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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA DE APOIO E ASSISTÊNCIA JURÍDICA - DP/DF AULA 08 - Serviços Públicos Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 1 Olá! A partir desta aula, estamos modificando alguns aspectos em nossos cursos, de modo a ficar melhor a abordagem e mais fácil a utilização. Então, vamos incrementando algumas novidades sugeridas por vocês, além de outros aspectos que possam nos auxiliar na busca de nosso objetivo, a exemplo do sumário de modo que nos permita acessar mais rapidamente determinado tópico, dentre outras ferramentas que iremos incorporando. Hoje veremos o seguinte: Aula 08: 5 Serviços públicos. 5.1 Concessão, permissão, autorização e delegação. 5.2 Serviços delegados. 5.3 Convênios e consórcios. 5.4 Conceito de serviço público. 5.5 Classificação e garantias. 5.6 Usuário do serviço público. 5.7 Extinção da concessão de serviço público e reversão dos bens. Vamos ao que interessa. SUMÁRIO Serviços Públicos .................................................................................................................... 2 Princípios .................................................................................................................................... 6 Classificação ............................................................................................................................. 9 Prestação do Serviço ........................................................................................................... 13 Delegação ................................................................................................................................ 14 Extinção .................................................................................................................................... 17 QUESTÕES COMENTADAS................................................................................................. 19 QUESTÕES SELECIONADAS ............................................................................................. 51 Gabarito.................................................................................................................................... 60

9 - Serviços

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Serviços Administrativos

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    Ol!

    A partir desta aula, estamos modificando alguns

    aspectos em nossos cursos, de modo a ficar melhor a abordagem e

    mais fcil a utilizao.

    Ento, vamos incrementando algumas novidades

    sugeridas por vocs, alm de outros aspectos que possam nos

    auxiliar na busca de nosso objetivo, a exemplo do sumrio de modo

    que nos permita acessar mais rapidamente determinado tpico,

    dentre outras ferramentas que iremos incorporando.

    Hoje veremos o seguinte:

    Aula 08: 5 Servios pblicos. 5.1 Concesso, permisso,

    autorizao e delegao. 5.2 Servios delegados. 5.3

    Convnios e consrcios. 5.4 Conceito de servio pblico. 5.5

    Classificao e garantias. 5.6 Usurio do servio pblico.

    5.7 Extino da concesso de servio pblico e reverso dos

    bens.

    Vamos ao que interessa.

    SUMRIO

    Servios Pblicos .................................................................................................................... 2

    Princpios .................................................................................................................................... 6

    Classificao ............................................................................................................................. 9

    Prestao do Servio ........................................................................................................... 13

    Delegao ................................................................................................................................ 14

    Extino .................................................................................................................................... 17

    QUESTES COMENTADAS ................................................................................................. 19

    QUESTES SELECIONADAS ............................................................................................. 51

    Gabarito .................................................................................................................................... 60

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    Servios Pblicos

    Estabelece a Constituio Federal, em seu artigo 175,

    que incumbe ao Poder Pblico, na forma da lei, diretamente ou sob

    regime de concesso ou permisso, sempre atravs de licitao, a

    prestao de servios pblicos.

    Comentando o referido dispositivo, o prof. Jos Afonso

    da Silva destaca que o servio pblico , por natureza estatal. Tem

    como titular uma entidade pblica. Por conseguinte, fica sempre sob

    o regime jurdico de direito pblico. O que, portanto, se tem que

    destacar, aqui e agora, que no cabe titularidade privada nem

    mesmo sobre os servios pblicos de contedo econmico....

    Com efeito, vamos perceber que a expresso servio

    pblico pode ter diversos sentidos, sendo, portanto, uma rdua tarefa

    definir seu conceito na medida em que nem mesmo a Constituio ou

    as Leis o fazem.

    Ento, em sentido geral, pode-se dizer que servio

    pblico qualquer atividade prestada pelo Estado, isto , pode ser

    compreendido como atividades prestadas pelo Poder Pblico no

    sentido de satisfazer os anseios da coletividade.

    No entanto, Roberto Dromi, citado pela Profa. Di Pietro,

    esclarece que os servios pblicos, numa interpretao positiva,

    podem ser vistos sob trs vertentes: mxima, mdia e mnima.

    A primeira, uma compreenso mxima (sentido

    amplssimo), servio pblico corresponderia a toda atividade do

    Estado cujo desempenho deva ser garantido e regulado por este.

    Essa corrente baseada na escola do servio

    pblico, cujo representante mximo Leon Duguit, para a qual a

    expresso servio pblico englobaria todas as atividades prestadas

    pelo Estado, inclusive as atividades legislativas e judiciais.

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    Em sentido mdio (sentido amplo), baseia-se na noo

    cunhada pela escola da Administrao Pblica, ou seja, os servios

    pblicos representariam toda e qualquer atividade da Administrao

    Pblica.

    E, enfim, numa compreenso mnima, ou restrita

    (sentido estrito), servio pblico seria uma importante, mas no

    nica ou exclusiva atividade prestada pela administrao pblica.

    Nesse sentido, a par dessas concepes, o Prof. Celso

    Antnio Bandeira de Mello conceitua servio pblico como:

    toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade

    material destinada satisfao da coletividade em geral,

    mas fruvel singularmente pelos administrados, que o Estado

    assume como pertinente a seus deveres e presta por si

    mesmo ou por quem lhe faa s vezes, sob um regime de

    Direito Pblico portanto, consagrador de prerrogativas de

    supremacia e de restries especiais -, institudo em favor

    dos interesses definidos como pblicos no sistema

    normativo.

    Hely Lopes, de forma mais simples, conceitua servio

    pblico como sendo todo aquele prestado pela Administrao ou por

    seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer

    necessidades essenciais ou secundrias da coletividade ou simples

    convenincias do Estado.

    A profa. Di Pietro define servio pblico como toda

    atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exera

    diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de

    satisfazer concretamente s necessidades coletivas, sob regime

    jurdico total ou parcialmente pblico.

    E o prof. Carvalho Filho entende que toda atividade

    prestada pelo Estado ou por seus delegados, basicamente sob regime

    de direito pblico, com vistas satisfao de necessidades essenciais

    e secundrias da coletividade.

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    Com efeito, o Prof. Carvalho Filho assevera que a

    expresso servio pblico tm dois sentidos. Um subjetivo, que se

    considera o rgo do Estado responsvel pela execuo do servio. E,

    outro, objetivo, que diz respeito atividade prestada pelo Estado.

    No entanto, na doutrina, verifica-se a existncia de trs

    correntes distintas que consideram servio pblico segundo os

    critrios orgnicos, formal e material.

    Pelo critrio orgnico considera quem o prestador

    do servio pblico. Assim, servio pblico seria atividade prestada por

    rgo do prprio Estado.

    Pelo critrio formal define-se tomando por referncia

    o regime jurdico. Ento, servio pblico seria atividade submetida a

    um regime diferenciado, regime jurdico de direito pblico.

    E, pelo critrio material, que diz respeito natureza

    da atividade, servio pblico seria atividade de cunho essencial e

    prestada diretamente coletividade.

    De outro lado, outras duas correntes doutrinrias

    buscam caracterizar o que seria o servio pblico levando em

    considerao atividade. So os essencialistas e os formalistas

    (legalistas).

    Para a corrente essencialista, verifica-se a natureza

    da atividade, ou seja, servio pblico toda atividade cuja natureza

    representa uma funo essencial coletividade.

    Diante disso, poderia se dizer que h um ncleo mnimo

    de atividades que dada a sua natureza, essencialidade, se

    caracterizaria como servio pblico.

    Para os formalistas no seria possvel identificar esse

    ncleo de atividades essenciais a fim de caracterizar os servios

    pblicos. Por isso, para essa corrente, servio pblico seria toda e

    qualquer atividade que a Constituio ou as leis definam como tal.

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    V-se, portanto, que h uma diversidade de noo

    daquilo que se poderia definir como servios pblicos. Em razo

    disso, ou seja, dessa impreciso acerca da noo de servio pblico e

    das atividades que se enquadraria em tal conceito, culminou na

    Frana com a denominada crise da noo de servio pblico, ante ao

    carter relativo de seus elementos, conforme tese defendida por

    Louis Corail, quando se chegou a pretender que se abandonasse tal

    expresso.

    Isso porque o Estado (e no s na Frana, diga-se de

    passagem) comeou a ampliar o rol de atividades que se intitulavam

    servios pblicos, passando, inclusive, a englobar atividades

    empresariais, afetando-se o elemento material, bem como pelo fato

    de o Estado no dispor de meios para prestar ele mesmo todos os

    servios, tendo que deleg-los aos particulares, afetando-se o

    elemento formal.

    No Brasil, pode-se dizer que no fomos afetados por tal

    crise, na medida em que para ns, servios pblicos so todos

    aqueles definidos por lei como dessa natureza.

    Assim, podemos definir servio pblico como toda

    atividade desempenhada pela Administrao Pblica, direta ou

    indiretamente, visando satisfao dos anseios dos

    administrados, sob o regime jurdico de direito pblico, ainda

    que parcialmente, e definida em lei como tal.

    A ttulo de exemplo, veja que a prpria Constituio

    elegeu algumas atividades como servio pblico, tal como loteria,

    transporte coletivo, dentre outras.

    Portanto, no se pode exatamente dizer o que servio

    pblico, variando de Estado para Estado, de sociedade para

    sociedade, conforme o tempo e o critrio adotado.

