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ESCOLA SUPERIOR DE SADE DA CRUZ VERMELHA PORTUGUESA
Caderno de Estgio Medicina
Flvia Raquel Nunes Ferreira
N 1914
LISBOA
ANO LECTIVO
2009/2010
Escola Superior de Sade da Cruz Vermelha Portuguesa
CADERNO DE ESTGIO
Flvia Ferreira - 2/ 130
NDICE
CUIDADOS BSICOS 9
Conhecimentos bsicos 9
Mecnica corporal 9
Resduos hospitalares 9
Lavagem das mos 10
Colocao de luvas e material de proteco 10
Admisso hospitalar 11
Acolhimento 11
Registos 11
Anamnese (vrios tipos de notas de enfermagem) 12
Necessidades Humanas Bsicas 14
Sono e repouso 14
Sinais vitais 15
T.A. 15
Pulso 15
Temperatura 16
Respirao 17
Dor 19
Ingesto e eliminao 20
Alimentao 20
Eliminao vesical 20
Eliminao intestinal 22
Banho 24
Ambiente teraputico 24
5 Regras de ouro 24
Monitorizar a glicemia capilar 25
Puno endovenosa 25
Hemocultura 26
Hemotransfuso 27
Gasimetria 28
Administrao de soros 30
Cateter central 31
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CADERNO DE ESTGIO
Flvia Ferreira - 3/ 130
ESPECIALIDADES MDICAS 33
Equilbrio hidroelectroltico 33
Crises convulsivas 41
AVCs 43
Afeces neurolgicas 51
Afeces respiratrias 58
Afeces cardacas 80
Afeces urinrias 90
Afeces dermatolgicas 100
lceras de presso 106
Diabetes 110
Infecto-contagiosas 114
VALORES NORMAIS DE VRIOS PARAMETROS E INFORMAES BSICAS 124
Valores de referncia de testes laboratoriais comuns 124
Hemograma 124
Bioqumica 124
Gasimetria 125
Referncia a outros valores normais 126
Escala de Glasgow 127
Graus de edemas 127
Graus de fora 128
Plano nacional de vacinao 128
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CADERNO DE ESTGIO
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CADERNO DE ESTGIO
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CUIDADOS BSICOS
Conhecimentos bsicos
Mecnica corporal
Vesturio apropriado
Planear/coordenar os movimentos
Conhecer a nossa capacidade para elevar pesos
Identificar a ajuda que o indivduo pode dar
Manter os princpios da estabilidade e utilizar as alavancas disponveis
Efectuar movimentos em linha recta
Fazer deslocar o peso do nosso corpo
Utilizar os grupos musculares mais fortes
Utilizar a fora de toda a mo
Realizar movimentos suaves e contnuos
Em objectos pesados aplicar a fora na rea mais pesada e optar por movimentos de
balancear
Sempre que possvel, puxe ou empurre em vez de levantar
Desfazer planos inclinados
Resduos hospitalares
Por norma resduos contaminados colocam-se no saco branco, e os no contaminados no
preto. Mas devemos sempre consultar a norma de cada servio.
Grupo I
Grupo II
Grupo III
Grupo IV
Resduos no perigosos Resduos perigosos
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CADERNO DE ESTGIO
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No usar relgio para ter acesso
aos punhos;
Molhar bem as mos em gua
corrente para facilitar o
ensaboamento e consecutivamente
a lavagem;
Proceder a todas os passos da
imagem para eliminar os
microorganismos de todas as
zonas;
Mos e antebraos num plano a
baixo do cotovelo para que a gua
corra da zona menos contaminada
para a mais contaminada,
eliminando assim os
miscroorganismos para o lavatrio;
Por fim fechar a torneira com um
toalhete para evitar que haja
passagem de microorganismos
presentes na torneira para a mo.
Lavagem das mos
Colocao de luvas e material de proteco
Estril + estril = estril
Estril + limpo = contaminado
Estril + contaminado = contaminado
Estril + duvidoso = contaminado
Limpo - limpo; Esterilizado - esterilizado (colocao), e Sujo - sujo (remoo);
Ao virar costas a um campo preparado, consideramo-lo contaminado;
Material esterilizado para tcnicas asspticas;
Antes de manusear material esterilizado, lavar as mos;
O ar deve estar o mais limpo possvel e isento de poeiras;
No manusear material considerado no estril sobre um campo esterilizado;
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CADERNO DE ESTGIO
Flvia Ferreira - 11/ 130
Se por lapso, um campo esterilizado ficar molhado (de qualquer substncia), este,
NO DEVE SER UTILIZADO;
Admisso hospitalar
Acolhimento: Responsabilidade do enfermeiro
OBJECTIVOS DO ACOLHIMENTO
Preservar a individualidade do doente.
Facilitar boa adaptao do doente/famlia ao meio hospitalar.
Observar e registar dados em relao ao seu estado.
ACTIVIDADES INERENTES AO ACOLHIMENTO:
Apresentar-se;
Mostrar o servio;
Apresentar os outros doentes;
Mostrar a unidade: cama, armrio, mesa-de-cabeceira;
Explicar utilizao da campainha;
Explicar rotinas do servio: horrios, vesturio, entre outros;
Direitos que lhe assistem;
Perguntar se sabe quem o seu mdico assistente.
Registos
Regras de elaborao
Seguir as normas do servio/instituio;
Escrever com LETRA LEGVEL, iniciar sempre com data/turno;
Anotar cada procedimento, o MAIS PRXIMO POSSVEL da hora;
Escrever EXACTAMENTE como, quando e onde ocorreu;
Assinar de forma LEGVEL, na ltima linha;
Registar por ORDEM CRONOLGICA, mas lgica;
NO USAR CORRECTOR, trancar linhas em branco;
S se fazem registos dos doentes que temos a nosso cargo;
Se no escrever, porque no fez;
No se registam opinies nossas (juzos de valor);
Anotar estado das vias invasivas e modalidades teraputicas;
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CADERNO DE ESTGIO
Flvia Ferreira - 12/ 130
Anotar visitas mdicas e registar ensinos feitos.
Anamnese (vrios tipos de notas de enfermagem)
A anamnese consiste no historial do doente, tanto a nvel clnico como vida pessoal.
Nota de admisso de ENTRADA
Registo resultante da colheita da dados, aquando da admisso do doente no servio, que
inclui:
Exame fsico;
Modo de internamento;
Provenincia do doente;
Diagnstico mdico;
S ou acompanhado, e por quem;
Observao geral do doente;
Medicao que traz consigo;
Registo de sinais vitais;
Possveis alergias;
Tratamento institudo;
Primeira hospitalizao ou
experincias anteriores;
NHB alteradas.
Nota diria de EVOLUO de enfermagem
Registo pormenorizado do estado do doente e de todas as aces de enfermagem
realizadas durante o turno.
Devem ser redigidas com uma ordem lgica, com um sentido crnio caudal:
Estado de conscincia
Sinais vitais; oscilaes e reavaliaes
Cuidados de higiene dependncia, ajuda especfica, autnomo, zonas de presso
observadas, cuidados realizados.
Respirao eupneico, dispneico, se tem oxignio e qual o sistema de
administrao, tosse, expectorao.
Alimentao quantidade ingerida, algum sintoma referido.
Mobilizao se fez levante, posicionamentos.
Eliminao quantidade (n de mices/dejeces), caractersticas.
Exames que realizou ou tem para realizar.
Nota de TRANSFERNCIA
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CADERNO DE ESTGIO
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Permite a continuidade de cuidados de enfermagem, dentro ou fora do hospital, consoante
o destino do doente.
Actividades do Enf.
Explicar ao doente o que vai acontecer;
Reunir o material para a transferncia;
Assegurar-se que a unidade para onde o doente vai ser transferido est pronta para
o receber;
Pode acompanhar o doente ou no.
Nota de ALTA
Tambm denominada por Carta de Alta, um registo resumido do internamento e da
situao do doente no momento da alta, com o objectivo de assegurar a continuidade dos
cuidados.
No turno em que o doente sai, as notas de enfermagem no processo clnico devem
incluir:
Factos relevantes at sada do doente
Hora de sada e quem acompanhava o doente
Destino: domiclio, Lar, outra instituio
Ensino para a alta, efectuado.
Actuao de enfermagem:
Informar o doente e familiares;
Ajudar o doente a reunir os seus pertences;
Explicar os cuidados a ter em casa e assegurar-se que o doente e/ou famlia os
compreenderam (medicamentos a tomar, consultas a realizar).
Alta a pedido: Por razes pessoais ou familiares, o doente pode pedir alta quando o
entender, mediante um termo de responsabilidade (Documento assinado pelo doente,
cujo teor traduz que o individuo se responsabiliza por tal acto - Quando o doente menor,
so os pais ou tutores a assumir essa responsabilidade).
S vlida a assinatura de uma pessoa e no pleno uso das suas faculdades mentais.
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Necessidades Humanas Bsicas
(segundo Verginia Henderson)
Respirar
Comer e beber
Manter a
temperatura
corporal
Higiene
Eliminar
Movimentar-se
Vestir e despir-se
Evitar os perigos
Comunicar
Praticar a sua
religio.
Realizao
Recrear-se
Aprender
Sono e repouso:
Investigar quanto presena de:
Dissnias:
Insnias:
Inicial (dificuldade em adormecer);
Intermdia ou de manuteno (acordar durante a noite frequentemente);
Terminal (acordar cedo e no adormecer mais).
Hipersnias (sono e sonolncia diurna excessivos);
Perturbao do ritmo de sono.
Narcoplsia ataques de sono, durao 30 min, durante vrias vezes por dia.
Apneia do sono normal 5 a 10 episdios por hora, cada um com a durao de
10s. Anormal centencas, durando cada um mais de 1min ou mais.
Parassnias:
Pesadelos; Terrores nocturnos; Sonambulismo.
Mdia de horas de sono dirio
RN 14 a 18;
De 6 meses at aos 4 anos 12 a 13;
Crianas em idade escolar 8 a 12;
Adolescentes 6 a 9;
Adultos 6 a 8;
Idosos 6 a 7.
