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1 SECRETARIA DE ESTADO E EDUCAÇÃO SUPERINTENDENCIA DE EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ UNIDADE DIDÁTICA A ATMOSFERA E OS TRANSPORTES RODOVIÁRIOS MILENE LUIZA BULLA PDE - CIÊNCIAS MARINGÁ 2008

A ATMOSFERA E OS TRANSPORTES RODOVIÁRIOS MILENE … · e também proporciona nos pólos o que conhecemos por aurora boreal e austral. ... Como analogia, podemos observar o fenômeno

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SECRETARIA DE ESTADO E EDUCAÇÃO

SUPERINTENDENCIA DE EDUCAÇÃO

COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

UNIDADE DIDÁTICA

A ATMOSFERA E OS TRANSPORTES RODOVIÁRIOS

MILENE LUIZA BULLA

PDE - CIÊNCIAS

MARINGÁ

2008

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MILENE LUIZA BULLA

A ATMOSFERA E OS TRANSPORTES RODOVIÁRIOS.

Material pedagógico elaborado

como parte dos requisitos do

Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE.

Orientadora: Profª. Drª. Ana Lúcia Olivo Rosas Moreira

MARINGÁ

2008

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ELABORAÇÃO DE MATERIAL PEDAGÓGICO- UNIDADE DIDATICA

IDENTIFICAÇÃO

1. Professor PDE: Milene Luiza Bulla

2. Área: Ciências

3. NRE: Maringá

4. Professor Orientador IES: Drª. Ana Lúcia Olivo Rosas Moreira

5. IES: Universidade Estadual de Maringá - UEM.

6. Escola de implementação: Instituto de Educação Estadual

de Maringá

7. Público objeto de intervenção: 5ª série

TEMA: A atmosfera e os transportes rodoviários

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1- Introdução

Trazer a realidade para a sala de aula é tarefa desafiadora, pois requer uma atualização

constante dos diferentes temas que se relacionam com os diversos conteúdos. Mas, esse desafio

é de suma importância. O conteúdo adquire uma dimensão significativa para a aprendizagem, o

aluno se sentirá parte integrante do ambiente, além de que percebendo as reações adversas que

a interação do homem com o ambiente pode ocasionar e afetar ao ser humano é que

conseguiremos valorizar e nos preocupar com essa interação essencial a vida.

A educação ambiental desse modo é cada vez mais necessária, pois aborda problemas

causados pela ação humana. Discutir os problemas, suas causas e conseqüências são iniciativas

na formação de cidadãos mais conscientes de suas responsabilidades em relação ao ambiente.

A preocupação com as mudanças climáticas e o aquecimento global já começa a fazer

parte do cotidiano das pessoas. Percebe-se claramente, que mudanças estão ocorrendo e que

estas têm conseqüências graves, como o aumento da temperatura, as probabilidades de

catástrofes climáticas, profundas conseqüências para a economia, saúde, qualidade de vida e

sustentabilidade dos ecossistemas naturais.

A vinculação dessa realidade com os conteúdos de ciências e outras disciplinas torna o

aprendizado real e motivador, tornando o conteúdo significativo para o aluno. Refletir sobre a

participação do ser humano nestas mudanças, observando que ainda a tempo de amenizá-las,

mudando algumas de nossas atitudes e posturas diante do ambiente, faz parte de uma ação

docente efetiva. Não são apenas as indústrias, desmatamento e queimadas os responsáveis,

pequenas atitudes no dia a dia do cidadão contribuem e para o impacto existente. Essa reflexão

torna a aprendizagem ativa e o aluno consciente da responsabilidade individual de cada ser

humano no processo que mantém a vida no planeta.

Serão focalizados, neste trabalho, assuntos pertinentes aos impactos provocados pelos

transportes rodoviários na atmosfera, de uma maneira que o aluno possa compreender os

conteúdos científicos e relacioná-los com a realidade que ele observa.

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Foto 1 : Atmosfera e o Globo Terrestre

2. Temas Contemplados

2.1-ENVOLVENDO A TERRA COMO UM MANTO QUE PROPORCION A A VIDA

A Terra, carinhosamente, é envolvida por um manto natural de ar que se formou durante

o processo de origem do planeta. As transformações físico-químicas deste processo produziram

gases que se desprenderam da massa sólida compondo a atmosfera primitiva, que lógico era

muito diferente da atual. Com o processo de

transformação do planeta, esta massa gasosa também

se transformou adquirindo novos componentes, mas

sua importância já era fundamental mesmo nos

primórdios terrestre, para que seres vivos se

desenvolvessem e evoluíssem no planeta. Assim se

desenvolveram seres com vários metros e seres

microscópicos.