    Nesse sentido, conforme Hely Lopes, o conceito deservio pblico no uniforme na doutrina, que ora nos oferece uma

    noo orgnica, s considerando com tal o que prestado por rgos

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    pblicos; ora nos apresenta uma conceituao formal, tendente a

    identific-lo por caractersticas extrnsecas; ora nos expe um

    conceito material, visando a defini-lo por seu objeto. Realmente, o

    conceito de servio pblico varivel e flutua ao sabor das

    necessidades e contingncias polticas, econmicas, sociais e culturais

    de cada comunidade, em cada momento histrico, como acentuam os

    modernos publicistas.

    Princpios

    Sabe-se que os servios pblicos se sujeitam regime

    diferenciado, regime especial, mesmo quando prestados por

    particulares, ou seja, ainda que parcialmente, os servios pblicos

    sempre esto sempre sujeitos ao regime jurdico de direito pblico.

    Isso significa que sua prestao est adstrita a uma

    srie de limitaes e poderes, que impem a observncia de diversos

    princpios, dos quais podemos citar os seguintes:

    Princpio da supremacia do interesse pblico:

    trata-se de princpio geral do Direito Administrativo, segundo o qual o

    interesse pblico deve preponderar em relao ao interesse

    particular, de modo que os servios pblicos visam satisfazer os

    anseios da coletividade, ressalvando-se as limitaes impostas pela

    prpria Constituio.

    Princpio da adaptabilidade ou mutabilidade: os

    servios pblicos devem acompanhar a modernizao, a fim de se

    manterem atualizados. Assim, permitida mudanas no regime de

    execuo (regime jurdico) a fim de adapt-lo ao interesse pblico.

    Princpio da impessoalidade: na prestao dos

    servios pblicos no pode haver discriminao entre os

    usurios/beneficirios.

    Princpio da igualdade dos usurios: estabelece que

    direito do usurio ter tratamento isonmico em relao ao acesso,

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    assim como na prestao dos servios pblicos, desde que atendidas

    s condies legalmente estabelecidas.

    Princpio da universalidade: corolrio do princpio da

    igualdade, estabelece que os servios pblicos devem ser prestados

    indistintamente, de forma a abranger o maior nmero de

    beneficirios que seja possvel.

    A propsito, o ilustre prof. Carvalho Filho cita o

    princpio da generalidade, que compreenderia a universalidade,

    impessoalidade e a igualdade, ao salientar que significa, de um lado,

    que os servios pblicos devem ser prestados com a maior amplitude

    possvel e de serem eles prestados sem discriminaes entre os

    beneficirios, quando tenham estes as mesmas condies tcnicas e

    jurdicas para a fruio. Cuida-se de aplicao do princpio da

    isonomia ou, mais especificamente, da impessoalidade (art. 37, CF).

    Princpio da continuidade: os servios pblicos no

    podem sofrer lapso de continuidade, quer dizer que no podem ser

    interrompidos.

    importante dizer que a Lei n 8.987/95 (Lei de

    concesses e permisses de servio pblico) excepciona esse

    princpio nos casos de a) emergncia; b) prvio aviso: I - por

    motivos tcnicos; II - por falta de pagamento (inadimplncia).

    Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justia tem

    entendimento de que no possvel o corte de energia por dbitos

    pretritos, ressalvando-se, no entanto, o corte por falta de

    pagamento (dbito atual), quando tais servios so prestados por

    concessionrio e so remunerados por tarifa, conforme o seguinte:

    4. A Primeira Seo desta Corte firmou o

    entendimento de que a empresa concessionria do

    servio poder suspender o fornecimento de energia

    desde que precedido de aviso prvio, no caso de

    inadimplemento da conta. Precedentes: REsp

    460.271/SP, Rel. Ministra Eliana Calmon, DJU

    21.2.2005; REsp 591.692/RJ, Rel. Ministro Teori Albino

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    Zavascki, DJU 14.3.2005; REsp 615.705/PR, Rel.

    Ministro Luiz Fux, DJU 13.12.2004. (AgRg no REsp

    854.204/AL, Rel. Ministro BENEDITO GONALVES, PRIMEIRA

    TURMA, julgado em 09/11/2010, DJe 18/11/2010)

    Conforme entendimento firmado neste Superior

    Tribunal de Justia, ilegtimo o corte de fornecimento

    de energia eltrica quando a inadimplncia do

    consumidor decorrer de dbitos pretritos. (AgRg no

    REsp 1145884/RS, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA,

    SEGUNDA TURMA, julgado em 09/11/2010, DJe 17/11/2010)

    A propsito, mesmo nesses casos, de inadimplemento,

    a jurisprudncia tem se curvado para preservar a integridade fsica e

    moral da pessoa, ou seja, no se admitindo o corte quando estiver

    em jogo o direito vida e sade.

    PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.

    FORNECIMENTO DE ENERGIA ELTRICA.

    INVIABILIDADE DE SUSPENSO DO ABASTECIMENTO

    NA HIPTESE DE DBITO DE ANTIGO PROPRIETRIO.

    PORTADORA DO VRUS HIV. NECESSIDADE DE

    REFRIGERAO DOS MEDICAMENTOS. DIREITO

    SADE.

    1. A jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia no

    sentido da impossibilidade de suspenso de servios

    essenciais, tais como o fornecimento de energia eltrica

    e gua, em funo da cobrana de dbitos de antigo

    proprietrio.

    2. A interrupo da prestao, ainda que

    decorrente de inadimplemento, s legtima se

    no afetar o direito sade e integridade fsica

    do usurio. Seria inverso da ordem

    constitucional conferir maior proteo ao direito

    de crdito da concessionria que aos direitos

    fundamentais sade e integridade fsica do

    consumidor. Precedente do STJ.

    3. Recurso Especial provido.

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    (REsp 1245812/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,

    SEGUNDA TURMA, julgado em 21/06/2011, DJe

    01/09/2011)

    Princpio da transparncia: os servios pblicos

    devem primar pela publicidade, devem ser explcitos, devendo ser

    levados ao conhecimento pblico at para efeito de controle.

    Princpio da motivao: na prestao dos servios

    pblicos as decises devem ser sempre fundamentadas,

    apresentando os fundamentos de fato e de direito.

    Princpio da modicidade das tarifas: significa dizer

    que os servios pblicos no so prestados visando ao lucro, mas

    visando a satisfao dos anseios da coletividade, devendo considerar

    queles que no tm condies materiais, por isso, deve sem de

    baixo custo, cujo intuito , primordialmente, de apenas custear os

    gastos efetuados.

    Princpio do controle: dever do Estado, como

    titular dos servios pblicos, exercer permanentemente a fiscalizao

    sob sua prestao.

    A Lei n 8.987/95 ao definir o que seria servio

    adequado positivou alguns desses princpios no seu art. 6, 1 ao

    expressar que servio adequado o que satisfaz as condies de

    regularidade, continuidade, eficincia, segurana, atualidade,

    generalidade, cortesia na sua prestao e modicidades das tarifas.

    Assim, no se trata de aplicao do princpio da

    igualdade dos usurios a fixao de prazos rigorosos para o

    contraente, eis que os servios devem ser voltados atend-los,

    diante de suas necessidades e, por isso, podem sofrer mutaes

    (princpio da mutabilidade).

    Classificao

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    Os servios pblicos podem ser classificados de

    diversas formas. Nesse aspecto, sobressai a lio de Hely Lopes

    Meirelles que leva em conta a essencialidade, a adequao e os

    destinatrios dos servios.

    Assim, quanto essencialidade, temos:

    a) servios pblicos essenciais: so os considerados

    essenciais coletividade e ao prprio Estado, prestados

    exclusivamente por este, por estarem ligados intimamente com suas

    atribuies.

    Tais servios so considerados privativos do Poder

    Pblico, no podendo ser delegados. Ex. segurana pblica, defesa

    nacional etc.

    A propsito, o prof. Celso Ribeiro Bastos entende que

    tais atividades, ligadas soberania nacional, no so servios

    pblicos, sendo atos de natureza poltica.

    b) servios de utilidade pblica (no-essenciais):

    so os que, muito embora no sejam essenciais, so convenientes

    para a sociedade, visa melhoria de vida do indivduo na

    coletividade.

    O Poder Pblico pode prest-los diretamente ou por

    terceiros (delegados), mediante remunerao (preo pblico), sendo

    que a regulamentao e o controle so exercidos pelo Estado. Porm,

    a prestao se d por conta e risco dos delegatrios. Exemplos:

    fornecimento de energia eltrica, telefone, de transporte coletivo.

    No tocante ao fornecimento de energia h

    entendimento no sentido de caracteriz-lo como servio essencial

    (STJ).

    Quanto ao titular dos servios, podem ser

    considerados servios pblicos prprios os que so da titularidade

    do Estado, podendo ser prestados por este direta ou indiretamente, e

    servios pblicos imprprios so aqueles que no so

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    propriamente servios pblicos, muito embora possam ser prestados

    pelo Estado (servio bancrio).

    A profa. Di Pietro, na linha do pensamento de Cretella

    Jnior, entende que os servios pblicos prprios podem ser

    prestados indiretamente, ou seja, por meio de concesso ou

    permisso, enquanto os servios pblicos imprprios no so

    assumidos, nem executados pelo Estado, mas apenas por ele

    autorizado, regulamentado e fiscalizado.

    Assim, recebem o nome de servios pblicos porque

    atendem aos interesses gerais, o que para alguns so servios

    autorizados, apenas.

    Quanto aos destinatrios, temos:

    a) servios pblicos gerais (uti universi): so os

    servios pblicos prestados coletividade em geral, sem ter usurio

    determinado, especfico, por isso no podem ser mensurados de

    forma individualizada. Ex. iluminao pblica, educao, sade.