Sinais vitais
T.A.
TA mxima sistlica presso mx exercida durante a contrac. do VE.
TA mnima diastlica presso exercida com os ventrculos em repouso.
Hipotenso:
Sistlica
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Temperatura
Locais de avaliao:
o Temperatura periferia axila e virilha (manter 5 a 7 min).
o Temperatura central recto (manter 4 min), boca (manter 4 min) e tmpano
(avalia-se em segundos).
Temp. axilar normal: 36,5C/37C, (temperatura timpnica e oral avaliam em 0,5C a
cima da axilar e a rectal avalia em 1C a cima).
Tipos de temperatura:
Indivduo sem febre apirtico;
Indivduo com febre pirtico;
Febre recorrente alternncia de perodos de pirexia/apirexia;
Hipertermia acima de 40C;
Hiotermia abaixo de 35C.
ACTUAO
Inicial = Avaliar logo que h
suspeita. Atender necessidade de
ingesto de lquidos e ao
desconforto geral.
Febre = Administrao de
teraputica antipirtica e
arrefecimento corporal. Despiste de
nuseas, vmitos e registos de
pulso e respirao.
Arrefecimento = Controlar nova
elevao da temperatura.
ESTADIOS DA FEBRE
Inicial = Gradual ou subitamente. Reage-se com
arrepios, aumento do metabolismo e da
actividade muscular, cardaca e respiratria;
Febril = A temperatura corporal atinge um novo
ponto de viragem, se permanecer elevada
podem ocorrer desidratao, delrio, convulses;
Arrefecimento = Fase em que a temperatura
volta ao normal devido administrao de
teraputica anti-pirtica e do arrefecimento
corporal. O indivduo sente calor e apresenta
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CADERNO DE ESTGIO
Flvia Ferreira 17/130
Respirao
A avaliao da frequncia respiratria (rpm/cpm) dada por 3 parmetros:
Padro respiratrio: Normal/ regular inspi/pausa/expi/pausa
Qualidade: Expanso torcica simtrica com uma frequncia considerada normal
denomina-se eupneia ou eupneico.
O contrrio refere-se dispneia (dificuldade respuratria), existindo pelo menos 3
tipos de dispneia:
Dispneia de esforo;
Ortopneia;
Dispneia paroxistica nocturna.
Amplitude respiratria:
Volume de ar inspirado e expirado em cada ciclo respiratrio. Ampla e superficial,
torcica e abdominal.
Taquipneia: FR > 24 cpm;
Bradipneia FR < 10 cpm;
Apneia interrupo ou ausncia de ciclos respiratrios;
Hiperpneia Aumento da amplitude respiratria.
Valores normais:
RN 40 a 60
De 6 meses a 4 anos 26 a 30
Crianas em idade escolar 20 a 26
Adolescentes 12 a 18
Adultos 12 a 18
Idosos 14 a 18
Tipos de tosse:
o Seca no h expectorao; origem pleural e mediastnica;
o Produtiva Existe expulso de expecturao;
o Quintosa ou coqueluchide Quase sem inspiraes intercalares
o Bitonal c/ dois tons, surge associado a parsia de 1a corda vocal;
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CADERNO DE ESTGIO
Flvia Ferreira 18/130
o Emetisante acompanhada de vmito.
Caractersticas da expecturao:
o Mucosa cor amarelo-esbranquiado, tipo clara de ovo, podendo apresentar
partculas slidas;
o Purulenta com placas de pus e tom amarelo;
o Mucopurulenta Quando apresenta as duas caractersticas acima referidas;
o Serosa Lquido homogneo, pouco consistente, espuma branca ou rosada;
o Viscosa se adere fortemente ao recipiente colector;
o Hemoptica avermelhada devido presena de sangue.
Drenagem postural:
Drenagem postural (d.P.) com declive (ou modificada);
D.P. clssica:
o Material:
Lenos de papel e recipiente para sujos;
Resguardo de pano e resguardo descartvel;
Almofadas de diferentes tamanhos;
Marquesa ou cama articulada;
Material para higiene oral.
o Tcnica:
Explicar procedimento apelando sua participao;
Verificar prescrio e possveis contra-indicaes;
Ambiente calmo, temperatura agradvel, luz adequada e privacidade;
Lavar as mos;
Vesturio confortvel para o utente;
Avaliar frequncia cardaca;
Verificar perodo digestivo (pode causar vmitos);
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Ensinar a fazer inspirao lenta pelo nariz e expirao forada pela boca
durante a D.P. (Fazer manobras de percusso, vibrao, compresso para
facilitar o desprendimento e a progresso das secrees);
Estimular a tossir conforme o necessrio;
Avaliar pulso e aspecto geral durante todo o procedimento;
o Aps D.P.:
Estimular o utente a fazer vrias inspiraes mximas sustentadas, para
reinsuflar alvolos que tenham colapsado;
Estimular a fazer higiene oral e posicionar;
Fazer o registo: data, hora, durao, reaces do utente, posies que
produziram mais efeito, e caractersticas da expectorao.
Dor
Caractersticas:
Inco: surge de forma lenta, gradual ou brusca;
Tipo de dor:
o Quando durao:
Aguda (surge num pice);
Crnica (persiste para alm de 6 meses)
o Quanto intensidade:
Ligeira; Moderada Agnica.
o Quanto origem:
Cutnea ou superficial;
Reflexa;
Fantasma;
Noriceptiva (resulta da actuao de um sistema neurofisiolgico pode
ser: somtica ou visceral);
Neuroptica (dor patolgica, resulta da leso ou doena do SNC ou
SNP).
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CADERNO DE ESTGIO
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Descrio:
o Em pontada;
o Agressiva (sensao de
peso);
o Fulgurante (breve durao e
grande intensidade);
o Lancinante (como um
murro);
o Ardente (como uma
queimadura);
o Clica;
o Pulstil ou latejante;
o Constritiva ou sensao de
aperto.
Evoluo: Contnua ou intermitente
Horrio e periodicidade.
Ingesto e eliminao
Alimentao
A alimentao da pessoa pode ser parcialmente dependente, dependente ou independente.
Existem tambm diferentes vias de ingesto de alimentos/nutrientes:
Oral, entrica (mais comum nasogastrica) ou parentrica (EV e cateter central).
Eliminao vesical
A eliminao vesical normal de 0,5 a 1 ml/Kg/hora
Terminologias:
Mico eliminao de urina;
Diurese quantidade de urina nas 24h;
Volume urinrio quantidade de urina num turno;
Anria no eliminao por deficincia renal;
Reteno no eliminao por deficincia vesical;
Incontinncia Mices por no reteno de urina;
Oligria volume de urina inferior ao normal;
Poliria volume de urina superior ao normal;
Polaquiria muitas mices e pouco volume de urina de cada vez;
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CADERNO DE ESTGIO
Flvia Ferreira 21/130
Disria dor mico;
Nictria muitas mices de noite;
Hematria presena de sangue na urina;
Piria presena de pus na urina;
Glicosria presena de glicose na urina;
Enurese mices nocturnas involuntrias;
Proteinria presena de protenas na urina;
Cetonria presena de corpos cetnicos na urina.
Caractersticas da urina:
Quanto cor:
o Amarela;
o mbar;
o Cor de palha;
o Acastanhada;
o Cor de vinho do porto.
Quanto ao cheiro:
o Sui generis;
o Fraco;
o Amonaco;
o Cetnico;
Quanto aparncia:
o Limpida;
o Turva;
o Com sedimento
Quanto aos elementos estranhos (sedimento):
o Sangue;
o Pus;
o Pigmentos biliares;
o Clculos (litiase);
o Albumina;
o Aucar;
o Acetona;
o Cilindros.
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Eliminao intestinal
Identificao dos padres normais
Idade e ocupao;
Horrio e frequncia;
Uso de medicamentos;
Tipo de alimentao;
Exerccio fsico (tipo e frequncia).
Observao e registo das caractersticas
Consistncia:
o Moldadas;
o Moles ou pastosas;
o Secas;
o Duras;
o Macias e bem
formadas;
o Macias e volumosas;
o Diarreia.
Cheiro:
o Sui generis;
o Ftido;
o Ptrido.
Cor:
o Castanhas;
o Amareladas;
o Esverdeadas;
o Verdes;
o Pretas;
o Vermelhas (melenas);
o Brancas (Aclitas).
Presena de elementos estranhos:
o Sangue;
o Pus;
o Muco;
o Parasitas;
o Alimentos no digeridos
(lienteria);
o Presena de gorduras
(esteatorreia).
Tipos de diarreira
Secretria;
Exsudativa;
Osmtica;
Trnsito intestinal rpido.
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Enemas
Interveno que consiste em instilar uma soluo no recto ou no clon sigmoideu de modo
a facilitar o esvaziamento do intestino grosso.
Pode ser de dois tipos:
Limpeza;
Reteno.
Quantidade de gua = 1 litro a 1,5 litro, administrada a baixa presso (50 cm acima do
nvel da cama).
A diferena da colocao dos dois tipos de enema encontra-se no decbito, o de limpeza, o
utente encontra-se em decbito lateral esquerdo e no de reteno o utente encontra-se em
decbito lateral direito.
COLOCAR UMA SONDA DE ENTEROCLISE
Consiste na colocao de uma sonda rectal no recto adaptada a um saco colector com o
objectivo de drenar ar e/ou lquido de forma a diminuir uma distenso.
MICROCLISTER OU MICROLAX
Utilizado quando o grau de obstipao baixo ou moderado (2 a 3 dias).
Ao ser introduzido deve ter-se em ateno:
Aperta-se ao entrar;
Mantm-se apertado ao retirar.
Volumes a administrar consoante as idades:
Adulto: 750cc a 1000cc;
13 Anos: 500cc;
7 Anos: 250cc;
3 Anos: 100cc;
2 Anos: 50cc;
Menos de 1 ano: 20cc.
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CADERNO DE ESTGIO
Flvia Ferreira 24/130
Banho
Quanto temperatura:
Frios (temperatura < 25C);
Frescos (temperatura entre 25 e 30C);
Tpidos (temperatura entre 30 e 35C);
Quentes (temperatura entre 35 e 40C).
