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APA - ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE AVEIRO, S.A. Comissão das Comemorações do Bicentenário da Abertura da Barra de Aveiro (1808-2008) | AVEIRO, 2008 1808-1932 A BARRA E OS PORTOS DA R IA DE A VEIRO ARQUIVO DA ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE AVEIRO

“A Barra e os Portos da Ria de Aveiro – 1808-1932 – Arquivo da Administração do Porto de Aveiro” - CATÁLOGO

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Catálogo da exposição “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro – 1808-1932 – Arquivo da Administração do Porto de Aveiro”. Exposição comissariada pelos Prof. Doutores João Carlos Garcia e Inês Amorim. Pode consultar a ficha técnica completa no catálogo que aqui disponibilizamos. Aveiro, 3 de Abril de 2008. Visite-nos em www.portodeaveiro.pt, www.youtube.com/portodeaveiro , http://www.portodeaveiro.pt/portofolio/, http://www.portodeaveiro.pt/navegantes2005/ , e http://www.portodeaveiro.pt/natal/

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1808-1932A BARRA E OS PORTOSDA RIA DE AVEIRO

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CATÁLOGO DA EXPOSIÇÃO3 de Abril a 3 de Maio de 2008Câmara Municipal de Aveiro | Galeria da Capitania

APA - ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE AVEIRO, S.A.Comissão das Comemorações do Bicentenário da Abertura da Barra de Aveiro (1808-2008) AVEIRO, 2008

Coordenação de Inês Amorim e João Carlos Garcia

1808-1932A BARRA E OS PORTOSDA RIA DE AVEIRO

ARQUIVO DA ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE AVEIRO

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EXPOSIÇÃO

PRODUÇÃOAPA - Administração do Porto de Aveiro, S.A.Câmara Municipal de Aveiro

COORDENAÇÃO CIENTÍFICAInês AmorimJoão Carlos Garcia

COORDENAÇÃO EXECUTIVASérgio Dias

DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA DO MATERIALARQUIVÍSTICO, CARTOGRÁFICO E MUSEOLÓGICOManuel CoutoJorge Macieirinha RibeiroNuno Silva CostaFernando Veiga

DIGITALIZAÇÃO DE IMAGENSSérgio DiasManuel Couto

CONCEPÇÃO E REALIZAÇÃO DO SLIDESHOWSérgio Dias

DESIGN DA EXPOSIÇÃOJoão Ferreira (Câmara Municipal de Aveiro)

REALIZAÇÃO TÉCNICA E MONTAGEMAPA - Administração do Porto de Aveiro, S.A.Divisão da Acção Cultural da Câmara Municipal de Aveiro

CATÁLOGO

PRODUÇÃOAPA - Administração do Porto de Aveiro, S.A.Câmara Municipal de Aveiro

COORDENAÇÃO CIENTÍFICA E TEXTOSInês AmorimJoão Carlos Garcia

COORDENAÇÃO EXECUTIVASérgio DiasIsabel RamosCarlos Oliveira

DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA DO MATERIALARQUIVÍSTICO, CARTOGRÁFICO E MUSEOLÓGICOManuel CoutoJorge Macieirinha RibeiroNuno Silva CostaFernando Veiga

DIGITALIZAÇÃO DE IMAGENSSérgio DiasManuel Couto

FOTOGRAFIASSérgio Dias

DESIGN GRÁFICOAmplo Design

IMPRESSÃOJoartes

TIRAGEM2000 exemplares

DEPÓSITO LEGAL274151 /08

ISBN978-972-99107-8-4

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ÍNDICE

DA CLAUSURA À SALA-MUNDO 04

UM “SEGUNDO DIA DE CREAÇÃO” 05

CRONOLOGIA 10

CATÁLOGO 13

I - A RIA DE AVEIRO 15II - A BARRA DE AVEIRO 25

III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO 53

IV - AS MARINHAS DE SAL DA RIA DE AVEIRO 93

1808-1932A BARRA E OS PORTOSDA RIA DE AVEIRO

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DA CLAUSURA À SALA-MUNDO

A Administração a que presido decidiu, em 2006, desencadear projecto de recenseamento, preservaçãoe divulgação do Arquivo Histórico-Documental do Porto de Aveiro.

Vivificar o riquíssimo espólio do arquivo do Porto de Aveiro passou por avaliar a documentaçãodepositada na antiga JAPA, constituída por espécies documentais em diferentes suportes (cartografia,fotografia, documentação manuscrita e impressa); por configurar uma equipa de trabalho interdisciplinare interinstitucional que constituísse uma rede de trabalho, projectando várias direcções de actuação:inventariação das espécies documentais; digitalização da documentação cartográfica, assim como delivros que se encontravam em risco de deterioração; digitalização de outras obras cujo conteúdo merecepreservação e divulgação; restauro de espécies que se encontram danificadas; adopção das medidasconsideradas imprescindíveis para um correcto acondicionamento do espólio de interesse histórico,tendo em vista a sua preservação; criação de uma ou mais bases de dados continente(s) dos descritoresnecessários e com as funcionalidades exigíveis para uma potenciação maximizada da fruição do espólioinventariado/digitalizado/preservado/correctamente acondicionado pela comunidade em geral (cientistas,investigadores, estudantes, jovens estagiários, divulgadores, outros cidadãos interessados pelo valiosoespólio detido pela APA).

Esta exposição constitui-se como um marco sinalizador do sucesso do projecto que em boa horadecidimos encetar.

O património histórico-documental do Porto de Aveiro deixa, a partir de agora, a clausura que oagrilhoava em inútil penumbra, fomentando-se o seu usufruto público.

As inerentes condicionantes das exposições em sala serão brevemente ultrapassadas com a webizaçãodo nosso Arquivo Histórico-Documental. Quando tal acontecer, os residentes na sala-mundo poderãodesfolhar catálogo com vários milhares de páginas.

Permitam-me um caloroso agradecimento à vasta equipa que tem em mãos este árduo projecto,OBRIGADO que, no que à presente exposição reporta, personifico nos Profs. Doutores Inês Amorime João Carlos Garcia.

José Luís Cacho, Eng.Presidente do Conselho de Administração da APA, S.A.

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“reúnam-se as águas que estão debaixo dos céus,num único lugar, a fim de aparecer a terra seca”

(Antigo Testamento, Génesis, 1-9).

“Hum segundo dia de creação” é a expressão entusiasta com que o engenheiro Luís Gomes de Carvalho saúdao Rei e a Corte, ausentes no Rio de Janeiro, face à ocupação de Portugal pelos exércitos napoleónicos. A carta quelhes dirige (doc.15.2) traduz o cumprimento de expectativas, acalentadas há muito, e o momento de glória, peranteo sucesso da abertura da barra de Aveiro, a 3 de Abril de 1808.

A linguagem bíblica identifica a ocasião. “Creação”, por querer cortar com o passado de dificuldades, numprocesso de mudanças, sem paralelo: hum segundo dia de creação [criação] em que se operou, como por hum prodigiohuã [uma] conveniente e necessaria separação das agoas e dos terrenos que estavão [estavam] na mais fatal confusão“Segundo dia…” confere-lhe a componente sobrenatural, equiparável à Criação Divina, tal como narra o texto bíblico“reúnam-se as águas que estão debaixo dos céus, num único lugar, a fim de aparecer a terra seca” (Génesis 1-9).

Se o momento é de vitória, é-o, ainda mais, por favor régio, como a Criação do Universo fora uma atenção Divina.Desta forma, a analogia entre o rei e Deus impõe-se. Num traço característico da época, um rei iluminado, encarnao culminar de uma feliz cadeia da atenção paternal dos monarcas, sublime deferência para os que viviam do porto,dos portos da Ria e dos seus recursos.

A protecção régia (à navegabilidade e à navegação da Ria de Aveiro) remonta, num passado próximo, à criaçãodo Cofre da Barra (1755), colector dos impostos, os reais sobre o arrátel da carne e o quartilho de vinho, a aplicarno financiamento das obras de abertura e manutenção da barra. E, ainda, à nomeação de um Superintendente,experimentado vigilante do contrabando do ouro, nas minas de Mato Grosso, atento às fugas da sua cobrança, comofizera nas partes do Brasil.

A vila notável de Aveiro não tarda a ser cidade, em 1759, mesmo que os indicadores demográficos e económicosapontem para uma localidade modesta em relação ao seu novo estatuto (Amorim 1997: 133 a 208). Construçãopolítica, sem dúvida, porque Aveiro se apresentará, de imediato e doravante, como sede de Comarca, Provedoria edepois Diocese (1774), sempre por vontade Régia, num crescendo da afirmação centralizadora do controlo e doordenamento do território, sob a sua jurisdição.

Após a abertura da barra, testemunha-se a renovação da salubridade dos ares, a reabilitação das actividadeseconómicas e a cidade de Aveiro “tornou-se das mais saudáveis e o Estado a ganhou de novo” (ano de 1812 em

UM “SEGUNDO DIA DE CREAÇÃO”

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Neves 1956: 289). Esta expressão, proferida pelas forças sociais locais, traduz o desejo de integração no mesmopulsar económico, comum a todo o Reino, ou, pelo menos, do da praça de Lisboa, participando na animação comercialmarítima. As actividades e os recursos locais pareciam depender do porto, muito além da área envolvente às margensda Ria, justificando os contributos fiscais do interior - Sever, Cambra, Oliveira de Azeméis, etc..

O discurso, repetido, das forças locais, em particular nas sessões do Senado da Câmara de Aveiro, competentezeladora do bem-estar dos povos, aponta, sempre, para as actividades da salicultura (com as marinhas a serem,repetidamente contadas e recontadas, porque se faziam e desfaziam ao sabor da salinidade), da pesca e da colheitado moliço, neste último caso já para os finais do século XVIII. Tão vigorosa e forte é esta marca de dependênciaeconómica que sustenta, na longa duração, as reivindicações dos proprietários do salgado de Aveiro. Empenham-se, frequentemente, na institucionalização de um corpo governativo para o porto, envolvendo-se mesmo na suaestrutura, por considerarem ser esta a forma mais eficaz de administrar os interesses de todos, e ultrapassar o atrasoeconómico (doc. 43, 44, 45, 48, 49, 56).

Contudo, o fecho da barra, praticamente de forma constante, de 1802 a 1808, criou um climax dramático, porquenada se produzia. Nem o pão se colhia, porque alagados os campos pelas águas que não escoavam, nem se circulavapela barra, nem mesmo se atingiam os portos da ria, assoreados. Num ambiente profundamente doentio, marcadopor “miasmas pestilentos”, preconizados pelos médicos da vila, a insalubridade tornara-se um pesadelo, poucocompatível com os princípios higienistas que marca(va)m a segunda metade do século XVIII. Daí os momentoscríticos de ameaças ao engenheiro Luís Gomes de Carvalho, pressionado pelas forças locais que não viam resultadosimediatos e, ao mesmo tempo, pela conjuntura internacional, porque o exército francês se aproximava (veja-secronologia anexa).

O projecto da abertura da barra tornou-se uma exigência, impondo-se a sua concretização, num ambiente bélico,em particular quando da 2ª Invasão Francesa, que impunha a escolha do melhor porto que permitisse o desembarquede tropas aliadas, como iria acontecer em Maio de 1809. A 13 de Maio assinala-se a oportunidade da Barra: ocomboio de Sua Majestade Britânica que constava de 40 velas escoltado pelo brigue de Guerra Porto Mabon, em quevinham 2 hiates portugueses, todos conduzindo munições para o exército britânico, sendo grande parte das embarcaçõesde alto bordo, e assim mesmo entrando duas e três a par de maneira que entraram em pouco mais de 1 hora, à excepçãode 1 que por não tomar no mar a volta e direcção da Barra ou pelo seu comandante não querer entrar, ficou para odia seguinte, como tudo foi observado de grande parte dos habitantes desta cidade que foram ver a entrada referida(Pimenta 1942: 164 e 167; APA, Superintendência, Livro 1º, fol. 149v). Na verdade, em 1808, o Governo Provisionaldo Porto mandara suspender as obras públicas, em geral, com excepção das da Barra de Aveiro, prova da sua funçãoestratégica (Carvalho, Neves 1947: 46). Em conclusão, não haverá melhor interpretação do momento do que atravésdos termos “creação” e “ganhar de novo”, porque durou meio século a projectar a fixação da barra (1757 a 1802)e seis anos a concretizá-la (1803-1808).

Esta contínua insistência na recuperação da barra está bem documentada no I Livro da Superintendência, existente

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no Arquivo Histórico da APA (doc. 10), precioso registo do fluxo de comunicação entre a Administração Central(em Lisboa e Rio de Janeiro) e a Superintendência (engenheiros e superintendentes), transcrevendo ordens régiase alvarás relacionados com a administração das obras, ao longo das cerca de quase 280 folhas. Se, por Aveiro,passaram sucessivos técnicos, porque entendidos no desenho e aferição dos lugares (de abertura e fixação) da barra,sabemo-lo graças ao Livro da Superintendência, qual espinha dorsal, articuladora de muitos outros documentos,complementares à compreensão desse período.

O núcleo documental correspondente à Superintendência da Barra (1755-1857) não é vasto, mas é precioso.Parte da documentação ter-se-á extraviado, por razões que, de momento, desconhecemos. A datação dos livrosexistentes não é contínua e, alguns, estão incompletos. Luís Gomes de Carvalho, o mesmo engenheiro que abriu efixou a barra, refere-se à falta de documentação que lhe seria útil, dadas as sucessivas deslocações que realizou,levando consigo parte dela. Assinalem-se os momentos em que foi chamado ao exército, frente às invasões de Soulte de Massena, desempenhando as funções de Quartel Mestre-General e Comandante da Engenharia do exército deoperações, até à restauração de Lisboa, e depois na qualidade de Comandante dos Engenheiros do Exército do Norte (Loureiro 1904: 24, 30). Esta relação ambígua, entre património pessoal e institucional explica, em parte, a dispersãodocumental. Mas também explica a existência de livros que deveriam estar noutros núcleos documentais, como porexemplo os registos de entradas e saídas de embarcações que se deveriam inserir no núcleo da Alfândega de Aveiro(doc. 2, 50). Ou, ainda, em períodos posteriores, a inserção, na colecção do Arquivo da APA, de cartografia do portode Leixões, de portos insulares ou africanos, porque engenheiros e directores de obras em Aveiro também o foramou apresentaram projectos sobre aqueles portos.