    Tais servios so remunerados mediante impostos ou

    contribuies, tal como os servios de asfaltamento, Iluminao

    Pblica, urbanizao etc.

    Nesse sentido, vale citar a Smula 670-STF: Os

    servios de iluminao pblica no pode ser remunerado

    mediante taxa.

    b) servios pblicos especficos, singulares ou

    individuais (uti singuli) so os que tm usurios determinados,

    individualizveis, so tambm servios postos disposio de

    qualquer usurio, contudo, pode-se mensurar quanto cada um se

    beneficia ou utiliza dos servios.

    Nesta hiptese, podemos ter servios pblicos

    compulsrios, ou seja, aqueles que no podem ser recusados pelo

    destinatrio, eis que estabelecidos de forma coativa, os quais

    podero ser gratuitos ou remunerados.

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    Quando remunerados, ser utilizada a taxa de

    servio, espcie tributria (art. 77, CTN).

    Ou sero facultativos, isto , so aqueles postos

    disposio do usurio, de modo que somente pelo efetivo uso que

    haver a contraprestao remuneratria (pagamento de tarifa, que

    espcie de preo pblico), tal como exemplo dos transportes coletivo.

    Quanto ao objeto temos:

    a) Servios pblicos administrativos so os

    servios denominados meio, ou seja, aqueles destinados a atender as

    demandas internas da Administrao ou preparatrios de outros

    servios a serem prestados. (Ex: imprensa oficial)

    b) servios comerciais ou industriais so os

    servios enquadrados com atividade econmica em sentido amplo,

    previstos no art. 175 da CF/88, ou seja, que tm a possibilidade de

    serem explorados com a finalidade de lucro.

    c) servio pblico social so servios voltados ao

    atendimento de necessidades sociais da coletividade, tal como

    educao, sade etc.

    Alm dessas classificaes, interessante citar o prof.

    Carvalho Filho, que apresenta os servios pblicos classificados em:

    a) delegveis e indelegveis; b) administrativos e de utilidade

    pblica; c) coletivos e singulares; d) sociais e econmicos.

    Os delegveis so aqueles que em razo de sua

    natureza podem ser exercido pelo Estado ou este poder permite que

    particulares os exera em colaborao com o poder pblico

    (transporte coletivo, fornecimento de energia eltrica). E,

    indelegveis os que somente podem ser prestados pelo Estado

    (defesa nacional, segurana pblica etc).

    Administrativos so aqueles exercidos para sua

    melhor organizao do Estado (imprensa oficial etc). Os de utilidade

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    pblica so aqueles destinados aos indivduos para sua fruio direta

    (postos mdicos, fornecimento de energia, gs etc).

    Alm disso, servios sociais so aqueles destinados a

    atender aos anseios sociais bsicos, ou seja, servios relevantes ou

    assistenciais e protetivos (hospitais, educacional, saneamento etc). E

    econmicos representam atividades de carter industrial ou

    comercial (atividade bancria).

    Prestao do Servio

    Quanto prestao dos servios pblicos possvel que

    sejam prestados diretamente pelo Estado ou indiretamente.

    Com efeito, quando a Administrao presta os servios

    pblicos temos a prestao direta, que pode ser de forma

    centralizada (Adm. direta) ou descentralizada (Adm. indireta).

    Os servios sero prestados indiretamente, prestao

    indireta (e descentralizada), quando o Estado delega a prestao

    a particulares.

    Assim, conforme entendimento majoritrio da doutrina,

    quando a Administrao transfere a titularidade dos servios

    entidade criada para tal fim, d-se a outorga (servio pblico

    outorgado) ou apenas transfere a prestao por meio da

    delegao.

    Ento, ocorre a outorga quando o Estado cria uma

    entidade e a ela transfere, por lei, determinado servio

    pblico.

    Ressalva-se, no entanto, o entendimento do Prof.

    Carvalho Filho, para quem a titularidade sempre do Estado. Da a

    outorga seria a transferncia (delegao) da prestao do servio

    determinada por lei (delegao legal).

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    Por outro lado, quando a execuo do servio, ou seja,

    a prestao transferida ao terceiro no integrante da estrutura da

    Administrao Pblica titular do servio ocorre a delegao, que pode

    ser realizada por meio de contrato ou ato unilateral da

    Administrao.

    Com efeito, a delegao de servio pblico a

    transferncia temporria do servio pblico a quem no seu

    titular. (art. 2, Lei n 9.074/95).

    Delegao

    No tocante delegao de servio pblico, a doutrina

    no unssona quanto s suas formas, ou espcies. Para alguns

    como Celso Antnio Bandeira de Mello, h duas espcies, a concesso

    e a permisso, para outros, como Maria Sylvia e Hely Lopes, h trs

    espcies, a concesso, a permisso e a autorizao.

    Para efeitos didticos, adotaremos a posio

    dominante, no sentido de que a delegao de servios pblicos

    pode se realizada utilizando-se os institutos da concesso,

    permisso e autorizao.

    Outrossim, modernamente, alguns autores vm citando

    o arrendamento e a franquia como espcie de contratos que

    transferem a prestao de servios pblicos a particulares

    (arrecadao de correio, loterias etc), todavia, dado o objetivo desse

    curso, no entraremos em tal seara.

    No tocante concesso de servios pblicos,

    verificamos a existncia de duas espcies, a chamada concesso

    comum e a concesso especial.

    A concesso comum est prevista na Lei n 8.987/95

    (Lei de Concesses e Permisses) que prev duas modalidades:

    concesso de servios pblicos (art. 2, II); concesso de

    servios pblicos precedida de obra pblica (art.2, III).

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    A concesso de servio pblico (art. 2, inc. II)

    a delegao da prestao de servios pblicos, feita pelo poder

    concedente, por meio de contrato, tendo lei que autorize, mediante

    licitao, na modalidade concorrncia pessoa jurdica ou consrcio

    de empresas que demonstrem capacidade para prest-lo, por sua

    conta e risco e em nome prprio, com prazo determinado.

    A concesso de servio pblico precedido de obra

    pblica (art. 2, inc. III) consiste na construo, total ou parcial,

    conservao, reforma, ampliao ou melhoramento de quaisquer

    obras de interesse pblico, delegada pelo poder concedente,

    mediante licitao, na modalidade concorrncia, pessoa jurdica ou

    consrcio de empresas que demonstrem capacidade para a sua

    realizao, por sua conta e risco, de forma que o investimento da

    concessionria seja remunerado e amortizado mediante a explorao

    do servio ou da obra, por prazo determinado.

    A concesso especial foi criada pela Lei n 11.079/04

    (Lei das Parcerias Pblico-Privadas), prevendo, tambm, duas

    hipteses, sendo a concesso patrocinada (art.2, 1) e a

    concesso administrativa (art.2, 2).

    A concesso patrocinada a concesso comum, ou

    seja, de servios pblicos ou de obras pblicas, quando envolver,

    alm da tarifa cobrada dos usurios, contraprestao do parceiro

    pblico ao parceiro privado (art. 2, 1).

    A concesso administrativa o contrato de

    prestao de servio de que a Administrao seja usuria direta ou

    indiretamente, ainda que envolva a execuo de obra ou

    fornecimento e instalao de bens (art. 2, 2).

    Servio pblico

    Comum

    Concesso

    Servio pblico precedido de obra pblica

    Especial

    Patrocinada

    Administrativa

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    H tambm a delegao por meio da permisso de

    servio pblico, prevista na Lei n 8.987/95, em seu art.2, inc. IV,

    definindo-a como a delegao, a ttulo precrio, mediante licitao,

    da prestao de servios pblicos, feita pelo poder concedente

    pessoa fsica ou jurdica que demonstre capacidade para seu

    desempenho, por sua conta e risco.

    bom saber, e eu j reprovei num concurso por causa

    disso (risos), que a doutrina divergente acerca da natureza jurdica

    da permisso, especialmente no que diz respeito sua formalizao,

    se realizada por contrato ou ato unilateral.

    Contudo, a Lei de concesses estabelece que se trata

    de contrato de adeso, nos termos do art. 40, em que pese ser

    instituto precrio, discricionrio e intuitu personae.

    Por isso, a permisso pode ser unilateralmente

    revogada, a qualquer tempo, pela Administrao, sem que se deva

    pagar ao permissionrio qualquer indenizao exceto quando se

    tratar de permisso condicionada que aquela em que o Poder

    Pblico se autolimita na faculdade discricionria de revog-la a

    qualquer tempo, fixando o prazo de sua vigncia ( denominada

    permisso contratual).

    Para facilitar nossa vida, apresento o seguinte resumo:

    Natureza: contratual (carter mais estvel)

    Concesso

    Autorizao: exige autorizao legislativa

    Licitao: concorrncia (* Salvo as concesses do PND)

    Delegao: Pessoas jurdicas ou consrcio de empresas

    Natureza: contrato de adeso (carter mais precrio)

    Permisso

    revogvel (crticas)

    Autorizao: no exige autorizao legislativa

    Licitao: exigida (qualquer modalidade/valor)

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    Delegao: Pessoas jurdicas ou Fsicas

    Finalmente, devemos considerar ainda a autorizao

    de servio pblico, instituto que se coloca ao lado da concesso e

    da permisso de servios pblicos, destinando-se aos servios mais

    simples, de alcance limitado, ou a trabalhos de emergncia, seguindo

    no que couber a Lei n 8.987/95. Ex. servio de txi, servios de

    despachante, servios de segurana particular.

