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AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE INFIAS Publicação trimestral . Junho 2010 . Número 2 UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu De Visita à República . BE - Desafio dos Livros . Ciência na Escola . Visitas de Estudo . Desporto .Unidades de Intervenção Especializada. Notícias das Nossas Escolas - Escolas Básicas e Jardins de Infância e muito mais... 100 ANOS DE REPÚBLICA

Pau de Giz, nº2

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Jornal do Agrupamento de Escolas de Infias

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Page 1: Pau de Giz, nº2

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE INFIASPublicação trimestral . Junho 2010 . Número 2

UNIÃO EUROPEIAFundo Social Europeu

De Visita à República . BE - Desafio dos Livros . Ciência na Escola . Visitas de Estudo . Desporto .Unidades de Intervenção Especializada. Notícias das Nossas Escolas - Escolas Básicas e Jardins de Infância e muito mais...

100 ANOS DE REPÚBLICA

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2 Junho 2010

Quero partilhar com todos os que lêem o paudegiz, mais um ano de metas cumpridas e a vontade de termos feito a diferença. É hora de análise, de fazermos o balanço das rea-lizações, de termos presente os sucessos, pela certeza de pro-cedimentos adequados e de tirarmos lições daquilo que possa ter sido menos conseguido. É uma soma que vale a pena. Neste número, acusamos encanto. Os esforços da equipa que coordena o paudegiz tiveram frutos nas vossas vontades e nas respostas positivas e sempre prontas que lhes foram

dadas. Foi encorajador! Neste ano, com uma nova gestão, alicerçámos a vida escolar num percurso centra-do nas aprendizagens curriculares e no projecto educativo. Procurámos promover uma verdadeira comunidade educativa preocupada com os valores que mais e melhor contri-buem para a realização e para a felicidade dos alunos, as famílias (pais e Encarregados de Educação), professores e auxiliares. Quisemos ser uma Direcção aberta, dialogante e participativa! Não desistimos e continuámos a responder a estes desafios. Definimos como prioridade alargar a nossa área de intervenção, não a circunscre-vendo ao círculo da comunidade educativa, mas fazê-la galgar os seus limites físicos e institucionais, de modo a captar sinergias que visem a efectiva interacção do Agrupa-mento com a realidade do meio em que está inserido. Ao longo deste ano tivemos a oportunidade de viver uma escola activa. Com o paude-

giz tivemos a iniciativa de divulgar os projectos e actividades que extraordinariamente representam as escolas do Agrupamento, os diferentes departamentos e grupos discipli-nares. Reconhecemos o mérito e o trabalho extraordinário desenvolvido por todos. Sen-timos empenho e motivação. Estamos convictos que esta dinâmica nos projectou para o exterior. A este nível, os nossos professores e os nossos alunos estão de PARABÉNS! O apoio de TODOS foi importante e temos a certeza que continuaremos a contar convosco. É importante continuar a marcha. Há um longo caminho a percorrer. Che-gados ao final do ano lectivo vivemos, com os exames nacionais, um período de enorme valia para a regulação das práticas educativas e da garantia de uma melhoria sustenta-da das aprendizagens. Considerámo-lo de extrema importância para a escola e para a vida escolar dos nossos alunos. A avaliação é uma ferramenta indispensável!Desejamos aos nossos alunos que somem sucesso. Move-nos, como sustento no meu projecto de intervenção, “uma escola de todos e para todos, onde todos têm lugar e cada um é um todo”.Entretanto é a hora de parar, reflectir, descansar, recarregar energias.BOAS FÉRIAS!

Professora Rosa Maria de Almeida Costa Carvalho( Directora do Agrupamento Vertical de Escolas de Infías)

Editorial

Infelizmente, é algo que ou-vimos falar com demasiada frequência nos meios de comu-nicação social. Quase todas as formas de abuso envolvem uma pessoa mais forte perseguindo alguém mais novo e mais fraco. As crianças são muito vulnerá-veis a abusos. Ninguém tem o direito de maltratar ou de obri-gar a fazer alguma coisa que consideres errada. Qualquer tipo de maus tratos é um abu-so de poder pessoal. É errado e não pode ter cabimento na nos-sa sociedade. As formas mais comuns são os maus tratos verbais ou emo-cionais, abusos físicos ou sexu-ais e negligência. Às vezes, o abuso pode ser uma combina-ção de todos estes aspectos. Abusos verbais e emocionais acontecem quando te chamam nomes horríveis, te insultam, te ameaçam, ou te fazem sentir em baixo ou incapaz com o que te dizem. Embora se diga que “palavras, leva-as o vento”, nem sempre é fácil ignorar. Os constantes insultos verbais e ameaças magoam e, em alguns casos extremos, podem causar danos psicológicos permanen-tes. Este tipo de ameaças é co-mum na maioria das escolas, às crianças que sofrem este tipo de ameaças o conselho é: conta a alguém em quem con-fies e procura ajuda o mais de-pressa possível. Não permitas

FICHA TÉCNICA

Coordenação: Manuel Abreu Colaboradores: Professores, Alunos, Auxiliares de Acção Educativa e Encarregados de Educação. Revisão de textos: Ana Paula Soares e Paula Correia Organização gráfica e informática: Nuno Santos Propriedade: Agrupamento Vertical de Escolas de Infías Telefone: 253480320 Email: [email protected] Tiragem: 1000 exemplares Depósito legal: 303775/09Edição digital: http://issuu.com/pau_de_giz

que as ameaças continuem, na esperança de que quem as faz se canse e pare. Conta à tua melhor amiga, a um professor, aos teus pais, ou a outra pessoa da tua família. Nunca desistas! Continua a contar às pessoas, até encontrares alguém que realmente te ajude. Até lá, evita estar sozinho nos sítios onde quem te ameaça e possa en-contrar e tenta sempre fazer as coisas com os teus amigos. Muitas crianças são amea-çadas durante uma fase da sua vida. Na maioria das vezes, é porque, de alguma maneira, parecem ser diferentes das outras crianças. Pode aconte-cer porque és muito boa ou és péssima em alguma disciplina, ou tens melhores notas do que quem te ameaça; ou porque as tuas roupas não são considera-das suficientemente”à manei-ra”. Quem ameaça pode pen-sar que tens um corpo ou uma cor que são diferentes. Pode ser por tudo ou por nada. Pode ser, simplesmente, porque estás

O ensino articulado consis-te em criar a oportunidade aos alunos, que o desejarem, de ter um ensino mais abrangente e rico a nível da realização pes-soal e satisfação, ao mesmo tempo torna a aprendizagem mais lúdica e aliciante. A componente artística des-te tipo de ensino é o que mais prazer dá aos alunos, uma vez que estas aulas são ministra-das noutra escola, noutro am-biente, que respira musicalida-de e alegria onde cada um pode expressar o seu lado artístico, que por vezes está escondido e não consegue desabrochar para mostrar todo o seu es-plendor e beleza. A felicidade que se sente no olhar feliz dos meninos e meninas é suficiente para en-cher de alegria e orgulho os professores responsáveis pela Academia de Música, os pro-fessores de cada disciplina e instrumento, os funcionários de apoio escolar e os pais, que são no fundo os maiores entu-siastas e dinamizadores deste sistema de ensino, pois vêem o bom resultado que este permi-te alcançar. Os alunos têm uma opor-tunidade de enriquecer o seu curriculum e partir para novas experiências e desafios que são uma mais-valia num mundo de hoje que é tão competitivo e que doutra forma nem teriam

descoberto algumas qualida-des e habilidades pessoais que têm. Pena é o facto de nem to-dos os alunos poderem aceder a este tipo de ensino ou, pelo contrário, alguns o recusarem, talvez por desconhecerem as potencialidades que lhes são devidas. Outra das razões para se optar por este ensino é o fac-to de que esses alunos, em mé-dia, obtêm melhores resultados na aprendizagem a nível geral, uma vez que tocar um instru-mento requer concentração, coordenação e o uso da mente para processar toda a acção que permita uma sonoridade afinada, o que faz com que os neurónios se organizem e tra-balhem em equipa para obter bons resultados. É uma alegria verificar que os nossos filhos estão felizes na escola, gostam da escola, falam da escola, tocam músi-ca a qualquer momento, são alegres, felizes e sentem uma grande satisfação e prazer em aprender.Por esta razão, gostaria que todos os meninos e meninas com idade escolar tivessem a possibilidade de desfrutar do Ensino articulado e de todas as vantagens que mencionei ante-riormente.

