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1 LALUR: LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL - ROTEIRO Sumário Introdução I - Instituição do LALUR I.1 - Regras válidas para 2015 II - Obrigatoriedade III - Modelo do livro IV - Autenticação e registro V - Lançamentos de ajuste do lucro líquido - Parte A V.1 - Época dos lançamentos V.2 - Forma de escrituração VI - Demonstração do Lucro Real - Parte A VI.1 - Momento da demonstração VI.2 - Modelo e forma de apresentação VII - Ajustes do RTT VIII - Registros de controle - Parte B VIII.1 - Momento e modelo do registro VIII.2 - Forma de escrituração VIII.3 - Contas suscetíveis de controle VIII.4 - Outras contas a serem controladas VIII.5 - Elementos indispensáveis no controle IX - Controle de compensação de prejuízos IX.1 - Individuação IX.2 - Registro do prejuízo IX.3 - Compensação X - Apuração do resultado ajustado da CSLL XI - LALUC XII - e-Lalur XII.1 - Preenchimento do e-Lalur XII.2 - Prazo XII.3 - Eventos especiais XII.4 - Certificado digital XII.5 - Multa XIII - ECF XIV - Modelos XIV.1 - Parte A XIV.2 - Demonstração do Lucro Real XIV.3 - Parte B Introdução Neste Roteiro apresentamos os procedimentos para escrituração do LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real, conforme exigido pela legislação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, no qual devem ser ajustados os registros contábeis para efeito de apuração, compensação e recolhimento desse tributo de competência da União.

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1 LALUR: LIVRO DE APURAO DO LUCRO REAL - ROTEIRO SumrioIntroduoI - Instituio do LALURI.1 - Regras vlidas para 2015II - ObrigatoriedadeIII - Modelo do livroIV - Autenticao e registroV - Lanamentos de ajuste do lucro lquido - Parte AV.1 - poca dos lanamentosV.2 - Forma de escrituraoVI - Demonstrao do Lucro Real - Parte AVI.1 - Momento da demonstraoVI.2 - Modelo e forma de apresentaoVII - Ajustes do RTTVIII - Registros de controle - Parte BVIII.1 - Momento e modelo do registroVIII.2 - Forma de escrituraoVIII.3 - Contas suscetveis de controleVIII.4 - Outras contas a serem controladasVIII.5 - Elementos indispensveis no controleIX - Controle de compensao de prejuzosIX.1 - IndividuaoIX.2 - Registro do prejuzoIX.3 - CompensaoX - Apurao do resultado ajustado da CSLLXI - LALUCXII - e-LalurXII.1 - Preenchimento do e-LalurXII.2 - PrazoXII.3 - Eventos especiaisXII.4 - Certificado digitalXII.5 - MultaXIII - ECFXIV - ModelosXIV.1 - Parte AXIV.2 - Demonstrao do Lucro RealXIV.3 - Parte B IntroduoNeste Roteiro apresentamos os procedimentos para escriturao do LALUR - Livro de ApuraodoLucroReal,conformeexigidopelalegislaodoImpostodeRendada PessoaJ urdica,noqualdevemserajustadososregistroscontbeisparaefeitode apurao, compensao e recolhimento desse tributo de competncia da Unio. 2 1. Com as alteraes ocorridas nas normas contbeis, visando a convergncia s normas internacionais decontabilidade,foicriadooRTT-RegimeTributriodeTransio,quevisadeterminarosajustes tributrios decorrentes dos novos mtodos e critrios contbeis introduzidos pela Lei n 11.638/2007, e pelosarts. 37e38 da prpria Lei n 11.941/2009,naLeidasS/A(Lei n 6.404/1976). Tais ajustes, aps demonstrados no FCont, devero ser inseridos no LALUR, conforme ser visto em tpico prprio.2. Sobre RTT, vide Roteiro "IRPJ , CSLL, PIS e COFINS - Regime Tributrio de Transio - RTT - Lei n 11.941 de 2009". 3.SobreFCont,videRoteiro"ControleFiscalContbildeTransio(FCont)-Roteirode Procedimentos". I - Instituio do LALURO Livro de Apurao do Lucro Real - LALUR foi institudo pelo Decreto n 1598/1977, emobedinciaprevisoconstanteno2doartigo177daLeidasS/A(Lein 6404/1976), que dispunha:" 2 - A companhia observar em registros auxiliares, sem modificao da escriturao mercantil e das demonstraes reguladas nesta Lei, as disposies da lei tributria, ou delegislaoespecialsobreatividadequeconstituiseuobjeto,queprescrevam mtodosoucritrioscontbeisdiferentesoudeterminemaelaboraodeoutras demonstraes financeiras." Por meio da Medida Provisria n 449/2008, convertida na Lei n 11.941/2009, o mencionado 2 passou a ter a seguinte redao: 2 A companhia observar exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificao da escriturao mercantil e das demonstraes reguladas nesta Lei, as disposies da lei tributria, ou de legislao especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilizao de mtodos ou critrios contbeis diferentes ou determinem registros, lanamentos ou ajustes ou a elaborao de outras demonstraes financeiras. Assim,paraqueasempresaspossamcontrolareregistrarosfatospatrimoniaisque interferemnaapuraodoIRPJ ,emconformidadecomalegislaotributria,sem, contudo desobedecer os preceitos contbeis, foi preciso criar o LALUR.Dispe o artigo 8 do Decreto 1598/1977:"Art. 8 O contribuinte dever escriturar, alm dos demais registros requeridos pelas leis comerciais e pela legislao tributria, os seguintes livros: I - de apurao do lucro real, no qual: a) sero lanados os ajustes do lucro lquido