    A autorizao tem a caracterstica de ser ato precrio,

    discricionrio, conferida no interesse do particular e intuitu personae,

    podendo ser vinculada quando lei estabelece requisitos para a

    concesso ou discricionria quando, muito embora se tenha requisito,

    caber administrao avaliar a convenincia ou oportunidade de

    editar o ato.

    Extino

    A extino da delegao do servio pblico instituto

    no qual se pe termo prestao por terceiro. Assim, conforme prev

    o art. 35 da Lei n 8.987/95, h diversas formas, tal como:

    Advento ou termo (concluso natural);

    Encampao;

    Caducidade;

    Resciso;

    Anulao;

    Falncia ou extino da pessoa jurdica (empresa

    concessionria);

    Falecimento ou incapacidade da pessoa fsica (titular de

    empresa individual).

    Como ressaltado, extino termo genrico utilizado

    para indicar o desfazimento do contrato de concesso durante o

    prazo de execuo ou pelo decurso desse prazo. Assim, adota-se o

    termo resciso contratual.

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    A resciso do contrato poder ocorrer por ato unilateral

    do poder concedente nos casos de encampao, caducidade e

    anulao, por deciso judicial (anulao) ou por acordo entre as

    partes (resciso consensual).

    Em regra a resciso ir ocorrer pelo decurso do prazo

    contratual (advento do termo contratual), tal como prev a Lei n

    9.074/95 ao fixar prazos de trinta e cinco anos para concesso de

    gerao de energia eltrica; trinta anos para a concesso de

    distribuio, podendo ocorrer uma prorrogao.

    A Encampao ou resgate o trmino do contrato

    antes do prazo, feito pelo poder pblico, de forma unilateral, por

    razes de interesse pblico. Tendo em vista a convenincia do

    interesse pblico e por razes supervenientes o concessionrio

    retoma a prestao dos servios, conforme art. 37 da Lei n

    8.987/95, que assim dispe:

    Art. 37. Considera-se encampao a retomada do

    servio pelo poder concedente durante o prazo da

    concesso, por motivo de interesse pblico, mediante

    lei autorizativa especfica e aps prvio pagamento da

    indenizao, na forma do artigo anterior.

    A Caducidade ou decadncia forma de extino do

    contrato, antes de seu termo, pelo poder pblico, de forma unilateral,

    inexecuo total ou parcial do ajuste por parte da concessionria,

    conforme art. 38, assim expresso:

    Art. 38. A inexecuo total ou parcial do contrato acarretar,

    a critrio do poder concedente, a declarao de caducidade

    da concesso ou a aplicao das sanes contratuais,

    respeitadas as disposies deste artigo, do art. 27, e as

    normas convencionadas entre as partes.

    A caducidade, em regra, no gera direito indenizao.

    o concessionrio, no entanto, quem responder a processo

    administrativo pelos prejuzos causados.

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    Esse instituto somente pode ser invocado pela

    Administrao, no cabendo ao concessionrio invoc-lo sob o a tese

    da exceptio non adimplenti contractus (exceo do contrato no

    cumprido).

    A anulao a invalidao do contrato, antes do

    trmino do prazo, por razes de ilegalidade, ou seja, por vcio na

    concesso ou no prprio ajuste. Pode operar por fora de ato da

    prpria Administrao ou por deciso judicial.

    possvel, ainda, que a concesso seja extinta em

    razo de falncia ou extino da empresa, bem como em virtude

    de falecimento ou incapacidade do concessionrio (empresa

    individual).

    Nos casos de resciso normal, por decurso de prazo,

    ocorre a reverso que a incorporao pelo poder concedente dos

    bens afetos ao servio pblico e de propriedade do concessionrio,

    para manter a continuidade do servio.

    Art. 35

    1 Extinta a concesso, retornam ao poder

    concedente todos os bens reversveis, direitos e

    privilgios transferidos ao concessionrio conforme

    previsto no edital e estabelecido no contrato.

    Tais bens sero indenizados se no tiverem sido

    amortizados pelo perodo de concesso ante as tarifas fixadas.

    Assim, vamos s questes.

    QUESTES COMENTADAS

    1. (ADVOGADO - BADESC - FGV/2010) Com relao

    aos princpios inerentes aos servios pblicos, analise as

    afirmativas a seguir.

    I. O princpio da continuidade impede que haja suspenso do servio

    pblico, ainda que motivada por razes tcnicas.

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    II. As concessionrias de servio pblico devem observar o princpio

    da eficincia, mantendo adequado o servio executado.

    III. A remunerao dos servios pblicos no pode abranger

    parmetros diferenciados de cobrana em razo do princpio da

    modicidade.

    Assinale:

    a) se somente a afirmativa I estiver correta.

    b) se somente a afirmativa II estiver correta.

    c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

    d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

    e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

    Comentrio:

    A assertiva I incorreta. Embora o princpio da

    continuidade, de fato, impea que haja suspenso do servio pblico,

    possvel a paralisao do servios por questes de ordem tcnica ou

    por inadimplemento por parte do usurio, desde que ocorra o prvio

    aviso.

    Assertiva II correta. De fato, as concessionrias de

    servio pblico devem observar o princpio da eficincia, que um

    dos vetores para a manuteno da prestao de servio pblico de

    forma adequada, conforme dispe o art. 6, 1, da Lei n 8.987/95:

    Art. 6 Toda concesso ou permisso pressupe a

    prestao de servio adequado ao pleno atendimento

    dos usurios, conforme estabelecido nesta Lei, nas

    normas pertinentes e no respectivo contrato.

    1 Servio adequado o que satisfaz as condies de

    regularidade, continuidade, eficincia, segurana,

    atualidade, generalidade, cortesia na sua prestao e

    modicidade das tarifas.

    A assertiva III incorreta. A remunerao dos servios

    pblicos pode abranger parmetros diferenciados de cobrana, alm

    da observncia da modicidade. que poder haver tarifa, por

    exemplo, denominada social, tal como para estudantes, pessoas de

    baixa renda etc, conforme o seguinte:

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    Art. 13. As tarifas podero ser diferenciadas em funo

    das caractersticas tcnicas e dos custos especficos

    provenientes do atendimento aos distintos segmentos

    de usurios.

    Gabarito: "B".

    2. (EXAME DE ORDEM - OAB - FGV/2012) Acerca dos servios

    considerados como servios pblicos uti singuli, assinale a

    afirmativa correta.

    a) Servios em que no possvel identificar os usurios e, da

    mesma forma, no possvel a identificao da parcela do servio

    utilizada por cada beneficirio.

    b) Servios singulares e essenciais prestados pela Administrao

    Pblica direta e indireta.

    c) Servios em que possvel a identificao do usurio e da parcela

    do servio utilizada por cada beneficirio.

    d) Servios que somente so prestados pela Administrao Pblica

    direta do Estado.

    Comentrio:

    A alternativa "a" est errada. Os servios uti singuli so

    aqueles que se pode mensurar individualmente ou pode-se definir

    unidade de consumo, de modo que possvel identificar os usurios e

    a parcela do servio utilizada por cada beneficirio.

    A alternativa "b" est errada. Os servios uti singuli

    podem ser ou no servios essenciais, prestados ou no pela

    Administrao pblica.

    A alternativa "c" est correta. De fato, os servios uti

    singuli so os que possvel a identificao do usurio e da parcela

    do servio utilizada por cada beneficirio.

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    A alternativa "d" est errada. Os servios uti singuli

    podem ser prestados ou no diretamente pela Administrao Pblica,

    direta ou indireta.

    Gabarito: "C".

    3. (DELEGADO DE POLCIA - PC/AP - FGV/2010) A

    transferncia da execuo de servio pblico comum pessoa

    jurdica de direito privado j existente, mediante contrato

    administrativo, conservando o Poder Pblico a titularidade do

    servio, caso de:

    a) desconcentrao administrativa por outorga.

    b) desconcentrao funcional por colaborao.

    c) descentralizao administrativa por delegao legal.

    d) descentralizao administrativa por colaborao.

    e) concentrao funcional por delegao negocial.

    Comentrio:

    Lembremos:

    A desconcentrao ocorre com a transferncia de um

    servio de um rgo para outro. A desconcentrao pode ser: (a)

    hierrquica (quando a transferncia se d para rgo subordinado);

    (b) funcional (quando a transferncia se d em razo da matria,

    funo a ser desempenhada); (c) territorial (quando ocorre por

    motivos geogrficos ou territoriais).

    E a descentralizao de uma pessoa para outra. Pode

    ser: (a) tcnica, funcional ou por servio (quando se cria uma PJ, na

    estrutura estatal, para ser especialista em determinado servio

    pblico. Ela recebe o servio por meio de lei, passando a ser o titular

    desse servio, conforme doutrina dominante. Ento, se fala em

    delegao legal); (b) territorial ou geogrfica (a pessoa criada em

    determinada localidade ou territrio para exercer, de forma genrica,

    os servios pblicos); (c) por colaborao (quando a prestao do

    servio pblico transferida para particular);

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    Portanto, a transferncia da execuo de servio

    pblico comum pessoa jurdica de direito privado, mediante

    contrato administrativo, uma delegao e como tal uma forma de

    descentralizao por colaborao.

    Gabarito: "D"

    4. (ANALISTA JUDICIRIO - TRE/PA - FGV/2011) A delegao

    de prestao de servio pblico mediante concorrncia e o ato

    de delegao precria de servio pblico correspondem,

    respectivamente, a

    a) desconcentrao e permisso.

    b) permisso e desconcentrao.

    c) permisso e concesso.

    d) concesso e permisso.

    e) concesso e autorizao.

