Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Teoria da Constituição
1. Direito
A)Natural
B)Positivo
I. DIRPUB
II. DIRPRIV
2. Direito constitucional (DIRCONST)
3. Constituição
A) Sentido Sociológico.
B) Sentido político
C) Sentido material
D) Sentido Formal
E) Sentido Jurídico
4. Classificação das Constituições
I) Conteúdo
a) Material
b) Formal
II) Forma
a) Escrita
b) Não-escrita
III) Elaboração
a) Dogmática
b) Histórica
IV) Origem
a) Outorgada
b) Promulgada
V) Extensão
a) Analítica
b) Sintética
VI) Estabilidade
a) Imutável
b) Rígida
c) Flexível
d) Semirrígida
VII) Considerações
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Teoria da Constituição
Livros: Alexandre de Moraes (DIRCONST); Pedro Lenza (DIRCONST esquematizado); Vicente Paulo (DIRCONST descomplicado)
1. Direito
A) Natural
Condição do ser humano. Inerente. Percepção de ser, estar, fazer e ter.
Direito que não depende de lei, regras e normas.
Condições naturais do ser.
O que pode ser, ter, estar e fazer.
Percepção individual.
B) Positivo
Do primitivo para o coletivo houve necessidade de criar a norma
fundamental (conceito de Kelsen – vontade do coletivo sobre o ser, ter, estar e
fazer). Essas regras tem prevalência da vontade coletiva; caráter coletivo; e,
com elas, criou-se as penas para quem quebrasse as regras.
Surge então o DIR+ (direito positivo) – conceito de Kelsen = direito posto,
que nasce da vontade de uma sociedade
DIR+ = lei (no sentido amplo da palavra lei – CF e outras).
Estruturado, sistematizado
A lei nasce de uma necessidade concreta da sociedade concreta de
estruturação da sociedade – necessidades impostas pela norma fundamental
(Origem do próprio Estado)
DIR interno = lei brasileira que se divide em DIRPUB e DIRPRIV
I. DIRPUB prevalece a vontade de todos. É o DIR de todos. O estado
atua com Supremacia.
São DIRPUB: DIRCONST, DIRADM, DIRPENAL,
DIRPROCESSUAL, DIRTRIBUTÀRIO.
Se A tenta matar B, mas B o perdoa. A cometeu um crime?
SIM; Mesmo perdoado por B, A será condenado? SIM; pois, no
DIRPUB, essa condenação impedirá que outros membros da
sociedade se sintam amparados em praticar a mesma ação de A.
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II. DIRPRIV É particular (relações particulares). Os indivíduos são iguais,
o Estado não se intromete.
A e B estão em condições de igualdade (relação C).
O Estado, em relação privado, salvo algumas ressalvas.
São DIRPRIV: DIRCIVIL, DIREMPRESARIAL, DIRTRABALHO
A fez contrato de compre e venda com B. B não paga. O que
acontece? NADA; pela perspectiva do Estado, o problema é de A.
As partes (A e B) podem procurar ajuda do Estado, que os ajudará
a resolverem a questão.
A participação do Estado é em âmbito judicial, apenas.
Contencioso ocorre em âmbito administrativo (outra esfera).
(E) No âmbito do DIRINT, é correto afirmar que as normas
alienígenas se sobrepõem ao DIRPUB. O Pais é soberano,
prevalecendo as suas leis.
(E) O principio da segurança jurídica não se aplica ao DIRPRIV. Se
aplica, assim como ao DIRPUB. A lei mais nova NÂO pode retroagir
a ponto de prejudicar: DIR adquirido, o ato jurídico perfeito e a
coisa julgada.
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2. Direito constitucional (DIRCONST)
Ramo do DIRPUB – POSITIVO
Constituir, criar, dar origem, estruturar o Estado nos mais variados aspectos.
A CF Lei maior do Estado (estrutura de forma variada o Estado)
245 artigos + 97 artigos
Origem de todos os demais ramos do DIR
Subdividida por temas:
Define forma de Estado, forma de Governo e sistema de governo.
DIR e garantias fundamentais (sociais, politicas...)
Organização do Estado (competências, intervenção, DIRADM...)
Organização dos Poderes (Os 3 poderes)
Controle de Constitucionalidade (DPU, AGU, TCU...)
Defesas do Estado (Estrutura das forças armadas)
Tributos e orçamentos
Ordem social (Ciência, desporto, família...)
Disposições gerais
Disposições constitucionais transitórias (Lei maior que organiza o Estado
nos mais variados aspectos)
3. Constituição
São cinco conceitos, ou sentidos, atribuídos à CF:
A) Sentido Sociológico Definido por Ferdinand LaSalle
“A CF não é lei. Ela é fator de PODER”
Seria uma organização concreta do Estado, sob o ponto de vista social
se o Estado é organizado sociologicamente, então ele tem CF; caso
contrario, não terá.
Fator de Poder = Organização sociológica do Estado. Ex: Educação,
divisão de rendas (estariam escritos na CF)
Karl Marx acompanhou esse sentido sociológico de lei a CF é lei, e
constitui sociologicamente o Estado.
Os indivíduos estão em condição de igualdade, e a CF estrtutura essa
condição dentro do Estado.
NÃO depende de documento ESCRITO
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
B) Sentido político Carl Schimitt
O aspecto politico é privilegiado, e não o sociológico. É o oposto do sentido
sociológico.
A questão social é secundária
É necessário definir a estrutura politica do país. Ex: Se o Estado é unitário
ou federal, se é republica ou monarquia, se é democracia....
A CF pode ser lei
NÃO depende de documento ESCRITO
CF = organização politica do Estado (atribuições do EX, LG e JD)
Nega o sentido sociológico, ou seja, não se importa com as divisões das
rendas, educação, etc. A preocupação é de definir o Estado como PJ de
DIRPUB. A CF pode ser lei ou não, mas organiza a estrutura do Estado.
C) Sentido material Amplia do sentido politico
A CF é aquela que organiza o Estado em TODAS as questões
essenciais (FUNDAMENTAIS)
Reconhecida por tratar de assuntos fundamentais
Tem TUDO que é fundamental. Ex: DIR fundamental + Estruturas
politicas
Não se restringe a questões politicas
NÃO se limita a documento ESCRITO, pode vir dos costumes (como a
CF Inglesa)
Obs.: O que é fundamental?
Separação dos poderes (Organização do Estado)
Organização Administrativa
DIR Fundamentais
D) Sentido Formal Amplia o sentido politico
Não se reconhece por tratar de assunto X ou Y; nesse sentido, a CF
pode tratar de qualquer assunto: DIR Fundamental, do básico, poderes
e assuntos irrelevantes para a CF (que poderiam estar na lei comum)
Não pode ser identificada pelo assunto, mas pelo procedimento correto,
adequado vira texto constitucional. Ex: EC (independente do assunto
deve seguir o procedimento correto, conforme lei previa de cada pais,
para ser um texto constitucional)
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Importa apenas o procedimento, a forma para se colocar o conteúdo na
CF
CF formal é lei Organiza o Estado nos mais variados aspectos,
sendo o assunto irrelevante.
PRECISA ser documentada, ESCRITA
E) Sentido Jurídico Hans Kelsen
“A CF é LEI”
CF tem valor jurídico, ou seja, cria obrigação de fazer ou de deixar de
fazer, independentemente do valor que trate (assunto), da forma que foi
dita e do tipo de ideologia
É a lei maior do Estado, e deve ser cumprida
É irrelevante o assunto, o procedimento (forma) e a ideologia.
A lei é para organizar o Estado e deve ser cumprida
Obs.: José Afonso da Silva para Kelsen, a CF é norma PURA – é a lei pela
lei – é a pura obrigação de fazer ou de deixar de fazer.
CONCLUSÔES DOS SENTIDOS
1. NÃO há certo e errado nos sentidos. São visões diferentes e a CF pode ser todos ao
mesmo tempo.
2. Quando a bancado concurso particulariza a CFBR = Sentido formal (não é o jurídico
de Kelsen).
3. Para Kelsen, a CF é lei independentemente dos outros sentidos (A,B,C e D). A
CFBR é lei, mas tem a ideologia de defender a democracia.
4. Começou no sec. 18, e de lá pra cá a CF é lei. Ex: A Inglaterra tem CF em vários
documentos. No BR, CF é documento único.