do exerccio, de que tratam os 2 e 3 doartigo6; b) ser transcrita a demonstrao do lucro real ( l); c)seromantidososregistrosdecontroledeprejuzosacompensaremexerccios subsequentes(art.64),dedepreciaoacelerada,deexaustomineralcombasena receitabruta,deexclusoporinvestimentodaspessoasjurdicasqueexplorem atividadesagrcolasoupastorisedeoutrosvaloresquedevaminfluenciara determinao do lucro real de exerccio futuro e no constem de escriturao comercial ( 2)."Tambm h disposies legais sobre o LALUR no Regulamento do Imposto de Renda de 1999 (Decreto 3.000/99):"Art.262.NoLALUR,apessoajurdicadever(Decreto-Lein1.598/1r977,art.8, inciso I): 3 I - lanar os ajustes do lucro lquido do perodo de apurao; II - transcrever a demonstrao do lucro real; III-manterosregistrosdecontroledeprejuzosfiscaisacompensaremperodosde apuraosubsequentes,dolucroinflacionrioarealizar,dadepreciaoacelerada incentivada,daexaustomineral,combasenareceitabruta,bemcomodosdemais valoresquedevaminfluenciaradeterminaodolucrorealdeperodosdeapurao futuros e no constem da escriturao comercial; IV-manterosregistrosdecontroledosvaloresexcedentesaseremutilizadosno clculodasdeduesnosperodosdeapuraosubsequentes,dosdispndioscom programadealimentaoaotrabalhador,vale-transporteeoutrosprevistosneste Decreto. Art.263.OLALURpoderserescrituradomedianteautilizaodesistemaeletrnico deprocessamentodedados,observadasasnormasbaixadaspelaSecretariada Receita Federal (Lei n 8.218, de 1991, art. 18)." Antesdasnormasreferentesaoe-Lalur(sistemaeletrnico),eramutilizadasasnormas,formas, procedimentos e modelos aprovados pela Instruo Normativa SRF n 28/1978; e, com relao escrituraoeletrnica,noquecabia,asnormasbaixadaspelaInstruoNormativaSRFn 68/1995 revogada pela Instruo Normativa SRF n 86/2001 e Portaria COFIS n 13/1995. (Deciso n 323/97. SRRF/8a. RF. Publicao no DOU: 1997). AInstruoNormativaSRFn28/1978estabeleciaomodeloeasnormasde escriturao do LALUR. 1. Ao fim de cada perodo de apurao, o contribuinte dever elaborar balano patrimonial, demonstrao do resultado do perodo de apurao e demonstrao de lucros ou prejuzos acumulados com observncia dosmtodosecritrioscontbeisvigentesem31.12.2007,etranscrev-losnoLivrodeApuraodo Lucro Real (Lalur). 2. Em cada perodo de apurao, o contribuinte dever elaborar demonstrao do lucro real que dever ser transcrita no Lalur. Apartirdoano-calendriode2014,todasaspessoasjurdicas,inclusiveas equiparadas,deveroapresentaraEscrituraoContbilFiscal(ECF),subprojetodo SistemaPblicodeEscrituraoDigital(SPED),institudopelaInstruoNormativa RFB n 1.422/2013.Oe-LalurpassaafazerpartedaECF,deformaqueaspessoasjurdicasficam dispensadasdaescrituraodoLalur(papel)edaentregadaDeclaraode InformaesEconmico-FiscaisdaPessoaJ urdica(DIPJ ),emrelaoaosfatos ocorridos a partir de 1.01.2014.Fundamentao: arts. 8 do Decreto-Lei n 1.598/1977; arts. 262 e 263 do Decreto n 3000/1999(RIR/99);arts.10e18,pargrafonicodaInstruoNormativaRFBn 1.397/2013, alterada pela Instruo Normativa RFB n 1.492/2014.I.1 - Regras vlidas para 2015A partir de 1.01.2015 comea a vigorar o novo regime especial introduzido pela Lei n 12.973/2014,conversodaMedidaProvisrian627/2013.Entretanto,conforme estabelecem os arts. 75 e 119, I da Lei n 12.973/2014, a pessoa jurdica poder optar pela aplicao antecipada das disposies contidas nos seus arts. 1 e 2 e 4 a 70 a partirde1.01.2014,observando-sequeaoposerirretratveleacarretara 4 aplicao de todas as alteraes trazidas pelos artigos mencionados anteriormente e os efeitos das revogaes previstas no art. 117, caput, I a VI e VIII e X, sero tambm a partirde1.01.2014,naforma,noprazoenascondiesaseremeditadaspela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).De acordo com as novas regras estabelecidas pela Lei n 12.973/2014, a partir do ano-calendrio 2014, exerccio 2015, o Lalur ser entregue em meio digital, no qual:a) sero lanados os ajustes do lucro lquido do exerccio;b) ser transcrita a demonstrao do lucro real e a apurao do Imposto de Renda da Pessoa J urdica (IRPJ );c)seromantidososregistrosdecontroledosprejuzosfiscaisacompensar,da depreciaoaceleradaincentivada,daexaustomineralcombasenareceitabruta, bem como dos demais valores que devam influenciar a determinao do lucro real de perodos de apurao futuros e no constem da escriturao comercial.Completadaaocorrnciadecadafatogeradordoimposto,ocontribuintedever elaboraroLalur,deformaintegradasescrituraescomercialefiscal,que discriminar o lucro lquido do exerccio do perodo de apurao; os registros de ajuste do lucro lquido, com identificao das contas analticas do plano de contas e indicao discriminadaporlanamentocorrespondentenaescrituraocomercial,quando presentes; o lucro real; a apurao do IRPJdevido, com a discriminao das dedues quando aplicveis; e as demais informaes econmico-fiscais da pessoa jurdica.Serconsideradacomocontaanalticaaquelaqueregistraemltimonvelos lanamentos contbeis.Tambmfoirevogadocomefeitospartirde1.01.2014paraoptantespelaadoo antecipada da Lei n 12.973/2014, e a partir de 1.01.2015 para no optantes, o art. 18 daLei8.218/1991quepossibilitavaaescrituraodoLalurmedianteautilizaode sistema eletrnico de processamento de dados.Conforme descrito no tpico I, o e-Lalur passa a fazer parte da ECF, de forma que as pessoas jurdicas ficam dispensadas da escriturao do Lalur (papel) e da entrega da Declarao de Informaes Econmico-Fiscais da Pessoa J urdica (DIPJ ), em relao aos fatos ocorridos a partir de 1.01.2014. 