    Comentrio:

    A banca entendeu que a delegao de servio pblico

    mediante concorrncia a concesso e o ato de delegao precria

    corresponde permisso.

    Contudo, fao uma ressalva. que, embora seja a

    permisso precria, formaliza-se por contrato de adeso, e, ademais,

    a autorizao tambm ato precrio no qual ocorre a delegao de

    servio pblico. Por isso, entendo que a questo deveria ter sido

    anulada.

    Gabarito: "D"

    5. (DELEGADO DE POLCIA - PC/AP - FGV/2010) Com relao

    aos contratos de concesso de servios pblicos, analise as

    afirmativas a seguir:

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    I. Em havendo alterao unilateral do contrato que afete o seu inicial

    equilbrio econmico-financeiro, o poder concedente dever

    restabelec-lo, concomitantemente alterao.

    II. A tarifa no ser subordinada legislao especfica anterior e,

    somente nos casos expressamente previstos em lei, sua cobrana

    poder ser condicionada existncia de servio pblico alternativo e

    gratuito para o usurio.

    III. A criao, alterao ou extino de quaisquer tributos ou

    encargos legais, inclusive os impostos sobre a renda, aps a data da

    assinatura do contrato, implicar a reviso da tarifa, para mais ou

    para menos, conforme o caso.

    IV. O poder concedente no poder prever, em favor da

    concessionria, no edital de licitao, a possibilidade de outras fontes

    provenientes de receitas alternativas, complementares, acessrias ou

    de projetos associados, a fim de favorecer a modicidade das tarifas

    para os usurios.

    Assinale:

    a) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.

    b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

    c) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.

    d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

    e) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.

    Comentrio:

    A assertiva I est correta. De fato, em havendo

    alterao unilateral do contrato que afete o seu inicial equilbrio

    econmico-financeiro, o poder concedente dever restabelec-lo,

    concomitantemente alterao, conforme o seguinte:

    Art. 9 A tarifa do servio pblico concedido ser fixada

    pelo preo da proposta vencedora da licitao e

    preservada pelas regras de reviso previstas nesta Lei,

    no edital e no contrato.

    4 Em havendo alterao unilateral do contrato

    que afete o seu inicial equilbrio econmico-

    financeiro, o poder concedente dever

    restabelec-lo, concomitantemente alterao.

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    A assertiva II est correta. De acordo com o art. 9,

    1, da Lei n 8.987/95, a tarifa no ser subordinada legislao

    especfica anterior e, somente nos casos expressamente previstos em

    lei, sua cobrana poder ser condicionada existncia de servio

    pblico alternativo e gratuito para o usurio. Veja:

    Art. 9 A tarifa do servio pblico concedido ser fixada

    pelo preo da proposta vencedora da licitao e

    preservada pelas regras de reviso previstas nesta Lei,

    no edital e no contrato.

    1 A tarifa no ser subordinada legislao

    especfica anterior e somente nos casos expressamente

    previstos em lei, sua cobrana poder ser condicionada

    existncia de servio pblico alternativo e gratuito

    para o usurio. (Redao dada pela Lei n 9.648, de

    1998)

    A assertiva III est errada. A criao, alterao ou

    extino de quaisquer tributos ou encargos legais, ressalvado os

    impostos sobre a renda, aps a data da assinatura do contrato,

    implicar a reviso da tarifa, para mais ou para menos, conforme o

    caso, de acordo com o art. 9, 3 da Lei n 8.987/95:

    Art. 9 A tarifa do servio pblico concedido ser fixada

    pelo preo da proposta vencedora da licitao e

    preservada pelas regras de reviso previstas nesta Lei,

    no edital e no contrato.

    3 Ressalvados os impostos sobre a renda, a

    criao, alterao ou extino de quaisquer

    tributos ou encargos legais, aps a apresentao

    da proposta, quando comprovado seu impacto,

    implicar a reviso da tarifa, para mais ou para

    menos, conforme o caso.

    A assertiva IV est errada. O poder concedente poder

    prever, em favor da concessionria, no edital de licitao, a

    possibilidade de outras fontes provenientes de receitas alternativas,

    complementares, acessrias ou de projetos associados, a fim de

    favorecer a modicidade das tarifas para os usurios.

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    Art. 11. No atendimento s peculiaridades de cada

    servio pblico, poder o poder concedente prever, em

    favor da concessionria, no edital de licitao, a

    possibilidade de outras fontes provenientes de receitas

    alternativas, complementares, acessrias ou de

    projetos associados, com ou sem exclusividade, com

    vistas a favorecer a modicidade das tarifas, observado

    o disposto no art. 17 desta Lei.

    Pargrafo nico. As fontes de receita previstas neste

    artigo sero obrigatoriamente consideradas para a

    aferio do inicial equilbrio econmico-financeiro do

    contrato.

    Gabarito: "B".

    6. (ADVOGADO - BADESC - FGV/2010) A respeito da concesso

    de servio pblico, analise as afirmativas a seguir.

    I. As clusulas contratuais relativas aos direitos e deveres dos

    usurios para utilizao do servio so consideradas essenciais.

    II. A Lei 8.987/95 possibilita a reviso das tarifas, a fim de manter o

    equilbrio econmico-financeiro do contrato.

    III. As concesses podem ser outorgadas por prazo determinado ou

    indeterminado, desde que seja garantido o ressarcimento do capital

    investido.

    IV. A retomada do servio pelo poder concedente durante o prazo de

    concesso, por motivos de interesse pblico, denomina-se

    encampao.

    Assinale:

    a) se somente a afirmativa I estiver correta.

    b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

    c) se somente as afirmativas incisos II e IV estiverem corretas.

    d) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.

    e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

    Comentrio:

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    A assertiva I est correta. De acordo com o art. 23, inc.

    VI, da Lei n 8.987/95, as clusulas contratuais relativas aos direitos

    e deveres dos usurios para utilizao do servio so consideradas

    essenciais. Observe:

    Art. 23. So clusulas essenciais do contrato de

    concesso as relativas:

    I - ao objeto, rea e ao prazo da concesso;

    II - ao modo, forma e condies de prestao do

    servio;

    III - aos critrios, indicadores, frmulas e parmetros

    definidores da qualidade do servio;

    IV - ao preo do servio e aos critrios e procedimentos

    para o reajuste e a reviso das tarifas;

    V - aos direitos, garantias e obrigaes do poder

    concedente e da concessionria, inclusive os

    relacionados s previsveis necessidades de futura

    alterao e expanso do servio e conseqente

    modernizao, aperfeioamento e ampliao dos

    equipamentos e das instalaes;

    VI - aos direitos e deveres dos usurios para

    obteno e utilizao do servio;

    VII - forma de fiscalizao das instalaes, dos

    equipamentos, dos mtodos e prticas de execuo do

    servio, bem como a indicao dos rgos competentes

    para exerc-la;

    VIII - s penalidades contratuais e administrativas a

    que se sujeita a concessionria e sua forma de

    aplicao;

    IX - aos casos de extino da concesso;

    X - aos bens reversveis;

    XI - aos critrios para o clculo e a forma de

    pagamento das indenizaes devidas concessionria,

    quando for o caso;

    XII - s condies para prorrogao do contrato;

    XIII - obrigatoriedade, forma e periodicidade da

    prestao de contas da concessionria ao poder

    concedente;

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    XIV - exigncia da publicao de demonstraes

    financeiras peridicas da concessionria; e

    XV - ao foro e ao modo amigvel de soluo das

    divergncias contratuais.

    A assertiva II est correta. De fato, a Lei 8.987/95

    possibilita a reviso das tarifas, a fim de manter o equilbrio

    econmico-financeiro do contrato, conforme o seguinte:

    Art. 9 A tarifa do servio pblico concedido ser fixada

    pelo preo da proposta vencedora da licitao e

    preservada pelas regras de reviso previstas nesta Lei,

    no edital e no contrato.

    2 Os contratos podero prever mecanismos de

    reviso das tarifas, a fim de manter-se o equilbrio

    econmico-financeiro.

    A assertiva III est errada. As concesses somente

    podem ser outorgadas por prazo determinado.

    Art. 1.

    II - concesso de servio pblico: a delegao de sua

    prestao, feita pelo poder concedente, mediante

    licitao, na modalidade de concorrncia, pessoa

    jurdica ou consrcio de empresas que demonstre

    capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco

    e por prazo determinado;

    III - concesso de servio pblico precedida da

    execuo de obra pblica: a construo, total ou

    parcial, conservao, reforma, ampliao ou

    melhoramento de quaisquer obras de interesse pblico,

    delegada pelo poder concedente, mediante licitao, na

    modalidade de concorrncia, pessoa jurdica ou

    consrcio de empresas que demonstre capacidade para

    a sua realizao, por sua conta e risco, de forma que o

    investimento da concessionria seja remunerado e

    amortizado mediante a explorao do servio ou da

    obra por prazo determinado;

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    A assertiva IV est correta. A retomada do servio pelo

    poder concedente durante o prazo de concesso, por motivos de

    interesse pblico, denomina-se encampao.

    Art. 37. Considera-se encampao a retomada do

    servio pelo poder concedente durante o prazo da

    concesso, por motivo de interesse pblico, mediante

    lei autorizativa especfica e aps prvio pagamento da

    indenizao, na forma do artigo anterior.

    Gabarito: "D".

