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Publicação trimestral . Dezembro 2009 . Número 0 Que educação para o século XXI “O café dos Filósofos” Duas aulas em Serralves Oficina “Cientistas em Acção” Visitas de Estudo Projecto de Educação para a Saúde Crónicas Ciência e Sociedade em Interacção Clube “Abrir Horizontes” Campeonato Interescolas Dia do Professor Presépios para todos os gostos Entrevista a Mark Jenkins Contos de Natal EB 1/JI Notícias das Escolas Associação de Estudantes: Hora da Mudança

Pau de Giz, nº0

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Jornal do Agrupamento de Escolas de Infias

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Publicação trimestral . Dezembro 2009 . Número 0

Que educação para o século XXI

“O café dos Filósofos”

Duas aulas em Serralves

Oficina “Cientistas em Acção”

Visitas de Estudo

Projecto de Educaçãopara a Saúde

Crónicas Ciência eSociedade emInteracção

Clube “AbrirHorizontes”

Campeonato Interescolas

Dia do Professor

Presépios para todos os gostos

Entrevista a Mark Jenkins

Contos de Natal

EB 1/JI Notícias das Escolas

Associação deEstudantes:

Hora da Mudança

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2 Dezembro 2009

É já um lugar comum dizer-se que vivemos numa época de acelerada mudança. Se é a tecnologia (os computadores, os telemóveis, os I-pods, etc.) a face mais visível dessa mudan-ça, convirá referir que há muitos outros factores em jogo, a ponto de cada vez ser mais legítimo di-zer-se que estamos numa fase de transição para uma “nova era”. Surpreendidos? Nada que um pouco de investigação histórica não nos permita esclarecer. Sabemos que a história nunca se repete, mas podemos encon-trar no passado argumentos para uma melhor compreensão do presente (e do futuro...). O chamado “milagre grego”, a época da grande civilização helénica de há mais de dois milé-nios, foi uma época de profunda mudança “tecnológica”. A gran-de “invenção” foi, nessa altura, a generalização do alfabeto fení-cio, uma simples correspondên-cia entre sons e letras que alterou para sempre e dramaticamente (sabemo-lo hoje) a nossa forma de percepcionar o mundo. Séculos mais tarde, na Europa, o movimento conhecido como “Renascimento” não foi mais do que o despertar da consciência de uma nova época histórica, época essa em que novas “tec-nologias” – o livro impresso, a pólvora, o sextante entre outras - permitiram uma nova visão

do mundo com reflexos na arte, ciência, educação, politica e so-ciedade. Na verdade, em épo-cas de grandes transformações o que acaba por emergir é um “homem novo” que modifica o seu “meio ambiente” (e é por ele modificado). Sabemos que, nestes momen-tos de transição, a educação é sempre uma das áreas mais afec-tadas e em que as tranformações são mais visíveis. No momento actual, de tão apregoada “”crise”, a educação defronta-se com desafios que ainda não pode inteiramente prever. Que mundo nos espera? Como está a mudar o ser huma-no? Estará realmente a mudar? Da resposta a estas perguntas irá emergir (ou não)a nova edu-cação, a verdadeira “reforma” que até agora foi apenas adiada, e que não implicará certamente um corte radical com o passado (pode até ser uma recuperação de tradições esquecidas ... ). Nesta fase, há que ter coragem para ultrapassar obstáculos sa-bendo que depois da tempestade pode vir a bonança... À luz do conhecimento actu-al, será prudente reflectir um pouco sobre as consequências que a alteração nos suportes que usamos para aceder ao conhe-cimento poderá ter na forma de nos relacionarmos com o saber. Em primeiro lugar é necessário

admitir que a tecnologia, só por si, embora geradora de mudan-ça (que começa por ser mudança na nossa arquitectura cognitiva, e consequentemente na forma como aprendemos e relaciona-mos os nossos conhecimentos) não poderá conduzir-nos a bom porto. Teremos de ser nós a co-mandá-la e a direccioná-la para fins que tenham em conta a har-monia do ser humano com o seu novo meio... Com isto , o professor torna-se mais importante do que nunca e a sua figura deve reencontrar o lugar de respeito que merece e que uma série de circunstâncias o tem impedido de recuperar... já para não falar no aluno e na sua nova responsabilidade (e no seu novo papel) de pesquisador e navegador no novo oceano de conhecimentos, independente-mente da profissão que no futu-ro venha a exercer! Assim, seja nos ecrãs, no pa-pel, e mais importante ainda, no mundo, faz hoje mais do que nunca sentido a expressão que Fernando Pessoa nos legou, se calhar prevendo já a irrupção de futuros oceanos: “Navegar é preciso!” Ousaria acrescentar: e é na escola que cada um pode e deve aprender a segurar o leme de forma segura...

Professor Rui Costa

Que educação para o século XXI? Por um acaso só

Por um acaso que era tudo dentro das coisasLembrava-se de um sorriso tristeO mais belo que vira. Os olhos, de todas as tempestades. Faróis.Tão tristes de tão luminosos, tão vastos de tão pertoTão ao norte quão incertos.

Um vento que de gaivotas era gritoUm rosto em tranquilidade quase aflito Um naufrágio no coração da vaga, um sufixo.Um afago, Que de tão precisado parecia não ter forças para se dizer.Um fado.

Um rasto de mar em cada afecto perdido Um verbo urgente na urgência do verbo amarUm quase nada dentro das coisas Um quase tudo que desatava o nó.

Lembrava-se de um sorriso triste, por um acaso só.

Professor José Ilídio Torres

FICHA TÉCNICA

Propriedade: Agrupamento Vertical de Escolas de InfíasCoordenação: Manuel AbreuColaboradores: Professores, Alunos, Auxiliares de Acção Educativa e Encarregados de Educação.Revisão de textos: Ana Paula Soares e Paula CorreiaOrganização gráfica e informática: Nuno SantosTiragem: 1000 exemplaresDepósito legal:

Este número assinala o regresso do jornal pau de giz ao nível da dimensão do Agrupa-mento Vertical de Infias. Entendo o jornal da escola como um meio democrático de divul-gação de tudo o que se passa na Escola. Há tantos projectos, tantas iniciativas, tantas experiências desenvolvidas pelos alunos e professores, invisíveis à comunidade educa-

tiva que merecem ser partilhados. O hábito de ver, ouvir, participar e re-latar tem de se enraizar, a escrita tem de se tornar um acto de cidadania. Aos nossos alunos peço, através da escrita, mais intervenção! Ao relatar uma actividade, ao tirarem uma fotografia estão a fazer com que o jorna-lismo aconteça nas Ciências, na História, na Geografia, nas Línguas e nas Expressões, no Desporto, na Biblioteca e Centro de Recursos, no Clube da Saúde, no Clube de Teatro, Dança, na Educação Especial, nos Cursos CEF´s, nos Cursos EFA e nas Associações de Estudantes e de Pais. Este projecto surge numa altura em que a escola sofre mudanças tra-zidas pela recém-chegada direcção. Um ano difícil no seu início por todas as alterações, por todas as incógnitas e pelos receios da gripe A (H1N1)). Mas este será também um ano de desafios para a escola, na sua tentativa de se reafirmar como instituição de ensino de qualidade e de diversidade. A existência desta iniciativa enquadra-se dentro do espírito daquilo que

refiro no meu Projecto de Intervenção: “(...) é importante que os alunos se sintam bem, e atraídos para a escola para tal é necessário envolvê-los em projectos nos quais eles se revejam, (…) e sempre que possível envolvê-los também em alguns projectos que contribuam para a sua formação” . E como um jornal não nasce sem pessoas, não quero, como Direc-tora deste Agrupamento, deixar de dar uma palavra especial de apreço a todos os que colaboraram neste jornal, nem deixar de fora todos os que tornaram rascunhos em projectos finais. Para além destes, as palavras de agradecimento estendem-se à equipa que o materializou, uma equipa entusiasta, sem a qual esta edição seria uma miragem. Com este primeiro número renasce um jornal escolar, pautado por atitude, qualidade informativa e muita, muita criatividade, um projecto que é “nosso”! Conto convosco, com o vosso tempo, com a vossa reflexão e empenho para ajudarem a levar a cabo este projecto, esta ambição. Votos de um Santo Natal e um Novo Ano de 2010 pleno de felicidade!

Um sincero agradecimento.Leiam e participem!!!

Professora Rosa Maria de Almeida Costa Carvalho( Directora do Agrupamento Vertical de Escolas de Infías)

Editorial

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3Dezembro 2009

No dia 19 de Novembro, en-tre as 14.20 horas e as 16.45 horas, comemorou-se, na nos-sa escola, o Dia Internacional da Filosofia, com uma activi-dade intitulada “O café dos Filósofos”.A actividade foi dinamizada pelos professores do grupo de Filosofia e pelos alunos do 10º e 11º anos que frequentam a disciplina. Este evento decorreu na Bi-blioteca e foi, essencialmente, destinada aos alunos que fre-quentam o 9º ano, Cursos Pro-fissionais e toda a comunidade escolar. Os objectivos principais vi-savam incentivar nos alunos o gosto pelo saber, desenvolver a autonomia e o espírito críti-co, despertar os alunos para a dinâmica da praxis filosófica, divulgar uma área pouco reco-

nhecida pelos jovens e divul-gar a importância da Filosofia dando-lhe uma abordagem di-ferente do contexto da sala de aula. Os alunos mostraram grande receptividade na realização da actividade, fazendo pesquisa sobre os filósofos que repre-sentavam e construíram vá-rios trabalhos, nomeadamen-te, panfletos, cartazes, textos diversos, etc. É de salientar à adesão de toda a comunidade escolar que ultrapassou muito as nossas expectativas. A decoração das mesas, a be-leza de todo o espaço, a carac-terização das personagens, as tertúlias filosóficas, a música ambiente, os visitantes curio-sos e estupefactos com o que viam e ouviam, apreciando cada momento com admiração

e alegria. Os doces, o café, os bombons e outras guloseimas, não faltaram para aquecer e fortalecer o corpo. A música ao vivo, improvisada num orgão electrónico, contribuiu para enriquecer a “alma” de todos os presentes, emanando uma sensação de alegria e bem-estar a todos de forma contagiante.A apreciação realizada, poste-riormente, pelos alunos foi de grande satisfação, chegando mesmo a afirmar que esta ex-periência foi única e que os ia marcar ao longo da vida de uma forma muito positiva. Sentiram a disciplina muito mais próxi-ma, muito mais interessante o que lhes provoca um gosto cada vez maior por este saber, e desta forma, entenderam me-lhor o que é a Filosofia e a sua importância na formação do ser humano enquanto pessoa.Todos os objectivos planifi-cados, da actividade, foram alcançados e cumpridos com êxito. Resta-nos felicitar todos os alunos que intervieram no de-senvolvimento deste evento com empenho e dedicação e a agradecer a todos os outros in-tervenientes que colaboraram gratuitamente, permitindo que este dia tenha sido vivido entu-siasticamente por todos. Bem hajam

As Professoras, Lurdes Pacheco e Eugénia Pereira

DIA INTERNACIONAL DA FILOSOFIA

“O café dos Filósofos”

No passado dia 19 de No-vembro, teve lugar na Biblio-teca da Escola uma activida-de que rotulo de excelente. Tratou-se da comemoração do dia da Filosofia. Aquela disciplina que a brincar nos foram dizendo tratar-se da ciência que, pela qual e sem a qual, fica tudo tal e qual. Ora, naquele dia pude-mos verificar, exactamente o contrário desta máxima. Na verdade, recriamos um ambiente típico do século XVIII, transformamos um espaço nobre da escola que é a Biblioteca, num típico café daquela época, por onde ter-tuliavam os mais diversos filósofos e das mais diversas épocas. Por sugestão da minha professora de Filosofia, Eu-génia Pereira, foi-me atri-buída uma personagem da alta burguesia alemã, habi-tuada a frequentar os cafés

e os salões da burguesia oitocentista e a conviver e dissertar sobre os aspec-tos mais diversificados do comportamento humano. De facto, foi com enorme entusiasmo que me carac-terizei à época e que pude filosofar com «Kant» sobre a importância da ética no comportamento humano. Senti que parecia mesmo que estava a viver naquela época!! Pelo menos uma coi-sa quisemos mostrar, tal como a ave necessita de voar e o peixe de nadar, o nosso intelecto precisa de filosofar, e acreditem não é puro capricho! Obrigado aos professores por nos envolverem em ini-ciativas destas.

