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Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana. Teoria da Constituição 1. Direito A)Natural B)Positivo I. DIRPUB II. DIRPRIV 2. Direito constitucional (DIRCONST) 3. Constituição A) Sentido Sociológico. B) Sentido político C) Sentido material D) Sentido Formal E) Sentido Jurídico 4. Classificação das Constituições I) Conteúdo a) Material b) Formal II) Forma a) Escrita b) Não-escrita III) Elaboração a) Dogmática b) Histórica IV) Origem a) Outorgada b) Promulgada V) Extensão a) Analítica b) Sintética VI) Estabilidade a) Imutável b) Rígida c) Flexível d) Semirrígida VII) Considerações

A) B) I. DIRPUB II. DIRPRIV A) B) C) D) E)revisandopsicologia.com/wp-content/uploads/2015/08/D.-Constituc... · SIM; pois, no DIRPUB, essa condenação impedirá que outros membros

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Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Teoria da Constituição

1. Direito

A)Natural

B)Positivo

I. DIRPUB

II. DIRPRIV

2. Direito constitucional (DIRCONST)

3. Constituição

A) Sentido Sociológico.

B) Sentido político

C) Sentido material

D) Sentido Formal

E) Sentido Jurídico

4. Classificação das Constituições

I) Conteúdo

a) Material

b) Formal

II) Forma

a) Escrita

b) Não-escrita

III) Elaboração

a) Dogmática

b) Histórica

IV) Origem

a) Outorgada

b) Promulgada

V) Extensão

a) Analítica

b) Sintética

VI) Estabilidade

a) Imutável

b) Rígida

c) Flexível

d) Semirrígida

VII) Considerações

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Teoria da Constituição

Livros: Alexandre de Moraes (DIRCONST); Pedro Lenza (DIRCONST esquematizado); Vicente Paulo (DIRCONST descomplicado)

1. Direito

A) Natural

Condição do ser humano. Inerente. Percepção de ser, estar, fazer e ter.

Direito que não depende de lei, regras e normas.

Condições naturais do ser.

O que pode ser, ter, estar e fazer.

Percepção individual.

B) Positivo

Do primitivo para o coletivo houve necessidade de criar a norma

fundamental (conceito de Kelsen – vontade do coletivo sobre o ser, ter, estar e

fazer). Essas regras tem prevalência da vontade coletiva; caráter coletivo; e,

com elas, criou-se as penas para quem quebrasse as regras.

Surge então o DIR+ (direito positivo) – conceito de Kelsen = direito posto,

que nasce da vontade de uma sociedade

DIR+ = lei (no sentido amplo da palavra lei – CF e outras).

Estruturado, sistematizado

A lei nasce de uma necessidade concreta da sociedade concreta de

estruturação da sociedade – necessidades impostas pela norma fundamental

(Origem do próprio Estado)

DIR interno = lei brasileira que se divide em DIRPUB e DIRPRIV

I. DIRPUB prevalece a vontade de todos. É o DIR de todos. O estado

atua com Supremacia.

São DIRPUB: DIRCONST, DIRADM, DIRPENAL,

DIRPROCESSUAL, DIRTRIBUTÀRIO.

Se A tenta matar B, mas B o perdoa. A cometeu um crime?

SIM; Mesmo perdoado por B, A será condenado? SIM; pois, no

DIRPUB, essa condenação impedirá que outros membros da

sociedade se sintam amparados em praticar a mesma ação de A.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

II. DIRPRIV É particular (relações particulares). Os indivíduos são iguais,

o Estado não se intromete.

A e B estão em condições de igualdade (relação C).

O Estado, em relação privado, salvo algumas ressalvas.

São DIRPRIV: DIRCIVIL, DIREMPRESARIAL, DIRTRABALHO

A fez contrato de compre e venda com B. B não paga. O que

acontece? NADA; pela perspectiva do Estado, o problema é de A.

As partes (A e B) podem procurar ajuda do Estado, que os ajudará

a resolverem a questão.

A participação do Estado é em âmbito judicial, apenas.

Contencioso ocorre em âmbito administrativo (outra esfera).

(E) No âmbito do DIRINT, é correto afirmar que as normas

alienígenas se sobrepõem ao DIRPUB. O Pais é soberano,

prevalecendo as suas leis.

(E) O principio da segurança jurídica não se aplica ao DIRPRIV. Se

aplica, assim como ao DIRPUB. A lei mais nova NÂO pode retroagir

a ponto de prejudicar: DIR adquirido, o ato jurídico perfeito e a

coisa julgada.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

2. Direito constitucional (DIRCONST)

Ramo do DIRPUB – POSITIVO

Constituir, criar, dar origem, estruturar o Estado nos mais variados aspectos.

A CF Lei maior do Estado (estrutura de forma variada o Estado)

245 artigos + 97 artigos

Origem de todos os demais ramos do DIR

Subdividida por temas:

Define forma de Estado, forma de Governo e sistema de governo.

DIR e garantias fundamentais (sociais, politicas...)

Organização do Estado (competências, intervenção, DIRADM...)

Organização dos Poderes (Os 3 poderes)

Controle de Constitucionalidade (DPU, AGU, TCU...)

Defesas do Estado (Estrutura das forças armadas)

Tributos e orçamentos

Ordem social (Ciência, desporto, família...)

Disposições gerais

Disposições constitucionais transitórias (Lei maior que organiza o Estado

nos mais variados aspectos)

3. Constituição

São cinco conceitos, ou sentidos, atribuídos à CF:

A) Sentido Sociológico Definido por Ferdinand LaSalle

“A CF não é lei. Ela é fator de PODER”

Seria uma organização concreta do Estado, sob o ponto de vista social

se o Estado é organizado sociologicamente, então ele tem CF; caso

contrario, não terá.

Fator de Poder = Organização sociológica do Estado. Ex: Educação,

divisão de rendas (estariam escritos na CF)

Karl Marx acompanhou esse sentido sociológico de lei a CF é lei, e

constitui sociologicamente o Estado.

Os indivíduos estão em condição de igualdade, e a CF estrtutura essa

condição dentro do Estado.

NÃO depende de documento ESCRITO

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

B) Sentido político Carl Schimitt

O aspecto politico é privilegiado, e não o sociológico. É o oposto do sentido

sociológico.

A questão social é secundária

É necessário definir a estrutura politica do país. Ex: Se o Estado é unitário

ou federal, se é republica ou monarquia, se é democracia....

A CF pode ser lei

NÃO depende de documento ESCRITO

CF = organização politica do Estado (atribuições do EX, LG e JD)

Nega o sentido sociológico, ou seja, não se importa com as divisões das

rendas, educação, etc. A preocupação é de definir o Estado como PJ de

DIRPUB. A CF pode ser lei ou não, mas organiza a estrutura do Estado.

C) Sentido material Amplia do sentido politico

A CF é aquela que organiza o Estado em TODAS as questões

essenciais (FUNDAMENTAIS)

Reconhecida por tratar de assuntos fundamentais

Tem TUDO que é fundamental. Ex: DIR fundamental + Estruturas

politicas

Não se restringe a questões politicas

NÃO se limita a documento ESCRITO, pode vir dos costumes (como a

CF Inglesa)

Obs.: O que é fundamental?

Separação dos poderes (Organização do Estado)

Organização Administrativa

DIR Fundamentais

D) Sentido Formal Amplia o sentido politico

Não se reconhece por tratar de assunto X ou Y; nesse sentido, a CF

pode tratar de qualquer assunto: DIR Fundamental, do básico, poderes

e assuntos irrelevantes para a CF (que poderiam estar na lei comum)

Não pode ser identificada pelo assunto, mas pelo procedimento correto,

adequado vira texto constitucional. Ex: EC (independente do assunto

deve seguir o procedimento correto, conforme lei previa de cada pais,

para ser um texto constitucional)

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Importa apenas o procedimento, a forma para se colocar o conteúdo na

CF

CF formal é lei Organiza o Estado nos mais variados aspectos,

sendo o assunto irrelevante.

PRECISA ser documentada, ESCRITA

E) Sentido Jurídico Hans Kelsen

“A CF é LEI”

CF tem valor jurídico, ou seja, cria obrigação de fazer ou de deixar de

fazer, independentemente do valor que trate (assunto), da forma que foi

dita e do tipo de ideologia

É a lei maior do Estado, e deve ser cumprida

É irrelevante o assunto, o procedimento (forma) e a ideologia.

A lei é para organizar o Estado e deve ser cumprida

Obs.: José Afonso da Silva para Kelsen, a CF é norma PURA – é a lei pela

lei – é a pura obrigação de fazer ou de deixar de fazer.