1. Para efeito da adoo inicial da Lei n 12.973/2014, as operaes ocorridas at 31.12.2013, para os optantesdonovoregimeespecial,ouat31.12.2014paraosnooptantes,permaneceaneutralidade tributria(RegimeTributriodeTransio-RTT),estabelecidanosarts.15e16daLein 11.941/2009,eapessoajurdicadeverproceder,nosperodosdeapuraoapartirdejaneirode 2014, para os optantes, ou a partir de janeiro de 2015, para os no optantes, aos respectivos ajustes nas basesdeclculodoIRPJ ,daCSLL,dacontribuioparaoPIS/PASEPedaCofins,observadoos seguintes procedimentos: a)adiferenapositiva,verificadaem31.12.2013,paraosoptantes,ouem31.12.2014paraosno optantes, entre o valor de ativo mensurado de acordo com as disposies da Lei n 6.404/1976, e o valor mensurado pelos mtodos e critrios vigentes em 31.12.2007, deve ser adicionada na determinao do lucro real e da base de clculo da CSLL em janeiro de 2014, para os optantes, ou em janeiro de 2015 paraosnooptantes,salvoseocontribuinteevidenciarcontabilmenteessadiferenaemsubconta vinculadaaoativo,paraseradicionadamedidadesuarealizao,inclusivemediantedepreciao, amortizao, exausto, alienao ou baixa. O mesmo se aplica diferena negativa do valor de passivo e deve ser adicionada na determinao do lucro real e da base de clculo da CSLL em janeiro de 2014, paraosoptantes,ouemjaneirode2015paraosnooptantes,salvoseocontribuinteevidenciar contabilmente essa diferena em subconta vinculada ao passivo para ser adicionada medida da baixa ou liquidao; b)adiferenanegativa,verificadaem31.12.2013,paraosoptantes,ouem31.12.2014paraosno 5 optantes, entre o valor de ativo mensurado de acordo com as disposies da Lei n 6.404/1976, e o valormensuradopelosmtodosecritriosvigentesem31.12.2007,nopoderserexcludana determinao do lucro real e da base de clculo da CSL, salvo se o contribuinte evidenciar contabilmente essa diferena em subconta vinculada ao ativo para ser excluda medida de sua realizao, inclusive mediante depreciao, amortizao, exausto, alienao ou baixa. O mesmo se aplica diferena positiva no valor do passivo e no pode ser excluda na determinao do lucro real e da base de clculo da CSLL, salvo se o contribuinte evidenciar contabilmente essa diferena em subconta vinculada ao passivo para ser excluda medida da baixa ou liquidao. 2.PormeiodaInstruoNormativaRFBn 1.469/2014,alteradapelaInstruoNormativa RFBn1.484/2014ficouestabelecidoqueaopopelaaplicaoantecipadadasdisposies contidas na Lei n 12.973/2014 deveser manifestada na DCTF referente aos fatos geradores ocorridos no ms de agosto de 2014. 3. No caso de incio de atividade ou de surgimento de nova pessoa jurdica em razo de fuso ou ciso, noano-calendriode2014,areferidaopodeversermanifestadanaDCTFreferenteaosfatos geradores ocorridos no 1 ms de atividade. Todavia, no caso de o 1 ms de incio de atividade ou de surgimento de nova pessoa jurdica em razo de fuso ou ciso ocorrer no perodo de janeiro a julho de 2014, as opes devem, nesse caso, ser exercidas na DCTF referente aos fatos geradores ocorridos no ms de agosto de 2014. 4.Oexerccioouocancelamentodaopopelasnovasregrasnoproduzirefeitonahiptesede entrega da DCTF fora do prazo. 5. Por meio da Instruo Normativa RFB n 1.493/2014, foram disciplinadas as disposies que alteram a legislao tributria federal relativa ao IRPJ , CSLL, ao PIS/PASEP e COFINS, em razo da revogao do Regime Tributrio de Transio (RTT), previstas na Lei n 12.973/2014. Fundamentao: arts. 8 do Decreto-Lei n 1.598/1977, alterado pela Lei n 12.973/2014; arts. 262e263doDecreton3000/1999(RIR/99);InstruoNormativaRFBn1.397/2013; Instruo Normativa RFB n 1.422/2013; Instruo Normativa RFB n 1.469/2014, alterada pela Instruo Normativa RFB n 1.484/2014; Instruo Normativa RFB n 1.493/2014; art. 117, IV da Lei n 12.973/2014.II - ObrigatoriedadeEsto obrigadas a escriturar o LALUR todas as pessoas jurdicas contribuintes do imposto de renda com base no lucro real, tais como: O Lucro Real corresponde ao lucro lquido do perodo de apurao ajustado pelas adies, excluses ou compensaes prescritas ou autorizadas pela legislao do Imposto de Renda (Art. 247 do RIR/1999). a)aspessoasjurdicasdedireitoprivadosediadasno Pas,inclusiveasfiliais,sucursaisou representantes, no Pas, de pessoas jurdicas domiciliadas no exterior;b) empresrios artigo 966 do CC/2002 (antigas firmas individuais); Vide art. 150 do RIR/1999. c) as pessoas fsicas legalmente equiparadas a empresas individuais;d) as sociedades cooperativas que realizarem as operaes previstas na legislao do Imposto de Renda. 1. A escriturao do livro de apurao do lucro real obrigatria a partir do exerccio social que se iniciar em 1978. 