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8. Referências Bibliográficas5 Monografia de Produto (LONGO, 2011). A hipertensão, principal fator de risco para doenças cardiovasculares, origina-se de determinantes genéticos,

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1. Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e Doenças Cardiovasculares

2. O consumo elevado de sódio, como fator de risco para hipertensão

arterial e Doenças Cardio Vasculares

3. Os benefícios do Potássio, para a homeostase da Pressão Arterial

e Prevenção de DCV

4. A relação Sódio/Potássio e seus impactos no controle da Pressão

Arterial e na Promoção da Saúde Cardiovascular

5. Condições clínicas especiais: a importância da restrição do iodo

6. Humalin SalsemSódio – Salgante de mesa sem Sódio à base de

Cloreto de Potássio

7. Considerações Finais

8. Referências Bibliográficas

3

6

7

8

10

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13

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Sumário

3

A pressão arterial é definida como a pressão exercida, pelo sangue, nas paredes das artérias.

Essa pressão é gravada em milímetros de mercúrio (mmHg). O valor ideal da pressão arterial

é 120/80 mmHg, em que o maior número denota a pressão sistólica, ou seja, é a pressão do

sangue no momento da sístole cardíaca, enquanto o numero menor denota a pressão diastólica,

representando a resistência dos vasos sanguíneos sobre a pressão da passagem do sangue.

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é diagnosticada quando a pressão é constantemente

elevada, ou mais especificamente, quando os valores aferidos da pressão encontram-se acima

de 140/90 mmHg, na ausência de medicação anti-hipertensiva. HAS pode causar obstrução

e isquemia dos vasos sanguíneos, levando a redução do suprimento sanguíneo ao coração,

provocando assim, falência do tecido. A HAS é considerada um dos principais fatores de risco para

doenças cardiovasculares, tendo uma importante representatividade na taxa de mortalidade da

população (PADUR, 2017; ROSÁRIO, 2009).

Sua evolução é silenciosa, lenta e - na maioria das vezes - assintomática, fazendo com que

sua presença só seja perceptível após a ocorrência de complicações, nas quais a qualidade de

vida é extremamente comprometida ou que levam o paciente á óbito. A assintomaticidade da

doença faz com que ela seja banalizada pelos portadores, que negligenciam os cuidados que

devem ser tomados para seu tratamento e controle, como uso contínuo de medicamentos,

alterações na dieta e no estilo de vida, promovendo, mais uma vez, a alta taxa de mortalidade

entre os pacientes (LIMA, 2016).

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os fatores de risco para hipertensão são

etnia, sexo, idade, obesidade, tabagismo, etilismo, fatores genéticos, fatores socioeconômicos,

sedentarismo e principalmente, ingestão excessiva de sódio (TEIXEIRA, 2016). O estudo realizado

por Molina, et al. (2003) usou a excreção de sódio urinário de 24 horas como fator de avaliação

do sódio ingerido por residentes de Vitória, no Espírito Santo, entre 25 a 64 anos de idade. O

estudo relacionou a excreção de sódio com a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD)

conforme mostra a figura a seguir.

1. Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e Doenças Cardiovasculares

Monografia de Produto

2. O colágeno e o processo de envelhecimento dérmico, suas causas e prevenção

Figura 1 - Regressão linear da pressão arterial sistólica (PAS) e da pressão arterial diastólica

(PAD) em função da excreção urinária de sódio

4

Observou-se que o consumo de sódio era maior por parte dos homens e de indivíduos com baixa

condição socioeconômica. Com os resultados reportados no gráfico, pode-se confirmar indivíduos

hipertensos possuem ingestão de sódio maior que os normotensos (MOLINA, 2003).

Dentre os fatores nutricionais que se associam a alta prevalência de hipertensão arterial,

destacam-se o consumo excessivo de Sódio (Na+ ) e insuficiente de Potássio (k+) (SBC,2016) . A

redução da ingestão de sódio está entre as medidas anti-hipertensivas não medicamentosas de

maior impacto no tratamento da HAS; por outro lado, a ingestão de Potássio está associada com a

diminuição da pressão sanguínea e diminuição da mortalidade por acidente vascular cerebral e por

doenças cardíacas (PEREIRA;GALVÃO;ZANELLA 2005).