CONCLUSÔES DOS SENTIDOS

1. NÃO há certo e errado nos sentidos. São visões diferentes e a CF pode ser todos ao

mesmo tempo.

2. Quando a bancado concurso particulariza a CFBR = Sentido formal (não é o jurídico

de Kelsen).

3. Para Kelsen, a CF é lei independentemente dos outros sentidos (A,B,C e D). A

CFBR é lei, mas tem a ideologia de defender a democracia.

4. Começou no sec. 18, e de lá pra cá a CF é lei. Ex: A Inglaterra tem CF em vários

documentos. No BR, CF é documento único.

5. Toda CF hoje em dia é documentada, e no sentido moderno pressupõe lei.

6. A CFBR tem em seu sumário os princípios fundamentais e outros assuntos que não

são próprios da CF. Ex: Art 242, § – Colegio D. Pedro II é mantido pela União.

Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais oficiais criadas por lei es-

tadual ou municipal e existentes na data da promulgação desta Constituição, que não sejam total ou pre-

ponderantemente mantidas com recursos públicos.

§ 2º - O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal.

7. A CFBR não tem logica no assunto, pode ser qualquer um. Porém, esses assuntos

foram colocados conforme um procedimento sentido formal.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

(C) CF é lei suprema do Estado e que o organiza Sentido Formal e Jurídico.

(C) CF define a organização politica do Estado

(E) A CF, segundo Schimitt, é aquela que não depende de lei, ela é fator de

poder. Schimitt defende o sentido politico, que dita que a CF é a que organiza os

poderes – a estrutura politica do Estado. Esse sentido da questão é o defendido

por LaSalle – sentido sociológico.

(C) A CF, pelo sentido jurídico, é aquela que despreza o conteúdo, a forma e a

ideologia. Sentido Formal e Jurídico.

(E) A CF é um conjunto de normas programáticas Pode ter norma programática,

mas pode haver mais. Alguns artigos transitórios são normas programáticas.

(E) A CF formal é aquela reconhecida pela constituição do Estado ou separação

dos poderes Essa é a do sentido material.

4. Classificação das Constituições Estabelecer parâmetros (José Afonso da Silva – o

que mais é cobrado em provas).

Os Parâmetros são:

I) Conteúdo

a) Material = sentido material só trata dos assuntos essenciais,

fundamentais do Estado. Ex: A CFEUA trata apenas da estrutura,

da base do Estado.

b) Formal = sentido formal Trata de assuntos variados, mas que foram

inseridos de no corpo da CF através de um procedimento correto,

adequado. Ex: CFBR.

Obs.: Porque a CFBR é formal e não material? O que determina o tipo de

CF é a cultura do pais, a sua história, a estabilidade e a organização do pais.

A CFBR foi promulgada há 21 anos, e já sofreu 64 alterações, por

consequência da instabilidade do País (coloca-se na lei maior para ver se

aplica, como as normas programáticas)

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Quanto ao conteúdo atual da CFBR:

a) Rígida

b) Analítica

c) Dogmática

d) Escrita

e) Formal.

(C) É correto afirmar que material é mais estável que a formal A Formal tem

maior probabilidade de sofrer modificações, pois alterar o irrelevante é mais

fácil do que alterar o fundamental

Obs.: A CFBR é formal e Rígida = mais difícil de modificar.

(C) Uma das classificações da CF leva em conta o assunto tratado em seu

texto, do que resultam CF material e CF formal. (Até aqui está correto) A CF

material é aquela que apenas trata de assuntos essenciais do Estado, desse

ângulo, outros assuntos ainda que inseridos no corpo da CF escrita, só seriam

normas constitucionais tão somente do ponto de vista formal.

II) Forma/ Apresentação/Visualização

a) Escrita = Está organizada em um ÚNICO documento. Há hierarquia entre

leis.

(E) Toda CF escrita é formal. Pode ser material.

(C) Toda CF formal é escrita. Ex: CFBR.

b) Não-escrita = Encontrada em mais de 1 documento. Ex: CF-Inglesa. É

histórica, e decorre de costumes, tradições. O importante é

pinçar os assuntos fundamentais nas leis. Não há hierarquia

entre leis. Costumeira. Consuetudinária.

Obs.: A CFBR é escrita TODAS as normas estão nela.

A CFBR é tudo isso: rígida, analítica,

dogmática, escrita. MAS QUANTO ao

CONTEUDO, ela é FORMAL.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Obs.: Até o século 18, para se ter uma CF bastava ter uma

organização do Estado Na Revolução Francesa, a CF virou

lei escrita ou não.

(E) CF não-escrita é porque decorre de costume e tradição.

Ela decorre de costumes e tradições, porém ela está escrita em

mais de um documento.

(C) Não existem CF não-escritas formais.

(C) Toda CF não-escrita é material, mas nem toda material é

escrita.

(C) A CF não-escrita só pode ser material.

(C) O STF é um tribunal consuetudinário. Sim, ele julga

preservando costumes.

(C) Toda CF consuetudinária é material.

III) Elaboração considera o momento, condição e modo de criação. Ex: 1985 =

Houve a Assembleia constituinte no BR para criar normas, regras

para reger o País. A Inglaterra não “sentou” para fazer sua CF,

pois lá o que tem maior valor são as tradições, os costumes, as

heranças (conforme necessidade as leis surgem. Necessidade

de Organização, por exemplo. Criam-se leis e não a CF escrita)

a) Dogmática (como surgiu) = escrita (visualização)

(E) Toda CF dogmática é formal.

(C) Toda CF formal é dogmática.

b) Histórica (como surgiu) = não-escrita (visualização)

(C) Toda CF histórica é material.

(E) Toda CF material é histórica.

(E) Quanto ao modo de elaboração, a CFBR é escrita. A

CFBR é dogmática quanto ao modo de elaboração. Escrita é

quanto ao modo de apresentação.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

IV) Origem

a) Outorgada = Imposição É a CF imposta ao povo

b) Promulgada = A CF tem a concordância popular. É feita com representantes

do povo Assembleia constituinte.

O BR teve as seguintes CF:

Ano Origem Características

1824 Outorgada Império. O Imperador estipulou que durante 4 anos a CF não sofreria alterações.

1891 Promulgada Primeira CF republicana. BR passou a ser Estado Federal (antes era Estado Unitário) Criou-se a democracia rudimentar.

1934 Promulgada Criou-se os Direitos Sociais

1937 Outorgada Golpe de Estado

1946 Promulgada Devolve ao povo as liberdades individuais. Consolidando os direitos individuais.

1967 * Outorgada Golpe militar. Há quem diga que foi promulgada, pois foi aprovada pelo CN (mas sob a mira dos militares)

1969 * - Parte da doutrina diz que houve uma CF69. Foi uma EC à CF67

1988 Promulgada Considerada uma das melhores do mundo. CF cidadã, pois o povo participou por assembleia.

(E) A CF cesarista é aquela que não admite participação popular. Ela é

imposta. Cesarista = em um primeiro momento ela é imposta, porém há

referendo depois (Não é conceito de José Afonso da Silva).

Obs.: Na doutrina, não há consenso sobre CESARISTA, com duas vertentes:

1) Não há participação do povo, apesar do referendo;

2) Não é imposta, mas promulgada pelo referendo.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

V) Extensão Tamanho do texto

a) Analítica = trata de vários assuntos. Detalhada, extensa conforme o

conteúdo e não a quantidade de artigos. Não se restringe a

assuntos fundamentais. É formal. Ex: CFBR.

(C) É tipico da CF analítica conter normas programáticas. Não

é obrigatório, mas quanto as contém é CF analítica.

b) Sintética = pequena, concisa, resumida trata de assuntos fundamentais.

É material. Ex: CFEUA

(E) É típico da CF sintética conter normas programáticas em

seu texto. . É tipico conter assuntos fundamentais

(Organização do Estado/Separação dos poderes; organização

administrativa; direitos fundamentais)

VI) Estabilidade Possibilidade de atualização da CF. As chances de se mudar,

complementar ou tirar.

a) Imutável = literalidade da palavra – não admite nenhum tipo de

modificação; não admite atualização. Não exemplos, nem

em sociedades fundamentalistas. Alguns doutrinadores nem

usam mais.

b) Rígida = CFBR – admite modificação em seu texto, mas APENAS por

processo legislativo mais rigoroso do que aquele utilizado para

fazer leis ou modifica-las. Essa CF tem mais estabilidade do

que a lei, e tem maior hierarquia que a lei (por isso a CF é a lei

maior)

c) Flexível = Admite modificação ao seu texto, pelo mesmo processo

legislativo utilizado para alterar as leis comuns –

diferentemente da Rígida, ela é mais fácil de modificar, pois é

o mesmo procedimento que o das outras leis.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

d) Semirrígida = Parte do texto da CF exige maior rigor para ser modificado,

e parte exige menor rigor de modificação. Não nem rígida e

nem flexível. A parte que admite maior rigor na modificação,

torna esse processo mais complexo; e a parte com menor

rigor usa o mesmo procedimento que o da lei comum. A 1ª.

