A Academia Imperial de Belas Artes

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/18/2019 A Academia Imperial de Belas Artes

    1/4

    A Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) foi uma escola superior de arte

    fundada no Rio de Janeiro, Brasil, por Dom João VI. Enfrentando muitas

    diculdades iniciais, por m conseguiu se estaili!ar, assumindo um papel

    central na determina"ão dos rumos da arte nacional  durante a segunda

    metade do s#culo $I$, sendo um centro de difusão de no%os ideais est#ticos

    e educati%os, e um dos principais ra"os e&ecuti%os do programa culturalnacionalista patrocinado pelo imperador Dom 'edro II. om o ad%ento da

    Replica, passou a se c*amar Escola +acional de Belas Artes, mas foi

    e&tinta como institui"ão autnoma em -/-, sendo entretanto asor%ida

    pela 0ni%ersidade do Rio de Janeiro e continuando em ati%idade at# os dias

    de *o1e como uma de suas unidades de ensino, a Escola de Belas Artes da

    0ni%ersidade 2ederal do Rio de Janeiro.

    A funda"ão de uma escola de artes e of3cios no Brasil se de%e, segundo

    informa Rafael Denis, 4 iniciati%a da ala franc5la do consel*o de ministros

    de Dom João, representada pelo onde da Barca. 0ma escola desta fei"ãose torna%a cada %e! mais necess6ria para a forma"ão de prossionais

    especiali!ados para ser%irem ao Estado e 4s indstrias nascentes, 7uando

    no pa3s at# então praticamente nada e&istia em termos de ensino regular e

    a tradi"ão art3stica se transmitia atra%#s do antigo sistema das corpora"8es.

    A implementa"ão da ideia e&igia a contrata"ão de professores estrangeiros,

    de modo 7ue en%iados do onde entraram em contato em 'aris  com

     Joac*im 9ereton, então secret6rio perp#tuo da se"ão de Belas Artes  do

    Institut de 2rance, para 7ue ele reunisse o grupo de mestres necess6rios.:-;

    Entretanto, a funda"ão da escola # contro%ersa, e outros autores apontam

    diferentes mentores poss3%eis para o pro1eto, entre eles Dom João, o

  • 8/18/2019 A Academia Imperial de Belas Artes

    2/4

    Desen*o geral e c5pia de modelos dos mestres, para todos os alunos

    Desen*o de %ultos e da nature!a, e elementos de modelagem para os

    escultores

    'intura acad=mica com modelo %i%o para pintores escultura com modelo

    %i%o para escultores, e estudo no atelier de mestres gra%adores e mestres

    desen*istas para os alunos destas especialidades.

    'ara a ar7uitetura *a%eria tam#m tr=s etapas di%ididas em te5ricas e

    pr6ticas

    +a teoria

    Kist5ria da ar7uitetura atra%#s de estudo dos antigos

    onstru"ão e perspecti%a

    Estereotomia.

    +a pr6tica

    Desen*o

    5pia de modelos e estudo de dimens8es

    omposi"ão.

    'aralelamente 9ereton sugeria ainda o ensino da msica, em como

    sistemati!a%a o processo e crit#rios de a%alia"ão e apro%a"ão dos alunos, ocronograma de aulas, sugeria formas de apro%eitamento plico dos

    formados e pro1eta%a a amplia"ão de cole"8es ociais com suas oras,

    discrimina%a os recursos *umanos e materiais necess6rios para o om

    funcionamento da Escola, e pre%ia a necessidade da forma"ão de art3ces

    au&iliares competentes atra%#s da proposta de cria"ão paralela de uma

    Escola de Desen*o para as Artes e f3cios, cu1o ensino seria gratuito mas

    igualmente sistem6tico.:;

    •   Histórico

    A criação da Academia Imperial de Belas Artes (Aiba), no Rio de Janeiro, 1826,

    inaugura o ensino artstico no Brasil em moldes semel!antes aos das academias

    de arte europ"ias# As academias procuram garantir aos artistas $ormação

    cient$ica e !umanstica, al"m de treinamento no o$cio com aulas de desen!o de

    obser%ação e c&pia de moldes# 'ão respons%eis, ainda, pela organiação de

    e*posiç+es, concursos e prmios, conser%ação do patrim-nio, criação de

     pinacotecas e coleç+es, o .ue signi$ica o controle da ati%idade artstica e a

    $i*ação rgida de padr+es de gosto# /o Brasil, a arte realiada na Academia

    corresponde, em lin!as gerais, a modelos neoclssicos e rom0nticos aclimatados,

    .ue tm .ue en$rentar as condiç+es da naturea e da sociedade locais# ntre as%rias alteraç+es no modelo encontrase o predomnio das paisagens entre os

    https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsicahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Academia_Imperial_de_Belas_Artes#cite_note-Lebreton-6http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo348/academias-de-artehttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo348/academias-de-artehttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo348/academias-de-artehttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo361/neoclassicismohttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3640/romantismohttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3640/romantismohttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo363/pintura-de-paisagemhttps://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsicahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Academia_Imperial_de_Belas_Artes#cite_note-Lebreton-6http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo348/academias-de-artehttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo348/academias-de-artehttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo361/neoclassicismohttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3640/romantismohttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo363/pintura-de-paisagem