Quanto extenso:
Pedilvio (ps);
Manilvio (mos);
Semicpio (rgos genitais e
ndegas);
Geral.
Quanto natureza:
Simples (gua vulgar);
Teraputicos:
Medicamentosos; No medicamentosos.
Imerso (o corpo mergulha na gua);
Duches (gua cai em jacto no corpo).
Ambiente teraputico
5 Regras de ouro
Doente certo Conferir o nome;
Dose certa Conferir a dose prescrita e confirmar com a preparada;
Via de administrao certa Conferir a via de administrao;
Medicamento certo Ler a dose do frasco ao retirar o frasco: Antes de retirar o
medicamento, aps preparar o medicamento e antes de administrar ao doente;
Horrio certo Deve ser confirmado antes de se administrar o frmaco.
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CADERNO DE ESTGIO
Flvia Ferreira 25/130
Monitorizar a glicemia capilar
Procedimento de carcter autnomo e interdependente que consiste na colheita de sangue
capilar para a determinao dos valores de glicmia capilar.
OBJECTIVOS
Monitorizar valores de glicmia capilar.
Despistar complicaes metablicas: hipoglicmia e hiperglicmia.
INTERVENES DO PROCEDIMENTO
Seleccione o membro mais adequado realizao da puno, atendendo existncia
de perfuso EV com soroterapia glicosada;
Proceda massagem do local a puncionar, da parte proximal para a parte mais
distal.
Puno endovenosa
Anlises laboratoriais:
Citolgicas:
o Hemograma estudo qualitativo e quantitativo, elementos figurantes;
o Eritograma nmero de eritrcitos;
o Taxa de hemoglobina;
o Hematcrito ou volume globular percentagem da parte slida;
o Leuccitos;
o Plaquetas.
Fsicas:
o Velocidade de sedimentao globular tempo que os glbulos demoram a
precipitar;
o Determinao do grupo sanguneo;
o Tempo de hemorragia;
o Tempo de coagulao.
Bioqumicas (em sangue coagulado):
o Ionograma sdio, potssio, cloro, ureia, glicose, protenas totais, bilirrubina,
creatinina, cido rico, colesterol, transaminases, clcio, ferro, entre outras.
Bacteriolgicas:
o Hemoculturas asspticas, em tubos esterilizados com sangue coagulado (ver
norma).
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CADERNO DE ESTGIO
Flvia Ferreira 26/130
Hemocultura
a preparao de um meio de cultura com sangue colhido de um indivduo doente que se
presume conter germes patognicos, com o objectivo de:
Constituir um meio de diagnstico de uma infeco;
Orientar no tratamento a instituir (qual o antibitico a que o germe sensvel).
Material:
Material para puno endovenosa (ver norma);
Frascos com meio de cultura para colocar o sangue.
Tcnica:
Explicar ao utente o procedimento;
Proceder a uma desinfeco cuidada da zona a puncionar, respeitando a tcnica
assptica;
Proceder colheita de sangue e colocar no meio de cultura, aps desinfeco da
rolha de borracha;
Repetir a colheita de sangue noutro membro ou 30 minutos aps a primeira puno;
Encaminhar para o laboratrio para ser analisado.
Nota bem:
Deve fazer-se a colheita antes de ter iniciado qualquer teraputica e de preferncia
quando o utente estiver em pique febril;
Colher entre 5 a 10 cc nos adultos e entre 1 e 3 cc nas crianas para cada meio de
cultura;
A colheita dever ser feita ou de membros anatomicamente afastados e, de
preferncia, com intervalo mnimo de 30 min;
Deve-se rotular os frascos com os rtulos que trazem, indicando a ordem da
colheita.
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Hemotransfuso
Consiste na administrao EV de sangue e/ou dos seus derivados.
Material:
Sistema de filtro
Soro fisiolgico
Unidade de sangue
Tcnica:
As unidades de sangue devem ser confirmadas e registados nome, grupo sanguneo
e lote;
O soro fisiolgico o nico compatvel com o sangue (o soro glicosado
incompatvel);
Proceder puno venosa ou verificar permeabilidade da veia, caso j esteja
puncionado;
Colocar o sistema expurgado 1m acima do nvel do corao. Aps o incio da
transfuso o sangue deve correr a 2ml/m nos primeiros 5 minutos;
No administrar medicao com sangue;
Avaliar os sinais vitais na seguinte sequncia: 0 min, 5 min, 15 min, 30 min e hora a
hora at estabilizar;
Uma unidade de sangue no deve durar menos de 2 horas a correr nem mais de 4
horas;
Em caso de complicao:
o Suspender de imediato a transfuso e manter acesso venoso com soro
fisiolgico;
o Comunicar ao mdico e ao servio de sangue;
o Guardar a unidade de sangue e todo o equipamento;
o Colher sangue para anlise;
o Colher amostra de urina.
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CADERNO DE ESTGIO
Flvia Ferreira 28/130
Gasimetria
Consiste na introduo de uma agulha numa artria para colher sangue arterial. Tem como
objectivos:
Avaliar a adequao de oxigenao e ventilao;
Avaliar o estado cido-bsico por medida dos componentes respiratrios e no
respiratrios;
Monitorizar a eficcia do tratamento;
Detectar e tratar desequilbrios electrolticos.
Material:
Algodo embebido em lcool a 70%;
Kit de gasimetria (seringa heparinizada, tampa e borracha, rtulo para
identificao);
Penso rpido;
Contentor para cortantes e perfurantes.
Tcnica:
Verificar a requisio de anlises; confirmar se a colheita para ser feita com a
administrao de O2 ou com ar ambiente, neste ltimo caso, e se o utente estiver a
fazer O2, suspender a oxigenioterapia durante 20 minutos e s depois extrair o
sangue;
Lavar as mos e preparar o material;
Explicar o procedimento ao utente;
Colocar um resguardo impermevel sob o local do utente a puncionar;
Seleccionar a artria a puncionar, fazendo o teste de Allen se for a radial;
Pedir ao utente que se posicione ou ajud-lo a posicionar-se;
Observar a rea circundante da artria seleccionada;
Puxar o mbolo da seringa at cerca de 1cc;
Palpar a artria, desinfectar o local e a ponta dos dedos;
Com os dedos mdio e indicador ligeiramente afastados, esticar a pele;
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CADERNO DE ESTGIO
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Introduzir a seringa num ngulo entre 45 a 90 e com o bisel da agulha dirigindo-se
no sentido do corao;
Colher o sangue sem exercer presso no mbolo;
Retirar a agulha, desinfectar e aplicar compresso directa no local da puno, no
caso do utente estar a fazer anticoagulantes ou ter alteraes da coagulao deve-se
prolongar o tempo de compresso e no fim colocar um penso compressivo;
Se existirem bolhas de ar na seringa, devem-se expulsar rapidamente, pondo-a com
a agulha para cima depois de furar uma compressa;
Vedar a seringa com a adaptao plstica.
Aps gasimetria:
Observar a reaco do utente e reinstala-lo;
Fazer o registo: data da puno, local da puno, reaces secundrias (locais e
sistmicas), gasimetria feita com O2 ou com ar ambiente.
Locais de puno:
Artria radial; Artria braquial; Artria femoral.
Teste de allen: corresponde a uma avaliao rpida da circulao colateral da mo e
essencial antes da realizao da puno da artria radial. Tanto a artria radial quando a
ulnar so ocluidas pelos dedos do examinador o utente fecha a mo. Quando a mo
reaberta, as artrias permanecem ocluidas e a mo do utente fica plida. Quando se liberta
a artria ulnar ou a artria radial, a totalidade da mo deve-se tornar rosada, em virtude
da circulao colateral. A permeabilidade de ambas as artrias avaliada uma de cada vez.
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Administrao de soros
Perfuso administrao de uma grande quantidade de lquido EV por gravidade
FINALIDADE:
Administrar lquidos (Quando doente incapacitado de ingerir em quantidade suficiente);
Administrar electrlitos para recuperar ou conservar o equilbrio electroltico;
Administrar vitaminas e alimentos sob a forma de glicose e protenas quando o doente
no capaz de absorver os alimentos necessrios;
Administrar sangue completo, plasma, glbulos, soro e plaquetas
Sistema de soro
Permite administrao de grande
quantidade de lquido em curto perodo de
tempo.
1 ml = 20 gts
Sistemas de Microgotas
Pequena quantidade de lquido num longo
perodo de tempo
1 gt = 4 microgotas
CLCULO DO DBITO DA PERFUSO
necessrio saber:
o Quantidade de soro prescrito;
o Em quanto tempo deve correr a perfuso;
o Nmero de gotas por minuto que o sistema nos fornece.
Se houver um controlador de fluxo:
Basta dividir a quantidade de lquido pelo tempo uma vez que o controlador
programvel em mililitros por hora.
Ex. 1500 ml : 8h = 187,5 ml/h
Se no houver um controlador de fluxo:
1 Passo: Converter as horas prescritas em minutos;
2 Passo: Dividir a quantidade de soro prescrito pelos minutos
3 Passo: Multiplicar os mililitros obtidos pelo nmero de gotas que o sistema
oferece
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Tipos de solues:
Isotnicas
Hipotnicas
Hipertnicas (no devem ser administradas em veias perifricas mas sim em
cateteres centrais)
Cateter central
MATERIAL
Seringas (2,5cc e 10cc)
Agulhas (SC e IM)
Compressas esterilizadas
Lmina de bisturi
Material para suturar (porta agulhas, pina de disseco, seda)
Penso esterilizado
Soluo para infundir
INDICAES:
Impossibilidade de puno em veias perifricas;
Alimentao parentrica;
Administrao de teraputica intravenosa (longa durao, medicamentos corrosivos)
Perfuso de grandes quantidades de soro;
Medio de PVC (presso venosa central);
COMPLICAES DA PUNO VENOSA CENTRAL
o Complicaes sistmicas
o Complicaes locais
ACTUAO DE ENFERMAGEM
Colocar o doente em ligeiro trendelenburg, com a cabea virada para o lado oposto
ao da puno, no caso de uma veia sub-clvia colocar no lado da puno uma toalha
enrolada sob a coluna vertebral.