CFBR foi semirrígida (1824). Tem supremacia material

(todas têm), e supremacia formal na parte rígida (e

APENAS nessa parte). A parte rígida é de DIRFUND. Trata

de assuntos diversos

(E) Apenas as normas das CF escritas que possuem

supremacia. Supremacia MATERIAL todas as CF tem

(E) A CF semirrígida devem ser material. Não devem

(C) A CF semirrígida deve ser formal.

VII) Considerações

Pq um País escolhe tipos de CF?

Rígida Flexível

Traz mais estabilidade e rigidez para a

estrutura do Estado – as regras são mais

duráveis que outras contidas em leis

comuns.

Torna a CF a norma de maior hierarquia

No BR, a CF é a lei maior pq é rígida

Verticalidade

Tem supremacia formal (é mais complexo

mudar a CF do que a lei normal)

A lei comum que difere da CF é

inconstitucional

A formal é necessariamente rígida

A lei comum revoga a CF

Horizontalidade

A CF está no mesmo nível da lei

A CF organiza o Estado em assuntos

fundamentais

É material

As outras leis tratam de outros

assuntos

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

A Supremacia da CF sugue dois moldes:

Formal Material

A norma constitucional, na CF formal, trata

de assunto fundamental

Quem tem Supremacia formal é a CF

rígida

A forma de modificação da CF é mais

complexa é difícil do que a da lei comum

A relevância é que: se a CF for rígida, tem

supremacia formal sobre a lei

Não a CF ser a lei maior

TODAS as CF tem (sejam escritas ou

não, materiais apenas, ou formais)

É possível reconhecer uma norma

constitucional? SIM

A norma constitucional, na CF

material, é tudo que está escrito na

CF, independentemente da relevância

(E) Apenas as normas das CF escritas que possuem supremacia.

Supremacia MATERIAL todas as CF tem

(C) Apenas as normas das CF escritas possuem supremacia formal.

TODA formal deve ser escrita. TODAS as rígidas devem ser escritas.

A supremacia formal vêm da rigidez.

(E) O principio da Supremacia Formal da CF é atributo presente tanto

em CF flexíveis quanto em rígidas. APENAS nas rígidas

(E) Uma das classificações da CF leva em conta os mecanismos de

sua modificação, do que resultam CF rígidas, flexíveis e semirrígidas.

Em todas essas, devido à supremacia da CF, deve haver mecanismos

de controle constitucional. Quando se fala em mecanismos de

controle constitucional pressupõe-se que algo é inconstitucional,

então, por contiguidade, há hierarquia entre a CF e as outras leis –

isso só ocorre na CF rígida.

(E) A rigidez da CF é decorrência do principio da supremacia formal.

É o contrario – a supremacia surge da rigidez.

O examinador atual diz que a CFBR é semirrígida – ELA È RIGIDA

(E) A CFBR é semirrígida porque tem clausulas pétreas.

Clausulas pétreas são assuntos que não são abolidos da CF, nem por

EC (podem ser modificados porém NUNCA abolidos). São 4 principais

clausulas (Art 60, § 4º):

Forma federativa de Estado

Voto direto e secreto

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Separação dos poderes

DIR e garantias individuais

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

O processo legislativo da EC (PEC) é usado com clausulas pétreas

APENAS para modificá-las

(C) A atual CFBR pode ser classificada como SUPER-RIGIDA porque

contém clausulas pétreas em seu texto.

Alexandre de Moraes – CF rígidas admitem formas de modificação

mais complexas que as da lei; mas, a CFBR tem clausulas pétreas

(ou NUCLEOS IMUTAVEIS) que determinam SUPER-RIGIDEZ.

De acordo com Alexandre de Moraes é classificada como super-rígida

porque contém clausulas pétreas em seu texto

Clausula pétrea – clausula de imutabilidade, mas que pode sofrer 3

tipos de modificação

Fé rígida ou super-rigida ≠ imutável

RIGIDEZ não implica em um procedimento tão complexo de

modificação, a ponto de impossibilitá-la (que é a imutabilidade – o que

impediria de acompanhar a mutabilidade/ as necessidades do povo)

A atual CFBR é (quanto a):

Estabilidade Rígida

Extensão Analítica

Elaboração Dogmática

Apresentação Escrita

Conteúdo Formal

Origem Promulgada

(C) A atual CFBR é escrita, popular, analítica e formal.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Poder constituinte

1) Conceito

A) Titularidade

B) Exercício

2) Espécies

A) Originário

I. Histórico

II. Revolucionário

III. Características

B) Derivado

I. Reformador

II. Revisor

III. Decorrente

IV. Características

C) Limites do Poder originário ao Poder Derivado

I. Material expresso

II. Material implícito

III. Circunstancial

IV. Formal ou processual

V. Temporal

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Poder constituinte

1) Conceito

Aquele que CRIA ou ATUALIZA uma CF

A atualização pode ser por meio informal – modificando a interpretação da norma

constitucional

A) Titularidade

POVO é o TITULAR do poder

O Estado se submete à vontade do povo

B) Exercício

Exercido pelos REPRESENTANTES eleitos pelo povo

É do povo em algumas situações (Art 1º, CF). Ex: Referendo, ação popular.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e

Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como

fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes

eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

2) Espécies

A) Originário

CRIA

Composto por quem cria. Ex: Assembleia constituinte ou ditador

CRIADOR

I. Histórico

Quando cria a 1ª CF (no BR, 1824, porém na doutrina alguns

defendem que foi em 1891)

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Para efeitos de prova, o poder constituinte é aquele que CRIA ou

ATUALIZA

II. Revolucionário

Cada vez que surge uma nova CF há mudança (=revolucionar).

No BR: 1891, 1934, 1937, 1967 e 1988.

Promulgado ou outorgado

III. Características

ILIMITADO

Incondicionado

Insubordinado

Inicial – dá origem a uma nova estrutura de Estado,

desconsiderando a anterior

Autônomo – primário, não é condicionada e/ou subordinada

PERMANENTE – permanece a condição de reestruturado Estado,

diante da nova CF

É ilimitado porque não existem barreiras para o poder originário –

organiza da maneira que desejar o Estado; não existem barreiras

que o impeçam de estruturar o Estado da maneira que quiser.

Poderia uma nova CF instituir a Monarquia no BR? SIM. O que vale

é a nova CF e o que ela estabelecer, pois o poder constituinte é

ilimitado no BR

Duas bases doutrinárias para o poder originário:

a) JUS NATURALISTA – É relativo. Está limitada aos DIRHUM (ao

que é próprio da estrutura humana), não podendo ferir esses

direitos, além das regras internacionais. Não foi adotado no BR

b) JUS POSITIVISMO - Vale o que está na CF; o que a lei diz. O

direito posto. O que foi sistematizado. O ilimitado é totalmente

ilimitado.

No BR, adotou-se a tese JUS POSITIVISMO. Dessa forma, poder

constituinte originário é absolutamente ILIMITADO. Todavia, para

Decorrentes do poder ILIMITADO Não há ordem superior a esse poder.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

os adeptos da corrente Jus Naturalista, o poder constituinte

originário sofreria restrições dos DIRHUM e das regras

internacionais.

(E) O poder constituinte originário é ilimitado. No BR é.

(C) A característica de ilimitado do poder constituinte originário é

relativa. No BR NÂO é relativo

(E) Clausula pétrea é limite para o poder ilimitado em nova CF. É

totalmente ilimitado.

(E) (ESAF) Poder constituinte originário é inicial porque não se

submete a barreiras pré-existentes. Não é inicial por causa disso.

Esse é o conceito de ILIMITADO. O Inicial é por estruturar e

organizar o Estado

(E) (CESPE) O poder constituinte originário se exaure no momento

que a CF é promulgada. NÃO!!!! Ele é PERMANENTE. Mesmo com

a nova CF criada, o poder originário permanece no tempo – essa

condição de estruturar de novo não termina.

B) Derivado

ATUALIZA ou CRIA (apenas CE – constituição estadual)

CRIATURA

Clausula pétrea implícita

São três divisões: reformador; revisor; e, decorrente

Atualiza por reforma ou revisão – a idéia é manter o que existe e fazer

alguns ajustes. Para isso pode-se fazer a reforma e a revisão por EC,

porém na reforma o procedimento é mais complexo que na revisão

O poder decorrente cria CE

O poder que cria do Estado Federal – Poder originário

O poder que cria do Estado Federado – Poder derivado

Reformador e revisor – atualiza ou modifica a CF

Decorrente – cria CE, pois o Estado-membro é autônomo administrativa e

politicamente, mas NÃO é Soberano

I. Reformador

Pequena reforma. Ex: EC64 acrescentou uma palavra ao Art 6

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a

previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos

desamparados, na forma desta Constituição.

Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a

segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a

assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.(Redação dada pela

Emenda Constitucional nº 26, de 2000)

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a

moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à

infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação

dada pela Emenda Constitucional nº 64, de 2010)

Grande reforma. Ex: EC45 é a reforma do JD

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004

Altera dispositivos dos arts. 5º, 36, 52, 92, 93, 95, 98, 99, 102, 103, 104, 105, 107,

109, 111, 112, 114, 115, 125, 126, 127, 128, 129, 134 e 168 da Constituição

Federal, e acrescenta os arts. 103-A, 103B, 111-A e 130-A, e dá outras

providências.

Art 60 – matéria fundamental em provas – pode ser alterado por EC

Subseção II

Da Emenda à Constituição

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado

Federal;

II - do Presidente da República;

III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação,

manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal,

de estado de defesa ou de estado de sítio.

§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em

dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos

dos respectivos membros.

§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos

Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por

prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

Quem pode alterar ou propor alteração? A Iniciativa é de:

PR

1/3 da Câmara

1/3 do Senado

Mais das metades das assembleias legislativas, cada uma com

sua maioria simples (relativa) – o LG dos Estados–membros.

Sendo ao todo, 13 assembleias legislativas diferentes.

Esses podem apresentar PEC ao CN, que o analisa, depois

autoriza ou não

Maioria simples (relativa) = metade mais 1 dos presentes (que

devem ser, por sua vez, a maioria absoluta – metade mais 1 do

total de parlamentares em cada casa)

PEC é quórum qualificado (especial) – 3/5 do total de

parlamentares

Qualquer fração superior a ½ dos parlamentares é quórum

qualificado.

(E) No BR, vivemos uma democracia participativa, assim, o

cidadão pode dar inicio ao processo legislativo de mudança da

CF. NÃO!!! Nem deputados e senadores poderão propor sozinhos,

eles devem ter 1/3 de assinaturas dos colegas.

Bicameral

Câmara e Senado analisam a PEC separadamente. E a entrada

das propostas se dá:

Câmara Senado

PR

1/3 dos Deputados

1/3 dos senadores

½ Assembleias de Estados

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Não é a mesma coisa que dizer que uma casa é iniciadora e a

outra revisora (isso ocorre com o processo legislativo de lei

comum) – na EC as casas são a Câmara e o Senado.

O processo é igual para ambas as casas, cada uma em seu

contexto.

É preciso cumprir todo o processo em uma casa, e depois na outra:

a) Comissões analisam a constitucionalidade da PEC

b) Se for inconstitucional é rejeitada e arquivada.

c) Se for constitucional vai para outra comissão especial, que

emite parecer (CCJC)

d) Após essa comissão especial, vai para o plenário, onde é

discutida e votada. NÃO há prazo regimental ou constitucional

para isso.

e) Se rejeitada é arquivada

f) Se aprovada, aguarda-se no mínimo 10 sessões para ocorrer a

votação novamente

g) Na nova votação, se for rejeitada é arquivada

h) Se aprovada, vai para a outra casa do CN, que seguirá esse

mesmo processo.

Se rejeitada só poderá ser proposta na próxima sessão legislativa.

Em PEC não se fala em sanção e veto do PR – isso só ocorre em

projeto de LO ou de LC

(E) Uma PEC teve na Câmara 306 votos SIM, em um 1º. Turno,

sendo assim aprovada . NÃO!!! 3/5 de 513 deputados é = 308

deputados

(E) Após aprovação em 1º. Turno na Câmara, a PEC vai para o 1º

turno do Senado. NÃO!!! Ela é votada 2 vezes na mesma casa. No

1º turno, se aprovada, volta ao plenário após, no mínimo 10

sessões, para o 2º turno. Isso para se ter certeza da modificação

da CF. Exige-se o mesmo quórum de 3/5 no 2º turno. É preciso

60% dos votos para ser aprovada. Aí vai para o Senado, aqui no

caso. Senado segue o mesmo processo. O quórum é de 3/5 de

senadores = 49 senadores dos 81. Em dois turnos de votação. Se

não aprovar – arquiva. Se aprovar – finaliza com a promulgação.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Quem promulga?

Promulgação – algumas assinaturas que reconhecem a proposta.

Nasce aqui a EC

É ato formal

Promulgada pela mesa da Câmara E do Senado

Mesa – órgão administrativo de cada casa, formado por:

presidente, 1º vice-presidente, 2º vice-presidente, 1º, 2º, 3º e

4ºsecretários.

Mesa diretora

Ocorre em uma sessão plenária conjunta ≠ sessão do CN

Nessa sessão conjunta, as duas mesas assinam

O prazo é regimental de 48 horas – NÃO há prazo constitucional

Após a promulgação, ela só se torna exigível com a publicação no

DOU

(E) Promulgação de EC é feita pelo PR. NÃO!!!

(E) Promulgação de EC é feita pelos presidentes das mesas da

Câmara e do Senado. NÃO!!!

(E) Promulgação de EC é feita pela mesa da Câmara ou do

Senado. NÃO!!!

(E) Promulgação de EC é feita pela mesa do CN. NÃO!!!

Características

A EC é numerada sequencialmente – a ultima foi a EC64

Diferença entre EC e LEI

EC LEI

Entra em vigor NA DATA DA PUBLICAÇÂO –

regra

NA publicação cria direitos e obrigações –

Vacatio constituicione

SALVO, se no texto da EC dispuser diferente

Entra em vigor 45 DIAS APÒS A SUA

PUBLICAÇÂO – regra

Se for para outro momento deve estar no

texto da lei

O período é para a adaptação; o preparo

para cumprir a lei – vacatio legis

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

O prazo para publicação é regimental (48h); não há prazo

constitucional

Art 60, § 5º - se a PEC for rejeitada, ou a vida prejudicada

(formalmente rejeitada ou prejudicada inconstitucional), não

poderá ser matéria na mesma sessão legislativa NÂO HÁ

EXCEÇÂO

(E) A PEC X, sobre assunto Y, foi analisada e rejeitada pela

Câmara em 10/07/2009. Em 10/10/2009, ela foi de forma correta

proposta pela Câmara, novamente. NÃO!!!

Sessão legislativa – 02/02 a 17/07...01/08 a 22/12

Art 67 – projeto de lei (PL) pode ser analisado na mesma sessão

legislativa, basta que os membros de qualquer casa o faça

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá

constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante

proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do

Congresso Nacional.

Qualquer das duas casas pode alterar PEC/EC/CF.

Uma vez alterada a PEC, o processo é zerado – ele recomeça,

sendo votado na casa que o alterou e vai para a outra (seguindo,

novamente, o mesmo processo)

LO e LC NÃO sofrem alteração da alteração – a outra casa

concorda ou não

Na PEC, é preciso que as casas tenham concordância para ser

aprovada – o numero de alterações é ilimitado

II. Revisor

A diferença em relação ao reformador:

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Reformador Revisor

EC

Permanente – enquanto existir a CF88,

admite-se modificação por reforma

NÃO há limite TEMPORAL

Rigoroso:

o Bicameral

o Em 2 turnos

o Quórum de 3/5

EC ou ER (emenda de revisão)

Único – entendido pela doutrina.

Ocorreu após 5 anos de promulgação.

Nova revisão é inconstitucional

Limite temporal – após 5 anos de

promulgação da CF88

Há a possibilidade de atualizar a CF por

procedimento simplificado e unico

Simplificado:

o Unicameral

o Em 1 Turno

o Quórum de maioria absoluta

A EC1 é de 31/05/1992.

A revisão aconteceu por volta de 07/93 a 09/94

Ocorreram 4 EC reformadoras antes da Revisão de 1993

A CF pode ser revisada a qualquer tempo, porém NÃO será mais de

MODO SIMPLIFICADO

Reforma de revisão ≠ Revisão da reforma

O Objetivo da EC para revisão da reforma é criar a obrigação da

Câmara e do Senado fazerem

Por que parte da Doutrina diz que o poder derivado é apenas

decorrente ou reformador? Porque a Revisão ocorreu em 1993/1994.

Não haverá outra.