5. Toda CF hoje em dia é documentada, e no sentido moderno pressupõe lei.
6. A CFBR tem em seu sumário os princípios fundamentais e outros assuntos que não
são próprios da CF. Ex: Art 242, § – Colegio D. Pedro II é mantido pela União.
Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais oficiais criadas por lei es-
tadual ou municipal e existentes na data da promulgação desta Constituição, que não sejam total ou pre-
ponderantemente mantidas com recursos públicos.
§ 2º - O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal.
7. A CFBR não tem logica no assunto, pode ser qualquer um. Porém, esses assuntos
foram colocados conforme um procedimento sentido formal.
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(C) CF é lei suprema do Estado e que o organiza Sentido Formal e Jurídico.
(C) CF define a organização politica do Estado
(E) A CF, segundo Schimitt, é aquela que não depende de lei, ela é fator de
poder. Schimitt defende o sentido politico, que dita que a CF é a que organiza os
poderes – a estrutura politica do Estado. Esse sentido da questão é o defendido
por LaSalle – sentido sociológico.
(C) A CF, pelo sentido jurídico, é aquela que despreza o conteúdo, a forma e a
ideologia. Sentido Formal e Jurídico.
(E) A CF é um conjunto de normas programáticas Pode ter norma programática,
mas pode haver mais. Alguns artigos transitórios são normas programáticas.
(E) A CF formal é aquela reconhecida pela constituição do Estado ou separação
dos poderes Essa é a do sentido material.
4. Classificação das Constituições Estabelecer parâmetros (José Afonso da Silva – o
que mais é cobrado em provas).
Os Parâmetros são:
I) Conteúdo
a) Material = sentido material só trata dos assuntos essenciais,
fundamentais do Estado. Ex: A CFEUA trata apenas da estrutura,
da base do Estado.
b) Formal = sentido formal Trata de assuntos variados, mas que foram
inseridos de no corpo da CF através de um procedimento correto,
adequado. Ex: CFBR.
Obs.: Porque a CFBR é formal e não material? O que determina o tipo de
CF é a cultura do pais, a sua história, a estabilidade e a organização do pais.
A CFBR foi promulgada há 21 anos, e já sofreu 64 alterações, por
consequência da instabilidade do País (coloca-se na lei maior para ver se
aplica, como as normas programáticas)
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Quanto ao conteúdo atual da CFBR:
a) Rígida
b) Analítica
c) Dogmática
d) Escrita
e) Formal.
(C) É correto afirmar que material é mais estável que a formal A Formal tem
maior probabilidade de sofrer modificações, pois alterar o irrelevante é mais
fácil do que alterar o fundamental
Obs.: A CFBR é formal e Rígida = mais difícil de modificar.
(C) Uma das classificações da CF leva em conta o assunto tratado em seu
texto, do que resultam CF material e CF formal. (Até aqui está correto) A CF
material é aquela que apenas trata de assuntos essenciais do Estado, desse
ângulo, outros assuntos ainda que inseridos no corpo da CF escrita, só seriam
normas constitucionais tão somente do ponto de vista formal.
II) Forma/ Apresentação/Visualização
a) Escrita = Está organizada em um ÚNICO documento. Há hierarquia entre
leis.
(E) Toda CF escrita é formal. Pode ser material.
(C) Toda CF formal é escrita. Ex: CFBR.
b) Não-escrita = Encontrada em mais de 1 documento. Ex: CF-Inglesa. É
histórica, e decorre de costumes, tradições. O importante é
pinçar os assuntos fundamentais nas leis. Não há hierarquia
entre leis. Costumeira. Consuetudinária.
Obs.: A CFBR é escrita TODAS as normas estão nela.
A CFBR é tudo isso: rígida, analítica,
dogmática, escrita. MAS QUANTO ao
CONTEUDO, ela é FORMAL.
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Obs.: Até o século 18, para se ter uma CF bastava ter uma
organização do Estado Na Revolução Francesa, a CF virou
lei escrita ou não.
(E) CF não-escrita é porque decorre de costume e tradição.
Ela decorre de costumes e tradições, porém ela está escrita em
mais de um documento.
(C) Não existem CF não-escritas formais.
(C) Toda CF não-escrita é material, mas nem toda material é
escrita.
(C) A CF não-escrita só pode ser material.
(C) O STF é um tribunal consuetudinário. Sim, ele julga
preservando costumes.
(C) Toda CF consuetudinária é material.
III) Elaboração considera o momento, condição e modo de criação. Ex: 1985 =
Houve a Assembleia constituinte no BR para criar normas, regras
para reger o País. A Inglaterra não “sentou” para fazer sua CF,
pois lá o que tem maior valor são as tradições, os costumes, as
heranças (conforme necessidade as leis surgem. Necessidade
de Organização, por exemplo. Criam-se leis e não a CF escrita)
a) Dogmática (como surgiu) = escrita (visualização)
(E) Toda CF dogmática é formal.
(C) Toda CF formal é dogmática.
b) Histórica (como surgiu) = não-escrita (visualização)
(C) Toda CF histórica é material.
(E) Toda CF material é histórica.
(E) Quanto ao modo de elaboração, a CFBR é escrita. A
CFBR é dogmática quanto ao modo de elaboração. Escrita é
quanto ao modo de apresentação.
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
IV) Origem
a) Outorgada = Imposição É a CF imposta ao povo
b) Promulgada = A CF tem a concordância popular. É feita com representantes
do povo Assembleia constituinte.
O BR teve as seguintes CF:
Ano Origem Características
1824 Outorgada Império. O Imperador estipulou que durante 4 anos a CF não sofreria alterações.
1891 Promulgada Primeira CF republicana. BR passou a ser Estado Federal (antes era Estado Unitário) Criou-se a democracia rudimentar.
1934 Promulgada Criou-se os Direitos Sociais
1937 Outorgada Golpe de Estado
1946 Promulgada Devolve ao povo as liberdades individuais. Consolidando os direitos individuais.
1967 * Outorgada Golpe militar. Há quem diga que foi promulgada, pois foi aprovada pelo CN (mas sob a mira dos militares)
1969 * - Parte da doutrina diz que houve uma CF69. Foi uma EC à CF67
1988 Promulgada Considerada uma das melhores do mundo. CF cidadã, pois o povo participou por assembleia.
(E) A CF cesarista é aquela que não admite participação popular. Ela é
imposta. Cesarista = em um primeiro momento ela é imposta, porém há
referendo depois (Não é conceito de José Afonso da Silva).
Obs.: Na doutrina, não há consenso sobre CESARISTA, com duas vertentes:
1) Não há participação do povo, apesar do referendo;
2) Não é imposta, mas promulgada pelo referendo.
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
V) Extensão Tamanho do texto
a) Analítica = trata de vários assuntos. Detalhada, extensa conforme o
conteúdo e não a quantidade de artigos. Não se restringe a
assuntos fundamentais. É formal. Ex: CFBR.
(C) É tipico da CF analítica conter normas programáticas. Não
é obrigatório, mas quanto as contém é CF analítica.
b) Sintética = pequena, concisa, resumida trata de assuntos fundamentais.
É material. Ex: CFEUA
(E) É típico da CF sintética conter normas programáticas em
seu texto. . É tipico conter assuntos fundamentais
(Organização do Estado/Separação dos poderes; organização
administrativa; direitos fundamentais)
VI) Estabilidade Possibilidade de atualização da CF. As chances de se mudar,
complementar ou tirar.
a) Imutável = literalidade da palavra – não admite nenhum tipo de
modificação; não admite atualização. Não exemplos, nem
em sociedades fundamentalistas. Alguns doutrinadores nem
usam mais.
b) Rígida = CFBR – admite modificação em seu texto, mas APENAS por
processo legislativo mais rigoroso do que aquele utilizado para
fazer leis ou modifica-las. Essa CF tem mais estabilidade do
que a lei, e tem maior hierarquia que a lei (por isso a CF é a lei
maior)
c) Flexível = Admite modificação ao seu texto, pelo mesmo processo
legislativo utilizado para alterar as leis comuns –
diferentemente da Rígida, ela é mais fácil de modificar, pois é
o mesmo procedimento que o das outras leis.