Essa fina camada chamada atmosfera recobre

toda a superfície do globo e também penetra

parcialmente a litosfera e a hidrosfera levando vida a esses ambientes, pois direta ou

indiretamente todos dependem dela. Os seres terrestres respiram diretamente o ar atmosférico,

enquanto os aquáticos utilizam os gases dissolvidos na água. Esses gases por sua vez sofrem

trocas com a atmosfera e deveriam se manter em equilíbrio naturalmente. Ela é um dos maiores

reservatórios de elementos essenciais. Assim o carbono que esta na atmosfera sob a forma de

gás carbônico é incorporado aos seres vivos através da cadeia alimentar e pela fotossíntese. O

oxigênio mobilizado pela respiração animal e vegetal e o Nitrogênio é útil na formação de

proteínas.

Também desempenha a espetacular função de proteção e aquecimento do planeta. Ela é

transparente para que os raios solares cheguem à superfície terrestre iluminando e participando

de reações físico- químicas e impede que o calor se dissipe garantindo uma temperatura bem

acima do que a Terra teria se não houvesse atmosfera. Alguns de seus componentes vedam à

passagem de raios nocivos a vida e bloqueiam pequenos meteoritos que são queimados antes de

atingirem a Terra.

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Essa camada de ar é constantemente modificada por fenômenos naturais e pela ação do

homem. Vamos conhecê-la melhor para evitar que nossas ações provoquem resultados

prejudiciais a vida.

2.2-COMO É A ATMOSFERA?

Envolvendo toda a superfície do nosso planeta encontramos uma camada gasosa que

chamamos de atmosfera. Sua presença é quase imperceptível para nossa visão, porém sem ela

não existiria vida, na forma que conhecemos em nosso planeta. Todos os seres vivos dependem

direta ou indiretamente dela para sua sobrevivência.

Para facilitar o estudo os cientistas dividiram a atmosfera em camadas imaginárias

classificando-as de acordo com suas propriedades físico-químicas e altitude, como seguem:

Troposfera, Estratosfera, Mesosfera, Termosfera e Exosfera.

A primeira camada, ou seja, aquela onde vivemos é a troposfera que vai até uma altura

de doze quilômetros acima do limite máximo atingido pela vida terrestre. É nessa região que

ocorre intensa movimentação dos gases atmosféricos e a maioria dos fenômenos meteorológicos

que caracterizam o clima. Nela se desenvolvem os ventos, as frentes frias e quentes, os ciclones,

as chuvas. Nesta região é que a vida se desenvolve e interage. Onde produzimos e

desenvolvemos tecnologias e ações que muitas vezes atingem sua fragilidade prejudicando a sua

composição, seu equilíbrio e conseqüentemente atingindo a vida.

Acima da troposfera encontramos a estratosfera com aproximadamente 40 km de

espessura. Essa camada possui perto de 20% do ar do planeta e a maior quantidade de ozônio da

atmosfera e é essa a grande importância dessa camada, pois o gás ozônio funciona como um

filtro dos raios ultravioletas vindos do sol que chegam à superfície terrestre. A exposição à

radiação ultravioleta do sol tem suas vantagens e desvantagens para os seres vivos. A vantagem

é que sua incidência sobre a pele proporciona a formação de vitamina D, importante para o

organismo e, sua desvantagem se dá quando em excesso, pois pode danificar o DNA

aumentando a probabilidade de mutações indesejáveis durante a reprodução celular,

desenvolvendo tumores como o câncer de pele.

A terceira camada é chamada de Mesosfera e atinge até cerca de 80 km de altitude. É a

região mais fria da atmosfera. Recebe esse nome por estar situada perto da região central da

atmosfera.

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A Termosfera começa onde termina a mesosfera e chega perto dos 640 km de altitude.

Nela encontramos uma região com grande carga elétrica que se chama ionosfera. Na ionosfera a

radiação ultravioleta do sol, somada ao bombardeio de partículas também originadas do sol ou

do espaço, provocam a ionização de átomos e moléculas, formando os radicais e íons,

principalmente por perda de elétrons. Devido a essa eletricidade ela reflete as ondas de rádio de

volta para a Terra impedindo que se percam no espaço possibilitando a comunicação via satélite

e também proporciona nos pólos o que conhecemos por aurora boreal e austral.

A próxima camada é a Exosfera que não tem limite. As partículas que compõem a

atmosfera vão escasseando o ar se tornando cada vez mais rarefeito.

Neste sentindo, observando a atmosfera como uma estrutura de substâncias invisíveis,

pode-se concluir que sua formação seja apenas de gases, no entanto ao contrário, ela possui

partículas sólidas de poeira, pólen, fuligem, microorganismos entre outros. Há também gotículas

provenientes da evaporação da água que formam as nuvens, neblina e chuvas. Mas a maior

parcela, sem dúvida, é de gases.

A porção gasosa do ar é composta de aproximadamente 78% de nitrogênio e 21% de

oxigênio. O 1% que resta é formada por uma infinidade de gases entre eles 0,93%, são gases

nobres argônio, neônio, hélio, e cerca de 0,03% gás carbônico e o restante por metano,

hidrogênio, óxido nitroso, ozônio. Esta proporção apresenta variação de acordo com altitude.