Joana Raquel Pereira 10º B

Café com Filosofia

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4 Dezembro 2009

Duas aulas diferentes em Serralves No passado dia 6 de Novem-bro de 2009, a turma do 5º F, da Escola EB 2,3 /S de Infias, realizou, em conjunto com outras duas turmas do mesmo estabelecimento de ensino, 5º D e 5º E, uma visita de estudo à Fundação de Serralves, na ci-dade do Porto. Os alunos, muito anima-dos, saíram da sua escola pelas 8h35m e seguiram em direc-ção à Cidade Invicta. Uma vez lá chegados, rumaram de ime-diato ao objectivo que os levava à capital do Norte! A fim de melhor poder des-frutar de tudo o que Serralves tem para oferecer, a excursão

foi dividida em dois grupos, integrados por docentes e educandos. O primeiro grupo visitou o Museu, onde os alu-nos dinamizaram, juntamen-te com os seus professores de Educação Visual e Tecnológi-ca e um monitor de Serralves, uma aula subordinada ao tema “ Como fazer a leitura de um desenho”. Os alunos tiveram a oportunidade de ver a expo-sição de fotografia de Augusto Alves da Silva. Seguidamente, assistiram a uma aula onde vi-sualizaram imagens através do projector sobre os elementos da gramática visual: o ponto, a linha, plano, volume, textu-

ra, padrão e módulo, cor e luz. Depois foram criados grupos de cinco alunos e realizaram a actividade relacionada com a gramática visual que foi re-criar na sala através de diver-sos materiais (linha, fita-cola, alfinetes, placas de esferovite e outros) representar os diver-sos elementos dessa gramáti-ca. No final da actividade cada grupo explicou a sua “obra” onde referiu onde estavam as linhas (horizontais, verticais, oblíquas, curvas) os pontos, os planos, etc. Os jovens par-ticiparam com entusiasmo nas actividades desenvolvidas. Paralelamente, o segundo

grupo, teve acesso ao parque da Fundação. Os alunos im-pressionaram-se com muitos dos animais domésticos que observaram: a vaca, o coelho, o cavalo, o boi, o pato, etc; admi-rando-se com diversas curiosi-dades relativas aos mesmos. Por volta das 12h30m, os visitantes interromperam a ex-ploração dos tesouros ofereci-dos à sua sede de conhecimen-to pelos simpáticos anfitriões, e fizeram um memorável pique-nique no parque, aproveitando a tranquilidade e o contacto com a natureza. À tarde, inverteram-se os papéis desempenhados pelos

membros de cada grupo: aque-les que durante a manhã tinham assistido à aula nas instalações museológicas visitaram o par-que; os outros participaram na aula dada no museu. No final da visita, todos se mostraram satisfeitos e o regresso a Infias fez-se pe-las 18h30m com uma alegria contagiante. Na bagagem, apinhavam-se toneladas de assuntos para reflectir e uma grande vontade de voltar!...

Os alunos do 5ºF

No presente ano lectivo, a nossa escola conta com mais um clube dedicado aos alu-nos. É o Clube de Danças de Salão. Neste clube, com cerca de trinta inscrições, tanto aprendemos a dançar como nos divertimos com os nossos amigos e fazemos novas amizades. Além disso, a professora Paula Meneses (também professora de Inglês) ensina sempre um pouco da história e ori-gens das danças leccionadas. Até agora, o Chá-chá-chá e o Jive têm sido as danças mais treinadas. Dançar não é só para quem é dançarino por natueza, mas sim para quem tem von-tade de aprender esta arte e de se sociali-zar com os outros. É isto que o nosso clube quer transmitir: não é preciso ter jeito para

dançar, mas sim força de vontade e bom humor. Agora que já conheces um pouco da di-nâmica deste clube, de que estás à espera para te inscreveres ?

Alunas do Clube

Danças de Salão

Na escola de Infias, cele-brou-se o dia internacional da Música, que é no dia 1 de Ou-tubro. Para esta celebração, todos os alunos ensaiam, com o pro-fessor de música o “Hino da Alegria” para poder cantá-lo da melhor forma. Algumas alunas do 4º ano acompanharam com instru-mentos musicais a canção. Para além da representação dos alunos, foram convidados alguns membros da Banda Filarmónica de Vizela que um a um nos apresentou a seu

instrumento (o trombone, o clarinete e uma caixa de per-cussão). Para finalizar a apresenta-ção, todos juntos tocaram o “Hino da Alegria”. Foi uma actividade diferen-te que nos sensibilizou para a importância da música. Nós pensamos que a mú-sica é muito boa para descon-trair e permite-nos dançar ao som dos diferentes ritmos. A música está sempre pre-sente nas nossas vidas.

JI/EB1 Cruzeiro - Infias

Dia Mundial da Música

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5Dezembro 2009

Tendo em conta que a apren-dizagem das Ciências consiste num processo complexo de sucessivas sequências de in-terrogação/resposta, a dificul-dade no seu ensino reside no constante atropelo desta regra lógica tão simples. Se, desde cedo, se conseguisse dar res-postas acertadas às questões que todos colocam, ser-nos-ia mais fácil compreender a Ciên-cia. É comum verificar-se que as respostas são dadas sem ter surgido a interrogação, ou, em oposição, à interrogação feita não surge qualquer resposta.

É, pois, no contexto de uma aprendizagem, quer dos alunos quer da comunidade em geral, que potencie a curiosidade e a vontade de aprender que im-plementamos, este ano lectivo, a Oficina de Física e Química – “Cientistas em Acção”. Este projecto destina-se aos alunos desta escola, em regime de voluntariado, e funcionará semanalmente nos laborató-rios de Física e de Química. Pretendemos, com ele, tirar partido do vasto conjunto de experiências e de conhecimen-tos que os nossos alunos tra-

zem consigo e transformar esta Oficina num espaço de gosto e atracção.Neste espaço queremos que os nossos alunos reflictam sobre temas como a vida, os seres vivos, a matéria, o Universo. Queremos que esta Oficina contribua para que se cons-ciencializem da importância da Ciência e da forma como ela transforma o ambiente natural

Prof. Responsáveis: Brigite Pereira, Elisabete Granja e

Marisa Silva

Oficina de Física e Química

“Cientistas em Acção” As reacções de ácido – base são muito mais comuns no dia – a – dia do que aquilo que se possa pensar. Quando somos picados por uma abelha, por exemplo, ela injecta-nos uma substân-cia ácida e para atenuarmos a dor, aplicamos uma subs-tância básica. Quando temos azia no estômago, tomamos anti-ácidos (substância bá-sicas) para diminuir a acidez existente. As pastas dentífri-cas são substâncias básicas usadas para diminuir a acidez libertada pelos ácidos duran-te a mastigação dos alimentos e, que se não for combatida,

pode provocar o tártaro e a formação de cáries dentárias.Estas reacções são muito fre-quentes e é a Química que nos permite estudá-las e assim so-lucionar muitos problemas do nosso quotidiano.

Filipa Baptista, Miguel Granja,Nuno Medon e Sandra

Sousa, 8ºD

OS ÁCIDOS E AS BASES

Todos nós nos recordamos das cores do fogo-de-artifício no último dia das Festas da cidade de Vizela. Mas será que sabem como se obtêm as cores? Nas aulas de Química, estu-dámos e observámos este fenó-meno através de uma experiên-cia: a análise elementar por via seca, o conhecido teste à chama. Nesta ocasião, queimámos dife-rentes sais e constatámos que, consoante o que era queimado, surgiam cores distintas, como por exemplo, a cor amarela ao queimar catião sódio (Na+) e o verde-azulado quando aquece-mos catião cobre (cu..+), etc. Quando diferentes amostras são aquecidas, os seus átomos são excitados, ocorrendo uma absorção de energia. Posterior-mente, os átomos sofrem uma desexitação, libertando energia que pode ser de emissão de luz. A luz emitida tem uma energia que

depende da diferença energética entre os níveis electrónicos inicial e final. Átomos de elementos di-ferentes possuem níveis de ener-gia distintos para os electrões. Assim, as respectivas transições electrónicas são diferentes e cada elemento é caracterizado devido às cores da luz emitida. A simples absorção da cor da luz expelida, quando uma amostra é aquecida, permite identificar a presença de certos elementos. O fogo-de-artifício, espectácu-lo que tanto nos deslumbra, não deixa de ser um fenómeno quí-mico que resulta da “queima” de diversos sais que originam cores distintas. Esse é apenas um dos muitos fenómenos que a ciência Quími-ca pode explicar.

10ºA, nas aulas de FQA

Como se formam as cores do fogo-de-artifício?

Visita de estudo ao Planetário e ao Parque Biológico No passado dia 27 de No-vembro, os pequenos cientistas do sétimo ano da nossa escola partiram rumo às cidades do Porto e de Gaia para visitarem, respectivamente, o Planetário e o Parque Biológico. A visita de estudo no âmbito dos conteú-dos a leccionar nas disciplinas de Ciências Naturais e Ciências Físico-Químicas, integrada no Plano Anual de Actividades, teve por objectivos incutir nos alunos o gosto pela Ciência; familiarizá-los com os métodos característicos da investigação; promover a cultura científica; compreender a posição da Ter-ra no Universo; promover o contacto directo com matérias de estudo em sala de aula; com-preender o conceito de biodi-versidade; conhecer diferentes ecossistemas e o seu funciona-

mento, assim como um local de preservação e por fim propor-cionar o convívio entre alunos e professores. A visita ao Planetário per-mitiu que os nossos cientistas fizessem uma pequena viagem pelo espaço e aumentassem os

seus conhecimentos constru-ídos no contexto sala de aula sobre o sistema onde está lo-calizado o nosso planeta Terra – o Sistema Solar. No Parque Biológico, a caminhada de des-coberta da Natureza foi sen-sivelmente de 3Km, durante

os quais foi possível contactar directamente com uma enor-me diversidade de seres vivos, desde lontras, a garças-reais, gansos-patolas, gamos, texu-gos, toirões, aves de rapina, raposas, javalis, corços, etc, que habitam neste local de pre-servação. Esta aventura permi-tiu ainda descobrir um pouco mais acerca dos diferentes bio-mas terrestres actuais e do pas-sado, com a visita à exposição Biorama. Foi possível ainda fa-zer uma rápida viagem sobre a evolução da vida no nosso pla-neta, que já conta com milhões de anos, homenageando tam-bém os 150 anos da publicação de “A Origem das Espécies”, escrita pelo grandioso evolu-cionista Charles Darwin. Após

este dia de aventuras pelo espaço e pela biodiversidade terrestre, os nossos cientistas regressaram à escola, fatiga-dos de tantas emoções, mas com uma cultura científica muito mais completa. Apesar do dia triste de chuva e pouco convidativo às visitas ao ar livre esperamos que os protagonistas desta aventura, os nossos pequenos cientistas, se tenham divertido e tenham aprendido muito. A todos os professores que participaram e tornaram possível a reali-zação desta visita, um muito obrigada pela colaboração!!

