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Bragança Paulista Sexta 30 Novembro 2012 Nº 668 - ano XI [email protected] 11 4032-3919 jornal do meio

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Edição 30.11.2012

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B r a g a n ç a P a u l i s t a

Sexta30 Novembro 2012Nº 668 - ano [email protected]

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As celebrações natalinas têm, para os cristãos católicos, um momento de expec-

tativa: o Advento. Na pedagogia do sentido e aprofundamento dos momentos fundamentais da vida da Igreja há sempre um convite à reflexão. Parar para pensar naquilo que se vai celebrar, naquilo que se vai “tornar célebre”, que não pode ser jamais esquecido. Os cristãos todos celebram, às vezes com diferenças, o nascimento Daquele que é “a razão de sua esperança” (cf. 1 Pedro 3,15). Essa data marca a presença do Emanuel (Deus conosco). Para a fé cristã é o mo-mento em que Deus se faz carne, se faz pessoa humana. São Paulo dirá que na Encarnação o Filho se desvestiu de sua divindade e se revestiu de nossa humanidade, tornando-se semelhante a nós em tudo, menos no pecado. Para recordar esse acontecimento há um tempo litúrgico de preparação

que se chama Advento, espera. A comunidade dos cristãos faz um caminho em preparação à presença do Messias prometido. Vale a pena lembrar algumas pistas que ajudam a viver a preparação para o Natal. Vejamos: A cor dos paramentos utilizados nesta época é o tom violáceo (um roxo avermelhado). A cor roxa é uma cor ao mesmo tempo bonita e triste. Seu signi-ficado, nesta circunstância, quer lembrar a alegria por Aquele que vai nascer e a preocupação, tristeza, porque Ele ainda não nasceu. Se me permitem é como o sentimento de uma criança na espera de um presente: alegre porque vai ganhá--lo, e triste, esperançoso, porque ainda não o ganhou. Costuma-se ter nas igrejas a Coroa do Advento com quatro velas, cada uma acesa a cada domingo. Recordam o costume judaico de celebrar a vinda da luz à humanidade, dispersa pelo mundo nos quatro pontos cardeais. Estas

celebrações têm a finalidade de reavivar a Esperança. Virtude que impele a não desanimar diante dos desafios que o quotidiano apre-senta. Na história do povo judeu encontramos pistas para balizar nossas atitudes. Como escrito em outras ocasiões, a literatura apocalíptica nos apresenta atitudes de resistência para não perdermos o rumo de nossas vidas. Quando da dominação dos reis de origem grega (entre os séculos II e I antes de Cristo) houve, na comunidade judaica, movimento de oposição às determinações de abandono da fé, dos usos e costumes. Surgiram escritos que, em linguagem simbó-lica, procuravam encorajar o povo sofrido. Fazia-se a memória dos tantos reinos que tinham oprimido o povo e que tinham sido, afinal, derrotados. Em Daniel 7 encon-tramos a indicação dos reinos da Babilônia (leão), dos Medos (urso), da Pérsia (leopardo) e do reino atual

(um animal terrível e espantoso e extremamente forte: com enormes dentes de ferro... muito diferente dos animais que o haviam precedi-do...), cuja dominação começa com Alexandre Magno e, naquela época, era personificada por Antíoco IV Epífanes). Esses reinos surgem do mar, lugar do mal na concepção dos escritos bíblicos. Todos eles seriam superados e batidos por um filho do homem que viria nas nuvens (viria do céu). Este rei teria um coração humano. Ao longo do tempo firmou-se a esperança de um rei (Messias) que um dia faria voltar os esplendores dos reinados de Davi e Salomão. Assim o povo leu. Os cristãos viram nessa pro-messa o anúncio de Jesus Cristo. É ele aquele que vem do céu e com coração de homem redime se povo. O seu reino não será a repetição dos reinos humanos. Ele não será um rei que virá para oprimir. O seu reino será marcado pela doação

total. Pela entrega suprema da própria vida. Longe de dominar será aquele que servirá. Sua vida é modelo para ser seguido pelos que nele acreditam. Daí celebrar o Natal é prepará-lo para que sua celebração não se confunda com uma festa qualquer que passa sem deixar marcas comprometedoras. O Natal é a celebração de que o projeto divino da salvação (que todos vivam como filhos e filhas de Deus) continua a caminho, esperando sua realização plena quando Cristo for tudo em todos.

Mons. giovanni baresse

Jornal do MeioRua Santa Clara, 730Centro - Bragança Pta.Tel/Fax: (11) 4032-3919

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Diretor Responsável:Carlos Henrique Picarelli

Jornalista Responsável:Carlos Henrique Picarelli(MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da

direção deste orgão.

As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS

Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente.

Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

ExpEdiEntE

para pensar

Advento: Esperaro que e a quem?

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Os irmãos Ronaldo e Ricardo Padovan trabalham com restauração de carros antigos há cerca de 30 anos. Mas a his-

tória da família no ramo é ainda mais distante. “Meu bisavô trabalhava com carruagem na Itália. Quando veio para o Brasil abriu uma oficina de carroça, que passou para meu avô, meu pai e meu tio”, diz Ronaldo. “Depois, na década de 50 meu pai abriu uma oficina de carroceria, trabalhava só com caminhão e caminhonete”, conta. “A gente convive com isso desde criança”.“Tínhamos outro emprego e fazíamos uma res-tauração ou outra só nas horas vagas. Abrimos a oficina há um ano e meio”, conta Ricardo. A vontade de se dedicar aos carros antigos surgiu por causa da Revista Oficina Mecânica e dos “hot rod” que estampavam as páginas. Hot Rod é o termo usado para definir os “carros antigos com máquina nova”, como explica Ronaldo. “A carcaça é de carro antigo, mas o motor é bem mais potente”, fala. Os dois já restauraram juntos mais de 20 carros. “O tempo de restauro é de nove meses a um ano e meio para cada um”, explica. Quando o Jornal do Meio visitou a oficina R & R Custon, havia três carros em processo de restauro: uma caminho-nete Chevrolet Brasil 1963, um Maverick 1977 e um Chevrolet 1934. Este último, o mais antigo restaurado por eles até hoje, foi construído peça a peça. Para isso Ronaldo e Ricardo precisaram fazer muita garimpagem em oficinas e ferros velhos. “É de um amigo e foi construído inteiro, mas com mecânica moderna. A mecânica dele é modelo 1998/99. O motor original tinha 46 cavalos”, explica Ronaldo. “Tudo depende do que o cliente pedir”, diz. “Pessoal de Campinas e São Paulo também traz carro pra gente restaurar”, fala. “As coisas foram acontecendo aos poucos e agora virou nosso trabalho”. Além dos irmãos, Wesley Padovan, filho de Ricardo, também tra-balha na oficina.

