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 79 4 Aspectos sobre Situação Financeira versus Situação Econômica Tivemos um primeiro contato com os grupos de contas no Balanço Patrimonial. Não abo rda mos , pro pos italmente, o Patrimô nio Líq uid o, poi s ago ra o analisare mos ma is  profundamente. 4.1 SITUAÇÃO FINANCEIRA Obs ervamos, até o momento, que o Bal an ço Pa trimoni al evidencia a sit uaç ão  patrimonial (Bens, Direitos e Obrigações) da empresa. Poderíamos, ainda, numa abordagem mais específica, atribuir ao Balanço Patrimonial a função (entre outras) de indicador da Situação Financeira da Entidade, ou seja, a capacidade de pagamento da empresa. A simples comparação entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante propicia ao usuário do Balanço Patrimonial uma visão panorâmica da Situação Financeira da empresa a curto prazo (para o exercício social seguinte ao encerramento do Balanço). O Ati vo Cir cul ant e é con stituído de din hei ro (Di spo nív el) , de qua se dinhei ro (Duplicatas a Receber) e de futuro dinheiro (Estoque).  Na verdade, os recursos financeiros (dinheiro) utilizados para fazer frente às dívidas da empr esa (Passi vo Ci rc ul ante) são retirados do Ativo Ci rcul ante. De ss a forma, normalmente, se o Ativo Circulante for menor 1  que o Passivo Circulante, a empresa comercial ou industrial terá dificuldade em solver seus compromissos; portanto, sua Situação Financeira não é boa. 79 80 1  Da relação do Ativo Circulante com o Passivo Circulante obteremos o índice de Liquidez Corrente (potencial de pagamente a curto prazo da empresa). (AC) Ativo Circulante=Liquidez Corrente (geralmente, ideal é(PC) Passivo Circulanteque seja > 1, isto é, AC > PC).

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79 4

Aspectos sobre Situação Financeira versus

Situação Econômica

Tivemos um primeiro contato com os grupos de contas no Balanço Patrimonial. Nãoabordamos, propositalmente, o Patrimônio Líquido, pois agora o analisaremos mais

 profundamente.

4.1 SITUAÇÃO FINANCEIRA

Observamos, até o momento, que o Balanço Patrimonial evidencia a situação patrimonial (Bens, Direitos e Obrigações) da empresa. Poderíamos, ainda, numa abordagemmais específica, atribuir ao Balanço Patrimonial a função (entre outras) de indicador daSituação Financeira da Entidade, ou seja, a capacidade de pagamento da empresa.

A simples comparação entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante propicia aousuário do Balanço Patrimonial uma visão panorâmica da Situação Financeira da empresa acurto prazo (para o exercício social seguinte ao encerramento do Balanço).

O Ativo Circulante é constituído de dinheiro (Disponível), de quase dinheiro

(Duplicatas a Receber) e de futuro dinheiro (Estoque). Na verdade, os recursos financeiros (dinheiro) utilizados para fazer frente às dívidas

da empresa (Passivo Circulante) são retirados do Ativo Circulante. Dessa forma,normalmente, se o Ativo Circulante for menor 1 que o Passivo Circulante, a empresa comercialou industrial terá dificuldade em solver seus compromissos; portanto, sua Situação Financeiranão é boa.

79 80

1 Da relação do Ativo Circulante com o Passivo Circulante obteremos o índice de Liquidez Corrente (potencialde pagamente a curto prazo da empresa).(AC) Ativo Circulante=Liquidez Corrente (geralmente, ideal é(PC) Passivo Circulanteque seja > 1, isto é, AC >

PC).

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A Situação Financeira poderá, também, ser objeto de análise para situações a LongoPrazo. Nesse caso, incluiríamos ao Circulante, na comparação, o Realizável e o Exigível aLongo Prazo ( Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo : Passivo Circulante + Exigível a

 Longo Prazo). Outras variáveis, enfim, seriam consideradas para uma análise da SituaçãoFinanceira da empresa.

4.2 SITUAÇÃO ECONÔMICA

Por outro lado, podemos também identificar, pelo Balanço Patrimonial, a situaçãoeconômica da empresa.