  • 8/18/2019 A Academia Imperial de Belas Artes

    3/4

     pintores acadmicos no Brasil, a despeito da !ierar.uia de gneros .ue

    considera%a a paisagem secundria# /o .ue di respeito 3 pintura !ist&rica, %ale

    destacar o papel da 4arte acadmica nacional4 na construção de uma iconogra$ia

    do Imp"rio, sobretudo no perodo de dom 5edro II (1821871), entre 181 e

    1887# Ao lado da pro$usão de retratos do imperador e do registro de

    comemoraç+es o$iciais, parte dos artistas acadmicos en%ol%ese na construçãode uma mem&ria da nação, de timbre rom0ntico, com a eleição de alguns

    emblemas9 o ndio " um dos mais importantes por e*emplo, Moema (1866), de:ictor ;eirelles (18181>), tra ao pas um grupo de artistas e

    t"cnicos, entre os .uais, os pintores /icolas Antoine DaunaE (1>1868188), o escultor Auguste;arie DaunaE (1>68182) e o ar.uiteto

    GrandHean de ;ontignE (1>>618=), autor do proHeto da sede da Aiba e

     principal respons%el pelo ensino da ar.uitetura na academia# As obras do

    ar.uiteto são e*emplares do estilo neoclssico, no Brasil, como por e*emplo, a

    antiga Al$0ndega, !oHe asa rançaBrasil e o 'olar GrandHean de ;ontignE, sua

    antiga residncia, atualmente pertencente 3 5onti$cia ?ni%ersidade at&lica do

    Rio de Janeiro (5?RJ)#

    n.uanto durou, de 1826 at" 1887, a Aiba te%e sete diretores e passou por duas

    grandes re$ormas (18

  • 8/18/2019 A Academia Imperial de Belas Artes

    4/4

    Febret " o pintor mais importante da Aiba nos primeiros tempos# ormado por

    Jac.uesCouis Fa%id (1>8182) pelo iderio neoclssico, .ue tem na pintura

    !ist&rica e mitol&gica a sua pedra de to.ue, Febret inicia seu trabal!o no Brasil

    com a organiação dos $esteHos de aclamação de dom João :I, em nada

    semel!antes 3s $estas re%olucionrias $rancesas organiadas por Fa%id# Furante

    sua estada brasileira, obser%ase um interesse crescente pelo acompan!amentode aspectos %ariados da %ida social brasileira o mo%imento das ruas, o interior

    das casas, o cotidiano dos escra%os etc#, traduido em desen!os e a.uarelas, boa

     parte litogra$adas e reunidas no li%ro Viagem Pitoresca e Histórica do Brasil  (187188=) e

    Andrea Gastaldi (18261887)# ntre as suas obras mais importantes encontrase

    5rimeira ;issa no Brasil (186=), re%eladora dos traços caractersticos do pintor9a ri.uea de detal!es e o predomnio do desen!o sobre a cor na composição# A

     Batalha dos Guararapes (18>18>7) " outra tela signi$icati%a do pintor, .uecontribui para $aer do epis&dio um dos marcos da nacionalidade, no .ue $oi

    seguido por 5edro Am"rico# A $amosa tela de 5edro Am"rico Batalha do !a"  (18>2) " apresentada ao lado da Batalha dos Guararapes na *posiçãoGeral de Belas Artes, em 18>7# 5edro Am"rico se destaca precocemente na

    Academia, onde ingressa como aluno em 186# Bolsista na uropa, estuda com

    C"on ogniet e Morace :ernet (1>871868=186>), das

    c&pias .ue realiou de telas de G"ricault (1>71182) e da %iagem empreendida

    3 Arg"lia# Independ#ncia ou Morte $O Grito do Ipiranga% (18>18>7) " outrade suas obras mais importantes#

    @s nomes de Almeida Jnior (18=1877) e Rodol$o Amoedo destacamse entre

    os alunos da primeira geração de pintores sados da Aiba, em $unção das

    soluç+es originais de suas obras# Almeida Jnior camin!a, a partir de 18>7 e da

    tela O &erru'ador Brasileiro, para a temtica regionalista (Caipiras (egaceando, 1888 e Caipira Picando )umo *estudo+, 187>) e Jean

    Baptisteamille (1>7618>)# Amoedo, por sua %e, produ telas de acentuadotom realista e apelo er&tico, como Mara' (1882) e -studo de Mulher  (188)#5edro Ale*andrino (186172), aluno de Almeida Jnior, notabiliase pelas

    natureasmortas#

    http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3822/pintura-mitol%C3%B3gicahttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa21332/pedro-am%C3%A9ricohttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa18736/almeida-j%C3%BAniorhttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8831/pedro-alexandrinohttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo360/natureza-mortahttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3822/pintura-mitol%C3%B3gicahttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa21332/pedro-am%C3%A9ricohttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa18736/almeida-j%C3%BAniorhttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8831/pedro-alexandrinohttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo360/natureza-morta