No Brasil, 37% dos pacientes adultos que tiveram infarto do miocárdio apresentaram,

anteriormente, hipertensão arterial. Da população em geral, 32,6% dos adultos e cerca de 60% dos

idosos também possuem hipertensão, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes

por doenças cardiovasculares em indivíduos com 60 a 69 anos e 75% nas pessoas com mais de 70

anos (SANTOS, 2018; RESENDE, 2017; SILVA, 2016).

Estudos mostram que, entre os idosos, a prevalência de HAS varia de 52% a 63%. Com o

envelhecimento fisiológico, ocorre desenvolvimento de processos ateroscleróticos nos vasos e

arteríolas, ocasionando perda de distensibilidade e elasticidade, diminuindo a capacidade com o

aumento da velocidade da onda de pulso. A rigidez da parede dos vasos tende a elevar a pressão

sistólica e o aumento da onda de pulso mantém ou pode diminuir a pressão arterial diastólica (PAD)

Monografia de Produto

Fonte: Adaptada de Molina, 2003. Hipertensão arterial e consumo de sal em população urbana.

5

Monografia de Produto

(LONGO, 2011).

A hipertensão, principal fator de risco para doenças cardiovasculares, origina-se de

determinantes genéticos, ambientais e sociais combinados. Os fatores ambientais incluem

sobrepeso / obesidade, dieta pouco saudável, sódio dietético excessivo, dieta inadequada de

potássio, atividade física insuficiente e consumo de álcool. A prevenção e o controle da hipertensão

podem ser alcançados por meio de estratégias direcionadas e / ou baseadas na população

distinta. Para o controle da hipertensão, a estratégia alvo envolve intervenções para aumentar a

conscientização, o tratamento e o controle em indivíduos. Estratégias correspondentes baseadas

na população envolvem intervenções destinadas a alcançar uma pequena redução na pressão

arterial (PA) em toda a população. Ter uma fonte habitual de cuidados, otimizar a adesão e

minimizar a inércia terapêutica está associado a taxas mais altas de controle da PA. O Modelo de

Cuidados Crônicos, uma parceria colaborativa entre o paciente, o provedor e o sistema de saúde,

incorpora uma abordagem multinível para o controle da hipertensão. Otimizar a prevenção, o

reconhecimento e o tratamento da hipertensão requer uma mudança de paradigma para o

atendimento em equipe e o uso de estratégias conhecidas para o controle da PA. (CAREI, 2018)

A hipertensão, dislipidemias e tabagismo são os três principais fatores de risco para o

desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Além disso, evidências apontam que a HAS está

diretamente relacionada com maiores riscos de acidente vascular cerebral (AVC), fatal e não-

fatal, insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e doenças renais (Newberry, 2018).

As doenças cardiovasculares (DCV) são o grupo de doenças crônicas mais

frequentes no mundo, que afetam os vasos sanguíneos e o coração. A ausência de

sinais e sintomas compromete o diagnóstico precoce da doença, assim como seu

tratamento, colaborando para os altos índices de mortalidade e morbidade entre os

pacientes. As DCVs representam complicações, como o Acidente Vascular Cerebral

(AVC) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) . (RESENDE, 2017; NICOLAU, 1999).

6

O sal de cozinha e o sódio são duas substâncias distintas. O sal de cozinha é um composto chamado cloreto de sódio (NaCl). É o condimento mais antigo usado pelo homem, desde 2700 a.C. Já o sódio é um micronutriente essencial ao organismo, presente em 40% da composição do cloreto de sódio. Dessa porcentagem, apenas uma pequena parte do sódio é de origem natural dos alimentos e o restante é proveniente de adição (VIEGAS, 2008).

A principal função do sódio no organismo é manter o controle do volume de fluidos extracelulares e do plasma sanguíneo. Na composição plasmática, predominam os cátions de sódio (142 mEq/L) e em segundo lugar, os ânions de cloro, algumas proteínas e potássio (4,2 mEq/L). Já o líquido extracelular é regulado por diversos mecanismos, sendo o principal deles a função renal, que mantem a concentração de eletrólitos e de nutrientes no liquido de forma adequada para banhar as células e as deixarem em perfeito estado de funcionalidade. Além disso, o sódio possui importante papel na condução de impulsos nervosos, na contração muscular e manutenção da pressão oncótica, coloidosmótica e no equilíbrio ácido-base (CARVALHO, 2010; MARTELLI, 2013).