PeçasPara restaurar cada carro, os mecânicos têm três opções: garimpar oficinas e ferros velhos até encontrar a peça que precisam, importar a peça nova ou construí-la. De acordo com Ronaldo eles só optam por construir como último recurso. “Trabalhamos em fábrica por mais de 15 anos. Temos muita base técnica do como construir e restaurar. Mas fazer a peça é mais complicado do que garimpar” analisa. “Quando olhamos pro carro já sabemos o que vamos passar, não existe carro impossível”, diz. “A internet ajuda bastante na hora da pesquisa. E muitas vezes trocamos peças com os amigos”, conta. Ronaldo explica que pela placa de identificação que cada veículo possui é possível saber o mês e ano de fabricação, o número de série, a cor e o modelo e em qual linha de montagem foi fabricado. Dessa forma fica mais fácil encontrar as peças adequadas para cada carro. Quando, depois de muita garimpagem, a peça não é encontrada, eles tentam a importação. “Fora do país se consegue peça nova. Muitas ainda são fabricadas”. Ronaldo

mostra algumas que serão usadas em breve. As peças ainda estão guardadas em caixas e relu-zentes. São peças novas e originais, vindas dos Estados Unidos. “O preço que se paga compensa porque uma peça como essa nunca precisará ser trocada, é pra vida inteira”, diz. “Um amigo fala que essas peças parecem coisa de cinema”, brinca. E realmente parecem. Quem vê as peças provavelmente se lembra dos carros customizados dos filmes norte-americanos. Assim como todo amante dos carros, Ronaldo se entusiasma aos mostrá-las. “Dá até dó de tirar da caixa”, fala. Para ele e Ricardo o melhor desse trabalho é poder se dedicar aos carros. “Quando algum vai embora a gente sofre mais do que o dono, quando deixou o carro aqui”, fala. Alguns carros que chegam até eles são relíquias de família, outros são de pessoas que sempre sonharam com determinado modelo e o encontraram pouco conservados. “Já pegamos carro aqui em situação muito precária”, diz. “O importante é a estrutura estar boa. O resto

a gente faz. A reforma fica mais fácil quando a parte estrutural está boa”, explica. “Se o dono zela pelo carro sempre, vai ter ele pela vida inteira”, fala. “O tipo de serviço que a

gente faz é de preparação. Oferecemos o melhor padrão

de serviço, o dono decide o que quer fazer”, explica. Todo o processo de restauração é feito por eles: motor, parte interna do carro, pintura. O carro sai pronto da oficina. “Primeiro a gente faz o carro andar. Depois o preparamos para o acabamento e pintura”, fala.

ManuaisRonaldo explica que carro antigo é aquele que já saiu de linha e que eles trabalham com modernos também. Para eles não existe um preferido ou que tenha sido mais difícil de restaurar. O que importa é o processo, ver o carro, independente de qual seja, se transformando e retornando à forma original. “A gente faz muita pesquisa histórica e tem muita dúvida durante o processo”, diz Ronaldo. “Mas usamos manuais de serviço e catálogos de peças como referência e medida para o trabalho”. Os manuais e catálogos aos quais Ronaldo se refere também podem ser considerados relíquias. Ele mostra alguns de sua coleção particular e explica como antigamente tudo vinha detalhado. “Os ma-nuais de hoje não têm nada disso. Esses mostram tudo sobre a parte elétrica do carro”, diz. Um dos manuais conservados por Ronaldo tem data de 1966 e veio de Itabuna, na Bahia. “Isso nos ajuda muito mais do que a internet, tem tudo registrado aqui”, fala. Cada restauração feita por Ronaldo e Ricardo tem como base o padrão de linha de cada carro. Se eles estão trabalhando em um carro Ford, usarão todas as referências históricas que conseguirem da marca, linha e modelo para chegar ao resultado mais próximo do original possível. Caso estejam preparando um Hot Rod o motor deve seguir o mesmo padrão e se adequar a modelo do carro. “Como o motor é mais reforçado e mais forte do que normal é preciso seguir o padrão da linha, como seria o carro com o motor mais moderno e fazer a adaptação”, conclui.

colaboração sHeL aLMeiDa

Quando olhamos pro carro já sabemos o que vamos passar,

não existe carro impossível

Ronaldo Padovan

Wesley, Ricardo e Ronaldo ao lado do Chevrolet 1934, restauração começou como hobby e virou profissão.

Chevrolet 1951 e Study Baker

Ronaldo mostra um dos manuais de serviço que usa como referência de trabalho. “Com esse tipo de manual dá pra gente saber tudo sobre o carro”.

Quando não encontram peças em garimpagem, é possível importá-las novas.

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Fiz para aperitivo neste sábado à noite. Meus amigos vieram em casa dividir uma pizza (1 só? Não!!!) e preparei este pão super rápido e todos aprovaram. Deu um

‘pãozão’ tamanho gigante mesmo! Rende muito!Assim:30g de fermento para pão1 colher (sopa) de açúcar1 xícara de leite mornosal1 ovo inteiro levemente batido½ xícara de óleo500g farinha de trigo (aproximadamente)Bati tudo na batedeira, na ordem citada. Não precisei deixar crescer. Caso você não tenha uma batedeira potente, que bata massas, pode preparar numa tigela mesmo!Abri a massa num retângulo grande e fino. Pincelei com 2 colheres (sopa) de manteiga ou margarina e coloque o recheio que preferir. Eu usei 150g de lingüiça em rodelas, salsinha, 100g de mussarela ralada, 50g de gorgonzola e um pouco de parmesão. Enrolei como um rocambole, juntei as pontas e fiz uns talhos com uma faca em cima.Pincelei com uma gema e polvilhei queijo ralado, levei a assar em forno médio (180ºC).Deixei crescer dentro do forno desligado, logo depois que enrolei, porque era cedo demais para assar. Só fiquei imaginando essa mesma massa com outros recheios. Vou ter que experimentar!