Uma forma de avaliar a situação econômica é observar o Patrimônio Líquido daempresa e sua variação. Evidentemente, o crescimento real do Patrimônio Líquido vemfortalecer sua situação econômica.

O fortalecimento do Capital Próprio (PL) em relação ao Capital de Terceiros propiciaà empresa uma posição mais sólida, não se tornando vulnerável a qualquer revés que possaocorrer no dia-a-dia.

A principal fonte de fortalecimento do Patrimônio Líquido é o "bom lucro". Assim, aconstante obtenção de resultado positivo (lucro) vem contribuir para uma situação econômicamais sólida.

O oposto também é uma realidade, isto é, o prejuízo (resultado negativo) vemenfraquecer a situação econômica da empresa.

Como já tivemos oportunidade de observar, todo lucro obtido pela empresa pertence a seus proprietários. Por isso, o lucro não distribuído aos donos do Capital écontabilizado no Patrimônio Líquido como Lucros Acumulados (Lucro Retido).

A parcela do lucro não distribuída aos proprietários (mas retida na empresa) é que, naverdade, fortalece a situação econômica. Repare que essa parcela se incorpora ao CapitalPróprio que numa situação de continuidade pertence à empresa, uma vez que os proprietáriosnão poderão exigir (não exigível) o reembolso desses recursos. Assim, a empresa utiliza essesrecursos como se fossem dela, até a mesma entrar em dissolução (descontinuidade).

O Patrimônio Líquido poderá ser acrescido, também, com novos aumentos de

capital: os proprietários fazem novos investimentos, normalmente, com o objetivo deexpandir a empresa. Todavia, há ocasiões em que a situação econômica (e mesmo a situaçãofinanceira) é tão precária que os proprietários da empresa contribuem com um aumento decapital (reforço) para tentar equilibrar essa situação. Note que estes aumentos não serãocontínuos, pois a situação seria desestimulante para os proprietários

 Não há dúvida de que o bom e constante lucro, desde que uma boa parcela seja retida(não distribuída integralmente aos proprietários) - Lucros Acumulados -, será o fator deequilíbrio e fortalecimento da situação econômica da empresa (e, por conseqüência, dasituação financeira).

Ressaltemos, entretanto, que, se o Patrimônio Líquido (Capital Próprio) apresenta

crescimento durante vários períodos, em proporção menor que o Capital de Terceiros, asituação econômica da empresa tente a enfraquecer.80 81

CAPÍTULO 4 – ASPECTOS SOBRE SITUAÇÃO FINANCEIRA VERSUS SITUAÇÃO ECONÔMICA

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PAUSA PARA REFLEXÃO

Grandes empresas faliram na década de 90:

Empresa

Matarazzo O grupo, que já fora o maior do país, entrouem concordata em 1983. Mas só ruiu em1992

Mappin, Mesbla, Lojas Brasileiras, CasasCentro Em 1999, uma série de redes de varejodesaparece devido à má gestão, àconcorrência e à obsolescência do modelo

Encol A maior construtora do país quebrou em1997 e deixou 42.000 clientes lesados

Essas empresas tiveram prejuízos elevados. Poderíamos pensar que os sucessivos prejuízos enfraqueceram economicamente essas empresas e assim, não resistindo, houve afalência?

4.3 APURAÇÃO DO RESULTADO (LUCRO OU PREJUÍZO)

A cada exercício social  ou  período contábil  (que será de no máximo 12 meses) aempresa apurará o resultado de suas operações. Todavia, é recomendável que a empresa apureo sucesso (lucro) ou insucesso (prejuízo) em períodos mais curtos: mensais, trimestrais,quadrimestrais etc.

O resultado pode ser  positivo – Lucro (superávit), – ou negativo – Prejuízo (déficit).O resultado é a diferença entre as Receitas (Vendas) e as Despesas.

CAPÍTULO 4 – ASPECTOS SOBRE SITUAÇÃO FINANCEIRA VERSUS SITUAÇÃO ECONÔMICA

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Receitas (-) Despesas = Resultado

{

Lucro se: Receitas > Despesas

Prejuízo se: Receitas < Despesas

81 82

4.3.1 Regime Econômico e Regime Financeiro

A Contabilidade utiliza dois regimes diferentes para apurar resultados.

Fluxo Financeiro

O resultado de uma empresa pode ser visto por dois ângulos diferentes: econômico efinanceiro.