Professora Neuza Barbosa

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6 Dezembro 2009

A promoção da saúde na escola constitui uma estratégia prioritária no contexto das po-líticas nacionais de educação, que incluem, entre as múlti-plas responsabilidades da es-cola actual, a adopção de me-didas que visam a promoção da saúde da população escolar. Ciente da importância de pro-mover o desenvolvimento de competências que permitam a

cada indivíduo realizar esco-lhas saudáveis, de modo infor-mado, consciente, responsável e autónomo, o Agrupamento Vertical de Escolas de Infias – Vizela (AVEIV) implementou um Projecto de Educação e Promoção da Saúde (PEPS).Sob o tema aglutinador, “Uma Escola Mais Saudável”, foram atribuídos sub-temas aos dife-rentes níveis de escolaridade,

PROJECTO DE EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE - “ESCOLA SAUDÁVEL”

que os têm vindo a trabalhar essencialmente na área curri-cular não disciplinar de Área de Projecto. Para servir de plataforma de implementação deste projecto, foram também criados o Clube da Saúde e o Gabinete de Apoio ao Aluno, nas instalações da EB2,3/S de Vizela – Infias.

Professora Gabriela Salgado

O Clube da Saúde serve de plataforma de implementação do Projecto de Educação e Pro-moção da Saúde do Agrupamento Vertical de Escolas de Infias. A sua dinamização está a car-go da equipa de educação e promoção da saúde, programando diversas actividades dirigidas à comunidade educativa e disponibilizando in-formação/recursos pedagógicos acerca das di-versas temáticas da saúde. Professores, alunos e Encarregados de Educação podem contactar o Clube para solicitar colaboração, pesquisar informação ou requisitar material lúdico-peda-gógico, nas suas instalações ou através da sua página na internet: http://sites.google.com/site/infiassaude/. Fica aqui um balanço das diversas activida-des realizadas durante o 1o período, visando a promoção da saúde e a prevenção de comporta-mentos de risco na comunidade escolar, traba-lhando em conjunto temáticas relacionadas com a saúde juvenil e adolescência:

GRIPE A PLANO DE CONTINGÊNCIA Lançamos a todas as turmas o desafio de pes-quisarem mais acerca da Gripe A, realizando trabalhos para divulgação junto de toda a comu-nidade.

GABINETE DE APOIO AO ALUNO

Quem Somos? Somos uma equipa de professores que, em parceria com a Psicóloga da escola e profissionais de saúde, da Unidade de Saúde Familiar “Novos Rumos”, do Centro de Saúde de Vizela, constitui um gabinete de atendimento para os alunos, no âmbito da Educação para a Saúde da EB 2,3/S de Vizela - Infias.

Quais São Os Nossos Objectivos? Garantir um clima es-timulante e que proporcione auto-estima; Criar condições de promoção do sucesso escolar e educativo; Dar resposta às principais dúvidas dos jovens na área da sexualidade, con-sumo de substâncias e outros problemas relacionados com a adolescência; Orientar os jovens para a tomada de decisões conscientes e responsáveis; Contribuir para a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e gravidezes indesejadas; Desenvolver atitudes de tolerância, solidariedade e respeito mútuo, contribuindo para a realização integral do jovem.

Como Funcionamos? Podes aparecer no gabinete de apoio ao aluno (na sala do Clube da Saúde) e conversar com um adulto, expondo as tuas dúvidas/problemas. Podes dirigir-se a este espaço, sozinho ou em grupo, para esclarecer dúvidas, geralmente associadas às grandes mudanças que ocorrem e experimentas na adolescência. Aí poderás ser ouvido, encon-trar algumas respostas, receber informação disponível e, caso seja necessário, ser encaminhado para um apoio fora da esco-la (Centro de Saúde, Psicóloga,...). Como Nos Podes Contactar? Dirigindo-te às instalações do Gabinete.

Enviando um e-mail com as tuas dúvidas, sobre sexualidade ou outras temáticas de saúde, através do endereço: [email protected]

É garantida a confidencialidade (se preferires não tens de te identificar, mas deverás colocar a idade ou ano de escolarida-de) e todas as questões serão respondidas (directamente para o teu endereço de e-mail e/ou na nossa página da internet e vitrina do Clube da Saúde).

CLUBE DA SAÚDE

Trabalhos realizados por alunos do 5º ano

COMEMORAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA DIABETES

Em Portugal, quase um milhão de pessoas têm diabetes. De acordo com os últimos estudos, já atingimos o número de casos esperado só para 2025. Mais preocupante, é o facto de esta doen-ça afectar cada vez mais jovens. Assim, aproveitando a comemo-ração mundial, no dia 14 de Novembro, foi disponibilizada infor-mação no hall de entrada na escola. O Clube da Saúde promoveu, com a ajuda dos professores de Biologia e Educação Física, a ex-ploração da apresentação “Manual de Educação Diabetológica” em todas as turmas do ensino secundário.

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7Dezembro 2009

(cont.)

COMEMORAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

No dia 16 de Outubro comemorou-se, mais uma vez, o Dia Mundial da Alimentação. O nosso Agrupamento juntou-se a esta comemoração e organizou uma recolha de bens alimentares para doar ao Banco Alimentar contra a Fome. A nossa recolha reuniu 321,6 Kg... Muito obrigada a todos os que contribuiram. No Hall de entrada da escola estiveram expostos trabalhos realizados pe-las escolas do 1º ciclo e pela turma 6ºC. Na Biblioteca da escola, o grupo de Biologia e Geologia desenvolveu actividades relaciona-das com a alimentação saudável, a decoração do Hall de entrada ficou a cargo do Clube da Saúde.

COMEMORAÇÃO DO DIA DO NÃO FUMADOR

O tabaco é o assassino mortífero: mata uma pessoa a cada seis segundos e, quando não chega a ceifar a vida, rouba-lhe uma mé-dia de 15 anos. O tabagismo é um factor de risco não só para o próprio fumador, mas também para todos os que vivem em am-bientes poluídos pelo fumo do tabaco (fumadores passivos). No dia 17 de Novembro comemorou-se o dia do Não Fumador.Os alunos das turmas C e D, do 9ºano prepararam actividades que apresentaram às restantes turmas da escola. O Clube da Saú-de organizou a exposição “Campanhas Anti-tabágicas”, com a afixação de cartazes em todas as portas das salas de aula e uma exposição no Hall de entrada.

LANÇAMENTO DO CONCURSO “SIDA – JUNTOS PODEMOS… SALVAR VIDAS”

A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) e o síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) representam, em todo o mundo, uma causa fundamental de doença e de mor-te, que atinge sobretudo adultos jovens. Segundo estimativas, em Portugal existirão cerca de 32 mil pessoas infectadas, entre os indivíduos do grupo etário dos 15-49 anos. No âmbito da comemoração do Dia Mundial da Luta Contra a SIDA, a 1 de Dezembro, foi lançado um concurso dirigido a toda a comunidade educativa.

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8 Dezembro 2009

Os hábitos de leitura de jor-nais, dentro e fora da escola, são um alicerce para a cons-trução de uma visão pertinen-te e de uma análise crítica da sociedade. Considera-se a im-prensa local um veículo e ac-tor central na formação cívica da comunidade escolar e na formação da opinião pública. Neste sentido, propusemos à Direcção do JVJornal levar a cabo o “Projecto C.S.I. In-fias, com as crónicas Ciência e Sociedade em Interacção”, que aceitou de imediato. O projecto pretende estabele-cer uma maior ligação entre a escola e a comunidade local e esperamos que o contribua para a formação de cidadãos conscientes e activos, aliás, um dos objectivos fundamen-tais do nosso projecto educa-tivo. Trata-se de um projecto extra-curricular, mas de ca-rácter interdisciplinar e que congrega saberes das áreas

disciplinares, de Biologia, das Ciências Físico-Químicas e da Geografia e que conta com a participação activa dos nossos alunos. Um projecto aberto e evolutivo com uma componen-te colectiva e individual. Coube iniciar este conjunto de crónicas ao grupo de profes-sores de Geografia, da Escola EB23/S de Infias, que neste momento acabou de leccionar, no sétimo ano de escolaridade, a unidade temática “As paisa-gens”. A Geografia, enquanto ciência, estuda a paisagem por diferentes vertentes do pensa-mento geográfico. Mas, todas têm como consenso que a pai-sagem é a materialização resul-tante da interacção do Homem com os elementos da natureza.Nas nossas aulas de Geogra-fia, para aguçar o apetite por esta ciência, dizemos aos nos-sos alunos que todos “eles são Geógrafos”, na medida em que sendo a Geografia a Ciência do

espaço, as paisagens como ob-jecto do seu estudo podem ser sentidas pelo homem e, dessa forma, trazer-lhe inúmeras sensações e sentimentos. A paisagem possui uma iden-tidade que lhe é dada pelos ele-mentos que a compõem, a sua marca resulta da interacção en-tre o Homem e o espaço e esta dialéctica torna cada paisagem única e mais ou menos comple-xa. Daí que, nos exemplos que lhes damos, apresentamos a

paisagem urbana (com as cida-des), a paisagem rural (com os elementos do campo), a paisa-gem industrial (complexo in-dustrial), a paisagem cultural, religiosa e a paisagem natural Chamamos-lhes também a atenção de que as paisagens mais do que nunca, e como tudo nesta sociedade globali-zada, sofrem grandes e rápidas mudanças. Assim, a paisagem que vemos hoje não será a que veremos amanhã e nem tão

pouco é a que foi vista ontem, pois a paisagem é produzida e reproduzida no decorrer do tempo, através da acção do homem e da sociedade sobre o território. A paisagem é, por conse-guinte, sentida pelos homens afectivamente e culturalmen-te. A imagem que apresenta-mos é uma fotografia de uma “paisagem do Monte de S. Bento das Peras” e com ela explicamos, de uma forma simplista, aos nossos alunos o trabalho que se pode fazer com a análise das paisagens e chamar-lhes à atenção para a diversidade e complexidade de informação que as paisa-gens nos permitem retirar.

Alunos e professores de Geografia

As Paisagens e a sua Singularidade!

