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Bragança Paulista Sexta 3 Maio 2013 Nº 690 - ano XI [email protected] 11 4032-3919 jornal do meio

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Edição 03.05.2013

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B r a g a n ç a P a u l i s t a

Sexta3 Maio 2013

Nº 690 - ano [email protected]

11 4032-3919

jorn

al

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São muitas as interroga-

ções que me fazem sobre

o que é ou não “pecado”

quanto ao comportamento sexual

de quem é cristão. Escuto que a

concepção da sexualidade hoje é

muito diferente daquela do passado

e que a Igreja deve se “atualizar”.

O que era pecado lá atrás, hoje

não é! Parece que não se percebe

que o fundamental é descobrir e

viver o que manifesta realmente

o amor que leva a usar a lingua-

gem sexual. Entro neste assunto

motivado por duas notícias: uma

publicada nos jornais de Atibaia

em que se fica sabendo que uma

garota de 19 anos só descobriu que

estava grávida quando deu à luz

num balde de sua casa ainda em

construção. Não tendo as sensa-

ções que costumam acompanhar a

gravidez (enjoo, vômito, “chutes”

do bebê), nem mesmo a alteração

do peso - a criança nasceu com

pouco mais de 3 quilos e com 48

centímetros - chamou a atenção!

Não é surpreendente? Mas ainda

acontece! Diz a jovem que a criança

foi fruto de relação fortuita com

um homem que foi seu namorado.

Outra notícia li na Folha de São

Paulo: um padre da diocese de

Bauru foi afastado do ministério

presbiteral por posicionamento

contrário ao ensinamento do

Magistério da Igreja sobre ques-

tões que vão desde a situação da

homoafetidade até a problemática

da anticoncepção, aborto, etc.

Pela notícia é um padre com boa

formação intelectual, doutor em

teologia inclusive. Lamento que

não tenha optado por trabalhar

sua reflexão no interno da Igreja

e ajudar a perceber o que pode

ser proposto para nossos dias.

Voltando à questão comporta-

mental nós sabemos que hoje

não é incomum a situação que

namorados já vivem como se

casados fossem. Só não moram

juntos. Viajam juntos, dormem

juntos e, pode ser que, depois de

anos desse tipo de convivência,

resolvam casar. Passa-se a cer-

teza que “hoje é assim”. Ora, se

tivermos a vontade de buscar o

que diz a Sagrada Escritura vere-

mos que a linguagem sexual está

intimamente ligada à realização

mútua de quem se escolhe para

formar “uma só carne” (uma só

existência). E é, também, uma

relação aberta à geração respon-

sável da vida. Esta linguagem é

preparada pela escolha alimenta-

da pelo amor que leva a “deixar

ao pai e a mãe” para fazer quem

se ama feliz. Continua valendo,

pois, o princípio que a linguagem

sexual só tem sentido dentro da

decisão amorosa de união fiel e

indissolúvel como o determinou

Jesus Cristo. Relação sexual fora

do sacramento do matrimônio

não corresponde ao ensinamento

divino. A questão se torna cada

vez mais complicada porque nós

conseguimos separar o amor da

relação sexual. Esta se tornou mais

uma possibilidade de busca de

prazer sem maior envolvimento:

é gostoso! Deu vontade, faz! Se

o outro ou a outra são vistos so-

mente como alguém de quem se

sorve prazer, isso não tem muita

importância. “Fica-se”! com este,

com esta. Com mais se for possível.

Recrudesce também hoje a questão

das uniões estáveis entre pessoas

do mesmo sexo. Reafirmando o

respeito que se deve ter por todo

ser humano, deve-se manter a cla-

reza que para o cristão essa forma

de convivência não corresponde

à antropologia bíblica e não se

coloca na linha do sacramento do

matrimônio. Essa visão da fé não

pode levar a atitudes homofóbicas

e a demonização das pessoas. Os

cristãos, porém, têm o direito de

ver esse relacionamento como não

correspondente à sua fé. E têm o

dever de dizer que não corresponde

ao projeto divino como creem. No

mais cada um terá que responder

diante do Criador. O que é de

chamar a atenção é que muita

gente acha que a Igreja (todos

os que creem em Jesus Cristo e

formam as diversas comunidades

de fé) deve rever seu ensinamento.

É a Igreja que deve mudar e não

o indivíduo. Esta é a tendência

do nosso tempo: o que eu acho

é norma de vida. Minha subje-

tividade é a lei. Traduziríamos

em linguagem simples: está bom

para mim. Os outros se adaptem!

Creio que temos claro que a fé,

a convicção religiosa, é escolha

pessoal. Pertencer a uma Igreja

igualmente. Buscar na comunidade

o aprofundamento das propostas

normativas de comportamento

é salutar e necessário. Querer,

porém, subverter princípios que

têm sua fundamentação na Re-

velação é criar uma ética que se

adapta às pretensões pessoais e

que justifique comportamento que

não encontre respaldo na fé vivida.

É desafiador em nossos dias falar

sobre sexualidade marcada por

parâmetros definidos por opção

religiosa. Quer-se agir por decisão

própria e que seja referendada pela

dimensão religiosa. Não é mais a fé

que determina o comportamento.

Penso que não se deve ter receio

de expressar o que é próprio da

ética cristã. A liberdade é um dom

precioso. Os princípios devem

ser propostos. Segui-los

é uma escolha.

por Mons. Giovanni Baresse

Jornal do MeioRua Santa Clara, 730Centro - Bragança Pta.Tel/Fax: (11) 4032-3919

E-mail: [email protected]

Diretor Responsável:Carlos Henrique Picarelli

Jornalista Responsável:Carlos Henrique Picarelli(MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da

direção deste orgão.

As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS

Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente.

Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

ExpEdiEntE

para pensar

ética sexual cristã?Mudou a

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Por JULiana vines/FoLHaPress

Chefinhos da casa Theodoro tem dois anos e 11 meses e o apelido de “Theorremoto”, ganho às custas de muita birra. “Não muito orgulhosa disso”, a mãe, a estilista Marina Breithaupt, 32, diz que o