Admita que em determinado mês entraram no caixa da empresa $ 100.000 comoReceita (Vendas) Recebida. Nesse mês, a empresa pagou despesa com salários e outrasdespesas no total de $ 80.000.

 Neste exemplo, o resultado financeiro (100.000 - 80.000) é de 20.000. Em outras palavras, houve uma sobra financeira no caixa; há dinheiro real à disposição da empresa no

valor de $ 20.000.Esse resultado pode ser obtido na Demonstração do Fluxo de Caixa, assim

evidenciado:

Demonstração do Fluxo de Caixa – Mês "X"

Receita Recebida no mês "X" $ 100.000

(-) Despesas Pagas no mês "X" ($ 80.000)

Lucro Financeiro Operacional (Acréscimo no Caixa) $ 20.000

Fluxo Econômico (ou contábil)

Por outro lado, a empresa pode ter receita (vendas) que ainda não recebeu oudespesas que ainda não foram pagas. São itens que não afetam imediatamente o caixa, daíapurar-se resultado econômico (ou contábil).

Essa empresa, por exemplo, presta serviços de transportes e seus caminhões estãoavaliados em $ 1.200.000. Sendo que em média eles trabalham quatro anos, ou seja, 48 mesesde vida útil, e são tratados como sucata após esses anos.

Assim, a empresa deveria considerar o consumo (pelo uso) dos caminhões comodespesa, ainda que não houvesse saída do caixa. Essa despesa é chamada de depreciação.

CAPÍTULO 4 – ASPECTOS SOBRE SITUAÇÃO FINANCEIRA VERSUS SITUAÇÃO ECONÔMICA

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Deve ser considerada já que o bem está perdendo, pelo uso, seu potencial de trazer benefíciosno futuro.

Dessa forma, o ideal seria considerar uma despesa mensal de depreciação de $25.000 ($ 1.200.000 : 48 meses) pelo uso dos caminhões, embora, nesse momento, não tenhahavido saída de dinheiro do caixa. Se, em vez de comprar o bem (ativo), a empresa tivesse

alugado, um valor semelhante a esse de depreciação poderia estar saindo de seu caixa.

Ainda nesse mesmo exemplo, vamos considerar as receitas e despesas a vista,adicionando a depreciação:

Demonstração do Resultado do Exercício Mês "X"

Receita $ 100.000(-) Despesas de Salários e outras ($ 80.000)(-) Despesas de Depreciação ($ 25.000)

Prejuízo ($ 5.000)

82 83

Análise dos Resultados

A pergunta é se o resultado financeiro (lucro de $ 20.000) é o correto ou o resultadoeconômico (prejuízo de $ 5.000). Haveria motivo para comemoração (Lucro Financeiro) ou

 para lamentação (olhando para o prejuízo econômico)?

Admitindo que essa empresa pretenda continuar por muito tempo no mercado, há

necessidade de gerar caixa para repor o bem (veículo) que gera ganho para a empresa.Partindo da estimativa de que o desgaste do bem é de $ 25.000 por mês, é de esperar que ocaixa tenha que gerar, no mínimo esse valor para a futura reposição, caso contrário a empresaestaria definhando a cada mês.

Se o caixa gerou $ 20.000 em dinheiro, pressupomos que esse montante não seriasuficiente para manter a empresa num mesmo potencial de gerar recursos de um mês atrás.

Apesar de aparentemente existir sobra de dinheiro no caixa (lado financeiro), aempresa não seria capaz de repor seu potencial, seus bens, para não perder sua capacidadeinicial de geração de recursos (lado econômico). Assim, de fato, ela teve prejuízo.

Dessa forma, podemos dizer que despesa pelo regime financeiro é identificada pelodesembolso, pelo pagamento, enquanto, pelo regime econômico, despesa é todo o sacrifícioincorrido para obter vendas. Esse sacrifício pode representar saídas de dinheiro no ato, nofuturo ou, em caso extremo, nunca haverá desembolso.

Por outro lado, a receita (vendas) pelo sistema financeiro só é considerada quandoefetivamente entrar no caixa. Já pelo regime econômico, toda receita gerada (ganho) no

 período já é considerada mesmo que ainda não tenha sido recebida. Assim, as vendas a prazosão consideradas pelo regime econômico e não pelo regime financeiro.

