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O SUAS e rede privada na oferta de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais Departamento da Rede Socioassistencial Privada do SUAS. Secretaria Nacional de Assistencia Social.

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O SUAS e rede privada na oferta

de serviços, programas, projetos e

benefícios socioassistenciais

Departamento da Rede Socioassistencial Privada do SUAS. Secretaria Nacional de Assistencia Social.

DADOS GERAIS

• PEAS/IBGE 2006: 16.089 entidades de assistência social (antes da

migração das creches e pré-escolas para a Educação;

• Censo SUAS Rede Privada 2010 : 9.398 entidades de assistência

social inscritas e com parceria/convênio com Municípios;

• Censo SUAS Rede Privada 2011: 10.192 entidades inscritas nos CAS

municipais e do DF preencheram questionário em 100%.

Formulário Eletrônico 2012:

16.839 entidades privadas de assistência

social e serviços socioassistenciais,

inscritos nos CAS de maneira válida, em todo Brasil.

PRESSUPOSTOS DO MODELO

REGULATÓRIO DO SUAS

• Concepção de Estado social em contraposição ao Estado mínimo.

• Diretriz de descentralização político-administrativa que reconfigura

as relações entre os entes federados, cabendo à esfera nacional a

coordenação e as normas gerais, e às esferas estaduais e

municipais a coordenação em seu âmbito e a execução de serviços.

• Diretriz de participação que reafirma e fortalece as instâncias de

deliberação da política.

PRESSUPOSTOS DO MODELO

REGULATÓRIO DO SUAS (cont.)

A REDE SOCIOASSISTENCIAL deve INTEGRAR e ARTICULAR as ofertas

estatais e aquelas prestadas pelas entidades.

“as entidades prestadoras de assistência social são vistas

como parceiras estratégicas e corresponsáveis na luta pela

garantia de direitos sociais” (PNAS, 2004)

A formação da rede socioassistencial não é um dado, depende da ação

do governo local, do diagnóstico e do planejamento do território, do

conhecimento da oferta e da demanda de serviços para a efetiva

articulação em rede.

QUEM SÃO AS ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA

SOCIAL?

Artigo 3º, Lei nº 8.742/1993 – LOAS

Art. 3o Consideram-se entidades e organizações de

assistência social aquelas sem fins lucrativos que,

isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e

assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta

Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de

direitos.

QUEM SÃO AS ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA

SOCIAL? (cont.)

As entidades de assistência social devem:

• Executar ações de caráter continuado, permanente e

planejado;

• Assegurar que os serviços, programas, projetos e benefícios

socioassistenciais sejam ofertados na perspectiva da autonomia e

garantia de direitos dos usuários;

• Garantir a gratuidade em todos os serviços, programas, projetos

e benefícios socioassistenciais – inexistência de cobrança pelos

serviços;

• Garantir a existência de processos participativos dos usuários

na busca do cumprimento da missão da entidade ou organização.

NÍVEIS DE PERTENCIMENTO DAS ENTIDADES

DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO SUAS

Implementados a partir de processos e instrumentos, por meio dos

diferentes níveis de pertencimento ao SUAS: Inscrição, Cadastro

Nacional de Entidades de Assistência Social – CNEAS, Vinculo

SUAS e Certificação viabilizarão aos gestores e conselheiros:

• Conhecer a quantidade e qualidade das ofertas da política de

assistência social, em cada uma das unidades da federação; • Oferecer informações e instrumentos para o exercício do Controle

Social; • Contribuir para organização da prestação de serviços socioassistenciais,

segundo demanda e necessidades existentes; • Constituir a rede socioassistencial como uma dinâmica de relações, de

vínculos e referências de pertencimento, desde o âmbito local, até o municipal, estadual e por regiões dos municípios;

INSCRIÇÃO

Artigo 9º, Lei nº 8.742/1993 – LOAS e Resolução CNAS n° 14/2014

• Nível inicial de reconhecimento ao SUAS;

• Competência dos CMAS/CAS-DF com base nos

parâmetros nacionais e normatizações do CNAS

(tipificação, e demais resoluções normatizadoras).

→ A Resolução CNAS nº 14, de 15 de maio de 2014 revoga a

Resolução nº 16, de 05 de maio de 2010 e estabelece os

parâmetros nacionais para a inscrição das entidades e

organizações de assistência social, bem como dos serviços,

programas, projetos e benefícios socioassistenciais nos Conselhos

de Assistência Social (Art. 1º).

