “A Dança dos Dragões”, quinto volume da saga “As Crônicas de Gelo e Fogo”, do americano George R.R Martin, foi publicado no Brasil sem seu 26º capítulo, traduzido por aqui como “O Soprado pelo Vento”. A Leya não esclareceu o que motivou o sumiço. Para fontes do setor, a pressa pode ter sido a causa do problema. Os leitores da narrativa de fantasia adulta escrita por Martin aguardavam um livro inédito desde 2005 -ano de lançamento do quarto volume (“O Festim dos Corvos”), publicado aqui pela Leya em fevereiro deste ano. Lançada nos Estados Unidos em julho de 2011, a nova história começou a ser transposta ao português para o Brasil no fim do ano passado. As 864 páginas foram traduzidas em apro-ximadamente seis meses, e o processo de revisão -correção de erros e conferência da edição- durou apenas dois dias. Os exemplares chegaram às livrarias na última segunda, sem que ninguém da

Leya notasse a ausência de dez páginas: o livro foi impresso e distribuído com 854 folhas. Graças ao alerta de fãs da saga nas redes sociais, na quinta, veio o “recall” da obra, que teve tiragem de 150 mil exemplares - com preço médio de R$ 54,90 cada um. Apenas na Livraria Cultura, 600 exem-plares foram devolvidos à editora ante-ontem. Sobrou apenas um espaço vazio na prateleira em que estava “A Dança dos Dragões”. Agora os envolvidos tentam entender em que momento do processo de produção “O Soprado pelo Vento” se perdeu. Pascoal Soto, diretor-geral da Leya, con-firma que o capítulo havia sido traduzido. “Só é perdido no processo de edição algo que existe”, disse. A coordenação editorial da obra foi ter-ceirizada, da preparação do original até a versão final do texto em português, ao Estúdio Sabiá. A Carochinha Editorial assina a diagramação. O último arquivo da obra passou por revisão da Leya, que fez o envio para a gráfica. Em comunicado, a editora assumiu a culpa e informou que houve “falha no processo editorial”.

Uma fonte ligada à Leya, que pediu para não ser identificada, afirma que o Estúdio Sabiá vai arcar com o prejuízo do capítulo perdido. A reportagem entrou em contato com a empresa de editoração, que preferiu não se pronunciar, por orientação da Leya. Uma funcionária do Estúdio Sabiá, que pediu para ter sua identidade mantida sob sigilo, diz que “nada disso [arcar com o prejuízo] foi discutido em reunião entre as duas partes”.

Também procurado, Diego Rodrigues, sócio da Carochinha, não se manifestou. “O que eu posso dizer é que estamos trabalhando em conjunto para reparar o erro”, afirmou ele. Os novos exemplares vão chegar às li-vrarias em 2 de agosto. Quem comprou o livro incompleto vai poder trocá-lo a partir dessa data. Os leitores que não quiserem esperar já podem ler “O Soprado pelo Vento” na internet.

por elisanGela roXo/FolHapress

‘Recall’ de best-seller

antenado

Livro ‘a dança dos dragões’, 5º da saga de George R.R martin, foi recolhido

Livro “A Dança do Dragões”, que teve recall da Leya por ter sido impresso sem um capítulo

Foto: adriano vizoni/Folhapress

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Uma dieta mediterrânea à brasileira, que subs-titui atum, castanhas e azeite extravirgem por alimentos baratos e acessíveis no país, como