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4.3.2 Regime Econômico é Melhor

Se uma empresa que trabalha pelo regime financeiro (caixa), no início de dezembro,a um mês para apurar lucro ou prejuízo, descobrisse que o lucro acumulado nos 11 meses

estivesse muito alto e não quisesse que esse resultado fosse majorado, poderia adiar orecebimento de seus clientes para o início do ano seguinte e então antecipar os pagamentosdas despesas não liquidadas, que venceriam em janeiro.

O que queremos dizer é que, pelo regime de caixa ou financeiro, há possibilidade demudar o resultado. Considerando ainda o exemplo anterior, da depreciação que não foiconsiderada no regime financeiro (por não representar saída de caixa), podemos dizer que oregime financeiro é imperfeito. Daí, daqui para a frente, neste capítulo, trataremos apenas doregime econômico, conhecido como regime de competência. No Capítulo 5 voltaremos atratar esse assunto.

Fluxo econômico e financeiro na ECBC

Quando tratamos a DRE de Fluxo Econômico, estamos considerando a visão daestrutura conceitual básica da Contabilidade (aprovada pela IPECAFI, CVM e Ibracon), quediz:

"Informação de natureza econômica deve ser sempre entendida dentro davisão que a Contabilidade tem do que seja econômico e não, necessariamente, 83 84

do tratamento que a Economia daria ao mesmo fenômeno; em largos traços, podemosafirmar que os fluxos de receitas e despesas (demonstração de resultado, por 

exemplo), bem como o capital e o patrimônio, em geral, são dimensões econômicasda Contabilidade, ao passo que os fluxos de caixa, de capital de giro, por exemplo,caracterizam a dimensão financeira. Não estamos, portanto, utilizando, nestetrabalho, o termo financeiro no sentido de avaliado em moeda, como a própria Leidas Sociedades por Ações e a tradição anglo-americana consagram" (grifos nossos).

Se considerarmos o rigor da Teoria da Contabilidade, o Lucro Econômico tem umsentido diferente do descrito, sendo consideradas as valorizações de ativo (como ganho demanutenção de estoque) e a realização desses ativos (ou os benefícios futuros).

Todavia, do ponto de vista prático, sem considerar o rigor científico, trataremos oresultado de Fluxo de Caixa como financeiro e o lucro ou prejuízo da Demonstração do

Resultado do Exercício como econômico.Esses fluxos (econômico e/ou financeiro) serão tratados nos Capítulos 5, 6, 8 e 18

deste livro.

PAUSA PARA REFLEXÃO

Em reportagem de Laszló Varga no jornal  Folha de S. Paulo ("Lucro da Vasp cai,mas a companhia é a única a fechar 2001 no azul", 12-4-2002), há considerações de que olucro econômico foi maior que o financeiro:

"A Vasp foi a única grande companhia aérea brasileira a fechar as contas noazul em 2001, conforme mostram os dados do balanço da empresa a 9 que a Folhateve acesso. No ano passado, a companhia obteve um lucro de R$ 36,69 milhões. O

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número surpreende, pois companhias do setor amargaram duras perdas no período. AVarig, por exemplo, teve um prejuízo de R$ 480 milhões.

A Vasp escapou do vermelho, mas ainda assim registrou uma retração de68% sobre o lucro de R$ 114,44 milhões contabilizado no ano anterior. Além disso, aFolha apurou que a companhia usou de artifícios contábeis para garantir o

desempenho incomum no setor.

Seus contadores incluíram US$ 10 milhões (equivalentes a cerca de R$ 23milhões) nos ativos da empresa, referentes à venda de 50,03% das ações do LloydAéreo Boliviano. O negócio foi concretizado no dia 8 de novembro de 2001, mas aVasp ainda não recebeu o dinheiro.

Segundo um analista do setor de aviação, a inclusão no balanço da Vasp. deativos como os créditos de US$ 10 milhões a receber pelas ações do Lloyd AéreoBoliviano é permitida pela legislação. Sem esse artifício, no entanto, o lucro dacompanhia brasileira cairia para cerca de R$ 12 milhões".