Colaborar com o mdico fornecendo-lhe o material
Aps a puno, heparinizar o cateter (segundo protocolo) at fazer RX
Limpar a zona prxima do local de insero do cateter
Colocar um penso esterilizado
Deixar o doente limpo e numa posio confortvel
Providenciar a ida do doente ao RX
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INTERVENO DE ENFERMAGEM RELACIONADA COM A MANUTENO DE
CATETERES CENTRAIS
Objectivo:
Evitar e despistar a infeco
Vigiar sinais vitais 2 vezes ao dia (febre de origem desconhecida)
Vigiar alteraes locais (dor, calor, rubor, supurao)
O penso deve ser mudado no mximo ao quarto dia e no mnimo ao segundo e
sempre que for necessrio
O cateter deve ser retirado ao 1 sinal de infeco
Substituio do cateter o mais cedo possvel
Substituio do cateter quando este foi colocado em situaes de emergncia
(tcnica assptica questionvel)
PRESSO VENOSA CENTRAL - (PVC)
Faz-se atravs de um cateter colocado na veia sub-clvia ou na jugular interna ou ainda,
excepcionalmente, na femural.
Interpretao dos valores
PVC e TA = reduo do volume circulante
PVC e TA = competncia cardaca diminuda
PVC e TA = Falncia renal
Nota:
PVC elevada = hipervolmia
PVC Baixa = hipovolmia
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ESPECIALIDADES MDICAS
Equilbrio hidroelectroltico
Constituio/distribuio dos electrlitos
Extracelular
Na+
K+
Mg2+
Ca2+
Intracelular
K+
Po4-
Protena
gua e electrlitos
Organismo
Ingesto de alimentos
Via parentrica (EV ou SC)
Via entrica (sonda gstrica)
Organismo
gua e electrlitos
Rins
Pele
Pulmes
Sistema gastro intestinal
ACIDOSE METABLICA
Distrbio caracterizado por:
Diminuio do Ph (logo aumento da [H]);
Diminuio da concentrao plasmtica de bicarbonato.
Acidose de alta anionica (ocorre na cetoacidose);
Acidose anionica normal (resulta da perda de bicarbonato).
Causas
Insuf. Renal glomerular;
Cetoacidose Diabtica (DM, alcoolismo crnico);
Acidose Lctica (hipxia) com acumulao de ac. lctico;
Acidose txica (excesso de ingesto de aspirina e lcool).
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Manifestaes Clnicas
Cefaleias;
Confuso;
Sonolncia;
Aumento da Frequncia Respiratria;
Nuseas;
Vmitos;
Vasodilatao perifrica (Ph 7);
Diminuio do DC (Ph7).
Intervenes De Enfermagem
Acidose Grave Administrar Bicarbonato Na (lentamente);
Se provocada por IR Dilise;
Acidose corrigida o K volta para as clulas (Hipocalimia);
Verificar boa funo Respiratria;
BH;
Vigiar estado conscincia;
Gasimetria arterial.
ALCALOSE METABLICA
Distrbio causado por:
Aumento do Ph ([H]);
Aumento da concentrao Plasmatica de bicarbonato.
Causas
Vmitos (H e ies de Cloreto);
Diminuio do K (devido a diurticos);
Excesso de hormona adrenocorticoide;
Hipocalimia (rins conservam K e libertam H).
Manifestaes Clnicas
Formigueiro ( ionizao Ca);
Tonturas;
Hipertonia muscular;
Incurso respiratria deprimida (aco de compensao desenvolvida pelos
pulmes).
Interveno de Enfermagem
Administrar SF (PO ou Ev);
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Assegurar funo respiratria mantida (ganho de CO2);
Preveno de traumatismos (risco de convulso, por da excitabilidade do SNC).
ACIDOSE RESPIRATRIA
Distrbio causado por:
pH < 7,35
PaCO2 > 42mmHg
Inadequada libertao de CO2 com Ventilao inadequada, levando a:
Aumento dos nveis plasmticos de CO2, que por sua vez aumenta os nveis de
cido carbnico;
Aumento da presso de CO2, levando a uma hipoventilao, resultando numa
diminuio da presso de O2
Causas
Acidose Respiratoria Aguda (situao emergncia):
EPA;
Obstruo das Vias Areas (corpo estranho);
Atelectasia;
Pneumotorax;
Pneumonia.
Acidose Respiratria Crnica
Enfisema;
Asma Brnquica.
Interveno de Enfermagem
Aumento da taxa de ventilao alveolar (trocas de CO2 com O2);
Obstruo das Vias Areas;
Drenagem Postural;
Hidratao;
Higiene Brnquica;
Aspirao de secrees.
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ALCALOSE RESPIRATRIA
Deve-se Hiperventilao (sada excessiva de CO2 consequentemente contedo
plasmtico de Ac. Carbnico).
Disturbio causado por:
pH > 7,45;
PaCO2 < 38mmHg.
Causas
Ansiedade;
Hipoxmia;
Excessiva ventilao.
Manifestaes Clnicas
Delrio (vasoconstrio e diminuio do fluxo sanguneo);
Incapacidade de concentrao;
Entorpecimento;
Formigueiro;
Alterao estado de conscincia.
Interveno de Enfermagem
Incentivar doente a respirar devagar (acumular CO2) ou para um sistema fechado;
Uso de sedativos;
Falar com doente calmamente;
Vigiar estado de conscincia.
Avaliao do Equilbrio Acido- Base
PH mede [H], reflectindo o estado acido-base sanguneo;
PaCO2, componente respiratrio de regulao acido-base, ajusta-se pela alterao da
frequncia e profundidade respiratria;
PaO2, presena de hipoxmia pode levar ao metabolismo anarobio, resultando na
prod. de acido lctico e acidose metablica;
SpO2, mede quantidade de hemoglobina saturada de O2 no sangue.
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DESIQUILIBRIO HIDROELECTROLITICO
Dfice de Volume de Lquidos (DVL).
Excesso de volume de lquido (EVL). Expanso isotnica do LEC, causada por reteno
anormal de gua e Sdio.
DVL
Causas de DVL
Vmitos;
Diarreia;
Sudurese;
Diminuio de ingesto de lquidos.
Manifestaes Clnicas (DVL)
Diminuio peso;
Diminuio do turgor cutneo;
Pulso fraco e rpido;
Urina concentrada;
Hipotenso postural.
Intervenes de Enfermagem (DVL)
Manter T corporal;
Incentivar ingesto de lquidos;
Pesar diariamente;
Prestar cuidados de higiene oral;
Humedecer mucosa dos lbios e lngua;
Administrar lquidos por via endovenosa;
Algaliao vescal;
Posicionar (doente acamado), vrias vezes.
EVL
Causas de EVL
Sobrecarga de lquidos por diminuio da funo de mecanismos homeostticos:
ICC;
IR;
Cirrose Heptica;
Aumento da ingesto de sal nos alimentos.
Manifestaes Clnicas (EVL)
Edema; Aumento da Presso venosa;
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Veias dilatadas;
Pulso cheio;
Crepitao.
Intervenes de Enfermagem (EVL)
Pesar diariamente o doente;
Avaliar sons respiratrios;
Avaliar presena e tamanho de edemas;
Incentivar a dieta sem sal;
Restringir a ingesto de lquidos;
Incentivar repouso;
Posicionar o doente em posio semi-foller .
DESEQUILBRIO DE SDIO
Electrlito mais abundante no LEC
Aumento ou diminuio de Na acompanhado por aumento ou diminuio de H2O
Funes Na:
Contraco muscular;
Transmisso de impulsos nervosos;
Distribuio de gua no corpo.
Valor normal de Na entre 135-145mEq/l
HIPONATRMIA
Quando Na se encontra abaixo do valor normal (135mEq/l), d-se um aumento de H2O
[H2O]>[Na]
Causas
Dieta pobre em sdio (associada a diurticos);
Perdas extra renais (diarreia, vmitos, queimaduras);
Diluio (grande ingesto de H2O depois de sudao excessiva);
Hiperglicmia (atrai gua para sistema circulatrio, mas reduz [Na].
Manifestaes Clnicas
Confuso
Convules;
Coma;
Hipervolmia (aumento de peso,
edema);
Diminuio da TA;
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Taquicrdia; Diminuio do DU.
Intervenes de Enfermagem
Administrao de SF 0,9% (EV);
Administrao de expansores de plasma (gelafundina);
Incentivar a alimentos com sal;
Grades na cama (proteco do doente);
Vigiar estado conscincia (confuso, agitao, hipotenso).
HIPERNATRMIA
Quando Na se encontra acima do valor normal (145mEq/l), d-se uma diminuio de
H2O.
Causas
Administrao solues salinas (tratamento Acidose);
Secreo excessiva Aldosterona ;
Perda de gua (febre, infeco respiratria, diabetes, diarreia).
Manifestaes Clnicas
Sede;
Febre;
Membranas das mucosas secas;
Agitao;
Convulses;
Edema pulmonar;
Diminuio do DU;
Taquicardia;
Aumento da TA.
DESEQUILBRIO DE POTSSIO
Electrlito mais abundante no LIC
Funes K:
Actividade muscular (esqueltico e cardaco);
Move-se sob influncia Bomba Sodio-Potssio;
Funo renal normal mantm equilbrio do K;
Excretado pelo rim (80%).
Valor normal de K entre 3,5-5,5mEq/l
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HIPOCALIMIA
Quando K se encontra abaixo do valor normal (3,5mEq/l)
Causas
Alcalose (K entra na clula por troca com ies de H);
Administrao de insulina (capta K);
Diminuio de K ingerido;
Aumento da expoliao renal (secreo excessiva de Aldosterona, IR, uso
diurticos).
Manifestaes Cnicas
Alteraes no ECG;
Distrbios Gastrointestinais (diarreia, vmito);
Distrbios Cardacos (Bradicardia e BAV, Arritmias);
Distrbios Renais (poliuria, nicturia, diluio urina);
Distrbios Neurolgicos (parestesias, fraqueza muscular);
Paragem Cardaca.