Pão de torresmoReceita famosa em qualquer padaria, essa aqui veio do renomado Benjamim Abrahão, um saudoso padeiro que frequentemente aparecia na minha TV há alguns anos atrás, em programas de culinária.Como eu já tinha torresminho pronto na geladeira (receita abaixo), fruto do preparo de outro dia, me aventurei e botei a mão na massa. Mas pode ser substituído por aqueles comprados pronto, sem dúvida. Ou ainda, trocar por lingüiça ou bacon. É gosto do freguês!Coloquei numa batedeira 150g de farinha de trigo, 2 tabletes (30g) de fermento para pão fresco, 2 colheres (rasas) de açúcar e 100ml de água morna. Bati bem, cobri a tigela com um prato limpo e deixei que crescesse por uns 15 minutos. Então, voltei a bater com 1 ovo, 1 colher de óleo (eu usei a banha do torresmo), 1 colher (rasa) de sal, 1 colher (sopa) de leite em pó integral, mais 150ml de água e 350g de farinha de trigo.A massa fica bem macia e homogênea. Deixei descansar mais uma vez por 20 minutos,

coberta. Caso você não tenha uma batedeira potente, que bata massas, pode preparar numa tigela mesmo!Então, abri a massa com um rolo, acomodei 3 xícaras de torresminho picado e um pouco de queijo. Enrolei como se fosse um rocambole. Salpiquei um tanto de torresminho por cima e acomodei numa assadeira untada.Esperei que dobrasse de tamanho e levei ao forno médio (180ºC) por uns 30 minutos.

Torresminho purucucaEsta é uma preferência na minha casa: ‘torres-minho pururuca’.O mistério que cerca esse prato é tão grande que muitas vezes o procuramos num restaurante ou num boteco.Hum! Como acompanhamento de uma cerveja, batendo um papo com os amigos ou com um feijão tropeiro, não tem pra ninguém. Um grande ponto de interrogação nas cabeças, as dúvidas (se é que ainda existem) vão se acabar agorinha mesmo.A coisa começa na compra. Peça 1kg de toucinho fresco, o congelado não pururuca direito! Prefira o com uma boa capa de gordura. Precisamos que ela derreta em quantidade.Fatie em cubos (3 x 3 cm) e deixe descansar em temperatura ambiente.Tempere com 1 colher (sopa) de sal, nada mais.Aqueça uma panela alta com 2 colheres de óleo vegetal e coloque o toucinho dentro, em fogo bem baixo. Mexa de vez em quando.Perceba que a gordura vai derreter aos poucos, até que ele fique submerso. Aí, então, aumente o fogo para o mais alto possível e espere que ele pururuque.Caso a cor já esteja dourada e não tenha pu-rurucado ainda, retire-os, espere que o óleo esteja bem quente e volte-os para a panela. Não use tampa na panela em momento algum.Escorra com uma espumadeira e delicie-se...Guarde a gordura num vidro na geladeira e use-a para temperar feijão ou couve refogada!

Deborah

Deborah martin salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www.Delicias1001.Com.Br recheado somente de receitas testadas e aprovadas.Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para [email protected]

Por DeboraH Martin saLaroLi

Lanches para a noite

pao de torresmo

Fotos: Delícias 1001

Delícias 1001

torresminho

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Por JoHanna nUbLat/foLHaPress

Por aLfreDo Monte /foLHaPress

sífilis em bebês

Estereótipos ideológicos debilitam novelão

Cresce registro de

O registro de casos de bebês que nasceram com sífilis subiu 53% no intervalo de dois anos,

passando de 6,1 mil casos em 2009 para 9,4 mil em 2011. Em comparação, nos cinco anos anterio-res, a alta desses casos não chegou a 9%. Para o Ministério da Saúde, a aceleração é positiva porque reflete o esforço de identificação precoce da doença e de redução da taxa de casos que não eram notificados --estimada no passado em cerca de 60%. “Até 2005, a gente tinha poucos casos notificados, o que aparentemente era bom. Mas, em 2004, por estimativas indiretas e juntando os óbitos, chegamos à conclusão de que tínhamos 12 mil casos por ano”, diz Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde da pasta. A sífilis pode ser transmitida ao feto pela mãe. A depender da gravidade e da forma de manifestação, a doença pode causar alterações ósseas, comprometimento do sistema nervoso central e até a morte da criança. A doença é evitável no bebê caso a ges-tante receba o diagnóstico e seja tratada. A meta é baixar a incidência, hoje em 3,3 casos por mil bebês nascidos vivos, para menos de um em mil até 2015. Para chegar a isso, a estratégia é ampliar a oferta de testes rápidos contra a sífilis no pré-natal do SUS, que garantem a entrega do resultado à grávida antes do parto. “Em casos de gestantes com dificuldade

de se deslocar ao pré-natal, o exame tradicional era feito, mas se perdia a oportunidade de tratar a mulher, e o bebê nascia com a doença”, diz o secretário. A expectativa é que, até o fim de 2014, todas as gestantes atendidas na rede pública façam esse teste rápido. Heloisa Helena Marques, do departa-mento científico da Sociedade Brasileira de Pediatria, concorda com a explicação de que o aumento se deve à maior iden-tificação e não ao crescimento de casos. “Ter 5.000 casos e ter um aumento é um

indicador de que a gente está testando mais”, afirma ela. O esforço de melhorar o diagnóstico da gestante é antigo, segundo a médica. Quando isso não é possível, diz, um teste imediato da criança permite o tratamento precoce, além do acompa-nhamento da família. Já para Sérgio Peixoto, professor de ginecologia e obstetrícia da Faculdade de Medicina da USP, os dados devem servir de alerta para o crescimento das doenças sexualmente transmissíveis.

“Concordo que tínhamos o problema da subnotificação. Na sífilis, estamos vendo um aumento nos dois lados: tanto na incidência da doença quanto nas notificações.” Helena Shimizu, coordenadora do programa de pós-graduação em saúde coletiva da UnB, destaca a necessidade de melhorar a estrutura de diagnóstico e tratamento. “A abordagem clínica é simples, mas falta estrutura. Já a abordagem social do problema não é muito simples.”

Como em “Bolero de Ravel” (2010), uma casa é o cerne de “O Casarão da Rua do Rosário”. No trabalho anterior, Menalton Braff traçava o perfil de um protagonista que se recusava a sair da casa paterna para se tornar um “membro produtivo da sociedade”. No novo título da sua prolífica produção, é pelo olhar de um “intruso” que conhe-ceremos o grupo familiar apegado às tradições e à permanência que o imóvel representa; quatro tias solteironas e um tio deficiente mental. Dois irmãos saíram da casa para traje-tórias opostas. Romão, representando o conservadorismo direitista, prolongado pelo filho, Rodolfo. Já Isaura, a caçula (e a mais bonita),

trocará os valores familiares pelo casa-mento com um ativista político, cujo desaparecimento a força a viver nova-mente com as irmãs, certamente não de maneira pacífica, trazendo os filhos. Um deles, Palmiro, é quem -motivado pela morte da matriarca, Benvinda -repassa em sua memória os mesmos acontecimentos, e às vezes até os mesmos trechos, nas cinco partes da narrativa. A decepção com “O Casarão da Rua do Rosário” é que, apesar do autor à primeira vista manipular uma estrutura cuidadosa, não há razão alguma que justifique as cinco partes do livro. As duas primeiras (focadas na megera Benvinda e no tio Ataulfo) podem até ser defensáveis; as outras vão progres-sivamente esboroando o interesse da

história e enfraquecendo o texto. A quinta raspa o tacho, já raso.