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
d) Semirrígida = Parte do texto da CF exige maior rigor para ser modificado,
e parte exige menor rigor de modificação. Não nem rígida e
nem flexível. A parte que admite maior rigor na modificação,
torna esse processo mais complexo; e a parte com menor
rigor usa o mesmo procedimento que o da lei comum. A 1ª.
CFBR foi semirrígida (1824). Tem supremacia material
(todas têm), e supremacia formal na parte rígida (e
APENAS nessa parte). A parte rígida é de DIRFUND. Trata
de assuntos diversos
(E) Apenas as normas das CF escritas que possuem
supremacia. Supremacia MATERIAL todas as CF tem
(E) A CF semirrígida devem ser material. Não devem
(C) A CF semirrígida deve ser formal.
VII) Considerações
Pq um País escolhe tipos de CF?
Rígida Flexível
Traz mais estabilidade e rigidez para a
estrutura do Estado – as regras são mais
duráveis que outras contidas em leis
comuns.
Torna a CF a norma de maior hierarquia
No BR, a CF é a lei maior pq é rígida
Verticalidade
Tem supremacia formal (é mais complexo
mudar a CF do que a lei normal)
A lei comum que difere da CF é
inconstitucional
A formal é necessariamente rígida
A lei comum revoga a CF
Horizontalidade
A CF está no mesmo nível da lei
A CF organiza o Estado em assuntos
fundamentais
É material
As outras leis tratam de outros
assuntos
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
A Supremacia da CF sugue dois moldes:
Formal Material
A norma constitucional, na CF formal, trata
de assunto fundamental
Quem tem Supremacia formal é a CF
rígida
A forma de modificação da CF é mais
complexa é difícil do que a da lei comum
A relevância é que: se a CF for rígida, tem
supremacia formal sobre a lei
Não a CF ser a lei maior
TODAS as CF tem (sejam escritas ou
não, materiais apenas, ou formais)
É possível reconhecer uma norma
constitucional? SIM
A norma constitucional, na CF
material, é tudo que está escrito na
CF, independentemente da relevância
(E) Apenas as normas das CF escritas que possuem supremacia.
Supremacia MATERIAL todas as CF tem
(C) Apenas as normas das CF escritas possuem supremacia formal.
TODA formal deve ser escrita. TODAS as rígidas devem ser escritas.
A supremacia formal vêm da rigidez.
(E) O principio da Supremacia Formal da CF é atributo presente tanto
em CF flexíveis quanto em rígidas. APENAS nas rígidas
(E) Uma das classificações da CF leva em conta os mecanismos de
sua modificação, do que resultam CF rígidas, flexíveis e semirrígidas.
Em todas essas, devido à supremacia da CF, deve haver mecanismos
de controle constitucional. Quando se fala em mecanismos de
controle constitucional pressupõe-se que algo é inconstitucional,
então, por contiguidade, há hierarquia entre a CF e as outras leis –
isso só ocorre na CF rígida.
(E) A rigidez da CF é decorrência do principio da supremacia formal.
É o contrario – a supremacia surge da rigidez.
O examinador atual diz que a CFBR é semirrígida – ELA È RIGIDA
(E) A CFBR é semirrígida porque tem clausulas pétreas.
Clausulas pétreas são assuntos que não são abolidos da CF, nem por
EC (podem ser modificados porém NUNCA abolidos). São 4 principais
clausulas (Art 60, § 4º):
Forma federativa de Estado
Voto direto e secreto
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Separação dos poderes
DIR e garantias individuais
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
O processo legislativo da EC (PEC) é usado com clausulas pétreas
APENAS para modificá-las
(C) A atual CFBR pode ser classificada como SUPER-RIGIDA porque
contém clausulas pétreas em seu texto.
Alexandre de Moraes – CF rígidas admitem formas de modificação
mais complexas que as da lei; mas, a CFBR tem clausulas pétreas
(ou NUCLEOS IMUTAVEIS) que determinam SUPER-RIGIDEZ.
De acordo com Alexandre de Moraes é classificada como super-rígida
porque contém clausulas pétreas em seu texto
Clausula pétrea – clausula de imutabilidade, mas que pode sofrer 3
tipos de modificação
Fé rígida ou super-rigida ≠ imutável
RIGIDEZ não implica em um procedimento tão complexo de
modificação, a ponto de impossibilitá-la (que é a imutabilidade – o que
impediria de acompanhar a mutabilidade/ as necessidades do povo)
A atual CFBR é (quanto a):
Estabilidade Rígida
Extensão Analítica
Elaboração Dogmática
Apresentação Escrita
Conteúdo Formal
Origem Promulgada
(C) A atual CFBR é escrita, popular, analítica e formal.
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Poder constituinte
1) Conceito
A) Titularidade
B) Exercício
2) Espécies
A) Originário
I. Histórico
II. Revolucionário
III. Características
B) Derivado
I. Reformador
II. Revisor
III. Decorrente
IV. Características
C) Limites do Poder originário ao Poder Derivado
I. Material expresso
II. Material implícito
III. Circunstancial
IV. Formal ou processual
V. Temporal
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Poder constituinte
1) Conceito
Aquele que CRIA ou ATUALIZA uma CF
A atualização pode ser por meio informal – modificando a interpretação da norma
constitucional
A) Titularidade
POVO é o TITULAR do poder
O Estado se submete à vontade do povo
B) Exercício
Exercido pelos REPRESENTANTES eleitos pelo povo
É do povo em algumas situações (Art 1º, CF). Ex: Referendo, ação popular.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
2) Espécies
A) Originário
CRIA
Composto por quem cria. Ex: Assembleia constituinte ou ditador
CRIADOR
I. Histórico
Quando cria a 1ª CF (no BR, 1824, porém na doutrina alguns
defendem que foi em 1891)
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Para efeitos de prova, o poder constituinte é aquele que CRIA ou
ATUALIZA
II. Revolucionário
Cada vez que surge uma nova CF há mudança (=revolucionar).
No BR: 1891, 1934, 1937, 1967 e 1988.
Promulgado ou outorgado
III. Características
ILIMITADO
Incondicionado
Insubordinado
Inicial – dá origem a uma nova estrutura de Estado,
desconsiderando a anterior
Autônomo – primário, não é condicionada e/ou subordinada
PERMANENTE – permanece a condição de reestruturado Estado,
diante da nova CF
É ilimitado porque não existem barreiras para o poder originário –
organiza da maneira que desejar o Estado; não existem barreiras
que o impeçam de estruturar o Estado da maneira que quiser.
Poderia uma nova CF instituir a Monarquia no BR? SIM. O que vale
é a nova CF e o que ela estabelecer, pois o poder constituinte é
ilimitado no BR
Duas bases doutrinárias para o poder originário:
a) JUS NATURALISTA – É relativo. Está limitada aos DIRHUM (ao
que é próprio da estrutura humana), não podendo ferir esses
direitos, além das regras internacionais. Não foi adotado no BR
b) JUS POSITIVISMO - Vale o que está na CF; o que a lei diz. O
direito posto. O que foi sistematizado. O ilimitado é totalmente
ilimitado.
No BR, adotou-se a tese JUS POSITIVISMO. Dessa forma, poder
constituinte originário é absolutamente ILIMITADO. Todavia, para
Decorrentes do poder ILIMITADO Não há ordem superior a esse poder.
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
os adeptos da corrente Jus Naturalista, o poder constituinte
originário sofreria restrições dos DIRHUM e das regras
internacionais.
(E) O poder constituinte originário é ilimitado. No BR é.
(C) A característica de ilimitado do poder constituinte originário é
relativa. No BR NÂO é relativo
(E) Clausula pétrea é limite para o poder ilimitado em nova CF. É
totalmente ilimitado.
(E) (ESAF) Poder constituinte originário é inicial porque não se
submete a barreiras pré-existentes. Não é inicial por causa disso.
Esse é o conceito de ILIMITADO. O Inicial é por estruturar e
organizar o Estado
(E) (CESPE) O poder constituinte originário se exaure no momento
que a CF é promulgada. NÃO!!!! Ele é PERMANENTE. Mesmo com
a nova CF criada, o poder originário permanece no tempo – essa
condição de estruturar de novo não termina.