Interveno de Enfermagem
Administrao de K, cautelosamente (sempre diludo, 10mEq/100cc SF);
Vigiar flebites (e outros sinais inflamatrios locais);
Monitorizar nveis normais de K;
Estimular a uma dieta rica em K (banana, uva, damasco, feijo, batata);
Preveno traumatismos;
Vigiar padro cardaco e respiratrio.
HIPERCALIMIA
K acima do valor normal (5,5mEq/l)
o desequilbrio mais grave
Causas
Iatrognica (devido a tratamento);
Diminuio da excreo renal de K (diminuio da prod. de Aldosterona- Doena de
Addison);
Permeabilidade membrana alterada (acidose, hipxia celular, deficincia insulnica);
Traumatismo celular (k passa do LIC para o LEC- queimaduras).
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Manifestaes Clnicas
Agitao (aumento da irritabilidade neuromuscular);
Clicas intestinais;
Diarreia;
Alteraes cardacas graves (ondas T estreitas e intervalos QT curtos);
Fraqueza muscular;
Parestesias;
Perda tonos muscular;
Taquicardia;
Paragem cardaca.
Intervenes de Enfermagem
Vigiar DU;
Monitorizar nveis normais de K;
Estas atento ao ECG (arritmias);
Administrao de Gluconato Ca (antagoniza da aco hipercalimia);
Administrao de insulina em seringa infusora.
Crises convulsivas
Uma crise convulsiva dura em mdia 2 a 5 minutos.
Quando ela termina o doente pode apresentar:
Cefaleias;
Dores musculares;
Sensaes incomuns;
Confuso mental;
Fadiga profunda.
Geralmente o doente apresenta amnsia do que aconteceu durante o episdio.
Classificao Uma crise tem 3 perodos:
Crtico: Perodo em que a crise ocorre;
Intercrtico: Perodo entre duas crises;
Ps-critico: Perodo imediato aps a crise (enquanto o doente recupera).
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MEDIDAS URGENTES Cuidados de enfermagem:
Proteco das vias areas e oxigenoterapia:
Posio lateral de segurana (PLS) para prevenir aspirao;
Colocar tubo de guedel;
Administrao de O2 a alto dbito;
Aspirao de secrees ou vmitos.
Acesso venoso perifrico (bom calibre):
Administrar medicao; Hidratao (soroterapia).
Colheita de sangue:
Avaliao de electrlitos, gasimetria arterial (para avaliar os nveis de O2 e
CO2), toxicologia (despiste de causa metablica.
Administrar Benzodiazepinas (ex: Diazepan), pois so de aco rpida;
Administrar anticonvulsivantes;
Monitorizar doente, (fenituna pode provocar hipotenso e disrtmica).
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AVCs
Acidente isqumico transitrio (ait)
Pode durar alguns segundos, minutos ou horas, mas a durao mdia de 10 minutos.
Sinal de problema isqumico potencial;
Provocados por micrombolos ou vasospasmos;
Podem repetir-se durante dias, semanas ou anos sem evolurem para AVC.
A sintomatologia especfica do vaso envolvido:
Cartida
Perturbaes visuais cegueira temporria unilateral, viso turva;
Perturbaes motoras hemiparesia, dfices motores localizados na face e membros;
Perturbaes sensoriais hemianestesias, dfices sensoriais na face e membros.
Vertebral
Perturbaes motoras disfagia, disartria, ataxia, diminuio da fora muscular;
Peerturbaes visuais diplopia, cegueira bilateral;
Lapsos de memria, perturbao sensorial, tonturas, vertigens.
Acidente vascular cerebral hemorrgico Um derrame hemorrgico causado pela ruptura de um vaso, com consequente
extravasamento de sangue para as estruturas ceflicas.
Sinais Clnicos do AVC hemorrgico intracerebral:
Localizao e gravidade da hemorragia;
Cefaleias intensas (violentas);
Perda da conscincia;
TA elevada (mesmo em casos sem histria de HTA).
Sinais Clnicos do AVC hemorrgico subaracnoideu:
Cefaleias intensas;
Transtornos da viglia;
Rigidez da nuca;
Fotofobia;
Hemorragias retinianas;
TA elevada (incio);
Temperatura corporal elevada.
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Acidente vascular cerebral isqumico
O AVC Isqumico resulta da ocluso de um vaso sanguneo.
AVC Isqumico
Emblico Trombtico
Causa mais frequente de AVC isqumico:
Ocluso ou estreitamento do lmen
do vaso snguneo, diminuindo ou
interrompendo o fluxo sanguneo e o
aporte de oxignio aos tecidos;
Sonolncia, alteraes cognitivas,
convulses e cefaleias;
No tem um desenvolvimento abrupto
e os sinais neurolgicos agravam-se
nas primeiras 48h (afasias transitrias,
hemiplegias ou hemiparsias), que
podem agravar-se para uma paralisia
severa.
2 causa mais frequente de AVC isqumico, ocorre
maioritariamente em indivduos mais jovens:
Ocorre quando um cogulo de sangue ou de
outra substncia proveniente de uma parte do
corpo levada ao crebro pela corrente
sangunea, interrompendo a circulao cerebral;
Os mbolos tm origem num trombo cardaco;
Fontes de origem dos mbolos: endocardite
infecciosa, enfarte do miocrdio, cardiopatia
reumtica;
Incio repentino hemiparsia/hemiplgia;
Resoluo mais favorvel, com menores sequelas.
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Hemiparsia
Tetraparsia
Paresias dos pares cranianos
Manifestaes clnicas dos AVCs: MOTORAS:
Hemiparesia ou hemiplegia do hemicorpo do lado oposto ao lado da isqumia
(Inicio: flcida posteriormente espstica);
Disfagia e Disartria.
ELIMINAO:
Polaquiria, urgncia e incontinncia urinrias;
Obstipao imobilidade.
LINGUAGEM:
Afasia de expresso dificuldade ou incapacidade de se expressar verbalmente;
Afasia de percepo dificuldade ou incapacidade de compreenso da fala;
Alexia incapacidade de reconhecer as palavras escritas;
Agrafia incpacidade de se expressar por escrito.
PERCEPO SENSORIAIS:
Resposta diminuda sensibilidade superficial calor, frio, presso, dor, tacto;
Propriocepo diminuda reconhecimento da posio das no meio partes do
corpo;
Dfices visuais acuidade diminuida, diplopia, hemianopsia;
Percepo sindrome de negligncia unilateral, imagem corporal distorcida,
apraxia, agnosia, incapacidade de calcular distncias, dizer horas, distino
direita e esquerda, memrias de locais e objectos.
COGNITIVO EMOCIONAIS:
Labilidade emocional (ataques de choro);
Depresso, memria, pouca concentrao, perda de perda da capacidade de
raciocnio, de discenimento e de abstrao.
AVC DO TRONCO VERTEBRO BASILAR
Um AVC do tronco pode levar a:
Hipertenso craniana
Coma
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TRATAMENTO FARMACOLGICO
Escala de pupilas
As pupilas normais denominam-se por isoreactivas e isomtricas
MIOSE pupilas miticas (caracterizam-se por pupilas contradas);
ANISOCRIA pupilas anisocricas (caracterizam-se por pupilas assimtricas);
Utilizado no controlo de AIT ou AVC isqumico;
Reduz a aderncia das plaquetas, impedindo o avano do AVC em evoluo;
Quando existe risco de desenvolver lcera pptica, em vez do AAS, temos a Ticlopidina.
AVC Anticoagulantes (Varfarina)
Inibidores de agregao plaquetria
(cido Acetilsaliclico)
Utilizado em fase aguda de AVC isqumico em evoluo ou emblico;
Quando existe risco de hemorragia (leso isqumica do tecido cerebral em vez de Varfarina, temos os Heparinides
de baixo peso molecular.
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MIDRASE pupilas midriticas (caracterizam-se por pupilas dilatadas).
INTERVENES DE ENFERMAGEM
Os cuidados de enfermagem so orientados no sentido da satisfao das necessidades
afectadas, com a finalidade de prevenir complicaes e proporcionar uma recuperao
rpida e eficaz.
1 Etapa Fase Aguda da Doena
Ocorre entre as 48 e as 72 horas, onde so prioritrios cuidados que dem maior nfase s
medidas de suporte bsico de vida.
A nvel de prevenses para evitar riscos maiores:
Manuteno das vias areas desobstruidas e posicionamento do doente (ventilao
eficaz e oxigenao adequada);
Administrao de O2 e controlo das SatO2 (minimizar leso cerebral);
Aspirao de secrees em SOS, para permitir a passagem de ar atravs das vias
respiratrias;
Entubao endotraqueal, devido ao risco de queda da lngua e/ou paragem
respiratria;
Entubao nasogstrica, para preveno de aspirao de contedo gstrico e para
alimentao;
A nvel de monotorizao de valores relevantes:
Monitorizao dos sinais vitais;
Deteco de flutuaes de valores que nos podem indicar aumento da leso cerebral ou
aumento da PIC (bradipneia, bradicrdia, hipertenso);
Avaliao da temperatura doente pode apresentar hipertrmico causa central
(desregulao do centro trmico);
Avaliao do estado de conscincia segundo a Escala de Glasgow, verificando a
existncia de deteorizao do estado neurolgico;
Vigilncia e deteco de sinais de hipertenso intracraniana;
Manuteno do equilbrio hidroelectroltico (melhora a circulao colateral de sangue
para a rea atingida pela isqumia);
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Algaliao para avaliao do dbito urinrio e por reteno urinria dfices
neurolgicos;
Vigiar eliminao intestinal (distenso abdominal obstipao) e implementar, se
necessrio, medidas profilcticas;
Controlo da glicmia capilar;
Vigiar sinais de arritmias cardacas factor agravante de AVC diminuio do dbito
cardaco;
A nvel de conforto e bem-estar do doente:
Manuteno de um ambiente calmo e seguro;
Alternar decbitos de 2 em 2 horas, se possvel em colches de presso alterna,
contrariando o padro espstico;
Estabelecer uma comunicao eficaz com o doente, explicando os procedimento, no
esquecendo o toque teraputico (doentes em estado comatoso);
Promoo, apoio e incentivo famlia para participar nos cuidados e na comunicao
com o doente;
Realizar notas de evoluo do doente em tempo oportuno.