A institucionalização da administração portuária, ao longo dos séculos, conduziu a um envolvimento crescentede diferentes agentes (engenheiros, directores de obras, comissões administrativas) que marcaram a reivindicaçãoconstante do porto de Aveiro e do seu valor económico e social. Os reflexos desta inscrição de vontades observa-seatravés das sucessivas estruturas orgânicas administradoras do Porto de Aveiro: desde a JAFOA- Junta Administrativae Fiscal das Obras da Barra, 1858-1887, passando pela criação da Circunscrição hidráulica, 2ª de Aveiro 1887-1898, depois a JAOBRA - Junta Administrativa das Obras da Barra e Ria d’Aveiro 1898 – 1921 (doc. 42), a JARBA- Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro 1921/23 – 1950 (doc. 44), sucedendo-lhe a JAPA – Junta Autónomado Porto de Aveiro, de 1950 a 1998, até à actual APA. S.A. - Administração do Porto de Aveiro.

As memórias das suas actuações revelam-se na documentação produzida, património acumulado, herança queos estatutos obrigavam a conservar. Só o sentido da acumulação secular desta memória provará, de facto, a existênciae a perpetuação das heranças orgânicas que perfazem, hoje, a instituição APA. Este registo, multiplicador, clarifica,desde, pelo menos, 1802, a dupla tutela sobre o porto: a de administração do porto e a da direcção de obras,articuladas com os organismos que lhes ficavam a montante, a nível central: o Ministério do Reino, o Ministério dasObras Públicas, o Ministério dos Transportes, o Ministério do Ambiente, etc.

Sumariamente, a documentação do Arquivo do Porto de Aveiro concentra as diferentes valências desse porto

UM “SEGUNDO DIA DE CREAÇÃO”

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flúvio-marítimo. Por um lado, registos como mapas, cartas, projectos, desenhos e respectivas memórias, a escalasdiferenciadas, numa quantidade e variedade imensurável, e ainda em fase de identificação, resultam das opções eprocedimentos técnicos e interventivos no porto, na cidade e na Ria (doc. 1, 3, 4, 6, 7, 8, 9, 12, 14, 16, 17, 19, 20,21, 22, 32, 33, 34, 35, 36, 38). Por outro, a documentação de carácter administrativo, que inclui as actas dassucessivas administrações (doc. 5, 26, 44), livros de receitas (fiscais) e de despesas, e os relatórios de actividades,cuja natureza evoluiu à medida que a legislação e os regulamentos o exigiam. Depois, a fotografia, pelo menos desdea década de 30, documenta obras e recursos (doc. 41), sítios de embarque e desembarque de materiais e mercadorias,ou, ainda, imagens aéreas da barra e porto (doc.31). Finalmente, os objectos atestam técnicas empregues, quer noconhecimento das marés na Ria e na embocadura da barra, quer nas obras portuárias (doc. 28, 29, 39, 40).

É este conjunto, diversificado, que compõe o Arquivo da Administração do Porto de Aveiro. Se, a complementarBiblioteca, contém um acervo de obras impressas relativas a obras portuárias, nacionais e estrangeiras, justificadaspelos interesses das equipas técnicas e de engenharia, acrescentam-se muitas outras, sobre as actividades económicase ambientais, gerais e locais, geradas e geradoras, das dinâmicas socio-económicas.

Esta concentração e acumulação de informação, seculares, justificam-se por razões já invocadas, de naturezainstitucional, porque a legislação impunha o registo cuidadoso e a avaliação do património na transposição doorganismo anterior para o subsequente. Mas decorre ainda da atitude dos engenheiros que passaram pelo porto deAveiro, tomando em consideração os projectos dos seus antecessores, estudando-os e reflectindo sobre esses estudose desenvolvidas memórias descritivas. A informação acumulada foi-lhes fundamental para avaliarem as razões pelasquais, tantas vezes, as intervenções, sob condições técnicas e conhecimentos científicos existentes à época, nãoconduziram à solução desejada. Frequentemente, os engenheiros evocados (doc. 11, 18, 23, 30) e os estudos exibidosnesta exposição, confessam esta necessidade, como por exemplo o do engenheiro Silvério Augusto Pereira da Silvaque, em 1874, esclarecia: “serve esta análise até certo ponto para melhor inteligência e justificação das obras quevou propor” (Silva 1875: 181). Este “laboratório de investigação”, permanente, como poderemos intitular, reflecte--se na cartografia, porque se copiam cartas e mapas realizados por engenheiros que lhes foram anteriores (doc. 12,14, 57) e, por este meio, chegaram, até nós, desenhos cujos originais, até ao momento, não se localizaram.

O sentido memoralista funciona, no caso da construção do Porto de Aveiro, e muito provavelmente de outrosportos, como factor estratégico de identificação e afirmação dos avanços e dos recuos na sua consolidação, nareivindicação da navegabilidade da Ria, da sua articulação com a barra, no desenho da rede de portos fluviais, emcombinação com os de mar. Produtos como o sal e a pesca, fluvial e costeira, assim como a evocação dos temposda pesca longínqua foram sistematicamente apontados como justificativos para o investimento financeiro por partedo Estado. A retenção desses momentos chave da vida da Ria e de todas as terras circundantes, em torno do porto,projectando-o a nível nacional e mesmo internacional, numa sobreposição entre passado e futuro, explica as exposiçõessobre obras públicas, em particular durante o Estado Novo, assim como as sucessivas brochuras, editadas pelo Portode Aveiro, que evidenciam (em fotografia e cartografia) o crescimento do investimento nas infra-estruturas comerciais

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. 09UM “SEGUNDO DIA DE CREAÇÃO”

e industriais (doc. 47) (vide ainda Exposição Histórico-documental do porto de Aveiro- um imperativo histórico, Aveiro,Porto de Avero, 1998).

As décadas de 20-30 do século XX, no contexto da regulamentação associada ao Decreto nº 12 757, de 2 deDezembro de 1926, designado por "Lei dos Portos", marcam um período fecundo de estudos em torno da construçãodo porto “interior”, ou seja, das infra-estruturas que se justificavam, cada vez mais, com a regularização daprofundidade da barra. Tais construções explicavam-se pelo impacto crescente da pesca das traineiras, na costa, eda pesca longínqua do bacalhau, assunto que ultrapassava os interesses locais (doc.7, 24, 25, 38, 37, 44, 46, 47,48, 49, 55).

Esta atitude de divulgação e, mesmo, propaganda, justifica a recolha e manutenção da informação. Por vezesseleccionando-a, criteriosamente, inaugurando-se a estatística do movimento económico da região, esgrimindoopiniões em espaços públicos, como revelam as polémicas na imprensa, as conferências e as representações discursivasaglutinadoras dos interesses locais (doc. 43, 45, 49). Mas decorre ainda das responsabilidades que a instituiçãoportuária detém na gestão do domínio público marítimo, desde meados do século XIX, sobretudo na avaliação dasáreas privadas de construção das salinas, o que justifica uma cartografia identificadora dos salgados, até à décadade 60 do século XX (doc. 57), assim como a vigilância e o estudo das variações dos canais e esteiros da Ria, sistemas,por excelência, da condução da água salgada e da sua circulação, até bem perto da cidade de Aveiro (docs. 1, 52,53, 54).

Hoje, 3 Abril de 2008, data comemorativa da abertura da barra, é, mais uma vez, a projecção dessa memóriaque se pretende realizar, mas extravasando o momento. Justifica-se, então, esta reflexão que sustenta e contextualizauma exposição. Hoje, não vigoram mais as atitudes de confusão inconsciente entre património pessoal e do Estado,nem do recurso imediato, apologético e episódico da Memória. A responsabilidade atribuída às entidades portuárias,preconizada no Relatório dos Oceanos (2004), no identificar, estudar e divulgar os portos marítimos possuidores deimportante significado histórico, justificou o trabalho realizado ao longo do ano de 2007, no fundo documental que,em boa hora, a Administração do Porto de Aveiro, S.A. decidiu recensear, preservar e divulgar, possibilitando aprojecção de investigações futuras (nomeadamente como suporte ao Projecto SAL(H)INA (História do Sal - naturezae meio ambiente - séculos XV a XIX - POCTI/HAR/56381/2004; PPCDT/HAR/56381/2004). Uma Memória, riquíssima,foi avaliada, até ao momento, em 7000 registos, presumindo-se que, no que respeita à Cartografia, apenas 50% foidescrita. Os dois últimos períodos de vida, sob a tutela da JAPA (Junta Autónoma do Porto de Aveiro, criada em1950) e da APA (desde 1998) estão, ainda, em fase de recenseamento, mas, nestes núcleos, insere-se, como se disse,informação sobre outros espaços portuários, como o porto de Leixões e os portos não peninsulares.

Poder-nos-emos interrogar se é vocação da instituição APA S.A. colocar o seu Arquivo à disposição dos leitores,criar uma estrutura que os acompanhe de forma profissional. Não nos compete responder a esta questão. Mas é-lheinerente a função de preservar essa herança cultural, porque “amanhã é sempre longe de mais…” (Cabral 2002:15 a 36), ou pode ser tarde de mais, rumo que o projecto de Preservação e Divulgação do Património-CulturalPortuário materializa, apresentado, em parte, e desde já, nesta exposição…

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:indicam-se apenas as obras que são citadas no texto, permitindo ummaior aprofundamento a consulta da bibliografia indicada no livroeditado pela APA, em 2008, no âmbito das Comemorações dos 200Anos da Abertura da Barra de Aveiro (vide citação abaixo referida)

Amorim, Inês 1997 - Aveiro e sua Provedoria no século XVIII (1690-1814) - estudo económico de um espaço histórico, 2 vols., Coimbra,CCRC.

Amorim, Inês 2008 - O Porto de Aveiro, entre a terra e o mar, Aveiro,APA.

Cabral, Maria Luísa 2002 – Amanhã é sempre longe demais. Crónicasde P & C, Lisboa, Gabinete de Estudos a&b.

Carvalho, Luís Gomes de; Neves, Francisco Ferreira 1947 – MemóriaDescritiva ou notícia circunstanciada do plano e processo dos efectivostrabalhos hidráulicos empregados na abertura da Barra de Aveiro...Primeira Parte . publicada em Neves, Francisco Ferreira - ResumoHistórico da Barra de Aveiro. "Arquivo do Distrito de Aveiro", Aveiro,vol. XIII, p. 20-33, 94-113.

Exposição Histórico-documental do porto de Aveiro- um imperativohistórico, Aveiro, Porto de Aveiro, 1998.

Neves, Francisco Ferreira 1956 - Documentos relativos à aberturada actual barra de Aveiro. “Arquivo do Distrito de Aveiro”, Aveiro,vol. XXII, p.275-296.

Pimenta, Belisário 1942 - A Barra de Aveiro em 1809. “Arquivo doDistrito de Aveiro”, Aveiro, vol. VIII, p. 161-163.

Silva, Silvério Augusto Pereira da 1875 – Barra de Aveiro. “Revistade Obras Públicas e Minas”, t.VI, nº 64, p. 165-227, 241-269.

<http://www.mdn.gov.pt/mdn/pt/Mar/estrategia> - Relatório daComissão Estratégica dos Oceanos (comissão criada a 9 de Julho de2003, relatório de 5 de Julho de 2004).

. 10 CRONOLOGIAContextos local e nacional em torno do percursode construção do Porto de Aveiro

1750 – Sobe ao trono D. José I e nomeia Sebastião José de Carvalhoe Melo, futuro Marquês de Pombal, como Secretário dos NegóciosEstrangeiros, que assumirá um papel preponderante nos assuntosrelativos à cidade e ao porto de Aveiro.

1751 - Criação de um cofre de recolha das verbas provenientes dosreais da água, 2 em cada quartilho de vinho e 2 em cada arrátel decarne e do dobro das sisas, explicitamente dedicadas a obras deabertura da Barra de Aveiro.

1755, 6 de Outubro - Criação da Superintendência da Obra daAbertura da Barra.

1756 - Criação do Cofre da Barra de Aveiro, destinado a recolher osreais de toda a Provedoria de Aveiro (comarcas de Aveiro e Feira).

1756 - Presença do engenheiro Carlos Mardel no estudo da barra deAveiro.

1756 a 1763 - Guerra dos Sete Anos, exigindo uma organização dasforças e infra-estruturas militares.

1757, 11 de Fevereiro - João de Sousa Ribeiro, capitão-mor de Ílhavo, concentrou na Vagueira, frente ao Forte Velho, cerca de 80 juntasde bois e mais de 200 homens, iniciando a abertura de uma vala queserviu de barra.

1758 - Presença em Aveiro, para o estudo da barra, dos seguintestécnicos: Francisco Xavier do Rego, Francisco Pinheiro da Cunha eAdam Venceslas Hetochoffs; Louis d’Álincourt e François Hyacintede Polchet.

1758, 3 de Setembro - Atentado contra D. José I em que são implicadosos Duques de Aveiro. Em 17 de Janeiro de 1759 extinguiu-se a Casade Aveiro e anularam-se todas as doações feitas a esta Casa.

1759, 11 de Abril - Aveiro é elevada a cidade, de seguida a centrode comarca (de Esgueira para Aveiro) e de Provedoria (de Esgueirapara Aveiro).