O fato de a Vasp não ter recebido em seu caixa as ações do Lloyd Aéreo Bolivianofaz com que o lucro econômico (que considera a Receita não recebida) seja maior que o lucrofinanceiro (só considera como lucro quando da entrada do dinheiro no caixa)?

Informação de natureza econômica, segundo a Estrutura Conceitual Básica daContabilidade, deve ser sempre entendida dentro da visão que a Contabilidade tem do que sejaeconômico e não, necessariamente, do tratamento que a Economia daria ao mesmo fenômeno;em largos traços, como já vimos, podemos afirmar que os fluxos de receitas e despesas(demonstração de resultado, por exemplo), bem como o capital e o patrimônio, em geral, sãodimensões econômicas da 84 85 Contabilidade, ao passo que os fluxos de caixa, de capital degiro, por exemplo, caracterizam a dimensão financeira. Não estamos, portanto, utilizando,

neste livro, o termo  financeiro no sentido de avaliado em moeda, como a própria Lei dasSociedades por Ações e a tradição anglo-americana consagram.

A Receita corresponde, em geral, a vendas de mercadorias ou prestações de serviços.Ela aparece (é refletida) no Balanço por entrada de dinheiro no Caixa (Receita a Vista) ouentrada em forma de Direitos a Receber (Receita a Prazo) – Duplicatas a Receber.

A Receita sempre aumenta o Ativo, embora nem todo aumento de Ativo signifiqueReceita (Empréstimos Bancários, Financiamentos etc. aumentam o Caixa-Ativo da empresa enão são Receitas).

Todas as vezes que entra dinheiro no Caixa por meio de Receita a vista, recebimentosetc, denominamos essa entrada de Encaixe. Nesse caso, seria receita pelo regime financeiro.

A Despesa é todo o sacrifício2 da empresa para obter Receita. Ela é refletida, noBalanço, por uma redução do Caixa (quando é pago no ato – a vista) ou um aumento de umadívida – Passivo (quando a despesa é contraída no presente para ser paga no futuro – a prazo).A despesa pode, ainda, originar-se de outras reduções de Ativo (além do caixa), como é o casode desgastes de máquinas e outros.

Todo o dinheiro que sai do Caixa pelo pagamento de uma Despesa, ou por outraaplicação qualquer, denomina-se Desembolso ou Desencaixe. Nesse caso seria considerado

 pelo Regime Financeiro.

2 É todo o consumo de bens ou serviços para a obtenção de Receita.

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 No final do Exercício Social a Contabilidade confronta Receita x Despesa paraapurar o resultado do período (lucro ou prejuízo). O Resultado econômico acresce (no caso delucro) ou reduz (no caso de prejuízo) o Patrimônio Líquido.

4.4 RESULTADO E REFLEXO NO BALANÇO PATRIMONIAL

Embora o resultado seja apurado à parte (separadamente) do Balanço Patrimonial,toda a operação com Receita e Despesa é refletida no Balanço, aumentando ou diminuindoAtivo, Passivo e Patrimônio Líquido.

Vamos admitir que a Empresa Pureza e Beleza Ltda., após constituição com umcapital de $ 200 mil (origem) aplicado 50% em Caixa e o restante em Imobilizado (visando àmanutenção da atividade econômica), efetua seu primeiro serviço (Receita), a prazo, por $ 20mil, e paga sua primeira despesa: $ 10 mil de salários.

BALANÇO PATRIMONIAL(Antes da primeira Receita)

Pureza e Beleza Ltda. Em $ mil

ATIVO PASSIVO E PL

Circulante Patrimônio Líquido

Caixa 100 Capital 200

Permanente

Imobilizado 100

Total 200 Total 200

85 86

Após a Receita a prazo de $ 20 mil apura-se o Resultado, à parte do BalançoPatrimonial.

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Observe que houve um acréscimo no Ativo de $ 20 mil em conseqüência da Receita prazo que gerou Duplicatas a Receber. Por outro lado, houve uma redução, também no Ativo,de $ 10 mil em conseqüência da Despesa a vista que reduziu o Caixa.

BALANÇO PATRIMONIAL Pureza e Beleza Ltda.