Entende-se por parâmetro o conjunto de orientações básicas que

constituem diretrizes para o cumprimento das normativas

vigentes. Que delimitam o campo específico de

responsabilidade e intervenção da política de Assistência Social,

qual seja, atenção a indivíduos e famílias em situação de

vulnerabilidade e risco pessoal e social.

• → A inscrição nos conselhos é a condição primeira para o funcionamento da entidade e organização de assistência social (Art. 5º).

• Os Conselhos de Assistência Social municipais e do DF

possuem autonomia para proceder a eventuais

adaptações, considerando as especificidades locais,

desde que não venham a ferir os princípios contidos

na Resolução.

CRITÉRIOS PARA REQUERER INSCRIÇÃO

Art. 6º - Resolução CNAS nº 14/2014, define os critérios para a inscrição das

entidades e organizações de assistência social, bem como dos serviços,

programas, projetos e benefícios socioassistenciais. São eles

cumulativamente:

I. executar ações de caráter continuado, permanente e planejado;

II. assegurar que os serviços, programas, projetos e benefícios

socioassistenciais sejam ofertados na perspectiva da autonomia e garantia

de direitos dos usuários;

III. Garantir a gratuidade e a universalidade em todos os serviços, programas,

projetos e benefícios socioassistenciais;

IV. Garantir a existência de processos participativos dos usuários na busca

do cumprimento da efetividade na execução de seus serviços, programas,

projetos e benefícios socioassistenciais.

O QUE AS ENTIDADES OU ORGANIZAÇÕES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DEVEM DEMONSTRAR NO ATO DA INSCRIÇÃO? (art. 3º)

I. Ser pessoa jurídica de direito privado;

II. Aplicar suas rendas, seus recursos e eventual resultado integralmente no

território nacional e na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos

institucionais;

III. Apresentar Plano de Ação anual;

Identificar cada serviço, programa, projeto e benefícios socioassistenciais

(informando: publico alvo; capacidade de atendimento; recursos

financeiros; recursos humanos; abrangência territorial; como fomenta,

qualifica e incentiva a participação dos usuários e estratégias adotadas

para isso).

IV. Ter expresso em seu relatório de atividades

Finalidade estatutária; objetivos; origem dos recursos; infraestrutura;

identificação de cada serviço executado ((informando: publico alvo;

capacidade de atendimento; recursos financeiros; recursos humanos;

abrangência territorial; como fomenta, qualifica e incentiva a participação

dos usuários e estratégias adotadas para isso).

APRESENTAR PLANO DE AÇÃO – Contendo todas ofertas da entidade (serviços, programas, projetos e

benefícios socioassistenciais) identificando em que município e/ou endereço cada uma delas é prestada.

– O CAS deverá analisar o plano de ação apresentado pela entidade, verificando se foram apresentados todos os itens exigidos, bem como a descrição de todas a ofertas prestadas no âmbito da assistência social. A leitura do plano de ação subsidiará ainda a verificação dos critérios estabelecidos no art. 6º desta Resolução.

– Para as entidades que se qualificam como de Assessoramento, Defesa e Garantia de Direitos, deverão fazer constar em seu Plano de Ação: local de execução, atividades, objetivos, público alvo, resultados/impactos esperados, bem como os critérios de acompanhamento, avaliação, prestação de contas, participação dos usuários, e, esclarecimento se essa oferta é efetuada de maneira direta ou por intermédio de algum tipo de parceria e, nesse caso se a entidade parceira possui inscrição no CAS local.

APRESENTAR RELATÓRIO DE ATIVIDADES

• Contendo todas ofertas da entidade (serviços, programas,

projetos e benefícios socioassistenciais);

• Deve ser analisado como documento obrigatório no caso de

entidades que já estão em funcionamento, o que não se aplica ao

caso de inscrição de entidade que ainda não está em

funcionamento.

• Para as entidades que se qualificam como de Assessoramento,

Defesa e Garantia de Direitos, deverão fazer constar em Relatório

de Atividades: local de execução das atividades, objetivos,

público alvo, resultados/impactos esperados, bem como os

critérios de acompanhamento, avaliação, prestação de contas ,

participação dos usuários, e, esclarecimento se essa oferta é

efetuada de maneira direta ou por intermédio de algum tipo de

parceria e, nesse caso se a entidade parceira possui inscrição

no CAS local.