sardinha, milho, sopa de feijão e tapioca. Esse é o projeto do HCor (Hospital do Coração), em parceria com o Ministério da Saúde. A ideia é lançar no país uma dieta com alimentos de baixo custo e presentes na rotina dos brasileiros para a prevenção de doenças cardiovasculares em pessoas que já tiveram infarto ou derrame ou que correm maior risco de sofrê-los por causa de hipertensão e colesterol alto. Da primeira fase do projeto, que avaliou a efetividade da dieta, participaram 120 pessoas cardíacas do Rio de Janeiro e de seis cidades de São Paulo (incluindo a capital), durante oito semanas. Metade recebeu as orientações de praxe que são da-das após um evento cardiovascular, como diminuir a quantidade de gorduras saturadas (presentes na carne vermelha, por exemplo). A outra metade seguiu o material educativo e o cardá-pio do projeto, os quais classificam os alimentos com as cores da bandeira nacional: verde, amarelo e azul. A escolha não é à toa: os participantes foram instruídos a montar os pratos de acordo com a predominância dessas cores na bandeira. Ou seja, a dieta recomenda ter maior quantidade de alimentos verdes (ricos em vitaminas, minerais e fibras), menor proporção de alimentos amarelos (com quantidade considerável de gordura saturada) e uma quantidade menor ainda de alimentos azuis, que contêm mais gordura, sal e açúcar. “Usamos um aspecto lúdico e critérios factíveis para facilitar a adesão à dieta. Independentemente do grau de instrução, a pessoa vai identificar o que é bom e qual a quantidade indicada”, diz Bernardete Weber, coordenadora da pesquisa do HCor. Ela afirma que, se os alimentos recomendados forem muito diferentes do que a pessoa come normalmente, é difícil aderir às mudanças. resultados Segundo ela, os níveis de colesterol dos participantes que seguiram a dieta cardioprotetora diminuíram. Em estudo no “Journal of the American Medical Asso-ciation”, ações que reduzem colesterol e pressão arterial já são suficientes para mudar índices de mortalidade por doenças cardiovasculares. Weber cita outro resultado positivo: os pacientes tam-bém perderam peso, já que as dietas e as quantidades das calorias diárias foram adequadas para pacientes com sobrepeso ou obesidade. A segunda fase do estudo é mais ambiciosa: vai en-volver cerca de 2.000 pessoas em todo o país, e, mais importante, vai elaborar diferentes dietas respeitando as variações regionais de cada Estado. Segundo Weber, isso pode incluir castanhas no Norte, suco de uva no Sul e feijão-verde no Nordeste. Os participantes não serão apenas cardiopatas, mas também pessoas com risco maior de ter um problema cardíaco.

por Giuliana Miranda/FolHapressFoto: Folhapress

Dieta mediterrânea Ao diminuir os níveis de gordura, nova dieta desenvolvida por médicos protege o coração e emagrece

saúde

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Um tablet e uma central multimídia novos. Melhorias no sistema operacional, na rede social, no navegador de internet e no serviço de armazenamento em nuvem.

E óculos de ficção científica. Na guerra entre os gigantes do Vale do Silício pelo mercado da tecnologia, o Google mostrou suas armas na semana passada, em San Francisco, no Google I/O, sua conferência anual para desenvolvedores de software. O primeiro movimento foi colocar a marca no mercado de tablets, terreno dominado pela Apple e no qual a Microsoft também acaba de entrar, com o modelo Surface. Em parceria com a taiwanesa Asus, o Google lançou o Nexus 7, aparelho com tela de sete polegadas, menor e mais barato que um iPad -por US$ 199, deve concorrer com o Kindle Fire, da Amazon. A central multimídia é a Nexus Q, que se conecta à internet para reproduzir música e vídeo. Parece a Apple TV, mas é sincronizável com qualquer aparelho que tenha o sistema operacional Android. Sincronia é uma palavra-chave nesse mundo high-tech, e o Google sabe disso: “Queríamos criar uma experiência única, e não uma série de produtos desconexos”, disse em San Fran-cisco Vic Gundotra, vice-presidente de engenharia do Google. Assim, a empresa reforçou a integração entre seus softwares e ampliou a oferta deles para hardware: o navegador Chrome e o serviço de nuvem Drive ganharam versões para os produtos móveis da Apple, e a rede social Google+ está a caminho do iPad. “Agora, em todas as plataformas e em todos os seus apare-lhos, você pode viver on-line na nuvem, sem problema”, disse Sundar Pichai, vice-presidente de Chrome, ao mostrar como o navegador usa recursos do Drive para reaparecer igual no seu desk-top, tablet ou smartphone. É uma estratégia para “prender” o usuário no mundo Google. Nela, a rede social, que ainda não decolou, tem um papel importante. Novos aplicativos foram apresentados para o Google+, incluindo um para tablets mais elegante que o do Facebook. Outra área em que o Google correu atrás do prejuízo foi a dos assistentes virtuais. Jelly Bean, nova versão do sistema Android, tem um serviço de voz melhorado, para concorrer com o Siri, da Apple.