O sal da terra Além da tessitura discutível, Braff mostra--se incapaz de refletir seriamente sobre as opções políticas dos seus personagens sem cair nos mais reles estereótipos. Todos os personagens identificados com a direita são desprezíveis, reacio-nários desvairados ou oportunistas, incapazes de afeto ou de alegria (o único que escapa desse círculo infernal é o deficiente mental!). Já os da esquerda guardam as reservas para a felicidade, os vínculos familiares autênticos, enfim, são o sal da terra (embora nenhum deles nos interesse especialmente).

Ora, ora. Assim é fácil compor um painel romanesco.Palmiro diz a certa altura: “Isso é um trabalho do meu entendi-mento sobre minha memória porque esta costuma ser caótica e aquele busca dar ordem ao caos”. Parece mais o uso de uma receitinha ideológica, o resto como consequência. O acerto de contas com o passado na forma de um novelão. Alfredo monte é doutor em teoria literá-ria pela USP e criador do blog monte de leituras (www.armonte.wordpress.com)

O casarão da rua do rosário Autor Menalton Braff Editora Bertrand Brasil Quanto R$ 39 (350 págs.) Avaliação regular

De acordo com Ministério da Saúde, aumento de 53% em dois anos se deve ao maior esforço de diagnóstico precoce

saúde

antenado

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Por DaniLa MoUra /foLHaPress

Não corra risco Canela, calcanhar e planta do pé são as maiores vítimas do impacto que ocorre na corrida --e não os

joelhos, tão lembrados quando se fala em lesão de atletas. É o que revela estudo pioneiro da Univer-sidade Cidade de São Paulo publicado no “New Zealand Journal of Sports Medicine”, revista que lidera o ranking internacional de publicações sobre ciência do esporte feito pelo “Journal Citation Reports”. Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram 2.924 artigos. “Revisamos todas as pesquisas que descreveram as principais lesões em corredores”, diz Alexandre Dias Lopes, fisioterapeuta, professor da Unicid e coordenador de um grupo de pesquisas sobre o tema. No final da peneira científica, que descartou textos redundantes ou com definições insufi-cientes, só oito estudos foram considerados. No total, acompanharam 3.500 corredores e constataram 28 tipos de lesão. As três principais são: síndrome do estresse medial da tíbia (canelite), tendinopatia de Aquiles (tendinopatia do calcâneo) e fascite plantar (veja ao lado). “Não dá para dizer qual é a principal. Essas três são as mais comuns”, diz Lopes, que supervisionou o estudo conduzido pelo mestrando Luiz Carlos Hespanhol Júnior. Nos consultórios, também são as campeãs, diz Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. São lesões causadas por sobrecarga, nenhu-ma é traumática (tipo pisar num buraco). Diferentemente do futebol, que machuca por macrotrauma, a corrida causa lesões por microtrauma de repetição. “Alguma estrutura biológica não aguenta o estresse e sofre inflamação”, diz Lopes. Márcio Freitas, especialista em pé e torno-zelo, acrescenta: “A causa principal dessas patologias é o excesso de treino, com pouco tempo de recuperação dos tecidos [osso, tendão, músculo]”. Rogério Teixeira da Silva, ortopedista e coor-

denador do Núcleo de Estudos em Esportes e Ortopedia, bate na mesma tecla: “Uma das causas mais comuns de sobrecargas ósseas e de tendão é o músculo não estar forte o suficiente para suportar os treinos; no caso da fascite plantar e nas tendinites de joelho e de Aquiles, o encurtamento muscular também é uma causa importante”. Quando a advogada Cinthia Andrade, 35, sentiu pontadas no meio da canela,

Achou que era cansaço. Os sintomas surgiam nos treinos e eram amenizados quando ela, que corre há seis anos, reduzia a intensidade ou caminhava. Com o tempo, a dor passou a prejudicar seu desempenho. “Em maio, numa prova de 10 km, tive de caminhar a partir do km 6. Em setembro, participei de outra e tive de caminhar já no km 3. Fico chateada porque estou preparada, mas não consigo desenvolver por causa da dor.” Sem nunca ter deixado de treinar “’corrida até quatro vezes por semana mais bicicleta ao menos um dia--, resolveu enfim ir ao médico. O exame indicou canelite nas duas pernas. Agora, ela começa nova etapa: fisioterapia, fortalecimento muscular, aplicação de gelo e redução do volume de treinos. Os resultados devem aparecer em um mês e meio. A advogada quer acabar com a dor logo e se preparar para a São Silvestre, principal prova de rua do país.”Vou correr de qualquer jeito!”

Menos, menos O tratamento, pelo menos num primeiro momento, é sempre a redução do treinamento, tanto em volume (quilômetros rodados por semana) quanto em intensidade (ritmo). Há situações em que o corredor deve mesmo interromper seus treinos. E precisa tomar outras medidas. “Além de fisioterapia, o paciente deve seguir um programa específico de treinamento, envolvendo alongamento e fortalecimento muscular. Como terapia complementar, a acupuntura, o RPG e a quiropraxia podem ser utilizados”, diz Moisés Cohen, diretor do

Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte. Os resultados dependem da paciência da pessoa, nem sempre disposta a abrir mão de seu esporte, constata Freitas: “Nós, que tratamos corredores, ficamos muitas vezes de mãos atadas, pois essas lesões requerem um tempo de tratamento, o que não é aceito por eles e, muitas vezes, não temos tecnologia para abreviar esse tempo, que é determinado pela biologia, não pela opinião médica”. Corredor deve evitar exagero para dimi-nuir os riscos A julgar pelas estatísticas, pelo menos metade dos corredores vai sofrer lesões relacionadas ao esporte em algum momento da vida. Duas das maiores pesquisas citadas no trabalho de revisão coordenado pelo fisio-terapeuta Alexandre Lopes mostram que 46% dos participantes de maratonas já se machucaram. Para reduzir o risco de desenvolver patologias em consequência do hábito da corrida, os médicos consultados pela Folha recomendam algumas medidas. “Aumentar os treinos (volume, frequência, intensidade) de maneira gradual e progres-

siva, realizar exercícios de fortalecimento muscular duas a três vezes por semana e fazer alongamentos” são algumas das indicações do médico Jomar Souza, da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Reduzir o peso corporal e usar “calçados adequados” também são fatores que podem diminuir o risco de lesões, segundo o orto-pedista Moisés Cohen. O tênis certo O também ortopedista Márcio Freitas é mais específico: “A correção biomecânica dos eixos de força dos membros inferio-res, com palmilhas e tênis adequados, é importante fator de prevenção; já o alon-gamento do pé e da panturrilha ajuda a evitar a fascite plantar”. Freitas também recomenda, para evitar o impacto excessivo, o uso de tênis de amorte-cimento e de calcanheiras de silicone --além da alternância dos tipos de terreno da corrida. O corredor deve, ainda, evitar o exagero nos treinos de “tiros” [corridas curtas em ritmo intenso] e não se apoiar demais no antepé, já que esses fatores aumentam a tensão na origem da fáscia plantar. (RODOLFO LUCENA)

Pesquisa envolvendo 3.500 corredores mostra as principais lesões causadas por essa atividade; especialistas responsabilizam exagero nos treinos

comportamento

Foto: Folhapress

Retrato do jornalista Ricardo Capriotti. Ele tem uma lesão muscular crônica na planta do pé

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Muitos condomínios se expõem ao risco de fiscaliza-ções, multas, indenizações trabalhistas e muita dor de cabeça por não saberem ao certo o que devem contratar. Após observar que muitos condomínios se utilizam do Porteiro/Vigia para fazer rondas internas de

vigilância, fiz a pesquisa abaixo para esclarecer a diferença entre porteiro, vigia e vigilante:Vigia: Entende-se por vigia a pessoa que é contratada para exercer uma atividade estática, não especializada, sem vigilância ostensiva e para a qual não se exige preparação especial. Segundo Valentin Carrion, vigia é o que somente exerce tarefas de observação e fiscalização de um local . Conclusão :Depreende-se dos conceitos que as atividades tem objetivos distintos. O vigia executa os serviços observando a boa ordem do es-tabelecimento, enquanto o vigilante faz curso de preparação para defender o patrimônio do empregador, impedir ou inibir ação criminosa. Vigilante: Vigilante é aquele que exerce atividades ligadas à segurança de valores ou proteção da integridade física e moral das pessoas. Geralmente é contratado por empresas especializadas em ser-viços de vigilância empresarial ou de transportes de valores. Nas palavras de Valentin Carrion “ vigilante é o empregado contratado por estabelecimento financeiro ou por empre-sa especializada em prestação de serviço de vigilância ou transporte de valores, vigilância de outros estabelecimentos públicos ou privados, inclusive residenciais”. Existe uma dúvida muito comum entre contratantes de empresas que fornecem mão-de-obra terceirizada e, princi-palmente, síndicos e administradores de condomínio sobre quando utilizar o porteiro/vigia e quando utilizar o vigilante.PORTEIRO/VIGIA (CBO 5174): desempenham funções afetas ao segmento de asseio e conservação e não são consideradas

atividades de vigilância/segurança. Não depende de autorização da Brigada Militar (GSVG) nem mesmo do Departamento de Polícia Federal. Não utiliza armamento.VIGILANTE (CBO 5173): atividade regulamentada pela Lei 7.102/83 e legislações posteriores vigentes. Realiza funções de vigilância/segurança. Exercida somente por pessoas ha-bilitadas (revalidação permanente) em escolas de formação de vigilantes e contratadas por empresas autorizadas pelo Departamento de Polícia Federal. Pode utilizar armamento.Na Classificação Brasileira de Ocupações, elaborada pelo Mi-nistério do Trabalho e Emprego, não existe função “auxiliar de segurança privada”. O “auxiliar de segurança privada” não possui CBO e, quando irregularmente utilizado, aparece com o código emprestado do porteiro/vigia (5174).A contratação do “auxiliar de segurança privada” representa risco aos condomínios e demais tomadores de serviços de terceirização de mão-de-obra por tratar-se de uma condição temerária e inexistente sob a interpretação das autoridades competentes, além de ser prática ilegal, devendo ser fiscali-zada pelos síndicos/administradores. Dessa forma, evitam-se problemas com o Depto. De Polícia Federal.O Ministério do Trabalho e Emprego já editou a Cartilha de Orientação ao Tomador de Serviços e, por meio da Secretaria de Inspeção do Trabalho, pacificou a questão a recordar:“Asseio e Conservação: O setor de asseio e conservação compreende prestação de serviços terceirizados, por meio de empresas especializadas, suprindo necessidade de mão--de-obra para as atividades-meio do tomador de serviços.Dentre outras funções, estão abrangidas pela categoria: porteiros e vigias em geral, inclusive de condomínios e edi-fícios; faxineiros ou serventes; limpadores de caixas-d’água; trabalhadores braçais; agentes de campo; ascensoristas; copeiros; capineiros; dedetizadores; limpadores de vidros; manobristas; garagistas; operadores de carga; auxiliares de

jardinagem; contínuos ou office-boys; faxineiros de limpe-za técnica industrial; líderes de limpeza técnica industrial; recepcionistas ou atendentes.”“Segurança e Vigilância: É prerrogativa exclusiva das em-presas de segurança regularmente constituídas a prestação dos serviços de segurança/vigilância, cabendo apenas aos profissionais devidamente qualificados o exercício regular dos trabalhos em questão.Exige-se para exercício profissional que o vigilante receba treinamento específico com reciclagens periódicas, só podendo exercer as atividades de segurança quando, comprovadamen-te, não possuir antecedentes criminais. Ademais, devem ser preparados física e psicologicamente para as funções que lhes são atribuídas, por meio de cursos de formação, acompa-nhados e fiscalizados pela Polícia Federal, dotada de arquivo que controla os vigilantes, armamento e munição de todas as empresas regulares.Em relação ao vigia, essas condições não são exigidas”.Considerando a relação custo benefício, existem poucos condomínios que contratam vigilantes.A maioria esmagadora opta pela contração de empresas de asseio e conservação com o fornecimento de mão-de-obra do porteiro/vigia.fontes : www.orsitec.com.br ,, /www.sin-dasseio.org.brAté a próxima.Valmir Aristides, consultor de segurança e fundador da Eco Sistema Eletrônico Ltda- Empresa especializada em tecnologias e soluções em segurança. Formado em Eletrônica, tendo atuado na área técnica nas Em-presas IBM-International Business Machines e ITT-International Telegraphs & Telecomunications, foi o Fundador-Presidente da REB-PM - Rede de Emergência Bragantina na Polícia Militar e atuou por 2 anos como Diretor do SPC – Serviço de Proteção ao Crédito na Câmara de Dirigentes Lojistas de Bra-gança Paulista (CDL).

