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A TIM voltou a apostar com mais peso no futebol brasileiro. Após a estratégia que abraçou diversas equipes no início da década de 2010, a empresa de tele- fonia resolveu fechar novos acordos, e mais uma vez com um grupo de times. Agora, por outro lado, o foco está em uma única região, o Rio de Janeiro. Os quatro grandes clubes do Estados fecharam contrato com a companhia. No caso do Flamengo, foi uma reno- vação de acordo, já que o time manti- nha a parceria desde 2011. No Vasco, foi um retorno. A equipe era uma das agraciadas com o aporte da TIM, que deixou a agremiação em 2015. Por fim, Fluminense e Botafogo fecharam com a marca italiana pela primeira vez. Em resposta à Máquina do Esporte, o diretor de operações da TIM no Bra- TIM decide restringir ao Rio o patrocínio no futebol POR DUDA LOPES BOLETIM NÚMERO DO DIA EDIÇÃO • 728 SEGUNDA-FEIRA, 3 DE ABRIL DE 2017 WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR Flamengo voltou a ter a marca da TIM no número da camisa de seus jogadores; empresa de telefonia diz que ampliará as ações de ativação de marca para se aproximar do público carioca, que é o principal alvo da companhia na volta ao futebol após um ano 1 8mi De Reais quer investir a LuArenas para ampliar o Estádio Independência, dos 22 mil lugares atuais para 30 mil assentos. OFERECIMENTO

8mi BOLETIM NÚMERO DO DIA · sil, Pietro Labriola, explicou o motivo de tomar essa decisão. ... afirmou Labriola. Há sete anos, a TIM entrou no futebol com um contrato assi-

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Page 1: 8mi BOLETIM NÚMERO DO DIA · sil, Pietro Labriola, explicou o motivo de tomar essa decisão. ... afirmou Labriola. Há sete anos, a TIM entrou no futebol com um contrato assi-

A TIM voltou a apostar com mais peso no futebol brasileiro. Após a estratégia que abraçou diversas equipes no início da década de 2010, a empresa de tele-fonia resolveu fechar novos acordos, e mais uma vez com um grupo de times. Agora, por outro lado, o foco está em uma única região, o Rio de Janeiro.

Os quatro grandes clubes do Estados fecharam contrato com a companhia.

No caso do Flamengo, foi uma reno-vação de acordo, já que o time manti-nha a parceria desde 2011. No Vasco, foi um retorno. A equipe era uma das agraciadas com o aporte da TIM, que deixou a agremiação em 2015. Por fim, Fluminense e Botafogo fecharam com a marca italiana pela primeira vez.

Em resposta à Máquina do Esporte, o diretor de operações da TIM no Bra-

TIM decide restringir ao Rio o patrocínio no futebol

POR DUDA LOPES

B O L E T I M

ME

RO

DO

DIA

EDIÇÃO • 728 SEGUNDA-FEIRA, 3 DE ABRIL DE 2017

WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR

Flamengo voltou a ter a marca da TIM no número da camisa de seus

jogadores; empresa de telefonia diz que ampliará as ações de ativação de marca para se aproximar

do público carioca, que é o principal

alvo da companhia na volta ao futebol

após um ano

1

8miDe Reais quer investir

a LuArenas para ampliar o Estádio

Independência, dos 22 mil lugares atuais para

30 mil assentos.

O F E R E C I M E N T O

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B R I D G E S T O N E T R O C A F 1 P O R 2 0 2 0

O diretor de operações europeias da empresa, Robin Shaw, descartou o regresso da marca japonesa de pneus à Fórmula 1 em um curto período.

Segundo Shaw, a Bridgestone está centrada no momento em outros investimentos em esporte, tendo como carro-chefe os Jogos Olímpicos-2020. A marca deixou a F-1 em 2010. Desde então, a Pirelli vem ganhando visibilidade usando a plataforma da competição mundial.

C H A P E P L A N E J A H O M E N A G E M

A Chapecoense usará o primeiro jogo da final da Recopa, contra o Atlético Nacional, para fazer uma homenagem ao time colombiano.

A ideia é fazer uma reciprocidade à cerimônia feita pelo Atlético após a queda do voo da Chapecoense.

Haverá Fan Fest na praça Coronel Bertaso. Ainda ocorrerá caminhada até a Arena Condá, onde haverá um abraço simbólico ao campo. Os times irão também juntos a campo.

J U V E N T U S T E R Á S T R E A M I N G

A Juventus anunciou que irá lançar uma plataforma mundial de streaming em mais uma iniciativa de internacionalização da marca.

Com o novo serviço, torcedores de fora da Itália poderão assinar o Juventus Pass. A plataforma dará a chance de os fãs assistirem partidas ao vivo da Liga dos Campeões, Italiano, Copa da Itália e amistosos. Haverá ainda conteúdo exclusivo, como entrevistas, vídeos e bastidores.

sil, Pietro Labriola, explicou o motivo de tomar essa decisão. “Nos orgulharmos de patrocinar todos os clubes parceiros ao

longo desses sete anos, mas entendemos que, agora, devería-mos direcionar nossos esforços para o Rio de Janeiro. Seguire-mos investindo nas demais regiões em outras frentes”, afirmou.