menino manda nela, no pai e na irmã de 11 anos. “Saímos quando ele quer, assistimos ao que ele gosta na TV. Ele quer tudo antes da irmã e decidiu que não dorme mais na cama dele, só na nossa”, conta a mãe. Se ouvir um não, o menino “faz escândalo, vira um inferno”. A família deixou de ir a shopping porque Theo quer tudo que vê . E só vai a restaurante que tem parquinho: um dos pais brinca com ele enquanto o outro come. A última do garoto é não querer ir à escola. “Já acorda dizendo que não vai. Num domingo, resolveu que queria ir”, diz Marina. “Sou rígida, mas acabo cedendo para evitar problemas. Ele tem persona-lidade dominadora.” Ele e uma geração inteira de pequenos ditadores, na explicação de Marcia Neder, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Psicanálise e Educação da USP e autora do livro “Déspotas Mirins - O Poder nas Novas Famílias” (Zagodoni, 144 págs., R$ 34). “Vivemos uma ‘pedocracia’”, diz, dando nome ao fenômeno das famílias sob o governo das crian-ças. “Há 50 anos, elas não tinham querer. Agora, mandam.” Segundo Neder, estamos no ápice da tirania infan-til. “Muito se fala sobre declínio de poder paterno e ascensão do materno. Discordo. Quem ganhou poder nas últimas décadas foram os filhos”, diz. A falta de limites é sinal da derrota dos pais, na visão dela. “A criança foi a grande vitoriosa do século 20.” E não precisa ser mandão para manter o reinado. Mesmo sem espernear, os filhos têm as vontades atendidas e a rotina da casa organizada em função deles. “O adulto é um satélite em volta da criança”, diz Neder, que considerada urgente um esforço pela retomada do poder adulto. “Vamos pagar o preço de ver esses tiranos crescidos.” Por que é tão difícil colocar limites no seu filho Os pequenos tiranos de hoje são resultado do encontro de duas gerações sem limites, diz Tania Zagury, mestre em educação e autora de “Limites Sem Trauma” (Record). “Quem está criando filhos agora são os que já ti-veram liberdade na infância e estão frente a uma situação que não vivenciaram: os filhos deles tam-bém querem fazer de tudo. A liberdade da criança acaba tirando a dos pais.” Zagury fez um estudo com 160 famílias no início dos anos 1990, quando já identificava o surgimento da tirania infantil. “Os pais dos anos 1980 tinham sido criados de forma dominadora e queriam uma educação liberal.” Entre os anos 1970 e 1980 a criança se tornou ator da história, segundo Mary Del Priore, organizadora do livro “História das Crianças no Brasil” (Contexto). A tendência começou depois da Segunda Guerra. Ao mesmo tempo, surgiram leis de proteção à in-fância, jovens ganharam visibilidade no cinema e na publicidade e as famílias diminuíram. “A mulher [que trabalha fora e começa a tomar pílula] passa a querer ter menos filhos para criá-los bem. E a criança ganha lugar como consumidora. Há uma transformação no papel dos pais”, afirma a historiadora. crise de autoridade O problema é que a balança foi toda para o outro lado: da rigidez à frouxidão, analisa o psicanalista Renato Mezan, professor da PUC-SP. “Por um lado, é um avanço social, há mais diálogo na família e mais decisões consensuais. Mas, por outro, os pais têm medo de exercer a autoridade legítima. É uma crise de autoridade generalizada.” Há também uma inversão de papeis, segundo a pedagoga Adriana Friedmann, doutora em an-tropologia e coordenadora do Nepsid (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento). “Há uma ‘adultização’ precoce e, ao mesmo tempo, um prolongamento da infância”, diz. “Não dá para culpar só os pais. Todos são vítimas da tendência sociocultural. As crianças estão expostas a um grande número de estímulos e influências da mídia.” Para a psicanalista Marcia Neder, os pais se sentem obrigados a mimar os filhos e há muitas exigências em torno de um ideal da mãe perfeita. “Fica difícil dizer ‘não’ em uma sociedade que trata a criança como um deus.” A blogueira Loreta Berezutchi, 29, sente na pele as cobranças do que ela chama de “filhocentrismo”. Loreta é mãe de Catarina, 3, e Pedro, 5. O menino não dá muito trabalho, mas Catarina... “Ela está sempre batendo o pé. Empaca quando não quer sair de casa e quer escolher a roupa que vai usar. Às vezes, quer blusa de frio no calor e é difícil fazê-la mudar de ideia”, conta. Além de comprar “as brigas que valem a pena” com a filha (como não deixá-la viver só de bolacha e iogurte), Loreta tenta não ser guiada pela concor-rência que há entre mães blogueiras para ver quem é a “mais mãe”, ou seja, a que mais paparica sua prole (ela escreve no www.bagagemdemae.com.br). “Na hora de apontar o dedo, todo mundo aponta. ‘Ah, meu filho só come comida saudável e o seu

toma refrigerante’. Você se sente culpada por não ser o modelo de mãe que cozinha para o filho, dá água mineral etc.”, diz. Ela admite que sua vida hoje gira em torno dos re-bentos e acha que faz parte do pacote. “Eu estava preparada para isso quando decidi ser mãe. Mas faz falta ter uma vida social que não os inclua.” Enquanto a criança ainda é um bebê, é normal que a vida da família seja pautada pelas necessidades dela, de acordo com Zagury. “Mas, a partir dos três, quatro anos não precisa ser assim. Os pais devem dar proteção aos filhos, não sua própria vida.”

Mamãe eu quero Encontrar o equilíbrio pode ser complicado quan-do a criança tem entre dois ou três anos, aponta Friedmann. “Elas estão na fase de se descobrirem como pessoas com identidade única. Nesse período, há uma necessidade da afirmação do eu, por isso experimentam um jogo de força com os adultos.” É fundamental os pais terem clareza sobre quais regras vão impor aos filhos. Só assim conseguirão ser firmes. “Os limites devem ser colocados na primeira infância, quando se constroem as bases da personalidade”, acrescenta Friedmann. A psicopedagoga Maria Irene Maluf, membro da Associação Brasileira de Psicopedagogia, lembra que regras dão segurança. “A opinião da criança não deve ser ignorada, mas ela não sabe escolher o que é melhor para ela. Ninguém nasce autônomo.” No fundo, mesmo os mais rebeldes gostam de saber até onde podem ir, complementa a também psicopedagoga Betina Serson. Para quem tem um déspota mirim em casa, ela recomenda começar a disciplina estabelecendo uma rotina (veja mais orientações ao lado). “A ideia de que colocar limites pode ser danoso à criança é ‘idiota’”, afirma Mezan. Segundo ele, a inexistência de regras gera ansiedade dos dois lados. “Qualquer renúncia ao prazer imediato passa a ser vivida como uma frustração insuportável pela criança. Muitas vezes, porque seu desejo é logo satisfeito, ela acaba valorizando pouco o que tem”, afirma.

NeuroDá para sentir na carne, no cérebro, o esforço de quem começa a aprender novos movimentos