Encarregado de Educação de Eduardo Freitas, nº5, 5º F

O ensino articulado Nunca sofras em silênciono sítio errado à hora errada. Quem ameaça, não se aperce-be, na maior parte das vezes, dos efeitos depressivos que tem sobre as suas vítimas. As escolas deviam introduzir algumas medidas para acabar com as ameaças. Uma delas podia ser: A caixa de Ameaças, onde as crianças deixam reca-dos anónimos, denunciando quem anda a ameaçar quem, para que os professores possam agir de forma a acabar com isso e proteger a criança que está em risco. Também podem ser orga-nizadas discussões nas aulas, para que as crianças e os profes-sores possam falar abertamente sobre as ameaças, sobre os efei-tos que elas têm e sobre o que pensam que deve ser feito para resolver isso. Se precisas de ajuda, é bom que saibas que não estás sozi-nho.

Encarregada de EducaçãoAndrea Azevedo Torres

A voz dos Pais

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3 Junho 2010

No passado dia 19 de Maio num momento simples, mas de grande simbolismo, foi inau-gurada a segunda Unidade de Intervenção - de facto, um mo-mento especial, como especiais são todos aqueles que connosco partilharam a alegria e o prazer deste dia. Estiveram presentes nesta cerimónia representantes da Câ-

Inaugurada Unidade de Intervenção Especializada subordinada ao tema“Tudo Bem Ser Diferente”

mara Municipal de Vizela, repre-sentantes da Equipa do Médio Ave da DREN, a presidente do Conselho Geral do nosso Agru-pamento, representantes das Instituições locais, Coordenado-ras de Estabelecimento, Docen-tes, Alunos e Encarregados de Educação. Tendo constatado “uma gran-de necessidade em assegurar

uma resposta educativa a gru-pos de alunos com problemá-ticas de grande complexidade, de forma a garantir uma oferta de educação especial organiza-da num contínuo de respostas educativas” a Directora deste Agrupamento no seu projecto de intervenção apontou como prio-ridade a criação desta estrutura. A Unidade de Intervenção Es-

ESPAÇO DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS Como foi prometido no núme-ro anterior, iremos neste espaço continuar a divulgar a Associa-ção. Os novos estatutos foram aprovados no passado mês de Março, contendo como princi-pais alterações a adequação dos mesmos a uma melhor partici-pação dos Pais e da Associação no desenvolvimento e vida da escola. Neste contexto, a natureza e o fim da Associação foram redefi-nidos, o mandato dos corpos ge-rentes da associação foi alterado de um ano para dois anos, possi-bilitando a criação de um plano de acção plurianual e que não fique tão dependente de todos os anos se tentar arranjar elementos para os órgãos sociais da Associação. Foram reestruturados os órgãos sociais da Associação: Mesa da Assembleia Geral - 3 elementos; Direcção - 5 elementos; Conselho Fiscal - 2 membros, e definidas claramente as suas competên-cias e dos seus elementos, foram,

também, definidos claramente quais os direitos e deveres dos associados. Informamos também que pre-tendemos (e para isso estamos vocacionados), servir de ponte entre os Pais ou Encarregados de Educação e a direcção da es-cola e todo o seu corpo Docente e não Docente, fazendo chegar as sugestões, os anseios, as recla-mações, as dúvidas e todo e qual-quer assunto que diga respeito aos seus filhos, ou educandos e ao bom funcionamento da escola e da sua política de educação.Aproveitamos este espaço para solicitar a todos os pais que no próximo ano lectivo, participem activamente na educação dos seus filhos, colaborando com esta Associação e com a escola.Com votos de umas boas e mere-cidas férias, despedimo-nos até ao próximo número do Jornal da Nossa Escola.

A ASSOCIAÇÃO

pecializada tem, ainda, em vista a promoção dos direitos e da dig-nidade das pessoas incapacita-das e associa-se, deste modo, ao princípio da educação inclusiva adoptado na Conferência Mun-dial da UNESCO sobre Neces-sidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, cujo objec-tivo é alcançar e vencer até 2015 a educação básica para todas as

pessoas com incapacidade. Uma palavra para manifestar o nosso apreço a todos os profes-sores e assistentes operacionais que estão directamente ligados ao Ensino Especial e aos meninos que fazem parte desta unidade. Eles são muito especiais, são os principais actores deste projecto: “Tudo Bem Ser Diferente”.

Cravos nas cinzas

José Saramago morreu. E agora? De que cor são os sonhos? Quantos de nós ainda não o leram? Quem é capaz de reconhecer a liberdade a correr-lhe nas veias, a pose fotogénica, a Nobel samarra.Sim, que o Zé que pertence às coisas sem país, nem regra, que desafia Deus por coisas tão simples como não existir céu, é como um cravo viçoso, que lacrime-ja no momento primordial de uma florista.Um cravo dado, sem raça, sem credo, nem medo. Foi este Zé que morreu. Um Zé-ninguém que trazia no peito todo um povo. E que o escrevia em toda a sua grandeza. Por coisas simples, tão simples como alguém per-guntar-se continuamente. Nos desafios de um mundo de tempos confundi-dos. De capital, de usura, de enclausura do homem. De coisas tão oxidadas e tão prementes como ser, como língua, como pátria, seja esse conceito mais lato ainda que aquele que Pessoa enunciou. Morreu Saramago, um homem perfeitamente in-comum, de tão homem que era. De tão perto de cada um. Morreu e nem parece. Porque está vivo em cada livro, em cada polémica acesa. Como se a fogueira das palavras ditas, nos remoesse continuamente, indiferente à chuva ácida dos tem-pos. José Saramago, o escritor genial, haveria de sorrir da histeria comunicacional que anunciou as suas cin-zas em Portugal. Como se isso fosse coisa comparável aos Eusébios

que ainda vivem, ou às Amálias que já se foram, num panteão reservado a um país que não se quer saber merecer. Porque se o soubesse, teria percebido na postura do homem, na genialidade do escritor, a grandeza de um futuro que só se consegue sonhando, ficcionado para além do quintal de cada um.Saramago fintou-nos a todos com um sorriso de ru-gas nos lábios, gerindo o seu tempo na ilha que esco-lheu para viver, nas praias de cinzas que a rodeiam.Como se não houvesse amanhã nas coisas necessá-rias, tão urgentes como uma militância que não tem direita nem esquerda no rumo libertador da arte, só um horizonte rubro ao fundo.… Vamos sentir saudade da sua figura de Abril, em cada verão que comece, os que sonham e os que ain-da não foram ensinados a fazê-lo.Os que se vestem de humanidade nas páginas dos seus livros. Agora é o tempo das crianças o aprenderem na rel-va das escolas, de saberem dizer este imenso Portu-gal para além das fronteiras geográficas, ensinando quem as ensina. E os que ainda não se pensaram, merecem os ho-lofotes que sempre dispensou, alumiando o caminho que há para fazer. Este que é de nós todos. Até sempre companheiro.