2. Embora, pela prpria denominao do livro isso fique claro, importante lembrar que pessoas jurdicas tributadas pelo Lucro Presumido ou pelo Simples Nacional no se sujeitam escriturao do LALUR. Aspessoasjurdicasficamdispensadas,emrelaoaosfatosocorridosapartirde1.01.2014,da escriturao do Lalur e da entrega da Declarao de Informaes Econmico-Fiscais da Pessoa J urdica (DIPJ ).6 Fundamentao:item1.1daInstruoNormativaSRFn28/1978;art.5daInstruo Normativa RFB n 1.422/2013.III - Modelo do livroOlivrodeapuraodolucroreal,cujasfolhasseronumeradastipograficamente,deveter duas partes, reunidas em um s volume encadernado, a saber:a) Parte A, destinada aos lanamentos de ajuste do lucro lquido do exerccio e transcrio da demonstrao do lucro real; eb) Parte B, destinada ao controle dos valores que devam influenciar a determinao do lucro real de exerccios futuros e no constem da escriturao comercial. Vide ao final deste Roteiro, modelos da Parte A e da Parte B. Cadaumadaspartesdolivrodeapuraodolucrorealdeverconter50%(cinquentapor cento) do total de folhas do livro. As folhas da Parte B, cuja numerao ser sequencial da Parte A, sero includas da metade para o final do livro. Completada a utilizao das pginas destinadas a uma das partes do livro a outra parte ser encerrada mediante cancelamento das pginas no utilizadas, prosseguindo a escriturao, integralmente, no livro subsequente. O LALUR no poder ser substitudo por fichas. Fundamentao: item 1.2 da Instruo Normativa SRF n 28/1978.IV - Autenticao e registroOLALURdeverconter,respectivamentenaprimeiraenaltimapgina,ostermosde abertura e de encerramento, que identificaro o contribuinte (firma ou denominao, nmero e data do arquivamento dos atos constitutivos no rgo de registro do comrcio e o nmero de registro no CNPJ ) e sero datados e assinados por diretor, gerente ou titular e por contabilista legalmente habilitado. dispensado o registro do livro.A escriturao de cada exerccio se completa com a assinatura, aps a demonstrao do lucro real, de responsvel pela pessoa jurdica e de contabilista legalmente habilitado. Considera-senoapoiadaemescrituraoadeclaraoderendimentos(DIPJ )entreguesemque estejamlanadasnoLALURosajustesaolucrolquido,ademonstraodolucrorealeosregistros correspondentes na conta de controle. Fundamentao: item 1.3 da Instruo Normativa SRF n 28/1978.V - Lanamentos de ajuste do lucro lquido - Parte AV.1 - poca dos lanamentosOslanamentosdestinadosaajustarolucrolquidodoexerccioserofeitosnocursodo exerccio social ou na data de encerramento deste.Dessa forma, em se tratando de Lucro Real Trimestral, os ajustes devero ser efetuados no cursodotrimestreounadatadeencerramentodecadatrimestre.NocasodeLucroReal Anual,osajustespoderoserfeitosnodecorrerdoanoounadatadeencerramentodo exerccio.Seforemlevantadosbalanosdereduooususpenso,todavia,osajustes(na parte A) devero ser efetuados nesse momento.Fundamentao: item 2.1 da Instruo Normativa SRF n 28/1978;V.2 - Forma de escrituraoOslanamentoscorrespondentesaosajustesdolucrolquidodoexerccio,paraa determinaodolucroreal,serofeitoscomindividuaoeclareza,naParteAdolivrode apuraodolucroreal,comaseguinteutilizaodascolunas(InstruoNormativaSRFn 28/1978):7 a) Coluna DataDestina-seindicaodadataemqueforamefetuadososlanamentosdeajustedolucro lquido.b) Coluna HistricoColunadestinadaaoregistrodosfatosdeterminantesdosajustes,naqualseroindicados, quandoforocaso,acontaousubcontaemqueosvalorestenhamsidoregistradosna escrituraocomercial,assimcomo olivroeadataemque foramefetuados osrespectivos lanamentos.Tratando-sedeajustequenotenharegistrocorrespondentenaescriturao comercial, no histrico do lanamento, alm da natureza do ajuste, sero indicados os valores sobre os quais a adio ou excluso foi calculada.Exemplo: Naexclusocorrespondenteaoincentivoexportaodebensouservios,pornoexistir registrocorrespondentenaescrituraocomercial,ohistricodeverconter,pelomenos,os seguintes elementos: a) total da receita lquida das vendas e servios; b)parceladareceitalquidacorrespondenteexportaodebensouserviosamparadapor incentivo fiscal; e c) o lucro da explorao.c) Coluna AuxiliarA coluna auxiliar ser utilizada para o registro de eventuais parcelas integrantes de um mesmo lanamento, cuja soma dever ser transportada para a coluna de adio ou de excluso.d) Coluna AdiesColuna prpria para lanamento de valores que devem ser adicionados ao lucro lquido, para determinao dolucroreal.Asoma dosvaloreslanadosnestacoluna,ao finaldoperodo-base, dever coincidir com o total registrado no item 2 da Demonstrao do Lucro Real.e) Coluna ExclusesColuna prpria para lanamento de valores que a legislao tributria permita excluir do lucro lquido, para determinao do lucro real. A soma dos valores lanados nesta coluna, ao final do perodo-base, dever coincidir com o total registrado nos itens 3 e 5 da demonstrao do lucro real.O lanamento feito indevidamente ser estornado mediante lanamento subtrativo na prpria colunaemquefoilanado,comovalorindicadoentreparnteses.Todoestornodeveser devidamente justificado.Fundamentao: item 2.2 da