No caso de entidades com atuação em outras

políticas (saúde, educação, cultura, segurança

alimentar, dentre outras) e também na política de

assistência social, recomenda-se que a verificação

da preponderância seja por meio do Relatório de

Atividades, do Plano de Ação e dos subsídios

levantados na visita realizada a entidade, bem

como dos objetivos estatutários.

A avaliação da maior área de atuação da entidade

(preponderância) deve levar em conta aspectos como:

quais as ofertas prestadas no âmbito da política de

assistência social; qual a quantidade de serviços,

programas, projetos e benefícios socioassistenciais

prestados em relação aos demais serviços prestados

pela entidade; quem são os usuários das ofertas

socioassistenciais; qual a capacidade de atendimento

correspondente às ofertas socioassistenciais prestadas

pela entidade; qual o montante de recursos financeiros

empreendidos e a quantidade de recursos humanos

alocados nas respectivas prestações

socioassistenciais.

Sendo identificada alguma inconsistência

nos documentos apresentados, o Conselho

de Assistência Social Municipal e do DF

deverá informar à entidade para que esta

regularize a pendência .

Uma vez cumpridos os requisitos

documentais, o CAS deverá agendar visita à

entidade, oportunidade na qual verificará os

itens descritos no relatório.

VISITA TÉCNICA

A visita deverá ser realizada preferencialmente pela equipe técnica da

Secretaria Executiva do CAS em conjunto com os conselheiros; ou

ainda, pela equipe técnica do órgão gestor da política de assistência social

em conjunto com os conselheiros, conforme definição do próprio CAS.

Recomenda-se que ela seja previamente agendada com a entidade.

É importante verificar na visita a coerência entre o conteúdo do Plano

de Ação e do Relatório de Atividades apresentados pela entidade e o

observado in loco de modo especial no que concerne às ofertas

prestadas pela mesma.

Sugere-se a utilização do roteiro disponibilizado no Apêndice III

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CONJUNTA MDS/CNAS - Comentários à

Resolução CNAS nº 14/2014.

Existe prazo de validade para a inscrição? → A inscrição das entidades, ou organizações de assistência social, dos serviços, programas, projetos ou benefícios socioassistenciais é por prazo indeterminado (Art. 15, da Resolução 14/2014). → § 1 - A inscrição poderá ser cancelada a qualquer tempo, em caso de descumprimento dos requisitos, garantindo o direito à ampla defesa e ao contraditório (Art. 15, da Resolução 14/2014). → As entidades e organizações de assistência social deverão apresentar anualmente, até 30 de abril, ao Conselho de Assistência Social (Art. 13, da Resolução 14/2014):

I. Plano de ação do corrente ano; II. Relatório de atividades do ano anterior que evidencie o cumprimento do

Plano de Ação, destacando informações sobre o público atendido e os recursos utilizados, nos termos do inciso III do art. 3º .

RESUMIDAMENTE: PASSO A PASSO....

Análise documental

Visita técnica

Parecer técnico da Comissão

Pauta, discute e delibera em Reunião plenária

Publicação

Emissão de comprovante

Notificação a entidade

Envio da documentação para o órgão gestor para providencias junto ao CNEAS

Recurso em caso de indeferimento

Relação Inscrição e CNEAS → Art. 11 – Compete aos Conselhos de Assistência Social:

Alínea “I”, inciso I - Envio de documentação ao órgão gestor para inserção dos dados no Cadastro Nacional de Entidades de Assistencia Social – CNEAS, conforme art. 19, inciso XI da Lei nº 8.742, de 7 de

dezembro de 1993.

→ Art. 15, § 2º - Em caso de cancelamento da inscrição, o Conselho de Assistência Social deverá encaminhar, no prazo de cinco dias úteis, cópia do ato cancelatório ao órgão gestor, para providencias cabíveis junto ao CNEAS, a que se refere a alínea “I”, inciso I, do art. 11 da Resolução 14/2014.

Tendências...

Definição de parâmetros de desenvolvimento dos serviços de forma

progressiva e escalonada no tempo, de acordo com as pactuações para todos

os serviços/programas/projetos e benefícios do SUAS para reconhecimento do

Caráter Nacional e aferição de Vínculo SUAS.

Necessidade de indução (atrelada a um arcabouço de

orientação/assessoria técnica e financeira) para o reordenamento dos

serviços ofertados pelas entidades, na lógica do modelo regulatório do

SUAS.

Vamos passar, necessariamente por um processo de transição.

PELA ATENÇÃO, AGRADECEMOS!

Departamento da Rede Socioassistencial Privada do SUAS Secretaria Nacional de Assistência Social

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

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