“As florestas são os pulmões do mundo!” Esta afirmação por muitos proferida todos os dias, nem sempre tem a importância merecida, uma vez que nem sempre são tomadas as mais benéficas atitudes para com a Natureza. As escolas são os instrumentos ideais para mar-car a diferença, uma vez que têm a possibilidade de incutir os verdadeiros e importantes princípios de respeito pela Na-tureza nos nossos jovens, que são o futuro do nosso planeta. O Clube das Sequóias da nos-sa escola propõe-se a trabalhar estes ideais com os nossos alu-nos, pretende trabalhar atitu-des de respeito pela Natureza e pelos seus recursos, fomentar práticas com vista ao desenvol-vimento sustentável, formar cidadãos conscientes e interve-nientes na vertente ambiental

e promover a aplicação destes princípios em atitudes e acções do quotidiano. É uma activi-dade de ocupação dos tempos livres, que assenta na base dos princípios referidos e trabalha com alegria, dinamismo, cria-tividade e imaginação. O pequeno trabalho de hoje, com um reduzido número de jovens, reflectir-se-á no ama-nhã em gigantescas atitudes de respeito pela Natureza… e é assim que tudo se inicia, com a vontade de poucos a conta-giar as multidões!! Por isso, inscreve-te e vem também par-ticipar no clube da tua escola, para aprenderes a deixar a tua marca de diferença no nosso planeta.

Neuza BarbosaProfessora do

Clube das Sequóias

Clube da Floresta

Dia dezasseis de Outubro é o Dia Mundial da Alimenta-ção. Para celebrar este dia, re-alizámos na nossa escola uma actividade diferente. Foi uma feira onde vendemos os ali-mentos que cada encarregado de educação ofereceu. Havia um bocado de tudo, desde os produtos do campo, as hortali-ças e legumes frescos, as frutas desta época, mel, compotas, marmelada, ovos e muitos bo-los feitos pelas nossas mães, tinham um aspecto, hum! Para agrado de todos até havia um

porquinho-da-índia, que foi o sucesso da feira. Todos ajudámos a expor os alimentos. Já havia muitas pessoas à espera que a feira co-meçasse. Aliás, vieram mesmo muitas pessoas. Abriram-se os portões, começou a venda. Foi uma grande azáfama. Todos trabalharam, uns apregoavam os produtos, outros davam o preço, foi fantástico! Parecia mesmo uma feira. Os nossos pais e familiares vieram à esco-la e não foi para falar de notas! Foi um dia divertido e uma

Dia Mundial da Alimentação

forma diferente de trabalhar-mos a alimentação. Na feira lidámos com produtos saudá-veis que devem fazer parte das nossas refeições e outros que sabem tão bem e, se não forem comidos em excesso, também não fazem mal! Foi uma boa maneira de tra-balhar a alimentação. Todos gostámos muito.

JI/EB1 Cruzeiro - S. Paio

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9Dezembro 2009

O Agrupamento Vertical de Escolas de Infias tem em funcionamento o Serviço de Psicologia e Orientação cuja finalidade é o atendimento Psi-cológico, que visa a intervenção junto dos alunos procedendo à sua avaliação psicopedagógi-ca. Pretende-se promover ca-pacidades que os ajudem a superar as suas dificuldades, o apoio psicológico individual; a promoção de competências so-ciais e cognitivas; o desenvol-vimento de métodos e técnicas de estudo; orientação vocacio-nal e profissional. As principais actividades/objectivos do S.P.O são:- Promover actividades especí-ficas de informação, aconsel-hamento e orientação escolar e profissional;- Prestar apoio de natureza psi-cológica e psicopedagógica, no contexto das actividades edu-cativas, tendo em vista o suc-esso escolar;- Apoiar os alunos no processo de aprendizagem e de integra-ção na comunidade;

- Aconselhamento / Consulto-ria à Comunidade Educativa;- Parcerias / Colaboração com outros Serviços da Comuni-dade;- Desenvolvimento de Projec-tos. O Agrupamento, pela primei-ra vez, tem a funcionar o Gabi-nete de Apoio ao Encarregado de Educação, cujo objectivo principal é fazer a articulação entre a Escola e a Família para que de uma forma conjunta e estruturada se possa atingir os objectivos propostos. A saber:•Combater e prevenir o absen-tismo e o abandono escolar •Contribuir para o sucesso es-colar •Despistar situações de risco •Apoiar famílias e alunos nas suas problemáticas •Promover a inter-relação entre professores, alunos, auxiliares de acção educativa e famílias •Promover a participação ac-tiva dos pais e encarregados de educação na vida escolar dos alunos O Serviço de Psicologia e Ori-

entação da escola EB2,3/S de Infias tem o seguinte Horário: - 2ª Feira das 9h30 às 10h00 Clube da Saúde; 10h20 às 12h30 atendimento a alunos; 14h20 às 17h20 atendimento a alunos.- 3ª Feira: 14h20 às 17h35 aten-dimento a alunos; das 17h35 às 18h20 atendimento aos Encar-regados de Educação.- 4ª Feira: das 9h30 às 10h30 EB1 S. Paio; 11h00 às 12h00 EB1 Tagilde; 14h20 às 17h20 atendimento a alunos; das 17h20 às 18h20 Clube da Saúde.- 5ª Feira: das 9h30 às 12h00 EB1 Infias; 14h20 às 15h20 Clube da Saúde;Das 15h20 às 17h30 atendi-mento a alunos; das 17h35 às 18h20 atendimento aos Encar-regados de Educação.- 6ª Feira: das 9h30 às 10h30 EB1 Teixugueiras; 11h00 às 12h00 EB1 S. Miguel. A Psicóloga

Fernanda Pereira

CLUBE «ABRIR HORIZONTES» O motivo principal para a criação deste Clube foi a tentativa de proporcionar aos alunos uma actividade de complemento curricular, com base num processo pedagógi-co de ocupação dos tempos li-vres, de forma lúdica e criativa, contribuindo, assim, para um engrandecimento cultural dos alunos e um enriquecimento do seu conhecimento do mun-do. Deste modo, alguns dos ob-jectivos são:* promover o contacto com di-ferentes civilizações e culturas; * desenvolver a capacidade de comunicação (oral e escrita);* participar em iniciativas pro-movidas pela escola;* promover a partilha de sabe-res;* valorizar e compreender o valor das artes, nas várias cul-turas e sociedades;* desenvolver uma consciência artística, em relação ao patri-mónio de cada país;* contribuir para o enriqueci-mento cultural do aluno; * motivar os alunos para a

aprendizagem das línguas e culturas estrangeiras; * favorecer a integração da es-cola nas várias culturas e civi-lizações; * promover valores como a en-treajuda, a responsabilidade, a autonomia, a cooperação e o empenho;* contribuir para uma dinami-zação da escola;* propiciar contactos culturais e civilizacionais;* abrir a escola à comunidade escolar;* promover a interdisciplinari-dade.Ora, para alcançar estes objec-tivos, as estratégias/ activida-des que se pretendem colocar em prática são as seguintes:* Concurso para criar um logó-tipo para o clube;* Promoção/realização de uma viagem escolar a Itália;* Inscrições no clube para os alunos interessados;* Realização de encontros, a definir, entre responsáveis/ co-laboradores e alunos inscritos para proceder a pesquisas so-bre os locais a visitar, orçamen-

tos/ custos, as necessidades económicas e levantamento das actividades a desenvolver, na escola, para custear a via-gem.* Realização de reuniões com os encarregados de educação dos alunos interessados na via-gem a Itália. * Organização/ preparação e execução de actividades de an-gariação de fundos (com datas a definir pelos envolvidos no projecto).* Efectuação, conjuntamente com os alunos, da documenta-ção necessária à consecução do projecto.* Apresentação do desenvolvi-mento do projecto, através de um jornal de parede, afixado em vários locais da escola. * Levantamento de outros destinos a considerar em anos subsequentes.* Concretização da viagem a Itália. Assim sendo, este clube en-contra-se aberto em horário fi-xado, conforme pode ser visua-lizado, na porta do mesmo. Ao longo deste período, várias

têm sido as visitas ao clube, quer para ajudar na decoração quer para partilharem experi-ências e saberes. Aqui deixa-mos alguns testemunhos dos alunos que assiduamente têm frequentado o clube:«No clube, partilhámos as ex-periências de cada um.» (Cláu-dia – 8ºD) «Conhecer novas culturas, um mundo diferente.» (Filipa – 8ºD)«Com este clube, ficamos a co-nhecer melhor os países de que talvez nunca ouvimos falar.» (Soraia – 8ºD)«Aprendizagem de novas cul-turas e monumentos diferen-tes.» (Nuno – 8ºD)«Novos conhecimentos, cultu-ras e países.» (Luís – 8ºD) No segundo período, iremos dar a conhecer o vencedor do logótipo e efectuar uma reu-nião com os interessados na vi-sita de estudo a Itália. Por isso, aguardem as nossas notícias. As responsáveis do

Clube

Serviço de Psicologia e Orientação

A propósito do núcleo gerador Urbanismo e Mo-bilidade, a turma EFA/SEC teve patente em Novembro uma exposição, na Bib-lioteca Escolar, sobre os mais variados temas abor-dados nas diferentes áreas de formação. A actividade foi muito interessante e os formandos e formadores estão de parabéns.

EFA/SEC em exposição

Uma campanha luminosa A nossa Escola promoveu, uma campanha de Troca de Lâm-padas para a comunidade educativa, na quinta-feira, dia 26 de Novembro, na Biblioteca. Cada lâmpada incandescente foi trocada por 4 lâmpadas economizadoras de energia. Esta acção insere-se no Plano Nacional de Acção para a Efi-ciência Energética e promove a substituição de lâmpadas in-candescentes por lâmpadas economizadoras.

MELHORAR A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA É CON-TRIBUIR PARA UM FUTURO MELHOR!

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10 Dezembro 2009

O Agrupamento Vertical de Escolas de Infias aderiu, em mas-sa, à iniciativa “Rotundas de Natal – 2009” proposto pelo pelouro do turismo da Câmara Municipal de Vi-zela. O projecto teve como objectivos contribuir para o embelezamento da nossa cidade na época natalícia, in-centivar a criatividade, originalidade e espírito de grupo dos participantes na decoração das rotundas. Os crité-rios relativos aos materiais utilizados na concepção e criação dos presépios foram a resistência e diversidade dos mesmos, dando especial ênfase aos reutilizados/reciclados, tendo em conta que a exposição dos presépios foi feita ao ar livre. Os alunos e professores, com esta iniciativa, atingiram um elevado nível

Presépios para todos os gostosde participação, de envolvimento e empenharam-se com elevado senti-do de responsabilidade. Revelaram forte sentido de pertença à escola. Criou-se uma verdadeira escola de afectos incutindo nos alunos valo-res de cidadania, de tolerância e de solidariedade. Um verdadeiro espí-rito natalício! Nestas duas páginas apresen-tamos os trabalhos realizados pelas diversas escolas para a decoração das rotundas da cidade de Vizela. Alguns destes trabalhos já se en-contram instalados nas rotundas, outros ainda não. Também apre-sentamos aqui os trabalhos realiza-dos para a decoração das escolas do agrupamento.