    7. (DELEGADO DE POLCIA - PC/MA - FGV/2012) O Estado do

    Maranho resolveu realizar a concesso de servio pblico

    para a operao de uma rodovia estadual. Considerando a

    situao ftica apresentada, assinale a afirmativa correta.

    a) A concesso de servio pblico, tal como no caso, deve ser

    realizada mediante licitao, em modalidade a ser definida conforme

    o valor da obra necessria.

    b) O critrio de julgamento previsto no edital de concesso de servio

    pblico somente poder ser o da menor tarifa pelo servio prestado.

    c) As responsabilidades penal e administrativa dos agentes

    operadores da concessionria so subjetivas, j a civil, quanto ao

    servio da concessionria, ser objetiva.

    d) A outorga do contrato de concesso de servio pblico, deve ser

    sempre precedida de autorizao legislativa, ao licitante vencedor.

    e) A concesso poder ser transferida a terceiros, direito que assiste

    ao concessionrio e que no necessita de anuncia por parte do

    poder concedente.

    Comentrio:

    A alternativa "a" est errada. Nos termos da Lei n

    8.987/95, a concesso sempre precedida de licitao na modalidade

    concorrncia.

    A alternativa "b" est errada. Alm do critrio da menor

    tarifa, a Lei n 8.987/95 prev outros, conforme o seguinte:

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    Art. 15. No julgamento da licitao ser considerado

    um dos seguintes critrios: (Redao dada pela Lei n

    9.648, de 1998)

    I - o menor valor da tarifa do servio pblico a ser

    prestado; (Redao dada pela Lei n 9.648, de 1998)

    II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder

    concedente pela outorga da concesso; (Redao dada

    pela Lei n 9.648, de 1998)

    III - a combinao, dois a dois, dos critrios referidos

    nos incisos I, II e VII; (Redao dada pela Lei n 9.648,

    de 1998)

    IV - melhor proposta tcnica, com preo fixado no

    edital; (Includo pela Lei n 9.648, de 1998)

    V - melhor proposta em razo da combinao dos

    critrios de menor valor da tarifa do servio pblico a

    ser prestado com o de melhor tcnica; (Includo pela

    Lei n 9.648, de 1998)

    VI - melhor proposta em razo da combinao dos

    critrios de maior oferta pela outorga da concesso

    com o de melhor tcnica; ou (Includo pela Lei n

    9.648, de 1998)

    VII - melhor oferta de pagamento pela outorga aps

    qualificao de propostas tcnicas. (Includo pela Lei n

    9.648, de 1998)

    A alternativa "c" est correta. verdade. A

    responsabilidade civil da concessionria objetiva por prestar servio

    pblico, conforme art. 37, 6, da CF/88. Porm, as

    responsabilidades penal e administrativa dos agentes operadores da

    concessionria so subjetivas.

    A alternativa "d" est errada. A outorga do contrato de

    concesso de servio pblico, deve ser sempre precedida de

    licitao.

    A alternativa "e" est errada. Em regra, a concesso

    no poder ser transferida a terceiros, pois no assiste tal direito ao

    concessionrio, ressalvando-se a subconcesso quando prevista no

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    edital e no contrato, e ainda sob a anuncia por parte do poder

    concedente.

    Art. 26. admitida a subconcesso, nos termos

    previstos no contrato de concesso, desde que

    expressamente autorizada pelo poder concedente.

    1 A outorga de subconcesso ser sempre precedida

    de concorrncia.

    2 O subconcessionrio se sub-rogar todos os

    direitos e obrigaes da subconcedente dentro dos

    limites da subconcesso.

    Gabarito: "C".

    8. (EXAME DE ORDEM - OAB - FGV/2010) Uma determinada

    empresa concessionria transfere o seu controle acionrio

    para uma outra empresa privada, sem notificar, previamente,

    o Poder concedente, parte no contrato de concesso. Assinale

    a alternativa que indique a medida que o Poder concedente

    poder tomar, se no restarem atendidas as mesmas

    exigncias tcnicas, de idoneidade financeira e regularidade

    jurdica por esta nova empresa.

    a) Poder o Poder concedente declarar a caducidade da concesso,

    tendo em vista o carter intuitu personae do contrato de concesso.

    b) Poder retomar o servio, por motivo de interesse pblico, atravs

    da encampao, autorizada por lei especfica, aps prvio pagamento

    da indenizao.

    c) Poder o Poder concedente anular o contrato de concesso,

    atravs de deciso administrativa, uma vez que a transferncia

    acionria da empresa concessionria sem a notificao prvia ao

    Poder concedente gera irregularidade, insusceptvel de convalidao.

    d) Nada poder fazer o Poder concedente, uma vez que a empresa

    concessionria, apesar da alterao societria, no desnatura o

    carter intuitu personae do contrato de concesso.

    Comentrio:

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    Neste caso, tendo em vista o carter personalssimo, ou

    seja, intuitu personae, da concesso, o poder concedente dever

    declarar a caducidade da concesso.

    Gabarito: "A".

    9. (DELEGADO DE POLCIA - PC/MA - FGV/2012) Tendo em

    vista a disciplina da Lei n. 8.987/95 sobre os modos de

    extino de concesses de servios pblicos, assinale a

    afirmativa correta.

    a) A concesso pode ser extinta pela caducidade, que ocorre com o

    advento do termo final do contrato.

    b) A concesso pode ser extinta pela encampao, que ocorre quando

    a concessionria no atender a intimao do poder concedente no

    sentido de regularizar a prestao do servio, e independe de prvio

    pagamento de indenizao.

    c) Na resciso, o contrato pode ser extinto por iniciativa do

    concessionrio em caso de descumprimento de normas contratuais

    pelo poder concedente, mediante notificao administrativa para que

    sejam sanadas as irregularidades.

    d) A encampao consiste na retomada do servio pelo poder

    concedente, durante o prazo de concesso, por motivo de interesse

    pblico, aps prvio pagamento de indenizao, independentemente

    de autorizao legislativa.

    e) A caducidade da concesso pode ser declarada quando a

    concessionria no cumprir tempestivamente as penalidades

    impostas por infraes.

    Comentrio:

    A alternativa "a" est errada. A caducidade a extino

    por inexecuo parcial ou total da concessionria.

    A alternativa "b" est errada. A concesso pode ser

    extinta pela encampao, que ocorre por razes de interesse pblico.

    A alternativa "c" est errada. De acordo com o art. 39,

    da Lei n 8.987/95, o contrato de concesso poder ser rescindido

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    por iniciativa da concessionria, no caso de descumprimento das

    normas contratuais pelo poder concedente, mediante ao judicial

    especialmente intentada para esse fim.

    A alternativa "d" est errada. A encampao consiste

    na retomada do servio pelo poder concedente, durante o prazo de

    concesso, por motivo de interesse pblico, aps prvio pagamento

    de indenizao, mediante lei autorizativa especfica.

    Art. 37. Considera-se encampao a retomada do

    servio pelo poder concedente durante o prazo da

    concesso, por motivo de interesse pblico, mediante

    lei autorizativa especfica e aps prvio pagamento

    da indenizao, na forma do artigo anterior.

    A alternativa "e" est correta. A caducidade da

    concesso pode ser declarada quando a concessionria no cumprir

    tempestivamente as penalidades impostas por infraes, conforme o

    seguinte:

    Art. 38. A inexecuo total ou parcial do contrato

    acarretar, a critrio do poder concedente, a declarao

    de caducidade da concesso ou a aplicao das sanes

    contratuais, respeitadas as disposies deste artigo, do

    art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.

    1 A caducidade da concesso poder ser declarada

    pelo poder concedente quando:

    I - o servio estiver sendo prestado de forma

    inadequada ou deficiente, tendo por base as normas,

    critrios, indicadores e parmetros definidores da

    qualidade do servio;

    II - a concessionria descumprir clusulas contratuais

    ou disposies legais ou regulamentares concernentes

    concesso;

    III - a concessionria paralisar o servio ou concorrer

    para tanto, ressalvadas as hipteses decorrentes de

    caso fortuito ou fora maior;

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    IV - a concessionria perder as condies econmicas,

    tcnicas ou operacionais para manter a adequada

    prestao do servio concedido;

    V - a concessionria no cumprir as penalidades

    impostas por infraes, nos devidos prazos;

    VI - a concessionria no atender a intimao do poder

    concedente no sentido de regularizar a prestao do

    servio; e

    VII - a concessionria no atender a intimao do

    poder concedente para, em 180 (cento e oitenta) dias,

    apresentar a documentao relativa a regularidade

    fiscal, no curso da concesso, na forma do art. 29 da

    Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993. (Redao dada

    pela Lei n 12.767, de 2012)

    Gabarito: "E".

    10. (EXAME DE ORDEM - OAB - FGV/2012) Uma

    concessionria de servio pblico, em virtude de sua completa

    inadequao na prestao do servio, no consegue executar

    o contrato. Nesse caso, segundo a Lei n. 8.987/95, poder ser

    declarada, a critrio do poder concedente, a extino do

    contrato por

    a) caducidade.

    b) encampao

    c) anulao.

    d) revogao.

    Comentrio:

    De acordo com o art. 38 da Lei n 8.987/95, a

    inexecuo total ou parcial do contrato acarretar, a critrio do poder

    concedente, a declarao de caducidade da concesso ou a aplicao

    das sanes contratuais, respeitadas as disposies deste artigo, do

    art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.

    Gabarito: "A".