SCI-FI Mas foi com o projeto Glass que o Google pareceu estar mais perto do futuro. Pelos andares do centro de convenções Moscone, em San Francisco, executivos da empresa circulavam usando os óculos, que permitem fazer vídeos e fotos, transmiti-los em tempo real e checar notificações -tudo sem usar as mãos. Vic Gundotra era um deles. Questionado pela Folha, ele con-tou que o aparelho cansa os olhos após muitas horas de uso e que chegará ao público “daqui a dois anos, talvez um ano e meio”. Por enquanto, só os desenvolvedores que estavam no Moscone puderam encomendar um, por US$ 1.500 e promessa de entrega no início de 2013. O Glass, se não ficar só no protótipo, parece sintetizar aquilo que, segundo Gundotra, está no espírito do Google: “um saudável desrespeito pelo impossível”.

No Brasil Aparelhos não têm data para chegar O tablet Nexus 7 e a central de mídia Nexus Q estreiam em “meados de julho” nos EUA, mas não têm previsão de chegada ao Brasil. Nem o novo Android Jelly Bean tem lançamento previsto por aqui. O país conta, por enquanto, com as versões do Chrome e do Drive para aparelhos com iOS. ‘Tablet serve como modelo para indústria’ Objetivo do Nexus 7 não é vender milhões de unidades, diz diretor de produto do Android, o brasileiro Hugo Barra Na empresa desde 2008, mineiro afirma que aparelho explora oportunidade ainda não capturada no mercado O mineiro Hugo Barra, 35, foi um dos astros do principal evento do ano do Google, na semana passada, ao tomar o

palco para lançar o primeiro tablet da gigante de buscas, o Nexus 7, e uma central de mídia, o Nexus Q. Na empresa desde 2008, o diretor de produtos para Android afirmou que o tablet é um “modelo para a indústria e não algo para vender 100 milhões” de unidades. Em entrevista exclusiva à Folha, Barra falou da importância do Brasil e da mentalidade de trabalho numa das firmas mais poderosas do mundo, além de propagandear o tablet Nexus 7. “Cabe em qualquer lugar”, disse, numa sutil indireta ao con-corrente iPad, colocando o aparelho no bolso de trás do jeans. “Estou sem cinto e a calça não caiu.” Leia a seguir os principais trechos da conversa com o executivo. Mercado de hardware Não descreveria isto [Nexus 7 e Nexus Q] como uma entra-da no mercado de hardware. O tablet é uma parceria com uma fabricante de hardware, a Asus. Não é uma mudança estratégica. Para ser bem claro, o objetivo desse modelo é mostrar a direção para a indústria. Não é vender 100 milhões de aparelhos. É dizer que a gente acha que um tablet de sete polegadas, com processador de núcleo quádruplo e tela HD, é uma excelente ideia. Agora, a HTC, a Samsung, a Motorola e a LG podem pegar este modelo e melhorar, especializar. Rivais do Nexus 7 É uma oportunidade não capturada no mercado. Claro, existem produtos parecidos, mas não um que seja pequeno, leve, portátil e extremamente poderoso. Este é o primeiro. O público alvo é extremamente amplo por causa do preço. Para ler livro na cama, é fantástico. Você deita de lado e o negócio não cai na sua cara, não é grande demais.