B) Derivado
ATUALIZA ou CRIA (apenas CE – constituição estadual)
CRIATURA
Clausula pétrea implícita
São três divisões: reformador; revisor; e, decorrente
Atualiza por reforma ou revisão – a idéia é manter o que existe e fazer
alguns ajustes. Para isso pode-se fazer a reforma e a revisão por EC,
porém na reforma o procedimento é mais complexo que na revisão
O poder decorrente cria CE
O poder que cria do Estado Federal – Poder originário
O poder que cria do Estado Federado – Poder derivado
Reformador e revisor – atualiza ou modifica a CF
Decorrente – cria CE, pois o Estado-membro é autônomo administrativa e
politicamente, mas NÃO é Soberano
I. Reformador
Pequena reforma. Ex: EC64 acrescentou uma palavra ao Art 6
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.(Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 26, de 2000)
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 64, de 2010)
Grande reforma. Ex: EC45 é a reforma do JD
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004
Altera dispositivos dos arts. 5º, 36, 52, 92, 93, 95, 98, 99, 102, 103, 104, 105, 107,
109, 111, 112, 114, 115, 125, 126, 127, 128, 129, 134 e 168 da Constituição
Federal, e acrescenta os arts. 103-A, 103B, 111-A e 130-A, e dá outras
providências.
Art 60 – matéria fundamental em provas – pode ser alterado por EC
Subseção II
Da Emenda à Constituição
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado
Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal,
de estado de defesa ou de estado de sítio.
§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em
dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos
dos respectivos membros.
§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Quem pode alterar ou propor alteração? A Iniciativa é de:
PR
1/3 da Câmara
1/3 do Senado
Mais das metades das assembleias legislativas, cada uma com
sua maioria simples (relativa) – o LG dos Estados–membros.
Sendo ao todo, 13 assembleias legislativas diferentes.
Esses podem apresentar PEC ao CN, que o analisa, depois
autoriza ou não
Maioria simples (relativa) = metade mais 1 dos presentes (que
devem ser, por sua vez, a maioria absoluta – metade mais 1 do
total de parlamentares em cada casa)
PEC é quórum qualificado (especial) – 3/5 do total de
parlamentares
Qualquer fração superior a ½ dos parlamentares é quórum
qualificado.
(E) No BR, vivemos uma democracia participativa, assim, o
cidadão pode dar inicio ao processo legislativo de mudança da
CF. NÃO!!! Nem deputados e senadores poderão propor sozinhos,
eles devem ter 1/3 de assinaturas dos colegas.
Bicameral
Câmara e Senado analisam a PEC separadamente. E a entrada
das propostas se dá:
Câmara Senado
PR
1/3 dos Deputados
1/3 dos senadores
½ Assembleias de Estados
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Não é a mesma coisa que dizer que uma casa é iniciadora e a
outra revisora (isso ocorre com o processo legislativo de lei
comum) – na EC as casas são a Câmara e o Senado.
O processo é igual para ambas as casas, cada uma em seu
contexto.
É preciso cumprir todo o processo em uma casa, e depois na outra:
a) Comissões analisam a constitucionalidade da PEC
b) Se for inconstitucional é rejeitada e arquivada.
c) Se for constitucional vai para outra comissão especial, que
emite parecer (CCJC)
d) Após essa comissão especial, vai para o plenário, onde é
discutida e votada. NÃO há prazo regimental ou constitucional
para isso.
e) Se rejeitada é arquivada
f) Se aprovada, aguarda-se no mínimo 10 sessões para ocorrer a
votação novamente
g) Na nova votação, se for rejeitada é arquivada
h) Se aprovada, vai para a outra casa do CN, que seguirá esse
mesmo processo.
Se rejeitada só poderá ser proposta na próxima sessão legislativa.
Em PEC não se fala em sanção e veto do PR – isso só ocorre em
projeto de LO ou de LC
(E) Uma PEC teve na Câmara 306 votos SIM, em um 1º. Turno,
sendo assim aprovada . NÃO!!! 3/5 de 513 deputados é = 308
deputados
(E) Após aprovação em 1º. Turno na Câmara, a PEC vai para o 1º
turno do Senado. NÃO!!! Ela é votada 2 vezes na mesma casa. No
1º turno, se aprovada, volta ao plenário após, no mínimo 10
sessões, para o 2º turno. Isso para se ter certeza da modificação
da CF. Exige-se o mesmo quórum de 3/5 no 2º turno. É preciso
60% dos votos para ser aprovada. Aí vai para o Senado, aqui no
caso. Senado segue o mesmo processo. O quórum é de 3/5 de
senadores = 49 senadores dos 81. Em dois turnos de votação. Se
não aprovar – arquiva. Se aprovar – finaliza com a promulgação.
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Quem promulga?
Promulgação – algumas assinaturas que reconhecem a proposta.
Nasce aqui a EC
É ato formal
Promulgada pela mesa da Câmara E do Senado
Mesa – órgão administrativo de cada casa, formado por:
presidente, 1º vice-presidente, 2º vice-presidente, 1º, 2º, 3º e
4ºsecretários.
Mesa diretora
Ocorre em uma sessão plenária conjunta ≠ sessão do CN
Nessa sessão conjunta, as duas mesas assinam
O prazo é regimental de 48 horas – NÃO há prazo constitucional
Após a promulgação, ela só se torna exigível com a publicação no
DOU
(E) Promulgação de EC é feita pelo PR. NÃO!!!
(E) Promulgação de EC é feita pelos presidentes das mesas da
Câmara e do Senado. NÃO!!!
(E) Promulgação de EC é feita pela mesa da Câmara ou do
Senado. NÃO!!!
(E) Promulgação de EC é feita pela mesa do CN. NÃO!!!
Características
A EC é numerada sequencialmente – a ultima foi a EC64
Diferença entre EC e LEI
EC LEI
Entra em vigor NA DATA DA PUBLICAÇÂO –
regra
NA publicação cria direitos e obrigações –
Vacatio constituicione
SALVO, se no texto da EC dispuser diferente
Entra em vigor 45 DIAS APÒS A SUA
PUBLICAÇÂO – regra
Se for para outro momento deve estar no
texto da lei
O período é para a adaptação; o preparo
para cumprir a lei – vacatio legis
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
O prazo para publicação é regimental (48h); não há prazo
constitucional
Art 60, § 5º - se a PEC for rejeitada, ou a vida prejudicada
(formalmente rejeitada ou prejudicada inconstitucional), não
poderá ser matéria na mesma sessão legislativa NÂO HÁ
EXCEÇÂO
(E) A PEC X, sobre assunto Y, foi analisada e rejeitada pela
Câmara em 10/07/2009. Em 10/10/2009, ela foi de forma correta
proposta pela Câmara, novamente. NÃO!!!
Sessão legislativa – 02/02 a 17/07...01/08 a 22/12
Art 67 – projeto de lei (PL) pode ser analisado na mesma sessão
legislativa, basta que os membros de qualquer casa o faça
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá
constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante
proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do
Congresso Nacional.
Qualquer das duas casas pode alterar PEC/EC/CF.
Uma vez alterada a PEC, o processo é zerado – ele recomeça,
sendo votado na casa que o alterou e vai para a outra (seguindo,
novamente, o mesmo processo)
LO e LC NÃO sofrem alteração da alteração – a outra casa
concorda ou não
Na PEC, é preciso que as casas tenham concordância para ser
aprovada – o numero de alterações é ilimitado
II. Revisor
A diferença em relação ao reformador:
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Reformador Revisor
EC
Permanente – enquanto existir a CF88,
admite-se modificação por reforma
NÃO há limite TEMPORAL
Rigoroso:
o Bicameral
o Em 2 turnos
o Quórum de 3/5
EC ou ER (emenda de revisão)
Único – entendido pela doutrina.
Ocorreu após 5 anos de promulgação.
Nova revisão é inconstitucional
Limite temporal – após 5 anos de
promulgação da CF88
Há a possibilidade de atualizar a CF por
procedimento simplificado e unico
Simplificado:
o Unicameral
o Em 1 Turno
o Quórum de maioria absoluta
A EC1 é de 31/05/1992.
A revisão aconteceu por volta de 07/93 a 09/94
Ocorreram 4 EC reformadoras antes da Revisão de 1993
A CF pode ser revisada a qualquer tempo, porém NÃO será mais de
MODO SIMPLIFICADO
Reforma de revisão ≠ Revisão da reforma
O Objetivo da EC para revisão da reforma é criar a obrigação da
Câmara e do Senado fazerem
Por que parte da Doutrina diz que o poder derivado é apenas
decorrente ou reformador? Porque a Revisão ocorreu em 1993/1994.