A Organização Mundial da Saúde recomenda que a população adulta consuma diariamente o máximo de 5g de sal de cozinha, equivalente a 200mg de sódio. Para crianças e adolescentes, essa recomendação é ainda menor, considerando que os mesmos compõem um grupo populacional de maior vulnerabilidade. Apesar disso, o que se observa sobre a ingestão de sódio no Brasil é exatamente o contrário, ele é considerado um dos maiores consumidores mundiais de sal, com uma média de consumo diária de 15g por pessoa (NILSON, 2012; BIBBINS, 2010).

Quando a ingestão de sódio é maior que a necessária, o organismo trabalha com mecanismos de compensação. Esses agem mantendo as concentrações normais de sódio nos fluidos corporais através da eliminação da concentração excedente, porém, existe um limite superior de sódio que poderá ser eliminado e quando a ingestão ultrapassa o limite, a concentração de sódio é acumulada, gerando retenção de água no organismo, aumento da volemia e principalmente da pressão arterial. Se a ingestão excessiva for eventual, as manifestações podem não ocorrer, mas se for mantida por longos períodos de tempo, podem ocorrer alterações irreversíveis nos mecanismos de adaptação, levando a danos e falhas nos tecidos (VIEGAS, 2008).

Atualmente o consumo exagerado de sódio é associado ao desenvolvimento de muitas doenças crônicas não transmissíveis, sendo a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) a principal delas. Além da HAS, o excesso da ingestão de sódio pode causar doenças cardiovasculares, renais, osteoporose e câncer de estômago (HE, 2009; NILSON, 2016).

Estima-se que uma diminuição de 1,3 gramas do sódio consumido diariamente, reduziria cerca de 5 mmHg da pressão arterial sistólica ou 20% da ocorrência de hipertensão arterial, entre 25 e 55 anos de idade. Isso reduziria consequentemente em 14% a mortalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e por Doença Arterial Coronariana (DAC), o equivalente a 150 mil vidas salvas por ano em todo o mundo (SARNO, 2009).

Monografia de Produto

2. O consumo elevado de sódio, como fator de risco para hipertensão arterial (HAS)

7

HUMALIN BEAUTY chegou ao mercado para trazer praticidade, sabor e

versatilidade de ingestão, uma vez que pode ser adicionado a qualquer preparação

líquida. Um sachê ao dia garante a dose recomendada.

Monografia de Produto

3. Os benefícios do Potássio, para a homeostase da Pressão Arterial e Prevenção de Doenças Cardio Vasculares

Recentemente, em 2018 a Agência de Pesquisa e Qualidade em Assistência à Saúde Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, publicou uma extensa revisão bibliográfica em mais de 170 artigos, acerca dos efeitos nos desfechos e riscos de doenças crônicas, com a ingestão de sódio e Potássio, e salienta como conclusão que a redução da ingestão de sódio e o aumento da ingestão de potássio e o uso de substitutos do sal contendo potássio na dieta diminuem significativamente a PA, particularmente entre aqueles com hipertensão. Evidências limitadas também sugerem que a ingestão de sódio está associada ao risco de mortalidade por todas as causas, e que a redução da ingestão de sódio pode diminuir o risco de morbidade e mortalidade por DCV.

O uso de substitutos do sal de potássio no lugar do cloreto de sódio e o aumento da ingestão de potássio através do uso de suplementos diminuem significativamente a PA (moderada EE), mas as evidências são insuficientes para avaliar seu efeito no risco de hipertensão, cálculos renais ou resultados a longo prazo, incluindo mortalidade por todas as causas ou DCV, acidente vascular cerebral ou morbidade ou mortalidade renal, ou os potenciais efeitos moderadores de outros fatores, e se esses efeitos são moderados por mudanças na ingestão de sódio. Evidências de estudos de coorte prospectivos sugerem que a ingestão de potássio pode estar associada à diminuição do risco de cálculos renais, mas é insuficiente para avaliar associações de ingestão de potássio com outros desfechos de interesse. (NEWBERRY, 2018).)