Tendências do Brasil Nossos serviços estão crescendo absurdamente no Brasil. O processo de inclusão digital é uma coisa sem igual porque o mercado é muito grande, e a velocidade [de expansão] é extrema. O Brasil cresceu em número de Androids quase seis vezes nos últimos 12 meses. O brasileiro está comprando smartphone sem pensar duas vezes. O cara que talvez tenha internet discada em casa ou que talvez vá ao cibercafé agora tem internet no bolso, 24 horas por dia. É a tendência mais importante para o Google do que acontece no Brasil. E a adoção de todos os nossos produtos está subindo rapidamente devido ao fenômeno Android. Brasileiros no Vale do Silício Tem pouco brasileiro no Google. Em geral, os brasileiros que trabalham em companhias como o Google ou que estuda-ram nos EUA têm uma característica de serem globais por natureza, são descolados, não são bitolados em nenhum aspecto social, cultural ou religioso. A gente se relaciona muito melhor com o resto do mundo do que praticamente qualquer outra nacionalidade. Trabalhar no Google É muito diferente. O Google recruta pessoas com perfil empreendedor. Não no sentido do cara que quer fazer uma empresa própria, e sim gente que é pau para toda obra. Pessoas com uma capacidade e interesse intelectual para um grande número de coisas. Todo mundo faz um pouco de tudo, dá opinião em tudo. Isto pode às vezes ser um pouco caótico, mas no final das contas é muito bom.

por Giuliana Miranda/FolHapress

Mãos à obra Vice-presidente da Odebrecht dá conselhos para se tornar um engenheiro civil de sucesso

Foto: Folhapress

informática & tecnologia

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Foi com muita alegria que apadrinhei e fotografei (uma parte) o

casamento desse lindo casal Michele e Vivaldo.

Vivaldo já conheço há muito tempo. Vi esse menino crescer,

pois trabalhamos juntos há uns 12 anos. Michele conheci pos-

teriormente através do Vivaldo. Lembro - me quando os dois

começaram a namorar. E agora uma nova etapa na vida desse

casal o qual guardo com muito carinho no meu coração. Foi uma

cerimônia bem íntima, porém com muita emoção. Não me lem-

bro de ter visto Vivaldo tão nervoso. Depois da cerimônia civil

levei o casal para uma locação bastante peculiar o que rendeu

belíssimas fotos. Foi um dia muito gostoso porque testemunhei

o nascimento de mais uma família. Essa, inclusive, desde o na-

moro. Parabéns Queridos!

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ícu

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2ºCaderno

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Ao lançar o J5 em março desse ano, a ideia da Jac Motors era alçar voos maiores. O sedã seria uma forma de trazer para o segmento de sedãs médios

a boa relação custo/benefício, que tornaram o compacto J3 um produto bastante rentável. Em nome da racionalidade, seria capaz até de tirar algumas vendas de rivais consagrados, como Toyota Corolla e Honda Civic. No entanto, mesmo com preço substancialmente mais baixo que a maior parte da concorrência, a estratégia não deu certo. A marca esperava vender entre 700 e mil J5 por mês, mas a média mal ultrapassou os 150 carros por mês desde o lançamento.Apesar do porte de carro médio, o J5 traz um pequeno motor 1.5 16V de 125 cv sob o capô. O propulsor foi desenvolvido pela austríaca AVL, a mesma que fez o 1.4 16V do J3. O torque chega a bons 15,5 kgfm a 4 mil rotações. O problema é que as cifras são subdimensionadas para um sedã com 1.315 kg. Segundo a Jac, a escolha se recaiu sobre o 1.5 em vez do 2.0 de 136 cv que equipa a minivan J6 por sua maior eficiência energética. Ao menos, ele tem comando variável nas válvulas de admissão e é todo em alumínio. Acoplado ao motor, um câmbio manual de cinco marcas – a transmissão automática ainda não tem previsão. O conjunto é suficiente para levar o sedã de zero a 100 km/h em 11,8 segundos e à máxima de 188 km/h. Números mais próximos aos alcançados por um bom compacto. Pelo menos visualmente, o J5 agrada. Os traços não são revolucionários, mas dão ao carro um aspecto moderno e elegante. Não há muitos elementos marcantes, o que faz do J5 um carro bem discreto. A frente curta é ladeada por faróis estreitos, que dão a impressão de se tratar de um carro japonês. A traseira tem linhas harmoniosas, com lanternas em formato de trapézio e bom gosto no uso de cromados. O desenho como um todo dá a impressão de que se trata de um carro menor que os 4,59 m de comprimento quase 1,80 m de largura sugerem. Os 2,71 m de entre-eixos não deixam dúvidas sobre o bom espaço interno.O interior tem linhas muito parecidas aos outros carros da marca, particularmente com a mini-van J6. Os sistemas de som e ar-condicionado automático têm comandos iguais. A semelhança continua no painel de instrumentos com ilumi-nação azul e ponteiros vermelhos – combinações comuns no fim dos anos 90. A Jac também revestiu algumas partes de painel e portas com plástico preto brilhante, que junto com alguns itens cromados, tentam dar ao J5 um ar mais luxuoso. A lista de equipamentos de série, com airbags frontais, freios ABS, ar-condicionado digital, direção hidráulica, sensores de estacio-