(C) A CF atual diferenciou a reforma da revisão ao estabelecer turnos e

quóruns de votação. Existem outras diferentes. Na Doutrina, alguns

entendem a Revisão como Reforma

(C) Uma PEC poderá estabelecer uma revisão da CF em 2010, desde

que alegue que a revisão ocorra por votação nas duas casas, em dois

turnos cada casa. Correto!! Não poderá mais haver revisão de forma

simplificada.

(C) O poder derivado se divide em reformado e decorrente

(C) O poder derivado se divide em reformador, doutrinário e decorrente.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

III. Decorrente

Cria a CE (constituição estadual)

Art 11, ADCT – Os Estados após 1 ano (de 1988) devem criar sua CE, e

promulga-la

Art. 11. Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a

Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição

Federal, obedecidos os princípios desta.

Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, no

prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e

votação, respeitado o disposto na Constituição Federal e na Constituição Estadual.

CE derivou de CF:

Pelas regras estabelecidas na CF

Decorre da CF

Existem outros assuntos derivados, que decorrem da

AUTONOMIA do Estado

6 meses após a CE, os Municípios deveriam crias e promulgar as suas

leis orgânicas.

O poder que cria as leis orgânicas (LO) municipal não é o constituinte

(pois esse é o que cria a CF, ou a atualiza) – o poder que cria a LO é o

Poder legislativo

(E) A CE é fruto do poder originário estadual. Não existe esse poder – é

poder decorrente, pois o Estado federado não é soberano

(C) A LO municipal é a lei maior do Municipio.

DF – Ente federativo hibrido (deixou de ser federal, da União) – ora tem

característica municipal, ora tem característica estadual

A LODF, na CF – feita em 2 turnos, com diferença mínima de 10

sessões.

LODF é semelhante à CE, e só se subordina à CF

Obs: Pode-se falar que no DF o poder é derivado decorrente?

Parte da Doutrina diz que sim constituição distrital, pois está definida

na CF. Mas não há consenso

Poder derivado decorrente cria CE, e não LODF/1993 – essa é a

posição majoritária da Doutrina

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

O DF pode fazer quase tudo que um Estado faz, mas não controla o seu

MP, JD, PM e BM.

No DF, não se fala em poder constituinte

LODF/93 – status de constituição

Lei estadual que contrariar CE é inconstitucional

Lei municipal que contrariar LO é ILEGAL

Lei distrital que contrariar LODF é INCONSTITUCIONAL

(E) Considerando que LO tem status de norma constitucional. A lei que

contrariar seus preceitos será inconstitucional. É ILEGAL

Artigo da LODF que contrariar CF é INCONSTITUCIONAL

TJDFT – avalia critérios de constitucionalidade das leis distritais e LODF

Tribunal do Estado é o guardião da CE

Não há hierarquia entre leis, apenas entre: CF, CE, LO e LODF. Por

causa da autonomia nas 4 esferas politico-administrativas. Valerá alei

definida que tem a competência definida na CF. Se for competência

concorrente, a CF estabelece as regras gerais apenas (quem faz o que),

ficando as outras encarregadas dos pormenores.

IV. Características

Limitado

Condicionado

Subordinado

Dependente

Secundário

Permanente

C) Limites do Poder originário ao Poder Derivado

I. Material expresso

Assuntos que não podem ser abolidos da CF, nem por PEC.

Neles há uma proibição escrita – Art 60, § 4º

Clausulas pétreas = assuntos como pedra

Está na CF

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Clausulas pétreas não poderão ser abolidas da CF, nem por EC (Art

60, § 4º) – o núcleo está no Art 60, e o resto espalhado pela CF:

Forma Federativa de Estado

DIR e garantias individuais

Voto direto, secreto e periódico

Separação dos poderes

(E) Uma PEC pode acrescentar a 5ª. clausula petrea. Isso é criar

– o poder derivado é limitado pelo poder originário (que cria os

limites materiais)

O Art 60, § 4º - não será objeto de deliberação de PEC tendente a

abolir clausula pétrea

A simples deliberação para abolir é inconstitucional

Não será objeto de deliberação a PEC tendente a abolir essas

cláusulas pétreas mas é possível alterar

(E) Clausula Pétrea não admite EC. É possível uma PEC para

modifica-la

São três modos de modificação de clausula pétrea:

a) Ampliação – alterar para ampliar. Ampliar uma que já existe é

diferente de criar nova clausula pétrea (Art 60)

Como amplia?

Na CF, os 4 assuntos só estão citados; o resto foi e pode ser

escrito depois: Ex: DIR e garantias individuais estão

espalhados pela CF – Art 5º (78 incisos); Art 16; Art 15, III;

Forma federativa de Estado – Art 1º; Art 74; Art 76.

(E) Uma norma do poder derivado é capaz de dar origem à

novas clausulas pétreas. Apenas amplia.

DIRFUND não são absolutos pode-se ampliar e reduzir sem

modificar a essência. Ex: Pena-de-morte em casos de guerra

(por traição, deserção ou por colocar a segurança Nacional em

risco) logo, direito à vida é relativo

Ex: O STF ainda analisa casos de aborto de anencefálicos (O

STF entende que a vida começa com a fecundação – porém,

essa jurisprudência pode mudar, pois a CF não define o que é

vida)

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

(C) É possível fazer o confinamento de pessoas mesmo que se

tenha garantia constitucional de ir e vir. Sim!! Pq os DIRFUND

são relativos. Ex: Caso do Césio de Goiânia – risco de

contaminação

O Art 60 não pode ser mudado. O Art 5 não pode ser

“suprimido” / “retirado” – e nenhum de seus incisos – mas pode

ser modificado.

No caso do voto o que é imutável é o direito de votar – os

pormenores podem ser modificados por EC. Ex:

Obrigatoriedade

O voto indireto é proibido, SALVO em vacância do PR (e vice-

PR) nos últimos 2 anos do mandato

Obs: Sufrágio é o direito de votar e ser votado

b) Redução da aplicação – alterar para reduzir aplicação (desde

que não fira o núcleo essencial)

É possível reduzir clausula pétrea (o CESPE adora isso)

c) Alterar a expressão literal – desde que não prejudique a

essência

II. Material implícito

Decorre de interpretação

Assuntos que não poderão ser abolidos da CF, nem por EC, porém essa

condição não está escrita explicitamente na CF:

Titularidade de poder constituinte – retirar a titularidade é acabar com

a CF

Exercício do poder constituinte

Art 60:

Clausulas pétreas

Desenvolve o processo da PEC

É o próprio limite do poder originário ao poder derivado

(C) É correto afirmar que existem artigos imutáveis na CF. Sim!! Ex:

Art 60

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

(E) Se uma PEC alterar o processo legislativo da própria PEC, de

forma a torna-lo mais fácil ou mais difícil, seria inconstitucional; pois,

haveria o limite material explicito ao poder derivado. Não!! Pois fere o

limite material implícito

Art 60 é ≠ de cláusula pétrea

(E) Se uma PEC, votada em 2 turnos de cada casa do CN, 3/5 em

cada casa, quisesse retirar da CF o artigo que trata das clausulas

pétreas, seria inconstitucional por ferir o limite material expresso ao

poder derivado. Não!! Pois fere o limite material implícito

Pode-se chamar o limite material implícito de clausulas pétreas implícitas

– pois não podem ser abolidos nem por PEC. MAS, ATENÇÂO!!! Não

podem ser chamados apenas de clausulas pétreas, e sim de cláusulas

pétreas implícitas.

(E) A forma republicana do Governo BR é uma clausula pétrea. Está na

ADCT (disposições constitucionais transitórias), Art 2º - o povo pôde

escolher entre republica ou monarquia, presidencialismo ou

parlamentarismo, em 1993. O povo escolheu a republica presidencialista

Art. 2º. No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma

(república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou

presidencialismo) que devem vigorar no País. (Vide emenda Constitucional nº 2, de

1992)

§ 1º - Será assegurada gratuidade na livre divulgação dessas formas e sistemas, através

dos meios de comunicação de massa cessionários de serviço público.

§ 2º - O Tribunal Superior Eleitoral, promulgada a Constituição, expedirá as normas

regulamentadoras deste artigo.

(E) Pode uma PEC acabar com a republica e estabelecer Monarquia no

BR. Não!! Porque o povo é o titular do poder originário

Art 60 Clausula Pétrea

Imutável

É o próprio limite

Sofrem 3 formas de modificação

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

(C) A forma republicana de governo, no BR, é uma clausula pétrea

implicita.

III. Circunstancial

Em 3 circunstancias não poderá haver EC:

a) Estado de Defesa – Segurança está fora de controle no Estado-

membro

b) Estado de Sitio – Mais grave que Estado de Defesa. A situação se

alastrou ou é pré-guerra. Está sitiado .

c) Intervenção federal – A união interfere na autonomia dos Estados e

DF. PR nomeia interventor.