Instruo Normativa SRF n 28/1978.VI - Demonstrao do Lucro Real - Parte AVI.1- Momento da demonstraoAps terem sido efetuados os lanamentos de ajuste do lucro lquido do exerccio, na Parte A do livro, na data de encerramento do exerccio social ser elaborada Demonstrao do Lucro Real, de conformidade com a orientao contida no subtpico a seguir.Fundamentao: item 3.1 da Instruo Normativa SRF n 28/1978.VI.2 - Modelo e forma de apresentaoA Demonstrao do Lucro Real ser transcrita na Parte A do livro de apurao do lucro real, aps o ltimo lanamento de ajuste do lucro lquido do exerccio, devendo conter:a) o lucro ou prejuzo lquido constante da escriturao comercial, apurado no perodo-base de incidncia;b)asadiesaolucrolquido,discriminadasitemporitem,agrupados osvaloresdeacordo com sua natureza, e a soma das adies;c) as excluses do lucro lquido, discriminadas item por item, agrupados os valores de acordo com sua natureza, e a soma das excluses;8 d) subtotal, obtido pela soma algbrica do lucro ou prejuzo lquido do exerccio com as adies e excluses;e)ascompensaesqueestejamsendoefetivadasnoexerccio,cujasomanopoder exceder o valor positivo da letra "d";f) o lucro real do exerccio; ou prejuzo do exerccio, a compensar em exerccios subseqentes.Fundamentao: item 3.1 da Instruo Normativa SRF n 28/1978.VII - Ajustes do RTTConforme disposto na Introduo deste Roteiro, permitido aos contribuintes submetidos ao RTT anular os efeitos relativos a receitas e despesas decorrentes das novas normas contbeis, por meio de ajustes - visando, portanto, a neutralidade das alteraes contbeis na apurao do Imposto de Renda.Assim,apessoajurdicasujeitaaoRTT,parareverteroefeitodautilizaodemtodose critrios contbeis diferentes daqueles previstos na legislao tributria, baseada nos critrios contbeis vigentes em 31 de dezembro de 2007 dever:a)utilizarosmtodosecritriosdalegislaosocietriaparaapurar,emsuaescriturao contbil, o resultado do perodo antes do Imposto sobre a Renda, deduzido das participaes;b)utilizarosmtodosecritrioscontbeisaplicveislegislaotributria,paraapuraro resultado do perodo, para fins fiscais;c) determinar a diferena entre os valores apurados nas letras "a" e "b"; ed)ajustar,exclusivamentenoLivrodeApuraodoLucroReal(LALUR),oresultadodo perodo, apurado nos termos da letra "a", pela diferena apurada na letra "c". Paraa realizaodoajuste especfico,deque trataa letra"d",dever ser mantido o FCont- Controle Fiscal Contbil de Transio. OajusteespecficonoLALUR,referidonaletra"d"nodispensaarealizaodosdemais ajustes de adio e excluso, prescritos ou autorizados pela legislao tributria em vigor, para apuraodabasedeclculodoimposto(ajustesquejeramrealizadosmesmoantesdas novas normas contbeis). 1. Na hiptese de ajustes temporrios do imposto, realizados na vigncia do RTT e decorrentes de fatos ocorridosnesseperodo,queimpliquemajustesemperodossubsequentes,permanece: a) a obrigao de adies relativas a excluses temporrias; e b) a possibilidade de excluses relativas a adies temporrias. 2.ApessoajurdicasujeitaaoRTT,desdequeobserveasnormasaquireferidas,ficadispensadade realizar,emsuaescrituraocomercial,qualquerprocedimentocontbildeterminadopelalegislao tributriaquealtereossaldosdascontaspatrimoniaisouderesultadoquandoemdesacordocom: a) os mtodos e critrios estabelecidos pela Lei n 6.404/1976, alterada pela Lei n 11.638/2007, e pelos arts. 37 e 38 da Lei n 11.941/2009; ou b) as normas expedidas pela Comisso de Valores Mobilirios e pelos demais rgos reguladores. Em suma, o optante pelo RTT que possui esse tipo de ajuste a ser realizado, dever efetuar os lanamentosconformetpicoV,eainda,inserirnaDemonstraodoLucroReal(tpicoVI) uma nica linha de ajuste que poder ser positivo ou negativo, o valor total do ajuste referente ao RTT. 1. Vide modelo de lanamento nos tpicos XIII.1 e XIII.2. 2. Sobre RTT, vide Roteiro "IRPJ , CSLL, PIS e COFINS - Regime Tributrio de Transio - RTT - Lei n 11.941 de 2009".3. Sobre FCont, vide Roteiro "Controle Fiscal Contbil de Transio (FCont) - Roteiro de Procedimentos". 1. A partir de 01.01.2015, nos termos da Lei n 12.973/2014, ficam revogadas as regras aplicveis ao RTT previstas na Lei n 11.941/2009, momento em que entrar em vigor o novo regramento introduzido 9 pelos arts. 1 a 66 da referida norma, salvo se a pessoa jurdica optar pela aplicao antecipada dessas disposies para o ano-calendrio de 2014. 