Professor José Ilídio Torres(escritor)

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4 Junho 2010

No dia 14 de Maio, teve lugar no Auditório da Escola Básica e Secundária de Infias a Acção de Formação: “Cancro, Uma Bata-lha pela Vida”, organizada por um grupo de alunos do 12ºA, sob orientação da Professora Fátima Costa, no âmbito da área curri-cular não-disciplinar de Área de Projecto. A referida acção de for-mação contou com a presença do Dr. João Mota e do Dr. Fernando Godinho do Centro de Histocom-patibilidade do Norte e ainda da Dra. Ana Ferreira e da Dra. An-tonieta Reis do Núcleo Norte da “ACREDITAR – Associação de Pais e Amigos da Criança com Cancro”, associação com quem o grupo tem parceria. Inserida na temática que os alu-nos se encontravam a trabalhar: o “Cancro”, a acção de formação foi iniciada por uma representante do grupo que fez uma breve exposição dos resultados obtidos no “Inqué-rito acerca dos teus conhecimen-tos sobre o Cancro” aplicado a alu-nos de todos os ciclos de ensino e a elementos do corpo não-docente da escola. Seguiu-se a intervenção das representantes da “ACREDI-TAR” que explicaram a história e o trabalho desenvolvido pela asso-ciação, focando-se sobretudo na luta por conseguir direitos para os doentes oncológicos e na exclusão que as crianças sofrem quando regressam à escola. A Acção de

Formação continuou com a expo-sição do Dr. Fernando Godinho e do Dr. João Mota. Enquanto que, o primeiro explicou o mecanismo de interligação entre os bancos de medula de todo o mundo e do funcionamento do “CEDACE” (Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estami-

nais ou de Sangue do Cordão), o segundo esclareceu as condições necessárias para ser dador de me-dula óssea e como se processa um transplante. Foi ainda apresenta-do o caso de um jovem que teve leucemia, o qual também apelou à doação de medula, já que foi este método que o salvou!

Neste dia, o grupo também apro-veitou para entregar o dinheiro angariado na venda do merchen-dising da associação durante a “Feira Contra a Indiferença” (227 euros).O grupo agradece a todos que participaram e colaboraram/pa-trocinaram esta actividade, nome-

adamente, a Câmara Municipal de Vizela, a Junta de Freguesia de In-fias, a Porto Editora e o Curso de Pastelaria e Panificação da escola.Marta Ferreira; Pedro Alexandre; Sandra Costa e Ana Ferreira do 12.º A.

Grupo de alunos organiza Acção de Formação:

“Cancro, Uma Batalha pela Vida”

Nos dias 18 a 20 de Maio de 2010 os alunos dos Curso Profis-sional de Apoio Psicossocial do 10º C e dos Cursos de Educação e Formação de Panificação e Pas-telaria, Electricista de Instalações e Manicura e Pedicura, da Escola Básica e Secundária de Vizela – Infias, participaram na 1.ª Feira da Qualificação de Vizela (Educação, Formação e Emprego) promovida no âmbito do Programa Contratos Locais de Desenvolvimento Social em parceria com a Câmara Muni-cipal de Vizela. Os principais objectivos des-ta iniciativa foram proporcionar um espaço de informação e sen-sibilização da população, em ge-ral e facilitar o acesso de forma privilegiada à informação sobre processos de qualificação escolar, profissional e de procura activa de emprego. Foram, ainda, divulgados os projectos elaborados pelos alunos dos cursos existentes na escola e, em contexto de aula aberta, os alunos mostraram ao público em geral as competências adquiridas. Alunos e professores envolvidos estão de parabéns pela excelência do trabalho elaborado.

Aqui ficam as nossas impressões sobre a actividade: • “Gostámos muito de ter partici-pado nesta Feira de Qualificação de Vizela, uma vez que nos per-mitiu representar o nosso curso (Técnico de Apoio Psicossocial) e mostrarmos as saídas profissio-nais. Por outro lado, também nos permitiu tomar conhecimento de outros cursos existentes o que é importante para podermos dar al-gumas informações aos nossos fa-miliares e amigos. Foi muito bom vermos alguns dos nossos familia-res estarem presentes e poderem ver os nossos trabalhos”.• “Um outro aspecto relevante foi a forma como a turma se entre-gou ao trabalho (construção de maquetas subordinadas ao tema Homem-Natureza – uma relação sustentável?) para as apresentar nesses dias, uma vez que, o Ho-mem precisa de reflectir sobre a sua forma de se relacionar com a natureza”.• “Um dos aspectos negativos foi o espaço não ser o melhor e o pró-prio calor, contudo a experiência foi gratificante, muito boa”.Os alunos do 10º C

Cursos Profissionais e Cursos de Educação e Forma-ção participam na 1.ª Feira da Qualificação de Vizela

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5 Junho 2010

Palestra: “Sexualidade e Infecções Sexualmente Transmissíveis”

No dia 30 de Abril, o grupo “Os Preservas” (12.º A), promoveu a palestra: “Sexualidade e Infecções Sexualmente Transmissíveis”, in-serida no tema que se encontra-vam a trabalhar na Área Curricu-lar Não - Disciplinar de Área de Projecto: “IST- Infecções Sexual-mente Transmissíveis”. A referida palestra realizou-se no auditório da Escola Básica e Secundária de Vizela – Infias e contou com a pre-sença da Enfermeira Filomena, do Unidade de Saúde Familiar – “Novos Rumos” de Vizela.Na palestra o grupo explicou o trabalho que desenvolveu neste ano, expôs os resultados dos in-quéritos aplicados na escola sobre o tema e justificou a realização da

palestra devido aos maus resulta-dos obtidos nos mesmos, os quais revelam a falta de conhecimentos dos alunos em geral. No que diz respeito à intervenção da Enfermeira Filomena, esta ex-plicou o conceito de sexualidade, interagindo com toda a plateia, o que tornou a sua participação muito dinâmica. Deu exemplos, levando os alunos a reflectirem sobre vários casos reais, assim como fictícios, que presenciamos diariamente na ficção.Referiu expressões curiosas, tais como: “quando a cabeça de bai-xo” começa a trabalhar, a de cima deixa de pensar “, levando-nos a considerar que não é isso que deve acontecer. Como jovens que so-

mos, devemos assumir as respon-sabilidades dos nossos actos e, por isso, é importante pensarmos sempre antes de agirmos porque, para além das Infecções Sexual-mente Transmissíveis, pode tam-bém ocorrer uma gravidez inde-sejada.Finalmente, o grupo referiu o blog que criaram: ”ospreservas.blogs-pot.com” convidando todos a par-ticipar no mesmo.O grupo aproveita esta oportuni-dade para, mais uma vez, agra-decer a todos os que colaboraram nesta actividade.

Luís Ribeiro; Tiago Mendes e Ricardo Alves do 12.º A

O projecto de conhecer a di-versidade da cultura humana materializou-se no séc. XIX, coincidindo com a expansão colonial europeia. Muito da-quilo que hoje sabemos deve-se a expedições científicas que tinham como objectivo princi-pal estudar e recolher os teste-munhos culturais dos povos. Cada povo cria formas con-cretas e únicas de produção e mercado, maneiras diferentes

de entender a família, o poder e a autoridade. Cada cultura é um museu vivo que mostra em acção segmentos da imagina-ção humana nas suas crenças e rituais, nos seus sistemas re-ligioso-metafísicos e nas suas extraordinárias e magníficas criações mito-poéticas e artísti-cas. A cultura é, definitivamen-te, uma forma de ser homem e de ser mulher, uma concepção específica do mundo e da vida.