São situações atípicas; restritivas; e, diminuem a autonomia dos

Estados-membros.

Nessas 3 situações, o CN ”poderia aproveitar” e dar golpe, por isso que

não se autoriza EC nesses momentos – elas, as PEC, poderão ser

apresentadas, mas se pode dar origem a elas.

IV. Formal ou processual

Diz respeito ao processo legislativo da PEC – o limite é a maneira que a

EC é feita

Restringe o poder derivado reformador

TODO o processo legislativo deve ser cumprido integralmente

É diferente do limite material implícito no qual o limite é o conteúdo

Ex: EC 19/98 – criou a reforma administrativa da ADMPUB. Alterou

assim o Art 39, que estipulava que a ADMPUB adotaria o RJU nas 4

esferas dos poderes. Com a EC, poderia se ter no mesmo órgão, 8112 e

CLT, na mesma função. Após 9 anos em vigor, uma Adin – por vicio de

forma – vigorou, uma vez que a EC19/98 só foi votada em 1 turno na

Câmara Federal. Inconstitucional foi a forma que a EC19/98 foi feita, e

não o assunto. Julgou-se o mérito/forma, no STF, e determinou-se que

voltaria a ser o Art 39 anterior.

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de

sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da

administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

§ 1º - A lei assegurará, aos servidores da administração direta, isonomia de

vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou

entre servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ressalvadas as

vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

(Regulamento)

§ 2º - Aplica-se a esses servidores o disposto no art. 7º, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII,

XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX.

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de

política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores

designados pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº

19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de

sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da

administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº

2.135-4)

V. Temporal

Não há

Não há tempo – não há prazo para sofrer modificação

Desde sua origem admite-se modificação.

A Única CF que adotou o limite temporal foi a de 1824

(E) A CF não poderá ser emendada na vigência da intervenção federal, pois

há um limite temporal ao poder derivado. Não!! É limite circunstancial

(E) Matéria de PEC rejeitada, ou vida prejudicada, não poderá ser objeto de

deliberação na mesma sessão legislativa, por causa do limite temporal ao

poder derivado. Não!! É limite formal ou processual

(E) Art 3º da ADCT diz que, após 5 anos da promulgação da CF, haverá UM

processo legislativo simplificado de revisão da CF. Esse processo

configura-se em 1 turno, 1 sessão legislativa do CN, com maioria absoluta.

Essa característica é um limite temporal ao poder derivado reformador.

Não!! É limite temporal para o poder derivado revisor.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Modelo hierárquico das leis

1) Modelo do Triangulo de Kelsen

2) Hierarquia das leis

I. Hierarquia das leis estaduais

II. Hierarquia das leis Municipais

3) Tratados internacionais

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Modelo hierárquico das leis

1) Modelo do Triangulo de Kelsen

a) CF (EC) – quem cria as primárias

b) Primárias – PEC, LC, LO, LD, MP, DL e Resoluções

c) Secundárias – Nascem das primárias

Art. 59

Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:

I - emendas à Constituição;

II - leis complementares;

III - leis ordinárias;

IV - leis delegadas;

V - medidas provisórias;

VI - decretos legislativos;

VII - resoluções.

Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e

consolidação das leis.

Outra forma da pirâmide:

a) Normas constitucionais

b) Normas supralegais

c) Normas legais

d) Atos normativos

Artig

o 5

9

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

2) Hierarquia das leis

Não existe hierarquia entre as leis:

A EC após promulgada “sobe” para a CF

12/2008 – STF deu maior hierarquia para tratados internacionais de DIRHUM

(TIDH) acabou com a prisão de depositário infiel

(E) A LC é hierarquicamente superior a LO porque é aprovada com um quórum

maior. O quórum realmente é maior, porém não há hierarquia entre leis. A

diferença está no processo e no assunto.

(E) Não há hierarquia entre LC e DL editado pelo Senado Federal. Não há

hierarquia, o problema é que DL não editado pelo Senado Federal, e sim pelo CN.

I. Hierarquia das leis estaduais

a) CF

b) CE e LODF

c) Espécies normativas primárias estaduais

d) Espécies normativas secundárias estaduais

LC

LO

Leis comuns – diferença está nos quóruns de votação,

nos turnos e nos assuntos.

Ex: Código civil – LO

Código tributário – LC

LD Feitas pelo PR com autorização do CN

MP PR faz – cria a obrigação de fazer ou deixar de fazer.

CN depois decide se virará lei ou não

DL

Resoluções

Tratam da competência do LG, sem o EX

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

II. Hierarquia das leis Municipais

a) CF

b) CE

c) LO

d) Espécies normativas primárias municipais

e) Espécies normativas secundárias municipais

3) Tratados internacionais

PR celebra tratados, como Chefe de Estado, mas demora para valer no BR, pois

o EX NÃO LEGISLA.

Assim, o CN aprecia e aprova como DL, ou não.

Para ser aprovado ou não, passa em 2 turnos, em cada casa, com quórum de 3/5

(vale como EC) – Art 5, § 3º

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à

igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em

cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos

membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional

nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo)

Será EC se o CN assim decidir (nos termos da jurisprudência do STF)

Ex: Direito de PNE – é uma TIDH que vale como EC (que não tem numeração; o

numero vem do TIDH)

O PR faz decreto regulamentar informando que o decreto legislativo será

cumprido no BR – passa, assim, a ter valor de espécie primária (como a LO)

(C) Tratado internacional vale como lei

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

(C) TIDH vale como norma supralegal. Só valerá como EC, se o examinador

determinar que ela foi feita conforme o procedimento de EC

TIDH, por força de entendimento do STF, tem valor de norma supralegal (entre CF

e as normas primárias):

a) CF

b) TIDH

c) Normas primárias

d) Normas secundárias

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Aplicabilidade da norma constitucional

1) Nova CF x CF anterior

A) Desconstitucionalização

B) Repristinação

2) Nova CF x Leis infraconstitucionais anteriores

A) Compatível

B) Incompatível

C) Inconstitucionalidade superveniente

3) Nova CF x Negócios jurídicos anteriores

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Aplicabilidade da norma constitucional

Competência concorrente – as esferas administrativas legislam ao mesmo tempo

sobre o mesmo assunto cabendo à União estabelecer as regras gerais

Quórum qualificado – é sempre sobre o numero total de membros da casa

Sessão legislativa ordinária (=ano legislativo). Ano legislativo ≠ ano civil – 02/02 a

17/07 e 01/08 a 22/12

Fora dos períodos legislativos é sessão extraordinária

Constituição GARANTIA = sintética (garante a estrutura mínima do Estado)

1) Nova CF x CF anterior

O que se faz com a CF antiga/ anterior no ordenamento jurídico?

O que acontece com os atos e contratos jurídicos que estavam em andamento

antes da nova CF?

A CF88 revogou a CF67 – não pode existir ou coexistir 2 leis de mesma

hierarquia com assuntos diferentes

A CF nova REVOGA juridicamente a anterior, e a SUBSTITUI – afastando a

aplicação da anterior

A NOVA REVOGA COMPLETAMENTE A ANTERIOR

EM comparação, o BR não adotou a Teoria da recepção (adotou apenas para leis,

não para a CF). Ou seja, Não se pode afirmar que ao existir uma nova CF, os

artigos X e Y, da CF anterior, valeriam para a nova CF

O que se mantém de semelhante com uma CF anterior, aqui no BR, na verdade, é

criado “de novo” – é reescrito

(E) Na CF anterior tinha um direito X. A nova CF nada falou do direito X, não

garantindo e nem proibindo. O direito X então é mantido naCF como lei

infracontitucional. No BR, NÃO se RECEPCIONA NADA. A nova CF revoga

completamente a anterior. A nova CF pode até falar do direito X, mas não por

causa da recepção automática da norma válida antes.

A) Desconstitucionalização

Recepcionar normas da CF anterior como lei infraconstitucional

Se a desconstitucionalização estiver expressa no corpo da nova CF, então é

recepcionada no BR. Mas, aqui no BR, NÃO ocorre a desconstitucionalização

tácita

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

(C) Uma norma do poder originário é capaz de recepcionar normas da CF

anterior, com hierarquia de lei. SIM!!! Pois o poder originário é ILIMITADO

B) Repristinação

Outra teoria

Devolve ao ordenamento jurídico uma norma já revogada, pelo fato de que a

norma que a revogou já foi revogada.