Se você não aprendeu nada de radicalmente no-vo nos últimos tempos, recomendo fortemente a experiência. Não porque “aprender mantém o cérebro vivo”, le-ma da tal da Neuróbica (ginástica para o cérebro). Como se aprender a escovar os dentes com a outra mão fosse mudar sua qualidade de vida sem que você tivesse quebrado a mão de sempre. Mas como um experimento: para ter uma ideia de como é para um bebê ou uma criança pequena conquistar o controle dos dedos. A enorme maioria do que fazemos hoje com as mãos é formada de movimentos muito bem aprendidos e repetidos anos a fio, levados à perfeição pelo simples hábito. Isso não quer dizer, contudo, que seu repertório de movimentos possíveis acabou. Pelo contrário: o número de graus de liberdade de movimentos dos dedos e das mãos é enorme, e o número de combinações possíveis, maior ainda --e, para muitos deles, ainda não há um programa motor pronto em seu cérebro. Mas qualquer hora é hora de aprender. E então vem aquela sensação que todo adulto deveria sentir na carne, no próprio cérebro, para apreciar o esforço de quem está começando. Uma sensação que toda pessoa alfabetizada já teve, mas se esqueceu: a sensação de que os dedos “não vão” quando você tenta comandar o lápis com a mão. É uma sensação de nó cerebral, empacamento, enquanto dá para imaginar neurônios do córtex motor e dos núcleos da base disparando ordens a torto e a direito em busca da combinação mágica de comandos que fará os dedos atingirem seu objetivo. Gosto de ilustrar isso para professores do ensino fundamental propondo-lhes que desenhem uma estrela vendo somente uma imagem no espelho de sua mão segurando o lápis sobre o papel. Isso inverte todas as correspondências aprendi-das ao longo da vida entre a visão da sua mão e as ordens motoras necessárias para desenhar. Os professores voltam à infância e começam a rir --ou a gritar em exasperação-- quando constatam que seu cérebro empacou. Os seus dedos “não vão”. Até que... vão. Dada a oportunidade, seu cérebro encontra o caminho, por tentativa e erro, mesmo. Lembrei-me disso na semana passada, em minha primeira aula oficial de violão clássico, pois queria aprender dedilhado e ir além dos acordes fáceis do meu violão popular autodidata. Meu cérebro empacou na aula. Mas, com um pouco de insis-tência, a sensação da conquista dos meus dedos é maravilhosa. SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ e autora do livro “Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor” (ed. Sextante) e do blog www.suzanahercula-nohouzel.com

Por que a criança manda e o adulto obedece e como combater o atual “filhocentrismo’ na família, fenômeno chamado também de “ditadura infantil’

comportamento

Theo, 2 anos

Foto: AdriAno Vizoni/FolhApress

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Tão importante quanto reciclar é descartar adequadamente matérias inutilizáveis. Nem todo o lixo que

produzimos diariamente pode ser despejado em aterros de lixo comum. Produtos como pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, remédios vencidos, óleo de cozinha, lixo eletrônico e lixo hospitalar contêm subs-tâncias tóxicas que podem contaminar o meio ambiente se descartados de forma incorreta. Diferente do lixo orgânico que é naturalmente decomposto e devolvido ao ambiente, o lixo industrializado não é biodegradável e por isso não se decompõe naturalmente. Se esse lixo não for reci-clado e nem descartado de forma correta ele se acumula na natureza, ocasionando diversos prejuízos. As pilhas e baterias, por exemplo, contêm cádmio, chumbo e mercúrio, elementos químicos que, em contato com o ambiente, contaminam solo, água, plantas, animais e pessoas, podendo causar sérios danos à saúde.

EfeitosO acúmulo contínuo de produtos tóxi-cos, associados a materiais radioativos e químicos resulta na alteração da compo-sição do solo, ocasionando um ambiente patogênico, propício à disseminação de doenças. Produtos como pesticidas, ben-zeno, cromo e herbicidas podem levar ao desenvolvimento de câncer. No caso do benzeno, produto químico encontrado no petróleo bruto, gasolina e fumaça de cigarro, a exposição prolongada pode ser responsável por ciclos menstruais irregulares, leucemia e anemia. O ben-zeno é usado, ainda, na síntese química de substâncias e é capaz de interferir na função celular e diminuir a produção de glóbulos vermelhos, brancos e anticorpos, afetando a imunidade do organismo. Já o chumbo, material encontrado em produ-tos eletrônicos, elementos de construção civil, baterias de carros, entre outros, pode afetar lugares onde nem se imagina, como parques e playgrounds. Já foi comprovado que crianças que tiveram contato com o produto tiveram problemas de desen-volvimento neuromuscular e cerebral. O chumbo é também causador de doenças relacionadas aos rins e fígados. O mercúrio, encontrado em lâmpadas fluorescentes e também usado em indústrias têxteis, far-macêuticas, de papel e celulose, de tintas e em atividades odontológicas, pode afetar seres humanos e animais do mesmo modo, causando danos irreversíveis aos rins. O mercúrio possui grande capacidade de se acumular em organismos vivos ao longo da cadeia alimentar. Pessoas, pássaros e mamíferos que se alimentam de peixes que tiveram contato com água contaminada pelo material, podem correr risco de de-senvolverem enfermidades relacionadas a ele, como Doença de Minamata, que afeta o sistema nervoso e o cérebro, causando dormência nos membros, fraquezas mus-culares, deficiências visuais, dificuldades de fala, paralisia, deformidades e morte. Os ciclodienos, pesticidas persistentes e estáveis nos solos são usados para atingir espécies de insetos que se alimentam das raízes das plantas. Pode ser associado a edema pulmonar, anorexia, gastroentrite e irritações da pele, além de ser causador de intoxicação hepática grave. São vários os produtos químicos, que em contato com o solo, pode afetar diretamente o

meio ambiente e, consequentemente, o ser humano. O cromo pode causar irritações de pele e é potencialmente cancerígeno. O cobre pode irritar a garganta e afetar pulmões, rins e fígado. O arsênico pode causar problemas na comunicação entre células e interferir nos gatilhos que geram crescimento celular, possivelmente con-tribuindo para doenças cardiovasculares, câncer e diabetes, em caso de exposição crônica. O cádmio afeta a capacidade do corpo de metabolizar cálcio, o que leva a dores ósseas e a ossos frágeis e gravemente enfraquecidos. Para as pessoas que vivem perto de locais de despejos de indústrias e aterros sanitários, todos esses riscos são ainda mais graves, pois elas são expostas à poluição do solo diariamente.

O que fazer?Uma boa maneira de evitar o excesso desse tipo de lixo é dar preferência às empresas que priorizam a produção com sustentabilidade. De acordo com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305, de 2010, os fa-bricantes, importadores, distribuidores e comerciantes desse tipo de resíduo devem estruturar e implementar siste-mas de logística reversa, com o retorno do produto usado pelo consumidor. Mas como muitas dessas empresas ainda não se adaptaram à lei, o consumidor final fica sem opções na hora do descarte. Alguns guardam produtos como pilhas, baterias e lâmpadas em casa, enquanto procuram por um local onde possa deixar para que sejam descartados adequadamente. Nesse caso é preciso cuidado na hora de conser-var esse material em casa, deixando-os fechados e em local de pouco acesso. Mas existem consumidores que não têm essa consciência e se livram logo dos produtos junto com o lixo comum ou em locais to-talmente inapropriados. De acordo com Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, elaborado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais - Abrelpe, 6,7 milhões de tonela-das de resíduos sólidos urbanos tiveram destino impróprio no país, em 2010. Em outro estudo, a mesma associação mostrou que, das quase 62 milhões de toneladas de lixo geradas em 2011, mais de 23 mi-lhões de toneladas seguiram para lixões e aterros controlados. Outras 6,4 milhões de toneladas, que encheriam 45 estádios do Maracanã, sequer foram coletada. De acordo com a publicação, no ano de 2011, 3.371 municípios brasileiros, 60,5% do total de 5.565 municípios, deram destino inadequado a mais de 74 mil toneladas de resíduos por dia, que seguiram para lixões e aterros controlados, sem a devida pro-teção ambiental, ou seja, mais da metade dos municípios brasileiros ainda não dá destino adequado aos resíduos sólidos.