2.3-A ATMOSFERA E O EFEITO ESTUFA

Uma pequena porção de gases da atmosfera composta por dióxido de carbono, metano,

óxido nitroso, ozônio e compostos de cloro, flúor e carbono e também vapor de água compõem

o que chamamos de gases do efeito estufa(GEEs). Todos esses gases, em concentrações

normais, possuem um efeito muito importante sobre o planeta, garantem que a temperatura não

seja muito elevada durante o dia e nem muito baixa durante a noite, tem a capacidade de reter o

calor na atmosfera, funcionando do mesmo modo que uma estufa para o cultivo de plantas. Foi

essa condição de estufa que possibilitou a vida no planeta.

Os gases estufa permitem que as radiações solares atravessem a atmosfera e aqueçam a

superfície terrestre. Aquecida, a Terra emite raios infravermelhos que tendem a voltar para o

espaço, mas sua saída é dificultada pelos GEEs. Esses gases possuem uma ação refletora sobre

parte dos raios infravermelhos reenviando-os de volta ao planeta, garantindo assim que não

ocorra uma grande perda de calor para o espaço e o planeta não se esfrie durante a noite,

mantendo uma temperatura estável na Terra.

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Ilustração 1: Efeito Estufa

Fonte: Milene Bulla, 2008

Esse efeito de retenção de calor ao redor do planeta se chama Efeito Estufa, um

fenômeno natural que acontece a milhões de anos e que é muito importante para a manutenção

da vida, pois sem ele a temperatura da Terra seria abaixo de 10°C negativo durante a noite.

Como analogia, podemos observar o fenômeno em um carro exposto ao sol, os raios

solares passam pelo vidro e aquecem o seu interior. Estes raios se transformam em radiação

infravermelha que não consegue atravessar os vidros de volta para o ambiente causando o

aquecimento no interior do carro. Se abrir os vidros, o calor vai se dissipando e a temperatura

amenizando. Os vidros são a barreira que impede o calor de voltar para o espaço, assim como os

gases estufa da atmosfera terrestre.

É fácil de compreender sua importância para a Terra quando observamos a lua, que não

possui atmosfera. Durante o dia sua temperatura chega próxima dos cem graus e a noite cai

muito abaixo do zero grau. Dessa maneira não seria possível sobrevivermos na Terra.

2.4-QUAL É O PROBLEMA COM O EFEITO ESTUFA SE ESTE É UM FENÔMENO

NATURAL?

O homem vê, de maneira geral, nosso planeta como sendo algo extremamente estável,

não prestando atenção nas mudanças que vão ocorrendo através dos anos. Isso também se

estende a atmosfera, onde as transformações ocorrem lentamente.

A história dessas alterações inicia-se com a formação do planeta onde registros

geológicos apontam para mudanças radicais que ocorreram no decorrer dos tempos. Hoje as

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mudanças são mais sutis e as pessoas só percebem quando sentem seus efeitos nocivos no

organismo. Há algumas décadas com o desenvolvimento tecnológico e industrial da

humanidade a quantidade de gases lançados na atmosfera começou a aumentar

significativamente, provocando um impacto com grandes alterações na composição atmosférica.

O resultado desse lançamento excessivo de gases, principalmente aqueles que causam o efeito

estufa (GEEs), sobretudo o dióxido de carbono (CO2) formam uma espécie de cobertor cada dia

mais espesso ao redor da Terra, pois são lançados mais gases do que as florestas e oceanos

podem absorver. O acúmulo dos gases, que funcionam como causadores do efeito estufa,

passam a refletir maior quantidade de raios infravermelhos, conseqüentemente maior parte de

calor fica retida na Terra, não é emitida para o espaço provocando uma intensificação do

aquecimento da atmosfera. Este aumento do efeito estufa deixa o planeta cada vez mais quente o

que chamamos de aquecimento global. Esse fator pode causar mudanças climáticas capazes de

provocar alterações nos ecossistemas da Terra modificando as formas de vida ou até

extinguindo-as.

2.5 - HISTÓRIA DA POLUIÇÃO DO AR

Nosso ar atmosférico não foi sempre assim como é hoje, apresentou variações através

dos tempos. Provavelmente o ar da Terra primitiva era composto de gás metano, amônia, vapor

de água, e hidrogênio. Com o aparecimento dos seres vivos, principalmente os vegetais, a

atmosfera foi sendo modificada. Hoje com a influência do homem, ela se modifica de maneira

mais intensa.

Ilustração 2: Aquecimento Global. Fonte: Milene Bulla. 2008

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A modificação química do ar teve início já nos primórdios da humanidade quando o

homem descobriu o fogo. Naquele exato momento, começou-se a lançar uma porcentagem de

gás carbônico na atmosfera, que naturalmente não estaria ali. Com o aumento das atividades

humanas a quantidade de gases poluentes, não se resumindo apenas ao gás carbônico, foi

intensificada na atmosfera.