namento e rádio CD/MP3/USB não traz mais que o mínimo para um carro dessa categoria. Como opcionais, apenas rodas de liga-leve em 17 polegadas e bancos em couro.O J5 até apresenta um conjunto competente para o uso diário, no entanto, o que deveria ser seu maior atrativo acabou virando o maior problema. Os R$ 46.990 que a Jac pede pelo sedã não estão mais tão abaixo que muitos concorrentes. A redução do IPI fez a versão mais simples de um Nissan Sentra custar R$ 47.890. Até mesmo um Kia Cerato, com configuração mecânica semelhante – motor 1.6 16V de 130 cv com etanol – sai por R$ 52.800 em sua variante mais barata. Mas nem mesmo os mais de R$ 10 mil a menos que o J5 custa em relação a rivais como o Toyota Corolla e Citroën C4 Pallas – de R$ 59.080 e R$ 56.990 respectivamente – têm sido suficientes para convencer o comprador a levar um chinês para casa. Nesse segmento, é importante ressaltar os benefícios, pois nem sempre o custo é a principal razão para uma compra.

Ponto a pontoDesempenho – O propulsor austríaco de 1.5 litro rende bons 125 cv e 15,5 kgfm, que até conseguem levar os 1.315 kg do J5 sem grandes problemas – desde que pouco carregado. Mas na cidade, a condução requer algum trabalho para manter a rotação sempre mais elevada, já que o torque máximo só aparece a 4 mil rpm. Em estrada, há pouca reserva de potência e o sedã se ressente da falta de um motor com mais capacidade cúbica. O J5 não é um carro propriamente lento, mas necessita da colaboração do motorista para mostrar um desempenho convincente. Nota 6.Estabilidade – No uso cotidiano, o J5 até agrada e se mostra um carro bastante neutro. O problema está em velocidades mais altas – em ritmo rodoviário –, onde o modelo perde a compostura e balança demais. A frente fica leve e desmonta a imagem de segurança conquistada na cidade. O carro sofre com ventos laterais e a direção também carece de maior precisão. Nota 6.Interatividade – O J5 tem comandos bem localizados mas, à noite, a iluminação forte em tom azul dificulta a visualização de alguns deles. Os botões do ar-condicionado têm uma disposição pouco lógica e o rádio tem um comando de volume pouco prático, com dois botões de pressionar. Os mostradores também são de leitura algo complicada, meio poluídos visualmente e com escalas confusas. O sedã só tem os recursos básicos para o segmento, mas o que mais afeta o motorista é que a direção transmite, sem filtros, todas as irregularidades