BragançaEm Bragança existem diversos pontos espalhados pela cidade onde podem ser deixados produtos como óleo de cozinha, pilhas e baterias, matérias recicláveis, lixo hospitalar, remédios vencidos, lâmpadas fluorescentes, lixo eletrônico e pilhas e baterias. Com as pequenas atitudes individuais é possível criar uma grande diferença. Mas se casa um deixar de fa-zer sua parte, a consequência será enorme, e atingirá a todos.

colaboração sHeL aLMeiDa

diVulgAção

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Celebrado pela manhã, entre 10 e 12 horas, o casamento ganha um toque informal e despojado! Pode ser realizado na casa da noiva (quando

esta possui um lindo jardim onde possa ser celebrada a cerimônia), em igrejas, capelas, fazendas, chácaras e até em praias; sempre a céu aberto e com altares especialmente montados para esse fim. A recepção pode ser um brunch, café colo-nial ou almoço completo, os quais permitem oferecer uma recepção mais aconchegante e íntima aos convidados.A entrada da noiva deve ser descontraída e menos solene do que no período noturno, num vestido que permita muita criatividade e fantasia. Bordados devem ser moderados e suaves como pérolas, miçangas sem brilho e leves cristais podendo caprichar mais em detalhes com o próprio tecido do vestido. Este horário também é ideal para o uso de um be-líssimo chapéu de abas largas ou moderadas!Já o noivo pode usar um traje de tecido leve e cores não tão escuras como cinza, azul ma-rinho e se for do gosto dele, até mesmo tons pastéis. Podem ser usados terno com colete ou até mesmo o meio-fraque.A família, padrinhos, madrinhas e convidados devem aderir à informalidade. As mulheres podem usar vestidos curtos, na altura do jo-elho e sem muitos adereços e detalhes. Não recomendamos o uso da cor preta, apenas tons alegres ideais para o horário. Já os homens não vão errar ao vestirem com um belo terno e gravata social sem tecidos brilhosos para não ofuscar o noivo.Já as daminhas podem usar vestidos não muito longos com pétalas e detalhes que remetem à leveza deste horário! Os pajens podem dispensar o paletó, apenas uma calça social e uma camisa com gravata já será o suficiente.Casamentos pela manhã sempre são belos e alegres; nada melhor para iniciar uma linda história à dois.Mande suas sugestões para nosso e-mail, [email protected] Podemos auxiliá-los em suas dúvidas! Acesse nosso Facebook: Spassu Plaza. Ou se preferir, venha conhecer nossa loja, estaremos prontos para atendê-los.

uma nova tendência na odontologia estéticaDesing do Sorriso Digital

Com a grande evolução da odon-tologia, sobretudo dos materiais e técnicas que são utilizadas, o

planejamento estético dos casos clínicos têm se tornado muito mais fácil e preciso. Atualmente, a maior novidade, se assim podemos dizer, atende pelo nome DSD (digital smile desing – desing do sorriso digital). O DSD é o planejamento virtual do sorriso do paciente, baseado em fotos e em modelos de estudo (já abordamos esse tema nas edições anteriores).Atualmente ter uma boca sem proble-mas biológicos e/ou funcionais não é suficiente. Hoje os pacientes querem belos sorrisos e querem que eles sejam integrados com as suas características físicas e em harmonia com os aspectos emocionais.O conceito DSD tem como objetivo ajudar o dentista neste aspecto, melhorando a estética e auxiliando na visualização de problemas do paciente e possíveis soluções de compensação.O início do tratamento se dá com o paciente sendo fotografado para que possamos fazer uma análise estética--facial, entendendo melhor a relação entre os dentes, gengivas, lábios e rosto em movimento. A partir daí, essas infor-mações são organizadas em um software simples (Powerpoint®, por exemplo) para criação do desenho digital do sorriso.

Este plano de tratamento virtual é apresentado ao paciente, que terá uma visão global de seu tratamento e sabendo exatamente os tipos de procedimento aos quais será submetido.Um resultado estético ideal para o paciente é resultado de uma multidisciplinarida-de entre todas as áreas da odontologia. Através do DSD, a comunicação entre todas essas especialidades da odontolo-gia se torna muito mais fácil e simples.Por fim, a transformação de um sorriso deve levar em conta o desejo do pacien-te. A questão fundamental é: o que o paciente quer expressar ou demonstrar com o seu sorriso? Através do DSD conseguimos criar modelos diferentes de sorrisos, cada um com um aspecto específico. A chave é descobrir qual é o projeto que vai harmonizar com esses anseios morfo-psicológicos do paciente. O DSD também visa ajudar nessa bus-ca, criando um canal de comunicação entre dentista e paciente, que facilita o processo.

Dr. André PossebonEspecialista em Dentística Restauradora e Estética DentalCROSP 94138

inForMe PUBLicitário

Seu sorriso COM saúde

Dra. Luciana Leme Martins KabbabeCRO/SP 80.173Dra. Mariana Martins Ramos LemeCRO/SP 82.984Dra. Maria Fátima Martins ClaroCRO/SP 18.374Dr. Luis Fernando Ferrari BellasalmaCRO/SP 37.320 Dr. André Henrique PossebomCRO/SP 94.138

Dra. Juliana Marcondes ReisCRO/SP 70.526Dra. Helen Cristina R. RibeiroCRO/SP 83.113 DR. Luis Alexandre ThomazCRO/SP 42.905

Praça Raul Leme, 200 – salas 45/46/49 Edifício Centro Liberal. Telefones: 11 4034 – 4430 ou 11 4034 – 1984

COM - Centro Odontológico Martins

Por ana carolina serafim e nazaré Brajão

Casamento pela Manhã

SPASSU da Elegância

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Todo ano eleitoral ouvimos o mesmo discurso que retorna sob as formas mais variadas expressando sempre a mesma temática de mudança

para algo muito melhor. Muito se fala sobre a modernidade das eleições brasileiras, de sua referência para outros países, mas pouco se fala sobre aquele que aperta as teclas da tão moderna e eficiente urna eletrônica. Parafraseando Paulo Freire, não basta votar para mudar o mundo.Todo o processo que deveria envolver um pleito eleitoral sério e coerente não é buscado no Brasil. Eleitores sem interesse ou consciência sobre o processo político que aparece para aqueles como um mera, e chata, formalidade reduzida a um dia. Seria preciso que cada eleitor tivesse a real consciência de todo o processo, incluindo aqui a importância do acompanhamento o longo dos anos até as próximas eleições, no caso brasileiro de uma forma mais precisa ao

longo de cada dois anos, dada a alternância de eleições no país. Vale lembrar que as eleições presidenciais, dada a alternância eletiva dos cargos, irá ocorrer no ano da Copa do Mundo, em 2014. Teríamos aqui uma mera coincidência?Além disso, seria preciso esclarecer que o processo eleitoral não deveria ser visto como um processo de enriquecimento pessoal. Como não vivemos em um mundo perfeito, seria preciso que os mecanismos de controle fossem mais dinâmicos e que não estivessem comprometidos ou que não fossem controlados por aqueles a quem de-veriam orientar e punir quando necessário. É absurdo falar em democracia e consci-ência política em um país que é incapaz de controlar seus representantes. Também é estranho cobrar participação séria e co-erente dos eleitores, ainda mais quando estes se tornaram meros cumpridores de formalidades. O processo político deve ser encarado como uma responsabilidade