2 Etapa Fase de Recuperao do Doente
As sequelas do AVC vo ser mais ou menos graves dependendo:
Da rea do crebro afectada;
Tempo de espera para ser atendido.
O doente aps um AVC atravessa vrios estadios:
Estadio flcido (hipotonia) o estdio mais incapacitante devido a perda
motora geral e perda sensorial severa (o brao fica mole e cado, existindo fraqueza
muscular e baixo tnus muscular);
Fase em que ocorre um longo e lento
processo de aprendizagem utilizao das
capacidades que restam ou que podem ser
reaprendidas e fazer um ajustamento s
limitaes do doente.
Os cuidados de enfermagem adequadamente
planeados e implementados precocemente so
a chave para evitar a instalao do padro
espstico e promover uma rpida e eficaz
recuperao.
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Estadio de recuperao (evoluo para o tnus normal) Permaneciemnto de
uma leve incapacidade, sendo os movimentos iniciados no membros;
Estadio espstico (hipertonia) Tnus muscular aumentado, h uma
recuperao da funa motora com evoluo para a espasticidade, havendo
recuperao dos movimentos proximais dos membros.
Visto que o doente desenvolve um padro espstico importante mobilizar o doente de
forma a criar um padro anti-espstico.
PADRO ANTI-ESPSTICO:
Manter o alinhamento da cabea com o corpo;
Protaco da omoplata;
Rotao externa e abduo da articulao escapulo-umeral;
Extenso do cotovelo, punho e dedos com abduo destes;
Supinao do antebrao;
Extenso do tronco do lado atingido;
Rotao interna e flexo da coxo-femural.
Flexo do joelho;
Dorsiflexo da tibiotrsica;
Everso do p.
INTERVENES DE ENFERMAGEM DIRECCIOANDAS S NECESSIDADES HUMANAS BSICAS ALTERADAS
Mobilidade e postura correcta
Comunicao
Alimentao e Hidratao
Eliminao (vesical e intestinal)
Evitar perigos
MOBILIDADE
Incentivar o doente a colaborar no mximo de actividades possveis;
Ensinar tcnicas para o doente realizar as suas actividades fazendo uso do lado no
afectado (transferir-se da cama para o cadeiro e do cadeiro para a sanita);
Presena constante do enfermeiro nas actividades do doente (apoio, incentivo e
avaliao da evoluo);
Posicionamento adequado do doente hemiplgico (alternncia de decbitos
preveno de lceras de presso);
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Preveno da incapacidade e contribuir para que nenhuma parte do corpo
permanea em flexo (para no ocorrer encurtamento muscular e alteraes
articulares);
Alternar perodos no leito com perodos de levante para o cadeiro;
Estimular o lado afectado colocar os objectos do lado afectado (Sndrome de
Desuso);
Incentivar realizao de exerccios nos membros lesados (estimula a circulao,
evita aparecimento de limitaes articulares).
Devemos tambm posicionar o doente sobre o lado afectado, pois ao estimular a
sensibilidade estaremos tambm a estimular o aparecimento de respostas motoras.
COMUNICAO
Dar tempo ao doente para responder (criar um ambiente calmo e sem pressas);
Mostrar compreenso em relao aos esforos do doente para comunicar;
Incentivar a famlia a participar nos exerccios do doente;
Mostrar apoio/compreenso pelas reaces comportamentais frustrao;
Incentivar o doente a comunicar por meio de gestos ou palavras.
ALIMENTAO E HIDRATAO
Satisfazer preferncias alimentares;
Apresentar alimentos de forma atractiva;
Refeies fraccionadas;
Promover autonomia.
Providenciar um ambiente calmo para a toma das refeies;
Posicionar o doente direito na cama, ou sentado no cadeiro;
Realizar a higiene oral antes das refeies para estimular a produo de saliva
Colocar o doente com a cabea e pescoo ligeiramente para a frente, com o mento
no peito (evitar engolir alimentos mal mastigados);
Experimentar vrias texturas de alimentos (muitos doentes toleram melhor a dieta
mole que os lquidos);
Incentivar o doente a mastigar bem os alimentos e a ingerir em pouca quantidade de
cada vez;
Hemiplegia facial colocar os alimentos do lado da boca no afectado;
Hemianopsia colocar os alimentos no campo de viso do doente;
Controlar e registar a ingesto e eliminao, at o doente conseguir uma ingesto
hdrica suficiente (necessidade de suplementos por via endovenosa)
Controlo do peso do doente (semanalmente).
ELIMINAO VESICAL
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Minimizar o uso da alglia infeces urinrias e torna difcil a recuperao do
controlo voluntrio;
Ingesto hdrica suficiente (mas restringir os lquidos noite);
Auxiliar o doente a deslocar sanita de 2 em 2 horas;
Observar a integridade da pele (sinais de rubor ou irritao)
Incentivar o doente neste processo e incluir a famlia;
ELIMINAO INTESTINAL
Vigiar o padro de eliminao do doente;
Incentivar a ingesto hdrica diria;
Regularizar o padro de eliminao, fazendo uso de laxantes e supositrios
(emolientes de fezes), no caso de obstipao;
Acompanhar diariamente o padro de eliminao do doente.
EVITAR PERIGOS
Detectar alteraes sensitivas;
Estimular a sensibilidade;
Promover a integrao do hemicorpo afectado;
Contacto fsico;
Virar na cama (rolamento);
Posicionamento sobre o lado afectado;
Exerccios para o quadricpede e glteos (Ponte);
Levante para cadeira de baloio;
Abordar sempre o doente pelo lado hemiplgico;
Colocar mesa-de-cabeceira do lado hemiplgico;
Ensinar o doente e famlia a salvaguardar reas com diminuio da sensibilidade.
Afeces neurolgicas
Papel do enfermeiro:
Ensino e suporte continuados ao doente e famlia;
Consciencializar do processo da doena e alternativas de tratamento;
Medidas de segurana;
Suporte dos recursos de coping do doente/famlia;
Informar que existem grupos de entreajuda teis para doente/famlia para lidar com os
desafios presentes e ajudar com crises futuras.
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DOENA DE PARKINSON
Manifestaes:
Diminuio da fora muscular e fadiga;
Expresso facial vazia, olhar fixo;
Fala montona e lenta (monocrdica e frases curtas);
Falta de deglutio e mastigao espontneas;
Pensamento lentificado (funes cognitivas mantidas mas
lentas);
TRAP (principais manifestaes da doena).
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TRAP (Tremor, Rigidez muscular, Acinsia/bradicinsia, alterao da Postura):
Tremor:
Sinal inicial mais comum (incio nas mos, depois cabea e no final membros
superiores e inferiores);
Piora com o repouso;
Interfere com as AVDs;
Tremor lento e rtmico.
Rigidez muscular:
Associada a dor muscular difusa;
Principal responsvel pela alterao da postura (postura rgida).
Acinsia/bradicinsia:
Discreta lentido na realizao de actividades;
Ausncia de mmica facial;
Lentido dos membros superiores;
Difcil iniciar a marcha;
Comunicao escrita e oral tornam-se difceis.
Alterao da postura:
Devido rigidez em cada grupo muscular,
normalmente nos msculos flexores da cabea,
pescoo, pernas e braos.
Apresenta passos curtos, tendncia de andar
inclinado para a frente, dificuldade em manter
o equilbrio.
Cuidados de enfermagem:
Os cuidados de enfermagem a ter com um doente de Parkinson esto divididos por
necessidades humanas bsicas alteradas:
Alimentao e hidratao:
Ajuda parcial ou total no momento da refeio;
Dar tempo suficiente para a refeio;
Manter lenos de papel junto do doente.
Comunicao:
Ter tempo para escutar um doente;
Encorajar o doente a falar alto;
Encorajar exerccios respiratrios e de voz.
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Evitar perigos:
Incentivar o uso de bengala;
Retirar tapetes do cho;
Se necessrio colocar corrimes;
Acompanhar durante as suas deambulaes (risco de queda);
Cumprimento regular da medicao (dosagem, hora);
No tomar outros medicamentos sem autorizao mdica.
Eliminao (obstipao):
Dieta rica em fibras;
Reforo hdrico;
Exerccios abdominais;
Uso de laxantes se necessrio.
Promover ensino famlia:
Imobilidade;
Mobilizaes;
Risco de lceras de presso (acamado);
Medicao;
Etapas da donea.
PARALISIA FACIAL OU PARALISIA DE BELL
o distrbio mais frequente do nervo facial caracterizado por causar de forma repentina
debilidade ou paralisia dos msculos de um lado da face.
NERVO FACIAL estimula os msculos da face.
Aparece de forma sbita, geralmente associada a uma dor atrs da orelha.
O grau de debilidade pode variar de ligeira a total, mas s ocorre num dos lados da face.
Sintomas:
Lagoftalmo olho permanentemente aberto;
Desaparecimento das rugas de expresso;
Perda parcial do sentido do gosto;
Assimetria facial;
Pode interferir na produo de saliva;
Sensao de peso na face (paralisia).
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Cuidados a ter (promoo de ensino):
Lagoftalmo uso de lgrimas artificiais com poucas horas de intervalo;
Mastigao;
Fisioterapia massagens dos msculos afectados (estimulao nervosa) para evitar
rigidez muscular;
Medicao.
NEVRALGIA DO TRIGMEO
Conhecida como Tique Doloroso e muito comum na idade adulta e 3 idade.
Sintomas:
A dor pode aparecer espontaneamente ou ser desencadeada quando se toca um
ponto em particular ou por actividades como lavar os dentes ou mastigar;
Dor intensa que poder abranger qualquer ponto da metade inferior da face (ma
do rosto junto ao nariz ou mandbula);
A dor pode repetir-se at cem vezes ao dia, chegando por vezes a determinar uma
incapacidade total.
ESCLEROSE MLTIPLA
Doena neuromuscular, degenerativa, crnica que se caracteriza por uma inflamao da
substncia branca do SNC.