CONFORME A LEI DAS S.A.

em duas colunasEm $ mil

ATIVO PASSIVO e PL

Circulante Ex. Ant. Ex. Atual Patr. Líq. Ex. Ant. Ex. Atual

Caixa 100 90 Capital 200 200

Dupl. a Receber - 20Lucros

Total do Circulante 100 110 Acumulados

- 10

Permanente

Imobilizado 100 100

Total 200 210 Total 200 210

Todavia, se não fizéssemos a apuração do Resultado à parte, o Balanço Patrimonialseria o mesmo. Senão, vejamos:

86 87

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BALANÇO PATRIMONIALPureza e Beleza Ltda. Em $ mil

ATIVO PASSIVO e PLCirculante Patrimônio Líquido

Caixa 90 Capital 200Dupl. Receber 20 Lucros ...(?)

110Permanente

Imobilizado 100

Total 210 Total 210

O Ativo que, em nosso exemplo, sofreu os reflexos imediatos de Receita e Despesaapresenta um total de $ 210 mil. Como o Ativo será sempre igual ao  Passivo + PL (equaçãocontábil), pela regra da Origem e Aplicação (a empresa só pode aplicar aquilo que temorigem), detectamos que estão faltando $ 10 mil no Patrimônio Líquido para se atingir o totalde $ 210 mil. Portanto, os $ 10 mil significam, exatamente, o lucro apurado separadamente.

Um dos objetivos de apurar o resultado em um relatório separado – Demonstração deResultado do Exercício – é apresentar um resumo ordenado de toda Receita e Despesa

 propiciando uma apreciação mais objetiva das contas de resultados (Receita e Despesa) efacilitando, assim, a tomada de decisão.

Portanto, seria possível, embora não eficiente, apurar o acréscimo ou decréscimo doPatrimônio Líquido no Balanço Patrimonial, pela diferença dos totais, como no exemploapresentado.

Observe que, mesmo se a  Receita fosse a vista e a  Despesa a prazo, em nada seriadiferente o resultado.

BALANÇO PATRIMONIALPureza e Beleza Ltda. Em $ mil

ATIVO PASSIVO e PL

Circulante CirculanteCaixa 120 Salários a Pagar 10(Mais Receita a vista)* (Despesa a prazo)

Permanente Patrimônio LíquidoImobilizado 100 Capital 200

Lucro (a diferença) ? ...Total 220 220* $ 100.000 inicial + $ 20.000 de receita a vista.

 Na verdade, não são só Receita e Despesa que contribuem para a formação de

resultado de determinado período. Outros fatores podem contribuir para aumento oudiminuição do resultado:

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A. Perda

É gasto involuntário que não visa à obtenção de Receita. Ex.: desfalque no caixa,

inundações, greves, incêndio etc.87 88

 Na prática é bastante difícil prever uma perda (por ser anormal).

Geralmente, a perda reduz o Ativo (conseqüentemente, o Patrimônio Líquido).Observe que nem sempre a perda representa saída de caixa.

B. Ganho

Da mesma forma que a perda, ganho é bastante aleatório. É um lucro que independeda atividade operacional da empresa. Ex.: ganhos com seguros recebidos venda de umimobilizado por valor acima de seu custo etc.

O Ganho aumenta o Ativo (conseqüentemente, o Patrimônio Líquido).

Tanto a perda quanto o ganho refletem no Patrimônio Líquido, diminuindo ouaumentando o Lucro num sentido econômico, lucro esse apurado na Demonstração doResultado do Exercício (DRE), a ser estudada no Capítulo 6.

Informações ComplementaresGasto (ou Dispêndio)

É todo sacrifício para aquisição de um bem ou serviço com pagamento no ato(desembolso) ou no futuro (cria uma dívida). Assim, a empresa tem gasto na compra de umImobilizado, na compra de Matéria-prima, na produção etc. Num primeiro estágio, todosacrifício para a aquisição de bem ou serviço é um gasto (é um conceito consideravelmenteamplo). Portanto, no momento em que a empresa assume a propriedade de um bem ou um

 serviço defrontamos com um gasto.

 Na verdade, mais cedo ou mais tarde, o gasto será um desembolso. Todavia, nemtodo desembolso é gasto. Por exemplo, o pagamento de empréstimo bancário é um

desembolso, mas não é um gasto.