coletiva e deve conter os mecanismos ne-cessários para que o controle político seja exercido de forma clara, direta e eficiente a cada vez que os políticos eleitos pratiquem condutas que desaprovem a confiança e a legitimidade garantida a eles pelo voto. A classe política brasileira não está acima dos interesses das pessoas que os elegeram e enquanto esta regra for a diretriz política brasileira pouco alcançaremos no nosso estreito horizonte democrático. Cabem aqui algumas palavras sobre a res pública ou a coisa pública. A relação com a “res pública’ não é uma relação de posse e, portanto, a sua apro-priação não deveria obedecer a lógica que rege a esfera de interesses privados. Tal distinção é tida como evidente e natural na medida em que o Estado constrói e gerencia todo o aparato público que ele representa.No entanto, sabe-se que isto só ocorre formalmente, pois em seu aspecto material

e prático a apropriação da “res pública” obedece a lógica privada de apropriação que, por sua vez, obedece a critérios sócio--econômicos não podendo atender ao bem comum, o que descaracteriza o seu papel sócio-político.De que forma podemos montar ou planejar estratégias com um quadro político como este que se apresenta no Brasil? O sonho estratégico que procuramos é, por vezes, distorcido por lógicas de poder e de interesses que alimentam nossas esperanças, mas que são incapazes de realizar nossos sonhos. A punição de Demóstenes com uma apo-sentadoria compulsória de 22 mil reais é um exemplo claro e ofensivo deste processo.Entretanto, fica a pergunta: e nós eleitores, somos tão inocentes assim?

Pedro Marcelo Galasso - cientista polí-tico, professor e escritor. E-mail: [email protected]

Por PeDro MarceLo GaLasso

Reflexão e Práxis

Nossas Escolhas

A punição de Demóstenes

por FeLiPe GonçaLves

Em busca da felicidadeNestes últimos dias recebi a ligação de um amigo, ele conseguiu grande êxito em sua vida profissional, está em plena ascensão na carreira, um sucesso !!

Marcamos um café e logo quando o avistei pude ver no seu olhar, um homem triste e cansado, depois de um longo abraço, ele me perguntou:Porque eu tenho tanto sucesso profissional, mas na minha vida pessoal sou um fracasso total ? Realizei todas as metas de minha vida, mas não sou feliz.Ele começou a contar suas angústias pessoais; um casamento conturbado, distanciamento dos filhos e dos verdadeiros amigos, brigas com chefes, remédios para dormir, dores de cabeça, falta de tempo.....Sem hesitar, respondi: Você já disse não ?Ele não entendeu absolutamente nada e me esforcei a explicar.Bem, para dizer “não!!!” é necessária uma visão bastante clara do que está acontecendo, o que em geral não acontece, pois nós seres humanos, quando entramos em uma rotina, ficamos cegos, em muitas vezes seduzidos e sendo produto do seu meio, prosseguimos executando tarefas, e mais tarefas, achando que é normal, e não tendo a percepção de que algo não está indo bem.É necessário muitas vezes nos afastarmos completamente da nossa rotina usual, para conseguir ver do que realmente precisamos o que certamente é muito menos do que imaginamos. Percebendo esta insatisfação, é necessário planejar uma pausa, traçar uma rota de mu-dança mais definitiva. Neste processo, é preciso ter lucidez e coragem para perceber o que é essencial nessa vida. Finalmente, com bastante clareza e tendo

superado eventual impulsividade, é hora de executar o plano de mudança e geralmente, não precisamos de coisas muito radicais, bastando simplesmente sair da inércia e da roda da rotina.Dizer não é eliminar aquilo que não nos agrega nada, muitas pessoas dizem que depois de anos, foram realmente felizes, pois tinham agora uma coisa muito preciosa: o TEMPO! Tempo para ir fazer uma atividade física, tempo para conversar mais, tempo para ler, tempo para namorar, tempo para seus filhos, tempo para seus amigos, tempo para seus pais, tempo para brincar, tempo para refletir os seus passos e caminhos....tempo para ser feliz.Às vezes escuto alguns jovens dizendo que assim que aposentar, perto dos 60 anos, irá aproveitar a vida, irá fazer tudo aquilo que gostaria, como se eles tivessem a certeza que irão chegar aos 60 anos....quanta ambição....!!E este tal sucesso, tão almejado por muitos, deve ser relativamente estudados e analisado por todos nós, cada um com o seu plano de sucesso.O que nos deixa infeliz é quando você busca o sucesso com ansiedade e como se essa fosse sua última tábua de salvação, algo imposto pela sociedade, como se a felicidade fosse sinônimo de sucesso.O sucesso é algo muito pessoal, o que é sucesso para um não necessariamente é para o outro.Felicidade é algo para se viver agora, é fruta fresca e deliciosa, mas altamente perecível, não dá para você guardar para saborear amanhã. Por isso é muito importante você apreciar e ser feliz com o que já tem hoje.O grande problema das pessoas que se sentem infelizes é que elas ficam olhando para o lado errado da vida, correndo para a direção errada.Muitas pessoas lutam desesperadamente para

conseguir uma solução para serem felizes, sem se dar conta que esse caminho somente leva ao desespero, e só tem uma coisa pior do que estar andando no caminho errado: é seguir nesse caminho com certeza, velocidade e determinação.Hoje em dia a mídia cria uma ideia de sucesso e felicidade ligada a ter muitos bens materiais e ter fama a qualquer custo. Mas isso não é felicidade de verdade!A gente precisa encontrar o ponto certo em que dá pra sermos nós mesmos, de maneira natural, sem sermos ameaçado pela necessi-dade de ter tudo o que os outros dizem que devemos ter. Querer ter as coisas; um carro legal, dois carros legais, uma casa impressionante, roupas da moda, o celular mais moderno e etc ...., é nor-mal e faz parte da maneira moderna de viver. Mas quando o ter se torna mais importante do que o ser, a felicidade vai embora.Amarrar a busca por ser feliz às coisas que você deseja ter, é andar no sentido contrário da felicidade, é um caminho que vai levá-lo a ser infeliz, estar insatisfeito consigo mesmo, com a vida e com as pessoas.A felicidade não depende de coisas externas, é uma conquista pessoal, construída em cima de relacionamentos deliciosos, da sua missão de vida, do seu desenvolvimento pessoal, do amor que você tem por si mesmo e pelos outros. A felicidade está em um pequeno gesto de atenção, num abraço carinhoso, numa palavra amiga e sincera, ser sincero consigo mesmo é a maior retribuição que se pode dar ao presente chamado Vida.A felicidade é poder desfrutar da companhia amada, é colocar um brilho nos olhos e um sorriso no rosto de quem você ama, é a magia de saber que um dia seus sonhos vão se realizar.