Sintomas:
A EM e imprevisvel evoluo da altamente varivel imprevisvel;
A desmielinizao pode ocorrer em qualquer parte do crebro e da medula, sendo
esta patologia a que mais produz sintomas que qualquer outra doena neurolgica.
Cuidados de enfermagem:
Os cuidados de enfermagem a ter com um doente que tenha esclerose multipla esto
divididos por necessidades humanas bsicas alteradas:
Mobilizao (manifestada por espasciticidade, diminuio da fora, tremores,
paralisia, parestesias, fadiga):
Medicao para controlo da dor e espasmos;
Auxiliares de marcha;
Aumentar base de sustentao na marcha;
Fisioterapia;
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Alternar perodos de actividade com repouso.
Alimentao (manifestada por disfagia):
Manter tronco direito nas refeies;
Disponibilizar tempo suficiente;
Refeies pequenas e mais frequentes.
Eliminao vescal (manifestada por urgncia, incontinncia ou reteno urinria):
Identificar a disfuno;
Prevenir infeces urinrias;
Estabelecer horrio de mico;
Integridade da pele (fralda);
Evitar lquidos durante a noite (incontinncia e urgncia);
Medicao para diminuir a espasticidade vesical.
Eliminao intestinal (manifestada por obstipao ou diarreia):
Dieta rica em fibras e reforo hdrico;
Refeies fraccionadas;
Administrao de laxantes ou microlax;
Vigiar a fralda e controlo da integridade da pele;
Massagens abdominais.
Segurana (manifestada por alteraes familiares, diminuio de auto-estima,
parestesias, diplopia, depresso, labilidade, apatia, perda de memria):
Incluir a famlia no plano de ensino;
Eliminao de barreiras arquitectnicas em casa;
Incentivar o doente a participar nos rituais da famlia;
Acompanhar o doente nas suas deambulaes e actividades;
Orientar o doente (tempo e espao).
Comunicao (manifestada por disartria):
Terapia da fala;
Disponibilizar tmepo suficiente;
Incentivar o doente a escrever ou falar por gestos.
O objectivo ajudar o doente a executar o auto-cuidado, com eficcia, a fim de minimizar
a necessidade de hospitalizao.
O enfermeiro incentiva o doente com EM a manter um estilo de vida de promoo da sade
geral (continuar a realizar as suas actividades dirias normais, tanto quanto lhe permitam
as suas foras.
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ESCLEROSE LATERAL AMIOTRFICA (ELA)
Doena crnica do neurnio motor, de evoluo rpida, que acaba por enfraquecer e
paralisar os msculos respiratrios, resultando em morte.
Sintomas:
Fadiga e cibras musculares;
Dificuldade em movimentos finos;
Atrofia muscular, fasciculaes;
Reflexos tendinosos diminudos;
Espasticidades dos msculos;
Reflexos hiperactivos e clonia dos
axilares;
Disartria e disfagia;
Falncia respiratria.
A paralisia inevitvel e a morte, regra geral, ocorre por pneumonia e falncia respiratria
no espao de 5 anos aps o diagnstico.
Intervenes de enfermagem:
Centram-se na preveno de complicaes:
Incapacidade de realizar actividades;
Dfices musculares;
Sinais de envolvimento do tronco cerebral (respirao);
Perda de peso (atrofia muscular);
Deglutio (disfagia);
Reteno de secrees;
Dores e cibras.
SINDROME DE GUILLAN-BARR
uma polineuropatia inflamatria aguda que se caracteriza por vrios graus de diminuio
da fora muscular ou paralisia.
Sintomas:
Parestesias;
Diminuio da fora muscular dos Minferiores, com progresso ascendente;
Dor profunda a nvel da coxa e ombro;
Deglutio e fala afectadas;
Disritmias, taquicardia ou bradicardia, rubor, sudorese;
Reteno urinria;
Fraqueza dos msculos respiratrios (paragem respiratria).
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Intervenes de enfermagem:
Suporte nutricional (perda de peso rpida) por SNG;
Preveno de lceras de presso (imobilidade);
Exerccio de mobilizao de todas as articulaes;
Teraputica anti-trombtica HBPM (risco de embolia pulmonar e trombose de veias
profundas);
Plano de eliminao intestinal;
Algaliao e posteriormente plano de reabilitao;
Fisioterapia;
Estimulao e comunicao (participao do doente nas decises;
Participao da famlia nas actividades dos cuidados.
MIASTENIA GRAVIS
doena auto-imune caracterizada pelo aparecimento de episdios de debilidade muscular
como consequncia de um funcionamento anormal da juno neuromuscular Sintomas:
Diminuio da fora muscular e fadiga generalizada;
Ptose e diplopia (envolvimento dos msculos oculares);
No consegue manter a boca fechada, mastigar ou deglutir;
Alterao dos msculos faciais (face inexpressiva);
Foz fraca e dificuldade em engolir a saliva (com o aumento da fadiga);
Envolvimento dos msculos do pescoo (cabea pende para a frente);
Diminuio da fora do brao e mo (incapacidade de auto-cuidado);
Msculos do tronco e membros inferiores (diminuio da capacidade na marcha e
sentar-se);
Diminuio da capacidade dos msculos inter-costais e diafragma (necessidade de
ventilao mecnica).
A sintomatologia desenvolve-se rapidamente, mas no incio da doena so aliviados com o
repouso.
Com a evoluo da doena a fadiga tende a ser mais evidente, com o menor esforo
possvel.
As exacerbaes da doena podem ser precipitadas por: infeco respiratria, stress
emocional, cirurgia, traumatismo, gravidez, menstruao, etc.
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Afeces respiratrias
Respirao com frequncia normal (12 a 18-20 cpm), ampla e simtrica Eupneico
Dispneia principal sintoma de doenas respiratrias (dificuldade respiratria ou falta de
ar) Ex: doente pra de falar para respirar, audio de sons respiratrios.
Aco de enfermagem perante um doente dispneico
Sentar em posio de Fowler ou semi-fowler
Administrar O2
RESPIRAO RUIDOSA
Estertores (ou roncos): presena de secrees na traqueia e grandes brnquios, o
som audvel na passagem do ar por uma via area semi-obstruda, d-se na
inspirao;
Sibilos: sons agudos, devido obstruo parcial dos bronquolos, som audvel quando o
ar passa de uma via area semi-obstruda, d-se na expirao. Presente no
broncospasmo;
O diafragma o msculo responsvel, mas pode ocorrer a utilizao de msculos
acessrios, na tentativa de aumentar o volume de ar que entra na respirao.
Alterao na postura a observao da postura adoptada importante
Ex: DPCO sentado para a frente, braos inclinados nos joelhos (posio de alavanca,
facilita a aco dos msculos intercostais e recto abdominais para forar a expirao; lbios
semi-cerrados)
Alterao da cor da pele:
Pele normal: cor rosada (presena de hemoglobina oxigenada)
Palidez: diminuio de glbulos vermelhos ou anemia
Cianose (arroxeada): diminuio de O2 no sangue a nvel dos tecidos.
Alterao do estado neurolgico critrio de ventilao adequada;
Alterao do estado de conscincia indicador de hipxia cerebral, pode levar ao coma.
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SINTOMATOLOGIA PRESENTE EM DOENAS DO FORO RESPIRATRIO:
TOSSE Irritao da rvore traqueobronquica;
Pode ser: irritativa, seca ou produtiva (acompanhada e com expulso de secrees);
Principal reflexo protector do AR;
Inibida por vezes (aumento da dor e dispneia);
Dificultada por hidratao insuficiente (dificulta motilidade dos cilios)
Mecanismo da tosse:
Irritao;
Inspirao rpida e profunda;
Compresso encerramento da glote, elevao do diafragma com encerramento da
nasofaringe pelo palato, provocando eliminao de substncias estranhas pela boca.
EXPECTORAO 100g/d de muco produzido na rvore traqueobronquica, um
mecanismo normal de depurao. Expectorao de forma contnua no normal.
Avaliao das secrees:
Colorao:
Transparente /esbranquiada - normal
Acastanhada, esverdeada, raiada de sangue alteraes
Odor:
Sem odor normal
Cheiro ftido situao patolgica
Consistncia:
Fluida e aquosa normal
Espumosa ou espessa situao patolgica
Quantidade:
Pouca (1 a 2 aspiraes), mdia ( mais de 3 aspiraes) ou grande
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HEMOPTISE expulso de sangue pela boca, proveniente do pulmo. O sangue
espumoso e vivo (devido a elevada saturao de O2).
DOR TORCICA OU DOR PLEURITICA dor a nvel torcico posterior ou anterior,
durante inspirao profunda; Associa-se a processos inflamatrios
CIANOSE
Pigmentos da cor da pele:
Melanina;
Caroteno;
Oxihemoglobina (pigmento vermelho brilhante, predomina nas artrias e capilares);
Desoxihemoglobina (pigmento mais escuro roxo/azulado)
Nota: O aumento da concentrao de desoxihemoglobina nos vasos sanguneos produz
cianose (superior a 5g/dl)
Cianose perifrica:
Quando fluxo de sangue cutneo diminui e se lentifica, havendo extraco de O2 do
sangue pelos tecidos.
Ex: situaes de frio, ansiedade, ICC, Choque
Desaparece ou diminui com elevao do membro afectado ou aquecimento.
Cianose Central:
Oxigenao inadequada do sangue arterial nos pulmes.
Observa-se nos lbios, mucosa oral.
Desaparece ou diminui com inalao de O2.
Cianose central correlaciona-se directamente com:
Hipoxmia oxigenao subnormal do sangue arterial
Hipxia celular oxigenao subnormal ao nvel celular
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Principais causas da hipoxemia:
Baixa concentrao de O2 no ar inspirado (altitudes, ambientes fechados);
Hipoventilao eliminao inadequada de CO2 dos alvolos e diminuio da
presso alveolar de O2
Ex: depresso centro respiratrio, doena pulmonar parenquimatosa;
Distrbio da ventilao perfuso: ventilao e perfuso em equilbrio para adequada
oxigenao do sangue, se perfuso mais alta em relao ventilao ocorre shunt
pulmonar;
Bloqueio alveolocapilar O2 no se difunde adequadamente para o sangue, devido a
espessamento da barreira alveolocapilar;
Shunt arterio-venoso
Cianose tipo misto: congesto pulmonar dificulta oxigenao (hipoxemia), havendo
estase vascular com extraco acentuada.