1759, 18 de Abril - Carta do capitão-mor de Ílhavo, João de SousaRibeiro, com o apoio da Câmara de Aveiro, dirgida ao Marquês de

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Pombal, em que relata todas as acções que desenvolveu em 1757, aspropostas de fixação da barra, as técnicas empregues, as obrasnecessárias no cais da cidade e a construção de pontos de orientaçãoe fixação de pilotos, no Forte Novo.

1764 - A Vereação da Câmara de Aveiro apresentou um auto devistoria da barra, novamente difícil para a navegação, estando presenteso capitão-mor de Ílhavo e o cônsul holandês em Aveiro, Jacob HenriqueSeverim.

1771 - A Vereação da Câmara de Aveiro, reunida, descreve as os-cilações da profundidade da barra.

1777 - O tenente coronel Guilherme Elsden, de nacionalidade inglesa,juntamente com Isidoro Paulo Pereira, capitão de infantaria, comexercício de engenheiro, e Manuel de Sousa Ramos observou o sítioda barra e os rios que desembocavam na Ria.

1777 – Sobe ao trono D. Maria I.

1780 - João Iseppi e Jeronimo Iseppi, seu filho, e Tomás Perona eHermigildo Biassini, de nacionalidade italiana, projectavam a obrada barra.

1780 – Obras no esteiro de Aveiro.

1781 – O Doutor José Monteiro da Rocha, lente catedrático daFaculdade de Matemática, da Universidade de Coimbra, visitou asobras da barra.

1788 - Aveiro estava alagada, por obstrução da barra.

1788 – O Marechal de Campo Guilherme Luís António de Valeréexamina o estado das obras da Barra de Aveiro.

1791 - Presença de Estevão Cabral, professor hidráulico, com ordenspara realizar o exame da abertura da barra de Aveiro e a elaboraçãode Plano competente.

1794 - Exposição da Câmara de Aveiro ao rei para que se desalagassemos campos da Comarca.

1796 a 1812 - D. Rodrigo de Sousa Coutinho, Conde de Linhares,Ministro da Marinha e Ultramar (1796-1801), depois presidente doReal Erário (1801-1803). Acompanhou a família real para o Brasil,em 1807. Em 1808 foi nomeado Ministro da Guerra e dos NegóciosEstrangeiros, até 1812.

1802, 2 de Janeiro - Aviso Régio solicitando a deslocação a Aveiro,dos engenheiros Reinaldo Oudinot e Luís Gomes de Carvalho, paraprocederem a um estudo para a abertura da obra da Barra.

1802, Março – Início de obras no cais de Aveiro.

1802, Março – Início de obras na barra sob a direcção de Luís Gomesde Carvalho.

1806, 9 de Março - Tentativa, mal sucedida, de abertura da barra.

1807 - 1ª invasão de Portugal pelos exércitos napoleónicos.

1807, 27 de Novembro – A Família Real segue para o Rio de Janeiro.

1807, 28 de Fevereiro – Tentativa, falhada, de abertura da barra.

1807, Junho – Atentado contra o engenheiro Luís Gomes de Carvalho.

1808, 3 de Abril - Abertura da barra de Aveiro, às 7 horas da noite,“para evitar que perecesse alguma parte do país que acedia nestedia a ver a referida acção”.

1809 - 2ª invasão francesa, com a ocupação da cidade do Porto. EmMaio, tropas Luso-Britânicas sob o comando do general ArthurWellesley e do comandante-em-chefe, o marechal William CarrBeresford, venceram a chamada batalha do Douro, reconquistandoa cidade do Porto (29 de Maio).

1809, 13 de Maio - Entrada na barra de Aveiro de um comboio deembarcações inglesas, formado por 39 navios de transporte com man-timentos e munições e um bergantim de guerra, na direcção Ovar/Porto,em auxílio do exército português, aquando da 2ª Invasão Francesa.

1810 - 3ª invasão francesa.

[1813-1815] - Luís Gomes de Carvalho, engenheiro e director dasobras da barra, redigiu a Memória Descritiva ou notícia circuns-tanciada do plano e processo dos efectivos trabalhos hidráulicosempregados na abertura da Barra de Aveiro... Primeira Parte.

[1818] - Memória intitulada “Um porto franco em Portugal [Aveiro],”de autor anónimo.

1820 – Revolução Liberal.

1823 – O engenheiro Luís Gomes de Carvalho esteve como directordas obras até esta data, altura em que foi levado para a cidade doPorto,

na tentativa de o defender de violências físicas, pelo estado difícilda barra de Aveiro.

1828-1834 – Lutas entre miguelistas e liberais com a vitória destesúltimos - período de instabilidade governativa.

1834 - Foi nomeado Celestino Soares, como director das obras dabarra, substituindo Luís Gomes de Carvalho.

1834 - Triunfo pleno da causa liberal.

1835 - Criação dos distritos administrativos representados na JuntaGeral do Distrito e no Governador Civil.

1835 - Nomeação do primeiro governador civil de Aveiro.

1837 - Nomeado o engenheiro Francisco de Paula Sousa Pegado e,no ano seguinte, Francisco L. Moreira Freixo para directores dasobras da barra.

1838 - Francisco Lopes Moreira Freixo, era indicado como engenheirodirector das obras.

1843 - Foi nomeado director das obras da barra, o engenheiro JoséLuís Lopes, substituído, interinamente, pelo Presidente da Câmarade Aveiro, que pouco depois entregava o seu governo ao engenheiroGomes Palma.

1846 - Maria da Fonte, ou Revolução do Minho.

1846 - Patuleia, ou Guerra da Patuleia.

1847-1856 – é indicado como Director da obras da barra o engenheiroAgostinho Lopes Pereira Nunes.

1851 - inauguração do período da Regeneração, que se seguiu àinsurreição militar de 1 de Maio de 1851, que levou à queda de CostaCabral e dos governos de inspiração setembrista.

1852, 30 de Agosto - criação do Ministério das Obras Públicas, Co-mércio e Indústria (MOPCI).

1856, Junho - Esteve, interinamente, o engenheiro Augusto MariaFidié como director das obras da barra.

1857 - Movimento de opinião, encabeçado pelo deputado José Estêvão,em sessão dos Paços do Concelho, na defesa da atenção do Governosobre a barra e porto de Aveiro.

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1858 - Criação da Associação Comercial de Aveiro.

1858 - Criação da Junta Administrativa e Fiscal das Obras de Aveiro(JAFOA), de acordo com o Decreto de 9 de Setembro. Esta instituiçãomanter-se-á até 1887.

1858-1886 - Permanência do engenheiro Silvério Augusto Pereirada Silva, como director das obras da barra de Aveiro e ainda responsávelpelas obras no distrito.

1864 - Lei de 25 de Junho de 1864, que institui o Domínio PúblicoMarítimo.

1874 - Exposição suscitada pela Câmara Municipal de Aveiro aos“proprietários de marinhas, comerciantes e muitos outros cidadãos”(reunião a 28 de Dezembro e exposição de 9 de Janeiro de 1874) eoutra da Associação Comercial de Aveiro (sem data, mas da mesmaocasião).

1875 – Publicação da Memória de Silvério Augusto Pereira da Silva,engenheiro director das obras da barra – Barra de Aveiro, “Revistade Obras Públicas e Minas”, t. VI, nº 64 e 66.

1884, 6 de Março - Criação das circunscrições hidráulicas, sob aégide do Ministério das Obras Públicas, regulamentada pela Lei de2/10/1886.

1887 - Extinção da Junta Administrativa e Fiscal das Obras de Aveiro(JAFOA) e criação das circunscrições hidráulicas. O Porto de Aveiropassou a pertencer à 2ª Circunscrição Hidráulica.

1887-1898 - Nomeação de Melo de Mattos, engenheiro hidrográfico,como director das obras da barra.

1891 - Regulamento da Junta de Administração das Obras doMelhoramento da Barra do Douro, de 26 de Abril de 1891 (aprovadopor portaria de 26 de Abril de 1892) que se revelará como modelode administração dos portos.

1893, 3 de Abril - Uma comissão local endereçou ao Governo o pedidode um serviço de dragagens para a Ria, a 3 de Abril, signi-ficativamente, o dia comemorativo da abertura da barra, em 1808.

1897 - Carta da Associação Comercial do Distrito de Aveiro, enviadaao Ministério das Obras Públicas, sobre a necessidade de uma Juntaespecial para superintender as obras.

1897 – Prospecto acerca da “Legitimidade da propriedade particular em terrenos alagados pela ria de Aveiro – representação dirigidaa Sua Majestade, em Fevereiro de 1897, pelos proprietáriosribeirinhos”, assinada por 462 proprietários.

1898-1921/23 – Criação da Junta Administrativa das Obras da Barrae Ria de Aveiro (JAOBRA). Serve-se do Regulamento da Junta deAdministração das Obras do Melhoramento da Barra do Douro, de26 de Abril de 1891 (aprovado por portaria de 26 de Abril de 1892).

1898 - O engenheiro Dinis Theodoro de Oliveira foi nomeado oprimeiro Director das obras sob a administração da Junta Administrativadas Obras da Barra e Ria de Aveiro (JAOBRA).

1904 - Publicação da obra do engenheiro Adolfo Loureiro, quepromoveu os estudos hidro-topográficos, instalando, para isso, 26hidrometros ao longo do Vouga e rias de Aveiro, Ovar, Mira e Ílhavo- Os portos marítimos de Portugal: Porto de Aveiro, v. II, Lisboa,Imprensa Nacional, 1904.

1921/23–1950 – Por decreto de 7 de Dezembro de 1921, foi criadaa Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro (JARBA). O Regulamentofoi aprovado apenas em 18 de Dezembro de 1923.

1923 – O comandante Silvério Ribeiro da Rocha e Cunha, capitãodo porto de Aveiro, reconhecido como construtor da opinião públicade Aveiro, proferiu, uma importante conferência na Ordem dos En-genheiros, em 1923. Texto publicado: O porto de Aveiro, conferênciaem 5 de Maio de 1923, 2ª edição, 1959.

1924 - António Carlos de Aguiar Craveiro Lopes, foi nomeado a 12de Janeiro de 1924, pela Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro,criada em Dezembro de 1921, como primeiro director de obras.1925-1932 – João Henriques Von Hafe, tomou posse a 27 de Junhode 1925 e foi o segundo engenheiro da JARBA

1926 - Decreto nº 12 757, de 2 de Dezembro, designado por "Lei dosPortos", e ainda a criação da I Repartição de Portos, na AdministraçãoGeral dos Serviços Hidráulicos, com responsabilidade de execuçãode obras portuárias.

1926 - Com o decreto nº 12 757, de 2 de Dezembro, designado por"Lei dos Portos", o porto de Aveiro foi classificado como porto de 3ªclasse.

1929 - Decreto nº 16728, de 13 de Abril de 1929, que determina arealização de grandes obras portuárias.

1929 - Pela publicação do Decreto nº 16728, de 13 de Abril, o Portode Aveiro é reclassificado como porto de 2ª classe.

1930-1936 – Início da 1ª fase do plano portuário de Aveiro, em 1930,projecto do engenheiro Von Hafe, com as alterações introduzidas pelaMissão Inglesa. A adjudicação das obras fez-se em 1931. Os trabalhosdo molhe norte e do dique regulador das correntes iniciaram-se emMarço de 1932 e prolongaram-se até 1936.

1944 - Decreto-Lei nº 33 922, de 5 de Setembro de 1944, que aprovoua segunda fase do plano portuário nacional.

1947- 1958 - 2ª fase do Ante-projecto de Prolongamento dos Molhespara Melhoramento da Barra de Aveiro, da autoria do engenheiroCoutinho de Lima, e Plano de Arranjo e Expansão do Porto Bacalhoeirode Aveiro, da autoria do mesmo engenheiro (1947-53).

1949 - Lei nº 2 035, de 30 de Julho de 1949 (Lei da exploraçãoportuária).

1950-1998 – Novo estatuto orgânico das juntas autónomas dos portos,que no caso de Aveiro se passou a denominar Junta Autónoma doPorto de Aveiro (JAPA).

1953 a 1959 - I Plano de Fomento, aprovado pela Lei nº 2058, de29 de Dezembro de 1952.

1956 – Aprovada, por parecer nº 2709, a “Ampliação do esquemageral do porto interior e plano geral das obras do porto de pescacosteira”.

1959 a 1964 - II Plano de Fomento, aprovado pela lei nº 2094, de25 de Novembro de 1958.

1973 - Plano Director de desenvolvimento e valorização do Porto eRia de Aveiro.

1998 - Decreto-Lei nº 339/98, de 3 de Novembro de 1998, queextingue as Juntas Autónomas.

1998 – Criação da APA - Administração do Porto de Aveiro, S.A..

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CATÁLOGO

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“A Barra e os Portos da Ria de Aveiro, 1808 – 1932” pretende ser uma breve mostra do vasto universo documentalexistente no Arquivo da Administração do Porto de Aveiro, no quadro das comemorações dos 200 Anos da Aberturada Barra de Aveiro. Graças aos trabalhos de identificação, descrição e estudo desenvolvidos nos últimos anos emtorno desse acervo, foi possível seleccionar um conjunto de meia centena de peças, entre documentos manuscritose obras impressas, mapas e plantas, fotografias e instrumentos científicos, tendo em vista a sua divulgação juntodo grande público. A diversidade de espécimes procura, por um lado, testemunhar a riqueza do arquivo e, por outro,as diversas facetas da instituição a que pertence, já que, a leitura histórica e geográfica do tema é feita apenas apartir deste único núcleo, e não com o contributo dos muitos outros, onde anda dispersa a memória de Aveiro.