O homem começa a ter domínio sobre a natureza e para cultivar seu alimento para a

sobrevivência, faz queimadas para limpar o solo. Esta é a prática mais antiga que provoca a

poluição do ar. Com o passar do tempo, as comunidades começam a se organizar e surgem as

cidades e com elas novos problemas. Na idade média, os castelos eram cercados por fossos que

serviam de proteção, mas também de depósito de esgoto que tornava o ar fétido pela emissão de

gás metano; o lixo era lançado nas ruas e outros problemas relacionados à higiene.

A partir da revolução industrial, o homem consegue produzir energia mecânica a partir

da queima do carvão, lenha e mais tarde, do óleo combustível. Máquinas vão surgindo e a

atmosfera dos centros industriais vai se tornando cada vez com maior quantidade de fuligem e

compostos nocivos ao sistema respiratório.

Em 1829 desenvolve-se a primeira locomotiva, a famosa Maria Fumaça, com ela as

estradas de ferro que ligariam uma localidade a outra, facilitando o transporte e locomoção. O

sistema de transporte começa a se desenvolver e com o início da queima do combustível fóssil,

nascem um grande grupo de poluidores do ar, os veículos automotores.

No início a poluição era local mais concentrada nas minas de carvão, mas com o aumento

da atividade industrial, os episódios de contaminação por poluição deixam de ser restritos a

algumas áreas, tornaram-se mais abrangentes atingindo cidades inteiras e levadas para outras

regiões por correntes de ar.

1.6 A NATUREZA UTILIZA O GÁS CARBÔNICO. POR QUE O SEU A CÚMULO

NA ATMOSFERA?

Sabemos que as moléculas de gás carbônico da atmosfera são assimiladas pelas algas e

plantas que realizam a fotossíntese. Esta consiste na produção de nutrientes orgânicos que serão

utilizados pelos organismos fotossintetizantes como fonte de energia e matéria para formar sua

biomassa no processo de crescimento e desenvolvimento.

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Quando a planta realiza a fotossíntese ela utiliza o gás carbônico da atmosfera,

juntamente com a água e sais do solo e a energia solar, para sintetizar a glicose que será

utilizada na sua sobrevivência. Ao fazer uso dos produtos da fotossíntese as plantas estarão

fixando o carbono do gás carbônico na sua biomassa, reduzindo assim a concentração deste gás

na atmosfera. Ao mesmo tempo, as plantas eliminam durante a respiração este mesmo gás,

proveniente da degradação da matéria orgânica para a obtenção de energia necessária para o

metabolismo. Assim, o carbono sequestrado na fotossíntese e armazenado na biomassa vegetal

vai passando de um ser para outro na cadeia alimentar e ao mesmo tempo, voltando para a

natureza de maneira mais ou menos equilibrada (Ilustração 3)

A própria natureza vai corrigindo as alterações na composição do ar, mas sua eficácia é

limitada. Durante milênios ela armazenou o carbono nos fósseis e, em especial no seu produto,

o petróleo. Com o aumento consecutivo do uso dos combustíveis fósseis, a emissão de gás

carbônico antropogênico, que estava fora de circulação a milhões de anos, volta à natureza. A

produção desse gás se tornou maior que a capacidade das plantas em absorvê-los naturalmente.

Isso é o carbono que estava armazenado a milhões de anos no solo e nos oceanos passa a fazer

parte novamente da atmosfera em um espaço muito curto de tempo, resultando num acúmulo

deste na atmosfera.

Várias das atividades de uma cidade ajudam a aumentar a concentração dos gases de

efeito estufa. Desde as atividades das grandes indústrias, as atividades agropecuárias e também

nas atividades dos cidadãos no seu dia a dia. Até mesmo as atividades corriqueiras como fazer

um churrasco, andar de carro, cozinhar, queimar lixo entre outras, ajudam contaminar a

Ilustração 3: Fotossíntese.

Fonte: Milene Bulla. 2008

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atmosfera. A queima de combustíveis fósseis (gás natural, carvão mineral e, especialmente, o

petróleo) para gerar calor e energia nos setores industriais e de transportes, é colocada como o

grande fator na contribuição do gás carbônico na atmosfera. O crescente aumento da população

vem contribuindo e muito para acentuar este fator, como a maioria possui automóvel, e as

atividades são intensificadas o volume de gás carbônico produzido pode ser comparado ao de

uma grande indústria.

Os combustíveis são hoje uma das principais fontes de produção de gases que acentua o

Efeito Estufa provocando o aquecimento global. Eles são no geral formados por grande

quantidade de carbono que, por oxidação dão origem aos óxidos de carbono- gás carbônico e

monóxido de carbono- modificando sua porcentagem na atmosfera. O desmatamento e as

queimadas florestais também contribuem muito para o efeito estufa, pois também liberam gás

carbônico para a atmosfera. Não podemos esquecer que os reservatórios naturais de carbono e o

ecossistema capaz de absorver gás carbônico também estão sendo afetados por ações dos seres

humanos (ações antrópica).