No acordo com a TIM, há as mesmas propriedades já usadas pela marca em outros contratos de times brasileiros: o espaço no número do uniforme, além de camisa de treino e backdrops. A companhia promete também um pacote de ativações.

“O que muda é que não iremos concentrar nossos investimen-tos somente em patrocínio puro e simples. Vamos direcionar muito mais esforços para o engajamento dos torcedores com a empresa. Além, é claro, da questão de concentrarmos todo o in-vestimento no Rio de Janeiro, para impulsionar nosso resultados nessa praça que é muito estratégica”, afirmou Labriola.

Há sete anos, a TIM entrou no futebol com um contrato assi-nado com o Corinthians. Depois, expandiu a estratégia para di-versos clubes do Brasil, como aconteceu com Flamengo e Vasco. Com contratos longos, a empresa abraçou o período que alcan-çava a Copa do Mundo de 2014, torneio que já tinha associação aos seus principais concorrentes: a Oi apoiou o torneio, enquan-to a Vivo manteve o acordo com a seleção brasileira, e a Claro tinha em Neymar o seu principal garoto-propaganda no esporte.

O plano era conectar o conceito “sem fronteiras” com o fute-bol do país e abranger o maior número de torcedores possível. Com exposição tímida nos uniformes, a marca passou a investir mais em ativações ao longo dos anos, com estratégia que ia des-de produção de conteúdo até a criação de produtos.

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Em “Febre de Bola”, Nick Hornby se pergunta porque alguém pagaria para ficar num camarote de estádio se não havia mais festa nas arquibancadas. O autor inglês se refere às profundas mudanças que passaram o futebol do país com a criação da Premier League nos anos 1990, que transformaram o modo de o torcedor acompanhar o time, nesse caso o Arsenal. O antigo frequentador do Highbury acintosa-mente desdenha o Emirates Stadium.

Em seu grito contra o futebol-teatro que se formou na Inglaterra, Hornby citou algo em seu best seller que pre-cisa ser apurado com rapidez pelos di-rigentes brasileiros. Para além do lado

social e democrático que envolve uma festa livre nas arquibancadas, há laten-te prejuízo comercial com as seguidas repressões que acontecem nos estádios nacionais. E, se só dinheiro manda em nossos gramados, então chegou a hora de discutir melhor essa questão.

No cenário atual, a situação tem sido tratada de modo variado. Em São Paulo, por exemplo, está proibido praticamente tudo que se refira à festa. Até a torcida rival. Em Minas, houve a liberação de bandeiras e instrumentos só agora para a reta final do Estadual.

É difícil prever se Hornby está certo ou errado. Estaria a Premier League ainda mais valorizada caso se manti-

vesse popular? Vale duas lembranças: originalmente, o Relatório Taylor, que mudou o futebol do país, não tinha nenhuma referência à elitização do es-petáculo. Eram normas de segurança. E a segunda liga mais rica da Europa, a Bundesliga, tem política inversa, com ingressos acessíveis e festa garantida.

A principal questão a ser avaliada é que, no Brasil, a relação com o futebol é diferente. A manifestação espontâ-nea nas arquibancadas é a marca cen-tral. A ponderação inglesa é, aqui, le-vada ao extremo. O evento não pode jamais ser desassociado à festa.

Está na hora de pensar a festa no futebol com mais seriedade

O P I N I Ã O

POR DUDA LOPES

novos negócios da Máquina do Esporte

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Como forma de dar atividade às equipes eliminadas na primei-ra fase do Campeonato Estadual, a Federação Paulista de Futebol ressuscitou o troféu Campeão do Interior. O torneio é entre os times que ficaram de 9º a 14º lugares.

O vencedor da competição terá direito a uma vaga na Copa do Brasil e receberá ainda uma pre-miação de R$ 360 mil. O vice-cam-peão irá embolsar R$ 100 mil.

A definição de como será a competição ocorreu no Conselho Técnico envolvendo os seis clubes que irão participar da disputa.

Foi decidido que haverá dois grupos de três clubes cada. No Grupo 1 estão Mirassol, Santo An-dré e Ferroviária. Na Chave 2, es-tão Ituano, São Bento e Red Bull.

As equipes enfrentam os adver-

sários do outro grupo. Os times donos das melhores campanhas de cada chave fazem a final. Essa pontuação, porém, não vale para definir a classificação fi-nal do Paulistão.

Com isso, o Mirassol, que terminou em nono lugar a primeira fase do Estadual, tem a chance de embolsar premiação dupla: R$ 270 mil (pela colocação na fase de classificação) e R$ 360 mil (em um eventual título do tor-neio do interior). Somada, essa premiação chega a R$ 630 mil e É mais do que ganhará o quinto co-locado do Paulistão (R$ 480 mil).