2. Caso a pessoa jurdica faa a opo antecipada pelas novas regras do RTT para o ano-calendrio de 2014, dever ser observado que: a) os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados entre 1.01.2008 e 31.12.2013, pelas pessoas jurdicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, efetivamente pagos at 12.11.2013,emvaloressuperioresaosapuradoscomobservnciadosmtodosecritrioscontbeis vigentes em 31.12.2007, no ficaro sujeitos incidncia do IRRF, nem integraro a base de clculo do IRPJe da CSLL do beneficirio, pessoa fsica ou jurdica, residente ou domiciliado no Pas ou no exterior; b) para os anos-calendrio de 2008 a 2014, para fins do clculo do limite dos juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, scios ou acionistas, a ttulo de remunerao do capital prprio, a pessoa jurdica poder utilizar as contas do patrimnio lquido mensurado de acordo com as disposies da Lei n 6.404/1976, observando-se, ainda, que, no clculo da parcela a deduzir, no sero considerados os valoresrelativosaajustesdeavaliaopatrimonialaqueserefereo3doart.182daLein 6.404/1976.Noano-calendriode2014,aopoficarrestritaaosnooptantesdasdisposies contidas nos arts. 1 e 2 e 4 a 70 da lei n 12.973/2014; c)paraosanos-calendriode2008a2014,ocontribuintepoderavaliaroinvestimentopelovalorde patrimniolquidodacoligadaoucontrolada,determinadodeacordocomasdisposiesdaLein 6.404/1976. No ano-calendrio de 2014, a opo ficar restrita aos no optantes das disposies contidas nos arts. 1 e 2 e 4 a 70 da lei n 12.973/2014. 3. Tambm devero ser observadas as novas disposies referentes subvenes para investimento e aos prmios na emisso de debntures constantes nos arts. 30 e 31 da Lei n 12.973/2014. Fundamentao:art.17daLein11.941/2009;art.3daInstruoNormativaRFBn 949/2009; arts. 30, 31, 72 a 74 e art. 117, X da Lei n 12.973/2014.VIII - Registros de controle - Parte BVIII.1- Momento e modelo do registroNaparteBdolivrodeapuraodolucroreal,concomitantementecomoslanamentosde ajuste efetuados na Parte A do livro ou no final de cada exerccio social, sero efetuados os controlesdosvaloresquedevaminfluenciaradeterminaodolucrorealdeexerccios subsequentes.Fundamentao: item 4.1 da Instruo Normativa SRF n 28/1978.VIII.2 - Forma de escrituraoA escriturao relativa ao controle de valores que devam influenciar a determinao do lucro real de exerccios posteriores far-se- mediante a utilizao de uma folha para cada conta ou fato que requeira controle individualizado, de conformidade com a seguinte orientao:a) Coluna 1 - Data do LanamentoColuna destinada a indiciar o dia, ms e ano em que for o registro efetuado.b) Coluna 2 - HistricoPararegistrosdosfatosdeterminantesdoajuste;devecontertodososelementos indispensveis ao controle de cada valor suscetvel de apropriao ao lucro real de exerccios subsequentes,deformaapermitir,aqualquermomento,averificaodaexatidodo respectivo saldo, assim como dos valores debitados ou creditados em cada perodo-base.c) Coluna 3, 4 e 5 - Para Efeito de Correo MonetriaSomente utilizveis nas hipteses em que o valor a ser adicionado ao lucro lquido, ou que dele possaserexcludo,sejapassveldecorreomonetria,naformadalegislaoespecfica. Atente-sequedesde1.01.1996emdecorrnciadaextinodacorreomonetriado balano, essas colunas esto em desuso.d) Coluna 6 - DbitoColuna destinada a registrar os valores que constituiro adies ao lucro lquido de exerccios futuros,paradeterminaodolucrorealrespectivo.Tambmserutilizadaparabaixados saldos credores (coluna 7), transportados de exerccios anteriores.e) Coluna 7 - Crdito10 Colunadestinadaaoregistrodosvaloresqueconstituiroexclusesnosexerccios subsequentes.Tambmserutilizadaparabaixadossaldosdevedores,transportadosde exerccios anteriores.f) Coluna 8 - Saldo R$Obtido pela operao (saldo anterior mais Dbitos menos Crditos), nas contas devedoras; e (saldoanteriormaisCrditosmenosDbitos),nascontascredoras.Representaovalordas adies ou excluses que devero ajustar o lucro lquido de exerccios subsequentes.g) Coluna 9 - D/CColuna destinada a indicar, por uma letra maiscula, a natureza devedora (D) ou credora (C) dosaldoconstantedacoluna8.Portanto,ossaldosquedevamseradicionadosaolucro lquido de exerccios subseqentes tero letra D, e os que devam ser excludos tero letra C.Fundamentao: item 4.2 da Instruo Normativa SRF n 28/1978.VIII.3 - Contas suscetveis de controleOs valores que devam influenciar a determinao do lucro real de exerccio futuro e que no devamsercontroladosnaescrituraocomercialseroagrupadosemcontasdistintas, segundo a sua natureza, tais como:- Prejuzos a Compensar;- Depreciao Acelerada Incentivada;- Lucro Inflacionrio Acumulado;- Lucro no Realizado Decorrente de Contrato a Longo Prazo com Empresa Pblica;- Ganhos de Capital na Participao Extinta em Fuso, Incorporao ou Ciso.Paraevitarduplicidadedecontrole,nolivrodeapuraodolucroreal(ParteB)nosero includas as contas que registrem valores, pertinentes a exerccios futuros, que estejam sendo controlados na escriturao comercial. Vide o Parecer Normativo CST n 96/1978 que dispe que os valores que podem ser excludos do lucro lquido do exerccio, na determinao do lucro real, so aqueles que, em virtude de serem dotados de natureza exclusivamente fiscal, no renem requisitos para poderem ser registrados na escriturao comercial. Fundamentao: item 4.3 da Instruo Normativa SRF n 28/1978.VIII.4 - Outras contas a serem controladasEmbora no constituam valores a serem excludos do lucro lquido, mas passveis de deduo doimpostoderendadevidonadeclarao,deverosermantidososcontrolesdosvalores excedentes, a serem utilizados no clculo das dedues nos anos subseqentes, relativamente s seguintes contas:a)DispndioscomProjetosdeFormaoProfissional(incentivofiscalsuspensopelaLein 