Além do gás carbônico temos também o gás metano (CH4), o segundo gás estufa em

importância antrópica e sua concentração vêm aumentando rapidamente chegando a duas vezes

e meia no último século. A principal fonte deste gás vem das atividades agrícolas produzida pela

fermentação das bactérias anaeróbicas associadas aos arrozais, a ação das bactérias no intestino

dos ruminantes e pela queima de biomassa; outro gás é o óxido nitroso que provem do emprego,

em grande quantidade, de fertilizantes nitrogenados nas últimas décadas.

Diferentes fontes ajudam a produzir esses gases, cada um com suas características, mas

todos causando impactos no ambiente, pois o volume produzido é maior do que aquele que a

natureza pode dar conta.

2.7 - VEÍCULOS? COMO INFLUENCIAM NO AQUECIMENTO GLO BAL?

Na nossa vida cotidiana os meios de transporte são muito importantes. Direta ou

indiretamente dependemos deles para a maioria de nossas atividades como, nos deslocarmos

dentro de nossa cidade e fora dela, para os produtos chegarem aos supermercados, lojas,

indústrias entre outros. O problema é que os veículos queimam combustíveis fósseis, lançando

grande quantidade de gases na atmosfera. Atualmente, eles constituem uma importante fonte de

poluição do ar na maioria das cidades do mundo. O número de veículos que circulam vem

crescendo diariamente, e conseqüentemente, o lançamento de gases na atmosfera é aumentado,

provocando o acúmulo de gás carbônico.

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O motor de combustão aspira ao oxigênio do ar e mistura com o combustível

vaporizado, o que gera uma explosão movimentando as engrenagens do veículo. Como os

combustíveis são compostos orgânicos formados por uma cadeia de carbono e hidrogênio, ao

sofrer a combustão, reage com o oxigênio do ar, resultando em gás carbônico e vapor de água.

Sempre que a queima for completa, esses produtos da combustão são expelidos pelo

escapamento, atingindo a atmosfera.

Qualquer combustão tem como principal produto o CO2, muitas vezes representados

pelo monóxido de carbono (CO), gás que apesar de invisível é altamente tóxico e poluente.

Considerando os motores a diesel, como dos caminhões e ônibus, principalmente se não

estiverem bem regulados, emitem partículas, visualizadas como “fumaça preta”, causando a

impressão de uma poluição mais acentuada.

Foto 2: Avenida Colombo

Fonte: Milene Bulla. 2008

Foto 3: Escapamento

Fonte: Milene Bulla. 2008

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Foto 5: motor de carro Fonte: Milene Bulla. 2008

Não importa o tipo de combustível queimado, sempre haverá a formação de

subprodutos que alcançarão à atmosfera. A emissão destes subprodutos só poderá ser controlada

com um adequado projeto de melhoria das condições de combustão nos motores ou

equipamentos do veículo e no seu uso consciente por parte da população.

No caso do combustível renovável, como por exemplo, o álcool, esse carbono que é

lançado pela combustão na atmosfera foi retirado da própria atmosfera pela cana de açúcar

durante seu desenvolvimento, pois as plantas retiram do ar o gás carbônico como fonte de

energia na fotossíntese. Afirma-se nesta situação, que a combustão do álcool, não contribui ao

aquecimento global, porém como qualquer combustão, produz os gases que causam a poluição

da atmosfera.

Em todo o mundo, as grandes e médias cidades estão enfrentando sérios problemas

causados pela poluição dos veículos. Para os governos, esse é um grave problema a ser

resolvido. No Brasil foram adotadas várias medidas, entre elas a iniciativa do IBAMA –

(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que instituiu o

Programa Nacional de Controle da Poluição por Veículos Automotores (Proconve), que

Foto 4:Movimento na Avenida Guaiapó

Fonte: Milene Bulla. 2008

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estabelece a redução de poluição por veículos automotores, nacionais e importados. Desde a

implantação desta lei, a redução das emissões de monóxido de carbono dos veículos novos

atingiu cerca de 97%. O programa estabeleceu ainda, a inspeção periódica dos veículos em

circulação para verificar os níveis de emissão pelos escapamentos. No entanto, esta fiscalização

vem raramente ocorrendo, permitindo que os proprietários dos veículos automotores não

mantenham seus veículos regulados, e assim, não contribuem com a redução da poluição do ar.

Outras medidas foram tomadas pelo programa: redução das emissões de compostos com

chumbo, produzindo gasolina sem este elemento; a utilização de combustível alternativo como o

álcool; o emprego de uma mistura de combustíveis fósseis e alternativos, como a mistura de

gasolina com álcool anidro, muito menos poluente; e o desenvolvimento tecnológico, com a

introdução de catalisadores nos escapamentos dos veículos para promover o tratamento dos

gases produzidos pela queima dos combustíveis.

A situação atual mostra que só conseguiremos controlar efetivamente a poluição do ar

com medidas integradas que conduza ao consumo sustentável dos veículos, como a melhoria

dos transportes coletivos; no investimento de energia alternativa ao uso de combustíveis fósseis;

em condutas colaborativas da comunidade, como o rodízio de veículos, entre outros. Caso

contrário, teremos que assumir os impactos produzidos no ambiente e no ser vivo, inclusive no

homem, adaptando-se ao novo panorama.