As balizas cronológicas, imprescindíveis perante a vastidão documental, foram definidas pelo momento da aberturada barra de Aveiro, em 1808, que agora se comemora, e o decisivo início da criação de um grande porto marítimoem Aveiro, ligado ao estabelecimento da Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro (JARBA), em 1921-1923.Contudo, estão presentes documentos com datas anteriores e posteriores, para os necessários enquadramentos, mastambém para ilustrarem o papel de conservador da memória da região, que o Arquivo sempre procurou ser, numarelação directa com os grandes empreendimentos de engenharia desenvolvidos e com os trabalhos técnicos com-plementares.

Assim, são quatro os temas e espaços em que se estrutura o percurso explicativo do “planeamento” da construçãodo Porto de Aveiro, no seu contexto flúvio-marítimo, na primeira metade do século XX: a Ria no seu conjunto, oproblema da Barra, a navegabilidade na Ria e o histórico complexo das marinhas de sal. Para cada tema/espaçoforam recolhidos e organizados cronologicamente testemunhos diversos, das múltiplas intervenções levadas a caboem torno da Ria de Aveiro, pela instituição, cuja denominação variou ao longo do tempo, sempre sob a jurisdiçãodo poder central, mas num diálogo permanente com os poderes locais e regionais.

A BARRA E OS PORTOS DA RIA DE AVEIRO,1808 – 1932

Arquivo da Administração do Porto de Aveiro

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A Barra e o Porto de Aveiro só podem ser compreendi-dos no enquadramento geográfico da Ria, que abarca afoz do Vouga e de vários outros cursos de água, os canaispor onde circulam cheias e marés, as ilhas e marinhasde sal, mas também os diversos núcleos de povoamento,as redes viária e ferroviária complementares das fluviale marítima, a agricultura, a indústria, o comércio e osserviços de todo o território dependente da cidade deAveiro, ou com ela relacionado de algum modo.

O conhecimento detalhado desse espaço, tendo emvista a sua reorganização e “melhoramento”, sempre foipreocupação das equipas de engenheiros e técnicos atrabalhar em Aveiro. O Porto visto “pelos de fora”, emparticular, pelo poder central, é um porto marítimo; mas“os de dentro” sabem da sua importância como portofluvial e que, na realidade, ele se reparte pelas dezenasde cais que, no interior da Ria, correspondem, aos pontosem que termina a navegação interior, onde as pessoas eas mercadorias mudam de meio de transporte paracontinuar a viagem, pondo em contacto dois mundos: olitoral e o interior.

IA RIA DE AVEIRO

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02TERMOS DE ENTRADA DE EMBARCAÇÕES

[Termos de entrada de embarcações]. - Aveiro. - 1854-1855. - 200 f. ; 34 cmLivro manuscrito de registo, da Alfândega de Aveiro, dos termos deentrada de embarcações. Na margem, dados quantitativos presentesno texto. - Enc. com pastas revestidas a papel de fantasia comlombada em pele. O documento transcrito corresponde ao fólio 1.

Bib B Pa11 lv 17

01BRANDÃO, João Rodrigues Pinto, fl. 1903 – 1910

Ria de Aveiro: Plano hydrographico do Porto e Barra deAveiro abrangendo os canaes da Barra do Espinheiro;as Calles de S. Jacintho e das Duas Aguas; parte dacalle do Ouro e da Cidade e do Esteiro do Espinheiroe dos Frades; todo o Esteiro de Oudinot e parte da Riade Mira: Projecto de redentes provisorios para defezade parte da Costa de S. Jacintho / O Engenheiro aoserviço da Junta, João Rodrigues Pinto Brandão. - Escala1: 5 000 ; [W 8º 46’ – W 8º 39’ / N 40º 39’ – N 40º 37’].- 1905. - 1 planta : ms., color., tela ;74 x 158 cmCoordenadas determinadas por comparação com a “Carta Militar dePortugal”, folhas n.º 184 e 185. - Contém as seguintes indicações:«levantado em 1905» e «Aveiro, 20 de Novembro de 1905». -Assinaturas: «João Rodrigues Pinto Brandão».

Mapa de rede hidrográfica, 1905 / Ílhavo, Aveiro, 1905.

Pasta 6 – n.º 19

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Transcrição do documento

Nesta mesa grande da Alfândega deAveiro compareceu José InácioCaiado, mestre da Bateira portuguesadenominada Olho Vivo vinda do Portocom dois dias de viagem do lote devinte e nove toneladas com quatropessoas de tripulação e declarou omestre trazer a seu bordo os seguintesgéneros, a saber. Sete baús comdiferentes objectos; um caixão comditos ditos; um cesto com ditos ditos;um baú de lata com ditos ditos; umembrulho de esteiras; uma bacia delata; um caixão com farinha de pão ecarne.E por que de nada mais consta acarga da dita bateira assinou o mestreeste termo sujeitando-se em tudo àsdisposições do regimento e mais leisfiscais.Alfândega de Aveiro oito de Junho demil oitocentos cinquenta e quatro.

(O mestre assinou de cruz)(contém na margem direita dodocumento uma pequena listagemde elementos informativos a partir dodocumento: tipo de embarcação,nome, procedência, dias de viagem,tonelagem, nº de tripulantes epassageiros).

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03SILVA, António Ferreira de Araújo e, fl. 1877 –1886

Barra d’Aveiro. Breve notícia sobre os trabalhos executa-dos no anno civil de 1877. Apresentada à Junta Geraldo Districto / por António Ferreira d'Araújo e Silva. - 1878.- 4 [6] fol. ; 33 cmTrata-se de uma cópia manuscrita que tem apenso “Offício da Direcçãodas Obras à Junta administrativa das mesmas (minutas)”, com aseguinte nota: “Estes offícios acham-se todos registados em livroespecial que está na Secretaria da Junta administrativa das obras dabarra e ria de Aveiro”.

Pasta 15 – doc. n.º 3

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04MATOS, José Maria de Melo de, 1856 – 1915

Relatório acerca dos desastres occorridos nas mottasdo canal do Espinheiro em resultado das cheias doVouga, em Março do anno de 1888. Memória, Medição,Série de preços e Orçamento / José Maria de Mello deMatos ; 2ª Circunscripção Hydráulica, 4ª Secção. -1888.- 14 [8] f. ; 33 cmNo rosto deste manuscrito encontram-se notas a lápis: «Duplicado»;«Ainda não está revisto – Para emendar como o original de Mello deMatos».

Pasta 15 – doc. n.º 8

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05REGISTO DA CORRESPONDÊNCIA DOENGENHEIRO

Registo da correspondência do Engenheiro / Junta dasObras da Barra d’Aveiro. - 1898 - 1910. - Livro 1º, 146f. ; 32 cmNa lombada: «Registo de correspondência 1898 a 1910; 23.» – Termode abertura e encerramento com data de 6 de Julho de 1898, noGoverno Civil de Aveiro; assinado pelo Governador Civil, Albano deMello, e pelo escriturário da Junta das Obras da Barra, Viriato Fernandode Sousa Marques e Silva. - Enc. com pastas revestidas a papel comlombada em pele.

SA A11 982

06PLANTA DO AREAL, ENTRE A TORREIRA E ABARRA DA VAGUEIRA

Planta do areal, entre a Torreira e a Barra da Vagueira:Copia do mappa topographico da Barra d’Aveirolevantado em 1778. - Escala [ca. 1: 37 000], 6. 000 m =[16 cm] ; [W 8º 47' – W 8º 43' / N 40º 40' – N 40º 32']. -[18 - - – 1890]. - 1 carta : ms., aguarelada, papel ; 31 x78 cm em folha de 37 x 84 cmContém ainda escala gráfica «Petipè de 2818 Braças equivalente auma legoa». - Coordenadas determinadas por comparação com a“Carta Militar de Portugal”, folha n.º 184. - Data da cópia anterior a1890, com base na informação do carimbo. - Carimbos: «2ºCircumscripção Hydraulica, 13 de Fevereiro de 1890».

Mapa de costas e fundos marinhos, 18 - - – 1890 / Ílhavo, Aveiro,18 - - – 1890.

Pasta 20 – n.º 1

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07JUNTA ADMINISTRATIVA DAS OBRAS DA BARRA E RIA DE AVEIRO, 1898 – 1923

Projecto da estrada de ligação do Esteiro de S. Roque com a estação do Caminho de ferro: Planta cadastral /Junta Administrativa das Obras da Barra e Ria d’Aveiro. - Escala 1: 1 000 ; [W 8º 40' – W 8º 38' / N 40º 38' –N 40º 37']. - 1899. - 1 planta : ms., color., tela ; 32 x 160 cmCoordenadas determinadas por comparação com a “Carta Militar de Portugal”, folha n.º 185. - Contém a seguinte indicação: «Aveiro 9 deJaneiro de 1899». - Contém inserto um quadro com “Ângulos”.In: Projecto da estrada de ligação do Esteiro de S. Roque com a estação do Caminho de ferro. Peças desenhadas / Junta das Obras da Barrae Ria d’Aveiro. - 1899.

Planta de projecto, 1899 / Aveiro, 1899.

Pasta 16 – n.º 1

08LOPES, António Craveiro, 1865 – 1953

Melhoramentos da Ria de Aveiro: Rectificação da margem da Gafanha / O Engenheiro António Craveiro Lopes. -Escala 1: 2 000 ; [W 8º 44' – 8º 43' / N 40 º 39' – N 40º 37']. -1925. - 1 planta : ms., color., tela ; 29 x 96 cmCoordenadas determinadas por comparação com a “Carta Militar de Portugal”, folha n.º 184. - Data atribuída com base na informação quese encontra junto da assinatura: «17 - Maio - 925». Assinaturas: «António Craveiro Lopes».

Planta de projecto, 1925 / Ílhavo, 1925.

Pasta 20 A – n.º 10

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09LOPES, António Craveiro, 1868-1953

Projecto de melhoramento da Barra e estuário do Vouga. Porto interiorde Aveiro / António Craveiro Lopes; Junta Autónoma da Ria e Barrade Aveiro. - 1925. - 175 f.; 32 cm

Em anexo: quadros estatísticos e mapas

SA C3 270

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À semelhança da maioria das ligações dos riosportugueses ao mar, também a do Vouga, através da Riade Aveiro, não tem sido, ao longo da História, nem simplesnem pacífica. A constituição geológica da área, a evoluçãoclimática, o regime do Vouga, a configuração do litoral,a actuação das correntes e marés sobre a costa, a acçãohumana sobre os ecossistemas, são algumas das principaisrazões explicativas para a existência de uma barra poucofixa, com canais de navegação muito variáveis, em largurae profundidade, podendo mesmo ficar obstruída, comoocorreu nos primeiros anos de Oitocentos.

A abertura, fixação e controlo permanente da barrade Aveiro tem ocupado sobremaneira a Engenhariaportuguesa, hidráulica e civil, mas também, os políticos,os legisladores e os economistas. Os aspectos geográficosda evolução histórica da Barra têm sido cuidadosamenteregistados, analisados e conservados para, retendo opassado e dele tirando conclusões, se planear e preveniro futuro.

IIA BARRA DE AVEIRO

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10PRIMEIRO LIVRO DO REGISTO PARA ASUPERINTENDÊNCIA DA BARRA

[Primeiro Livro do registo para a Superintendência daBarra]. - 1756 - 1813. - 279 f. ; 33 cmLivro manuscrito de registo de correspondência trocada entre o podercentral e os responsáveis pelas obras da Barra de Aveiro; Termo deAbertura: «Livro primeiro que ha de servir para o Registo de todas asobras que se rematavam para esta Superintendência e dela sahirame todo vai numerado e Rubricado e no alto de cada folha tem o meuSobrenome que diz [rúbrica] Aveiro 1 de Junho de 1756». Na lombada:«PRIM LIV DO REGIST PARA A SUPERINT DA BARRA». - Enc. empele, em mau estado

Bib D Pa11 lv 11

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11OUDINOT, Reinaldo, 1747 – 1807

Reinaldo Oudinot. - S.d. ; s.l. - 1 fotografio a carvão :p&b ; 45 x 35 cm

M 169

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12PLANTA DO PROJECTO QUE SE ESTÁEXECUTANDO PARA A NOVA ABERTURA DABARRA DO RIO VOUGA

Planta do projecto que se esta executando para a novaabertura da Barra do Rio Vouga por Ordem de SAR oPrincipe Regente N. Senhor. Extracto do Mappa geralHydrographico da embocadura do Vouga, e da Ria ouLago do mesmo nome / Copiada no Real, e GeralDepozito das Cartas Marítimas, e Militares, em 1802. -Escala [ca. 1: 23 000], 700 braças ou _ de legoa = [6,7cm] ; [W 8º 46' – W 8º 39' / N 40º 43´– N 40º 36’]. -1802. - 1 carta : ms., aguarelada, papel ; 42 x 33 cmem folha de 63 x 53 cmCoordenadas determinadas por comparação com a “Carta Militar dePortugal”, folhas n.º 173, 184 e 185.

Mapa de projecto, 1802 / Ílhavo, Aveiro, 1802.

M 163

28.

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13LOUREIRO, Adolfo, 1836 – 1911

Porto de Aveiro / Adolpho Loureiro. - Lisboa: ImprensaNacional, 1904. - 91p., il.; 25 cm (sep. Os PortosMarítimos de Portugal e Ilhas adjacentes).

Bib Pa21 Lv314

. 29II - A BARRA DE AVEIRO

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14CARVALHO, Luís Gomes de, 1771 – 1826

Copia de uma planta relativa ao projecto da aberturada Barra de Aveiro - 1807: Planta das Obras da Barrade Aveiro / Pelo Sarg.to Mor do R. l Corpo de Eng.osLuiz Gomes de Carvalho. - Escala [ca. 1: 11 000], 200Braças = [3,9 cm] ; [W 8º 46' – W 8º 43' / N 40º 39' –N 40º 37']. - [ca. 1877]. - 1 planta : ms., aguarelada,papel ; 38 x 23 cmCoordenadas determinadas por comparação com a “Carta Militar dePortugal”, folha n.º 184. - Contém a seguinte indicação junto da escalagráfica: «Aveiro 25 de Abril de 1807».In: Livro da despeza e dos trabalhos das obras da Barra de Aveiro.Anno Economico de 1876 a 1877. - 1877. - N.º 2, 4.ª Parte, p. 445,fig. 80.