A mostra multicultural, re-alizada no passado dia 17 de Junho, pretendeu mostrar al-gumas dessas diferenças que existem entre os povos, sendo estas caracterizadoras da iden-tidade de cada um. Diferença não significa in-ferioridade. A diferença é enri-quecedora. Devemos tolerar e respeitar a diversidade.

O grupo de Filosofia

Mostra Multicultural

Era uma vez um meninoDe nome “Portugal”Procurava a Liberdade Para tornar seu país “normal”.

Portugal queria Poder se expressarE começou a pensar Acabar com o governo de Salazar.

Aprender a ler e a escrever Não deixavam” Portugal”-Vai lavrar a terra…Que os livros te fazem mal.

Isto diziam os ditadoresPara o calarMas “Portugal” sabia Que assim não podia continuar.

A PIDE andava,Portugal a espiarDisse mal do governoE à prisão foi parar.

Não abdicava das suas ideias“Portugal”, agora, rapazAguentava a tortura Acreditava que era capaz.

Depois de libertadoSoldado se tornouNuma guerra desleal Que muitos matou.

Regressado da guerraNada tinha mudadoPerseguições, falta de emprego, autoritarismo, Era tudo censurado.

Com amigos militares Se foi encontrarQue conspiravam, já há algum tempoContra o regime de Salazar.

Já com o plano estudadoPara com o governo acabarO primeiro passoEra a rádio tomar.

Com a rádio controladaFoi transmitido o sinalOs militares já na ruaAcabavam com o regime ditato-rial.

Cercado o quartel do CarmoMarcelo Caetano não resistiuPassados alguns diasPara o Brasil fugiu.

Revolução dos cravosAssim conhecida ficou Em vez de uma bala na espingar-daUm cravo se colocou.

“Portugal” menino, rapaz, agora adultoConta aos filhos estes anos de “maldade”E pede-lhes que guardemO tesouro que é a Liberdade.

Ana Rita – 5.º C

25 de AbrilO Dia da Liberdade

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6 Junho 2010

Apesar das dificuldades causadas pela distância e pelo muito traba-lho que se acumula no final do ano lectivo, deu-se continuidade ao projecto de correspondência inte-rescolar entre a Escola E. B. 2, 3/S de Vizela-Infias e o Instituto Dio-cesano de Formação João Paulo II (IDF), de São Tomé e Príncipe.Entretanto, os alunos participan-tes neste projecto, puderam tomar contacto com algumas informa-

ções acerca do IDF e de São Tomé e Príncipe, assistindo à tertúlia “Ensi-nar é dar para sempre”, inserida no tema “Multiculturalidade”, do pro-grama de Filosofia. Esta actividade, realizada no dia 17 de Junho no Auditório da nossa es-cola, contou com a presença do pro-fessor Diogo Carneiro que, durante o ano lectivo 2007-2008, foi volun-tário dos Leigos para o Desenvolvi-mento, naquele país africano.

Professor no IDF, durante aquele período, procurou transmitir aos presentes algumas vivências e ca-racterísticas daquela escola e da cultura santomense.Pelo entusiasmo suscitado, tudo leva a crer que, no próximo ano lectivo, se dará continuidade a este projecto.

Fátima Trancho, História

Troca de Culturas

Ao dia quinze do mês de Abril de 2010, ocorreu, no âmbito da disciplina de História, uma visi-ta de estudo ao Palácio da Bolsa e à Casa do Infante direcciona-da para os alunos do oitavo ano. Esta visita foi liderada pela pro-fessora Fátima Trancho, em co-laboração com outros membros dos Conselhos de Turma. A visita teve como objectivo uma maior aprendizagem acerca da época dos Descobrimentos e da Monar-quia Portuguesa. Iniciado uma explicação so-bre os locais visitados, o Palácio da Bolsa é um edifício que data de 1834, altura em que tornado Sede da Associação Comercial do Porto, instituindo-se assim o seu primeiro Presidente – Arnal-

do Van Zeller. Para conhecer este local, visitamos sete zonas dis-tintas do Palácio que aqui serão apresentadas. Começando pelo ‘Pátio das Nações’, esta entrada inicial tem este nome porque, nas paredes do edifício, estão inscri-tos todos os escudos dos países com quem Portugal mantinha relações. Atravessando a ‘Esca-daria Nobre’, esculpida por Soa-res dos Reis, chegamos à ‘Sala do Tribunal do Comércio’, feita em carvalho francês e decorada com pinturas, sendo de destacar um julgamento presidido pelo Rei D. Dinis, numa Praça de Coimbra. A sala que se seguiu destina-se à Di-recção da Associação Comercial do Porto, intitulada ‘Sala Dou-rada’ pois o seu tecto é esculpido

em gesso e coberto com folha de ouro. O quinto local a ser visita-do tratou-se da ‘Sala das Assem-bleias Gerais’, onde eram realiza-das as reuniões mais importantes da cidade. A ‘Sala dos Retratos’ é composta pelos retratos dos últimos seis reis de Portugal: D. Pedro IV, D. Maria II, D. Pedro V, D. Luís I, D. Carlos I e D. Manuel II. Por último visitamos o ‘Salão Árabe’, que demorou vinte e oito anos a construir (1862 – 1890), e foi feito para impressionar as na-ções do mundo, mostrando o po-tencial que Portugal tinha. Nas paredes estão inscritas palavras árabes e é composta por vinte quilos de folha de ouro. Passando para a Casa do Infan-te, esta foi mandada construir por

Afonso IV, em 1325. Em 1370, já no reinado de D. Fernando, a casa é transformada em ‘Casa da Moeda’, da qual os vestígios ainda se podem ver nas paredes, mas a data considerada mais im-portante regista-se a quatro de Março de 1394, nascimento do Infante D. Henrique. Em 1410, o edifício é comprado pela Câmara Municipal para fins alfandegá-rios, passando a ser um marco muito importante para a cidade do Porto. Em 1677, devido ao elevado número de mercadorias que ali chegavam, foi necessá-rio aumentar a alfândega para serem recebidos mais produtos. Em 1990 são encontrados vestí-gios romanos e, de 1990 a 2000, a Câmara Municipal contrata

arqueólogos, arquitectos e his-toriadores para que estes vestí-gios pudessem ser preservados e, nessa procura, é de destacar um mosaico que data do século III/IV e que é feito em calcário. Ac-tualmente, esta casa é composta por duas torres: uma a Norte e a outra a Sul. A Norte temos cinco pisos, onde se encontra o museu arqueológico e, a Sul temos três pisos, onde está situado o arqui-vo histórico da cidade do Porto. Nestes dois locais fomos rece-bidos muito bem e a explicação foi bem conseguida. A visita foi óptima no seu global e, tanto os professores como os alunos de-sempenharam muito bem o seu papel.

Marta Almeida, 8ºD

Visita de Estudo ao Palácio da Bolsa e à Casa do Infante

Chegou a Primavera! Na aldeia Ursolândia todos os ursinhos acordaram do seu sono de Inverno, a família do ursinho Rodrigo quando abriu a porta da sua toquinha viu um lindo sol a brilhar e os outros animais da aldeia a brincar, muito felizes nos campos cheios de flores com as borboletas e os passarinhos. O ursinho ficou muito con-tente e surpreendido ao ver que a Primavera já tinha chegado e ele tinha dormido todo o Inver-no. O ursinho Rodrigo acordou esfomeado e cheio de vontade de brincar. Como tinha fome foi buscar mel para comer e de seguida foi brincar com os seus amigos ani-mais, estavam cheios de sauda-des uns dos outros e brincaram

ao esconde-esconde, à cabra-ce-ga, caça-gelo e saltaram à corda. Brincaram muito e como era o primeiro dia de Primavera resol-veram fazer um piquenique no campo para todos os habitantes da aldeia. Sem perder tempo foram con-vidar todos os animais que acei-taram com muita alegria o con-vite. Todos levaram um cestinho com o farnel. Encontraram-se todos à beira do Lago da Amizade, onde co-meram todos juntos, cantaram e dançaram com muita alegria e carinho por festejarem todos juntos a chegada da Primavera.

