70079044 Resumao Direito Do Trabalho

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    Resumo direito do trabalho:

    - adicional noturno 20%

    - adicional hora extras 50%

    - se faltar de 6 a 14 vezes, ter direito a 24 dias de frias

    - de 15 a 23 vezes, ter direito 18 dias de frias;

    - de 24 a 32 vezes, ter direito 12 dias de frias;

    - acima de 32 faltas no ter direito a frias.

    As frias devem ser concedidas obrigatoriamente, em um s perodo?

    R.: Para os menores de 18 anos e maiores de 50 anos, obrigatrio o gozo de frias em ums perodo. Para os demais trabalhadores, em geral, as frias devero ser concedidas paraserem gozadas, tambm, em um s perodo. Excepcionalmente, o empregador poder

    conceder frias em dois perodos, um deles nunca inferior a 10 dias corridos.

    Qual a conseqncia, para o empregador, da concesso de frias aps o perodo de 12 mesessubseqentes aquisio do direito a goz-las?

    R.: O empregador dever pagar em dobro a respectiva remunerao, caso no conceda friasao empregado, no perodo devido.

    De que formas pode cessar o contrato de trabalho?

    R.: O contrato de trabalho pode cessar: a) por iniciativa do empregador; b) por iniciativa do

    empregado: c) pelo decurso do tempo do contrato, no caso de ser por prazo determinado; ed) pela morte do empregado. Nas hipteses a e b, pode cessar o contrato por justa causa ousem justa causa.

    Quando prescreve o direito de reclamar a concesso de frias e o pagamento da respectivaremunerao?

    R.: Prescreve em 5 anos, a partir do dia em que o pagamento deveria ter sido efetuado, ou dodia da cessao do contrato de trabalho.

    O que a CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes?

    R.: rgo interno obrigatrio em empresas com nmero de empregados superior a 50,constituda de acordo com instrues expedidas pelo Ministrio do Trabalho, composta derepresentantes da empresa e dos empregados.

    Como so indicados os membros das CIPA's?

    R.: Os representantes dos empregadores so por eles designados, inclusive os suplentes; osrepresentantes dos empregados so eleitos em votao secreta, pelos empregadosinteressados, independentemente filiao sindical.

    Qual a durao do mandato dos membros eleitos das CIPA's?

    R.: A durao de um ano, sendo permitida uma nica reeleio.

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    Qual o alcance da estabilidade do empregado, membro titular eleito da CIPA?

    R.: A CF, no art. 10 do ADCT Ato das Disposies Constitucionais Transitrias. estabeleceque o titular eleito para as CIPA's no pode ser dispensado de forma arbitrria ou sem justacausa, a partir do momento do registro de sua candidatura, e at um ano aps o final de seumandato.

    O que so atividades insalubres?

    R.: Atividades insalubres so aquelas que expem os empregados a agentes nocivos sade,acima dos limites legais permitidos. Juridicamente, a insalubridade somente reconhecidaquando a atividade ou operao passa a ser includa em relao baixada pelo Ministrio do

    Trabalho.

    Qual a exigncia legal, para que a jornada de trabalho do empregado, que executa atividadeinsalubre, possa ser prorrogada?

    R.: Exige-se licena prvia das autoridades competentes em higiene do trabalho.

    Qual a conseqncia do exerccio de trabalho em condies de insalubridade, acima doslimites de tolerncia estabelecidos pelo MT, sobre o salrio do empregado?

    R.: O empregado receber, alm do salrio normal, um adicional correspondente insalubridade, calculado em 40%, 20% ou 10% sobre o salrio mnimo da regio, conforme ograu de insalubridade.

    Como se remuneram as horas extras do trabalhador horista, quanto ao adicional deinsalubridade?

    R.: A hora extra, a ser paga ao empregado que trabalha em condies de insalubridade,

    paga calculando-se o adicional sobre o valor do salrio mnimo horrio da regio, nospercentuais de 40, 20 ou 10%, conforme o grau.

    Qual a tipificao legal de periculosidade?

    R.: A lei considera atividades ou operaes perigosas todas aquelas que, pela natureza oumtodos de trabalho, coloquem o trabalhador em contato permanente com explosivos,eletricidade, materiais ionizantes, substncias radioativas, ou materiais inflamveis, emcondies de risco acentuado.