Escola EB1/JI Teixugueiras Escola EB1/JI de Tagilde

Escola EB1/JI de Infías

Escola EB/S de Vizela - InfíasEscola EB/S de Vizela - Infías

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11Dezembro 2009

Fases da elaboração de um dos presépios pelos alunos do 10º C, sob a orientação da professora Sónia Barbosa e do professor Nuno Santos.

1ºComeçámos por forrar os manequins com película ade-rente e em seguida passámos muitas camadas de fita adesi-va transparente.

2ºEm seguida cortámos as partes com um x-acto para re-tirar do manequim e voltámos a unir com mais fita adesiva.

3ºDepois juntámos as partes do corpo. Introduzimos man-ga eléctrica no interior para a iluminação e enchemos com plástico transparente. Em se-guida, criámos roupas para os bonecos com plástico .Para o anjo, tivemos que fazer uma estrutura em ferro. para o corpo e as asas.

Escola EB/S de Vizela - Infías Escola EB/S de Vizela - InfíasMóbil em forma de árvore .

Escola EB1 de São Miguel Escola EB1/JI de S. Paio ainda em construção.

Jardim de Infância de PadimEscola EB/S de Vizela - InfíasPresépio da Sala dos Professores.

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12 Dezembro 2009

Entrevista a Mark Jenkins A realização das figuras do presépio em fita adesiva transparente, para uma das rotundas foram inspiradas no trabalho do artista ameri-cano Mark Jenkins. Por essa razão achámos in-teressante enviar por email uma entrevista a este artista a que ele amavelmente respondeu e que apresentamos neste jornal.

Mark Jenkins nasceu em 1970, na Virgínia, e é conhecido pelas suas instalações de arte urba-na nos mais variados locais públicos. Usa sobre-tudo fita adesiva transparente para construir as suas figuras, vestindo algumas delas com rou-pas e colocando-as nas situações mais bizarras.

Pau de Giz: Porque escolheu ser um artista, e quando é que começou?

Mark Jenkins: Eu comecei a fazer arte no Rio de Janeiro em 2003. Sempre tive interesse pe-las artes mas comecei com a música. Eu mudei para as artes visuais quando comecei a fazer flyers para divulgar a banda à qual pertencia. Mais tarde mudei-me para a escultura depois de me ter interessado pelo trabalho do artista Juan Munoz. P.G: Porque é que começou a fazer instalações nos locais públicos e o que espera alcançar com a sua arte?

M.J: Eu nunca estudei arte formalmente, por isso a ideia de colocar o meu trabalho numa ga-leria não seria um percurso natural parao meu trabalho. Em vez disso eu decidi compartilhar os trabalhos com a cidade, colocando-os no es-paço público.

P.G: Que artistas o influenciaram e como?

M.J: Juan Muñoz foi quem me infuenciou a esco-lher a escultura de instalação. Não houve outros artistas que tenham tido uma grande influência excepto escritores como Camus ou Vonnegut.

P.G: Que outros interesses tem para além de criar arte?

M.J: Gosto de passear pelos bosques.

P.G: Onde se inspira para criar a sua arte? M.J. Eu não preciso de inspiração. Eu tenho muitas ideias criativas e manifestando-as atra-vés das minhas instalações é uma forma de me ver livre delas.

P.G: Qual é a melhor e a pior parte de se ser artis-ta a tempo inteiro?

M.J: Exige muito de nós e isso pode ser uma coi-sa boa ou uma coisa má.

P.G: Em que está a trabalhar actualmente?

M.J: Tenho um espectáculo para breve em Los Angeles que está a tomar todo o meu tempo.

P.G: Que tipo de conselho gostaria de dar a um artista que está a começar a sua carreira?

M.J: Que não peça conselhos.

P.G: Espera visitar Portugal num futuro próxi-mo? Quando poderemos ver as suas esculturas nas ruas de uma cidade portuguesa como Lis-boa ou outra?

M.J: Eu estive em Lisboa em 2007 e diverti-me. Gostaria de voltar e visitar o Porto, cidade a que Munoz esteve muito ligado.

P.G: Muito obrigado pela entrevista.

M.J: Obrigado eu.

Web site do artista: www.xmarkjenkinsx.com

P.G: Que tipo de mensagens tenta passar ao público com as suas instalações de rua? M.J: Muito do meu trabalho é acerca do absur-do. Se existe alguma mensagem é levar as pes-soas a questionarem-se sobre o que as rodeia torneando a realidade.

P.G: Que tipo de reacções tem do público?

M.J: Diversas, alguns riem-se, outros mostram receio, outros contemplam e outros ignoram.

Nem sequer uma ideia. Nada.Desaprendera de escrever. Tinha a certeza que era isso que lhe acontecia. Uma quadra que fosse, de rima pobre, não importava; uma cróni-ca infeliz sobre qualquer tema, uma prosa curta e sincopadaTentava mas não conseguia.Não podia ser falta de inspiração, que mesmo quando disso enfermava, sempre escrevia qualquer coisa, nem que fosse para rasgar de seguida…. Mas então que raio se passava?O escritor que já não o era, não encontrando respostas para a sua pensada desgraça, sentou-se no alpendre da casa fitando longamente a paisagem. Mudo e quieto.Ficou assim por um tempo. Muito tempo.

As raízes romperam a terra e as tábuas, envolveram primeiro a cadeira onde se sentara, depois entrelaçaram-se nas suas pernas, abraçaram o seu tronco…Sentiu-se invadido por uma estranha serenidade. Um pássaro colorido poisou num ramo que lhe saía dos dedos esticados da mão direita. Acariciou-o com a leveza das folhas.Com o passar dos anos, o escritor que tinha desaprendido de escrever, transformou-se num imponente carvalho. De braços fortes estendidos ao longo do seu corpo alto e belo, fitando a paisagem à qual já pertencia.

Um dia o fogo chegou perto. Sentiu primeiro um imenso calor a subir pelo tronco, depois as chamas a roçarem-lhe a pele, secando lentamente a sua alma de madeira.Um casal de bicos de lacre levantou voo apressado, deixando para trás o seu ninho de amor. Quis voar também, mas não conseguiu.

O Carvalho queimado que tinha sido escritor um dia, foi cor-tado pela base. Carregaram-no junto com outras vítimas da incúria dos homens num grande camião, a caminho da fábri-ca de papel.Depois de um processo longo de transformação, acabou mui-to enroladinho, pronto para uma nova etapa.Estava encantado, e nem mesmo quando a afiada guilhotina dispersou o seu ser por mil folhas brancas, se sentiu perdido ou só.Estava vivo em cada pedaço.

O escritor não consegue escrever. Falta-lhe inspiração, vive angustiado no branco do papel.Deixa rolar uma lágrima dos olhos, que cai na folha imacula-da que tem à sua frente. Estranhamente esta deixa uma marca de sangue no papel.- Já sei. Disse, como se de repente a inspiração tivesse volta-do. E começou a pintar a folha com palavras.

Professor José Ilídio Torres

PROSA POÉTICA SOBRE A ESCRITA

O escritor é a sua árvore

Se o mundo acabasse amanhã

Se o mundo acabasse amanhã, não haveria horas, minutos, nem segundos desperdiçados com zangas sem sentido, cha-madas de atenção ou palavras de negação. Todos seríamos livres de concretizar o nosso último desejo…aquele que des-perta em nós um interesse inexplicável! O meu último desejo era sem dúvida ir ao espaço, “tocar” nas es-trelas, nos cometas, nos planetas, nos inúmeros seres que, para lá da Terra, existirão. Descobrir o desconhecido, avistar o espaço vazio, e então, sim, poderia dizer que era livre! Cá, na Terra não sinto essa sensação. É-me imposta a obrigação de comer, de dormir, de limpar, de estudar, de falar, de saber, até mesmo por vezes, de adivinhar! A liberdade não é uma coisa que se alcança, mas sim um direito da humanidade. Mas, na verdade, se o mundo acabasse amanhã? Ape-nas nos restava a saudade.

Ana Borges 9ºD

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13Dezembro 2009

A nossa escola participou no 2º campeonato interescolas do Vale do Sousa que se realizou no Centro Comercial Ferrara Plaza, em Paços de Ferreira, durante o fim-de-semana, entre os dias 24 de Outubro e 15 de Novembro de 2009. Esta iniciativa pretendeu aliar a aprendizagem à diver-são, num concurso do género “Quem quer ser milionário” ou “Sabe mais do que um mi-údo de 10 anos?”, motivando os participantes a aprender e possibilitando o convívio entre alunos de diferentes escolas. O campeonato contou com a participação de 32 equipas, divididas em duas competi-ções paralelas de 16 equipas, a competição Júnior e a com-petição Sénior. A escolha dos alunos foi pensada com o ob-jectivo de premiar os que mais

se esforçaram no último ano lectivo, tendo obtido um apro-veitamento de excelência. A representar-nos tivemos duas equipas de 6 elementos, com a seguinte constituição:- Equipa júnior – Diogo Perei-ra, Maria Beatriz Leite e Ana Rita Rocha do 5º C; Sara Oli-veira e Sara Machado do 6º A; Márcia Alves do 6º D.- Equipa sénior – Marta Oli-veira e Joana Baptista do 7º C; Cláudia Pinto e Marta Almeida do 8º D; Ana Borges e Joana Castro do 9º D.Foi com orgulho, brilhantis-mo e satisfação que os nossos representantes foram ultra-passando as sucessivas elimi-natórias, dando provas da sua perspicácia e alto nível de conhecimentos, com o apoio fervoroso das entusiásticas claques, até à brilhante con-

quista do 3º lugar na compe-tição sénior e do 2º lugar na competição júnior. Cada su-cesso conquistado implicava um aumento de expectativa e adrenalina para o confron-to seguinte, num sentimento partilhado pelos concorrentes e pelos respectivos acompa-nhantes, que rumaram a Paços de Ferreira para prestar o seu apoio através de hinos, palmas e palavras de incentivo. Foi as-sim num ambiente de grande euforia que fomos ultrapas-sando os obstáculos colocados

pelas equipas adversárias, ten-do atingido, no caso da com-petição júnior, a final de 15 de Novembro, jogada num am-biente apoteótico e electrizan-te, com a apresentação a cargo de Jorge Gabriel. A equipa sé-nior, apesar do brilhantismo da sua actuação, foi eliminada na meia-final pela equipa que haveria mais tarde de ganhar a competição. O visível desencanto e até algumas lágrimas vertidas por não termos ido ainda mais além, contrastou com a alegria

do dever cumprido e o orgulho do elevado nível que demons-trámos nesta primeira partici-pação. No final, foram entregues prémios aos alunos partici-pantes e à escola, mas a gran-de recompensa acabou por ser o divertimento, companheiris-mo e convívio entre todos os intervenientes. Parabéns a todos os envolvi-dos e aguardamos com expec-tativa o convite para uma nova participação no próximo ano lectivo!