Dito isso, ações voltadas a redução do consumo de sódio pela população são consideradas medidas de prevenção e controle de doenças crônicas associadas a alimentação, tendo o objetivo principal de melhora da qualidade de vida e redução da morbidade e mortalidade associada a essas doenças (WEBSTER, 2011; SOUZA, 2016).

O potássio é um dos principais componentes das células do corpo humano, sendo, portanto, essencial para o bom funcionamento do organismo. Os efeitos benéficos do potássio são conhecidos desde a década de 50, do século XX, quando foram realizados os primeiros estudos comprovando sua capacidade de redução da pressão arterial. Entre muitas funções do potássio, estão a contração muscular, principalmente do miocárdio, condução de impulsos nervosos, balanço eletrolítico, frequência cardíaca, produção de energia e síntese de ácidos nucleicos e proteínas (TOBIAN, 1985).

Em relação ao sistema cardiovascular, o mineral possui ação antagônica a do sódio, pois promove a redução da pressão arterial através da melhora da função da musculatura lisa vascular, melhora da diurese e da modulação da sensibilidade do baroreflexo, além de provocar vasodilatação, diminuindo a ação vasoconstritora da nerepinefrina e angiotensina ll, e aumentando a secreção de prostaglandina e calicreína. Sendo considerado, portanto, fator de prevenção para eventos cardiovasculares e suas complicações, como a mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) (SANTOS, 2013; PORTO, 2014).

8

Monografia de Produto

Considerando a relação da ingestão de sódio com o aumento da pressão arterial e os benefícios

gerados pela ingestão de potássio para a saúde cardiovascular, muitos autores realizaram estudos

para avaliar os impactos causados pela relação sódio/potássio na alimentação em relação a

pressão arterial.

A pesquisa realizada por Barros. et al. (2015) avaliou a efetividade da substituição do sal comum

por sal light (com baixas concentrações de sódio) em pacientes hipertensos, com o objetivo de

reduzir a pressão arterial. Os pacientes eram tanto do sexo feminino quanto masculino, de 20 a 65

anos, acompanhados regularmente por um serviço multiprofissional, objetivando o tratamento

para a hipertensão. Os pacientes foram separados em dois grupos, um para intervenção e outro

controle. O grupo intervenção fez consumo de sal light e o controle consumiu placebo (sal comum)

em um período de 28 dias.

A cada grama do sal light havia 130 mg de sódio e 346 mg de potássio, enquanto o sal comum

possuía 390 mg de sódio por grama e 25 mg de potássio. Ao final do estudo, as diferenças

computadas entre os grupos foram muito significativas. Conforme esperado, o consumo de sal

com menor teor de sódio e maior teor de potássio teve efeito positivo na redução da pressão

arterial, podendo ser considerado, pelo menos à curto prazo, como um eficiente agente no

controle e tratamento da HAS (BARROS, 2015).

Em um estudo recente, Almeida. et al. (2017) avaliou as excreções urinárias de sódio e potássio

na urina de 24 horas de paciente hipertensos, em Maceió, com o objetivo de estimular e avaliar

a ingestão desses minerais. Usou-se então, 193 indivíduos, a maioria (88%) do sexo feminino,

de etnia parda e negra (70%), grupos onde a prevalência de HAS é maior. A pesquisa constatou

que, de fato, o consumo de sódio pelos indivíduos hipertensos era considerado muito elevado (o

A recomendação de ingestão de potássio pelas DRI´s é de 4,7 gramas por dia. Porém, estudos demonstram que a ingestão do nutriente pela população encontra-se abaixo do recomendado. Os alimentos ideais para o equilíbrio de ingestão sódio/potássio são os baixos em sódio e ricos em potássio, como feijões, ervilhas, vegetais verde-escuro, banana e melão (SANTOS, 2018, NEWBERRY, 2018).

Com isso, a alta ingestão de sódio pode ser justificada pelo aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e o potássio origina-se basicamente de frutas e verduras. Estudos demonstram que além do potássio ser fator de proteção para eventos cardiovasculares, a relação sódio/potássio é muito mais efetiva que somente a adequação de um dos nutrientes (YANG, 2011).