    Qual a percentagem correspondente ao adicional de periculosidade?

    R.: Para inflamveis e explosivos: 30%c sobre o salrio bsico, excludas gratificaes,prmios e participao nos lucros; para eletricidade, de 30% sobre o salrio recebido, no casode permanncia habitual em rea de risco, desde que a exposio no seja eventual.

    possvel ao empregado receber simultaneamente adicionais de insalubridade epericulosidade?

    R: No. A lei permite somente o pagamento de um dos dois, escolha do empregado.

    O fornecimento de equipamento de proteo a empregado, trabalhando em condies deinsalubridade, gera a cessao do pagamento dos adicionais respectivos?

    R.: No, obrigatoriamente. Os pagamentos somente cessaro se os equipamentos foremusados, a empresa efetuar a fiscalizao de seu emprego, e a insalubridade ou apericulosidade forem, efetivamente, eliminadas do ambiente de trabalho.

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    Como feita a caracterizao da insalubridade e da periculosidade?

    R.: A caracterizao feita por meio de percia, a cargo de mdico ou de engenheiro dotrabalho, segundo as normas do MT.

    Citar cinco categorias profissionais para os quais a durao e as condies de trabalho so

    reguladas pela CLT.R.: Bancrios, empregados de telefonia, msicos profissionais, operadores cinematogrficos eprofessores.

    Citar cinco categorias profissionais para os quais a durao e as condies de trabalho soreguladas por leis extravagantes.

    R.: Advogado (Lei n 8.906/94), aerovirio (Decreto n 1.232/62), engenheiro (Leis n 4.950-A/66, 5.194/66, 6.496/77 e 6.619/78; Decreto n 241/67; Decretos-Leis ns 602/69 e 711/66),fonoaudilogo (Decreto n 8.7218/82) e leiloeiro (Decreto n 21.981/32).

    Qual a jornada de trabalho normal para telefonistas?

    R.: A jornada normal de trabalho de 6 horas contnuas por dia e 36 horas por semana.Acima de 6 horas, devero receber 50% a mais do que o salrio normal.

    Como deve ser a jornada normal de trabalho do professor?

    R: O professor somente poder ministrar, no mximo, quatro aulas consecutivas, ou seisintercaladas, no mesmo estabelecimento de ensino. Pela Portaria n 204/45, o tempo de aula de 50 minutos durante o dia e de 40 minutos durante a noite, nos estabelecimentos de graumdio ou superior, e de 60 minutos, nos demais.

    Como remunerado o adicional noturno dos professores?

    R.: A reduo do tempo de aula, noite, paga sem reduo sobre o valor da aula ministradano perodo diurno, funciona como pagamento de adicional noturno.

    Qual a base de clculo do salrio dos professores?

    R.: Calcula-se o salrio dos professores com base no nmero de aulas ministradas. Por isso, ajurisprudncia considera o professor no como um trabalhador horista, e sim, aulista.

    Como devem ser remunerados os professores, no perodo de exames e de frias escolares?R.: Devem ser remunerados conforme o valor percebido durante o perodo de aulas, deacordo com a nova redao do art. 322 da CLT, dada pela Lei n 9.013/95.

    Se um professor for dispensado, sem justa causa, aps o trmino das aulas e antes do inciodos exames, ter direito ao pagamento das frias escolares seguintes?

    R.: Sim. Ter direito ao pagamento correspondente ao perodo de exames e frias escolares,pois, durante o perodo de frias escolares, o professor est disposio da escola, no seconfundindo esse perodo com o das frias do prprio professor.

    lcito o contrato de trabalho de professores apenas para o perodo letivo, de fevereiro anovembro?

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    R.: No. H evidente fraude lei, pois tal contrato visa evitar pagamento da remuneraocorrespondente ao perodo de frias escolares e de outras verbas.

    Pode o menor trabalhar em horrio noturno e em condies de insalubridade?

    R.: No. A CF no autoriza o trabalho noturno nem o insalubre para menores, de ambos ossexos.

    A empregada que est em perodo de licena-maternidade recebe o FGTS?R.: Sim. O Decreto n 99.684/90 dispe que so devidas as contribuies ao FGTSdurante operodo de afastamento por licena-maternidade.