Algumas literaturas denominam felicidade como um estado durável de plenitude, satis-fação, equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude são transformados em emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento até a alegria intensa, a felici-dade tem ainda, o significado de bem-estar espiritual ou paz interior. O homem sempre procurou a felicidade, filóso-fos e religiosos sempre se dedicaram a definir sua natureza e que tipo de comportamento ou estilo de vida levaria à felicidade plena.A felicidade é um tema central do budismo, doutrina religiosa criada na Índia por Sidarta Gautama por volta do século VI a.c. Para o budismo, a felicidade é a liberação do sofrimento, segundo o ensinamento budista, a suprema felicidade só é obtida pela superação do desejo em todas as suas formas. Um dos grandes mestres contemporâneos do budismo, o Dalai Lama Tenzin Gyatso, diz que a felici-dade é uma questão primordialmente mental, no sentido de ser necessário, primeiramente, se identificar os fatores que causam a nossa infelicidade e os fatores que causam a nossa felicidade, uma vez identificados esses fatores, bastaria extinguir os primeiros e estimular os segundos, desta forma atingirá a felicidade.Nós escolhemos onde e como queremos chegar, basta ter a consciência para fazer a melhor escolha.Tenha uma boa vida !

Felipe GonçalvesGraduado em Química, MBA em Supply Chain, Especialização em Desenvolvimento de Líderes, Mestrando em Engenharia Química, Profissional Corporativo e Professor Universitário. E-mail:[email protected]

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“Machu Picchu” Tony Bellotto decidiu ser músico quando viu uma foto de Jimi Hen-drix. Ele ainda não tinha ouvido o

guitarrista, mas a aparência dele foi decisiva. Ao lançar seu oitavo livro, Bellotto também partiu de uma epifania, ao avistar a enorme fila que se desenroscava da Livraria da Travessa, no Rio, onde a escritora Martha Medeiros autografava um livro. “Fiquei com inveja: queria escrever um livro que fizesse tanto sucesso quanto aquele”, diz Bellotto. “Então pensei na história de uma mulher adúltera, que acabou se estenden-do para outro assunto que me interessa: a família. Parecem temas populares.” A história da mulher adúltera é uma das que comandam o pequeno e fragmentado romance “Machu Picchu”. Os leitores vão quebrar a cabeça até descobrir a justifica-tiva do título. Mas o resto não é nada complicado: “Machu Picchu” é escrito na velocidade da língua moderna, fazendo referências à tecnologia e à cultura pop o tempo todo. Quem manda mesmo no romance é o humor, na linha Reinaldo Moraes (“Por-nopopéia”), de quem Bellotto é amigo e a quem dedica o livro. Significa grandes doses de farsa e sexo, temperados com um clima de vaudeville que atinge o clímax num jantar avaca-lhado. “Baixou um Miguel Falabella ali”, diz o autor. Nada disso é estranho aos leitores do gui-tarrista dos Titãs. Ele começou a publicar em 1995, com o primeiro romance da série Bellini, o detetive que emulava personagens como Nick Adams, de Ernest Hemingway, Arturo Bandini, de John Fante, e Philip Marlowe, de Raymond Chandler --bati-dos no liquidificador do garoto criado em

Assis, interior de São Paulo, que queria ser Hendrix. O personagem aparece em três livros (“Bellini e a Esfinge”, “Bellini e o Demônio” e “Bellini e os Espíritos”). “Mas aí encheu o saco”, confessa Bellotto. Porém, fãs do detetive não têm com o que se preocupar --porque um novo livro de Bellini está a caminho. Em “Machu Picchu”, um congestiona-mento monstro no Rio de Janeiro obriga os personagens (um casal de adúlteros e o filho) a repensar a própria vida. Dead Kennedys, Erik Satie, Rimbaud, James Joyce e Henry Miller são citados no meio desses monólogos alternados. Bellotto começou a escrever pensando em outra coisa que não a alta literatura. Assim, entrou pela porta dos fundos de um gênero sempre subestimado o romance policial e depois foi afinando os instrumentos. Escrever, para ele, é uma diversão solitária, diferente da vida que se leva dentro de uma banda, principalmente uma banda como os Titãs, em que todo mundo opina sobre tudo. “Um coletivo é cheio de barulho. Então eu precisava de uma coisa mais silenciosa.” Não quer dizer que o barulho tenha sido expurgado de sua vida: os Titãs estão gravando um disco de inéditas e “Machu Picchu”, com suas confissões cabeludas, é um romance engraçado, cheio de som e fúria farsesca. CADÃO VOLPATO é músico e escritor, autor de “Relógio Sem Sol” (ed. Iluminuras)

MACHU PICCHU Autor: Tony Bellotto Editora: Companhia das Letras Quanto: R$ 32 (120 págs.)

por caDÃo voLPato/FoLHaPress

Escritor e músico Tony Bellotto, 52 anos, na sede da editora “Companhia das Letras” no bairro Itaim em São

Paulo. Tony lança seu novo livro “Machu Picchu”

Foto: diVulgAção

Novo livro de Tony Bellotto traz grandes doses de farsa e sexo.Trama sobre casamento e infidelidade surgiu do desejo do escritor e guitarrista dos Titãs de criar um livro popular

antenado

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ícu

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2ºCaderno

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Foi com imenso prazer que fotografei o ensaio pré-wedding desse lindo casal Luana e Thiago. Duas pessoas sensacionais e extremamente apaixonados o que facilitou nossas sintonias para uma grande sessão. Eles tem uma história incrível e por isso fizemos making of com o depoimento deles. Ficou lindo! Quando conversamos, Luana me contou que eles adoram o cenário cosmopolita: arquitetura antiga, prédios, pessoas e todo o movimento de uma grande metrópole, por isso resolvemos fazer a sessão em São Paulo tendo o maravilhoso Teatro Municipal como parte do cenário. Depois, mais à noite, fomo até a avenida paulista para capturar as cenas noturnas que traduzissem o gosto do casal. Isso tudo rendeu fotos maravilhosas num clima muito romântico numa das maiores metrópoles do mundo. Simplesmente sensacional!!!

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Mudanças de conceito geralmente demoram para acontecer. O seg-mento de sedãs compactos brasi-