por vaLMir aristiDes

Porteiro, vigia ou vigilante?

olho vivo - dicas de segurança

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Foi com enorme alegria que fotografei o ensaio pré-wedding desse lindo e querido casal. Raquel e Daniel. Aliás, queridos por todos nós Brasileiros porque se trata do grande campeão e recordista Daniel Dias que defende o Brasil nas piscinas do mun-do inteiro. Foi um dia muito agradável e divertido onde demos muitas risadas e deu pra perceber que os dois foram feitos um para o outro. Daniel é muito brincalhão e divertido e Raquel é um amor de pessoa. Linda por dentro e por fora. Os dois são

protagonistas de uma linda história de amor e determinação que culminou na vontade de ficarem juntos para sempre. Sempre apoiados pela Família e pela inabalável fé que os dois têm, o resultado não podia ser diferente. Em breve estaremos comparti-lhando as fotos do casamento deles nesta coluna e, por enquanto, vamos curtindo essas lindas imagens do casal. Até lá!

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ve

ícu

los

2ºCaderno

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O brasileiro tem fome ancestral de novidades. Por isso, o melhor momento de qualquer veículo

no mercado é o período de lançamento. Nas semanas que imediatamente se seguem à apresentação, o carro provo-ca desejo tanto pelo ineditismo de um produto pouco conhecido quanto pela exclusividade de um modelo que tem poucas unidades rodando nas ruas. E se isso já acontece com produtos bem acessíveis, como compactos, com o SUV médio-grande Chevrolet Trailblazer essas reações devem durar um bom tempo. A General Motors pesou bem o valor da novidade e decidiu que a melhor medida seria apresentar o seu novo utilitário esportivo apenas na versão top, LTZ, sem opcionais. Com isso, o preço chegou a patamares nunca antes vistos em um carro nacional. Com a motorização a gasolina fica em R$ 145.450 e com a diesel, R$ 175.450.É verdade que a rival direta, a argentina Toyota SW4 diesel SRV com sete lugares, sai ainda um pouco mais cara: R$ 181 mil. Mas, por outro lado, o modelo da marca japonesa tem versões que começam em R$ 110 mil. Já para a Trailblazer, estas versões menos equipadas e mais acessíveis só serão lançadas depois de satisfeita a sanha dos consumidores mais ávidos. O line-up da marca dá conta das lacunas, que a GM pretende preencher no decorrer de 2013. Entre a Trailblazer mais barata e o SUV imediatamente abaixo, a Captiva mais cara, AWD com motor V6 de 268 cv, há um vão de aproxima-damente R$ 45 mil. Mas a estratégia de chegar com o modelo aos poucos tem

sentido. A própria mudança no nome da caminhonete derivada da pick-up S10, de Blazer para Trailblazer, já serve para criar uma ruptura com a história que vinha sendo contada até aqui.A ideia é que o modelo adentrasse sem velhas amarras no nicho mais luxuoso de SUV com forte “pegada” off-road – como a própria SW4, a Mitsubishi Pajero Dakar, que custa ainda menos, R$ 158.990, e até que a Jeep Grand Che-rokee, que sai por R$ 159 mil. O trem de força do modelo mostra bem a intenção deixar a Trailblazer bem à vontade no fora-de-estrada. A tração é sempre 4X4 com reduzida e acoplamento elétrico com acionamento eletrônico, câmbio automático de seis marchas com modo sequencial e recursos como controle de velocidade em declives e assistente de partida em aclives.No modelo diesel, trata-se do mesmo propulsor que já equipa a S10: 2.8 turbo com intercooler de 180 cv de potência e 47,9 kgfm de torque – na futura configuração com câmbio mecânico, o torque será de 44,9 kgfm. Na versão a gasolina, o propulsor é um 3.6 de 239 cv de potência e 33,5 kgfm de torque. Este motor, semelhante ao usado na Captiva até 2010, faz a Trailblazer custar R$ 30 mil a menos.Na lista de equipamentos, exatamen-te igual para as duas motorizações, a Trailblazer LTZ também mostra um bom arsenal para encarar este duelo. O modelo tem sempre sete lugares, airbags frontais e de cortina para as três fileiras de bancos, ar digital com saídas para a parte traseira, controle de estabilidade,

de tração, ABS com EBD, sensor de ré, sistema de navegação, som de alta fide-lidade e revestimento em couro.A GM prevê um nível de comercialização até modesto, de 400 unidades mensais – padrão de produção impossível de ser mantido, caso a linha da Trailblazer não fosse compartilhada com a S10. Essa expectativa é aproximadamente a me-tade da média da SW4 em 2012 – em outubro, um mês bom, bateu nas 1.300 unidades. Isso mostra que o potencial da Trailblazer é bem superior. Só em número de concessionárias, a Chevrolet tem mais que o triplo da Toyota. Ou seja: a modéstia que a GM deixou à parte na hora de valorar a Trailblazer aparece agora, quando projeta o resultado do modelo no mercado.

Primeiras impressõesSão Paulo/SP – A GM fez bem em mudar o nome de seu utilitário esportivo. A distância entre a velha Blazer e a nova Trailblazer explicita bem a diferença de 20 anos de projeto. Desde a arquitetura da carroceria, que usa aços especiais nos pontos-chave para garantir a célula de sobrevivência, até o conceito de design e de suspensão. No lugar do velho feixe de molas na traseira, há um sistema multilink que desperta no utilitário esportivo a habilidade de encarar asfalto e trilha com igual desenvoltura.O teste mesclou rodovia, estrada de terra e um pequeno circuito off-road. Neste úl-timo, a Trailblazer fez valer alguns de seus bons recursos, como a ótima distância livre para o solo, de 23,5 cm, o longo curso das suspensões – a dianteira é independente com braços articulados – e as combinações