4. A relação Sódio/Potássio e seus impactos no controle da Pressão Arterial e na Promoção da Saúde Cardiovascular

9

Monografia de Produto

Almeida. et al. (2017), conclui seu estudo considerando a associação prejudicial da alta ingestão

de sódio a pressão arterial e a ação protetora do potássio contra eventos cardiovasculares e a

homeostase da pressão, ressaltando que deve-se estimular e incentivar o consumo de alimentos

fonte de potássio e evitar alimentos ricos em sódio, como forma de manutenção da saúde

cardiovascular.

dobro do valor recomendado) em comparação com a recomendação da VII Diretriz Brasileira de

Hipertensão Arterial (SBC, 2016), que estabelece cerca de 2.000 mg de sódio diárias. Além disso,

a excreção de potássio era baixa, sinalizando que a ingestão do nutriente estava bem abaixo da

recomendação para adultos de 4.700 mg diárias, conforme demonstrado na tabela 1

10

Monografia de Produto

Em 2018, Newberry, et al. executou uma revisão sistemática 171 estudos, que teve como

objetivo sintetizar evidências sobre os impactos causados pela redução de sódio e aumento de

potássio na dieta alimentar, em relação a pressão arterial, ocorrência de doenças cardiovasculares

e renais, e seus fatores de risco associados. As evidências encontradas a partir da revisão foram:

A alta ingestão de sódio está associada ao maior índice de indivíduos hipertensos e

consequentemente ao aumento da mortalidade por doenças cardiovasculares e renais.

Redução de sódio na alimentação tem maior capacidade de redução da pressão arterial de

indivíduos hipertensos do que a de normotensos.

O efeito da redução de sódio exercido sobre a pressão arterial é relevante para adultos e

idosos e não significativo para crianças.

Quanto menor a excreção urinária de sódio (significando menor ingestão), menores serão

os riscos de desenvolvimento de hipertensão, doenças cardiovasculares e renais.

A redução de sódio é capaz de reduzir os índices de mortalidade e morbidade por doenças

cardiovasculares.

O uso de cloreto de potássio como substituto do cloreto de sódio e aumento da ingestão

alimentar de potássio por meio dos alimentos e suplementos, diminuem significativamente a

pressão arterial.

O aumento na ingestão de potássio tem efeito garantido, pelo menos a curto prazo, na

prevenção da hipertensão e de doenças cardiovasculares, incluindo a mortalidade por essas

doenças, como a de acidente vascular cerebral. Estima-se que a longo prazo os efeitos se

mantenham os mesmo, porém existe a necessidade de mais estudos que comprovem isso.

5. Condições clínicas especiais: a importância da restrição do iodo

Hoje, na prática clínica, existem algumas condições clínicas específicas, em que se faz parte da

estratégia terapêutica a indicação da iodoterapia. Esse procedimento, consiste na administração por

via oral do iodo radioativo (iodo 131) (REF). Via de regra, esse tratamento clínico, é recomendado, em

duas circunstâncias: * pacientes portadores de alguma doença que leva ao hipertireoidismo, quando

os mesmos não respondem aos tratamentos convencionais propostos e * câncer de tireoide, como

estratégia terapêutica complementar.

Na indicação da iodoterapia, alguns cuidados nutricionais devem ser implementados.

Atualmente, a dieta restrita em iodo (DRI) (30 a 50 µg/dia) tem sido indicada por um período de 7

11

Monografia de Produto

a 14 dias precedente ao tratamento com o iodo radioativo (iodo 131). Cabe salientar, que hoje na

comunidade científica, existem algumas dietas restritas em iodo, conforme ilustra a tabela 2:

Tabela 02 - Protocolos de Dietas com Restrição de Iodo (DRI)

Essa medida visa potencializar a captação do iodo pela glândula em uma relação inversa ao consumo

(NGUYEN et al, 2015). Para que ocorra captação do radioisótopo de iodo é necessário estimular a

elevação de tireotrofina (TSH) e retirar a reposição dos hormônios tireoidianos. Concomitante a

elevação do TSH, é necessário submeter o paciente a uma dieta restrita em iodo antes da terapia

ablativa, para que os níveis plasmáticos estejam reduzidos. Assim, ao receber a dose terapêutica

de iodo 131 as células cancerígenas estarão ávidas pelo iodo, atuando na morte celular das células

neoplásicas.