do piso de forma bastante desagradável. Nota 5.Consumo – O Jac J5 registrou médias de 9,2 km/l com gasolina em ciclo misto. A Jac não tem números oficiais e o InMetro não fez medições para o modelo. Nota 6.Tecnologia – A plataforma é moderna – de-senvolvida pela própria Jac em 2009 – e há boa oferta de equipamentos para o modelo. No entanto, ele ainda fica aquém de alguns concorrentes por não oferecer mais airbags – só há frontais –, sistemas interativos com os ocupantes ou câmbio automático. O sistema de som aceita CD e MP3, mas não reconhece iPods e necessita de um cabo adaptador para dispositivos USB. Nota 7.Conforto – O bom entre-eixos de 2,71 m abre bastante espaço para os passageiros. Ombros e pernas de todos os ocupantes viajam livres e a altura da carroceria favorece um ambiente amplo. Os bancos são bons, com espuma de densidade correta e revestimento que imita veludo. O J5 é um carro confortável e silencioso em uso normal. Nota 7.Habitabilidade – O modelo traz poucos porta--objetos – apenas um porta-trecos à frente da manopla do câmbio, estreitos nichos nas portas e outro no alto do painel. No entanto, o interior do J5 é um ambiente agradável e o entra-e-sai é facilitado pelo bom ângulo de abertura das portas. O porta-malas leva 470 litros, mas os braços da tampa invadem o compartimento. Nota 7.Acabamento – É o maior “calcanhar-de-aquiles” do carro. Há muito plástico rígido nos revesti-mentos, e de qualidade duvidosa. As superífices são ásperas ao tato e não inspiram muita dura-bilidade. Mesmo as partes em preto brilhante no painel e nas portas não conseguem atenuar a sensação de simplicidade excessiva para um carro dessa categoria. Não há revestimento em couro para o volante, nem muito cuidado nos arremates, que deixam aparentes rebarbas e parafusos. Nota 5.Design – Ponto de destaque do J5, as linhas externas são modernas e atuais, ainda que muito parecidas com os outros carros da marca. A linha de cintura alta cria um perfil esportivo e os faróis afilados deixam o sedã com uma silhueta bastante elegante. A traseira tem lanternas trapezoidais, num arranjo semelhante a sedãs italianos. No entanto, o visual ainda não consegue imprimir uma marca mais forte e apenas parece tentar juntar elementos de desenhos já consagrados. Nota 7.Custo/beneficio – A aposta da Jac era que o preço menor do J5 fosse seu maior argumento de vendas. O problema é que a queda do IPI fez despencar o preço de rivais de marcas conheci-das e com conjuntos mais elaborados. O sedã

chinês foi lançado em março por R$ 53.900, mas já pode ser encontrado nas lojas da marca por R$ 46.990. Um Nissan Sentra básico, com dotação de equipamentos semelhante ao J5, mas melhor acabamento e motor 2.0 flex, sai por R$ 47.890. Ainda que outros modelos custem até R$ 10 mil a mais, como o Peugeot 408 e Renault Fluence – vendidos a R$ 56.020 e R$ 57.030 respectivamente –, a diferença de preço ainda não justifica a compra. Nota 6.Total – O Jac J5 somou 60 pontos em 100 possíveis.

Impressões ao dirigirO desenho do J5 tem linhas limpas e agradá-veis ao primeiro olhar. As proporções são bem definidas e, se não é algo rebuscado, pelo menos tem alguma personalidade – semelhante à do J3 e J6. O espaço interno é um trunfo. Ninguém teria motivos para reclamar de aperto, com boa área livre para ombros e pernas. Atrás, três passageiros viajam sem grandes apertos. O isolamento acústico é correto. No entanto, é no acabamento que o sedã se entrega. A cabine tem materiais sem requinte algum para a categoria e simplesmente não agrada. A impressão geral não chega a ser de pobreza, mas certamente não está à altura de um sedã médio de marcas mais estabelecidas. A ergonomia é até correta, com boa posição ao dirigir e comandos à mão, mas a finalização não é superior à de um compacto comum. A iluminação azul dos instrumentos e mostradores torna difícil a leitura e a ausência de um mero computador de bordo dá o tom da simplicidade do interior. O ar-condicionado é digital mas o som tem limitações de conectividade. Pelo menos, o propulsor 1.5 16V de 125 cv cumpre corretamente seu papel. Ele move o sedã de 4,59 m com alguma desenvoltura, desde que sem muito peso a bordo. O câmbio tem engates leves e precisos e cinco marchas bem escalonadas. Mas não há milagres. O J5 pede constantes reduções de marcha e rotações mais altas para ultrapassagens e subidas mais íngremes – o torque mediano de 15,5 kgfm só aparece a 4 mil rpm.A suspensão lida bem com a buraqueira das ruas, mas a direção não tem qualquer amorte-cimento. Todos os solavancos são fortemente repassados ao volante e a condução fica algo desconfortável. Ao menos, a unidade avaliada estava com as rodas menores, de 16 polegadas, que melhoram sensivelmente o comportamento em relação às opcionais de 17 polegadas. Em velocidades mais elevadas, o modelo ainda sofre com ventos laterais e balança bastante em curvas acentuadas.