    Em que consiste a estabilidade da gestante?

    R.: A CF de 1988 introduziu importante inovao, que consiste em assegurar gestante, semprejuzo de emprego e salrio, 120 dias de licena, alm de vedar sua dispensa arbitrria ousem justa causa, a partir do momento da confirmao da gravidez e at cinco meses aps oparto.

    Poder a empregada grvida, que ignorava seu estado, e foi despedida sem justa causa,invocar a estabilidade constitucional gestante, para reivindicar os salrios previstos na CLT?

    R.: No. Embora os direitos da empregada lhe sejam assegurados independentemente doconhecimento do empregador, a jurisprudncia no tem concedido o benefcio quando aempregada esconde a gravidez ou a ignorava.

    Ao retornar ao trabalho, aps a licena-maternidade, que direito assiste mulher?

    R.: At o filho completar 6 meses de idade, assiste mulher, durante jornada de trabalho, odireito a 2 descansos especiais, de meia hora cada, destinados amamentao do filho.

    Esse descanso especial remunerado?

    R.: Sim, porque contado como tempo de servio.

    Qual a natureza jurdica do contrato de trabalho?

    R.: O contrato de trabalho contrato de direito privado, consensual, sinalagmtico (perfeito),comutativo, de trato sucessivo, oneroso e, regra geral, do tipo dos contratos de adeso.

    Como se distingue o contrato de trabalho do contrato de empreitada?

    R.: Embora ambos tenham objeto comum o trabalho , no se confundem. No contrato detrabalho, existe vnculo jurdico de subordinao, sendo o empregado supervisionado peloempregador; no contrato de empreitada, a execuo do trabalho no dirigida nemfiscalizada de modo contnuo pelo contratante.

    Como se classifica o contrato de trabalho, quanto sua durao?

    R.: O contrato de trabalho pode ser por tempo determinado ou por tempo indeterminado.

    Quais as restries legais utilizao do contrato individual de trabalho por tempodeterminado?

    R.: A legislao impe algumas limitaes, admitindo o contrato de trabalho por tempodeterminado nos seguintes casos: a) quando o tipo de servio, por sua natureza ou

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    transitoriedade, justificar a fixao do prazo; b) quando a atividade empresarial tiver cartertransitrio; e c) contrato de experincia.

    Qual a durao mxima do contrato de trabalho por tempo determinado?

    R.: O contrato de trabalho por tempo determinado no pode exceder o perodo de 2 anos.

    Qual a conseqncia da prorrogao, por mais de uma vez, de contrato de trabalho por prazo

    determinado?R.: Prorrogado o contrato de trabalho, tcita ou expressamente, passar a vigorar semdeterminao de prazo.

    Um empregador celebra contrato de trabalho por prazo de 12 meses. Expirado esse prazo, eaps 3 meses, celebra outro contrato, por prazo de 6 meses, com o mesmo empregado, paraa execuo de idntico servio. Ser vlido o prazo do contrato?

    R.: No. Como maneira de desestimular o uso dos contratos de trabalho por tempodeterminado, destinados a impedir a continuao no emprego, a legislao considera

    contrato celebrado dentro de 6 meses do trmino do anterior como contrato por tempoindeterminado.

    A prestao de servios para mais de uma empresa, pertencente ao mesmo grupoeconmico, caracteriza a coexistncia de mais de um contrato de trabalho?

    R.: No, exceto se houver conveno prvia a respeito.

    Podero os empregados de uma empresa, vendida a outra, recusar-se a trabalhar para osnovos empregadores?

    R.: No. pois o contrato de trabalho intuitu pesonae somente quanto ao empregado. no

    quanto ao empregador. Exceto em funo de situao excepcional, no poder o empregadorecusar-se a trabalhar para os novos empregadores.

    O que contrato de subempreitada?

    R.: o contrato pelo qual aquele que se comprometeu a realizar determinada obra, repassa aobrigao pela execuo do contrato, total ou parcialmente, a outrem.

    O que terceirizao? Dar exemplos.