leiro passou anos liderado pelo Chevrolet Classic, um carro totalmente espartano, com pouco luxo ou modernidades. Hoje, a história é outra. O primeiro trimestre de 2013 terminou com o Fiat Siena como o sedã mais vendido do país. Dos pouco mais de 8,4 mil emplacamentos memsais, cerca de metade correspondem ao Grand Siena, um sedã espaçoso e com recheio bem honesto, lançado há exatamente um ano. Mas como o preço continua sendo um argumento fundamental na hora da compra, a versão mais vendida do Grand Siena é a de entrada Attractive 1.4. Se as vendas do Grand Siena e as do antigo Siena – hoje comercializado sob a configuração EL – fossem contabilizadas separadamente, o sedã maior também não faria nada feio. Ele ficaria atrás de Volkswagen Voyage e Chevrolet Classic, dois veículos que têm variantes mais populares, com motores 1.0 e preços menores. A principal briga do representante da Fiat entre os sedãs mais espaçosos e equipados, portanto, seria com o Chevrolet Cobalt, carro que teve quase 4,3 mil emplacamentos mensais em 2013 e que ficaria virtualmente empatado com o Grand Siena no ranking.A Fiat estima que a versão Attractive 1.4 venda cerca de 2/3 de todos os Grand Siena comercializados hoje no país. O principal responsável por isso é o preço. Parte de R$ 37.470, R$ 4.590 a menos do que os R$ 42.060 cobrados pela versão superior Essence 1.6. Com essa diferença é possível equipar o Attractive com ar-condicionado, retrovisores externos elétricos e rádio/CD/MP3/USB/bluetooth. Itens que elevariam o valor do Grand Siena Essence para R$ 45 mil. Além desses opcionais, a variante de entrada do sedã da Fiat já vem com computador de bordo, chave tipo canive-te, conta giros, faróis de neblina, direção hidráulica, airbag duplo, ABS com EBD, vidros e travas elétricas.O motor é o já antigo 1.4 Fire flex, que recebeu algumas melhorias e ganhou o apelido Evo, de “evolução”. Atualmente, ele desenvolve 88 cv a 5.750 rpm e torque de 12,5 kgfm a 3.500 giros, sempre com etanol. A transmissão é sempre uma manual de cinco velocidades. De acordo com a Fiat, o conjunto impulsiona o sedã de 1.094 kg de zero a 100 km/h em 12,5 segundos e até uma velocidade máxima de 175 km/h. Números pouco entusiasmantes, ao con-trário dos animadores índice de vendas do Grand Siena – que embalaram a arrancada

da linha Siena na liderança do mercado nacional de sedãs.

Ponto a pontoDesempenho – O Grand Siena nem é um carro pesado para o seu tamanho. O pro-blema fica mesmo no motor 1.4, insuficiente para mover os 1.094 kg do sedã. O torque máximo até aparece em rotações médias, aos 3.500 giros, mas é preciso paciência nas acelerações e retomadas e disposição para explorar os giros altos. Nota 6.Estabilidade – Trata-se de um modelo com estabilidade interessante. Mesmo com um ajuste de suspensão mais voltado ao conforto, a evolução em termos de dirigibilidade em relação à geração anterior – o atual Siena EL – é notável. A carroceria até rola, porém, não há sensação de perda de controle. Nota 7.Interatividade – O sedã da Fiat é correto neste aspecto. O interior tem tudo sob o alcançe das mãos e em lugares intuitivos. O único controle mal colocado é o dos re-trovisores elétricos, posicionados na coluna dianteira. O câmbio tem engates um tanto imprecisos e “borrachudos”. O banco tem ajuste de altura, mas sua amplitude é baixa. O rádio é completo, cheio de funções. O volante tem boa pegada e traz controles do sistema de som. Nota 7.Consumo – O InMetro não testou nenhu-ma versão do Grand Siena. O computador de bordo, no entanto, trouxe números até animadores. O sedã fez média de 10,3 km/l com gasolina no tanque e um trajeto misto. Nota 8.Conforto – É o principal atributo desta nova geração do modelo. O entre-eixos cresceu e criou um ambiente espaçoso e confor-tável. Os bancos têm apoios laterais que seguram o corpo nas curvas. A suspensão foi trabalhada para absorver a maioria dos impactos. O isolamento acústico, por outro lado, é apenas razoável. Nota 8.Tecnologia – O Grand Siena é um carro recente, com cerca de um ano de mercado. A plataforma é nova e usa elementos já adotados no Palio e no Punto. O recheio é correto, com equipamentos como rádio/Bluetooth e sensores de luminosidade, chu-va e estacionamento entre os opcionais. Já motor 1.4 Evo é veterano. O desempenho do sedã com ele é abaixo da média. Ao menos, oferece um bom consumo de combustível. Nota 7.Habitalidade – O painel do sedã não é cons-truído para abrigar muitos porta-objetos. O principal deles fica à frente da alavanca de câmbio, que faz as vezes de porta-copos também. O porta-malas é um dos destaques, com elogiáveis 520 litros de capacidade.

Entretanto, como todos os seus concor-rentes, traz braços que invadem a àrea das bagagens. Nota 8.Acabamento – O Grand Siena agrada mais no quesito estético. A faixa central do painel pode ainda receber grafismos exclusivos que melhoram o aspecto geral. Já os materiais em si não são da melhor qualidade. Os plás-ticos são rígidos e alguns têm extremidades afiadas, com pouco capricho. Nota 7.Design – O Grand Siena é um carro elegante, com porte e até uma certa presença. As linhas são mais conservadoras, com curvas suaves e alguns vincos na carroceria. Não parece tão moderninho quanto os concorrentes Chevrolet Prisma ou Hyundai HB20S, mas agrada de sua maneira distinta. Nota 7.Custo/benefício – É um dos principais ar-gumentos do Grand Siena Attractive. Com quase todos os opcionais, o sedã atinge R$ 45.094, valor inferior a praticamente todos os seus concorrentes. Em relação à modelos como Chevrolet Prisma, Hyundai HB20S, Toyota Etios sedã e Volkswagåen Voyage, o modelo da Fiat perde em desempenho. Mas oferece bom espaço interno e um preço justo. Nota 8.Total – O Fiat Grand Siena Attractive 1.4 somou 73 pontos em 100 possíveis.

Impressões ao dirigirDá para se dizer que a versão Attractive é a mais “social” do Grand Siena. A Essence 1.6 traz um bom desempenho, só que acom-panhado de um consumo de combustível pouco animador. A Tetrafuel melhora este aspecto, mas limita o espaço de bagagens – pela instalação do cilindro de gás no porta--malas – e prejudica também as acelerações. A configuração Attractive 1.4 tenta fazer uma ponte entre as duas. O motor 1.4 Evo certamente não é a maior qualidade do se-dã. É preciso saber explorar o câmbio e as rotações elevadas para extrair o seu melhor. Mesmo assim, por causa do peso, se trata de um carro mais “esperto” que o Tetrafuel. E ainda mantém um belo consumo, na faixa dos 10,3 km/l de gasolina.Em termos dinâmicos, todos os Grand Siena são semelhantes. E isso é boa coisa. O mo-delo é comportado, porém “ostenta” uma certa desenvoltura ao encarar uma série de curvas. A suspensão é macia, o que implica em rolagem da carroceria. Entretanto, o sedã parece sempre estar na mão, com boa dose de segurança. É claro que não dá para impor uma tocada esportiva, mas é um comporta-mento que agrada e privilegia quem prefere uma condução mais suave.Por dentro, intenção da Fiat foi elevar o conforto. O espaço interno sobra para quatro

adultos. Um quinto fica ligeiramente aper-tado, apesar de não sofrer como acontecia com o Siena antigo. O acabamento também melhorou. O design interno evoluiu bastante e a cabine se tornou um lugar agradável de se estar. Os plásticos, no entanto, continuam rígidos e com pontas afiadas. O espaço para bagagens é ótimo. São 520 litros, mas que são atrapalhados pelos braços que invadem a área.