por iGor MaCário/auto press

veículos

Fotos: luiza dantas/carta z notícias

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por auGusto paladino/autopress

Notíciasautomotivas

Ano novo – A Smart lançou no Brasil a linha 2013 do Fortwo, mas as mudanças foram tão pequenas quanto o próprio carro. As

modificações foram basicamente estéticas, como o emblema, que passou para a grade frontal, novas rodas e a adição de leds para iluminação diurna. Além disso, as variantes turbinadas podem vir com a carroceria pintada em cinza fosco, cor que pode ser estendida às rodas. Os preços começam em R$ 52.500 para o mhd coupé e seguem até os R$ 72.900 para o Turbo conversível.Chamou de volta – A Citroën convocou um recall em 31.738 unidades dos C3 Picasso e Aircross fabricadas entre agosto de 2010 e abril de 2012 para a correção de um problema na montagem dos tubos flexíveis dos freios dianteiros. Eles podem entrar em atrito com componentes próximos, cau-sando desgaste prematuro e até o rompimento da tubulação. A consequência seria a perda de fluido e da capacidade de frenagem dos monovolumes. A peça será substituída por uma mais resistente, a fim de evitar o possível vazamento. Sempre mais – Junto com as mudanças no visual do R8, a Audi aproveitou para atualizar alguns itens

no esportivo. O antigo câmbio R-Tronic automa-tizado de embreagem simples e seis marchas foi substituído pelo S-Tronic, com sete velocidades e dupla embreagem. O sistema vem de série no R8 V10 e é opcional para o mais “simples” V8. Os motores também ganharam potência. O V8 passou a 430 cv – suficientes para zero a 100 km/h em 4,3 segundos e 300 km/h de máxima –, enquanto o V10 chega a 550 cv – 3,6 segundos e 317 km/h. Além das mudanças mecânicas, todo R8 agora traz faróis de led, antes opcionais. Na Europa, ele irá custar a partir de 113.500 euros, cerca de R$ 280 mil Já mudou – Mal foi lançado no Brasil e o Lexus LS já deve ganhar uma nova geração. A divisão de luxo da Toyota mostrou a primeira imagem do novo carro em redes sociais, que apresenta linhas mais ousadas e esportivas, muito semelhantes aos sedãs menores da marca. O LS deve manter os motores V8 nas versões mais caras, acoplado a um motor elétrico na variante híbrida 600h. Ele deve se man-ter como concorrente dos grandes alemães como Mercedes-Benz Classe S, BMW Série 7 e Audi A8. Por aqui, o LS460L com motor V8 de 347 cv custa R$ 615 mil.

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Sexta 17 • Agosto • 2012 Jornal do Meio 653 17veículos

Regime automotivoRegime de equilíbrio

– No mundo das motos

superesportivas, a redu-

ção de peso é uma obsessão.

Por isso a BMW lançou a HP4,

versão mais leve da S1000

RR. Com rodas de alumínio,

componentes de f ibra de

carbono, assento monoposto

e escapamento em titânio, o

peso seco ficou em 169 kg, já

com o ABS. É a mais leve da

categoria. O motor de quatro

cilindros em linha se manteve

o mesmo. Continua rendendo

193 cv e 11,4 kgm de torque.

Regime forçado – A Lotus

voltou desenvolveu mais uma

nova versão para as pistas de

seu esportivo Evora. O mode-

lo, batizado de GX, foi criado

para participar da comepetição

Rolex Series e passou por uma

extensa dieta para redução de

peso. Portas, teto e capô são

de fibra de carbono e todo o

interior foi retirado, junto com

o ABS e o controle de tração –

exigências da categoria. O motor

também foi trocado. Em vez do

V6 de 3.5 litros, entra um outro

V6 com 4.0 litros, também da

Toyota. Ele é capaz de produzir

até 446 cv, responsáveis por

empurrar os 1.150 kg do carro.

