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Vida da comunidade Domingo 26 Fevereiro 8º Domingo do T. Comum - A Às 13h: em Santo António, cele- bração de Batismo Terça 28 Fevereiro Carnaval Quarta 1 Março “CINZAS” Início da Quaresma - Dia de Jejum e Abstinência Na igreja de Santo António, Missas às 8h00 e 18h30, com imposição de cinzas. Às 21H00: Missa no Dianteiro, com imposição de cinzas. Quinta 2 Março 15h30 às 18h15: Adoração do Santíssimo, na igreja de Santo António. Oração pelas vocações. Às 20h00, na Cova do Ouro: Mis- sa, com imposição das Cinzas. Sexta 3 Março Às 21h15: Catequese de adultos. em Santo António e na Rocha Nova. Sábado 4 Março Às 16h00, no Mosteiro de Celas: Missa Jovem. Às 17h30: Reunião de Pais dos Escuteiros, na Capela de S. Ger- mão. Às 17h30: Para os Jovens do pro- jeto Tau, “Encontro de Cinzas”, no Mosteiro de Celas Domingo 5 Março Missas de horário dominical. Nas Capelas haverá o rito da imposição de cinzas. FLORILÉGIO Durante a Quaresma, a nos- sa paróquia propõe alguns subsídios para melhor inte- riorizar o espírito deste tem- po. 1. Subsídio para a Lectio Divina: Comunidades Sino- dais, editado pela Diocese de Coimbra. Trata-se um meio para todos crescerem na santidade e na beleza do Evangelho, encarnado na nossa vida. Preço: 1 € 2. Rezar na Quaresma, livri- nho editado pelas edições Salesianas, que propõe por cada dia uma citação bíbli- ca, uma imagem para con- templar, uma meditação para pensar e uma oração que faz a ponte entre a Palavra e a nossa realidade. Preço: 1 € 3. Conferências Quaresmais que se realizam todas as Quintas-feiras às 21h15, no Salão Paroquial da Igreja de S. José, a partir de 9 de Março até 6 de Abril. Tema: “Graça e Misericórdia” - Cem anos das aparições de Fátima. Oradores: Dr. José Milhazes, Dr. Marco Daniel Duarte, D. António Marto, Ir. Ângela Coelho, D. Virgílio Antunes. PICA-PAU Paróquia de Santo António dos Olivais 3000-083 COIMBRA Tel 239 711 992 | 239 713 938 [email protected] Folha da Comunidade Paroquial Ano 30 Nº 23 - 26 Fevereiro 2017 QUARESMA: Um tempo para fazer a diferença O grau de exigência da caridade cristã é imenso. Abso- luto: amar Deus acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo. Um ideal de perfeição que parece impossível de con- cretizar em todas as suas dimensões e que, talvez por isso, aprendemos sempre a relativizar. Com o tempo passamos a esperar que o outro esteja à altura da nos- sa solidariedade, selecionamos quem é qualificável como “próximo” e vamos deixando para trás os que incomodam mais a nossa serenidade interior. O quadro do Bom Samaritano tem inspirado muitas e profundas reflexões, mas recentemente houve uma, do Papa Francisco, que me chamou a atenção sobre a importância da hospedaria, do local onde foi possível tratar daquela pessoa roubada e agredida para que pudesse recuperar a sua dignidade e prosseguir a caminhada da sua vida. A capacidade de compaixão daquele samari- tano - um herege, aos olhos de uma determi- nada corrente religiosa - não seria suficiente para levar por diante a sua boa intenção de ajudar o próximo. Houve necessidade de um contexto institucional, de outras boas vonta- des, de ajuda, também financeira, recordan- do que a transformação social exige um esforço coletivo, capaz de sacudir a indife- rença de todos. (Octávio Carmo, Semanário Ecclesia) “Deus omnipo- tente, ensinai- nos a desco- brir o valor de cada coisa, a contemplar com encanto, a reconhecer que estamos unidos com todas as cria- turas no nosso caminho para a vossa luz infinita”. (Papa Francisco, Laudato si’)

- A bração de Batismo PICA-PAU Pau... · Carnaval Quarta 1 Março “Deus omnipo-tente, ensinai “CINZAS” Início da Quaresma - Dia de Jejum e Abstinência Na igreja de Santo

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Page 1: - A bração de Batismo PICA-PAU Pau... · Carnaval Quarta 1 Março “Deus omnipo-tente, ensinai “CINZAS” Início da Quaresma - Dia de Jejum e Abstinência Na igreja de Santo

Vida da comunidade

Domingo

26 Fevereiro

8º Domingo do T. Comum - A

Às 13h: em Santo António, cele-bração de Batismo

Terça 28 Fevereiro

Carnaval

Quarta 1 Março

“CINZAS”

Início da Quaresma - Dia de Jejum e Abstinência

Na igreja de Santo António, Missas às 8h00 e 18h30, com imposição de cinzas.