Custo

Quando a Matéria-prima é adquirida, denominamos esse primeiro estágio de Gasto;em seguida ela foi estocada no Ativo (ativada); no instante em que a Matéria-prima entra em

 produção (produção em andamento), associando-se a outros gastos de fabricação,reconhecemos (a matéria-prima + outros gastos) como Custo.

Portanto, todos os gastos no processo de industrialização, que contribuem com atransformação da Matéria-prima (fabricação), entendemos como Custo: Mão-de-obra, Energia

Elétrica, Desgaste das Máquinas utilizadas para a produção, Embalagem etc.

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Portanto, numa indústria, identificamos como Custo todo o gasto de dentro dafábrica, seja ele matéria-prima, mão-de-obra, desgaste de máquina (depreciação)... aluguel dafábrica, imposto predial da fábrica, pintura da fábrica etc.

Despesas

Para melhorar a eficiência na análise da DRE, é costume separar em sua estruturacustos e despesas.

Outros gastos que não contribuem ou não se identificam com a transformação damatéria-prima, ou não são realizados dentro da fábrica, mas que não deixam de ser umsacrifício financeiro para obter Receita, são as  Despesas: comissão de vendedores, juros,aluguel do escritório, honorários administrativos etc. Portanto, os gastos identificáveis ao

 processo de produção são custos, enquanto identificáveis à administração, os financeiros e osrelativos às vendas, são despesas.

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Custo no momento da venda

 Numa empresa industrial, ao emprego da matéria-prima, da mão-de-obra e de outrosgastos para transformá-la em produtos (gastos na fábrica) denominamos, no momento davenda do produto transformado, de Custos dos Produtos Vendidos (CPV).

 Numa empresa comercial, no momento da revenda da mercadoria adquirida para essefim, denominamos o preço pago pela Mercadoria de Custo das Mercadorias Vendidas – CMV 

 – (nesse caso não há custo de transformação, pois o comércio é mero intermediário entre aindústria e o consumidor).

ILUSTRAÇÃO

O Objetivo da Contabilidade é prover dados para orientar os usuários na tomada dedecisão.

 Nas empresas, três ângulos são fundamentais para a tomada de decisão. Chamamosde tripé decisorial:

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1º Pé: Situação Financeira – O ideal seria, para o comércio e a indústria, que AC >PC, ou seja, os valores a receber fossem maiores que os valores a pagar.

2º Pé: Endividamento – Um equilíbrio entre Capital de Terceiros (Passivo Exigível) eCapital Próprio (Patrimônio Líquido) normalmente é recomendável. Boa parteda dívida de Longo Prazo também é interessante.

3º Pé: Situação Econômica – Na apuração de resultado espera se um bom lucro.89 90

Se a parte retida (não distribuída) aumentar o Patrimônio Líquido numa proporçãoigual ou superior ao crescimento de dívidas (capital de terceiros), teremos uma situaçãofavorável.

RESUMO

Uma das fontes principais de recursos da empresa é o Lucro do exercício que, sem

dúvida, fortalece a situação econômico-financeira da empresa desde que a maior parte fiqueretida na empresa e que Capitais de Terceiros não sejam incrementados, constantemente, emuma proporção maior que o Lucro retido.

O Resultado (Lucro/Prejuízo) é apurado à parte do Balanço Patrimonial, masincorporado ao Patrimônio Líquido. Embora possamos apurá-lo no próprio Balanço, não éviável.

 Não só a Receita e a Despesa são determinantes do Resultado, mas fatos comoPerdas e Ganhos (considerados extraordinários, anormais) contribuem para a formação doResultado.

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O Resultado é apurado subtraindo-se de Receita + Ganho os seguintes itens: Custos,

Despesas e Perdas.Todos os sacrifícios, para aquisições (a vista ou a prazo), são os gastos ou dispêndios

que poderão ser Ativo, Custos (se utilizados no processo produtivo, no caso dl Indústria;mercadorias revendidas, no caso de comércio; ou utilização de MI.10 de obra e material, nocaso de prestação de serviços) e Despesas (no consumo da bens e serviços no esforço de

 produzir Receita).

EXERCÍCIO RESOLVIDO

A Empresa Vale da Ilusão Ltda. inicia sua atividade em 2-1-X4. De início,

observamos um Capital de $ 40.000, sendo aplicado em Instalações do Prédio ($ 20.000),em Móveis em Geral ($ 10.000) e, na conta Caixa, o restante.