Na prática clínica, a adesão à DRI é um ponto preocupante. Afinal, sabe-se que essas dietas

comumente apresentam monotonia alimentar e baixa palatabilidade. Dessa forma, utilizar estratégias

terapêuticas que facilitem adesão à terapia proposta faz a diferença para os melhores resultados

clínicos dos pacientes candidatos à iodoterapia.

Humalin Sal Sem Sódio: um salgante que pode ser utilizado como ferramenta

para aumentar a adesão à DRI (dietas com retrição de Iodo) na Iodoterapia, pois é

isento de Iodo na sua composição!

12

A praticidade do Humalin SalSemSódio® facilita seu consumo, podendo ser

utilizado sobre a preparação feita sem sal, conferindo sabor e palatabilidade ao

prato, garantindo a restrição de Sódio e a oferta de Potássio ao organismo, um

importante cardioprotetor.

Monografia de Produto

6. Humalin SalsemSódio – Salgante de mesa sem Sódio à base de Cloreto de Potássio

O Humalin Sal Sem Sódio é um salgante de mesa desenvolvido a base de cloreto de potássio,

sem nenhuma adição de sódio em sua composição. A concentração de Potássio é de 0,9 mg para

cada porção do sal (2,5 gramas). É uma fonte garantida para a ingestão de potássio, ideal para

dietas com restrição de sódio e para controle da pressão arterial, sendo, portanto, um poderoso

aliado na prevenção da hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.

Sugestão de consumo: Utilize no preparo de alimentos em substituição ao sal. Adicionar

sobre a preparação feita sem sal.

Rendimento: 50 porções de 1g

Apresentação: Pote contendo 50g.

Ingredientes: Cloreto de potássio. Não contém glúten.

Seu uso é contra indicado em caso de insuficiência cardíaca grave, doenças renais,

insuficiência adrenal e hipercalemia.

13

O sódio é um micronutriente essencial ao organismo humano, presente em 40% da

composição do cloreto de sódio, conhecido popularmente como sal de cozinha. De acordo com

a Organização Mundial da Saúde a recomendação de ingestão de sódio para a população adulta

é 2000mg diárias, porém alguns estudos constataram que o consumo de sódio pela população

excede quase o dobro dessa recomendação. Essa ingestão excessiva é considerada um grave

problema de saúde pública visto que o elevado consumo de sódio é um dos principais causadores

do desenvolvimento de hipertensão arterial no mundo.

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é diagnosticada a partir de pressão elevada, aferida

constantemente com valores maiores ou iguais a 140/90 mmHg. É um dos principais fatores

de risco para doenças cardiovasculares, considerando que a HAS pode causar obstrução e

isquemia arterial, impedindo a passagem do fluxo sanguíneo para o coração, provocando

assim a necrose do tecido. Em contrapartida, o potássio, presente prioritariamente em frutas e

verduras, exerce efeito contrário do sódio, reduzindo a pressão arterial através da melhora da

função da musculatura lisa vascular e de seu efeito vasodilatador.

Pesquisas feitas com indivíduos hipertensos mostraram que a ingestão desses indivíduos

era, de fato, alta em sódio e baixa em potássio, colaborando para a manutenção da pressão

7. Considerações Finais

Monografia de Produto

Figura 4: Tabela nutricional do Humalin SalSemSódio®

14

arterial elevada e maiores ocorrências de eventos cardiovasculares, como o Acidente Vascular

Cerebral (AVC) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Portanto, pode-se concluir que a ingestão

de alimentos com baixo teor de sódio e ricos em potássio é considerada uma eficaz medida de

prevenção da HAS e consequentemente, de doenças cardiovasculares.

Hoje, na prática clínica, existem algumas condições clínicas específicas, em que se faz parte

da estratégia terapêutica a indicação da iodoterapia, onde a dieta restrita em iodo (DRI) (30 a 50

µg/dia) tem sido indicada por um período de 7 a 14 dias precedente ao tratamento com o iodo

radioativo (iodo 131). Desta forma O Humalin SalSemSódio, pode ser utilizado como ferramenta

para aumentar a adesão à DRI na Iodoterapia, pois é isento de Iodo na sua composição!