Alexandra Freitas 2ºano da

Escola de Tagilde

O Ursinho Brincalhão

Uma borboleta que pelo rio passava, se dirigiu a uma pedra que à beira descansava. Perguntou: - Bom dia, querida amiga! Sinto-me tão aborrecida… Será que me poderias contar uma história, atrevida? Uma história maravilhosa, que muito me fizesse animar? - Claro, que sim. Vou con-tar-te a história de Ulisses, um herói grego que grande terra governava. Ele, com sua mulher, Penélope, e o seu fi-lho, Telémaco, em Ítaca vivia e, apesar de ser rei, era o mar aquilo que verdadeiramente queria… Um dia, para Tróia teve de ir. Apesar de não querer, profundamente detestar, foi

obrigado a partir e sua família deixar. A guerra depressa não passou, dez anos verdadeira-mente demorou. Ulisses uma solução achou. Um cavalo de pau construiu e seus inimigos derrotou. Os troianos aceita-ram o cavalo e uma festa fize-ram, agradecendo aos deuses tudo aquilo que lhes deram. Mas, os gregos, quando os troianos se foram deitar, saí-ram do cavalo para Tróia con-quistar. - Gostaste, borboleta Ma-riana? - É linda! - Então, agora, começa a voar…

Mariana Silva, Nº15, 6ºA

Uma história para voar…

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7 Junho 2010

No meu último dia de aulas, Ulisses visitou a minha escola. Foi uma visita inesperada, é cla-ro, mas tão inesperada que nem a Directora da Escola estava a contar com ela... Ora, vira-se o porteiro para ele, sem o reconhecer (a última vez que tinha lido o seu livro fora há muito tempo atrás…). -Bom dia, quem é o senhor? É um encarregado de Educação? -Não! Eu chamo-me Ulisses e vim visitar esta linda escola, pois sei que muitos alunos leram o meu livro! -Ulisses?! O guerreiro?! Faça o favor de entrar, senhor Ulisses! Ulisses agradeceu e entrou na escola. Nos corredores não se ouvia nada, a não ser… -Olha! É Ulisses! -Não pode ser! -Pode sim! - É ele! -Não é! -É pois! O que será que ele veio cá fazer?! Ulisses passara por todos os

corredores para observar a esco-la … Como era Semana Aberta, to-dos estavam pelos corredores a olhar Ulisses. Os alunos começaram a segui-lo para ver o que fazia, e, então, Ulisses resolveu subir e depois descer as escadas Mas, os alunos eram cada vez mais! Ulisses pensou e decidiu apre-sentar-se. -Olá, eu chamo-me Ulisses! E vocês? De repente começou uma alga-zarra de nomes e letras que não parecia acabar! -Eu chamo-me Rafael! -Eu chamo-me Rita! -Eu chamo-me Pedro! -Vá, um de cada vez! - disse Ulisses com uma voz de trovão.Todos se apresentaram e acaba-ram por brincar aos piratas! É claro que Ulisses era o capitão! E foi assim o meu último dia de aulas.

Beatriz Silva, Nº 1, 6º A

Ulisses na minha escola

A “Estafeta Nacional Pobreza e Exclusão: Eu passo!” está a percorrer o país de norte a sul, com o objectivo de sensibilizar os alunos para a reflexão sobre a pobreza e exclusão social, em es-pecial dos jovens, como um pro-blema que diz respeito a todos.A estafeta, a nível nacional, é uma organização (PIEC) Programa para Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil. O Agrupamento Vertical de Es-colas de Infias, aderindo ao repto lançado pela Câmara Municipal de Vizela, participou, no dia 7 de Maio de 2010, nesta iniciativa, com a colaboração das escolas EB1 de S. Miguel e EB2,3/S de Vizela – INFIAS. O testemunho, no concelho de Vizela, passou de jovem para jovem, em passo de corrida. Na rotunda, junto à Farmácia de S. Miguel, foi recepcionado pelos nossos alunos da EB1 de S. Mi-

guel, no Largo das Teixugueiras o testemunho passou para a Escola Secundária de Caldas de Vizela, prosseguindo até junto do viadu-to de onde foi entregue aos alu-nos da Escola EB2,3/S de Vizela – INFIAS. O percurso, no nosso concelho, terminou no fim da fre-guesia de Infias, onde a nossa deu

a passagem do testemunho ao concelho de Guimarães, por volta das 16h50m. A Direcção do Agrupamento Vertical de Escolas de Infias con-gratula-se pelo empenho e envol-vimento de todos os professores e alunos que participaram nesta actividade.

Ano Europeu da Luta Contra a Pobreza e a Exclusão Social

Estafeta Nacional - Passar o Testemunho Contra a Pobreza e a Exclusão Social

DezembroNo lugar dos dióspirosOs pardais

É um emaranhado de soprosOu uma videira?

Saiode casaMergulho

Saio de casaAssomo

ChamaFriodo fogo

Quatro borboletasTrevo

Pedra de póde pedraPão

Entre o sol que me aquece e euo pessegueiroMarço

O riovai nascendonas margens

Fechei o livromorreu o mosquito

Que calor!

Arranco a folha de carvalhoDifícil!A árvore conhece o vento

Noite de nevoeiroApenas a luaos jarros e os cíclames

Professor Adelino Ínsua

DOZE ESTÂNCIAS(à maneira de Haiku)

Guardava sorrisos numa mala de banha da cobra. Coleccionava-os de terra em terra num microfone en-volvido num lenço. Apregoava alto e bom som que dentro dessa mala havia uma cobra enorme, mas antes que a mostras-se, sem ter tirado nenhum curso de comunicação, o entendido locutor sacava de dentro do impossível uma panóplia de doenças capazes de fa-zerem chorar o mais desconfiado, e cuja cura para a maleita estava ali ao alcance de um gesto decidido.Não faltavam relatos de fatalidades no seu discurso e sobravam histó-rias de curas milagrosas. A mais fantástica falava de uma criança que tinha deixado de comer. Mingava dia após dia contrariando as regras do crescimento. Seus pais haviam tentado tudo, da medicina à bruxaria. Não havia esperança. Até que nas Feiras Novas de Ponte de Lima, a criança na multidão suscitou a sua atenção: raquítica, pedindo licença ao vento para não cair. Adalberto, assim se chamava o nosso homem, adivinhando que tinha ali à mão a plateia, chamou a criança até si. Perguntando-lhe a graça, ao que a criança respondeu:- Engrácia. Colocou-lhe a mão na fronte. Un-tou a testa com a pomada milagrosa, e disse para o imenso povo à espera do milagre: - Meu povo, esta criança não co-mia, mas quando chegar a casa, sua

mãe não parará de cozinhar para ela, e vereis, por esta serpente que eu trouxe das terras mais distantes que o que digo é a mais pura verda-de. Cada um dos presentes ansiava por ver a cobra mais que a menina curada. Houve um até que cansado de tanta prosa gritou: - E a cobra, quando é que mostras a cobra!Adalberto respondeu: - Meu caro amigo, esta cobra que aqui tenho na mala, vinda das terras mais distantes, que já curou com o seu veneno todas as maleitas, não suporta gente desconfiada. Sua boca viperina ataca o primeiro que não acredite nos seus espantosos dotes de cura. Quem quer ser o pri-meiro? Anastácio recuou, e até a multi-

dão. Afinal o tipo podia estar a falar verdade. Pelo sim pelo não comprou duas caixas de pomada de banha da cobra e retirou-se. Adalberto arrumou a banca sem ter mostrado a cobra que não tinha. Eu, rapaz traquina que sempre o espreitava a cada quinta-feira da de Barcelos, não resisti, mesmo que soubesse a verdade naquele tempo de menino que me fazia homem a cada descoberta: - Mostre-me a cobra! Mostre-me só a mim… E ele mostrou. Adalberto de fanta-sia aberta em cada feira.Foi nesse dia que me tornei poeta. Na Precisa hora desse dia.