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 No mês de janeiro de 19X4, a Empresa Vale da Ilusão obteve $ 30.000 de Receita,a vista, por serviços prestados a seus clientes.

As despesas do mês, totalmente pagas, foram: Aluguel: $ 10.000; HonoráriosAdministrativos: $ 4.000.

 Na prestação de serviços (custos) participaram diretamente 10 moças, que foramremuneradas à base de $ 10.000 (total).

Vamos calcular o Resultado econômico (Lucro ou Prejuízo) da Empresa Vale daIlusão e, em seguida, vamos apresentar o Balanço Patrimonial.

Solução do Exercício

Para obter a Receita de $ 30.000 a empresa incorreu em Custos e Despesas. Custossão representados pelo emprego da mão-de-obra diretamente no serviço prestado. Despesassão representadas por sacrifícios para obter Receita, independentemente desta.

Dessa forma, podemos apurar o Resultado do mês de janeiro/X4:

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

 Empresa Vale da Ilusão – Janeiro de 19X4

Receita 30.000( - ) Custo do Serviço Prestado (CSP) (10.000)

( - ) Despesas (14.000)Lucro do Período 6.000

Vamos agora analisar a influência dessas operações no Balanço Patrimonial. É fácildetectar que a conta basicamente afetada é o Caixa, uma vez que entrou Receita a vista(encaixe) e saiu dinheiro para remuneração das funcionárias e das despesas (desembolso):

 Neste caso, por se tratar de Receita e Despesa a vista, o resultado econômico efinanceiro serão iguais.

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AVALIAÇÃO DO APROVEITAMENTOa) Estes testes deverão ser respondidos em cinco minutos – 30 segundos para cada

um.

 b) Não responda se tiver dúvidas.

c) Se você acertar menos que 70% (sete questões), não passe para a etapa seguinte:leia novamente o capítulo.

d) As respostas encontram-se no final do livro.

1. Identifica-se Situação Financeira com:( ) a) Liquidez.( ) b) Lucro.

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( ) c) Receita.( ) d) Duplicatas a Receber.

2. Identifica-se Situação Econômica com:( ) a) Liquidez.( ) b) Lucro.

( ) c) Receita.( ) d) Duplicatas a Receber.

3. Acréscimo no Patrimônio Líquido em proporção superior ao Capital de Terceirosfortalecerá de imediato:

( ) a) Situação Mercadológica.( ) b) Situação Real.( ) c) Situação Financeira.( ) d) Situação Econômica.

4. Superávit é:( ) a) Receita < Despesa.( ) b) Receita > Despesa.( ) c) Receita = Despesas.( ) d) Receita < Despesa.

5. Salários da Diretoria são:( ) a) Despesa.( ) b) Gasto.( ) c) Dispêndio.( ) d) Custo.

6. Desembolso é igual a:

( ) a) Encaixe.( ) b) Desencaixe.( ) c) Reembolso.( ) d) O não-embolso.

7. A característica de Perda ou Ganho é:( ) a) Fato previsto.( ) b) Fato orçado. 92 93 ( ) c) Fato normal.( ) d) Fato anormal.

8. O CPV é o Custo do Produto Vendido para:

( ) a) Indústria.( ) b) Comércio.( ) c) Prestação de Serviço.( ) d) Empresa Bancária.

9. Ativo pode ser entendido como:( ) a) Patrimônio Líquido.( ) b) Origens.( ) c) As aplicações que geram receitas para a empresa.( ) d) As aplicações que rendem juros, Correção Monetária etc.

10. Indique a alternativa que evidencia apenas Despesa:

( ) a) Salários, Matéria-prima, Estoque, Material Secundário...( ) b) Juros, Mão-de-obra, Duplicatas a Receber, Máquinas...( ) c) Encargos Sociais, Embalagem, Imposto de Renda, desfalque no Caixa...

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( ) d) Comissão de Vendedores, Propaganda, Aluguel de Escritório, ImpostoPredial de Escritório. 3

3 Respostas: 1. a 2. b 3. d 4. b 5. a 6. b 7. d 8. a 9. b 10. c

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