OUTROS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELOS TRANSPORTES

Não podemos esquecer que o transporte rodoviário traz embutidas, outras

conseqüências ambientais. Além de grande poluidor do ar, pelos gases liberados pelo

escapamento, há o impacto da construção das estradas que implica na retirada de grandes

quantidades de terra, desmatamento, impermeabilização do solo, assoreamento dos rios,

fragmentação de ecossistemas isolando comunidades e muitas vezes alterando a cadeia

alimentar sem se falar do problema no acumulo de pneus entre outros.

2.8 - ESSE PROBLEMA TEM SOLUÇÃO?

Podemos amenizar esse quadro, mas para isso é preciso reduzir os gases que contribuem

para a ampliação do efeito estufa. Isso como já foi visto implica em utilizar novas tecnologias,

substituindo o uso de energia não renovável por fontes renováveis. Essas soluções encontram

obstáculos de ordem econômica social e política.

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Alguns eventos já encaminham, apesar das dificuldades, na procura de soluções

conjunta entre os países:

Em 1988, foi constituído o painel intergovernamental de mudanças climáticas,

encarregado de apoiar com trabalhos científicos as discussões sobre esse tema.

Em junho de 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, foi assinada por 188 países a proposta de se

elaborar uma estratégia global para proteger o sistema climático para gerações presentes e

futuras.

Em 1997 é aprovado o protocolo de Kyoto, que determina o estabelecimento de

compromissos por parte dos países desenvolvidos de atingir, entre 2008 e 2012, a meta de

redução média de 5,2% das suas emissões de gases de efeito estufa, em relação ao ano de 1990.

Mesmo sem a adesão do país que mais emite gases de efeito estufa, Os Estados Unidos, o

protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005.

O protocolo estimula os países a colaborarem entre si por meios de ações básicas,

lutando por um mundo melhor. Será que conseguiremos?

Vamos fazer nossa parte. A natureza desempenha seu papel no controle da depuração do

ar, apesar desse ser limitado. Nós temos por dever participar desse controle repensando em

muitas de nossas atitudes corriqueiras e observar qual passo alterar para ajudar nesse controle.

Não podemos esperar que a natureza se adapte e crie alternativas para corrigir tal

desequilíbrio e muito menos esperar somente por leis de combates. É hora de cada cidadão

tomar consciência de sua participação no ecossistema, tomando atitudes que auxiliem a

manutenção dos ciclos naturais que mantêm o equilíbrio do planeta e, portanto, a vida.

Pense em alternativas e tente por em prática. Acabar com o aquecimento global é muito

difícil, mas diminuir seus efeitos depende de todos nós.

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3. ATIVIDADES

3.1 ATIVIDADES INVESTIGATIVAS DO CONHECIMENTO PRÉVI O DO ALUNO

Atividade 1 – Compreensão acerca da Atmosfera

Sugestão ao Professor: A atividade pode ser realizada em dupla ou individualmente e as

respostas devem ser discutidas no grande grupo antes de serem arquivadas.

Duração: 30 minutos.

Desenvolvimento: Os alunos devem discutir e registrar suas conclusões a cerca das questões

abaixo. Esse registro deve ser arquivado para comparar com as conclusões finais após os

estudos realizados.

a) Como seria a vida na Terra se não existisse atmosfera?

b) Para você a atmosfera é igual em toda a sua extensão?

c) A atmosfera sofre influência das ações do homem. Como você observa tal ação?

d) Atualmente, afirmam que a Terra está ficando mais quente. Essa questão tem algo a ver

com a atmosfera?

Atividade 2 – Atmosfera e a vida.

Duração: 30 minutos

Desenvolvimento: Apresentar para os alunos figuras de planetas e questionar que aspectos os

tornam diferentes ao desenvolvimento da vida, como a conhecemos. O aluno deve registrar suas

conclusões antes de discuti-las no grande grupo.

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Atividade 3 – Impactos

Elaborar um mapa conceitual referente aos Transporte Rodoviários e seus impactos ambientais.

Atividade 4 – Veículo motorizado, meio ambiente e saúde.

Duração: 50 minutos

Desenvolvimento: Provocar um debate sobre: Relação entre veículo motorizado, meio ambiente

e nossa saúde. As discussões poderão ser gravadas ou anotadas por um representante, para

posterior comparação dos conceitos elaborados.

3.2 ATIVIDADES ESPECÍFICAS - Realizadas ao longo do desenvolvimento do tema

Atividade 1 - Linha do tempo

Objetivos: Compreender que o ser humano faz parte da natureza e que suas ações interferem e

modificam o ambiente.

Conscientizar que as tecnologias são importantes para a qualidade de vida

Duração: uma aula, 50 minutos.

Material: Caderno, lápis preto, cartolina, cola branca, tesoura, listagem de fatos históricos.