O câmbio é sequencial

de seis marchas

por auGusto paladino/autopress

Foto: divulgação

BMW HP4

Lotus Evora GX

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O mercado nacional de motocicletas de alta cilindrada cresceu e apareceu. Cada vez mais modelos grandes, luxuosos e bem equipados

são vendidos por aqui. É com essa ideia na cabeça que a inglesa Triumph vai iniciar suas atividades por aqui em outubro. Por enquanto, apenas um modelo teve a sua venda confirmada, a maxtrail Tiger Explorer 1200. Mas o fato de uma marca que conta apenas com motos de altas cilindradas em sua gama entrar no Brasil só confirma o bom momento do setor de duas rodas nacional.A Triumph vai se aproveitar dos incentivos fiscais que a Zona Franca de Manaus e criar uma pequena linha de montagem, com 45 funcio nários e investimento total de R$ 1,56 milhão. Ela começa a funcionar em setembro com entregas programadas para outubro, quando as importadas também começam a ser ven-didas. Cerca de dois anos depois da ruptura com o Grupo Izzo, antigo representante da Triumph por aqui, a empresa inglesa será diretamente responsável pelas operações. A princípio, apenas uma loja está con-firmada, em São Paulo. Mas a fabricante garante que já tem outras programadas em mais cidades do país.A chegada da Triumph ajuda a dar um alento aos mais fanáticos por motociclismo. A marca é uma das mais antigas do mundo, com 110 anos de história. Trajetória iniciada em Coventry, em 1902, e com grande foco nos modelos esporti-vos, mas que foi interrompida em 1983 com a falência da empresa graças à grande concorrência das motos japonesas. O empresário inglês John Bloor ressuscitou a Triumph sete anos depois, com uma linha toda renovada, mas que mantinha o pé na tradição centenária.Inclusive com a Tiger, maxtrail que vai chegar ao Brasil na sua configuração mais potente, a Explorer 1200. Nesse segmento, a concorrência é composta por rivais bem conhecidas da Europa.

A “best-seller” BMW R1200 GS, além de Yamaha SuperTénéré e a Honda Cross Tourer – que che-ga ao mercado na mesma época da inglesa. Ao menos, atributos para isso a ela tem. A linha Tiger é composta de modelos menores, com 1.050 e 800 cc. A 1200 foi lançada só em 2012, depois de seis anos de desenvolvimento. Um dos motivos da longa gestação foi a necessidade da criação de um motor todo novo, diferente de tudo que a fabricante tinha em produção. Apesar de moderno, ele traz a disposição clássica da Triumph, com três cilindros em linha dispostos transversalmente. A ideia é ser estreito, e mais suave que um bicilíndrico, mas com mais potência em altas. O resultado foi um propulsor de 1.215 cc capaz de gerar 137 cv e 12,3 kgfm de torque entregue a 6.400 rpm. O resto é todo focado para o conforto e para o fora--de-estrada. Tanto é que existem diversos acessórios para encarar as trilhas, tais como faróis auxiliares e proteções maiores para cárter, luzes e etc. Entre os equipamentos, ela traz de série ABS, controle de tração, controle de cruzeiro e manoplas aquecidas.Os outros componentes da linha da Triumph ainda não foi confirmado. O mais provável é que a marca opte por vender seus modelos mais emblemáticos. Caso da Bonneville, moto estilo retrô que disputaria com a Harley-Davidson Iron 883, que vende em média 60 motos por mês. Com estilo típico dos anos 1960, ela tem um propulsor de 865 cc – este de dois cilindros – de 68 cv de potência e 6,9 kgfm de torque. Outra que deve chegar é a naked Speed Triple. Ela é a moto mais icônica desde o relançamento da marca . Com os tradicionais três cilindros de 1.050 cc rendendo 135 cv e 11,3 kgfm, a Speed Triple chegou até a ser usada por Tom Cruise no filme “Missão Impossível II”. Mais uma prova do prestígio da marca inglesa.

por rodriGo MaCHado/auto press Fotos:divulgação

veículos

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Sexta 17 • Agosto • 2012 Jornal do Meio 65320