Não haverá outra.
(C) A CF atual diferenciou a reforma da revisão ao estabelecer turnos e
quóruns de votação. Existem outras diferentes. Na Doutrina, alguns
entendem a Revisão como Reforma
(C) Uma PEC poderá estabelecer uma revisão da CF em 2010, desde
que alegue que a revisão ocorra por votação nas duas casas, em dois
turnos cada casa. Correto!! Não poderá mais haver revisão de forma
simplificada.
(C) O poder derivado se divide em reformado e decorrente
(C) O poder derivado se divide em reformador, doutrinário e decorrente.
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
III. Decorrente
Cria a CE (constituição estadual)
Art 11, ADCT – Os Estados após 1 ano (de 1988) devem criar sua CE, e
promulga-la
Art. 11. Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a
Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição
Federal, obedecidos os princípios desta.
Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, no
prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e
votação, respeitado o disposto na Constituição Federal e na Constituição Estadual.
CE derivou de CF:
Pelas regras estabelecidas na CF
Decorre da CF
Existem outros assuntos derivados, que decorrem da
AUTONOMIA do Estado
6 meses após a CE, os Municípios deveriam crias e promulgar as suas
leis orgânicas.
O poder que cria as leis orgânicas (LO) municipal não é o constituinte
(pois esse é o que cria a CF, ou a atualiza) – o poder que cria a LO é o
Poder legislativo
(E) A CE é fruto do poder originário estadual. Não existe esse poder – é
poder decorrente, pois o Estado federado não é soberano
(C) A LO municipal é a lei maior do Municipio.
DF – Ente federativo hibrido (deixou de ser federal, da União) – ora tem
característica municipal, ora tem característica estadual
A LODF, na CF – feita em 2 turnos, com diferença mínima de 10
sessões.
LODF é semelhante à CE, e só se subordina à CF
Obs: Pode-se falar que no DF o poder é derivado decorrente?
Parte da Doutrina diz que sim constituição distrital, pois está definida
na CF. Mas não há consenso
Poder derivado decorrente cria CE, e não LODF/1993 – essa é a
posição majoritária da Doutrina
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
O DF pode fazer quase tudo que um Estado faz, mas não controla o seu
MP, JD, PM e BM.
No DF, não se fala em poder constituinte
LODF/93 – status de constituição
Lei estadual que contrariar CE é inconstitucional
Lei municipal que contrariar LO é ILEGAL
Lei distrital que contrariar LODF é INCONSTITUCIONAL
(E) Considerando que LO tem status de norma constitucional. A lei que
contrariar seus preceitos será inconstitucional. É ILEGAL
Artigo da LODF que contrariar CF é INCONSTITUCIONAL
TJDFT – avalia critérios de constitucionalidade das leis distritais e LODF
Tribunal do Estado é o guardião da CE
Não há hierarquia entre leis, apenas entre: CF, CE, LO e LODF. Por
causa da autonomia nas 4 esferas politico-administrativas. Valerá alei
definida que tem a competência definida na CF. Se for competência
concorrente, a CF estabelece as regras gerais apenas (quem faz o que),
ficando as outras encarregadas dos pormenores.
IV. Características
Limitado
Condicionado
Subordinado
Dependente
Secundário
Permanente
C) Limites do Poder originário ao Poder Derivado
I. Material expresso
Assuntos que não podem ser abolidos da CF, nem por PEC.
Neles há uma proibição escrita – Art 60, § 4º
Clausulas pétreas = assuntos como pedra
Está na CF
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Clausulas pétreas não poderão ser abolidas da CF, nem por EC (Art
60, § 4º) – o núcleo está no Art 60, e o resto espalhado pela CF:
Forma Federativa de Estado
DIR e garantias individuais
Voto direto, secreto e periódico
Separação dos poderes
(E) Uma PEC pode acrescentar a 5ª. clausula petrea. Isso é criar
– o poder derivado é limitado pelo poder originário (que cria os
limites materiais)
O Art 60, § 4º - não será objeto de deliberação de PEC tendente a
abolir clausula pétrea
A simples deliberação para abolir é inconstitucional
Não será objeto de deliberação a PEC tendente a abolir essas
cláusulas pétreas mas é possível alterar
(E) Clausula Pétrea não admite EC. É possível uma PEC para
modifica-la
São três modos de modificação de clausula pétrea:
a) Ampliação – alterar para ampliar. Ampliar uma que já existe é
diferente de criar nova clausula pétrea (Art 60)
Como amplia?
Na CF, os 4 assuntos só estão citados; o resto foi e pode ser
escrito depois: Ex: DIR e garantias individuais estão
espalhados pela CF – Art 5º (78 incisos); Art 16; Art 15, III;
Forma federativa de Estado – Art 1º; Art 74; Art 76.
(E) Uma norma do poder derivado é capaz de dar origem à
novas clausulas pétreas. Apenas amplia.
DIRFUND não são absolutos pode-se ampliar e reduzir sem
modificar a essência. Ex: Pena-de-morte em casos de guerra
(por traição, deserção ou por colocar a segurança Nacional em
risco) logo, direito à vida é relativo
Ex: O STF ainda analisa casos de aborto de anencefálicos (O
STF entende que a vida começa com a fecundação – porém,
essa jurisprudência pode mudar, pois a CF não define o que é
vida)
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
(C) É possível fazer o confinamento de pessoas mesmo que se
tenha garantia constitucional de ir e vir. Sim!! Pq os DIRFUND
são relativos. Ex: Caso do Césio de Goiânia – risco de
contaminação
O Art 60 não pode ser mudado. O Art 5 não pode ser
“suprimido” / “retirado” – e nenhum de seus incisos – mas pode
ser modificado.
No caso do voto o que é imutável é o direito de votar – os
pormenores podem ser modificados por EC. Ex:
Obrigatoriedade
O voto indireto é proibido, SALVO em vacância do PR (e vice-
PR) nos últimos 2 anos do mandato
Obs: Sufrágio é o direito de votar e ser votado
b) Redução da aplicação – alterar para reduzir aplicação (desde
que não fira o núcleo essencial)
É possível reduzir clausula pétrea (o CESPE adora isso)
c) Alterar a expressão literal – desde que não prejudique a
essência
II. Material implícito
Decorre de interpretação
Assuntos que não poderão ser abolidos da CF, nem por EC, porém essa
condição não está escrita explicitamente na CF:
Titularidade de poder constituinte – retirar a titularidade é acabar com
a CF
Exercício do poder constituinte
Art 60:
Clausulas pétreas
Desenvolve o processo da PEC
É o próprio limite do poder originário ao poder derivado
(C) É correto afirmar que existem artigos imutáveis na CF. Sim!! Ex:
Art 60
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
(E) Se uma PEC alterar o processo legislativo da própria PEC, de
forma a torna-lo mais fácil ou mais difícil, seria inconstitucional; pois,
haveria o limite material explicito ao poder derivado. Não!! Pois fere o
limite material implícito
Art 60 é ≠ de cláusula pétrea
(E) Se uma PEC, votada em 2 turnos de cada casa do CN, 3/5 em
cada casa, quisesse retirar da CF o artigo que trata das clausulas
pétreas, seria inconstitucional por ferir o limite material expresso ao
poder derivado. Não!! Pois fere o limite material implícito
Pode-se chamar o limite material implícito de clausulas pétreas implícitas
– pois não podem ser abolidos nem por PEC. MAS, ATENÇÂO!!! Não
podem ser chamados apenas de clausulas pétreas, e sim de cláusulas
pétreas implícitas.
(E) A forma republicana do Governo BR é uma clausula pétrea. Está na
ADCT (disposições constitucionais transitórias), Art 2º - o povo pôde
escolher entre republica ou monarquia, presidencialismo ou
parlamentarismo, em 1993. O povo escolheu a republica presidencialista
Art. 2º. No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma
(república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou
presidencialismo) que devem vigorar no País. (Vide emenda Constitucional nº 2, de
1992)
§ 1º - Será assegurada gratuidade na livre divulgação dessas formas e sistemas, através
dos meios de comunicação de massa cessionários de serviço público.
§ 2º - O Tribunal Superior Eleitoral, promulgada a Constituição, expedirá as normas
regulamentadoras deste artigo.