Planta de projecto, ca. 1877 / Ílhavo, Aveiro, ca. 1877.

Bib D 10 – 41

30.

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II - A BARRA DE AVEIRO . 31

15CONJUNTO DE 4 CARTAS SOBRE A ABERTURADA BARRA DE AVEIRO, EM 1808.

15.1

VERNEY, João Carlos Cardoso, fl. 1801 – 1808

Carta de João Carlos Cardoso Verney a D. Rodrigo deSousa Coutinho, residente na Corte, no Rio de Janeiro,a comunicar a abertura da Barra de Aveiro. - Aveiro 16de Setembro de 1808. – [4] f. ; 34 cmA capa onde se encontra arquivado o documento contém a seguinteinformação: «Aveiro. 1808. De João Carlos Cardoso Verney. LuísGomes de Carvalho (2). (Pertenceram estes documentos ao RealArquivo de El-Rei D. João). Adquiridos ao Exmo Sr. Marquês deLavradio, recentemente falecido». Provavelmente trata-se de D. JoséMaria de Almeida Correia de Sá, 6º Marquês do Lavradio (1874 –1945). O documento foi publicado na revista “Arquivo do Distrito deAveiro”, Aveiro, vol. XIII, 1947, p. 29.

Biblioteca da APA – doc. n.n.

Agora que felizm.te [felizmente] chega a esta Cidade a fausta notíciade se ter levantado sobre as Torres de Lisboa o Estandarte dasVeneráveis Quinas Lusitanas, quebrando-se os ferros da pesadaescravidão em q. [que] temos gemido, seja-me licito no transportedeste geral contentamento dirigir a V. Ex.ª, com os votos do meurespeito, os Parabens de ter-mos já resgatada a Patria, restituído oRegio Trono ao Nosso Augusto, e Legitimo Soberano, Sanctificada aReligião, q. [que] tem sido profanada.

V. Ex.ª tem o primeiro direito aos votos da minha gratidão, e euseria injusto se faltasse a este dever sagrado, ficando em silênciono meio dos vivas q. [que] se dão ao Nosso Augusto Principe, aosLibertadores da Patria, e aos Eroes [heróis] da Nação Portuguesa,q. [que] ainda estando ausentes, como, como V. Ex.ª, são semprelembrados com puros sentimentos Patrioticos.

Com esta agradável noticia tenho igualm.te [igualmente] a honrade participar a V. Ex.ª q. [que] no dia trez de Abril do corr.te [corrente]anno se ultimou a desejada abertura da Barra de Aveiro, com amaior felicidade, ficando com huma embocadura de cento, e vintebraças de largo, e de trinta e cinco palmos de profundidade, capazde toda a navegação; podendo-se dizer com verdade, q. [que] estaBarra ficou a melhor q. [que] temos na Costa do Norte.

Esta Obra, q. [que] tem sido Objecto de todos os meus cuidados,já pela pequena faculd e [faculdade] dos meios pª [para] o seuadiantamtº [adiantamento] já pela oppozição da orgulhoza intriga,q. [que] me quis sacrificar, acha-se felizm.te [felizmente] concluidano essencial, fazendo já neste anno a felicid.e [felicidade] dos Povosdesta Comarca, com o fabrico do Sal, e dobrada porção de lavoira,q. [que] existia paralizada á m.tos [muitos] annos pela estagnaçãodas agoas, q. [que] cauzavão igualmente as molestias epidemicasdesta Cidade, q. [que] já no presente Verão tem dezaparecido.

A Restauração desta Comarca, he [é] verdadeiram.te[verdadeiramente] huma nova conquista, q. [que] se deve ao Paternalcuidado de Sua Alteza Real, competindo taobem a V. Ex.ª humgrande trofeo [troféu] de gloria, por ter sido o primeiro instrumentoq. [que] promoveo a factura desta Obra, e com ella a felicidade dosPovos desta Comarca, e das Províncias circumvizinhas.

O Ceo [Céu] dilate a precioza vida de V. Ex.ª pelos benefícios q.[que] lhe deve a Patria, permitindo a ventura de o tornar-mos a vercom brevidade, assim como ao Nosso Amado Soberano, por q.m [quem] anciozam.te [ansiosamente] suspiramos, tendo em defesados seus Direitos assignalado [assinalado] com o próprio sangueNacional os votos da nossa eterna fidelidade.

Deos Guarde a V. Ex.ª Aveiro 16 de Setembro de 1808Il.mo Ex. mo Snr. D. Rodrigo de Souza Coutinho De V. Ex.ª

O mais respeitozo e agradecido Creado

João Carlos Cardozo Verney

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15.2

CARVALHO, Luís Gomes de, 1771 – 1826

Carta de Luís Gomes de Carvalho a D. Rodrigo de SousaCoutinho, residente na Corte, no Rio de Janeiro, acomunicar a abertura da Barra de Aveiro. – Mafra, 30de Setembro de 1808. – [4] f. ; 34 cmEm anexo, a capa de carta contém a seguinte informação: «Do RealServiço. Ao Illmo e Exmo Snr. D. Rodrigo de Sousa CoutinhoConselheiro d’Estado Grão-Cruz da Ordem de Santi-Ago. Rio deJaneiro. do Sarg.to Mor Director da Obra da Barra de Aveiro LuísGomes de Carvalho». Cópia. A correspondência entre a carta e asobrecapa foi atribuída com base na marca de água: «BbK&ALW».A capa onde se encontra arquivado o documento contém a seguinteinformação: «Aveiro. 1808. De João Carlos Cardoso Verney. LuísGomes de Carvalho (2). (Pertenceram estes documentos ao RealArquivo de El-Rei D. João). Adquiridos ao Exmo Sr. Marquês deLavradio, recentemente falecido». Provavelmente trata-se de D. JoséMaria de Almeida Correia de Sá, 6º Marquês do Lavradio (1874 –1945). O documento foi publicado na revista “Arquivo do Distrito deAveiro”, Aveiro, vol. XIII, 1947, p. 30.

Biblioteca da APA – doc. n.n.

32.

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. 33II - A BARRA DE AVEIRO

(Cópia)

Senhor

Tenho a honra de partecipar a V.A.R. [Vossa Alteza Real] o felizexito da Comissão da Abertura da Barra de Aveiro, que V.A.R. foiservido confiar-me, honrando-me tanto nesta escolha, q.to [quanto]a questão era difficil, e ate na opinião geral impossível.

O dia tres d’ Abril deste presente anno [ano] foi o venturoso diad’Abertura da Nova Barra de Aveiro; elle foi, por certo modo, humsegundo dia de creação [criação] em que se operou, como por humprodigio huã [uma] conveniente e necessaria separação das agoase dos terrenos que estavão [estavam] na mais fatal confusão: esteGrande Beneficio, que V.A.R. preparava a estes Povos desde muitotempo, fez despertar, como eu fui testemunha, a saudade constanteque os Povos mais interessados nesta Obra consagravão[consagravam] ao Seu Ligitimo [legítimo] Ausente Soberano quandogemia debaixo da escravidão e tyrania, de que o Ceo [céu], auxiliandoos nossos proprios esforsos, e os dos nossos Amigos, acaba deresgatar-nos.

A nova Barra de Aveiro he [é] a melhor de Portugal depois da deLisboa; ella fará duplicar o valor de toda a Provincia da Beira, e como tempo a sua população: Por effeito della ja estão enchutos [enxutos]e restituídos à lavoura campos que estavão submergidos, e outrosque hião [iam] perder-se para sempre, que podem produzirannualmente dous milhoens de alqueires de milho e feijão: As vastasMarinhas d’Aveiro, que estavão [estavam] condenadas a hua [uma]perpetua submersão, são hoje das mais ricas do Reino. Este paisonde ha pouco a febre e morte fazião [faziam] o seu assento he hojesaudável, e nelle se respira hum ar puro, e sadio: Estes Povosdesgraçados que noutro tempo tocavão de compaixão o Paternalcoração de V.A.R. [Vossa Alteza Real] quando mandou em socorrodelles intentar a grande Obra da sua regeneração são hoje vassalos

venturozos, e bem depreça serão opolentos [opulentos]: Em fimSenhor, este vasto pais que os elementos tinhão ja usurpado à Coroa

de V.A.R. [Vossa Alteza Real] fica por esta feliz operacão reconquistadopara sempre.

Mas a Grande Obra que abriu a Barra e que he a mesma que devesegurar e perpetuar os seus grandes resultados, precisa ainda poralgum tempo a Particular Protecção de V.A.R. [Vossa Alteza Real]assim como todos os meus cuidados para a consolidar e ultimarcomo convem a fim de segurar as futuras geraçoens os resultadosja obtidos, e no maior grão [grau]. Não tendo interrompido os meustrabalhos e cuidados relativos a esta obra forão pellas ocupacoens,e obrigacoens [ocupações, e obrigações] do honroso Posto que mefoi confiado no Exercito que marchou a restaurar a Capital, e oGoverno, hoje felizmente Restaurado, conservei contudo quanto pudecom a mesma Obra correspondência, para a derigir [dirigir] quantoera possivel de longe:. Agora que pellas ordens de V.A.R. [VossaAlteza Real] os Militares que compunhão [compunham] este Exercitomarchão [marcham] a seus antigos destinos, conto voltar bemdepreca [depressa] ao meu posto e comissão, o que farei com tantomais gosto quanto eu estou persoadido [persuadido] de que he alionde eu talvez por ora, possa fazer a V.A.R. [Vossa Alteza Real] omaior serviço.

Mafra 30 de Setembro de 1808 = Luís Gomes de Carvalho[Sobrescrito]

Do Real ServiçoAo Ill.mo Ex.mo Senhor D. RodrigoDe Sousa Coutinho Coselheiro d’EstadoGrão-Cruz da Ordem de Santiago

Rio de JaneiroDo Sargto. Mor Director da Obra da Barra

De Aveiro Luís Gomes de Carvalho

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15.3

CARVALHO, Luís Gomes de, 1771 – 1826

Carta de Luís Gomes de Carvalho a D. Rodrigo de SousaCoutinho, residente na Corte, no Rio de Janeiro, acomunicar a abertura da Barra de Aveiro. – Q.el Generalde Sete Rios em14 de Outubro de 1808. – [4] f. ; 34 cmEm anexo, a capa de carta contém a seguinte informação: «Do RealServiço. Ao Illmo e Exmo Snr. D. Rodrigo de Sousa Coutinho Grão-Cruz da Ordem de Santiago. Conselheiro d’Estado, Ministro e Secretáriode Estado. Rio de Janeiro. Do Tenente Coronel Director da Obra daBarra de Aveiro Luís Gomes de Carvalho». A correspondência entrea carta e a sobrecapa foi atribuída com base na assinatura de LuísGomes de Carvalho. A capa onde se encontra arquivado o documentocontém a seguinte informação: «Aveiro. 1808. De João Carlos CardosoVerney. Luís Gomes de Carvalho (2). (Pertenceram estes documentosao Real Arquivo de El-Rei D. João). Adquiridos ao Exmo Sr. Marquêsde Lavradio, recentemente falecido». Provavelmente trata-se de D.José Maria de Almeida Correia de Sá, 6º Marquês do Lavradio (1874– 1945). O documento foi publicado na revista “Arquivo do Distrito de

Aveiro”, Aveiro, vol. XIII, 1947, p. 30-31.

Biblioteca da APA – doc. n.n.

34.

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. 35II - A BARRA DE AVEIRO

Ill.mo e Ex.mo Snr.D. Rodrigo de Sousa Coutinho

Tenho a honra de enviar a V.Ex ça [V. Exa.] a cópia do ofício que acabode derigir à Regencia, pello feliz acontecimento d’abertura da Barrad’Aveiro, empresa immortal que eternizará a Feliz Regencia d S.A.R.,e o Sabio Ministério de V. Ex. ça que tudo venceo para a emprehender.Não he este o dia proprio para eu relatar a V. Ex. ça a fatal intriga queme quis perder, e perdia a grande obra destinada a salvar hum grande

pais; foi preciso resistir a tudo ate às Ordens positivas, que não cumpri,dos últimos tempos compromettendo a minha pessoa para salvar osintereces de S.A.R. e de seus Povos.

Foi debaixo de escravidão do Usurpador que esta grande operaçãose ultimou, e eu recebi em premio huã [uma] diminuição consideravelno meu poóprio soldo, mas he debaixo do Governo Paternal de S.A.R.

Restaurado, que eu tenho a fortuna de o participar a V. Ex. ça.Algum tempo tenho estado ausente da obra por quanto tive a honra

de ser chamado para commandar os Engenheiros do Exercito dasoperações, onde exerci também emprego de Quartel Mestre General,depois de ter fortificado Aveiro, e armado o Povo, que fez prodígiosde fidelidade e de gratidão ao muito que devia a S.A.R.

He com o maior respeito, e a maior confiansa que eu espero queV. Ex. ça solicitará junto do Throno hua recompensa digna de humserviço tão asignalado, e de Hum Príncipe Generoso, Justo e Liberal,e que V. Ex. ça tantas vezes me prometteo em Seu Real Nome. Masao mesmo tempo não querendo agravar a Coroa de S.A.R. em occasiãoem que as despesas do Estado são extraordinarias, eu rogo a V. Ex.ça de por na Presensa de S.A.R. que o meu desejo he que de queS.A.R. me fassa huã graça toda honorifica sem mistura algua deintereces pecuniarios, porque alem dos motivos assima esta empresade tanta gloria não deve ter outro premio que não seja das honras.Sou com o maior respeito

De V. Ex. ça

P.S.