8.034/1990);b) Despesas com Programas de Alimentao do Trabalhador (PAT) - art. 581 e seguintes do RIR/99.Fundamentao: item 4.4 da Instruo Normativa SRF n 28/1978.VIII.5 - Elementos indispensveis no controleEm cada conta suscetvel de controle dever o contribuinte fazer constar, nos registros, todos os elementos indispensveis a que fique evidenciada a exatido dos respectivos saldos, bem como dos lanamentos de ajuste do lucro lquido derivados desses saldos.Fundamentao: item 4.5 da Instruo Normativa SRF n 28/1978.IX - Controle de compensao de prejuzosOsprejuzoscompensveisnaformadalegislaotributriaserocontroladosnoLALUR, observados os procedimentos expostos a seguir.Atente-sequeprecisodistinguirprejuzofiscaldeprejuzocontbil.Enquantooprejuzo contbilaqueleapuradonacontabilidadepelaDemonstraodeResultadodoExerccio 11 (DRE),oprejuzofiscaloapuradonaDemonstraodoLucroReal.Oprejuzoaquese refere esse tpico o prejuzo fiscal. 1. Sobre limites compensao, vide artigo 510 do RIR/99. 2. Sobre regras para fins de compensao de prejuzos no-operacionais, vide artigo 511 do RIR/99. Fundamentao: item 5 da Instruo Normativa SRF n 28/1978.IX.1 - IndividuaoSerutilizadacontadistintaparaoprejuzocorrespondenteacadaexercciofinanceiro,ou seja, uma folha, para o prejuzo de cada ano. Exemplo:PrejuzodoExerccioFinanceirode2007ePrejuzodoExerccioFinanceirode2008, escriturados cada um em uma folha. Fundamentao: item 5.1 da Instruo Normativa SRF n 28/1978.IX.2 - Registro do prejuzoO lanamento de inscrio do prejuzo a compensar ser feito em folha prpria da Parte B do livro. O prejuzo fiscal pode ser compensado independentemente de prazo (art. 510 do RIR/99 - Decreto 3.000 de 1999). O valor a ser registrado na coluna 4 o prejuzo a compensar apurado na demonstrao do lucro real. Quando parte do prejuzo j tiver sido compensado antes do incio da escriturao deste livro, o valor a ser lanado ser o saldo compensvel.Fundamentao: item 5.2 da Instruo Normativa SRF n 28/1978.IX.3 - CompensaoOprejuzopodersercompensado,totalouparcialmente, em umoumaisperodos-base, opo do contribuinte. A compensao ser feita mediante dbito na conta de controle (Parte B) e registro na Parte A do livro, como excluso. Sobre limites compensao (trava de 30%), vide artigo 510 do RIR/99. Seforutilizadareservadereavaliaoparaacompensaocontbildeprejuzosdeanos anteriores, o saldo de prejuzos a compensar registrado no livro de apurao do lucro real ser baixado pelo valor da reserva de reavaliao assim utilizada.Nahiptesedeosprejuzoscontbeisabsorvidospelareservadereavaliaoserem superioresaosprejuzosacompensarregistradosnolivrodeapuraodolucroreal,a diferena entre os dois valores dever ser lanada na Parte A do livro, como adio ao lucro lquido do exerccio social em que ocorrer a compensao. Sobre Reavaliao de Ativo, vide artigos 434 e seguintes do RIR/99 (Decreto n 3.000/1.999). Fundamentao: item 5.4 da Instruo Normativa SRF n 28/1978.X - Apurao do resultado ajustado da CSLLDe acordo com previso constante da Instruo Normativa SRF n 390/2004, a pessoa jurdica poderutilizaroLALURoulivroespecficoparaapuraraCSLLcombasenoresultado ajustado, bem como transcrever a Demonstrao do Resultado Ajustado e manter os registros decontroledosvaloresquedevaminfluenciaradeterminaodoresultadoajustadodos perodos subsequentes.12 Portanto, fica a critrio do contribuinte manter livro prprio ou utilizar o LALUR para fazer os ajustes necessrios apurao da base de clculo da CSLL.Fundamentao: arts. 28, 42, 66, 79 e 104 a 106 da Instruo Normativa SRF n 390/2004.XI - LALUCPor meio da Lei n 11.638/2007, o 2 do artigo 177 da Lei das S/A passou a ter a seguinte redao:" 2 As disposies da lei tributria ou de legislao especial sobre atividade que constitui o objeto da companhia que conduzam utilizao de mtodos ou critrios contbeis diferentes ou elaborao de outras demonstraes no elidem a obrigao de elaborar, para todos os finsdestaLei,demonstraesfinanceirasemconsonnciacomodispostonocaputdeste artigoedeveroseralternativamenteobservadasmedianteregistro: I-emlivrosauxiliares,semmodificaodaescrituraomercantil;ou II - no caso da elaborao das demonstraes para fins tributrios, na escriturao mercantil, desdequesejam efetuadosemseguidalanamentoscontbeisadicionaisque assegurem a preparaoeadivulgaodedemonstraesfinanceirascomobservnciadodispostono caputdesteartigo,devendoseressasdemonstraesauditadasporauditorindependente registrado na Comisso de Valores Mobilirios."OobjetivodessaalteraofoidarumaalternativaelaboraodoLALUR.Ouseja,o contribuintepoderiapartirdacontabilidadesocietria,fazendoajustesnoLALUR,parase chegaraolucroprescritopelalegislaotributria,comosemprefez,ou,alternativamente, partir da contabilidade tributria, fazendo ajustes no livro que ficou conhecido por LALUC (Livro de Apurao do Lucro Contbil), para se chegar ao lucro prescrito pela legislao societria.A implantao do LALUC levava em considerao o fato do LALUR nunca ter alcanado o seu verdadeiroobjetivo,queeraevitarqueacontabilidadesocietriafossemaculadapor disposies