2º Campeonato interescolas do Vale de Sousa

A vida académica de um alu-no é feita de actividades e as vi-sitas de estudo são as que per-mitem aprendizagens menos formais e mais interessantes. A visita de estudo a Bra-ga foi um bom exemplo disso. Tudo o que se aprendeu ficou assimilado de maneira dife-rente do que seria aprendido dentro da sala de aula e ainda ficaram na memória as emo-ções. A maior parte da visita foi cultural e ainda assim a tur-ma interessou-se bastante! Eu gostei particularmente da visi-ta ao Theatro Circo, porque o teatro fascina-me e o próprio edifício é de uma beleza rara. Senti-me orgulhosa por saber que pertenço a um distrito que

tem algo tão belo! Apreciei to-dos os momentos: no palco, nos camarins, nos balcões… Foi como transportar-me para um outro mundo! A ida à Sé de Braga foi in-teressante! Lembrámos factos do passado como, por exem-

plo, o milagre dos frutos. Re-almente impressionante foi conhecer o cabido e o órgão tão antigo e ainda em funções para concertos vários. Conhe-cer o Barroco é encher-se de espanto pela beleza que apre-senta! Na verdade, este tipo de projecto quebra a monotonia diária das aulas e as emoções vividas em grupo e individu-almente fazem-nos, enquanto jovens alunos, crescer como pessoas, já para não mencio-nar que uma visita de estudo adequa-se na perfeição ao cur-so de animação sociocultural. Gostei muito!

Ângela Cunha, 11º C

Impressões…Visita de Estudo a Braga

Poema com adjectivos(ao jeito de Alexandre O’Neill)

Amigos

Meigos simpáticos brincalhões risonhos engraçados delicados ridículosÚnicosInteligentes estudiosos concentradíssimos espertíssi-mos DedicadosProtectores exclusivos incomparáveis excepcionais Corajosos amorosos curiosos Apaixonados Preguiçosos teimosos chatíssimos impacientes Distantes Raros Imaginários

Cláudia Costa 11ºC

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14 Dezembro 2009

Era uma vez um menino chamado Alexan-dre que tinha uns belos olhos azuis. A sua casa era verde, laranja, amarela, multicolor e situava-se junto ao lago do Cisne de Cristal. Alexandre era alegre, divertido e um gran-de amigo. Na sua escola ajudava todos os seus colegas. Os professores admiravam o seu traba-lho, impressionavam-se com a sua inteligência e, sobretudo, elogiavam o amor que tinha pela sua escola. Certo dia, Alexandre, cumprindo um pedido da sua mãe, foi até ao lago do Cisne de Cristal falar com a sua amiga Cristina que tinha lou-ros cabelos parecidos com fios de seda e cetim e olhos azuis como o céu. A mãe de Alexandre tinha-o mandado lá, pois Cristina tinha um óp-timo lenço feito propositamente para D.Rosa, mãe de Alexandre, Cristina quis ir com ele en-tregar o lenço, no entanto, pelo caminho, co-meçou a chover e com a chuva vieram trovões e relâmpagos fortes como elefantes e matreiros como raposas, depois veio um temporal fortis-simo e por isso, eles, desordenados, perderam-se e a partir daí para regressarem a casa teriam de passar por certas coisas inacreditáveis, então Alexandre disse: -Eu adoro a minha mãe e por ela passarei por todos os obstáculos . Depois fizeram-se à aventura. Primeiro encontraram um ogre que disse: -Para por mim passar, inteligência têm de ter, a amizade tem de triunfar e o amor tem de vencer! Eles que eram amigos de infância percebe-ram a mensagem e logo em seguida disseram: -Que queres? -Quero que ambos em campos amplos me tragam a flor que vale todo o meu amor! Eles, numa corrida ofegante, correram ao campo que conseguiram avistar e lá encontra-ram a rosa mais bonita do planeta, tinha cerca de dez enormes pétalas vermelhas que pareciam fogo e depois com um sorriso nos lábios entre-garam-na ao ogre.Entretanto perguntaram: -Por que nos mandastes fazer uma tarefa

tão fácil? -Esta tarefa não foi fácil, nem toda a gen-te consegue ver essa flor. Apenas os verdadei-ros amigos a conseguem ver, pois é uma flor encantada! E agora sim podem passar.Adeus! -Adeus!-responderam eles. Alguns minutos depois apareceu um gigante que disse: -Já vi que são amigos, ainda bem, pois neste desafio vão ter de confiar um no outro. -Como assim? - perguntou Cristina. -Vão ter de passar por vários obstáculos, para por mim atravessar! -Quais? -Monstros, morcegos mas principalmente têm de atravessar as vossas divergências e se-rem os melhores amigos. -Vamos a isso! -disse Alexandre. Partiram então à aventura. Passaram pelas criaturas sem dificuldade, pois eles confiavam um no outro. Depois viram um dragão que afirmou: -Este é o derradeiro teste. Têm de vencer as divergências um do outro. Este teste irá trazer toda a verdade! O fantástico dragão verde e vermelho pegou no teste com bastante firmeza e entregou-o. Era um teste como os da escola, no entanto estava en-feitiçado e gritava sempre que ele não dissesse a verdade, já que aquele teste era feito com pergun-tas sobre a amizade dos dois. Veio a revelar-se que eles tinham a mais extraodinária amizade do mundo, eram amigos do coração, sem dúvida! Podendo passar pelo dragão, avistaram, com saudades, o seu lago de Cisne de Cristal. Alexandre correu para casa e abraçou a mãe com o seu melhor sorriso, tal como Cristina, o Alexandre deu um abraço a Cristina e juntos disseram: - Seremos os melhores amigos, para sempre!

Mariana Silva nº15 6ºA

Uma aventura fantástica

Sete horas da manhã. O telemóvel, que por acaso é Nokia – connecting peo-ple – das melhores marcas, desperta com uma música que me dá mais sono do que aquele que eu já tinha. Levanto-me e vou tomar o meu banho. Lavo-me com gel de banho Nívea cashmere moments pois que, segundo dizem, sentimo-nos renascer em cada novo duche. Depois, uso campo Herbal Essences para ficar com o cabelo mais sexy do Verão, como a Rita Pereira. Saio do banho, seco-me, visto umas calças da Ber-shka e uma camisola da Ma-luka. Calço umas sandálias da Nike, que dão muito estilo – just do it. Vou para a cozinha, pego numa caneca para tomar o leite, que é Agros – made in Natureza, o primeiro leite biológico. Para acompanhar, como duas torradas de Pan-rico, fofo, saboroso e irresis-tível. É o pão preferido dos Portugueses! Espalho Planta Margarina, já que o Instituto Superior de Ciências da Saú-de Egas Moniz recomenda a ingestão diária de um peque-no almoço saudável. De seguida, escovo os dentes. Pego na escova Col-gate 360º, aquela que limpa a língua e as bochechas. É

mais que uma escova dental! Colgate 360º é uma revolu-ção na saúde bucal! Ponho pasta Colgate Max White com lâminas branqueadoras para ficar com os dentes mais brancos da freguesia. Vou buscar a minha mochi-la Lightning Bolt, marca bas-tante conceituada de roupa e acessórios desportivos. Saio de casa e o carro do meu pai, um Fiat Punto, já não está lá fora. Tenho insis-tido com ele para comprar o BMW 120d, aquele do Sapo Cocas, mas ele diz que o di-nheiro ainda não cresce nas árvores. Apanho o autocarro e vou para a escola. Nas paragens, só vejo cartazes de operado-ras de telemóveis: Vodafone – viva o momento now; TMN – até já!; Optimus – de que é que precisas? Com tanta coi-sa, não preciso de nada! O dia de aulas é longo e a pu-blicidade está em todo o lado: Fresky; Yoggi (“O iogurte que pensa que é sumo.”) … Quando regresso a casa, ligo o computador HP e a te-levisão que, por acaso, é sem marca. A publicidade cansa-me!

Catarina Castro, 11º C

Publicidade? Não tem nada a ver comigo!

Num tributo à classe do-cente, celebra-se a 5 de Outu-bro o “Dia do Professor”. Foi neste âmbito, e com muito gosto, que a Direcção deste Agrupamento, em parceria com a BE/CRE, convidou to-dos os docentes a participar, num momento de convívio - “Chá de essências culturais -, no dia 6 de Outubro de 2009, pelas 18.30 horas.Foram bas-tantes os presentes. A senho-ra Directora deu o mote com a leitura de um pensamento de Paulo Freire sobre Educação e sobre o ser professor. En-fim! Lembrou-se de nos pôr a reflectir!!Depois,o nosso

professor de Área de Expres-sões, David Carvalho,com a sua voz branda trouxe-nos Mi-guel Torga, com “Romance” e “Segredo” e, ainda, interagiu com os colegas estimulando a criatividade e imaginação de cada um a propósito (vejam lá!!) de uma vara... E sempre na retaguarda, atentos, pres-táveis, simpáticos, com as suas músicas em saxofone e clarinete, os colegas das AEC tornaram este momento ainda mais brilhante. E foi mesmo! Não há nada melhor que ter a música junto de nós! E os nossos funcionários? Fantásticos!!! Desde o empe-

nho na organização e decora-ção do espaço à preparação do chá... Foram do melhor!A todos os que colabraram nesta actividade e a todos os que aju-daram a que ela se concretizas-se MUITO OBRIGADA!E que os professores sejam sempre lembrados e valorizados!

A professora bibliotecáriaEmília Monteiro

5 de Outubro - Dia do Professor

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15Dezembro 2009

Era uma vez uma me-nina chamada Maria que vivia com a sua avó, porque os pais a tinham abandonado quando ainda era bebé. A avó era pobre e não podia dar presentes à sua netinha, na noite de Natal. Para a menina, o vinte e cin-co de Dezembro era um dia como outro qualquer, sempre triste, e em cima da mesa pão e água. Uma noite de Dezembro, Maria foi lá fora dar uma volta e viu as ruas todas enfeitadas e as pessoas todas contentes. Ao ver aquele cenário tão ale-gre foi ficando cada vez mais triste. Pelas janelas das casas, con-templava as mesas cobertas de toalhas lindíssimas e em cima das toalhas havia muita coisa, rabanadas, guloseimas, enfim, tudo o que a menina não tinha. Encantavam-na todas aque-las moradias tão bem decora-das e com muitos presentes ao lado da árvore de Natal que, ainda por cima, estava cheia

de luzinhas e fitas brilhantes. Maria estava tão triste que resolveu ir para casa. Foi-se deitar e, de repente, viu uma luz muito brilhante que lhe disse: - Não fiques triste, hoje é uma noite muito feliz para ti. - Mas todos têm presentes, menos eu, só por ser pobre! – respondeu a menina. - Isso não é verdade. Olha para o chão e vê que tu tam-bém tens presentes. – disse a luz brilhante que se apagou. A menina olhou para o chão, viu um presente, e exclamou: - Será que é para mim? Foi logo perguntar à avó se era para ela e se tinha sido a avó a dar, mas a senhora disse que não tinha sido ela a colo-car o presente no quarto da pequena. Maria, embora muito admi-rada, ficou tão contente que deu um sorriso lindo e a avó ficou muito feliz por ver a sua neta sorrir tão intensamente!