    R.: Terceirizao a transferncia legal do desempenho de atividades, diversas da atividade-

    fim de determinada empresa, para outra empresa, que executa as tarefas contratadas, deforma que no se estabelea vnculo empregatcio entre os empregados da contratada e acontratante. Exemplos: limpeza, restaurante para funcionrios.

    315) A terceirizao reconhecida pela jurisprudncia?

    R.: Sim. A Smula no 331, do TST, que revisou a Smula no 256, admite a terceirizao,dispondo que no haver vnculo de emprego com o tomador, nos casos de contratao deservios de vigilncia, de conservao e de limpeza, bem como a de servios especializadosligados atividade-meio do tomador, desde que inexistentes a pessoalidade e subordinaodireta.

    Quais as espcies de alteraes possveis no contrato de trabalho?

    R.: As alteraes podem ser funcionais, salariais, de jornada e de lugar de trabalho.

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    permitido o retorno ao cargo anterior?

    R.: Sim, no caso de empregado que ocupe cargo de confiana e retorna funo que exerciaanteriormente.

    Quais as alteraes funcionais permitidas e proibidas?

    R.: A promoo ser sempre permitida; o rebaixamento, hierrquico ou funcional, mesmo sem

    alterao salarial, vedado; a alterao horizontal ser possvel, desde que no acarreteprejuzo ao empregado, devendo ser justificada.

    Os salrios podem ser reduzidos?

    R.: A CF de 1988 consagra, no art. 7, VI, o princpio da irredutibilidade dos salrios. Ossalrios somente podero ser reduzidos em caso de arbitramento por conveno ou acordocoletivo de trabalho.

    Pode ser efetuada alterao da jornada de trabalho?

    R.: Dentro do mesmo turno de trabalho, ser possvel, desde que no implique prejuzo para oempregado; alterao de turno, desde que o total de horas semanais trabalhadas noultrapasse a jornada contratual. A Smula n. 265, do TST, autoriza a perda do adicionalnoturno, em caso de transferncia do perodo noturno para o diurno. Permite-se aprorrogao da jornada diria de trabalho, desde que mantido o total do horrio semanalacordado.

    Ser permitida a reduo da jornada diria de trabalho, que cause reduo ao salrio doempregado, por sugesto deste, para que freqente curso, cujo horrio coincida, em parte,com o do trabalho?

    R.: Sim. Estando presente o consentimento do empregado, e sendo a reduo do salriocompensada por outro benefcio, a alterao ser vlida.

    O empregador poder mudar o local de trabalho do empregado sem sua anuncia?

    R.: Se a transferncia for para local diverso do estipulado no contrato de trabalho, somenteser permitida se no implicar necessria mudana de domiclio do empregado. Excetua-se ocaso de empregados em cargos confiana, ou aqueles cujos contratos de trabalho contenhampreviso de transferncia ou, ainda, quando decorrer de necessidade real do servio.

    Ser lcita a transferncia do empregado em caso de extino do estabelecimento,

    independentemente de sua vontade?R.: Sim. A lei permite que, caso desaparea o estabelecimento, seja efetuada a transferncia,independentemente da vontade do empregado, correndo as despesas de transferncia porconta do empregador.

    Que direitos assiste ao empregado ilicitamente transferido de seu local de trabalho?

    R.: O empregado ficar desobrigado de cumprir a ordem de transferncia, podendo pleitear,perante a Justia do Trabalho, o restabelecimento da situao anterior ou a resciso docontrato de trabalho, devendo receber as indenizaes correspondentes.

    Em que consiste a suspenso do contrato de trabalho?

    R.: Consiste na paralisao temporria do contrato, durante a qual o empregado no receberemunerao.

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    Em que consiste a interrupo do contrato de trabalho?

    R.: Consiste na paralisao temporria do contrato, durante a qual o empregado continua areceber remunerao.

    Quais as diferenas entre suspenso e interrupo do contrato de trabalho?

    R.: Em ambos os casos, o contrato de trabalho permanece em vigor. Na suspenso, o

    empregado no recebe remunerao, mas o tempo de paralisao computado como detrabalho efetivo; as obrigaes principais do empregador e do empregado no so exigveis.Na interrupo, o empregado continua a receber remunerao, mas no se conta o tempo deparalisao para nenhum efeito trabalhista ou previdencirio; as obrigaes principais daspartes so apenas parcialmente exigveis.