da legislao tributriaTodavia,aimplantaodoLALUCnotevexito,tendosidoextintoapsalteraodo mencionado pargrafo pela Medida Provisria n 449/2008.XII - e-Lalur A partir do ano-calendrio de 2014, o e-Lalur passar a ser escriturado no Escriturao Contbil Fiscal (ECF), a que se refere o tpico XIII. Na ECF haver o preenchimento e controle, por meio de validaes, das partes A e B do Livro Eletrnico de Apurao do Lucro Real (e-Lalur) e do Livro Ele trnico de Apurao da Base de Clculo da CSLL (e-Lacs). Todos os saldos informados nesses livros tambm sero controlados e, no caso da parte B, haver o batimento de saldos de um ano para outro.O e-LALUR e e-LACS sero preenchidos no bloco M da ECF. Por meio da Instruo Normativa RFBn 989/2009 foi institudo o Livro Eletrnico de Escriturao e Apurao do Imposto sobre a Renda e da Contribuio Social sobre o Lucro Lquido da Pessoa J urdica Tributada pelo Lucro Real (e-Lalur).A escriturao e entrega doe-Lalur, referente apuraodo Imposto sobre aRenda das Pessoas J urdicas (IRPJ ) e da Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSLL), obrigatriaparaaspessoasjurdicassujeitasapuraodoImpostosobreaRenda pelo Regime do Lucro Real Os registros eletrnicos do e-Lalur atendero s especificaes constantes de Ato Declaratrio Executivo exarado pelo Coordenador-Geral da Cofis. O e-Lalur integrante do Sistema Pblico de Escriturao Digital - SPED. O objetivo eliminar a redundncia de informaes existentes na escriturao contbil, no Lalur e na DIPJ , facilitando o cumprimento de obrigaes acessrias.13 De forma simplificada, o funcionamento do sistema ser o seguinte:-Apsbaixadopelainterneteinstalado,oProgramaGeradordeEscriturao(PGE) disponibilizar as seguintes funcionalidades:a. digitao das adies, excluses e compensaes;b. importao:- de arquivo contendo as adies e excluses;- de informaes contbeis oriundas da Escriturao Contbil Digital (ECD);- de saldos da parte B do perodo anterior.c. clculo dos tributos;d. verificao de pendncias;e. assinatura do livro;f. transmisso pela Internet;g. visualizao.Aoimportarosdadosdacontabilidade,oe-Lalurosconverterparaumpadro bastante parecido com o que hoje se informa na DIPJnasdemonstraes contbeis. Paraisto,eleutilizaro"PlanodeContasReferencial"informadonaescriturao contbil digital - ECD.Feitaaconverso,eventuaisreclassificaesouredistribuiesdesaldossero possveis.Ovolumedestesajustesdependerdaprecisodaindicaodoplanode contas referencial na ECD.Alm das demais premissas do SPED, o e-Lalur tem as seguintes:a) rastreabilidade das informaes;b) coerncia aritmtica dos saldos da parte B;Arastreabilidadedizrespeitomanterregistrosdasmovimentaesqueresultemem alteraes de saldos que iro compor as demonstraes contbeis baseadas no plano de contas referencial. A coerncia aritmtica dos saldos da parte B a garantia de que eles estaro matematicamente corretos. Para isto, uma das etapas ser a conferncia com os saldos do perodo anterior de e-Lalur j transmitido.A cada conferncia de saldo, o sistema obter, tambm, um extrato (semelhante a um razo) completo de cada conta controlada na parte B. A partir de tais elementos o PGE far um "rascunho" da Demonstrao do Lucro Real, da base de clculo da CSLL e dos valores apurados para o IRPJe a CSLL. Caso o contribuinte concorde com os valores apresentados, basta assinar o livro e transmiti-lo pela internet. importante ressaltar que o projeto ainda se encontra em elaborao. Participam dos trabalhos,almdaSecretariadaReceitaFederaldoBrasil,oCFC,aFenacon, contribuintes, entidades de classe, etc.Fonte: www.receita.fazenda.gov.br/spedXII.1. Preenchimento do e-LalurDeveserinformadonoe-Lalur,todasasoperaesqueinfluenciem,diretaou indiretamente,imediataoufuturamente,acomposiodabasedeclculoeovalor devido dos tributos especialmente quanto:a)associaodascontasdoplanodecontascontbilcomplanodecontas referencial, definido em ato especfico da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB);b) ao detalhamento dos ajustes do lucro lquido na apurao do Lucro Real;c) ao detalhamento dos ajustes da base de clculo da CSLL;14 d) aos registros de controle de todos os valores a excluir, adicionar ou compensar em exerccios subsequentes, inclusive prejuzo fiscal e base de clculo negativa da CSLL;e) aos registros, lanamentos e ajustes que forem necessrios para a observncia de preceitos da lei tributria relativos determinao do lucro real e da base de clculo da CSLL,quandonodevam,porsuanaturezaexclusivamentefiscal,constarda escriturao comercial, ou sejam diferentes dos lanamentos dessa escriturao.f) aos lanamentos constantes da Entrada de Dados para o Controle Fiscal Contbil de Transio (FCont).Fundamentao: art. 3 da Instruo Normativa RFB n 989/2009.XII.2. PrazoO e-Lalur dever ser apresentado pelo estabelecimento matriz da pessoa jurdica, at as23h59min59s(vinteetrshoras,cinquentaenoveminutosecinquentaenove segundos),horriooficialdeBraslia,doltimodiatildomsdejunhodoano subsequenteaoanocalendriodereferncia,porintermdiodeaplicativoaser disponibilizadopelaRFBnaInternet,noendereoeletrnico