O Humalin SalSemSódio é um salgante de mesa desenvolvido a base de cloreto de potássio,

sem nenhuma adição de sódio em sua composição. Sua concentração de potássio é de 0,9 mg

para cada porção do sal. É uma boa fonte de potássio, ideal para dietas com restrição de sódio,

que buscam manter o controle da pressão arterial e promover a saúde cardiovascular.

1. LONGO, M. A. T. et al. Hipertensão Arterial Sistêmica: aspectos clínicos e análise farmacológica. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 271-284. 2011.

2. ROSÁRIO, T. M. et al. Prevalência, Controle e Tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica. Arq Brasileira de Cardiologia, v. 93, n. 6, p. 672-678. 2009.

3. SILVA, S. S. B. E. et al. O controle da hipertensão arterial em mulheres e homens: uma análise comparativa. Revista da Escola de Enfermagem USP, v. 50, n. 1, p. 50-8. 2016.

4. SANTOS, M. A. A. Análise Espacial e Tendências de Mortalidade Associada a Doenças Hipertensivas nos Estados e Regiões do Brasil entre 2010 e 2014. International Journal of Cardiovascular Sciences, v.31, n. 3, p. 250-257. 2018.

5. PADUR, A. A. Evaluation of cardiovascular disease in patients with systemic arterial hypertension in relation to age and sex: aretrospective study in a south Indian population. J Vasc Bras, v. 16, n. 1, p. 11-15. Jan/Mar, 2017.

6. RESENDE, A. P. G. L. et al. Internações por condições sensíveis à Atenção Primária à Saúde decorrentes das doenças cardiovasculares. Texto Contexto Enferm, v. 26, n. 3. 2017.

7. CARVALHO, T.; MARA, L. S. Hidratação e Nutrição no Esporte. Rev Bras Med Esporte. v. 16, n. 2, Mar/ Abr, 2010.

8. MARTELLI, A. Sistema Renal e sua Influência no Controle em Longo Prazo da Pressão Arterial. UNOPAR Cient Ciênc Biol Saúde, v. 15, n. 1, 2013.

9. VIEGAS, C. Sal e doença cardiovascular. Revista Factores de Risco, n. 10, p.12-18, Jul-Set, 2008.

10. BIBBINS-DOMINGO K. et al. Projected effect of dietary salt reductions on future cardiovascular disease. N Engl J Med. v. 362, n. 7, p.590–9, 2010.

8. Referências Bibliográficas

Monografia de Produto

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Monografia de Produto

11. HE, F. J. et al. comprehensive review on salt and health and current experience of world¬wide salt reduction programmes. J Hum Hypertens. v. 23, n. 6, p.363–84, 2009.

12. NILSON, E. A. F. et al. Iniciativas desenvolvidas no Brasil para a redução do teor de sódio em alimentos processados. Rev Panam Salud Publica. v. 34, n. 4, p.287–92, 2012.

13. WEBSTER, J. L. Salt reduction initiatives around the world. J Hypertens. v. 29, n. 6, p.1043–50, 2011.

14. NILSON, E. A. F. et al. A redução do consumo de sódio no Brasil. Cad. Saúde Pública, v. 32, n. 11. 2016.

15. LIMA, D. B. S. et al. Associação entre adesão ao tratamento e tipos de complicações cardiovasculares em pessoas hipertensão arterial. Texto Contexto Enferm, v. 25, n. 3. 2016.

16. MOLINA, M. C. B. et al. Hipertensão arterial e consumo de sal em população urbana. Revista de Saúde Pública, v. 37, n. 6, p. 743-50. 2003.

17. TEIXEIRA, J. F. et al. Conhecimento e Atitudes Sobre Alimentos Ricos em Sódio por Pacientes Hipertensos. Arq Bras Cardiol. 2016.

18. SOUZA, A. M. et al. Impacto da redução do teor de sódio em alimentos processados no consumo de sódio no Brasil. Cad. Saúde Pública, v. 32, n. 2. 2016.

19. SARNO, F. et al. Estimativa de consumo de sódio pela população brasileira, 2002-2003. Rev Saúde Pública, v. 43, n. 2, p. 219-25. 2009.

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