    Citar trs motivos para a suspenso do contrato de trabalho.

    R.: Suspendem o contrato de trabalho: a) licena no remunerada; b) servio militarobrigatrio; c) doena justificada, depois dos 15 primeiros dias.

    Citar trs motivos para a interrupo do contrato de trabalho.R.: Interrompem o contrato de trabalho: a) casamento; b) morte do cnjuge ou dedeterminados parentes; c) doena justificada, nos primeiros 15 dias.

    Quando o empregado fica afastado por 5 meses por motivo de doena comprovada, o queocorre com seu contrato de trabalho?

    R.: Nos primeiros 15 dias, o contrato ficar interrompido, sendo o empregado remuneradopelo empregador; a partir do 16 dia, o contrato fiar suspenso e a remunerao fica a cargoda Previdncia Social, sendo o tempo de afastamento considerado de licena. At 6 meses de

    afastamento, devido o 13 salrio proporcional, a cargo da empresa.Citar cinco razes para a resciso do contrato de trabalho por iniciativa do empregador, por

    justa causa.

    R.: 1) condenao criminal transitada em julgado; 2) embriaguez habitual ou em servio; 3)ato de indisciplina ou de insubordinao; 4) abandono de emprego; e 5) prtica constante de

    jogos de azar.

    Citar cinco razes para a resciso do contrato de trabalho por iniciativa do empregado, porjusta causa.

    R.:1) exigncia de servios superiores s suas foras ou contrrios ao bons costumes; 2)tratamento com rigor excessivo, pelo empregador ou pela chefia, com repreenses oupunies injustificadas; 3) existncia de manifesto perigo no ambiente de trabalho, sem que oempregador tome providncias para evit-lo; 4) descumprimento grave do contrato detrabalho, por parte do empregador, como atraso salarial por mais de 3 meses, por exemplo;5) prtica de atos lesivos honra ou boa fama do empregado ou a pessoas de sua famlia,praticados pelo empregador ou pelas chefias.

    A morte do empregador enseja automaticamente a resciso do contrato de trabalho?

    R.: No. A resciso automtica do contrato de trabalho ocorre com a cessao da atividadeempresarial, no com a morte do empregador. Morrendo o empregador, mas continuando aempresa com seus sucessores, no ocorre resciso automtica do contrato. A lei permite aoempregado, no entanto, por sua vontade, rescindir o contrato de trabalho, se qualquer nuspara si ou para a empresa.

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    Qual o prazo dado ao empregado, no aviso prvio?

    R.: O prazo mnimo de 30 dias.

    O aviso prvio integra o tempo de servio do empregado?

    R.: Sim. Esse o entendimento jurisprudencial

    Qual a conseqncia, sobre o horrio de trabalho do empregado, do aviso prvio dado peloempregador?

    R.: Seu horrio normal de trabalho, durante a vigncia do aviso prvio, ser reduzido em 2horas dirias ou ser permitido que falte 7 dias corridos, sem prejuzo do salrio. Desobriga-se o empregado de cumprir horas extras

    Qual a conseqncia jurdica da falta disciplinar, considerada como justa causa para aresciso do contrato de trabalho, cometida pelo empregado, durante a vigncia do avisoprvio dado pelo empregador?

    R.: Cometendo falta grave. durante esse perodo, perder o empregado o direito ao restantedo prazo do aviso prvio, bem como o direito a quaisquer outras indenizaes.

    O que ocorre em caso de despedida do empregado, sob a alegao de que teria cometidofalta grave, e subseqente reconhecimento judicial de que o ato praticado pelo empregadono se caracterizava como tal?

    R.: A lei manda readmitir o empregado, sendo-lhe devidos todos os salrios a que teriadireito, durante seu afastamento do trabalho. Como essa readmisso costuma provocarconstrangimentos insuperveis, empregado poder pleitear a resciso do contrato detrabalho, com indenizao em dobro, mais as multas administrativas.

    Quando pode o empregado levantar os valores depositados no FGTS?