A vantagem de Botafogo, Novo-rizontino, Linense e Ponte Preta,

que enfrentam os quatro grandes da capital nas quartas de final é o fato de abocanharem maior renda nos confrontos e também de fatu-rarem com patrocínios pontuais, graças à visibilidade dada pela TV.

O Linense cedeu o mando de seu jogo contra o São Paulo para o estádio do Morumbi, mas fatu-rou apenas R$ 60 mil na partida.

Para dar rodagem a times, SP recria Campeão do Interior

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No duelo pelo público feminino entre as mar-cas, a Adidas decidiu apostar num aplicativo. A empresa anunciou o “All Day”, um aplicativo com conteúdo de entretenimento, treinos e conselhos nutricionais baseados nos estudos científicos do American College of Sports Medicine (ACSM).

Os conteúdos serão renovados a cada mês e cada sessão será protagonizada por celebridades e especialistas, como Stephen Cheuk, Adriene Mishler e a chef de cozinha e influenciadora Can-dice Kumai, encarregada de dicas de dieta e saú-de. Sob a responsabilidade da DJ Nina Las Vegas, a plataforma também terá música relaxante.

“O All Day Adidas irá se centrar inicialmente na mulher atleta que busca a variedade e gosta de provar coisas novas para se desafiar e se inspirar. O aplicativo contribui para que o bem-estar seja mais acessível ao público e, estar em forma, mais divertido”, afirmou Stacey Burr, vice-presidente e diretor geral da Adidas Digital Sport.

A empresa reforça a aposta no setor tecnológico vinculado ao esporte. Recentemente, a marca se aliou ao Spotify para melhorar seu aplicativo de entretenimento. Em 2015, comprou a Runtastic por € 220 mi, em resposta à ação da Under Ar-mour, que comprara MyFitnessPal e Endomondo.

Com aplicativo, Adidas busca público feminino

POR ADALBERTO LEISTER FILHO

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1 - SAMSUNG NA CORRIDAA Samsung preparou evento em São Paulo para divulgar nova estratégia no esporte. Empresa deixou patrocínios de alto rendimento, como Gabriel Medina, e passou a focar em amadores, em especial na corrida de rua.

2 - SHELL NO AUTOMOBILISMOA Shell lançou o que a empresa chamou de “maior plataforma de patrocí-nio do automobilismo brasileiro. Basicamente, a empresa focou em pilotos de diversas categorias e ampliou o investimento em ações na Stock Car.

3 - AMSTEL EM CAMPOA Heineken está de volta à Libertadores. Após patrocinar o torneio com a Kaiser no início da década de 2010, a marca resolveu patrocinar o torneio com outra marca holandesa, a Amstel, em contrato de 4 anos.

4 - GOL RENOVADAA Gol renovou o contrato com a seleção brasileira por mais quatro anos. E, para celebrar o acordo, a empresa fez um evento no Aeroporto de Congonhas, com direito a apresentação de novo avião personalizado.

5 - VISA ESPERA COPAA Visa abriu o calendário de ativações para a Copa do Mundo de 2018, que será realizada na Rússia. A primeira iniciativa da companhia foi levar o troféu do torneio ao Parque Villa Lobos, em São Paulo.

6 - JOGO DAS ESTRELASO Jogo das Estrelas do Novo Basquete Brasil foi uma consagração para o torneio. Com ginásio cheio em São Paulo, o evento serviu de plataforma de ativações para diversas parceiros da Liga Nacional da modalidade.

7 - ITAÚ ATIVA TÊNISO Miami Open de tênis contou mais uma vez com o patrocínio do Itaú. O banco vez diversas ativações com o torneio, com o estande de dois anda-res no complexo americano e, mais uma vez, com a presença de Guga.

8 - ALCATEL CORINTIANAO Corinthians apresentou um novo parceiro comercial: a Alcatel. A empre-sa fechou com o time até o fim do ano, mas ampliou o contrato com menos de um mês: a marca saiu dos ombros para as mangas do uniforme.

9 - CAIXA AVANÇAA Caixa transformou dois parceiros pontuais de 2016 em patrocinados de 2017. A empresa estatal acertou o aporte até o fim do ano de Santos e Botafogo, que ficará com a marca no espaço máster do uniforme.

10 - CONFEDERAÇÕES FORTESAs confederações de Rúgbi e de Judô conseguiram fugir à regra do período pós-olímpico: ambas acertaram novos contratos de pa-trocínio. A CBRu com a Robert Walters e a CBJ com a Mizuno.

O mês de março foi marcado pela movimentação de grandes marcas no mercado esportivo brasileiro, com iniciativas novas de Samsung, Shell, Visa, Amstel, Gol entre outras. Veja abaixo os cases do mês.

OS 10+ DE MARÇO