Professor José Ilídio Torres(escritor)

O Guardador de SorrisosConto

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8 Junho 2010

Alunos do 5.º ano novamente em Serralves Nos dias dez e dezassete de Maio, os alunos do quinto ano concluíram o programa das visitas de estudo a Serralves das disciplinas de Ciências da Natureza e Educação Visual e Tecnológica. As “Aulas no Museu” ajuda-ram a compreender as ideias do arquitecto Álvaro Siza Vieira quando projectou o Museu de Arte Contemporânea. Ficaram a saber que ele, ao inspirar-se na forma dos jardins, desenhou o museu com predominância de linhas rectas e pensou numa combinação de luz natural com luz artificial. Os alunos passearam pelos jardins, observaram as es-culturas, visitaram a Casa do Conde de Vizela, ouvindo, com atenção, as explicações dadas pelo guia. Desta vez, nas “Aulas no

Parque”, os alunos aprende-ram e relembraram assuntos relacionados com os materiais terrestres: rochas, ar e água. Circularam pelo parque onde observaram vários tipos de ro-chas, tiveram contacto com fe-nómenos que evidenciavam a qualidade do ar - existência de líquenes no caule das árvores,

e da água - visita ao interior de uma mina. Este dia será recordado por todos, porque além do convívio entre colegas e professores, foi também preenchido por inte-ressantes aprendizagens.

Os alunos do 5.ºAJunho de 2010

Em ano de muitas celebra-ções, entre as quais a da Re-pública, assinalam-se também os 200 anos do nascimento do compositor e pianista polaco Frédéric Chopin (1810-1849). Só podemos saudar o realce dado a tal efeméride, mas não podemos deixar de lamentar a falta de preocupação da parte das entidades culturais da Re-pública Portuguesa (desde jor-nais até organismos estatais) em procurar relacionar a obra do compositor com o nosso tempo. Podemos admitir que só o génio de Chopin e a beleza da sua obra - exclusivamente pianística- serão suficientes para que a sua música fale a qualquer audiência, de qual-quer época ou lugar do nosso planeta. O mesmo acontece-ria com obras literárias como “Os Lusíadas” de Luís de Ca-mões ou “Os Maias” de Eça de Queirós. Há uma crença, entre certos sectores da nossa vida cultural, de que as grandes obras serão, só por si, eternas e falarão a todas as gerações. Pensamos que esta ideia é o

Dois músicos a (re)descobrir (no YouTube...): Frédéric Chopin e Django Reinhardt

caminho mais rápido para que estas obras caiam no mais ab-soluto esquecimento. A via mais natural para uma abordagem desta riquíssima “tradição cultural” passa por saber olhá-la a partir do nosso tempo e da nossa sensibilida-de, diferentes, com toda a cer-teza, da do tempo em que tais obras foram escritas. Ora, curiosamente, a obra de Chopin oferece “pano para mangas” no que a esse exercí-cio de relacionação diz respei-to. Chopin, pela sua situação

de polaco exilado em França, pelo facto de ter combinado, em algumas das suas obras, elementos retirados da música alemã (concretamente da he-rança de J.S. Bach), da ópera italiana e da música folclórica polaca, oferece-nos um exem-plo notável e avant la lettre, ou seja , “antes do tempo”, de verdadeira interculturalidade. Poderíamos então descortinar na obra do compositor a ideia pioneira de qualquer coisa como uma “União Europeia” musical? Ou seria, pelo con-

trário, Chopin um homem nos-tálgico pela sua pátria perdida, sendo a sua música, em parte, o reflexo da ânsia pelo regresso a casa? A resposta a estas perguntas exigiria uma investigação em profundidade da vida e obra do compositor, mas indepen-dentemente dos resultados, o facto de o músico parecer ter vivenciado, na sua arte como na sua vida, o conflito entre o “nacionalismo” e o “cosmo-politismo” conferem-lhe, em tempos de globalização, uma actualidade indiscutível. Actualidade terá igualmente a obra de outro músico, desta vez da área do Jazz, também ele a celebrar 100 anos: Djan-go Reinhardt (1910-1953). Django foi um cigano de ori-gem Belga (ou vice-versa) que é ainda hoje considerado por muitos o maior músico de Jazz europeu, bem como o maior guitarrista de todos os tempos. Influenciou praticamente to-dos os guitarristas de todos os géneros musicais. Na sua mú-sica soube combinar de forma

magistral, a música popular francesa (o “musette”), o jazz, a música clássica europeia e a música cigana. Foi, com certe-za, um dos primeiros músicos “globais“, tendo ultrapassado com mestria as aparentemente intransponíveis fronteiras en-tre mundos tão distantes. A sua música festiva pode muito bem servir de banda sonora ao que de melhor tem o nosso tempo: a abertura de fronteiras, um melhor conhecimento intercul-tural e a possibilidade de todas as culturas do mundo aprende-rem umas com as outras, daí resultando um enriquecimento mútuo...

Sugestões de navegação:

Para Chopin:http://www.youtube.com/watch?v=bj2E83KWogA

Para Reinhardt:http://www.youtube.com/watch?v=X_AC5e1Z6HA

Professor Rui Luís Costa

Frédéric Chopin Django Reinhardt

No passado dia 4 de Junho, as turmas do 5ºD e do 6º C da Escola EB 2/3 de Infias, tive-ram oportunidade de assistir e participar de forma interactiva no espectáculo de”Ora Vamos lá Improvisar”, integrado do Projecto Portugal Jazz, apoia-do pela Câmara Municipal de Vizela. Esta iniciativa teve lugar no Cine Parque, às1 5.00 horas, e contou com a presença do críti-co de música Rui Eduardo Paes e do músico Paulo Curado. A história do Jazz, de gran-des figuras que a construíram, como Charlie Parker ou John Coltrane para quem a “músi-ca era um louvor a Deus”, foi contada às crianças, com uma dinâmica musical singular, fa-zendo, verdadeiramente, “en-

trar melodias no coração”, como refere a Marta do 5ºD. No final do espectáculo, os alunos puderam interagir com o músico, que tocara ora flauta transversal ora saxofo-ne e improvisar jazz - “inven-tar no momento” - usando as palavras de um menino do 1º Ciclo, que mereceram a total aprovação da Beatriz do 5º D e também a nossa. Foi um momento musical de “Saturno”, como “um senhor que não deixava os seus músi-cos saírem à noite”, recorda-ra-nos o André do 5º D; uma aposta inovadora no conheci-mento e no contacto directo das crianças com o Jazz!