(E) Pode uma PEC acabar com a republica e estabelecer Monarquia no
BR. Não!! Porque o povo é o titular do poder originário
Art 60 Clausula Pétrea
Imutável
É o próprio limite
Sofrem 3 formas de modificação
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
(C) A forma republicana de governo, no BR, é uma clausula pétrea
implicita.
III. Circunstancial
Em 3 circunstancias não poderá haver EC:
a) Estado de Defesa – Segurança está fora de controle no Estado-
membro
b) Estado de Sitio – Mais grave que Estado de Defesa. A situação se
alastrou ou é pré-guerra. Está sitiado .
c) Intervenção federal – A união interfere na autonomia dos Estados e
DF. PR nomeia interventor.
São situações atípicas; restritivas; e, diminuem a autonomia dos
Estados-membros.
Nessas 3 situações, o CN ”poderia aproveitar” e dar golpe, por isso que
não se autoriza EC nesses momentos – elas, as PEC, poderão ser
apresentadas, mas se pode dar origem a elas.
IV. Formal ou processual
Diz respeito ao processo legislativo da PEC – o limite é a maneira que a
EC é feita
Restringe o poder derivado reformador
TODO o processo legislativo deve ser cumprido integralmente
É diferente do limite material implícito no qual o limite é o conteúdo
Ex: EC 19/98 – criou a reforma administrativa da ADMPUB. Alterou
assim o Art 39, que estipulava que a ADMPUB adotaria o RJU nas 4
esferas dos poderes. Com a EC, poderia se ter no mesmo órgão, 8112 e
CLT, na mesma função. Após 9 anos em vigor, uma Adin – por vicio de
forma – vigorou, uma vez que a EC19/98 só foi votada em 1 turno na
Câmara Federal. Inconstitucional foi a forma que a EC19/98 foi feita, e
não o assunto. Julgou-se o mérito/forma, no STF, e determinou-se que
voltaria a ser o Art 39 anterior.
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de
sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
§ 1º - A lei assegurará, aos servidores da administração direta, isonomia de
vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou
entre servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ressalvadas as
vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.
(Regulamento)
§ 2º - Aplica-se a esses servidores o disposto no art. 7º, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII,
XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX.
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de
política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores
designados pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de
sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº
2.135-4)
V. Temporal
Não há
Não há tempo – não há prazo para sofrer modificação
Desde sua origem admite-se modificação.
A Única CF que adotou o limite temporal foi a de 1824
(E) A CF não poderá ser emendada na vigência da intervenção federal, pois
há um limite temporal ao poder derivado. Não!! É limite circunstancial
(E) Matéria de PEC rejeitada, ou vida prejudicada, não poderá ser objeto de
deliberação na mesma sessão legislativa, por causa do limite temporal ao
poder derivado. Não!! É limite formal ou processual
(E) Art 3º da ADCT diz que, após 5 anos da promulgação da CF, haverá UM
processo legislativo simplificado de revisão da CF. Esse processo
configura-se em 1 turno, 1 sessão legislativa do CN, com maioria absoluta.
Essa característica é um limite temporal ao poder derivado reformador.
Não!! É limite temporal para o poder derivado revisor.
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Modelo hierárquico das leis
1) Modelo do Triangulo de Kelsen
2) Hierarquia das leis
I. Hierarquia das leis estaduais
II. Hierarquia das leis Municipais
3) Tratados internacionais
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Modelo hierárquico das leis
1) Modelo do Triangulo de Kelsen
a) CF (EC) – quem cria as primárias
b) Primárias – PEC, LC, LO, LD, MP, DL e Resoluções
c) Secundárias – Nascem das primárias
Art. 59
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e
consolidação das leis.
Outra forma da pirâmide:
a) Normas constitucionais
b) Normas supralegais
c) Normas legais
d) Atos normativos
Artig
o 5
9
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
2) Hierarquia das leis
Não existe hierarquia entre as leis:
A EC após promulgada “sobe” para a CF
12/2008 – STF deu maior hierarquia para tratados internacionais de DIRHUM
(TIDH) acabou com a prisão de depositário infiel
(E) A LC é hierarquicamente superior a LO porque é aprovada com um quórum
maior. O quórum realmente é maior, porém não há hierarquia entre leis. A
diferença está no processo e no assunto.
(E) Não há hierarquia entre LC e DL editado pelo Senado Federal. Não há
hierarquia, o problema é que DL não editado pelo Senado Federal, e sim pelo CN.
I. Hierarquia das leis estaduais
a) CF
b) CE e LODF
c) Espécies normativas primárias estaduais
d) Espécies normativas secundárias estaduais
LC
LO
Leis comuns – diferença está nos quóruns de votação,
nos turnos e nos assuntos.
Ex: Código civil – LO
Código tributário – LC
LD Feitas pelo PR com autorização do CN
MP PR faz – cria a obrigação de fazer ou deixar de fazer.
CN depois decide se virará lei ou não
DL
Resoluções
Tratam da competência do LG, sem o EX
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
II. Hierarquia das leis Municipais
a) CF
b) CE
c) LO
d) Espécies normativas primárias municipais
e) Espécies normativas secundárias municipais
3) Tratados internacionais
PR celebra tratados, como Chefe de Estado, mas demora para valer no BR, pois
o EX NÃO LEGISLA.
Assim, o CN aprecia e aprova como DL, ou não.
Para ser aprovado ou não, passa em 2 turnos, em cada casa, com quórum de 3/5
(vale como EC) – Art 5, § 3º
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo)
Será EC se o CN assim decidir (nos termos da jurisprudência do STF)
Ex: Direito de PNE – é uma TIDH que vale como EC (que não tem numeração; o
numero vem do TIDH)
O PR faz decreto regulamentar informando que o decreto legislativo será
cumprido no BR – passa, assim, a ter valor de espécie primária (como a LO)
(C) Tratado internacional vale como lei
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
(C) TIDH vale como norma supralegal. Só valerá como EC, se o examinador
determinar que ela foi feita conforme o procedimento de EC
TIDH, por força de entendimento do STF, tem valor de norma supralegal (entre CF
e as normas primárias):
a) CF
b) TIDH
c) Normas primárias
d) Normas secundárias
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Aplicabilidade da norma constitucional
1) Nova CF x CF anterior
A) Desconstitucionalização
B) Repristinação
2) Nova CF x Leis infraconstitucionais anteriores
A) Compatível
B) Incompatível
C) Inconstitucionalidade superveniente
3) Nova CF x Negócios jurídicos anteriores
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Aplicabilidade da norma constitucional
Competência concorrente – as esferas administrativas legislam ao mesmo tempo
sobre o mesmo assunto cabendo à União estabelecer as regras gerais
Quórum qualificado – é sempre sobre o numero total de membros da casa
Sessão legislativa ordinária (=ano legislativo). Ano legislativo ≠ ano civil – 02/02 a
17/07 e 01/08 a 22/12
Fora dos períodos legislativos é sessão extraordinária
Constituição GARANTIA = sintética (garante a estrutura mínima do Estado)
1) Nova CF x CF anterior
O que se faz com a CF antiga/ anterior no ordenamento jurídico?
O que acontece com os atos e contratos jurídicos que estavam em andamento
antes da nova CF?
A CF88 revogou a CF67 – não pode existir ou coexistir 2 leis de mesma
hierarquia com assuntos diferentes
A CF nova REVOGA juridicamente a anterior, e a SUBSTITUI – afastando a
aplicação da anterior
A NOVA REVOGA COMPLETAMENTE A ANTERIOR
EM comparação, o BR não adotou a Teoria da recepção (adotou apenas para leis,
não para a CF). Ou seja, Não se pode afirmar que ao existir uma nova CF, os
artigos X e Y, da CF anterior, valeriam para a nova CF
O que se mantém de semelhante com uma CF anterior, aqui no BR, na verdade, é
criado “de novo” – é reescrito
(E) Na CF anterior tinha um direito X. A nova CF nada falou do direito X, não
garantindo e nem proibindo. O direito X então é mantido naCF como lei
infracontitucional. No BR, NÃO se RECEPCIONA NADA. A nova CF revoga
completamente a anterior. A nova CF pode até falar do direito X, mas não por
causa da recepção automática da norma válida antes.