de tração 4X4 e de reduzida. Havia também trechos cavados, em que o bom ângulo de ataque de 30º se mostrou bastante útil. O modelo também não sofre de qualquer carência de torque ou de potência. O modelo não tem bloqueio de diferencial, mas no roteiro também não havia nenhum trecho de lama pesada a ser encarado. Internamente e da coluna central para a frente, a Trailblazer é exatamente igual à S10. Mas foi a terceira coluna, chamada de coluna C, o verdadeiro “achado” do departamente de design da GM do Brasil, que desenvolveu o carro em São Caetano, em colaboração com a GM da Tailândia. Ela é grossa, com base alargada nos dois lados como um pilar e apoiada no eixo traseiro. Além de dar personalidade ao carro, ela cumpre duas outras funções: transmite a ideia de solidez e “reduz” o tamanho do SUV, que não parece ter seus 4,88 metros.Mas a Trailblazer não só é grande, como se aproveita muito bem disso. O entre--eixos de 2,85 m é bem distribuído entre as três fileiras de bancos. O espaço interno é bem generoso. A não ser por um efeito colateral do tal pilar, que faz as janelas da terceira fileira de bancos parecerem escotilhas. Apesar de os passageiros dali serem um pouco “vítimas do design”, os lugares são aceitáveis em trajetos curtos até para adultos de médio porte, até 1,70 m. No mais, o habitáculo ganha em amplitude por conta da boa altura entre o assento e o teto, o que coloca os ocupantes em uma posição mais verticalizada. E com os sete lugares disponibilizados, ainda sobram 235 litros no porta-malas.

por eDUarDo rocHa/aUto Press

veículos

Fotos: Jorge roDrigues Jorge/carta Z Notícias

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por roDrigo MacHaDo/aUto Press

Em épocas de crise, qualquer esforço para “virar o jogo” é importante. É com essa ideia que os principais fabricantes

de motocicletas do mundo chegaram no EIC-MA 2012, salão de motocicletas que acontece anualmente em Milão, no Norte da Itália. O evento, disparado o maior do mundo no setor, ocorre entre os dias 13 e 18 de novembro e reune um grande arsenal de lançamentos de diversos segmentos. Tudo para tentar dar mais interesse e aumentar o ânimo do mercado mundial de motos, que está em recessão em grande parte do globo.Além da óbvia importância de ser o maior motorshow dedicado às duas rodas, o evento milanês esse ano tem coesão direta com o Brasil. O tempo que demora para um lançamento no exterior chegar ao mercado nacional está cada vez menor e muitas marcas já lançam modelos com confirmação de breve oferta ao consumidor brasileiro.Foi o caso de duas “forasteiras” em Milão: a BMW e a Triumph. A marca alemã mostrou a F800 GT, que usa a mesma base das F800 R e F800 GS – ambas são feitas em Manaus em parceria com a Dafra –, mas em uma roupagem estradeira. Já a fabricante inglesa, que acabou de iniciar suas operações no Brasil, apresentou a nova geração da esportiva Daytona 675R. As duas tiveram vendas confirmadas em solo nacional para 2013 durante as coletivas de apresentação dos modelos.Ainda entre as “estrangeiras”, a austríaca KTM mostrou a 1290 Super Duke R Pro-totype, conceito de uma naked de altíssima performance a ser lançado no ano que vem. A japonesa Honda deu destaque para a sua nova linha de motos de 500 cc, composta pela esportiva CBR 500R, pela trail CB 500X e pela naked CB 500F.Mas as italianas souberam aproveitar a vantagem de “jogar em casa” e comandaram a festa no Salão de Milão. A Ducati – outra que vai começar a montar suas motos em Manaus nos próximos meses – mostrou a nova geração da Hypermotard, com direito até um novo modelo derivado, chamado de Hyperstrada. O estande da marca ainda teve espaço para uma versão estradeira da Diavel uma variante ainda mais esportiva da 1199 Panigale. A MV Agusta apareceu com a Rivale 800, uma naked com visual agressivo que vai fazer frente à nova Hypermotard. A Aprilia entrou na briga das maxitrails com a Caponord 1200. Entretanto, a mais patriota delas foi a Piaggio com o lançamento da nova Vespa 946. Uma pequena scooter que evoca a longa tradição italiana do segmento, agora com elementos modernos.Principais destaques do Salão de Milão de 2012Aprilia Caponord 1200 – É a investida da Aprilia no disputado segmento de maxitrails. Portanto, a Caponord 1200 chega para brigar com Ducati Multistrada, Yamaha SuperTé-néré e BMW R1200 GS, entre outras. Ela compartilha a plataforma e o motor com a Dorsoduro, o que a deixa com 115 cv e 10,2 kgfm de torque. A suspensão é semi ativa e tem sensores nas rodas para calibrar a rigidez, de acordo com a situação. BMW F800 GT – A principal vedete bávara no evento italiano tem bastante interesse para o mercado brasileiro. É a F800 GT, que tem a mesma base das F800 R e F800 GS, ambas produzidas em Manaus. O novo modelo usa a mesma arquitetura – assim como o motor bicilíndrico de 90 cv –, mas em uma embalagem mais esportiva, com direito até a carenagem. A BMW já confirmou a venda da F800 GT no Brasil em 2013. Ducati Hyperstrada – Foi a principal estreia da