Repeti a copia da conta sobre aobra da Barra, a fim de segurarmelhor a sua entrega (…)chegada a mão de V. Ex. ça dehuã not. de tanto gosto para V.Ex. ça Súbdito obediente e respeituosoQuartel General de Sete Riosem 14 de Outubro de 1808

Luís Gomes de Carvalho

SobrescritoDo Real Serviço

Ao Ill.mo e Ex.mo Snr.D. Rodrigo de SousaCoutinho Grão-Cruz da Ordem de SantiagoConselheiro d’Estado, Ministro e Secre-Tario de Estado

Rio de Janeiro

Do Tenente Coronel Director da Obra da Barra

De Aveiro Luís Gomes de Carvalho

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15.4

CARVALHO, Luís Gomes de, 1771 – 1826

Carta de Luís Gomes de Carvalho a D. Rodrigo de SousaCoutinho, residente na Corte, no Rio de Janeiro, acomunicar a abertura da Barra de Aveiro. – Aveiro em10 de Dezembro de 1808. – [4] f. ; 34 cmA capa onde se encontra arquivado o documento contém a seguinteinformação: «Aveiro. 1808. De João Carlos Cardoso Verney. LuísGomes de Carvalho (2). (Pertenceram estes documentos ao RealArquivo de El-Rei D. João). Adquiridos ao Exmo Sr. Marquês deLavradio, recentemente falecido». Provavelmente trata-se de D. JoséMaria de Almeida Correia de Sá, 6º Marquês do Lavradio (1874 –1945). O documento foi publicado na revista “Arquivo do Distrito deAveiro”, Aveiro, vol. XIII, 1947, p. 31-32.

36.

Ill.mo e Ex.mo Snr.

Tenho a honra e a satisfação de annunciar a V. E. ça [V. Exa.] obrilhante sucesso dos trabalhos feitos nesta obra, particularmentenos últimos tempos; os quais obrigarão o Rio e o Mar a estabelecerseu leito, e a correr paralellamente das 160 para 200 braças deextensão de Dique mas esposta (?) do Lado do Mar, em distanciade 15 a 20 braças do mesmo Dique largura de huã mt [muito]agradavel praia que já oguarnece [o guarnece] em toda essaextensão, o consolida e o defende; Com esta boa disposiçãoobriguei o primeiro e maior inimigo da obra, isto he o mar, a sero primrº [primeiro] agente da sua eterna segurança; igualmentepude remediar os males que a minha ausensia [ausência] durantea Campanha da Feliz Restauração comessava a produzir na Obra,e tudo promette os melhores e mais firmes resultados relativamentea solidez do Dique que abrio felizmente (?) a Barra de Avº [Aveiro]no dia 3 de Abril deste anno, como já tive a honra de o annunciara V. E. ça em 3 officios p. q. [para que] esta notícia tão importantenão deixasse de hir a not.ª [notícia] de S.A.R. [Sua Alteza Real]por via de V. E. ça [V. Exa.] a que tudo se deve depois d’Elle. Eestimo o beneficio que o mar tem feito (pelo acerto das manobrasque fiz ultimas nestes últimos meses em mais de 60$000 cruzados.Esta not.ª [notícia] não o quer demorar a V. E. ça apesar dasoccupaçoens em q [que] ando há mtos. [muitos] dias doReconhecimento Militar do País situado entre Douro e Mondego.Igualmente dou a V. E. ça a not.ª [notícia] de q. [que] em Aveirojá não ha doenças nem já os boticarios vendem quina. A Barravem [?] sempre muito boa, há Sal, e há pão. de V. L. çaSou com o maior respeito e gratidão

De V.E. ça

Illmo ExmoSnr. D. Rodrigo de Sousa CoutinhoAveiro em 10 de Dezembro de 1808

Subdito obediente e respeituosoLuís Gomes de Carvalho

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. 37II - A BARRA DE AVEIRO

16PROJECTO DE DEFESA DA BARRA

Projecto de Defeza da Barra 1858. - Escala [ca. 1:5 800], 300 Braças = [11,5 cm] ; [W 8º 46' – W 8º 43' /N 40 º 39' – N 40º 37']. - [1858 – 1889]. - 1 planta : ms.,color., papel vegetal ; 31 x 39 cm em folha de 34 x 42cmCoordenadas determinadas por comparação com a “Carta Militar dePortugal”, folha n.º 184. - Data da cópia anterior a 1889, com basena informação do carimbo. - Carimbos: «Ministerio da Obras Publicas– Reparticão Technica», «2ª Circuncripção Hydraulica, 4 de Dezembrode 1889».

Planta de projecto, 1858 – 1889 / Ílhavo, Aveiro, 1858 – 1889.

Pasta 1 – n.º 4

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17ESTADO DA BARRA EM DIVERSAS ÉPOCAS

Estado da barra em diversas epochas. - Escala 1: 5 000; [W 8º 46' – W 8º 44' / N 40º 38' – N 40º 37']. - [ca.1868]. - 1 planta : ms., aguarelada, papel ; 47 x 60 cmem folha de 53 x 65 cmContém ainda escala gráfica de «600 m»; Coordenadas determinadaspor comparação com a “Carta Militar de Portugal”, folha n.º 184. -Data atribuída com base na última representação da barra inserta nodocumento. Contém 8 figurações do estado da barra de Aveirocorrespondentes às seguintes datas: «Novembro – 1862», «Fevereiro– 1863», «Setembro – 1862», «Abril – 1865», «Agosto – 1865», «Outubro– 1865», «Novembro – 1866» e «Julho – 1868».

Mapa de costas e fundos marinhos, ca. 1868 / Ílhavo, Aveiro, ca.1868.

Pasta 1 – n.º 9

38.

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18SILVA, Silvério Augusto Pereira da, 1827 – 1910

Silvério Augusto Pereira da Silva. - S.d.; s.l. - 1 fotografia: p&b ; 46 x 35 cm

M 170

. 39II - A BARRA DE AVEIRO

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40.

19PLANTA DA RIA AO SUL DO DIQUE DAGAFANHA

Planta da ria ao sul do dique da Gafanha. - Escala 1: 2 500 ; [W 8º 45' – W 8º 43' / N 40º 38' – N 40º 37']. -1889. - 1 planta : ms., aguarelada, papel ; 57 x 73 cmContém ainda escala gráfica de «400 metros» ; Coordenadasdeterminadas por comparação com a “Carta Militar de Portugal”,folha n.º 184. - Contém a seguinte informação junto do título: «Levantadaem 29 d'Agosto, 2 e 4 de Setembro de 1889».

Mapa de costas e fundos marinhos, 1889 / Ílhavo, Aveiro, 1889.

Pasta 13 – n.º 5

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20MATOS, José Maria de Melo de, 1856 – 1915

Projecto de um posto para soccorros a naufragos juntoà Barra de Aveiro / José Maria de Mello de Matos ;Comissão local de soccorros a naufragos em Aveiro. -1895. - 26 f. ; 32 cmA «Memória descriptiva e justificativa» inclui quadros estatíticos. Emanexo, planta e alçados do posto para socorros a naúfragos.

Pasta 25 – doc. n.º 2

. 41II - A BARRA DE AVEIRO

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42.

21BRANDÃO, João Rodrigues Pinto, fl. 1903 – 1905

Questionário. Canal do Espinheiro / J. RodriguesP. Brandão ; Direcção das Obras da Barra e Ria d’Aveiro.- 1903. - [16 p. n.n.] ; 33 cmRelatório manuscrito com quadros estatísticos.

Pasta 15 - doc. n.º 11

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. 43II - A BARRA DE AVEIRO

22HERZ, J.H., 1880 – 19 - -

Costa Oeste de Portugal: Plano hidrografico da Barrae Fóz da Ria de Aveiro / Levantado pelo 1º tenente J.H. Herz em serviço da Missão Hidrografica da Costa dePortugal ; A. Lacerda gravou. - Escala 1: 10 000 ; [W 8º46' – W 8º 43' / N 40º 39' – N 40º 37']. - [Lisboa : s.n.,post. 1914]. - 1 carta : grav., color., papel ; 48 x 47 cmem folha de 58 x 56 cmContém ainda escalas gráficas de «500 metros» e de «1/2 milha» ;Coordenadas determinadas por comparação com a “Carta Militar dePortugal”, folha n.º 184. - Contém anotações manuscritas. - Contéma seguinte informação junto da responsabilidade: «em Novembro de1914». - Carimbos: «Majoria General da Armada. 3ª Repartição (2.ªsecção)» ; «Aeronautica Naval: Centro D' Aviação de Aveiro».

Mapa de costas e fundos marinhos, post. 1914 / Ílhavo, Aveiro, post.1914.

Pasta 2 – n.º 27

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44.

23VON HAFE, João Henrique Adolfo, 1855 – 1930

João Henrique Adolfo von Hafe. - S.d.; Porto: Universas- 1 fotografia, p&b ; 46 x 35 cm

M 171

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. 45II - A BARRA DE AVEIRO

24VON HAFE, João Henrique Adolfo, 1855 – 1930

Projecto de melhoramento da Barra de Aveiro. Memória/ João H. von Hafe ; Junta Autónoma da Ria e Barra deAveiro. - 1927. - 26 p., dact.; 33 cmTrata-se de uma cópia dactilografada, com a assinatura do autor.

SA C3 – 270

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25LOPES, António Craveiro, 1868 – 1953

Melhoramento do porto e barra de Aveiro. Memoriadescriptiva e justificativa / António Craveiro Lopes ; JuntaAutónoma da Ria e Barra de Aveiro. - 1925. - 175 f. ; 32cmNa capa: «Projecto de melhoramentos da Barra e estuario do Vouga.Porto interior de Aveiro». Anexos a este manuscrito existem: dezquadros estatísticos, cinco mapas, doze gráficos e dois desenhos.

SA C3 – 270

46.

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26JUNTA AUTÓNOMA DA RIA E BARRA DEAVEIRO, 1921 – 1950

Actas das sessões da Comissão Executiva / JuntaAutónoma da Ria e Barra de Aveiro. - 1923 - 1926.- Livro 1º, 198 f. ; 32 cmNa lombada: «Junta Autónoma. Actas da Comissão Executiva.L.º 1º». - Enc. com pastas revestidas a tecido com lombadaem pele.O documento apresentado, com data de 18 de Janeiro de1923, corresponde à primeira acta da Comissão Executiva daJ.A.R.B.A.

JARBA CE 1

47.II - A BARRA DE AVEIRO

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27MISSÃO HIDROGRÁFICA DA COSTA DEPORTUGAL, 1912 – 1936

Relatório da Brigada do Levantamento Hidrográficofeito em 1934 – 1935 / Missão Hidrográfica da Costade Portugal. - 1935. - 36 [4] f., dact. ; 33 cmNa capa: «Levantamento Hidrográfico da Barra e Foz da Ria de Aveiroem 1934 – 1935. I – Relatório. II – Peças desenhadas». Em anexo:quatro quadros estatísticos; seis mapas e dois perfis.

SA C3 – 270

48.

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28TEODOLITO

Teodolito. - Paris : Société des Lunetiers Unis,19--. - 1 teodolito : metal ; 38 x 28 x 20 cm

M 2

. 49II - A BARRA DE AVEIRO

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29SEXTANTE HUSUN, N.º 56231

Sextante Husun, N.º 56231. - Londres : Henry Hughes& Son Ltd, 1949. - 1 sextante : metal ; 13 x 31 x 24 cm

M 9

50.

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30LIMA, João Ribeiro Coutinho de, 1903 – 1978

João Ribeiro Coutinho de Lima. - S.d. ; s.l. ;1 fotografia : p&b ; 43 x 38 cmFotografia do «Inspector Superior de Obras Públicas Eng.º JoãoRibeiro Coutinho de Lima. Oferta do filho Dr. Manuel Ribeiro de Limaao Núcleo Museológico da APA».

M 172

. 51II - A BARRA DE AVEIRO

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31ANDRADE, Luís de Noronha, et al., fl. 1934

Barra e Foz da Ria de Aveiro / Luiz de Noronha Andrade,et al. ; Missão Hidrográfica da Costa de Portugal ; Centrode Aviação Naval de Aveiro ; Instituto Geográfico eCadastral. - Escala 1: 10 000. - 1934. - Fotografia : p&b; 50 x 29 cm, em moldura de 80 x 60 cmA base da fotografia contém a seguinte informação: «Oficiais queexecutaram. Primeiro tenente engenheiro hidrógrafo Luiz de NoronhaAndrade, Primeiro tenente engenheiro hidrógrafo Manuel Pires deMatos. Oficiais que colaboraram. Primeiro tenente piloto aviador CarlosCardoso de Oliveira, Primeiro tenente piloto aviador António da CostaGomes, Segundo tenente piloto aviador Joaquim Trindade dos Santos».

M 200

52.

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A ligação do mar e da barra com a cidade é feita pelosesteiros e canais. A própria estrutura urbana crescecondicionada pelos molhes e pelos cais. As plantas eprojectos, em croquis ou “borrões”, em cópias ou versõesmais definitivas, do Esteiro dos Mercantéis ou dos Canaisdo Espinheiro, Central da Cidade ou Silvério, relembramcaminhos fluviais mais antigos e tradicionais ou maisrecentes e artificiais, fruto de notáveis obras de engenharia.A memória dos processos e de cada uma das tarefasconserva-se através dos documentos escritos ou dosmapas mas, também, com os instrumentos científicos etécnicos, e já com o recurso à fotografia a preto e branco.