A) Desconstitucionalização
Recepcionar normas da CF anterior como lei infraconstitucional
Se a desconstitucionalização estiver expressa no corpo da nova CF, então é
recepcionada no BR. Mas, aqui no BR, NÃO ocorre a desconstitucionalização
tácita
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
(C) Uma norma do poder originário é capaz de recepcionar normas da CF
anterior, com hierarquia de lei. SIM!!! Pois o poder originário é ILIMITADO
B) Repristinação
Outra teoria
Devolve ao ordenamento jurídico uma norma já revogada, pelo fato de que a
norma que a revogou já foi revogada.
Ex:
Repristinar é devolver AUTOMATICAMENTE ao ordenamento jurídico a lei 1,
que foi revogada pela lei 2; que, por sua vez, foi revogada por uma lei 3 –
assim, “invalida” a revogação da lei 2 sobre a lei 1, e faz com que essa lei 1
volta a ter efeitos.
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
O BR adotou a revogação, para dar maior estabilidade à sua estrutura
O BR não adota a repristinação, nem em CF e nem em Lei. Países mais
estáveis e consolidados repristinam
Repristinação poderá ocorrer no BR se estiver EXPRESSA no texto da CF ou
da lei
(C) Na CF88, que revogou a CF67, está escrito que o artigo 15 voltara a fazer
efeito no ordenamento jurídico. Isso ocorre por causa da aplicação da
repristinação. SIM!!!
Uma EC não pode criar repristinação, porque isso é prerrogativa do poder
originário e não do derivado. Mas, em alteração de EC pode ocorrer:
Uma decisão do STF, julgando Adin, é capaz de ter efeitos repristinatórios:
Se o STF não quiser o efeito repristinatório, deverá estar EXPRESSO no texto
da anulação de lei 2, que a Lei 1 não voltará a produzir efeitos jurídicos – fica
sem lei alguma até que surja outra lei sobre o assunto.
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
(C) (AGU) O STF julgou Lei 2 inconstitucional, e a Lei 1 voltou a ter efeitos
jurídicos, e isso ocorreu devido à repristinação. A rigor são diferentes, mas
está correto.
Quando a lei é declarada inconstitucional, o efeito é EX-TUNC (retroage até a
origem)
Repristinação e efeito repristinatório – se cair em prova como sinônimos
marque (V); mas, tecnicamente, elas são diferentes:
Repristinação Efeitos repristinatórios
Leis É uma decisão
Repristinação – decisões do STF, no controle concentrado de
constitucionalidade (ADin), poderão produzir efeitos repristinatórios, isto é,
devolver ao ordenamento jurídico lei já revogada, pelo fato de que a lei que a
revogou ter sido declarada inconstitucional
2) Nova CF x Leis infraconstitucionais anteriores
Obs: Se estiver falando de uma constituição específica deve vir escrito em letra
maiúscula, se não pode ser minúsculo.
Para a CF 88, revogar as leis infraconstitucionais dependeu de analise de
compatibilidade:
a) Se fossem leis materialmente compatível com a nova CF, elas
permaneceriam em vigor.
b) Se não fossem, seriam revogadas. Deixam de ser aplicadas tacitamente,
seja lei, artigo, inciso ou paragrafo (ou pedaços de qualquer um).
Em relação à lei infra, o BR adota ora a Teoria da Recepção, ora a Teoria da
Revogação
Ex: Código penal brasileiro existe desde 1940, criado soba vigência da CF37, e foi
recepcionado desde então, inclusive na CF88.
Se passou uma Lei X da CF67, na CF88 – então recepcionada – mas a Lei X é
incompatível com a CF88. O que acontece?
Como não foi revogada, o caso vai para o JD, que analisa se o conteúdo da Lei
fere o conteúdo da CF. Só, após isso, ela será revogada (com efeito EX-TUNC,
como regra)
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Inconstitucional – é tudo aquilo que for incompatível com a CF88, mas CRIADO
SOB SUA VIGENCIA
Ex: Lei de imprensa (CF67) – não foi revogada na CF88 (que proíbe censuras). O
STF então julgou a lei incompatível e a revogou. Julgou, inclusive, ser
desnecessário o diploma de Jornalismo.
Decreto-lei era criado pelo PR como ato unilateral – uma imposição jurídica. Da
época do Governo Militar (CF67). A CF88 revogou.
(C) Há, ainda hoje, no BR, Decreto-lei em vigor. O PR NÃO pode mais FAZER,
porém alguns Decretos-leis foram recepcionados e ainda estão em vigor.
Dependendo do assunto do Decreto-lei, ele pode ou não ser recepcionado. O que
deixou de valer foi a forma como o Decreto-lei era feito
Se um decreto-lei é recepcionado como decreto legislativo, qual o procedimento
para modifica-lo?
Procedimento de LO, SALVO se estiver expresso no texto da decreto legislativo a
forma que ele deve ser modificado
(E) Uma LO federal, 10.150/84, afronta a atual CF no conteúdo e forma. É correto
afirmar que a referida lei, por apresentar inconstitucionalidade, é ILEGAL no atual
ordenamento politico. Ela foi revogada, não há que se falar nada dela.
(E) O PGR está legitimado a propor Adin para afastar Lei federal de 1980, que
afronta a CF vigente no conteúdo e na forma. A lei não é inconstitucional.
A) Compatível
Se for materialmente compatível – recepcionada, pois interessa apenas o
assunto dessa, e não a forma em que foi feita (incompatibilidade formal é
irrelevante)
(C) Uma lei, na vigência da CF anterior – CF67, foi criada como LO e
tratando sobre o assunto X. A nova CF – CF88 – passou a dizer que o
assunto X deve ser tratado como LC. A LO que trata de X pode ser
recepcionada. Pois é o assunto que interessa e não a forma como é feita a
lei (incompatibilidade formal não importa). Acima disso, houve a
compatibilidade material. Passa a ser LC, porque o Poder Originário é
ILIMITADO. Após isso, ela só poderá ser modificada como LC (que tem
efeitos EX-NUNC, ou seja, não retroage até a origem). Ex: O Código
Tributário BR foi feito durante a CF67, como LO. Na CF88 foi recepcionado
como LC, e continua criando ordenamento jurídico.
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
(E) Considerando que LeiX surgiu na CF67, como LC, e foi recepcionada
como LO, na CF88. Ela continuará a ser modificada como LC, portanto.
Não!!!! Vigora a nova lei maior – CF88 – ela passara a ser tratada como LO.
B) Incompatível
Se materialmente incompatível é revogada.
C) Inconstitucionalidade superveniente
NÃO há no BR essa teoria da inconstitucionalidade superveniente
Superveniente – inconstitucional no futuro
O parâmetro no BR é o HOJE
Teoria Da Inconstitucionalidade Superveniente – lei criada na vigência da CF
anterior, virá a ser declarada inconstitucional face a nova CF
inconstitucionalidade para o futuro
3) Nova CF x Negócios jurídicos anteriores
A Teoria da Retroatividade Mínima – A nova CF alcança apenas negócios a
vencer, as parcelas que ainda não foram consumadas. É mínima, pois, só se
pode desfazer a relação contratual do que se está para fazer.
Ex: Comprou imóvel em 1980, parcelado a 35% juros/mês, até 1988. Na
CF88, estipula-se que o valor máximo de juros por mês seria de 1%. Como
fica o contrato?
ZERO! Pois, ele já foi consumado – mantiveram os negócios jurídicos
anteriores já consumados.
Se o financiamento durasse até 2000, com a nova CF88, ocorreria o efeito
EX-NUNC (efeito a partir da promulgação), adaptando o que está por vir,
conforme o novo texto constitucional.
Alguns países adotam a Teoria da Retroatividade Máxima – desfaz-se tudo,
até o inicio dos contratos (EX-TUNC)
No BR, optou-se pela Retroatividade Mínima para se manter a estrutura
mais equilibrada
(C) (Cespe) Uma norma do poder originário é capaz de alcançar fato futuro
de fato pretérito não consumado. É a Retroatividade Mínima.
(C) Uma norma do poder originário é capaz de alcançar fatos vencidos e
fatos futuros de negócios jurídicos, anteriores à CF, ainda não consumados.