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    11. (EXAME DE ORDEM - OAB - FGV/2011) Ao tomar

    conhecimento de que o servio pblico de transporte

    aquavirio concedido estava sendo prestado de forma

    inadequada, causando gravssimos transtornos aos usurios, o

    ente pblico, na qualidade de poder concedente, instaurou

    regular processo administrativo de verificao da

    inadimplncia da concessionria, assegurando-lhe o

    contraditrio e a ampla defesa. Ao final do processo

    administrativo, restou efetivamente comprovada a

    inadimplncia, e o poder concedente deseja extinguir a

    concesso por inexecuo contratual. Qual a modalidade de

    extino da concesso a ser observada no caso narrado?

    a) Encampao.

    b) Caducidade.

    c) Resciso.

    d) Anulao.

    Comentrio:

    Ento, por inexecuo total ou parcial do contrato

    poder ser, a critrio do poder concedente, declarada a caducidade

    da concesso ou a aplicao das sanes contratuais.

    Gabarito: "B".

    12. (OFICIAL DE CARTRIO - PC/RJ - FGV/2008) A resciso

    unilateral de concesso de servio pblico por razo de

    inadimplemento contratual denominada:

    a) reverso.

    b) avocao.

    c) encampao.

    d) interveno.

    e) caducidade.

    Comentrio:

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    Por inadimplemento contratual, ou seja, por inexecuo

    total ou parcial do contrato poder ser, a critrio do poder

    concedente, declarada a caducidade da concesso ou a aplicao das

    sanes contratuais.

    Gabarito: "E".

    13. (ADVOGADO - SENADO FEDERAL - FGV/2008) Em relao

    a concesses correto afirmar que:

    a) no caso de inexecuo total ou parcial do contrato de concesso de

    servio pblico pelo concedente, poder o concessionrio obter

    judicialmente a decretao da caducidade da concesso.

    b) as parcerias pblico-privadas configuram-se como contratos de

    concesso e, alm da impossibilidade de serem celebradas por

    perodo inferior a cinco anos, tambm ilegtimo que a execuo de

    obra pblica seja seu objeto nico.

    c) as diferenas bsicas entre a concesso de servios pblicos e a

    permisso de servios pblicos situam-se na natureza jurdica do

    ajuste e na prerrogativa de resciso unilateral do contrato.

    d) a parceria pblico-privada sob a modalidade de concesso

    administrativa enseja o pagamento de tarifas por terceiros, ainda que

    a usuria direta ou indireta da execuo da obra seja a Administrao

    Pblica.

    e) o servio de abastecimento de gua tratada populao, quando

    executado sob regime de concesso, , em regra, insuscetvel de

    suspenso no caso de falta de pagamento da tarifa pelo usurio,

    tendo em vista sua natureza de servio essencial.

    Comentrio:

    A alternativa "a" est errada. No caso de inexecuo

    total ou parcial do contrato de concesso de servio pblico pelo

    concedente, poder o concessionrio obter judicialmente a resciso

    da concesso, conforme o seguinte:

    Art. 39. O contrato de concesso poder ser rescindido

    por iniciativa da concessionria, no caso de

    descumprimento das normas contratuais pelo poder

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    concedente, mediante ao judicial especialmente

    intentada para esse fim.

    Pargrafo nico. Na hiptese prevista no caput deste

    artigo, os servios prestados pela concessionria no

    podero ser interrompidos ou paralisados, at a deciso

    judicial transitada em julgado.

    A alternativa "b" est correta. De fato, as parcerias

    pblico-privadas (Lei n 11.079/2004) configuram-se como contratos

    de concesso e, alm da impossibilidade de serem celebradas por

    perodo inferior a cinco anos, tambm ilegtimo que a execuo de

    obra pblica seja seu objeto nico.

    Art. 1 Esta Lei institui normas gerais para licitao e

    contratao de parceria pblico-privada no mbito dos

    Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e

    dos Municpios.

    Pargrafo nico. Esta Lei se aplica aos rgos da

    Administrao Pblica direta, aos fundos especiais, s

    autarquias, s fundaes pblicas, s empresas

    pblicas, s sociedades de economia mista e s demais

    entidades controladas direta ou indiretamente pela

    Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios.

    Art. 2 Parceria pblico-privada o contrato

    administrativo de concesso, na modalidade

    patrocinada ou administrativa.

    1 Concesso patrocinada a concesso de servios

    pblicos ou de obras pblicas de que trata a Lei

    no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando

    envolver, adicionalmente tarifa cobrada dos usurios

    contraprestao pecuniria do parceiro pblico ao

    parceiro privado.

    2 Concesso administrativa o contrato de

    prestao de servios de que a Administrao Pblica

    seja a usuria direta ou indireta, ainda que envolva

    execuo de obra ou fornecimento e instalao de

    bens.

    3 No constitui parceria pblico-privada a concesso

    comum, assim entendida a concesso de servios

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    pblicos ou de obras pblicas de que trata a Lei

    no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando no

    envolver contraprestao pecuniria do parceiro pblico

    ao parceiro privado.

    4 vedada a celebrao de contrato de parceria

    pblico-privada:

    I cujo valor do contrato seja inferior a R$

    20.000.000,00 (vinte milhes de reais);

    II cujo perodo de prestao do servio seja inferior a

    5 (cinco) anos; ou

    III que tenha como objeto nico o fornecimento de

    mo-de-obra, o fornecimento e instalao de

    equipamentos ou a execuo de obra pblica.

    A alternativa "c" est errada. De fato, h diversas

    diferenas entre a concesso de servios pblicos e a permisso de

    servios pblicos. Contudo, a natureza jurdica do ajuste e a

    prerrogativa de resciso unilateral do contrato no as diferenciam, j

    que a permisso, embora paire na doutrina certa divergncia,

    formalizada por contrato de adeso (contrato administrativo).

    A alternativa "d" est errada. A parceria pblico-privada

    sob a modalidade de concesso administrativa no enseja o

    pagamento de tarifas por terceiros, pois nesse caso a Administrao

    ser a usuria direta ou indireta da execuo de servios.

    Art. 2

    2 Concesso administrativa o contrato de

    prestao de servios de que a Administrao Pblica

    seja a usuria direta ou indireta, ainda que envolva

    execuo de obra ou fornecimento e instalao de

    bens.

    A alternativa "e" est errada. O servio de

    abastecimento de gua tratada populao, quando executado sob

    regime de concesso, , em regra, insuscetvel de suspenso, tendo

    em vista sua natureza de servio essencial. Porm, no caso de falta

    de pagamento da tarifa pelo usurio ou para fins de manuteno,

    possvel a suspenso.

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    Gabarito: "B".

    14. (PROCURADOR - TCM/RJ - FGV/2008) A respeito da

    natureza jurdica dos institutos, correto afirmar que a

    concesso de servio pblico, a concesso de servio

    precedido da execuo de obra pblica e a permisso de

    servio pblico so:

    a) contrato administrativo, procedimento administrativo complexo e

    ato administrativo, respectivamente.

    b) procedimento administrativo, contrato administrativo e ato

    administrativo, respectivamente.

    c) todas contratos administrativos.

    d) todas atos administrativos discricionrios.

    e) todas atos administrativos vinculados.

    Comentrio:

    A concesso de servio pblico, a concesso de servio

    precedido da execuo de obra pblica e a permisso de servio

    pblico so contratos administrativos.

    Gabarito: "C".

    15. (EXAME DE ORDEM - OAB - FGV/2011) O contrato de

    prestao de servios de que a Administrao Pblica seja a

    usuria direta ou indireta, ainda que envolva a execuo de

    obra ou fornecimento e instalao de bens, denomina-se

    concesso

    a) comum.

    b) patrocinada.

    c) administrativa.

    d) de uso de bem pblico.

    Comentrio:

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    De acordo com o art. 2, 2, da Lei n 11.079/2004, a

    concesso administrativa o contrato de prestao de servios de

    que a Administrao Pblica seja a usuria direta ou indireta, ainda

    que envolva execuo de obra ou fornecimento e instalao de bens.

    Gabarito: "C".

    16. (FISCAL DE RENDAS - SEFAZ/RJ - FGV/2010) Com

    relao s parcerias pblico-privadas, disciplinadas pela Lei

    n. 11.079/04, analise as afirmativas a seguir.

    I. Caso haja expressa previso no edital de licitao de parceria

    pblico-privada, as propostas econmicas podem ser apresentadas de

    forma escrita com lances posteriores em viva voz.

    II. No se admite a contratao de seguro-garantia de seguradoras

    no controladas pelo Poder Pblico como forma de garantia das

    obrigaes contradas pelo parceiro pblico.

    III. obrigatria a constituio de sociedade de propsito especfico

    previamente celebrao do contrato de parceria pblico-privada, na

    modalidade administrativa ou patrocinada, podendo esta assumir

    forma de companhia aberta e negociar aes no mercado de valores

    mobilirios.

    Assinale:

    a) se somente a afirmativa I estiver correta.

    b) se somente a afirmativa II estiver correta.

    c) se somente a afirmativa III estiver correta.

    d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

    e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

    Comentrio:

    A assertiva I est correta. De fato, caso haja expressa

    previso no edital de licitao de parceria pblico-privada, as

    propostas econmicas podem ser apresentadas de forma escrita com

    lances posteriores em viva voz, conforme o seguinte:

    Art. 12. O certame para a contratao de parcerias

    pblico-privadas obedecer ao procedimento previsto

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    na legislao vigente sobre licitaes e contratos

    administrativos e tambm ao seguinte:

    I o julgamento poder ser precedido de etapa de

    qualificao de propostas tcnicas, desclassificando-se

    os licitantes que no alcanarem a pontuao mnima,

    os quais no participaro das etapas seguintes;

    II o julgamento poder adotar como critrios, alm

    dos previstos nos incisos I e V do art. 15 da Lei

    no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, os seguintes:

    a) menor valor da contraprestao a ser paga pela

    Administrao Pblica;

    b) melhor proposta em razo da combinao do critrio

    da alnea a com o de melhor tcnica, de acordo com os

    pesos estabelecidos no edital;

    III o edital definir a forma de apresentao

    das propostas econmicas, admitindo-se:

    a) propostas escritas em envelopes lacrados; ou

    b) propostas escritas, seguidas de lances em viva

    voz;

    IV o edital poder prever a possibilidade de

    saneamento de falhas, de complementao de

    insuficincias ou ainda de correes de carter formal

    no curso do procedimento, desde que o licitante possa

    satisfazer as exigncias dentro do prazo fixado no

    instrumento convocatrio.