Beatriz, 5ºF

Um conto de Natal

Por esta de época de Natal, onde não falta a felicidade, a alegria e o incomparável amor, apareceu um homem, numa escura e assustadora esquina da minha terra. Tinha aspecto robusto, era grande, forte, com cara de carrancudo e parecia que vivia na tristeza… e afinal vivia. Como sei isto? Boa per-gunta. Eu sou a Liliana e eu sei, porque um dia, a meio de um incrível sonho, apareceu, de re-pente, uma criatura branca, re-luzente, especial... Era um anjo que tinha vindo visitar-me! No meio da minha curiosidade, perguntou-me: - Liliana, seria pedir mui-to se viesses comigo? Gostaria que conhecesses uma pessoa diferente, mas muito especial. Eu, timidamente, acenei que não, mas o Anjo garantiu que não havia problema. En-tão, assustada e, ao mesmo tempo curiosa, por aquela visi-ta tão inesperada, decidi acom-panhá-lo. No meio dos meus pensa-mentos estranhos e confusos, partimos e voámos um pouco por cima das nuvens fofas e brancas, parecidas com algo-

dão doce e saboroso das feiras que eu tanto adoro. Quando chegámos à tal esquina, a es-tranha personagem começava a aparecer… e o anjo dizia: -Vês este homem? Ele pre-cisa da tua ajuda, mais do que ninguém! Ajuda-o, por favor! Vive nesta solidão acerca de vinte anos! Ajuda-o e verás que farás a diferença! Eu voltei a acenar com a ca-beça, querendo dizer que não, pois estava ainda um pouco amedrontada, embora com curiosidade e uma grande von-tade de ajudar. Pensei, pensei, voltei a pen-sar... E, finalmente, cheguei à conclusão de que a única for-ma de fazer algo por aquele ho-mem seria ser simpática, amis-tosa e única. Enchendo o meu coração de coragem (pequeno, mas enor-me quando quer ajudar), cum-primentei-o: - Bom dia, como se chama? O homem espantado com aquela saudação tão repentina, não respondeu. Mas eu, insis-tindo, perguntei de novo: -Bom dia, como se cha-ma?

Finalmente, saiu daqueles lábios, enormes e vermelhos, uma palavra tão simples, mas que para mim valera ouro. Saiu, no entanto, tão baixa, que me tive que aproximar para a conseguir ouvir: -José. -José, sente-se bem? – per-guntei, ansiosa por conhecer aquela pessoa estranha para mim. -Sim - disse ele, cabisbaixo. -, nunca me senti melhor. José mentia, eu sentira. A sua cara branca e lívida afir-mava a verdade, ele estava des-contente com alguma coisa ou com alguém. De repente, estremeceu, es-tava com frio. Então aproveitei e exclamei: -Venha para a minha casa, deve ter frio! Depois de eu muito insistir, José, carrancudo, concordou. Chegados a minha casa, branca e simples, mas onde rei-na a alegria e a compaixão, pre-parei-lhe um chocolate quente. Bebeu-o, vagarosamente, e agradeceu-me com um olhar quase sorridente. Logo de se-guida, saiu, num andar desa-

jeitado mas adorável. Tinha-se ido embora… Porquê? Será que não gostou do chocolate quente? Talvez tivesse sido o ambiente? Não sei... Bom, gostava de o conhe-cer melhor. Acredito que o seu pobre coração não congelou e deve andar perdido, talvez... Uma coisa é certa, com a ami-zade e a alegria que lhe desejo dar, o seu coração virá à super-fície e aquecerá o nosso mun-do. Eu sei. No dia seguinte, encon-trei-o, de novo, na mesma es-quina, a qual, por alguma ra-zão, já não provocava em mim nenhuma sensação de medo... Fitei-o, com um daqueles olha-res que toda a gente compre-ende. Lancei-lhe aquele olhar de que alguma coisa falta fazer ou dizer... E ele compreendeu, dizendo: -Obrigado, pela tarde de on-tem. Porém, quando disse aquilo, não parecia demonstrar qual-quer sensibilidade. Tinha de o ajudar. Enchi o meu coração de coragem e prossegui: - Desculpe, mas eu quero ser sua amiga! O José, quer ser

meu amigo? -Sim, estava a ver que não perguntavas! -disse ele com um sorriso. A partir daí, todas as tardes encontrávamos-nos e faláva-mos, horas e horas a fio, sobre os mais variados temas. Po-rém, havia sempre um assunto que me incomodava… Por que razão andaria José sempre tão só? Enfrentei-o como nunca o havia feito e com o meu mais forte olhar, indaguei: -Desculpe, mas eu pre-ciso entender porque é tão soli-tário? Não tem família? -Não, não tenho. A minha mulher morreu há muitos anos e ela era a minha única paren-te. Fiquei triste com aquela reacção, e pedi desculpa. No dia seguinte, dia de Natal, entreguei-lhe um pre-sente com um cartão onde se lia: “Com amor, para o novo mem-bro da família!José, emocionado, chorou lá-grimas de alegria…

Mariana Silva, 6ºA

Novo membro da famíliaConto

Visita de Estudo à Citânia de Briteiros Durante a viagem na camioneta estive-mos a ver o Sherek 3, a minha parte favorita do filme foi quando o sapo estava a morrer. Até que chegámos à Citânia de Britei-ros… Primeiro tivémos de passar por uma casa que tinha fotografias da Citânia.Na Citânia havia nove pontos assinalados: A, B, C, D, E, F, G, H e I, também havia castros circulares, quadrangulares e rectan-gulares, uma ermida e balneários. Para mim, o mais incrível que vi foram os balneários. Terminada a visita à Citânia, lanchámos, mas logo a seguir fomos ao Museu Martins Sarmento. Soubemos que a casa era dos pais de Fran-cisco Martins Sarmento e que, anteriormen-te, foi uma escola e que agora é um museu

só sobre ele e o que descobriu. A primeira coisa que ouvimos foi que ele se chamava Francisco Martins de Gouveia Morais Sarmento, que nasceu em 1833 e morreu em 1899. Depois vimos as máquinas fotográficas muito antigas que tinha e ficamos informa-dos que ele tinha um amigo, Camilo Castelo Branco, que foi perseguido pela polícia, por gostar de uma mulher casada.

Trabalho elaborado pela aluna Mafalda Saianda do 4º ano da escola E B1 JI das Teixuguei-ras.

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16 Dezembro 2009

EB1 / JI TagildeNoticias da Escola

Vamos proteger o mar os animais que nele habitam.

As crianças do Jardim de infância de Tagilde, da turma 2, tendo como base o Projecto Curricular de Turma “de mãos dadas com a nature-za” aprendem brincando, a proteger o Meio Ambiente.

Poesia de S. MartinhoHoje é dia de São MartinhoE o céu tão cinzento Deixa cair a chuva No chão de cimento .

A fogueira apagadaEntristece os meninos, Que sonham desde a madru-gada Festejar o S. Martinho.

Onde está o sol quentinho? Vem brilhar no céu cinzento Traz-nos o verão de S. Marti-nho E alegra-nos este momento.

Queremos a fogueira a arder, As castanhas a estoirar,Os meninos saltando e rindo Com os olhos a brincar!

Poesia de S. Martinho

Dia da Alimentação

Os alunos do 4º ano aprenderam a fazer pão Os alunos do 4º ano apren-

deram a fazer pão

Vamos proteger os animais

Os animais são nossos amigos As vacas fornecem o leite O leite é rico em vitamina A e cálcio Que fortalece os ossos .

Os meninos da escola de Tagilde foram ao teatro ver a peça “O Fei-ticeiro OZ”

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17Dezembro 2009

Uma viagem no tempo Estamos em 1917, o ano das guerras e das conquistas. O meu nome é Peter e sou um soldado americano. Faço parte do exército e tal como todos, sinto que o meu país pode estar a entrar em guerra. Tenho vinte e dois anos, uma mulher e uma filha que adoro, por isso temo enfrentar a guerra. Cada dia que passa, sinto que o momento da partida está mais perto. Estava em casa com a minha família, quando o telefone tocou. Fez-se um enorme silêncio. A tensão e a angústia paira-vam no ar a cada toque. Por fim decidi atender, era do exército. Fui alistado com um dos soldados que ia combater a favor dos Aliados. No dia seguinte, cumpri o meu dever e parti. Ali estava eu, num barco qualquer a ver a minha filha desapa-recer na linha do horizonte… Passados alguns dias, chegámos aos portos portugueses. Do pouco que vi, era um país com paisagens incríveis e pessoas afáveis. Felizmente não houve guerra: a Alemanha percebeu que ia ser derrotada e rendeu-se. Regressei para junto da minha família são e salvo e só tive de “matar” as saudades!

Rodrigo Mota 9ºB

Era uma vez um menino chamado Alexandre, que ti-nha uns belos olhos azuis e um cabelo muito escuro como a noite, mas que brilhava como as estrelas. A sua casa era ver-de, laranja, amarela, ou seja, era multicolor e situava-se numa planície muito verde e com muitas árvores verdinhas e com um cheirinho a flores silvestres, era maravilhoso aquele lugar junto ao lago do Cisne de Cristal. Alexandre era alegre, divertido e um grande amigo. Na sua escola ajudava todos os seus colegas. Os professores admiravam o seu trabalho, impressionavam-se com a sua in-teligência e, sobretudo, elogiavam o amor que tinha pela sua escola. Alexandre, certo dia, cumprindo um pedido de sua mãe, foi até ao lago do Cisne de Cristal falar com a sua amiga.Rita que era morena, tinha olhos e cabelo castanhos, também era boa aluna, companheira, agradável, simpática e era tam-bém sua vizinha. A mãe de Alexandre também gostava muito de ajudar e nesse dia de manhã, um mendigo, com febre, bateu-lhe à porta e pediu-lhe ajuda.A mãe do Alexandre viu, pela janela, a Rita que brincava perto do lago e mandou o Alexandre falar com a sua amiga porque o pai dela era médico e de certeza que podia ajudar melhor o mendigo. Depois do Alexandre contar a situação à Rita, ela te-lefonou ao pai que rapidamente veio consultar o doente e lhe deu a medicação necessária para ficar bom. O mendigo doente chamava-se Miguel e era boa pes-soa e educado, mas teve muito azar na vida, porque ficou de-sempregado e não tinha dinheiro para pagar a renda da casa, por isso foi viver na rua. O Alexandre e a Rita contaram o problema dele à Di-rectora da escola e ela logo lhe arranjou emprego de jardineiro na escola. Todos ficaram felizes por terem contribuído para aju-dar o senhor Miguel, mendigo, que daí em diante passou a ter a sua casa e a não viver na rua.

Eduardo FreitasNº5 do 5ºF

Conto

Miguel, da tristeza à felicidade

EB1 / JI das TeixugueirasLenda de São Martinho

Um dia de tempestade, ia S. Martinho, valoroso solda-do, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo, quase nu, cortou ao meio a capa de militar, dando metade ao mendigo. E, apesar de mal agasalhado e de chover torrencialmente, prepa-rava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade, mas subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol de estio inundou a terra de luz e calor. O Imperador, ao saber dos milagres do Santo, convidou-o para um banquete e deu-lhe vinho a provar, por ser o convidado mais importante. É por isso que nasceu o provérbio: “Em dia de S. Martinho, vai à adega e prova o vinho”. Diz-se que Deus, para que se não apagasse da memória

dos homens o acto de bondade praticado pelo Santo, todos os anos, nessa época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a bênção dum sol quente e mi-lagroso.