Ex:

Repristinar é devolver AUTOMATICAMENTE ao ordenamento jurídico a lei 1,

que foi revogada pela lei 2; que, por sua vez, foi revogada por uma lei 3 –

assim, “invalida” a revogação da lei 2 sobre a lei 1, e faz com que essa lei 1

volta a ter efeitos.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

O BR adotou a revogação, para dar maior estabilidade à sua estrutura

O BR não adota a repristinação, nem em CF e nem em Lei. Países mais

estáveis e consolidados repristinam

Repristinação poderá ocorrer no BR se estiver EXPRESSA no texto da CF ou

da lei

(C) Na CF88, que revogou a CF67, está escrito que o artigo 15 voltara a fazer

efeito no ordenamento jurídico. Isso ocorre por causa da aplicação da

repristinação. SIM!!!

Uma EC não pode criar repristinação, porque isso é prerrogativa do poder

originário e não do derivado. Mas, em alteração de EC pode ocorrer:

Uma decisão do STF, julgando Adin, é capaz de ter efeitos repristinatórios:

Se o STF não quiser o efeito repristinatório, deverá estar EXPRESSO no texto

da anulação de lei 2, que a Lei 1 não voltará a produzir efeitos jurídicos – fica

sem lei alguma até que surja outra lei sobre o assunto.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

(C) (AGU) O STF julgou Lei 2 inconstitucional, e a Lei 1 voltou a ter efeitos

jurídicos, e isso ocorreu devido à repristinação. A rigor são diferentes, mas

está correto.

Quando a lei é declarada inconstitucional, o efeito é EX-TUNC (retroage até a

origem)

Repristinação e efeito repristinatório – se cair em prova como sinônimos

marque (V); mas, tecnicamente, elas são diferentes:

Repristinação Efeitos repristinatórios

Leis É uma decisão

Repristinação – decisões do STF, no controle concentrado de

constitucionalidade (ADin), poderão produzir efeitos repristinatórios, isto é,

devolver ao ordenamento jurídico lei já revogada, pelo fato de que a lei que a

revogou ter sido declarada inconstitucional

2) Nova CF x Leis infraconstitucionais anteriores

Obs: Se estiver falando de uma constituição específica deve vir escrito em letra

maiúscula, se não pode ser minúsculo.

Para a CF 88, revogar as leis infraconstitucionais dependeu de analise de

compatibilidade:

a) Se fossem leis materialmente compatível com a nova CF, elas

permaneceriam em vigor.

b) Se não fossem, seriam revogadas. Deixam de ser aplicadas tacitamente,

seja lei, artigo, inciso ou paragrafo (ou pedaços de qualquer um).

Em relação à lei infra, o BR adota ora a Teoria da Recepção, ora a Teoria da

Revogação

Ex: Código penal brasileiro existe desde 1940, criado soba vigência da CF37, e foi

recepcionado desde então, inclusive na CF88.

Se passou uma Lei X da CF67, na CF88 – então recepcionada – mas a Lei X é

incompatível com a CF88. O que acontece?

Como não foi revogada, o caso vai para o JD, que analisa se o conteúdo da Lei

fere o conteúdo da CF. Só, após isso, ela será revogada (com efeito EX-TUNC,

como regra)

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Inconstitucional – é tudo aquilo que for incompatível com a CF88, mas CRIADO

SOB SUA VIGENCIA

Ex: Lei de imprensa (CF67) – não foi revogada na CF88 (que proíbe censuras). O

STF então julgou a lei incompatível e a revogou. Julgou, inclusive, ser

desnecessário o diploma de Jornalismo.

Decreto-lei era criado pelo PR como ato unilateral – uma imposição jurídica. Da

época do Governo Militar (CF67). A CF88 revogou.

(C) Há, ainda hoje, no BR, Decreto-lei em vigor. O PR NÃO pode mais FAZER,

porém alguns Decretos-leis foram recepcionados e ainda estão em vigor.

Dependendo do assunto do Decreto-lei, ele pode ou não ser recepcionado. O que

deixou de valer foi a forma como o Decreto-lei era feito

Se um decreto-lei é recepcionado como decreto legislativo, qual o procedimento

para modifica-lo?

Procedimento de LO, SALVO se estiver expresso no texto da decreto legislativo a

forma que ele deve ser modificado

(E) Uma LO federal, 10.150/84, afronta a atual CF no conteúdo e forma. É correto

afirmar que a referida lei, por apresentar inconstitucionalidade, é ILEGAL no atual

ordenamento politico. Ela foi revogada, não há que se falar nada dela.

(E) O PGR está legitimado a propor Adin para afastar Lei federal de 1980, que

afronta a CF vigente no conteúdo e na forma. A lei não é inconstitucional.

A) Compatível

Se for materialmente compatível – recepcionada, pois interessa apenas o

assunto dessa, e não a forma em que foi feita (incompatibilidade formal é

irrelevante)

(C) Uma lei, na vigência da CF anterior – CF67, foi criada como LO e

tratando sobre o assunto X. A nova CF – CF88 – passou a dizer que o

assunto X deve ser tratado como LC. A LO que trata de X pode ser

recepcionada. Pois é o assunto que interessa e não a forma como é feita a

lei (incompatibilidade formal não importa). Acima disso, houve a

compatibilidade material. Passa a ser LC, porque o Poder Originário é

ILIMITADO. Após isso, ela só poderá ser modificada como LC (que tem

efeitos EX-NUNC, ou seja, não retroage até a origem). Ex: O Código

Tributário BR foi feito durante a CF67, como LO. Na CF88 foi recepcionado

como LC, e continua criando ordenamento jurídico.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

(E) Considerando que LeiX surgiu na CF67, como LC, e foi recepcionada

como LO, na CF88. Ela continuará a ser modificada como LC, portanto.

Não!!!! Vigora a nova lei maior – CF88 – ela passara a ser tratada como LO.

B) Incompatível

Se materialmente incompatível é revogada.

C) Inconstitucionalidade superveniente

NÃO há no BR essa teoria da inconstitucionalidade superveniente

Superveniente – inconstitucional no futuro

O parâmetro no BR é o HOJE

Teoria Da Inconstitucionalidade Superveniente – lei criada na vigência da CF

anterior, virá a ser declarada inconstitucional face a nova CF

inconstitucionalidade para o futuro

3) Nova CF x Negócios jurídicos anteriores

A Teoria da Retroatividade Mínima – A nova CF alcança apenas negócios a

vencer, as parcelas que ainda não foram consumadas. É mínima, pois, só se

pode desfazer a relação contratual do que se está para fazer.

Ex: Comprou imóvel em 1980, parcelado a 35% juros/mês, até 1988. Na

CF88, estipula-se que o valor máximo de juros por mês seria de 1%. Como

fica o contrato?

ZERO! Pois, ele já foi consumado – mantiveram os negócios jurídicos

anteriores já consumados.

Se o financiamento durasse até 2000, com a nova CF88, ocorreria o efeito

EX-NUNC (efeito a partir da promulgação), adaptando o que está por vir,

conforme o novo texto constitucional.

Alguns países adotam a Teoria da Retroatividade Máxima – desfaz-se tudo,

até o inicio dos contratos (EX-TUNC)

No BR, optou-se pela Retroatividade Mínima para se manter a estrutura

mais equilibrada

(C) (Cespe) Uma norma do poder originário é capaz de alcançar fato futuro

de fato pretérito não consumado. É a Retroatividade Mínima.

(C) Uma norma do poder originário é capaz de alcançar fatos vencidos e

fatos futuros de negócios jurídicos, anteriores à CF, ainda não consumados.

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Eficácia e Interpretação das normas constitucionais

A) Plena

B) Contida

C) Limitada

D) Programada

E) Interpretação das normas

1) Principio da Unidade

2) Preambulo

3) ADCT

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Eficácia e Interpretação das normas constitucionais

Que efeitos das normas constitucionais a CF88 produziu?

Segundo Jose Afonso da Silva: Plena, Contida, Limitada e Programática

A) Plena

Tem aplicação imediata

Desde o dia em que surge já cria efeitos (direitos e obrigações) – desde a

data da promulgação

Não depende de estruturas e de regulamentação

Seu alcance é AMPLO

Boa parte da CF88 é norma de eficácia Plena

Ex: Art 1 – Republica é indissolúvel (Federação – União, Estados, DF e

Municípios)

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos

Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático

de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de

representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art 76 – PR representa o EX (União) e é auxiliado pelos Ministros de

Estados

Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado

pelos Ministros de Estado.

Cai pouco em provas

B) Contida

Também tem aplicabilidade imediata

Desde o dia que surge tem efeitos, porém seu ALCANCE é RESTRINGÍVEL

(redutível)

O alcance é amplo até que a lei possa restringir

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Ex: Art 5 – È livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão,

atendidos os requisitos profissionais que a lei determina.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade, nos termos seguintes:

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as

qualificações profissionais que a lei estabelecer;

Direito resulta de liberdade. A restrição, no caso, pode não existir, mas por ser

norma contida, é restringível.