Às 21H00: Missa no Dianteiro, com imposição de cinzas.

Quinta

2 Março

15h30 às 18h15: Adoração do Santíssimo, na igreja de Santo António. Oração pelas vocações.

Às 20h00, na Cova do Ouro: Mis-sa, com imposição das Cinzas.

Sexta 3 Março

Às 21h15: Catequese de adultos. em Santo António e na Rocha Nova.

Sábado

4 Março

Às 16h00, no Mosteiro de Celas: Missa Jovem. Às 17h30: Reunião de Pais dos Escuteiros, na Capela de S. Ger-mão. Às 17h30: Para os Jovens do pro-jeto Tau, “Encontro de Cinzas”, no Mosteiro de Celas

Domingo

5 Março

Missas de horário dominical. Nas Capelas haverá o rito da imposição de cinzas.

FLORILÉGIO

Durante a Quaresma, a nos-sa paróquia propõe alguns subsídios para melhor inte-riorizar o espírito deste tem-po.

1. Subsídio para a Lectio Divina: Comunidades Sino-dais, editado pela Diocese de Coimbra. Trata-se um meio para todos crescerem na santidade e na beleza do Evangelho, encarnado na nossa vida. Preço: 1 €

2. Rezar na Quaresma, livri-nho editado pelas edições Salesianas, que propõe por cada dia uma citação bíbli-ca, uma imagem para con-templar, uma meditação para pensar e uma oração que faz a ponte entre a Palavra e a nossa realidade. Preço: 1 €

3. Conferências Quaresmais que se realizam todas as Quintas-feiras às 21h15, no Salão Paroquial da Igreja de S. José, a partir de 9 de Março até 6 de Abril. Tema: “Graça e Misericórdia” - Cem anos das aparições de Fátima. Oradores: Dr. José Milhazes, Dr. Marco Daniel Duarte, D. António Marto, Ir. Ângela Coelho, D. Virgílio Antunes.

PICA-PAU

Paróquia de Santo António dos Olivais

3000-083 COIMBRA

Tel 239 711 992 | 239 713 938

[email protected]

Folha da Comunidade Paroquial Ano 30 Nº 23 - 26 Fevereiro 2017

QUARESMA: Um tempo para fazer a diferença

O grau de exigência da caridade cristã é imenso. Abso-luto: amar Deus acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo.

Um ideal de perfeição que parece impossível de con-cretizar em todas as suas dimensões e que, talvez por isso, aprendemos sempre a relativizar. Com o tempo passamos a esperar que o outro esteja à altura da nos-sa solidariedade, selecionamos quem é qualificável como “próximo” e vamos deixando para trás os que incomodam mais a nossa serenidade interior.

O quadro do Bom Samaritano tem inspirado muitas e profundas reflexões, mas recentemente houve uma, do Papa Francisco, que me chamou a atenção sobre a importância da hospedaria, do local onde foi possível tratar daquela pessoa roubada e agredida para que pudesse recuperar a sua dignidade e prosseguir a caminhada da sua vida.

A capacidade de compaixão daquele samari-tano - um herege, aos olhos de uma determi-nada corrente religiosa - não seria suficiente para levar por diante a sua boa intenção de ajudar o próximo. Houve necessidade de um contexto institucional, de outras boas vonta-des, de ajuda, também financeira, recordan-do que a transformação social exige um esforço coletivo, capaz de sacudir a indife-rença de todos.

(Octávio Carmo, Semanário Ecclesia)

“Deus omnipo-tente, ensinai-nos a desco-brir o valor de cada coisa, a contemplar com encanto, a reconhecer que estamos unidos com todas as cria-turas no nosso caminho para a vossa luz

infinita”. (Papa Francisco, Laudato si’)

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Palavra do Senhor 8º Domingo do Tempo Comum / A

Is 49, 14-15 Sal. 61 (62)

1 Cor 4, 1-5 Mt 6, 24-34

Oração do Domingo

Senhor Jesus,

É verdade: somos presos por tantos afazeres, que já não temos tempo para o essencial, para aquele projeto de amor que Tu nos confiaste e que poderá brilhar só quando tiver-mos largado o supérfluo, o superficial e o efémero.

É verdade: bastaria observar as aves do céu e os lírios do campo para darmos conta de uma Providência que não dei-xa faltar nada, se confiarmos verdadeiramente em Ti. Mas, aqui está a nossa fragilidade: mantemos ocupados os nos-sos dias e angustiamo-nos por tantas coisas, em vez de investir tudo naquilo que vale mais: o teu Reino, o teu projeto de amor!

Olhai para as aves do céu!