Intervenes de Enfermagem Gerais a Indivduos com Doena Respiratria
Medidas de teraputica respiratria
Posicionamento e postura
Posicionar em fowler/semifowler;
Doente acamado alternncia de decbitos;
Tosse /Reflexo da tosse
Encorajar alternncia de decbitos mobiliza secrees;
Aumentar nvel de actividade (sentado/deitado)- levante precoce dos doentes
acamados;
Encorajar respirao lenta e profunda antes de tossir;
Tossir sentado ou inclinado aco dos msculos expiratrios;
Ensinar a tossir no fim da expirao;
Usar conteno do trax;
Ingesto de lquidos hidratao das vias areas;
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Individuo com DPCO inspirao profunda e tossir durante a expirao e com
boca aberta risco de presso intratorcica.
Espirometria de Incentivo
Inspirao e expirao profundas utilizando um espirometro
DPOC DOENA PULMONAR OBSTRUTIVA CRNICA
Caracteriza-se por limitao do dbito areo, que no , completamente reversvel. A
limitao do dbito habitualmente progressiva, associando-se a uma resposta
inflamatria anmala dos pulmes a partculas e gases
Sintomatologia
Tosse produtiva
Dispneia
Expirao prolongada
Cianose
ICC
Intervenes de Enfermagem
Avaliar sinais vitais
Assumir posies de alivio da
dispneia
Administrar aerossois e inaladores
Realizar nebulizaes
Administrar oxignio
Incentivar cinesiterapia respiratria
Adequada ingesto de lquidos
Ensino sobre tosse eficaz
INSUFICINCIA RESPIRATRIA
Inadequadas trocas gasosas, para satisfazer necessidades orgnicas durante actividades
normais. Acompanhada de dispneia.
FALNCIA RESPIRATRIA
Verifica-se quando existe, hipoxemia, hipercapnia e acidose respiratria
Critrios de Falncia respiratria
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PaO2 inferior 60mmHg (respirar ar ambiente)
PaCO2 50mmHg
Ph 7,35
Distrbios no pulmonares:
Distrbios neuromusculares (Esclerose mltipla, leso medular);
Prolongada ventilao mecnica
MANIFESTAES CLNICAS
Hipoxemia
Hipercapnia
Ph mantido devido a compensao
Desenvolvem Insuficincia Respiratria Aguda como resultado de uma agresso
secundria ao sistema pulmonar j comprometido:
Ph inferior a 7,35
Hipoxemia grave
Hipercapnia
Manifestaes clnicas
Cefaleias;
Irritabilidade;
Confuso;
Sonolncia e coma;
Taquicardia;
Hipotenso;
Cianose
Objectivo: Ventilao e oxigenao
INTERVENES DE ENFERMAGEM
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Flvia Ferreira 66/130
Administrao de Oxignio (manter PaO2 60-90, alto ou baixo dbito):
Alto dbito: 60% - 100% provoca toxicidade (leso tecido pulmonar)
Doente com DPOC (perigo de aumento de PaCO2 coma), oxignio
administrado a baixo dbito;
Ventilao mecnica (aumento do PaCO2);
Manuteno da permeabilidade das vias areas (aspirao, broncodilatadores,
manobras de tosse eficaz, posio fowler);
Melhoria do Dbito cardaco (diminuir ingesto de lquidos, avaliar SV, avaliar DU)
EDEMA AGUDO DO PULMO (EAP)
Inibio das trocas gasosas, provocada pela deteriorao da via de difuso entre os
alvolos e capilares sanguneos pulmonares.
Acumulao anormal de liquido no espao intersticial e alveolar do tecido pulmonar
ACES DE ENFERMAGEM
Sentar doente com MI pendente (facilita estase venosa e retorno venoso)
Administrar O2 a alto dbito
Monitorizar ritmo cardaco e TA
Administrar medicao de urgncia (diurticos e vasodilatadores)
OXIGNIO DE LONGA DURAO (OLD)
Aumenta sobrevida
Aumenta tolerncia ao esforo
Melhora disfuno neuro-psquica
Reduz numero e durao de
internamentos
Melhora qualidade de vida
Critrios OLD - Existncia de Insuficincia Respiratria crnica hipoxemica grave
Nota: Dbito de O2 determinado pela gasimetria
MANUTENO/PERMEABILIDADE DAS VIAS AREAS
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(Assegurar adequada funo respiratria)
Causas de obstruo das V.A.
Queda da lngua
Secrees
Corpo estranho
Regurgitao de Lquidos
Vias artificiais para preveno da obstruo
Tubo orofaringeo/Tubo Guedell/Tubo Mayo
Forma concava;
Usado em indivduos inconscientes (provoca reflexo vmito);
Tamanho: 0-5
Colocao:
Distncia entre comissura labial e lbulo da orelha;
Coloca-se com extremidade a tocar no palato;
Rodar 180 at rebordo ajustar ao lbio
Tubo Nasofaringeo
Ao longo da faringe posiciona-se na base da lngua;
Utilizado em fractura da mandbula e traumatismo regio inferior da face;
Permite aspirao de secrees;
Estrutura malevel adapta-se internamente narina;
Tamanho: 28 a 32 (adulto);
Indicado em doentes conscientes;
Colocao cuidadosa epistaxis, lcera mucosa nasal e asa nariz;
Medida desde asa do nariz at lbulo orelha, colocar no sentido da curvatura da
nasofaringe.
Tubo Endotraqueal (ultrapassam vias areas superiores abrindo uma via para a traqueia)
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CADERNO DE ESTGIO
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Tamanho: 3-5 (pediatria); 6-9 (adulto)
Objectivo principal ventilar mecanicamente;
Cuff com via para ser insuflado (fixa tubo na traqueia, posicionado abaixo das cordas
vocais impede passagem da voz)
Cuff de baixa presso superfcie do balo adapta-se s da traqueia sem provocar
leso;
Presso de insuflao: em ar 10-20cm (provoca isqumia);
Entubao Endotraqueal (EET)
Objectivo: Permeabilidade vias areas;
Cuidados de Enfermagem a doentes com EET
Lavar as mos
Explicar procedimentos (linguagem labial, manter contacto visual)
Alterao de decbito de 2/2H (preveno de estase de secrees)
Mudana de fitas de nastro/adesivo
Tcnica assptica sempre que necessrio
Cuidados com alimentao (entubao gstrica)
Cuidados de higiene oral (humidificar boca)
Evitar manobras bruscas (perigo de extubao)
Traqueostomia
Tipos de canulas
Com Cuff o seu modo idntico ao TET (no passa voz)
Fenestrada abertura na canula externa que permite a passagem de ar atravs da
canula desde as vias areas. Pode falar.
Cuidados a ter com a Traqueostomia
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CADERNO DE ESTGIO
Flvia Ferreira 69/130
Limpeza da pele em redor do estoma (de dentro para fora, hidratar)
Troca de compressas em redor do estoma (protege pele)
Troca das fitas que imobilizam a canula (risco de exteriorizao)
Limpeza da canula interna (agua oxigenada e agua corrente)
OXIGENOTERAPIA
Processos fisiolgicos no transporte de O2 da atmosfera para os tecidos: consiste na
administrao de O2 a uma concentrao superior a 21% (ar ambiente
Ventilao: O2 atmosfrico atinge membrana alvolo-capilar
Difuso: O2 e CO2 atravessam a membrana alvolo-capilar
Perfuso: Fluxo suficiente de sangue pulmonar, para ocorrer difuso e transporte O2
para os tecidos.
Existncia de Hg suficiente para transportar o O2 dissolvido (PaO2):
Contedo normal de O2 no sangue 16 a 20ml/100ml de sangue
Dbito Cardaco: Tem de existir DC, suficiente para responder s necessidades dos
tecidos (DC normal, em repouso, de, 5l/minuto)
O2: gs atmosfrico, considerado um frmaco pois tem riscos e benefcios.
Habitualmente utilizado em situaes de:
Hipxia/hipxemia (DPOC, EPA, Pneumonia, Atelectasias);
Aumento das necessidades metablicas (febre, choque, leses extensas dos tecidos);
Diminuio da capacidade sangunea para transportar O2 (EAM, Arritmias, Anemia e
Intoxicao por Monxido de Carbono).
Conceito de FiO2 fraco de O2 no ar inspirado;
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FiO2, O2 (aumentar o O2 no ar alveolar para facilitar a saturao de hemoglobina em
O2)
FiO2>60% lesivo para as clulas (provoca tosse, dor no peito, obstruo nasal, fadiga e
cefaleias)
Para administrao de O2 so necessrias fontes de Gases
Balas de O2 (presso muito elevada, vlvula redutora)
Rampas de O2 (canalizado por grande consumo)
Unidades de O2 lquido (domicilirio, transforma O2 liquido em gasoso):
Estacionrias
Portteis
O2 provoca secura nas mucosas, deve proceder-se h Humidificao
Sistemas de Oxigenao dividem-se em:
Alto dbito:
Proporcionam o total da quantidade do ar inspirado;
Pode-se controlar a concentrao de O2 com exactido;
A concentrao de ar inspirado no afectada pela Fr e profundidade das inspiraes
do doente (mscara venturi, mscara 100% e ventilao mecnica).
Baixo dbito:
Proporcionam apenas parte do ar inspirado pela pessoa;
Na inspirao, o ar ambiente mistura-se com oxignio fornecido, proporcionando a
quantidade total de ar inspirado;
A concentrao de ar inspirado afectado pela Fr e profundidade das inspiraes do
doente (culo nasal, catter nasal, mscara simples);
No permite dbitos superiores a 6l;
Grande parte sada pela boca e nariz;
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Flvia Ferreira 71/130
Sonda de Oxignio - Plstic