Trabalho elaborado pelos alunos da escola EB 1 JI das Teixugueiras

O Magusto na escolaNo dia 11 de Novembro, fizemos um Magusto na nossa escola para comemorar o dia de são Martinho, como é tradição. Acendemos a fogueira e enquanto as castanhas estavam a assar, cantámos e brincamos.Depois fomos comer as castanhas, estavam muito saborosas! Este dia foi muito divertido.

Trabalho elaborado pelos alunos da escola EB 1 JI das Teixugueiras

Os Animais São Nossos Amigos

Os cães, também, são seres vivos como nós, precisam de amor, gostam de passear, têm frio, fome, ficam doentes e até se apaixonam. Infelizmente, muitas pessoas continuam a ter atitudes incorrectas perante estes animais. Isso é visível até na escola, quando um animal entra no recinto escolar e alguns alunos deci-dem maltratá-lo. Está nas nossas mãos alterar esta situação.Se quiseres um amigo verdadeiro e quiseres protegê-lo adopta um ou contacta uma asso-ciação protectora dos animais.

Lara Catarina Guimarães RibasNº 17, 6º Ano, Turma C

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18 Dezembro 2009

Poema de Natal

No Natal,ficamos muito contentesporque esperamos pela horade receber os presentes.

O Natal é uma época de felicidade, passamo-lo com a famíliaum grupo de bondade.

A hora chegou,vamos distribuiras prendas pela salapara todos abrir.

José Pedro Ribeiro Nº17 6ºB

A alimentação é essen-cial, Essencial para o nosso corpo,Corpo que precisa de alimentos, Alimentos saudáveis,Saudáveis como: água, massa, arroz, pão e lei-te,Leite que tem seus deri-vados,Derivados como: queijo, manteiga e iogurtes, Iogurtes que são tão bons!Bons são os alimentos, Alimentos que nos fa-zem crescer.

O magusto da escola

O dia 11-11-2009 começámos por pintar um desenho sobre o S. Martinho.Depois desenhámos uma fogueira para fazer um cartucho para comer as castanhas.À tarde acabámos os cartuchos e a seguir bebe-mos sumo e comemos castanhas.Brincamos muito tempo, e todos contentes no dia de S. Martinho.Foi um dia de diversão!

EB1 S.MiguelTrabalhos colectivos

Programa «Estrada com Vida»

A nossa Escola inscreveu-se no progra-ma Parlamento dos Jovens - Ensino Básico, este ano subordinado ao tema “Educação Sexual”. Trata-se de uma iniciativa institucional da As-sembleia da República, desenvolvida ao longo do ano lectivo com as Escolas de todo o país. Numa primeira fase, os alunos que se encon-tram a trabalhar este programa irão organizar-se em listas de 10 elementos que apresentarão um máximo de 3 medidas sobre o tema “Educa-ção Sexual”, isto é, o que acham que a Assem-bleia da República, o Governo, os órgãos locais (ou outras entidades) ou até os próprios jovens devem fazer para resolver uma questão, relacio-nada com o tema, que considerem importante (será o seu “programa eleitoral”). Depois da fase da campanha eleitoral, haverá a eleição dos deputados para a Sessão Escolar, a realizar em

finais de Janeiro. As propostas das várias listas que elegerem deputados vão ser discutidas nes-sa Sessão e o texto final poderá ter até 3 medidas – as mais votadas na Sessão. Será o Projecto de Recomendação da Escola que irá ser defendida pelos deputados eleitos pela Escola para a Ses-são Distrital. Os trabalhos da Sessão Distrital visarão a aprovação do Projecto de Recomendação do distrito e eleição dos deputados que estarão pre-sentes na Sessão Nacional, na Assembleia da República, em Maio de 2010. Dá algum trabalho ser eleito deputado! Lembra-te que na Sessão Nacional só partici-pam cerca de 120 jovens que têm de representar todo o país. Mas todos têm as mesmas oportuni-dades, isso é que é justo, não achas? Participa!

Programa Parlamento dos Jovens

No passado dia 30 de Outubro de 2009 decor-reram as eleições para a Associação de Estudan-tes da nossa Escola. Na semana anterior tiveram lugar várias actividades inerentes à campanha eleitoral que, diga-se de passagem, foram es-

trondosas no que toca à Lista Vencedora, a Lista B. Portanto, no final do dia das eleições, a con-tagem dos votos realizada na sala da Direcção Escolar ditou a já esperada vitória da Lista B, ficando assim definidos os seguintes cargos da Associação de Estudantes:Direcção:Presidente da A.E: Rui Ribeiro do 11º D;Secretário: Fábio Martins do 11º D;Tesoureiro: João Vieira do 11º D;Suplente: Luísa Ribeiro do 10º C;Assembleia-Geral:Presidente: Francisco Castro do 11º D;Vice-Presidente: Sílvia Santos do 12º B;Secretária: Catarina Ferreira do 12º A;Suplente: Catarina Castro do 11º C;Conselho Fiscal:Presidente: João Caldas do 12º A;Vice-Presidente: Ana Graça do 10º CRelator: João Vaz do 12º A Com esta vitória da Lista B, quem realmente

venceu foi a Escola, que assim “adquiriu” uma Associação de Es-tudantes competente, trabalhadora e, acima de tudo, cumprido-ra, coisa que nunca existiu na Escola. Por essa razão iremos cumprir as nossas principais promessas eleitorais, que são, em primeiro lugar e sem dúvida a mais impor-tante, proceder à Legalização da Associação de Estudantes, pois só assim conseguiremos realizar várias actividades na escola. Se-rão feitas várias festas, iremos melhorar as condições da sala dos alunos, colocando um LCD em funcionamento, matraquilhos e mesa de ténis de mesa; iremos auxiliar os alunos em visitas de es-tudo e em viagens realizadas pela Escola, nomeadamente, ajudas financeiras, realização de actividades com vista a angariarmos fundos, entre outras; iremos realizar uma viagem de Finalistas de sonho, que será a Lloret del Mar; iremos colaborar com todos os grupos de actividades da nossa Escola; serão realizados tor-neios desportivos entre os nossos alunos, e, posteriormente, com alunos de outras escolas; mas principalmente iremos fazer o que nenhuma outra Associação de Estudantes fez até agora: iremos lutar pelos direitos de cada estudante. Não há dúvida que com esta Associação de Estudantes a Hora de Mudança da Escola chegou finalmente…

Hora de Mudança

A nossa primeira visita de estudo foi a Fafe à escola de trânsito.no dia 13 de Outubro e saímos logo depois do almoço.Estávamos muito excitados porque já tínhamos ouvido falar que existiam carrinhos para guiar e que se aprendia muito. Na escola de trânsito vimos muitas estradinhas engraçadas. De-pois tiramos uma fotografia para colocar na carta de condução e izeram-nos várias perguntas sobre algumas regras de trânsito e nós desenrascámo-nos bem a responder. A seguir vimos regras de trânsito num projector. Depois, orde-nadamente, ficamos todos sentados na relva com alguns colegas da outra turma a observar os meninos a andar nos carrinhos nas estradi-nhas. Até que chegou a nossa vez. Foi mesmo muito engraçado. Foi uma experiência fantástica. No fim, lanchámos com as nossas professoras e voltámos para o autocarro. Recebemos também a nossa carta de condução e o panfleto “O Brisinha”. E assim acabou a nossa visita de estudo a Fafe.

Alunos do 5ºF

Associação de Estudantes

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19Dezembro 2009

A Magia dos Números

PINTA COM CORES OS ALIMENTOS RICOS EM FIBRA:DIVERTE-TE A APRENDER…MAS NÃO BRINQUES COM A SAÚDE

Actividades adaptadas de “Rede de Bufetes Escolares Saudáveis”

ADIVINHAS...

Já me deves ter comido, Como fruta apetecida E mesmo como cidade Sou bastante conhecida.Sou um fruto de Outono. Quando chego a amadurecer, Dou um trabalhão ao dono Se ele me quiser comer.

Faço os olhos bonitos E os coelhos são doidos por mim, Cresço de pé E sirvo para pratos sem fim.

Qual é coisa, qual é ela, Que tem escamas mas não é peixe, Tem coroa mas não é rei?

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20 Dezembro 2009

Uma criança com defici-ência precisa de muito amor, atenção, cuidados e protecção. Precisa muito de brincar e con-viver com outras crianças para se desenvolver, aprender e para que as pessoas a conheçam e a tratem com o respeito que ela merece. A criança com defici-ência tem direito de frequentar a escola tal como todas as ou-tras. É bom que os pais de crianças com deficiência conheçam ou-tros pais que também tenham filhos na mesma situação ou

parecida para que possam tro-car experiências, lutar pelos di-reitos dos seus filhos e se sen-tirem mais fortalecidos para amar, proteger e cuidar da sua criança.“Maria”, é uma menina com deficiência física mas tem o direito de ser feliz tal como eu, como tu ou como nós. Maria acorda entre as oito e as oito e meia, sorri, a mãe dá-lhe banho, toma o pequeno-almo-ço e vai para a escola até à hora do almoço. Depois de almoçar e de lavar os dentinhos, vai

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

para a fisioterapia. Volta a casa brinca com os irmãos, janta e vai descansar. É uma menina meiga, fofinha, simpática e tem um óptimo sorriso.História verídica igual a tantas outras, trata as pessoas com qualquer tipo deficiência tal como tratas as que não têm.

Trabalho realizado por Ana Francisca, Beatriz e André

Hummel. Ilustração de Cátia Sofia, alunos

do 5ºD.

Um dia bem passado

No dia 3 de Dezembro, os meninos e meninas da AIREV vieram à EB2,3/S de Vizela - Infias para participarem na “Festa dos Afectos”. Cantaram e dançaram com as meninas do Curso Profissional de Anima-dor Sócio - Cultural. As unhas das meninas foram pintadas pelas alunas CEF do curso de Manicure. Todos lancharam num convívio bem disposto e saboroso preparado pelos nos-

sos alunos CEF de Pastelaria/ Panificação. As Unidades de Interven-ção Especializada festejaram este dia com uma exposição de trabalhos na EB1 de S. Miguel e organizaram jogos e brincadeiras com todos os alunos da escola: “Uma Esco-la de Todos e Para Todos”.

Olá, estes são os trabalhos dos alunos da Unidade de Intervenção Especiali-zada. Apesar das nossas limitações, fazemos trabalhinhos muito bonitos, jogos, brincadeiras e ouvimos música. Gostamos muito da escola e de trabalhar com as nossas professoras e amigos. No Outono fizemos carimbos com as folhas, recortes com as mãos, painéis de Outono pintados com os nossos dedinhos e castanhinhas divertidas para enfeitar a nossa escola.

O Halloween foi festeja-do com alguns fantasminhas, abóboras e bruxinhas.

O Natal está a chegar e por isso mais trabalhinhos coloridos: o Pai Natal, pinheirinhos, coroas, fitas e bolas coloridas alegram a nossa sala.

Trabalhos dos alunos da U.I.E.