As preocupações da vida, do amanhã, do incerto levam-nos a acumular, controlar, pos-suir, amontoar… tanto e tanto, que o coração é escravizado e a vida é abreviada pela angústia. Contudo, para Jesus é indispensá-vel substituir o armazenar pelo dom, o interes-se pela generosidade, o cálculo pela benevo-lência, a inquietação pelo abandono em Deus.

Jesus não convida ao desprezo das coisas, mas recorda que todos podemos ser escravos do dinheiro, adoentados com a febre do ter, idólatras do efémero possuir. As suas pala-vras não são um elogio da preguiça, um con-vite à despreocupação ou à displicente irres-ponsabilidade: São antes um apelo a transfe-rir os enfartes dos nossos ativismos e das exageradas angústias para o coração de Deus, porque é o único que pode preencher e transbordar o nosso coração. Só o Amor pode responder aos anseios do amor.

Olhai! Olhai!... O Mestre convida-nos a olhar, a contemplar. Sim, porque o olhar transforma a vida. Nós somos aquilo que vemos, tornamo-nos aquilo que contemplamos. Jesus ensina a observar a vida, porque a vida fala da con-fiança, fala de Deus, sussurra-nos o Pai. Com a pedagogia do olhar confiante, Ele quer despertar o nosso olhar interior: a vida não se alimenta apenas de comida ou de vestidos; a (nossa) vida vale “muito mais!”

Salmo 61: Só em Deus descansa, ó minha alma! Em Deus está a minha salvação e a minha glória; o meu abrigo, o meu refúgio está em Deus. Povo de Deus, põe n’Ele a tua confiança!

QUARESMA :

Caminhada para a Luz Pascal

A Quaresma é uma “caminhada para a luz pascal”, assim a define o prefácio V da quaresma. E um dos hinos da Liturgia das Horas convida a “Escutar a voz que chama o povo para sair do Egito do pecado e, seguindo o caminho do deserto, vamos caminhando para a terra prometida”.

Do ponto de vista pastoral, é impor-tante reter esta ideia do itinerário, da caminhada, da peregrinação, do êxodo, porque a “conversão” (o grande convite quaresmal) é fruto de tantos pequenos passos, dados com fidelidade e perseverança.

O caminho ganha sentido a partir da meta. Assim, também, a quares-ma não existe por si, mas por causa da Páscoa e em vista dela, confor-me diz as Normas Gerais sobre o Ano litúrgico: “A liturgia quaresmal prepara para a celebração do misté-rio pascal tanto dos catecúmenos, através dos diversos graus da ini-ciação cristã, como os fieis, por meio da recordação do Batismo e da Penitência”.

O mistério pascal, por cuja vivência a quaresma encaminha, permite-nos compreender melhor como a história da salvação se encontra com a história dos homens, hoje e aqui, na liturgia da Igreja, pela mediação dos ritos sacramentais. Como o antigo Israel e como Cristo, também a Igreja, peregrina no tem-po, revive o mistério do êxodo, que nos há de levar à plenitude da gra-ça de filhos de Deus.

A CAMINHADA QUARESMAL DA NOSSA COMUNIDADE

A proposta da nossa vivência quaresmal é fruto da escuta e da meditação da Pala-vra de Deus dos domingos deste ano litúrgico, que propõe uma (re)descoberta do nosso Batismo.

O primeiro domingo apresenta as tenta-ções de Jesus no deserto e convida-nos a encontrar em Jesus o alimento (nem só de pão vive o homem.) para enfrentar, com coragem, a luta que nos espera para lhe permanecermos fiéis. Apresenta, tam-bém, a necessidade de escolher, de resistir ao mal e de seguir Jesus.

No segundo domingo somos convida-dos a partir, a sair da nossa terra, a dei-xar as seguranças que construímos, e a depositar a nossa confiança em Deus, cuja meta já se vislumbra na beleza de Cristo Transfigurado, o Filho amado no qual também nós somos «filhos de Deus».

Nos domingos seguintes é apresentado o Batismo nas imagens da Água, da Luz e da Vida.

O terceiro domingo faz-nos encontrar a Samaritana (Jo 4, 5-42). Jesus tem uma água especial, (quem beber desta água nunca mais terá sede) mas, sobretudo Ele é água que sacia toda a sede.

O quarto domingo faz-nos meditar sobre a experiência do «cego de nascen-ça» (Jo 9, 1-41) e leva-nos a aprender a ver a presença de Deus no rosto de Cris-to: Ele é Luz.

No quinto domingo é-nos apresentada a ressurreição de Lázaro: Jesus é Vida (Jo 11, 1-45). No Batismo, nós passamos da morte para a vida, tornamo-nos capa-zes de agradar a Deus, de fazer morrer o homem velho para viver do Espírito do Ressuscitado.

Com a Páscoa, é a explosão do Amor.