Professora

Isabel Silva

“ORA VAMOS LÁ IMPROVISAR”

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9 Junho 2010

Alunos do 7ºA visitam Estação de Meteorologia Tendo em conta a neces-sidade de complementar os conhecimentos previstos nos conteúdos programáticos da disciplina de Geografia, de promover a interligação en-tre teoria e prática e a escola e a realidade, a turma A, do 7º ano de escolaridade, teve uma visita guiada pela pro-fessora Elódia Canteiro, na estação de meteorologia da Escola Secundária de Vizela. Os alunos puderam contactar com uma estação meteoroló-gica convencional e com uma estação digital, de grande ri-gor científico, idêntica à que possuem as Universidades do Minho, UTAD e Univer-sidade do Porto. Verificaram como podem ser elaboradas análises e efectuados trata-mentos estatísticos dos dados da temperatura, humidade, precipitação e pressão at-

Os professores de Ciências da Natureza dos 5.º e 6.º anos reali-zaram, pela segunda vez, no dia 23 de Abril pelas 18:30 horas, um concurso designado “Ciência Pais e Filhos”. Cada aluno participan-te estava acompanhado pelo seu encarregado de educação ou por outro membro adulto da comuni-dade educativa. Mas para tudo é preciso ter-se energia! Assim sendo, antes de entrarem nas três salas do con-curso, os participantes voltaram a ter a oportunidade de saborearem uns petiscos confeccionados pe-los alunos do curso de Pastelaria do C.E.F.. Os concorrentes ao depararem-se com questões/desafios de Ci-

ências da Natureza subordinadas aos temas recentemente estuda-dos mantiveram a boa disposição e deram, quase sempre, respostas acertadas. Desta forma, os adultos sentiram-se orgulhosos dos seus pares de concurso e revelaram es-tarem disponíveis para “voltarem à escola”. A actividade finalizou com a dis-tribuição dos certificados aos par-ticipantes pelo professor Carlos Faria, elemento da Direcção.. Os professores de Ciências da Natureza agradecem aos Encar-regados de Educação pela dedica-ção evidenciada, aos professores e alunos do curso de Pastelaria do C.E.F. e à Direcção pela disponibi-lidade e abertura demonstrada.

Ciência Pais & Filhos na Escola!

Como já vem sendo hábito, os alunos do 2.º ciclo, em pares, concorrem ao “Quem sabe arris-ca!” para testarem os seus conhe-cimentos de matemática. No pri-meiro período, a 1ª eliminatória decorreu na turma e apurou três pares de concorrentes; no segun-do período, a 2ª eliminatória se-leccionou dois pares por turma e ano e no terceiro período, a Final do concurso, decorreu no dia 15 de Junho e apurou os três pares vencedores. Os professores de matemáti-ca agradecem a todos os partici-pantes o empenho e a dedicação demonstrada e congratula os vencedores.

Concurso de Matemática - 5.º e 6.º anos

Quem sabe arrisca!

Resultados da final5º Ano:

1º Lugar - 5ºFTiago Tropa, nº18 e Bruno Alves, nº3

2º Lugar - 5ºAHélder Ferreira, nº4 e Vera Pedrosa, nº19

3º Lugar - 5ºCMaria Beatriz, nº18 e Inês Costa, nº20

Resultados da final6º Ano:

1º Lugar - 6ºDFrancisca Almeida, nº8 e Rui Alves, nº22

2º Lugar - 6ºCPaulo Baptista, nº22 e Juliana Almeida, nº16

3º Lugar - 6ºAJoaõ Oliveira, nº8 e Sara Oliveira, nº22

mosférica de Caldas de Vize-la, registados diariamente, a nível informático a partir do software Weatherlink. A vi-sita teve ainda por objectivos despertar nos alunos o inte-resse pela meteorologia, pe-las características climáticas e suas alterações, contribuir para o conhecimento dos es-tados do tempo à escala local e sensibilizar os alunos para as energias “limpas”. O entusiasmo e curiosidade dos alunos esteviveram pre-sentes no decurso de toda a visita tendo-se percepcionado que esta foi uma situação de aprendizagem que favoreceu a aquisição de conhecimentos e facilitou a sociabilidade.

Prof. Manuel Abreu

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10 Junho 2010

A partir dos conceitos que temos adquirido nas aulas de Química, passamos a ob-servar, com olhos de juvenis “Cientistas em Acção”, o património construído (edi-fícios, portais e casas degra-dadas) nas ruas de Vizela. Al-guns dos edifícios construídos e que observámos, antigos e recentes, são de uma beleza rara, mas, os metais usados na sua construção estão oxi-dados apresentando a presen-ça de ferrugem (ou corrosão) que dá um aspecto de degra-dação à nossa cidade que não se enquadra na beleza urbana de outras instâncias termais. Esta constatação colocou-nos algumas interrogações: O que é a corrosão? Quais as causas deste problema? O que fazer para a evitar? Com excepção de alguns qualificados de nobres como o ouro, platina, etc., os me-tais são quase sempre encon-

trados na natureza na forma de compostos: óxidos, sulfa-tos, etc. Isso significa que tais compostos são as formas mais estáveis para os mesmos. A corrosão pode ser vista como a tendência para o retorno a um composto estável. Assim, por exemplo, quando uma peça de aço enferruja, o ferro, principal componente, retorna à forma de óxido, que é o composto ori-ginal do minério. A corrosão é a acção destruti-va que o meio ambiente exerce sobre um metal, dando origem a problemas técnicos e econó-micos graves. Há dois tipos de corrosão: a corrosão seca e a corrosão húmida. A primeira é o ataque sofrido pelos metais por parte dos gases sem qual-quer humidade. A segunda, a mais grave, é provocada pelos agentes dissolvidos na água, no solo ou na humidade do ar.Um dos exemplos mais eviden-tes nos edifícios vizelenses é a

corrosão do ferro, um proces-so de oxidação – redução, que destrói o ferro, transforman-do-o em óxido de ferro. O ferro em contacto com o oxigénio húmido, dá origem à ferrugem. Os óxidos de ferro hidratados que constituem a ferrugem for-mam uma camada porosa, que não adere à superfície do metal e que se vai soltando, ficando

novamente o ferro sujeito à acção dos agentes atmosféri-cos. Uma maneira de proteger o ferro consiste em impedir o seu contacto com o ar, reco-brindo-o de tinta ou de outros metais apropriados. Outra for-ma de prevenir a corrosão é a chamada protecção catódica, usada por exemplo na protec-ção dos cascos dos navios. Esta

protecção consiste em pôr em contacto com o ferro blocos de outro metal, como por exem-plo o zinco ou o magnésio, que se oxidam mais facilmente, ou seja, com maior poder re-dutor resguardando assim o ferro do processo destrutivo da corrosão. Em alguns casos, a substituição do metal é per-feitamente aceitável, citando como exemplo, a utilização do alumínio e suas ligas. Actualmente, há uma maior preocupação na escolha ade-quada dos materiais usados nas construções. A variedade é muita mas a cautela deve im-perar, principalmente na uti-lização de materiais, quando se trata do restauro de prédios numa cidade como Vizela, cujo património predominante, de interesse arquitectónico, data do final do século XIX, época áurea das termas.