    R:. O empregado (ou sua famlia, em caso de falecimento) poder levantar os depsitos doFGTS nos seguintes casos: a) por falecimento; b) doena grave; c) despedida imotivada (sem

    justa causa), nos contratos de trabalho por tempo determinado ou indeterminado; d) extinodo contrato de trabalho por tempo determinado; e)aposentadoria; f) como pagamento deprestaes da casa prpria, liquidao ou amortizao de saldo devedor de financiamentoimobilirio, ou ainda, pagamento total ou parcial do preo de aquisio de moradia prpria,conforme normas do SFH; g) culpa recproca ou fora maior; h) fechamento deestabelecimento, filial supresso da atividade ou extino total da empresa; i) falta de

    depsitos por 3 anos ininterruptos, a contar de 13.10.1989; e j) suspenso do contrato detrabalho do avulso por mais de 90 dias.

    Existe, ainda, a estabilidade definitiva aps 10 anos de servio, conforme dispunha o art. 492da CLT?

    R.: A CF de 1988 revogou tacitamente esse dispositivo mas, em face do direito adquirido porempregados, antes da criao do FGTS, existem as seguintes hipteses: a) no caso deempregados que comearam a trabalhar aps a promulgao da Carta Magna, ou que jhaviam anteriormente optado pelo FGTS, encontra-se completamente revogada aestabilidade; b) no caso de empregados que no haviam optado pelo FGTS, antes da

    Constituio Federal de 1988, permanece o sistema de indenizao at 05.10.1988, comconseqente estabilidade se atingidos os 10 anos, e pelo sistema do FGTS, aps essa data; ec) pode ocorrer estabilidade definitiva se constar do contrato de trabalho individual oucoletivo, ou ainda, se constar de deciso judicial em caso de dissdio coletivo.

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    O que a transao da estabilidade?

    R.: A Lei no 5.107, de 13.09.1966, que criou o FGTS, permitiu que o trabalhador que j tivesseatingido a estabilidade, aps 10 anos de trabalho na mesma empresa, pudesse abrir mo desua estabilidade, recebendo, em troca, 60% do valor em dobro da indenizao a que tinhadireito, calculada sobre o maior salrio percebido. Essa troca do regime de indenizao pelodo FGTS denominada transao de estabilidade.

    Renncia e transao:

    Renncia:

    Resumindo, para fixar, mencionamos esquema bsico construdo por Arnaldo Sssekind: a) arenncia antecipada (no momento da celebrao do contrato) inadmissvel; b) a rennciadurante a execuo do contrato s admitida excepcionalmente, se a lei o permitir ou nohouver prejuzo para o empregado; c) aps a extino do contrato, amplia-se a faculdade derenunciar, desde que se trate de direito adquirido e haja livre manifestao de vontade.

    Apenas a conciliao judicial, modalidade de transao efetuada em juzo vlida sempre,porque realizada sob tutela da magistratura, somente podendo ser anulada, aps ahomologao por sentena, em sede de ao rescisria (exceto para a previdncia social).

    Transao:

    O STF e o TST admitem a transao de direitos trabalhistas. Seus requisitos so: res dbia(coisa duvidosa) e concesses recprocas. necessrio que haja concesses mtuas dequalquer teor. Concesses feitas s por um dos interessados renncia ou reconhecimentodo direito do outro. Tudo conceder sem nada receber no transigir.

    Se a transao recair sobre direitos contestados em juzo, depender de homologaojudicial. Na Justia do Trabalho, a transao, sob a forma de conciliao, estimulada emqualquer fase do processo. O princpio da conciliao mencionado nos arts. 764, 831, 846,847, 850, 852-E, 862 e 863 da CLT.

    TRANSAO E RENNCIA - DISTINES:

    . A transao bilateral e onerosa, que recai sobre coisa duvidosa, distinguindo-se darenncia, que negcio jurdico unilateral e sem contraprestao, que recai sobre direitoscertos.

    . A reciprocidade de prestaes na transao, no precisa ser totalmente equilibrada, umavez que no existe a possibilidade de realizar um negcio dessa espcie, em que a perdasofrida por uma das partes seja exatamente proporcional a da outra. Mas, como mencionado,despropores acintosas em detrimento do empregado podem significar coao.