Interdisciplinaridade: Ciências, História e Língua Portuguesa

Desenvolvimento: Os alunos dispostos em grupo de dois ou três elementos apresentarão fatos

históricos relacionados com o tema dessa unidade, como: Terra primitiva, primeiros seres vivos,

as plantas, descoberta do fogo, inicio da agricultura, organização em sociedade, revolução

industrial, Primeira locomotiva, utilização do petróleo, automóveis antigos e modernos, entre

outros. Destacar que tal disposição representará uma linha histórica do tempo. Estimular um

debate a respeito de cada tópico, ajudando os alunos a estabelecerem relações entre os

acontecimentos históricos e suas conseqüências para o meio ambiente, em especial a

modificação da atmosfera.

Durante a atividade questionar os alunos:

• Em que momento você acha que a atmosfera começou a se transformar?

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• Cultivar é necessário, porém, como esta atividade agrícola interfere na natureza?

• Qual a importância de cada fato na história do homem e na história do meio ambiente?

Atividade 2 - Ambientes naturais e construídos

Objetivos: Perceber a diferença entre ambientes naturais e construídos.

Refletir sobre o impacto da construção de estradas e o aumento dos automóveis sobre o

ambiente.

Duração: Uma aula de 50 minutos

Material: caderno, canetas, cartolinas, cola, jornais, revistas, tesoura.

Interdisciplinaridade: História, português, geografia

Desenvolvimento: Solicitar aos alunos que tragam para sala de aula figuras de paisagens

retiradas de revistas e jornais. Em grupo, separar aquelas que representem um ambiente natural

e um ambiente construído. Fazer um cartaz em cartolina separando tais paisagens. Observando

as figuras as crianças serão questionadas:

• Quais das paisagens observam a interferência do homem?

• O ambiente construído altera o ecossistema natural?

• Como devemos proceder para preservar a natureza sem prejudicar o desenvolvimento.

Foto 6: Parque Ingá

Fonte: Milene Bulla. 2008

Foto 7: Avenida Guaiapó Fonte: Milene Bulla. 2008

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Atividade 3 - Efeito Estufa

Objetivo: Facilitar a compreensão do efeito estufa na atmosfera e que o acúmulo de gases leva

ao aquecimento global.

Duração: 50 minutos

Material: Dois termômetros, um vidro com tampa, relógio, caderno e lápis.

Desenvolvimento: Com a ajuda dos alunos, no início da aula, colocar os termômetros em

ambiente externo ao prédio da escola, sendo que um deles estará acondicionado em um vidro

fechado. Verificar a temperatura dos termômetros em intervalos de 10 minutos, até completar

30 minutos. Anotar os resultados e discuti-los com a turma.

Atividade 4 – Dramatização do acúmulo do carbono atmosférico

Objetivo: Compreender como ocorre o seqüestro de carbono durante a fotossíntese,

relacionando com o uso dos combustíveis fósseis e o acúmulo de gás carbônico na atmosfera.

Duração: 50 minutos (1 aula).

Material: Clips ou prendedor colorido, barbante.

Interdisciplinaridade: Educação artística

Desenvolvimento: O barbante representa a atmosfera, que distendido receberá as peças, clips ou

prendedores, correspondentes ao gás carbônico e oxigênio, representados pela união das peças

de cores diferentes. Um aluno simulando o ser fotossintetizante retira do barbante as peças

coloridas e unidas, representando o CO2 , que como no processo da fotossíntese são separadas.

A peça que representa o oxigênio, o aluno devolve ao varal de barbante e a que representa o

carbono é fixada em seu corpo como parte integrante da biomassa. A combustão será simulada

por outro aluno, que apresentando peças de carbono em seu corpo, utilizará o oxigênio do varal,

unindo, posteriormente, com a peça de carbono retirada de seu corpo, formando, assim, o gás

carbônico que será devolvido ao ambiente.

Tudo de maneira sincronizada representando o equilíbrio na natureza.

Em um canto da sala estarão acumuladas peças de uma terceira cor, representando o petróleo.

Em determinado momento, um terceiro aluno simulando o uso do petróleo como fonte de

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energia, entra em ação utilizando essas peças em combustão e, assim, lançando maior

quantidade de gás carbônico no ambiente, no qual se acumulará.

Após a simulação os alunos deverão anotar suas conclusões e discutir com a turma.

Atividade 5 - Entrevistando a comunidade

Objetivo: Obter relatos da comunidade sobre possíveis mudanças a respeito do trafego e clima.

Discutir com o estudante a diferença entre conhecimento cientifico e popular acerca dos

diversos aspectos sobre impactos ambientais.

Duração: Uma semana.

Material: Folha de entrevista para registrar as informações.

Interdisciplinaridade: Português

Desenvolvimento: Desenvolver, anteriormente, com os alunos, um roteiro da entrevista.

Os alunos irão entrevistar três moradores antigos de sua comunidade e que estejam dispostos a

fornecer as informações sobre o assunto.

Depois de realizada a entrevista o grupo resumirá os resultados coletados para apresentarem em

sala de aula.

Finalmente, avaliar o resultado e as impressões dos entrevistados.