Ex: Profissão – surge uma lei que determina (restringe) a aplicação da norma

constitucional (ou seja, passam a existir exigências para que se exerça a

profissão)

Quem restringe? É a Lei ou a própria CF

Ex: Art 5 – Há liberdade de culto religioso; mas não se pode entrar em

presídios para entre as 23 h - 5h para rezar.

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o

livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos

locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas

entidades civis e militares de internação coletiva;

Os DIRFUND não são absolutos, eles podem ser relativizados com

razoabilidade

A norma CONTIDA tem alcance amplo até que seja restringida. A diferença

em relação à PLENA é que a CONTIDA admite restrição e a PLENA não

admite.

A restrição da norma contida pode ainda nem existir.

(C) No artigo 5, XXII, da CF88, estabelece-se que é garantido o direito à

propriedade. Sendo essa norma de eficácia contida. Sim, pois a própria CF

impõe as restrições

(C) É livre a locomoção em território nacional, em tempo de paz, podendo

levar e trazer bens materiais. Essa é uma norma de eficácia contida. Sim, pois

não são todos os bens que podem ser trazidos e levados – existem leis que

proíbem alguns tipos de bens

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

C) Limitada

A aplicação é MEDIATA, pois depende de regulamentação

Só entra em vigor mediante algo

CUIDADO!! Nas provas eles costumam trocar com CONTIDA.

O legislador constituinte, quando estabeleceu a norma, não trouxe elementos/

informações suficientes - isso não permite regulamentar, aplicar a lei. Mesmo

que no texto o direito esteja expresso

Fica-se na expectativa da regulamentação

Não começa a produzir efeitos no momento que é promulgada

Ex: Art 37, VII – Direito de greve do servidor publico. O direito será exercido

nos termos e nos limites definidos em lei especifica (uma lei

infraconstitucional). Até 2007, era inconstitucional, pois,

embora exista o direito à greve, ele ainda não foi

regulamentado. Então, em um mandado de injunção, o STF

determinou a aplicação da ei de greve dos CLT para os

servidores públicos, até que a lei própria deles seja feita.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos

Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,

publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela

Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos

em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de

1998)

É LIMITADA porque não produz efeito quando surge, ela depende de

regulamentação de lei infraconstitucional

Há uma expectativa

Ex: Art 7, XXVII – Direito dos trabalhadores – proteção em face à automação,

na forma da lei. Ainda não existe, ou seja, existe o direito

mas não se sabe como aplica-lo.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros

que visem à melhoria de sua condição social:

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

A CONTIDA não depende de regulamentação, como a LIMITADA, para

produzir efeitos – quando há regulamentação na CONTIDA é para

RESTRINGÍ-LA

Está na CF, mas ainda não pode produzir efeitos porque não tem lei que a

ordene juridicamente (transformar o direito bruto e incerto em liquido e certo).

Ex: Art 5, XII – É inviolável o sigilo de correspondências e ligações

telefônicas....(Até aqui é norma CONTIDA). (A partir do

SALVO, passa a ser norma LIMITADA) Salvo, no ultimo caso,

por ordem judicial, nas hipóteses que a lei estabelecer (foi

feito posteriormente) – no Art 136, existem as restrições para

a quebra de correspondências (por isso é CONTIDA).

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações

telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último

caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer

para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei

nº 9.296, de 1996)

Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da

República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa

para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e

determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e

iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de

grandes proporções na natureza.

§ 1º - O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de

sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos

termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as

seguintes:

I - restrições aos direitos de:

a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;

b) sigilo de correspondência;

c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de

calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos

decorrentes.

A regulamentação posterior já traz restrição; a questão que diferencia é que a

LIMITADA é MEDIADA

A Limitada só começará a produzir os direitos descritos na CF no momento

que for regulamentada.

A lei que regulamenta a limitada é a LO ou LC

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Ex: Art 18, § 4º - Regulamenta a criação de novos Municípios. Norma

Limitada:

Estado – faz estudo de viabilidade

Projeto de lei estadual

Plebiscito com a população interessada

Lei estadual, criada nos termos determinados por LC

federal (O CN que dirá quando esse Município

poderá ser criado)

Art. 18. A organização político-administrativa da República

Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos

desta Constituição.

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento

de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período

determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de

consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos

Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de

Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da

lei.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de

1996) Vide art. 96 - ADCT

(C) A norma de eficácia limitada é aquela que, enquanto não regulamentada,

não começa a produzir efeitos jurídicos.

(E) A norma de eficácia limitada é aquela que depende de outra norma de

mesmo status para fazer efeito É lei infraconstitucional (LO ou LC), e não

outra norma constitucional

(E) Para o reconhecimento de norma limitada, basta encontrar as expressões

“nos termos da lei”, “na forma da lei”, “conforme lei”. Essas expressões se

referem a normas CONTIDAS ou LIMITADAS, e que virá uma LC ou LO.

(E) A norma de eficácia limitada é aquela que, enquanto não regulamentada,

não produz NENHUM efeito no ordenamento jurídico NENHUM efeito é

exagero. Tem efeito jurídico mínimo, porque é uma norma constitucional

Quando surgir a lei, ela vai determinar como é que deve funcionar a norma

constitucional, e NÂO irá corrigi-la ou alterá-la.

A norma limitada pode ser de 2 espécies:

1) Instrutivo – toda a definição dada anteriormente

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

2) Programática – a norma programática é semelhante à norma limitada

de princípio programático

D) Programada

Planejamento (o dia que for possível)

Aplicação futura (o dia que quiser)

O dia que for econômica e socialmente possível aplicar

É algo que se pretende conquistar

Ex: Art 3 – Objetivos da Republica do BR:

Sociedade livre, justa e solidária

Sem outras formas de preconceitos

Erradicar a pobreza, marginalização

Etc

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais

e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,

idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Não depende de lei futura para determinar sua aplicação – é uma questão de

contexto

A característica limitada é que é FUTURA

As normas da CF que previram datas definidas eram programáticas. Ex:

Referendo de 1993

Ex: Art 7 – Salário Mínimo – Nacionalmente unificado, capaz de custear todas

as necessidades da família (saúde, educação, vestimenta,

moradia...).

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que

visem à melhoria de sua condição social:

IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a

suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,

alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e

previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder

aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

Obs: O salário do trabalhador é irredutível

Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.

Quando a programática for implementada passa a ser PLENA ou CONTIDA

SÒ A PROGRAMÀTICA pode sofrer esse tipo de mudança

Ex: Art 205 – A Educação é um direito de todos

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será

promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho.

(C) A norma programática serve de parâmetro de controle de

constitucionalidade É uma norma constitucional

E) Interpretação das normas

Faltei a aula

1) Principio da Unidade

Texto único

Uma norma constitucional complementa a outra

Não há contradição entre normas constitucionais

Não há hierarquia entre normas constitucionais

2) Preambulo

De acordo com o STF, não tem valor jurídico

Seu valor é politico e histórico

Serve para a interpretação da CF

O Estado é laico

3) ADCT

Atos das disposições constitucionais transitórias

Faz parte da CF

Tem valor jurídico

Admite modificação por EC, mas nem tudo que está na ADCT pode ser

modificado

Pode-se acrescentar

Art. 21. Compete à União: Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;

II - declarar a guerra e celebrar a paz;

III - assegurar a defesa nacional;

IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;

V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;

VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;

VII - emitir moeda;

VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza

financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;

IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;

X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;

XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços

de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)

XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:

a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;

XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,

os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições

habitacionais e de saneamento básico;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a

integração social dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União

e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do

Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;

XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;

XVII - conceder anistia;

XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas,

especialmente as secas e as inundações;

XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de

outorga de direitos de seu uso;

XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;

XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;

XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer

monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:

a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)

XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;

XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem,

em forma associativa.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

II - desapropriação;

III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;

IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;

V - serviço postal;

VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;

VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;

VIII - comércio exterior e interestadual;

IX - diretrizes da política nacional de transportes;

X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;

XI - trânsito e transporte;

XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;

XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;

XIV - populações indígenas;

XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;

XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;

XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes;

XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

II - orçamento;

III - juntas comerciais;

IV - custas dos serviços forenses;

V - produção e consumo;

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

IX - educação, cultura, ensino e desporto;

X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;

XI - procedimentos em matéria processual;

XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;

XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;

XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;

XV - proteção à infância e à juventude;

XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.

§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.

XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;

XX - sistemas de consórcios e sorteios;

XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;

XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;

XXIII - seguridade social;

XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;

XXV - registros públicos;

XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;

XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;

XXIX - propaganda comercial.

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.