    SUSPENSO E INTERRUPO DO CONTRATO DE TRABALHO:

    Na suspenso, nenhum efeito se produz, e o tempo do afastamento no se incorpora aotempo de servio do empregado, salvo casos previstos em lei. O desligamento do empregoesvazia inteiramente o contedo do contrato de trabalho e apenas se lhe assegura o direito

    ao emprego com um reatamento da relao que foi paralisada. bem verdade que soasseguradas vantagens que porventura tenham sido concedidas a categoria, a seremdesfrutadas a partir da volta ao emprego (CLT, art. 471).

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    Nos perodos de suspenso, tendo em vista no serem devidos salrios, no h necessidadede recolhimento previdencirio e nem obrigao de depositar FGTS, isso em razo de aempresa no estar obrigada ao pagamento de salrios durante esse perodo.

    Na interrupo, produzem-se alguns efeitos, e, conforme a causa determinante, podempermanecer todos, exceto o que consiste na obrigao de trabalhar (prestao efetiva dosservios).

    Prescrio quinquenal

    Lapso temporal limite para se pleitear direitos trabalhistas. Ainda que o empregado tenhalaborado 20 anos para seu empregador, s poder pleitear verbas relativas aos ltimos cincoanos trabalhados. Exemplo: empregado admitido em 11/10/1985, demitido em 29/09/2005;ajuizou ao em 13/10/2005, pleiteando horas extras laboradas desde janeiro/1990. Pois bem,conquanto tenha realizado horas extras desde 1990, no poder pleite-las na totalidadeporque, diante da prescrio quinquenal, s poder pedir direitos relativos aos cinco anosanteriores ao ajuizamento da ao: 13/10/2005 5 anos = 13/10/2000, de modo que osdireitos anteriores a 13/10/2000 esto prescritos.

    H quem entenda que a maneira correta de se contar prazo prescricional "de formaascendente", isto , a partir do fato gerador do direito mais os cinco anos, mas, na prtica,sabendo-se fazer a conta", o resultado o mesmo. A diferena de mtodo no desprezvel,porque hipteses de prescrio em prestaes sucessivas, decorrentes de alterao dopactuado, demandam certa complexidade de anlise. Trata-se da contagem de prescriototal ou parcial, a teor da Smula 294 do TST. Mas, questo prtica, pois o resultadoaritmtico o mesmo para ambos os mtodos.

    1.2 Prescrio bienal

    A partir da resciso contratual, qualquer que seja a sua causa, prescreve em dois anos odireito de pleitear direitos relativos relao de emprego. Utilizaremos o mesmo exemploacima, mas, com algumas diferenas: empregado admitido em 11/10/1985, foi demitido em29/09/2005; ajuizou ao trabalhista em 13/11/2007, pleiteando horas extras no-pagas,laboradas desde janeiro/1990. Sendo a resciso em 29/09/2005, a prescrio bienal ocorreriaem 29/09/2007; se o ajuizamento da ao se deu em 13/11/2007, ultrapassou perodo de doisanos; logo, incidiu, na espcie, prescrio total: mesmo tendo direito s horas extras, oempregado no ter sucesso no pleito formulado em juzo, porque fulminado pela prescrio.Parece "injusto", mas, foi o critrio utilizado pelo Legislador para que o autor da ao no seja

    inerte, pois no razovel se esperar dez, vinte anos para pleitear direitos, sob pena de criarsrios problemas; com o tempo, provas exaurem e danos se "suavizam".

    A prescrio do FGTS exceo, isto , contra esse direito no corre prescrio quinquenal,mas, trintenal (trinta anos); a bienal incide na hiptese, evidentemente.

    Contra os menores de 18 anos no corre prazo de prescrio, conforme dispe o artigo 440da CLT.

    A decadncia, tanto quanto a prescrio, tambm fato extintivo de direitos. Contudo, amaioria dos doutrinadores entende que s h uma hiptese de decadncia na seara

    trabalhista: prazo de 30 dias para instaurao de inqurito judicial para demisso deempregado estvel (Smula 403 do STF), a contar da suspenso, por falta grave. H quementenda que o prazo para intentar ao judicial, a partir de demanda na Comisso deConciliao Prvia, tambm seria de decadncia.

    http://www.juslaboral.net/http://www.juslaboral.net/
  • 7/29/2019 70079044 Resumao Direito Do Trabalho

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