Entre o final da Primeira República e a instalação doEstado Novo, os anos de 1920-1930 são decisivos paraa construção do grande Porto de Aveiro. As imagens dostrabalhos da construção das infra-estruturas e os títulospublicados, entre memórias, monografias e discursospropagandísticos em torno do empreendimento, provamo empenhamento dos poderes, a diferentes escalas, narealização da obra.

IIIA NAVEGABILIDADE

DA RIA DE AVEIRO

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32DIRECÇÃO DAS OBRAS PÚBLICAS DE AVEIRO,1857 – 1886

Porto D' Aveiro / Direcção das Obras Publicas d'Aveiro; João da Maya Romão, conductor Desenhou. - Escala1. 50 000 ; [W 8º 46' – W 8º 28' / N 40 º 44' – N 40º 37'].- 1858. - 1 carta : ms., p&b, papel ; 23 x 33 cm em folhade 38 x 42 cm

Contém escala gráfica de 5000 [metros] ; Coordenadasdeterminadas por comparação com a “Carta Militar dePortugal”, folhas n.º 173, 184 e 184. - Contém a seguinteinformação junto da responsabilidade: «3 de Dezembro de1858». - Assinaturas: «Silvério A. P. da Silva Enghº Dir.º». -Carimbos: «2ª Circuncripção Hydraulica, 4 de Dezembro de1889».

Mapa de rede hidrografica, 1858 / Ílhavo, Aveiro, 1858.

Pasta 1 – n.º 5

54.

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. 55III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

33PEREIRA, Isidoro Paulo, fl. 1777 – 1783

Por ordem de Sua Majestade. Mapa Topografico daBarra da Cidade de Aveiro, que presentemente existe,e da Costa para o Norte até o sitio da Torreira, que distada dita Barra quatro legoas e meia, Rios salgados, edoces até assima da Ponte de Vouga: com varias notasrespectivas aos mesmos Rios, as sondas das maioresCais nos Rios salgados, e com Projecto para a novaBarra, e Rio Vouga, cujas explicações se verão no suple-mento anexo / Feito debaixo das ordens do Ten. teCor.el Guilherme Elsden por Isidoro Paulo Pereira Cap.ºEngr.º, e Manoel de Souza Ramos Ajud.te Engr.º ; Cop.por Cortez Conductor de 1.ª Classe. - Escala [ca. 1: 40000], 2818 Braças = [16 cm] ; [W 8º 46´ – W 8º 33´ /N 40º 45´– N 40º 34´]. - 1870. - 1 carta : ms., color.,tela ; 77 x 83 cmContém ainda escala gráfica de «Petipè de 2818 Braças equivalentea uma legoa» ; Coordenadas determinadas por comparação com a“Carta Militar de Portugal”, folhas n.º 173, 184 e 185. - Contém aseguinte informação sobre a data do mapa original: «Em Novembrode 1778». - Data atribuída com base na informação que se encontrajunto do visto. - Encontram-se insertas as seguintes plantas e perfis:“N.º 1 Mudança que fez a Barra desde 28 de Novembro de 1777 até10 de Fevereiro de 1778” ; “N.º2 Planta, e Perfil de uma Tenalha, aque chamam o Forte Novo, situado quasi defronte de N. S.ª dasArêas, desenhado em ponto maior p.a melhor se comprehender” ;“N.º3 Córte e Niveis do Rio para a Costa, em ponto oito vezes maiorque o do mapa” ; “N.º 4 Modo com que as agoas fazem p.a o Rioa sua enxente, e vasante”, na escala [ca. 1: 1 000], 500 Palmos =[11,5 cm] ; “N.º 5 Observações a respeito do Rio Vouga” ; “N.º 6Configurações dos sítios mais notaveis que embaraçam a navegaçãodo Rio Vouga, os quaes vão notados com seos proprios nomes tiradasem 14 de Julho de 1778”. - Visto: «Está conforme, Direcção Geral dosTrabalhos Geodesicos, 30 de Setembro de 1870, Caetano MariaBatalha chefe desta secção».

Mapa de rede hidrográfica, 1870 / Ílhavo, Aveiro, 1870.

Pasta 2 – n.º 28

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34REGO, Fernando Rodrigo do, fl. 1879 – 1883

[Canal Silvério] / levantado por Fernando Rodrigo doRego Cap.ão do Ex.to. - Escala 1: 2 500 ; [W 8º 44´ –W 8º 43´/ N 40º 38´ – N 40º 37´]. - 1883. - 1 planta :ms., aguarelada, papel ; 56 x 72 cm. -( Ria de Aveiro ;f. 25)Coordenadas determinadas por comparação com a “Carta Militar dePortugal”, folha n.º 184. Contém ainda a seguinte informação: «Osvalores das meridianas e perpendiculares são referidos ao Observatóriodo Castelo de Lisboa». - Data atribuída com base na informação quese encontra junto da responsabilidade: «Junho de 1883». - Assinaturas:«Fernando Rodrigo do Rego Cap.ão do Ex.to».

Planta de projecto, 1883 / Ílhavo, Aveiro, 1883.

N. n.

56.

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. 57III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

35PLANO DA PARTE DA RIA DE AVEIROCOMPREENDIDO ENTRE A BARRA E A CIDADE

Plano da parte da Ria d'Aveiro comprehendido entre abarra e a cidade. - Escala 1: 20 000 ; [W 8º 46' – W 8º39' / N 40 º 40' – N 40º 36']. - [18 - - – 1890]. - 1 carta: ms., color., tela ; 28 x 44 cm em folha de 32 x 53 cmContém ainda escala gráfica de «2000 [metros]» ; Coordenadasdeterminadas por comparação com a “Carta Militar de Portugal”,folhas n.º 173, 184 e 185. - Data atribuída com base na informaçãodo carimbo. - Carimbos: «2ª Circuncripção Hydraulica 13 de Fevereirode 1890».

Mapa de rede hidrográfica, 18 - - – 1890 / Ílhavo, Aveiro, 18 - - – 1890.

Pasta 13 – n.º 6

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58.

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36BRANDÃO, João Rodrigues Pinto, fl. 1903 – 1910

Projecto de ampliação e demarcação da margem direitado Esteiro dos Mercanteis, no Caes dos Botirões, e departe da margem esquerda do Canal de S. Roque, naantiga Praia da Cruz, na Cidade de Aveiro: Plantaparcellar / João Rodrigues Pinto Brandão ; Junta Adminis-tractiva das Obras da Barra e Ria de Aveiro. - Escala[ca.1: 500] ; [W 8º 40' – W 8º 38' / N 40º 39' – N 40º 37'].- 1906. - 1 planta : ms., color., tela ; 58 x 120 cmEscala calculada por comparação com o mapa sob a cota: Pasta 16- n.º 21 ; Coordenadas determinadas por comparação com a “CartaMilitar de Portugal”, folha n.º 185. - Contém a seguinte informaçãojunto da responsabilidade: «Aveiro, 27 de setembro de 1906». -Assinaturas: «João Rodrigues Pinto Brandão».

In: Projecto de ampliação e demarcação da margem direita do Esteirodos Mercanteis, no Caes dos Botirões, e parte da margem esquerdado canal de S. Roque, na antiga Praia da Cruz, na Cidade de Aveiro:Peças escriptas e desenhadas / João Rodrigues Pinto Brandão. -1906. - Mapa anexo.

Planta de projecto, 1906 / Aveiro, 1906.

Pasta 16 – n.º 17

. 59III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

37JUNTA ADMINISTRATIVA DAS OBRAS DABARRA E RIA DE AVEIRO, 1898 – 1921

Relatorio sobre a continuação das obras do Canal doEspinheiro e ante projecto para melhorar a direcção dasaguas da ria de Ovar e de Mira ao entrarem no Canalda Barra / Junta Administrativa das Obras da Barra eRia de Aveiro. - [ca. 1912]. - 35 [5] p. ; 32 cmO manuscrito inclui, em anexo, quadros estatísticos: dos naviosentrados e saídos pela Barra de Aveiro de 1883 a 1911, dos valoresimportados e exportados pela Barra de Aveiro de 1883 a 1911, dosrendimentos cobrados pela delegação aduaneira de Aveiro de 1883a 1911 e das observações hidráulicas das escalas da Barra e Ponteda Dobadoura, 1906 – 1912.

Pasta 15 – doc n.º 10

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38LIMA, Domingos Alexandre Mateus de, fl 1939

Projecto de dragagem do Canal Central da cidade deAveiro entre as Pirâmides e a doca do Côjo / AlexandreDomingos Matheus de Lima ; Junta Autónoma da Riae Barra de Aveiro. - 1939. - 19 fol., dac ; 33 cmComposto por Memória Descritiva e Justificativa, Mapa de volumes,Mapa de medições, Preços simples, Séries de preços e Orçamento.A Memória Descritiva contém duas fotografias datadas de Abril de1939, com os títulos: «Canal das Pirâmides 1 hora antes do baixamar»e «Canal das Pirâmides 1 hora depois do baixamar». Em anexo: umaplanta geral e dois perfis.

SA C1 – 26

60.

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. 61III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

39ESCAFANDRO, Nº A 2236

Escafandro, nº A 2236. - Londres : Heinke & Co.Submarine Engineers, 1871 – 1922. - 1 escafandro :metal, tela, borracha, couro e vidro ; 195 x 75 x 45 cm

M 16

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40ESTACA DE MADEIRA

Estaca das fundações da antiga ponte de madeira queligava o Forte da Barra à Barra, retirada por ocasião dadragagem do canal de acesso ao novo Sector de PescaCosteira. - 19--. - 1 estaca : madeira e ferro ; 87 x 17x18 cmM 28

62.

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. 63III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

41CONJUNTO DE FOTOGRAFIAS (P&B) SOBREOS TRABALHOS DA JUNTA AUTÓNOMA DABARRA DE AVEIRO NA RIA, CANAIS E BARRADE AVEIRO, EM 1933 – 1934

Page 66: “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro – 1808-1932 – Arquivo da Administração do Porto de Aveiro” - CATÁLOGO

64.

41.0

FOTOGRAFIA AÉREA DA RIA DE AVEIRO

Fotografia aérea da Ria de Aveiro. - 1934

N. n.

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. 65III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

41.1

PORMENOR DE ESTALEIRO DE FACHINAGEM

Pormenor de estaleiro de fachinagem. - 1933

M 234

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41.2

ESCAVADORA

Escavadora. - 1933

M 237

66.

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41.3

TAPETE DE FACHINAGEM

Tapete de fachinagem. - 1933

M 235

. 67III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

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41.4

MOLHE NORTE

Molhe Norte. - 1933

N. n.

68.

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41.5

MOLHE NORTE, ESTALEIRO DA OBRA

Molhe Norte, estaleiro da obra. – 1933

M 209

. 69III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

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41.6

PRISMA DE ENROCAMENTOS

Prisma de enrocamentos. - 1933

M 211

70.

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41.7

CANAL PARA BARCOS

Canal para barcos. - 1934

N. n

. 71III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

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41.8

MOLHE NORTE, ESTALEIRO DE SECAGEM DEBLOCOS

Molhe Norte, estaleiro de secagem de blocos. - 1934

M 239

72.

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41.9

MOLHE NORTE, PORMENOR DA ZONA DESECAGEM DE BLOCOS

Molhe Norte, pormenor da zona de secagem de blocos.- 1934

M 238

. 73III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

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41.10

MOLHE NORTE, SUPER ESTRUTURA

Molhe Norte, super estrutura. - 1934

M 224

74.

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41.11

MOLHE NORTE, CONSTRUÇÃO DA TESTA DOMOLHE

Molhe Norte, construção da testa do molhe. - 1934

N. n.

. 75III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

Page 78: “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro – 1808-1932 – Arquivo da Administração do Porto de Aveiro” - CATÁLOGO

76.

41.12

MOLHE NORTE, VISTA GERAL

Molhe Norte, vista geral. - 1934

N. n.

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41.13

DIQUE DE CONCENTRAÇÃO DE CORRENTES

Dique de concentração de correntes. - 1933

M 210

. 77III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

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41.14

DIQUE MARGINAL, GRUA A VAPOR

Dique marginal, grua a vapor. - 1934

M 250

78.

Page 81: “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro – 1808-1932 – Arquivo da Administração do Porto de Aveiro” - CATÁLOGO

41.15

ENROCAMENTO NO DIQUE DECONCENTRAÇÃO DE CORRENTES

Enrocamento no dique de concentração de correntes.- 1934

M 223

. 79III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

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41.16

CANAL DE NAVEGAÇÃO...

Canal de navegação e remoção de dragados para ointerior dos diques de concentração de correntes. - 1934

M 218

80.

Page 83: “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro – 1808-1932 – Arquivo da Administração do Porto de Aveiro” - CATÁLOGO

. 81III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

41.17

MURO DE RETENÇÃO MARGINAL

Muro de retenção marginal. Canal para barcos. - 1934

M 225

Page 84: “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro – 1808-1932 – Arquivo da Administração do Porto de Aveiro” - CATÁLOGO

41.18

DIQUE MARGINAL

Dique marginal. Grua a colocar blocos de granito emmercantéis. - 1934

M 251

82.

Page 85: “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro – 1808-1932 – Arquivo da Administração do Porto de Aveiro” - CATÁLOGO

41.19

DRAGA "MOWE"

Draga "Mowe". - S.d.

M 242

. 83III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

Page 86: “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro – 1808-1932 – Arquivo da Administração do Porto de Aveiro” - CATÁLOGO

41.20

DIQUE DE CONCENTRAÇÃO DE CORRENTES,VISTA GERAL

Dique de concentração de correntes, vista geral. – 1935

N. n.

84.