Sugestão de Roteiro da Entrevista

Nome:_____________________________________________________idade:____________ Há quanto tempo mora aqui?_________________________________________________ Você gosta de morar aqui?__________________________________________________ Quais os maiores problemas encontrados quando você veio morar neste bairro?______________ E hoje, que problemas você identifica? ___________________________________________________________________________ Mudou algo na paisagem da cidade?__________________________________________ E do bairro?______________________________________________________________ Como era o movimento de veículos quando você veio morar aqui?___________________ E agora?_________________________________________________________________ Você percebe alguma dificuldade com o trânsito atual?____________________________ O que ele pode provocar ao meio ambiente?_____________________________________ O que você sugere para solucionar esta situação? _________________________________

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Discutir com os alunos na sala de aula sobre a diferença entre o conhecimento cientifico e a

opinião das pessoas a cerca dos aspectos estudados. No primeiro caso, o cientista comprova

através de resultados de pesquisas, por outro lado, as pessoas podem emitir opinião originada

em seu convívio social.

Atividade 6 - Pesquisa de reportagens referentes aos veículos e o meio ambiente.

Objetivo: Permitir que os alunos relacionem a realidade local com os conceitos estudados.

Duração: Duas aula de 50 minutos.

Material: Recortes de jornal, artigos de revistas, cópias do material a ser trabalhado.

Interdisciplinaridade:Português

Desenvolvimento: Selecionar recortes de jornal e artigos de revistas que abordem o tema desta

unidade didática nos diferentes aspectos. Destacar os mais interessantes, distribuindo uma

reportagem para cada grupo. Os alunos, após leitura sintetizar aspectos relevantes que possam

comparar com os conceitos estudados.

Atividade 7 - Pesquisando e escrevendo sobre o meio ambiente.

Objetivo: Pesquisar e discutir assuntos relacionados ao meio ambiente.

Duração: duas horas aula.Material: Computador com Internet, caderno, lápis.

Desenvolvimento: Propor aos alunos pesquisa sobre mudanças climáticas e suas conseqüências;

falta da participação social para a sustentabilidade do planeta; mudanças de hábitos e costumes

cotidianos para melhorar a qualidade de vida. Posteriormente, a pesquisa será apresentada em

sala de aula, promovendo discussão e traçando sugestões de adaptação e combate às mudanças

climáticas.

Atividade 8 - Pesquisa de campo

Objetivo: Avaliar a posição do município diante do tema estudado.

Duração: Uma semana

Material: Bloco para anotações.

Interdisciplinaridade: Matemática, História, Português

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Desenvolvimento: Os alunos serão divididos em grupos. Cada um dos grupos terá um objeto de

pesquisa, que após as conclusões realizadas deverão apresentar em sala para os demais.

1) Número de automóveis

Os alunos pesquisarão se o número de automóveis do município tem se mantido constante ou

aumentado nos últimos 5 anos. Posteriormente, fazer uma estimativa de quantos automóveis

haverá daqui a dez anos se continuar nesse ritmo. Avaliar quais os problemas sociais e

ambientais provocados por tal situação.

Sugestão: Esses dados podem ser conseguidos junto à Secretaria dos transportes do município.

Interdisciplinaridade: Matemática

2) Leis do município

Solicitar uma pesquisa sobre leis ou projetos que existem no município em relação ao uso

de veículos. Analisar se as preocupações implícitas de ordem ambiental e social nesses

documentos.

Sugestão: Esses dados podem ser conseguidos junto à câmara dos vereadores e Secretaria do

meio ambiente

Atividade 9 - Retomando as atividades prévias

Solicitar ao aluno que retome suas anotações realizadas no inicio da unidade, avaliando a

necessidade de algum acréscimo conceitual em suas respostas, de acordo com o conhecimento

cientifico elaborado.

Atividade 10 - Apresentando os resultados do estudo à comunidade

Em sala deverá ser discutido e elaborado um plano de apresentação à comunidade escolar dos

trabalhos e conclusões realizadas no decorrer do estudo.

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BIBLIOGRAFIA:

AMAZONAS. Mudanças Climáticas: uma preocupação de todos. Manaus: Governo do Estado

do Amazonas/SDS, 2008. Disponível em:

<http://m.m.parintinsnet.com/ceclima/modules/mastop_publish/file/files_48b22d2ab7720.pdf>.

Acessado em 25 de outubro de 2008.

BRANCO, S.M; MURGEL, E. Poluição do ar. 2.Ed. São Paulo: Moderna, 2004.

BONETO CRISTIANE, Meio ambiente e cidadania, Como salvar o planeta, Ano

1, nº 1, Projetos escolares, On line.

BRASIL. MMA/MEC/INDEC. Consumo Sustentável: manual de educação: Consumers

Internacional. Brasília: MMA/MEC/INDEC, 2005.

KUPSTAS, MARCIA (ORG.). Ecologia em debate. São Paulo: Moderna, 1997.

TOLENTINO, M.; ROCHA-FILHO, R.; SILVA, R., R. Atmosfera terrestre. 10ª impressão,

São Paulo: Moderna, 2004.