    A assertiva II est errada. Admite-se a contratao de

    seguro-garantia de seguradoras no controladas pelo Poder Pblico

    como forma de garantia das obrigaes contradas pelo parceiro

    pblico, de acordo com o art. 8, inc. III, da Lei n 11.079/2004.

    Art. 8 As obrigaes pecunirias contradas pela

    Administrao Pblica em contrato de parceria

    pblico-privada podero ser garantidas mediante:

    I vinculao de receitas, observado o disposto

    no inciso IV do art. 167 da Constituio Federal;

    II instituio ou utilizao de fundos especiais

    previstos em lei;

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    III contratao de seguro-garantia com as

    companhias seguradoras que no sejam

    controladas pelo Poder Pblico;

    IV garantia prestada por organismos internacionais

    ou instituies financeiras que no sejam controladas

    pelo Poder Pblico;

    V garantias prestadas por fundo garantidor ou

    empresa estatal criada para essa finalidade;

    VI outros mecanismos admitidos em lei.

    A assertiva III est correta. Realmente, obrigatria a

    constituio de sociedade de propsito especfico previamente

    celebrao do contrato de parceria pblico-privada, na modalidade

    administrativa ou patrocinada, podendo esta assumir forma de

    companhia aberta e negociar aes no mercado de valores

    mobilirios.

    Art. 9 Antes da celebrao do contrato, dever

    ser constituda sociedade de propsito especfico,

    incumbida de implantar e gerir o objeto da

    parceria.

    1 A transferncia do controle da sociedade de

    propsito especfico estar condicionada autorizao

    expressa da Administrao Pblica, nos termos do

    edital e do contrato, observado o disposto no pargrafo

    nico do art. 27 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de

    1995.

    2 A sociedade de propsito especfico poder

    assumir a forma de companhia aberta, com

    valores mobilirios admitidos a negociao no

    mercado.

    3 A sociedade de propsito especfico dever

    obedecer a padres de governana corporativa e adotar

    contabilidade e demonstraes financeiras

    padronizadas, conforme regulamento.

    4 Fica vedado Administrao Pblica ser titular da

    maioria do capital votante das sociedades de que trata

    este Captulo.

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    5 A vedao prevista no 4o deste artigo no se

    aplica eventual aquisio da maioria do capital

    votante da sociedade de propsito especfico por

    instituio financeira controlada pelo Poder Pblico em

    caso de inadimplemento de contratos de financiamento.

    Gabarito: "D".

    17. (FISCAL DE RENDAS - SEFAZ/RJ - FGV/2009) A respeito

    da parceria pblico-privada, analise as afirmativas a seguir.

    I. O contrato de parceria pblico-privada, na modalidade patrocinada

    ou administrativa, pode ser celebrado por qualquer valor, desde que

    no seja superior a 35 (trinta e cinco) anos.

    II. A contraprestao da Administrao Pblica nos instrumentos de

    parceria pblico-privada poder, entre outros meios, ser feita

    mediante a cesso de crditos no tributrios e pela outorga de

    direitos sobre bens pblicos dominicais.

    III. Na Lei federal de parceria pblico-privada (Lei n 11.079/04),

    houve a previso de um fundo garantidor das parcerias pblico-

    privadas, o qual tem natureza privada.

    Assinale:

    a) se somente a afirmativa I estiver correta.

    b) se somente a afirmativa II estiver correta.

    c) se somente a afirmativa III estiver correta.

    d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

    e) se todas as alternativas estiverem corretas.

    Comentrio:

    A assertiva I est errada. O contrato de parceria

    pblico-privada, na modalidade patrocinada ou administrativa, no

    pode ser celebrado por qualquer valor, e ter limite mximo de 35

    anos, conforme o seguinte:

    Art. 2 Parceria pblico-privada o contrato

    administrativo de concesso, na modalidade

    patrocinada ou administrativa.

    [...]

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    4 vedada a celebrao de contrato de parceria

    pblico-privada:

    I cujo valor do contrato seja inferior a R$

    20.000.000,00 (vinte milhes de reais);

    II cujo perodo de prestao do servio seja inferior a

    5 (cinco) anos; ou

    III que tenha como objeto nico o fornecimento de

    mo-de-obra, o fornecimento e instalao de

    equipamentos ou a execuo de obra pblica.

    [...]

    Art. 5 As clusulas dos contratos de parceria pblico-

    privada atendero ao disposto no art. 23 da Lei

    no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no que couber,

    devendo tambm prever:

    I o prazo de vigncia do contrato, compatvel com a

    amortizao dos investimentos realizados, no inferior

    a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos,

    incluindo eventual prorrogao;

    A assertiva II est correta. De fato, a contraprestao

    da Administrao Pblica nos instrumentos de parceria pblico-

    privada poder, entre outros meios, ser feita mediante a cesso de

    crditos no tributrios e pela outorga de direitos sobre bens pblicos

    dominicais.

    Art. 6 A contraprestao da Administrao Pblica nos

    contratos de parceria pblico-privada poder ser feita

    por:

    I ordem bancria;

    II cesso de crditos no tributrios;

    III outorga de direitos em face da Administrao

    Pblica;

    IV outorga de direitos sobre bens pblicos

    dominicais;

    V outros meios admitidos em lei.

    A assertiva III est correta. Na Lei federal de parceria

    pblico-privada (Lei n 11.079/04), houve a previso de um fundo

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    garantidor das parcerias pblico-privadas, o qual tem natureza

    privada.

    Art. 16. Ficam a Unio, seus fundos especiais, suas

    autarquias, suas fundaes pblicas e suas empresas

    estatais dependentes autorizadas a participar, no limite

    global de R$ 6.000.000.000,00 (seis bilhes de reais),

    em Fundo Garantidor de Parcerias Pblico-Privadas -

    FGP que ter por finalidade prestar garantia de

    pagamento de obrigaes pecunirias assumidas pelos

    parceiros pblicos federais, distritais, estaduais ou

    municipais em virtude das parcerias de que trata esta

    Lei. (Redao dada pela Lei n 12.766, de 2012)

    1 O FGP ter natureza privada e patrimnio prprio

    separado do patrimnio dos cotistas, e ser sujeito a

    direitos e obrigaes prprios.

    Gabarito: "D".

    18. (JUIZ - TJ/PA - FGV/2009) No que tange licitao de

    parcerias pblico-privadas, assinale a afirmativa incorreta.

    a) Obrigatoriedade de submisso da minuta de edital e de contrato

    consulta pblica, independentemente do valor estimado da parceria.

    b) O julgamento das propostas dever adotar um dos critrios

    previstos na Lei Geral de Concesses de Servios Pblicos.

    c) O edital poder prever a apresentao de propostas escritas,

    seguidas de lances em viva voz, viabilizando maior competio entre

    aqueles que j estejam participando da disputa.

    d) O edital poder prever a possibilidade de saneamento de falhas, de

    complementao de insuficincias ou correes de carter formal no

    curso do procedimento.

    e) Adoo da modalidade de concorrncia, com possibilidade, se

    prevista no edital, de inverso da ordem das fases de habilitao e

    julgamento.

    Comentrio:

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    A alternativa "a" est correta. De fato, nos termos do

    art. 10, inc. VI, da Lei n 11.079/2004, obrigatria a submisso da

    minuta de edital e de contrato consulta pblica, independentemente

    do valor estimado da parceria.

    Art. 10. A contratao de parceria pblico-privada ser

    precedida de licitao na modalidade de concorrncia,

    estando a abertura do processo licitatrio condicionada

    a:

    VI submisso da minuta de edital e de contrato

    consulta pblica, mediante publicao na imprensa

    oficial, em jornais de grande circulao e por meio

    eletrnico, que dever informar a justificativa para a

    contratao, a identificao do objeto, o prazo de

    durao do contrato, seu valor estimado, fixando-se

    prazo mnimo de 30 (trinta) dias para recebimento de

    sugestes, cujo termo dar-se- pelo menos 7 (sete)

    dias antes da data prevista para a publicao do edital;

    e

    A alternativa "b" est errada. O julgamento das

    propostas poder adotar um dos critrios previstos na Lei de

    concesses ou o seguinte:

    Art. 12. O certame para a contratao de parcerias

    pblico-privadas obedecer ao procedimento previsto

    na legislao vigente sobre licitaes e contratos

    administrativos e tambm ao seguinte:

    I o julgamento poder ser precedido de etapa de

    qualificao de propostas tcnicas, desclassificando-se

    os licitantes que no alcanarem a pontuao mnima,

    os quais no participaro das etapas seguintes;

    II o julgamento poder adotar como critrios,

    alm dos previstos nos incisos I e V do art. 15 da

    Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, os

    seguintes:

    a) menor valor da contraprestao a ser paga

    pela Administrao Pblica;

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    b) melhor proposta em razo da combinao do

    critrio da alnea a com o de melhor tcnica, de

    aco