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. 85III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

42JUNTA ADMINISTRATIVA DAS OBRAS DABARRA E RIA DE AVEIRO, 1898 – 1921

Decreto de 8 de Junho de 1898 e Regulamento a quese refere o artigo 7º do mesmo decreto / JuntaAdministrativa das Obras da Barra e Ria d’Aveiro. -Aveiro : Ministério do Fomento, 1911. - 23 p. ; 21 cm

Bib B Pa 27 lv. 320

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86.

43CUNHA, Silvério Ribeiro da Rocha e, 1876 – 1944

O Porto de Aveiro, Conferência realizada em 5 de Maiode 1923 na séde da Associação dos Engenheiros CivisPortugueses / S. Rocha e Cunha. - Lisboa : Ofic. daSociedade Nacional de Tipografia, 1924.- 34 p. ; 31cm

Bib B Pa 21 lv 315

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. 87III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

44JUNTA AUTÓNOMA DA RIA E BARRA DEAVEIRO, 1921 – 1950

Relatório e Decreto nº 7:880, de 7 de Dezembro de1921; lei nº 1:502, de 3 de Dezembro de 1923;regulamento e decreto nº 9:324, de 18 de Dezembrode 1923 / Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro. -Edição especial, Lisboa : Imprensa Nacional, 1924. -35 p. ; 24 cm

Bib B Pa 27 Lv. 331

Page 90: “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro – 1808-1932 – Arquivo da Administração do Porto de Aveiro” - CATÁLOGO

88.

45CUNHA, Silvério Ribeiro da Rocha e, 1876 – 1944

Relance da História Económica de Aveiro. Soluçõespara o seu problema marítimo, a partir do século XVII.Conferência realizada em 14 de Junho de 1930 / SilvérioRibeiro da Rocha e Cunha. - Aveiro : Imprensa Universal,1930. - 62 p. ; 23 cm

Bib B Pa 27 Lv. 311

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. 89III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

46SILVA, José Maria da, fl. 1930

O Porto de Aveiro e o Projecto do Engenheiro Von Haffe/ José Maria da Silva. - Porto : Oficinas do Comércio doPorto, 1930. - 51p. dact., il. ; 27 cmTrata-se de uma cópia dactilografada, provavelmente preparatória daedição. Em anexo: dois mapas.

Bib B Pa 27 Lv. 328

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90.

47JUNTA AUTÓNOMA DA RIA E BARRA DEAVEIRO, 1921 – 1950

O Porto de Aveiro. Obras de melhoramento da Barra.16 de Outubro de 1932. Inauguração oficial das Obras.- Aveiro: Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro, 1932.- 15 p. ; 25 cm

Em anexo: um mapa e um perfil.

Bib B Pa 21 Lv. 313

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. 91III - A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO

48LIMA, JOÃO RIBEIRO COUTINHO DE, 1903 –1978

Pôrto e Ria de Aveiro. Notícia sôbre o seu valoreconómico / João Ribeiro Coutinho de Lima. - Aveiro :Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro, 1936. - 15 p.; 32 cm

Em anexo: um mapa, um gráfico e um quadro estatístico.

Bib B Pa 19 Lv. 316

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92.

49SOUSA, J. FERNANDO DE, 1855 – 1942

O Pôrto de Aveiro. Conferência realizada em 24 de Julhode 1938, no “Teatro Aveirense”/ pelo Ex.mo Sr. Conse-lheiro Fernando de Sousa. - Aveiro : Junta Autónomada Ria e Barra de Aveiro, 1939. - 39 p. ; 24 cm

Existe um outro exemplar na seguinte colocação: C2 -114.

Bib Pa 21 Lv. 312

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IVAS MARINHAS DE SAL

DA RIA DE AVEIRO

Conjuntamente com as salinas dos estuários do Tejoe do Sado e as da foz do Guadiana, as marinhas de salda Ria de Aveiro constituíram uma das mais importantesfontes de riqueza do Estado português, ao longo dosséculos. No quadro Oitocentista e nas primeiras décadasdo século XX, as salinas, os seus proprietários e o salproduzido, continuavam a ter um determinante papel naeconomia da cidade e na região.

Sendo as salinas notáveis obras de engenhariatradicional, a sua relação com a Engenharia institucionalnem sempre foi tranquila. Muito dependentes dos ecos--sistemas existentes e da sua evolução natural, facilmenteas grandes obras de desassoreamento ou rectificação decanais, produziam efeitos nefastos sobre a manutençãodas marinhas e a produtividade do sal, o que naturalmenteimplicava a elaboração de documentação. O esta-belecimento e controlo do cadastro das marinhas de salcomo propriedade rústica, é um dos mais desejadosmonumentos cartográficos.

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94.

50LICENÇAS DE CARREGAMENTO DE SAL EMEMBARCAÇÕES

[Licenças de carregamento de Sal em embarcações].- Aveiro. - 1824. - 25 f. ; 30 cm

O manuscrito em papel selado (20 réis), faria parte deum livro de registo da Alfândega de Aveiro relativo àslicenças concedidas para o carregamento de sal, emembarcações.O documento transcrito corresponde ao fólio 24 (o primeiro existente),com o título: “Termo de carga da rasca Senhora do Carmo MestreFrancisco Pereira Vezinho da Ericeira”, e está datado de 21 de Julhode 1824.

Bib D Pa 11 – Sal

Transcrição do documento

Termo de carga da rasca Senhora do Carmo Mestre Francisco PereiraVisinho da Ericeira

Aos vinte e hum dias do mez de Julho de mil oitocentos e vinte equatro annos nesta Cidade de Aveiro e cazas d’Alfandega dellaapareceo prezente Francisco Pereira, e por elle foi pedida licença paracarregar de Sal das salinas desta Cidade a Rasca Senhora do Carmode que he Mestre, cuja licença lhe foi concedida por esta Meza, elogo foi notificado para não meter couza alguma a bordo sem positivodespacho da mesma Meza debaixo das penas do Regimento de quefiz este termo que o dito Mestre assignou de cruz signal que uza pornão saber escrever e eu José Maria Godinho Soares d’Albergaria oescrevi.

José Maria Godinho Soares de Albergaria

[O mestre assinou de cruz]

51LOPES, João Luís, fl. 1843 - 1847

Planta da Barra em 1843. - Escala [ca. 1: 8 000],600 braças = [16,3 cm] ; [W 8º 46' – W 8º 42' /N 40º 39' – N 40º 37']. - [1843 – 1889]. - 1 planta :ms., color., tela ; 49 x 84 cm em folha de57 x 110 cmAutoria atribuida com base na cópia do mapa existente no “Livroda Despeza e dos trabalhos das obras da Barra de Aveiro. Annoeconomico de 1876 a 1877”, N.º 2, 4.ª Parte, pag. 447, fig. 81.Coordenadas determinadas por comparação com a "CartaMilitar de Portugal", folha n.º 184. - Contém a seguinte indicaçãoa lápis, no verso: «1873». Data da planta anterior a 1889, combase na informação do carimbo. - Carimbos: «2ª CircunscripçãoHydraulica, 4 de Dezembro de 1889».

Planta de projecto, 1843 – 1889 / Ílhavo, Aveiro, 1843 – 1889.

Cota: Pasta 2 – n.º 30

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96.

52DIRECÇÃO GERAL DOS TRABALHOSGEODÉSICOS DO REINO, 1857 – 1864

Cidade d’Aveiro / Planta levantada pela SecçãoHydrographica da Direcção Geral dos TrabalhosGeodesicos do Reino. - Escala 1: 2 500 ; [W 8º 40´ –W 8º 38´ / N 40º 38´ – N 40º 36´]. - 1865. - 1 planta :ms., color., tela ; 64 x 83 cm em folha de 78 x 90 cmCoordenadas determinadas por comparação com a “Carta Militar dePortugal”, folha n.º 185.

Planta urbana, 1865 / Aveiro, 1865.

Arquivo E, planta n.n.

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53PLANTA INDICATIVA DO PLANO DE OBRASPARA O MELHORAMENTO DA BARRA DEAVEIRO

Copia de uma parte da Planta indicativa do Plano d'Obraspara o melhoramento da Barra de Aveiro: Projecto de26 de Fevereiro de 1874. - Escala [ca. 1: 20 000], 2000m = [10 cm] ; [W 8º 46' – W 8º 38' / N 40º 41' – N 40º38']. - 1 carta : ms., color., papel ; 41 x 28 cmContém ainda escala de «0,00005» ; Coordenadas determinadas porcomparação com a "Carta Militar de Portugal", folhas n.º 173, 184 e185.In: Livro da despeza e dos trabalhos das Obras da Barra de Aveiro.Anno economico de 1881 a 1882. - 1882. - N.º 7, 5.ª Parte, p. 243,fig. 1.

Mapa de rede hidrográfica, 1882 / Aveiro, 1882.

Bib D 10 – 34

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98.

54MATOS, JOSÉ MARIA DE MELO DE, 1856 – 1915

Projecto de rectificação dos esteiros do Gramato e,Ceboleira: Planta geral. - Escala 1: 5 000 ; [W 8º 41' –W 8º 38' / N 40º 43 – N 40º 41']. - 1896. - 1 planta : ms.,color., tela ; 85 x 50 cm em folha de 88 x 57 cmCoordenadas determinadas por comparação com a “Carta Militar dePortugal”, folha n.º 174. - Contém inserto um quadro com “Ângulos”.- Assinaturas: «Visto e conforme, Porto 8 Agosto de 1896. João Thomasda Costa Director» ; Carimbos: «Direcção 2º CircumscripçãoHydraulica».In: Projecto de rectificação dos esteiros do Gramato e Ceboleira:Peças desenhadas / José Maria de Melo Matos. - 1896. - Desenhon.º 1.

Mapa de rede hidrográfica, 1896 / Aveiro, 1896.

Pasta 18 – n.º 1

55LOPES, ANTÓNIO CRAVEIRO, 1868 – 1953

Ante-projecto de um Porto interior em Aveiro / EngenheiroAntónio Craveiro Lopes. - Escala 1: 2 000 ; [W 8º 40' –W 8º 39' / N 40º 38' – N 40º 37']. - 1925. - 1 planta : ms.,color., tela ; 45 x 81 cmCoordenadas determinadas por comparação com a “Carta Militar dePortugal”, folha n.º 185. - Contém a seguinte nota: «Aveiro 12 - Maio- 1925». - Assinaturas: «António Craveiro Lopes».

Planta de projecto, 1925 / Aveiro, 1925.

Pasta 20 A – n.º 1

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. 99IV - AS MARINAS DE SAL DA RIA DE AVEIRO

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100.

56CUNHA, SILVÉRIO RIBEIRO DA ROCHA E,1876 – 1944

Notícia sôbre as indústrias marítimas na área da jurisdiçãoda Capitania do pôrto de Aveiro / S.R. da Rocha eCunha. – Aveiro : Junta Autónoma da Ria e Barra deAveiro, 1939. - 35 p. ; 23cmPublicação no âmbito da Exposição Marítima do Norte de Portugal,1939.

Bib B Pa 10 Lv 329

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57FOLQUE, Filipe, 1800 – 1874

Porto e Barra de Aveiro. Planta com o Projecto do seumelhoramento / A. M. dos Reis ; C. A. da Costa ; cop.J. Delgado. - Escala 1: 20 000 ; [ W 8º 46´ – W 8º 39´/ N 40º 41´ – N 40º 36´]. - [ca. 1969]. - 1 carta : ozalide; 35 x 65 cm em folha de 36 x 68 cmAutoria com a base na coordenação do levantamnto da carta, datadode 1865. - Contém a seguinte indicação: «Esta planta foi levantadaem 1865 pelo engenheiro hydrographo A. M. dos Reis coadjuvadopelo chorographo C.A. da Costa. O projecto foi elaborado peloengenheiro Silverio Augusto Pereira da Silva». - Coordenadasdeterminadas por comparação com a “Carta Militar de Portugal”,folhas n.º 173, 184 e 185. Contém ainda a indicação: «As sondasforam levantadas em 1865 e são referidas á máxima baixamarobservada ou 1,09 m abaixo do nível médio do oceano». - Mapaoriginal publicado por: Adolfo Loureiro, Porto de Aveiro, 1904. Verpeça n.º 13.In: Cadastro das Marinhas de Sal / J.A.P.A. - 1960. - Mapa em carteira.

Mapa cadastral, ca. 1969 / Aveiro, ca. 1969.

SA C2.

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102.

58IMAGENS DO ARQUIVO DA ADMINISTRAÇÃODO PORTO DE AVEIRO

Imagens do universo documental do Arquivo daAdministração do Porto de Aveiro (slideshow)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Dias, Maria Helena; Feijão, Maria Joaquina, 2005 - Glossário para Indexação

de Documentos Cartográficos, Lisboa, Instituto da Biblioteca Nacional e do

Livro.

Feijão, Maria Joaquina, 1998 - Catalogação de Documentos Cartográficos:

algumas considerações. Aplicação das ISBD (CM) , Lisboa, Biblioteca Nacional.

Garcia, João Carlos, coord., 2001 - A Nova Lusitânia. Imagens Cartográficas

do Brasil nas Colecções da Biblioteca Nacional, 1700-1822, Lisboa, Comissão

Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.

Marques, Miguel da Silva, 2001- Cartografia Antiga. Tabela de Equivalências

de Medidas. Cálculo de Escalas e Conversão de Valores de Coordenadas

Geográficas, Lisboa, Biblioteca Nacional.

UNIMARC Universal Machine Readable Cataloging Autoridades: formato

MARC Universal para registos de autoridade: versão provisória/IFLA, Steering

Group for na Authorities Format, 1989; trad. Biblioteca Nacional, Grupo de

Trabalho Unimarc/Autoridades, Lisboa, Biblioteca Nacional.

1808-1932A BARRA E OS PORTOSDA RIA DE AVEIRO

ARQUIVO DA ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE AVEIRO

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104.

ALTOS PATROCÍNIOS

APOIOPARCEIROS

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