Ficha técnicaMotor: A gasolina, etanol, dianteiro, trans-versal, 1.368 cm³, com quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico.Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle eletrônico de tração.Potência máxima: 88 cv com etanol, 85 cv com gasolina a 5.750 rpm. Torque máximo: 12,5 kgfm com etanol, 12,4 kgfm com gasolina a 3.500 rpm.Diâmetro e curso: 72,0 mm X 84,0 mm. Taxa de compressão: 12,3:1.Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços oscilantes inferiores, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira semi-indepen-dente com eixo de torção, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos. Pneus: 185/65 R14.Freios: Dianteiros com discos ventilados e traseiros a tambor. Oferece ABS com EBD.Carroceria: Sedã em monobloco com qua-tro portas e cinco lugares. Com 4,29 m de comprimento, 1,67 m de largura, 1,50 m de altura e 2,51 m de entre-eixos. Airbags frontais de série.Peso: 1.094 kg.Capacidade do porta-malas: 520 litros.Tanque de combustível: 48 litros.Produção: Betim, Brasil.Lançamento no Brasil: 2012.Itens de série: Alças de segurança no teto, apoios de cabeça com regulagem de altura, bancos dianteiros reclináveis, chave tipo canivete, computador de bordo, conta-giros, direção hidráulica, airbag duplo, ABS com EBD, faróis de neblina, vidros dianteiros e travas elétricas, vidros verdes e volante com regulagem de altura.Preço: R$ 37.470.Opcionais: Ar-condicionado, rádio/CD/MP3/USB/bluetooth, banco do motoris-ta com regulagem de altura, sensor de chuva, luminosidade e estacionamento, rodas de liga leve de 15 polegadas, teto solar elétrico, vidros traseiros elétricos e volante multifuncional.Preço completo: R$ 48.791.

por roDriGo MacHaDo/aUto Press

veículos

Fotos: Jorge rodrigues Jorge/CArtA z notíCiAs

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Sexta 3 • Maio • 2013 Jornal do Meio 690 13veículos

Deixou por menos A Cadillac reno-

vou o sedã CTS

para o Salão

de Nova Iorque. Mas

a impressão é que a

marca norte-americana

resolveu “voltar atrás”

na ousadia. A nova ge-

ração do modelo está

mais conservadora, com

linhas previsíveis e mais

curvas. O destaque vai

para a carroceria toda

cheia de vincos, que

tentam ainda passar um

aspeco mais esportivo.

As opções de motor

incluem um quatro

cilindros em linha de

272 cv, um V6, que tem

321 cv mas pode receber

um duplo turbo e

chegar a 420 cv

por aUGUsto PaLaDino/aUtoPress

Foto: diVulgAção

Cadillac CTS

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Igual, mas diferente A BMW não can-sa de diversifi-car a sua linha de utilitários.

A marca alemã preparou para o Salão de Xangai, que acontece no final do mês, o X4 Concept, o quinto integrante de sua linha de crossovers. O modelo será fabricado nos Estados Unidos, na mesma fábrica que já é feito o X3 atualmente. O que implica também que os dois vão partilhar a mesma plataforma e motores. A empresa reservou maiores de-talhes para o evento chinês, mas adiantou que o carro deve ter 4,65 metros de comprimento, exatamente a mesma medida do X3.

por aUGUsto PaLaDino/aUtoPress

Foto: diVulgAção

BMW X4 Concept

CADASTRO ÚNICO. É ASSIM QUE O GOVERNO FEDERAL SABE AO QUE VOCÊ E SUA FAMÍLIA TÊM DIREITO. NA HORA DA ENTREVISTA, INFORME SEUS DADOS CORRETAMENTE.

Mantenha o seu cadastro atualizado. Procure o CRAS ou a prefeitura do seu município.

Mais informações: 0800 707 2003 / www.mds.gov.br

MUDAMOS DE ENDEREÇO

AUMENTEIMINHA RENDA

EU ME CASEI E ESTOU GRÁVIDA

EU CONSEGUI UM NOVO EMPREGO

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por aUGUsto PaLaDino/aUtoPress

Pequenino e descolado – A Renault deu a primeira prova da nova geração do Twingo, que deve chegar às ruas europeias no final de 2014. Se trata do Twin’Z, um conceito que

antecipa algumas das soluções que serão usadas na versão de produção do subcompacto. O modelo usa um motor elétrico com 68 cv e 23,0 kgfm, capaz de levar o hatch à uma velocidade máxima de apenas 81 km/h. Apesar do pesado conjunto de baterias, o Twin’Z pesa apenas 980 kg. E ainda aposta em um design criativo, com portas suicidas e muitas cores.Faísca de criatividade – Lar das principais fabricantes de automóveis dos Estados Unidos, Detroit também é a sede de uma das primeiras produtoras de veícu-los elétricos do mundo. Chamada simplesmente de Detroit Electric, a empresa surgiu em 1907 e faliu em 1939. Resgatada em 2008 pelo ex-presidente da Lotus, a marca vai voltar ao mercado no meio deste ano com o SP:01. Feito na base do Lotus Elise e com carroceria de fibra de carbono, ele tem um motor elétrico de 201 cv que leva o carro de pouco mais de uma tonelada a 249 km/h e aos primeiros 100 km/h em 3,7 segundos. O modelo da Detroit Electric vai ser vendido nos Estados Unidos a partir de agosto. Bebe todas – A Honda começa a oferecer no CR-V o mesmo motor 2.0 flex que estreou no Civic no começo do ano. É a primeira vez que esta nova geração do utilitário usa um propulsor bicombustível. Ele tem a mesma calibração do sedã, com 155/150 cv e 19,5/19,3 kgfm com etanol e gasolina. Outra novidade é o fim da transmissão manual de seis marchas. Agora, o SUV só pode ser equipado com câmbio automático de cinco velocidades. Os preços partem de R$ 98.900

na versão LX 4X2 e atingem R$ 114.900 na EXL 4X4, as únicas versões disponíveis.Um de cada vez – A Nissan lança a sua linha 2014 a conta-gotas. Depois da picape Frontier e do sedã Ver-sa, chegou a vez do March, o carro-chefe da empresa. As mudanças estéticas foram ínfimas: se resumiram a um adesivo preto na coluna central e grade cro-mada. As maiores novidades ficaram por conta dos equipamentos. Agora, todo March 1.6 ganha os freios ABS de série. A partir da versão SV o hatch também ganha um novo rádio com Bluetooth e comandos no volante. Os preços variam entre R$ 27.690 e R$ 41.590.Choque de realidade – O sonho do empresário Henrik Fisker de criar carros elétricos de alto luxo parece estar próximo de acabar. A sua marca, a Fisker, passa por muitas dificuldades financeiras causadas pela falência de sua fornecedora oficial de baterias e de alguns recalls realizados. A situação é tão crítica que alguns meios de comunicação dos Estados Unidos, onde a empresa é situada, já dão como certo o pedido de falência da Fisker para as próximas semanas. A Fisker só produziu um carro até hoje, o sedã Karma, que chegou a ser elogiado pela crítica local.Menos diversificação – A atual linha da Mini conta com sete variações diferentes. Algumas com propostas bem semelhantes, caso do Cabrio e do Roadster, dois conversíveis do memso porte. Isso deve mudar na próxima geração do compacto inglês. Para diminuir custos de produção, a marca britânica pode eliminar algumas versões que vendam pouco e manter apenas as preferidas do público. Atualmente, os dois Mini mais vendidos são o Cooper hatch e o SUV Countryman.

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veículos

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