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Eficácia e Interpretação das normas constitucionais
A) Plena
B) Contida
C) Limitada
D) Programada
E) Interpretação das normas
1) Principio da Unidade
2) Preambulo
3) ADCT
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Eficácia e Interpretação das normas constitucionais
Que efeitos das normas constitucionais a CF88 produziu?
Segundo Jose Afonso da Silva: Plena, Contida, Limitada e Programática
A) Plena
Tem aplicação imediata
Desde o dia em que surge já cria efeitos (direitos e obrigações) – desde a
data da promulgação
Não depende de estruturas e de regulamentação
Seu alcance é AMPLO
Boa parte da CF88 é norma de eficácia Plena
Ex: Art 1 – Republica é indissolúvel (Federação – União, Estados, DF e
Municípios)
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art 76 – PR representa o EX (União) e é auxiliado pelos Ministros de
Estados
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado
pelos Ministros de Estado.
Cai pouco em provas
B) Contida
Também tem aplicabilidade imediata
Desde o dia que surge tem efeitos, porém seu ALCANCE é RESTRINGÍVEL
(redutível)
O alcance é amplo até que a lei possa restringir
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Ex: Art 5 – È livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão,
atendidos os requisitos profissionais que a lei determina.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;
Direito resulta de liberdade. A restrição, no caso, pode não existir, mas por ser
norma contida, é restringível.
Ex: Profissão – surge uma lei que determina (restringe) a aplicação da norma
constitucional (ou seja, passam a existir exigências para que se exerça a
profissão)
Quem restringe? É a Lei ou a própria CF
Ex: Art 5 – Há liberdade de culto religioso; mas não se pode entrar em
presídios para entre as 23 h - 5h para rezar.
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos
locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas
entidades civis e militares de internação coletiva;
Os DIRFUND não são absolutos, eles podem ser relativizados com
razoabilidade
A norma CONTIDA tem alcance amplo até que seja restringida. A diferença
em relação à PLENA é que a CONTIDA admite restrição e a PLENA não
admite.
A restrição da norma contida pode ainda nem existir.
(C) No artigo 5, XXII, da CF88, estabelece-se que é garantido o direito à
propriedade. Sendo essa norma de eficácia contida. Sim, pois a própria CF
impõe as restrições
(C) É livre a locomoção em território nacional, em tempo de paz, podendo
levar e trazer bens materiais. Essa é uma norma de eficácia contida. Sim, pois
não são todos os bens que podem ser trazidos e levados – existem leis que
proíbem alguns tipos de bens
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
C) Limitada
A aplicação é MEDIATA, pois depende de regulamentação
Só entra em vigor mediante algo
CUIDADO!! Nas provas eles costumam trocar com CONTIDA.
O legislador constituinte, quando estabeleceu a norma, não trouxe elementos/
informações suficientes - isso não permite regulamentar, aplicar a lei. Mesmo
que no texto o direito esteja expresso
Fica-se na expectativa da regulamentação
Não começa a produzir efeitos no momento que é promulgada
Ex: Art 37, VII – Direito de greve do servidor publico. O direito será exercido
nos termos e nos limites definidos em lei especifica (uma lei
infraconstitucional). Até 2007, era inconstitucional, pois,
embora exista o direito à greve, ele ainda não foi
regulamentado. Então, em um mandado de injunção, o STF
determinou a aplicação da ei de greve dos CLT para os
servidores públicos, até que a lei própria deles seja feita.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos
em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
É LIMITADA porque não produz efeito quando surge, ela depende de
regulamentação de lei infraconstitucional
Há uma expectativa
Ex: Art 7, XXVII – Direito dos trabalhadores – proteção em face à automação,
na forma da lei. Ainda não existe, ou seja, existe o direito
mas não se sabe como aplica-lo.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
A CONTIDA não depende de regulamentação, como a LIMITADA, para
produzir efeitos – quando há regulamentação na CONTIDA é para
RESTRINGÍ-LA
Está na CF, mas ainda não pode produzir efeitos porque não tem lei que a
ordene juridicamente (transformar o direito bruto e incerto em liquido e certo).
Ex: Art 5, XII – É inviolável o sigilo de correspondências e ligações
telefônicas....(Até aqui é norma CONTIDA). (A partir do
SALVO, passa a ser norma LIMITADA) Salvo, no ultimo caso,
por ordem judicial, nas hipóteses que a lei estabelecer (foi
feito posteriormente) – no Art 136, existem as restrições para
a quebra de correspondências (por isso é CONTIDA).
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei
nº 9.296, de 1996)
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da
República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa
para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e
determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e
iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de
grandes proporções na natureza.
§ 1º - O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de
sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos
termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as
seguintes:
I - restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de
calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos
decorrentes.
A regulamentação posterior já traz restrição; a questão que diferencia é que a
LIMITADA é MEDIADA
A Limitada só começará a produzir os direitos descritos na CF no momento
que for regulamentada.
A lei que regulamenta a limitada é a LO ou LC
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Ex: Art 18, § 4º - Regulamenta a criação de novos Municípios. Norma
Limitada:
Estado – faz estudo de viabilidade
Projeto de lei estadual
Plebiscito com a população interessada
Lei estadual, criada nos termos determinados por LC
federal (O CN que dirá quando esse Município
poderá ser criado)
Art. 18. A organização político-administrativa da República
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos
desta Constituição.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento
de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da
lei.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de
1996) Vide art. 96 - ADCT
(C) A norma de eficácia limitada é aquela que, enquanto não regulamentada,
não começa a produzir efeitos jurídicos.
(E) A norma de eficácia limitada é aquela que depende de outra norma de
mesmo status para fazer efeito É lei infraconstitucional (LO ou LC), e não
outra norma constitucional
(E) Para o reconhecimento de norma limitada, basta encontrar as expressões
“nos termos da lei”, “na forma da lei”, “conforme lei”. Essas expressões se
referem a normas CONTIDAS ou LIMITADAS, e que virá uma LC ou LO.
(E) A norma de eficácia limitada é aquela que, enquanto não regulamentada,
não produz NENHUM efeito no ordenamento jurídico NENHUM efeito é
exagero. Tem efeito jurídico mínimo, porque é uma norma constitucional
Quando surgir a lei, ela vai determinar como é que deve funcionar a norma
constitucional, e NÂO irá corrigi-la ou alterá-la.
A norma limitada pode ser de 2 espécies:
1) Instrutivo – toda a definição dada anteriormente
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
2) Programática – a norma programática é semelhante à norma limitada
de princípio programático
D) Programada
Planejamento (o dia que for possível)
Aplicação futura (o dia que quiser)
O dia que for econômica e socialmente possível aplicar
É algo que se pretende conquistar
Ex: Art 3 – Objetivos da Republica do BR:
Sociedade livre, justa e solidária
Sem outras formas de preconceitos
Erradicar a pobreza, marginalização
Etc
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais
e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Não depende de lei futura para determinar sua aplicação – é uma questão de
contexto
A característica limitada é que é FUTURA
As normas da CF que previram datas definidas eram programáticas. Ex:
Referendo de 1993
Ex: Art 7 – Salário Mínimo – Nacionalmente unificado, capaz de custear todas
as necessidades da família (saúde, educação, vestimenta,
moradia...).
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
Obs: O salário do trabalhador é irredutível
Anotações da Michiko. Aula da Profª Nelma Fontana.
Quando a programática for implementada passa a ser PLENA ou CONTIDA
SÒ A PROGRAMÀTICA pode sofrer esse tipo de mudança
Ex: Art 205 – A Educação é um direito de todos
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
(C) A norma programática serve de parâmetro de controle de
constitucionalidade É uma norma constitucional
E) Interpretação das normas
Faltei a aula
1) Principio da Unidade
Texto único
Uma norma constitucional complementa a outra
Não há contradição entre normas constitucionais
Não há hierarquia entre normas constitucionais
2) Preambulo
De acordo com o STF, não tem valor jurídico
Seu valor é politico e histórico
Serve para a interpretação da CF
O Estado é laico
3) ADCT
Atos das disposições constitucionais transitórias
Faz parte da CF
Tem valor jurídico
Admite modificação por EC, mas nem tudo que está na ADCT pode ser
modificado
Pode-se acrescentar
Art. 21. Compete à União: Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza
financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços
de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a
integração social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União
e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do
Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas,
especialmente as secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de
outorga de direitos de seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem,
em forma associativa.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino e desporto;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.