fabricante italiana no evento. A Hyperstrada é, basicamente, uma adaptação da Hypermotard para o uso rodoviário. Para isso, vem de série com dois bagageiros e vidro na frente para pro-teger o piloto do vento. Ela também recebe as atualizações promovidas para a Hypermotard, como o novo motor bicilíndrico de 821 cc e 110 cv de potência com refrigeração líquida. Harley-Davidson CVO Breakout – Sem gran-des novidades para apresentar no motorshow italiano, a marca norte-americana decidiu apostar em sua longa tradição. Os principais destaque eram as versões comemorativas dos 110 anos da empresa, a serem completados em 2013. Uma das mais bonitas é a CVO Bre-akout, com um visual altamente inspirado. Ela tem pintura exclusiva e brilhante no tanque, além de belas rodas únicas. O motor é o de 1.802 cc com 15,5 kgfm de torque – a marca não divulga números de potência. Honda CBR 500R – A CBR 500R é a variante mais “nervosa” da nova linha de motos de 500 cc introduzidas pela Honda. A mecânica básica é a mesma das outras integrantes da gama – caso do motor bicilíndrico de 48 cv a 8.500 rpm e torque de 4,39 kgfm a 7 mil rpm –, mas o visual é inspirado na CBR 1000RR, suprassumo de velocidade da Honda. O modelo traz carenagens e “bolha” na frente para proteger o piloto do vento. Em termos mecânicos, na traseira, há um amortecedor monoshock e na frente uma suspensão com garfo telescópico.KTM 1290 SuperDuke Prototype – Na semana anterior ao EICMA, a KTM divulgou teasers da seu novo lançamento e a chamou de “A Fera”. Agora, o modelo foi apresentado oficialmente, mas ainda sob a ótica de um conceito. A chegada ao mercado deve acon-tecer só no ano que vem. A 1290 SuperDuke R é uma naked de altíssima performance. A fabricante austríaca disse que o motor é o mesmo de 1.195 cc já usado em outras motos, mas com capacidade aumentada. Em relação à potência e torque, a KTM se limitou a dizer que a SuperDuke é “muito, muito forte”. MV Agusta Rivale – A Rivale é mais uma em-preitada da MV Agusta para aumentar seu apelo junto ao público jovem. Até tem semelhanças estéticas com a Brutale 800, modelo no qual é baseada e também fez sua estreia no evento, mas tem visual claramente mais agressivo. Com posição de pilotar mais ereta, a Rivale deve fazer frente à Ducati Hypermotard. O motor é um três cilindros de 800 cc com 125 cv e equipado com três modos de condução para melhor adaptar o modelo às necessidades do piloto.Piaggio Vespa 946 – A Vespa 946 é uma releitura moderna da scooter original de 1946 – daí a referência do nome. O visual tenta fazer um meio termo entre algo retrô e mais moderno. A arquitetura, no entanto, é mais atual, com direito a elementos em alumínio na lataria e estrutura. O motor é um de 125 cc com injeção eletrônica e resfriamento a ar com 11,5 cv e torque de 1,09 kgfm. A lista de equipamentos é extensa e inclui até ABS e controle de tração.Triumph Daytona 675R – Além de ter sido mostrada mundialmente no Salão de Milão, a Daytona 675R já teve até produção confirma-da para o Brasil a partir de maio de 2013. De acordo com a marca inglesa, a nova geração da Daytona passou por mudanças no chassi, visual e motor. Só a platafor ma levou três anos de desenvolvimento. O motor foi repaginado e ficou 3 cv e 0,2 kgfm mais forte, para agora atingir 128 cv e 7,64 kgfm, enquanto o peso ficou 1,5 kg menor. O câmbio também é novo com direito a sistema de embreagem anti-deslizante para evitar o travamento da roda traseira em reduções bruscas.

veículos

Fotos: Divulgação

BMW F800 GT

Harley-Davidson CVO Breakou

Honda CBR 500R

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por aUgUsto PaLaDino/aUtoPress

automotivasNotícias

Na mão – A Jaguar quer ir contra a tendência dos recentes esportivos de oferecer apenas câmbios automáticos. A marca britânica pretende voltar a

usar transmissões manuais em seus modelos mais básicos a partir do próximo ano. A razão é aumentar o prazer de condução e a interatividade entre motorista e veículo. O primeiro modelo a receber um eventual novo câmbio me-cânico deve ser o F-Type, o menor esportivo da marca. Com o tempo, é possível que o sedã médio-grande XF também ganhe o equipamento. Sinuca logística – O Salão do Automóvel de São Paulo de 2012 fechou com ligeira queda de público em relação à última edição, realizada em 2010. De acordo com a or-ganização do evento, foram 748.733 visitantes, 0,3% a menos. Apesar disso, o crescimento do público feminino, o aumento do tempo médio de permanência e o número de estreias mundiais foram pontos positivos apontados pelos organizadores. Um dos motivos para a queda do público seria o tamanho e estrutura limitada do Anhembi, veterano centro de exposições paulistano que recebe o evento bienal. Força no clique – A Apple está na moda até entre os ferraristas. É que a Ferrari contratou recentemente Eddy Cue, executivo que ficou por 23 anos na empresa norte--americana e foi um dos criadores do iTunes, sistema de compra virtual de músicas. Cue, dono de uma Ferrari há cinco anos, vai ser responsável pela área de softwares e serviços de internet na fabricante italiana. De acordo com Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, o reforço é

importante para evoluir na área.Na tabela periódica – A evolução nos materiais usados nos veículos modernos parece nunca ter fim. A General Motors declarou recentemente que já dominou a tecnologia de chapas de magnésio para usar em seus carros nos próximos anos. O elemento pesa um terço do alumínio, 60% do titânio e 75% do que o aço. Mas, para ser corretamente moldado às diferentes formas, precisa ser aquecido até 450 graus. Processo que GM inclusive já patenteou, depois de testes com mais 77 mil impactos no material. Quem paga, manda – Ao que tudo indica, a Cadillac irá se inspirar nos gostos chineses para desenvolver sua próxima linguagem de design. A marca deve suavizar os vincos pronunciados dos carros atuais para se adequar a um dos principais mercados de luxo do mundo – hoje centro das atenções de marcas prestigiadas como Audi e BMW. No entanto, a Cadillac não irá fazer nenhuma mudança muito radical, apenas trabalhar para fazer carros com visual menos impactante – que se encaixam melhor nas garagens chinesas.Chafurdar é preciso – Depois de mostrar o Fit Twist no último Salão de São Paulo, a Honda liberou os preços da versão aventureira do monovolume. Com câmbio manual, ele custará R$ 57.900 e atinge os R$ 60.900 com a trans-missão automática. Diferentemente das variantes “civis”, o Twist ganhou visual exclusivo, com apliques plásticos na cor cinza fosco nas laterais e para-choques, novas rodas de 16 polegadas e lanternas translúcidas. O motor é sempre o 1.5 litro de 116 cv.

veículos

HiperdimensionadoA Subaru mostrou as

primeiras imagens

e informações da

nova geração do Forester,

utilitário médio que com-

partilha a plataforma com

o Impreza. O modelo será

apresentado pela primeira

vez ao público no Salão de

Los Angeles, que acontece no

final do mês, mas as vendas

nos mercados estrangeiros

só devem começar na virada

do ano. O SUV chega em

sua quarta geração e ga-

nhou “corpo”: ficou maior

em todas as dimensões.

O recheio também ficou

melhor, com direito a som

Harman/Kardon e sistema

de assistência a esta-

cionamento.

por aUgUsto PaLaDino/aUtoPress

Foto: Divulgação

Subaru Forester

Sexta 30 • Novembro • 2012 Jornal do Meio 668 19veículos

De menor A Honda mostrou

a versão de produ-

ção do simpático

conceito Commuter Micro.

Bastante semelhante a um

Renault Twizy, ele aposta

nas dimensões enxutas e

propulsão elétrica para ga-

nhar as cidades – ao menos

japonesas. As baterias de íons

de lítio com 15kW de capa-

cidade são capazes de dar ao

carrinho uma autonomia de

59 km e velocidade máxima

de 80 km/h. Inicialmente,

o Commuter Micro será

vendido apenas no Japão

– e só está à espera de uma

licença do governo local para

ganhar as ruas

por aUgUsto PaLaDino/aUtoPress

Foto: Divulgação

Honda Commuter Micro

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