Alunos do 12ºA

Um Olhar Químico A corrosão dos metais nos edifícios vizelenses

Os alunos do 5.º ano que in-tegram o Clube de Ciências “A Experimentar se Aprende” ofe-receram, durante este período, uma aula diferente aos colegas do 4.º ano das EB1 de São Paio, Teixugueiras, Tagilde e Infias. O tema em foco foi a Água cuja explicação foi efectuada, em termos pedagógicos, através de um teatro. Desta forma, os alunos assimilaram o conceito de densidade. A segunda actividade expe-rimental foi sobre a dissolução. Em gobelés numerados junta-ram diferentes substâncias à água e ao álcool. Observaram que em alguns gobelés as subs-tâncias se continuaram a ver, mesmo depois de se ter mexido bem. Desta forma, concluíram que há substâncias que não se

dissolveram no álcool (subs-tâncias insolúveis) mas que se dissolveram na água (substân-cias solúveis). À medida que observaram fizeram o registo em fichas adequadas. Depois foram as misturas. Colocaram em placas de Pe-tri numeradas diversas subs-tâncias (cacau, sal fino, areia, terra, farinha) e mexeram. Em gobelés também numerados, juntaram substâncias (sal, areia, azeite e álcool) e também mexeram. Verificaram que nas misturas houve materiais que se distinguiram e outros não, concluindo que quando as substâncias se conseguem distinguir têm uma mistura heterogénea, caso contrário têm uma mistura homogénea. Novamente preencheram o

Clube “A Experimentar se Aprende” promove aulas diferentes no 1º Ciclo

registo das observações e das conclusões. Para finalizar, entregaram a cada um dos presentes um desdobrável que continha um

enigma para eles resolverem e informações da Carta Europeia da Água, as quais mereceram, em conjunto, reflexão sobre a sua importância.

Estas actividades tiveram elevada adesão e foram consi-deradas, pelos alunos, muito interessantes. Foi para nós gratificante sentir que os alu-nos obtiveram novos conheci-mentos e ver que os mesmos se envolveram com uma vontade espectacular. Os participantes do clube sentiram-se muito or-gulhosos pelo trabalho desen-volvido. As professoras Assunção Pacheco e Sandra Oliveira e os alunos do clube agradecem a todos os que colaboraram (Direcção da escola, Pais e En-carregados de Educação, Pro-fessores e Alunos Câmara Mu-nicipal de Vizela) e tornaram este projecto numa realidade motivadora.

Professora Assunção Pacheco

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11 Junho 2010

A escola sede do Agrupamen-to, no presente ano lectivo, tem a funcionar uma oficina, “Cientistas em Acção”, rela-cionada com as ciências, mais concretamente Ciências Físi-co-Químicas. Uma das ambições da Oficina de Física e Química – “Cientis-tas em Acção” passa por con-tribuir para a aprendizagem das Ciências, quer dos alunos, quer da comunidade em geral. Neste sentido, todas as turmas do quarto ano do nosso agru-pamento visitaram o Laborató-rio de Química, onde puderam usufruir de um espaço mágico de aprendizagem visualizan-do/experimentando activida-des laboratoriais interactivas adequadas ao seu nível etário. Mostraram-se sempre muito entusiasmados e interessados, participando activamente nas actividades. Alguns destes alu-nos, no decorrer das activida-des, foram capazes de colocar dúvidas, relacionando um con-ceito científico com situações do dia-a-dia, o que mostra ca-pacidade de interpretação das

diferentes actividades. Os alunos do oitavo ano da nossa escola participaram também nesta actividade, ex-plorando de forma empenhada e entusiasta a explicação dos diferentes fenómenos Físico – Químicos. A partir da avaliação feita da actividade, por parte dos alunos e professores do quar-to ano, pode-se constatar que esta correspondeu às expec-tativas destes, foi considerada interessante, contribuiu para

o enriquecimento dos conhe-cimentos dos alunos, nomea-damente, na compreensão de conceitos científicos que são abordados nas aulas e que estão relacionados com o quotidia-no. Alguns professores convi-dados referiram que, para além de ser interessante haver uma primeira interacção dos alunos com um espaço que lhes vai ser familiar num futuro próximo, o facto de a exploração das ac-tividades ser realizada por alu-nos (alguns deles familiares de

Oficina de Física e Química

“Cientistas em Acção”

ENERGIA RENOVÁVEL – ENERGIA FOTOVOLTAICA Nas aulas de Física e Química A, relembrámos a importância das energias renováveis como alterna-tiva ao consumo excessivo, entre outros, do petróleo e seus deriva-dos, do carvão e do gás natural. Hoje em dia, todos nós sabemos que é fundamental, para o bem do nosso Planeta, investir, cada vez mais, nas energias alternativas. E ninguém poderá dizer que esta escolha é limitada: para além das energias solar, eólica e hídrica, ainda temos à nossa disposição a geotérmica, a das marés e a do hi-drogénio. Uma das mais promissoras fon-tes de energia renovável, alimen-tada gratuitamente pelo Sol, é aquela que provém dos painéis so-lares fotovoltaicos. Estes equipa-mentos podem ser instalados, por exemplo, nos telhados das nossas casas, nos satélites espaciais que se encontram em órbita, nos auto-móveis, nas calculadoras… Uma célula fotovoltaica é, em geral constituída por um cristal de silício (semicondutor) em cujos extremos, por acção da radiação solar, é criada uma diferença de potencial eléctrico.

Em Portugal, nomeadamen-te no Alentejo, estão reunidas as condições (clima e relevo) ne-cessárias à instalação de parques solares para produção de energia em grande escala. No concelho de Beja, em Moura, existe o maior parque solar do país que produz energia suficiente para abastecer cerca de 30 mil habitações. O in-vestimento feito na construção poderá parecer exorbitante, cerca de 237,6 milhões de euros, mas a energia limpa nele produzida permite poupar cerca de 152 mil toneladas de emissões de gases (CO2) de estufa para a atmosfe-ra, em comparação com a mesma quantidade de energia produzida a partir dos combustíveis fósseis.Caminhando pelo nosso conce-lho, observamos vários sistemas de produção isolados em diversas residências. Para dimensionar cada um desses painéis fotovol-taicos, os nossos conterrâneos de-vem, com certeza, ter começado por contabilizar a potência eléc-trica de que precisavam, fazendo o levantamento dos aparelhos que funcionariam em simultâneo du-rante o dia e a sua potência. A se-

guir, inteiraram-se da intensidade solar média e do rendimento do processo fotovoltaico, podendo, deste modo, calcular a potência eléctrica disponível por unidade de área do painel. Sabiam que, actualmente, as no-vas construções habitacionais, por lei, devem obrigatoriamente ser concebidas com uma pré-instala-ção de placas solares/colectores? Importa, então, registar algu-mas das vantagens inerentes à uti-lização deste tipo energia.

discentes do quarto ano) e não por docentes, apesar de estes os apoiarem sempre que neces-sário, foi uma mais valia. As professoras responsáveis agradecem a colaboração da professora de Educação Mu-sical, Cármen, que se mostrou disponível para nos apoiar numa actividade relacionada com o som. Agradecemos a disponibilidade dos professo-res do primeiro ciclo, que, ape-sar de alguns contratempos, se mostraram sempre prestáveis

e interessados em participar com os seus alunos nas activi-dades da nossa Oficina. Não deixamos também de agrade-cer à Câmara Municipal, que respondeu dentro das suas possibilidades às nossas soli-citações e sem o seu apoio não seria possível o transporte da maioria das turmas.

As Professoras Responsáveis,Brigite Pereira, Elisabete

Granja e Marisa Silva

Relativamente ao equipamento utilizado, este não dispõe de par-tes móveis; é formado por módu-los, as células são agrupadas em painéis; exige muito pouca manu-tenção; tem um tempo de vida lon-go e pode ser colocado em lugares de difícil acesso. No que concerne à energia pro-duzida, esta é inofensiva do ponto de vista ambiental e não produz nem cheiros nem ruídos. Não podemos também esque-cer as possíveis aplicações desta

tecnologia, tanto no domínio das necessidades de energia eléctrica de baixa e média potência, como na electrificação rural quando a distribuição eléctrica não existe ou na bombagem de água para irrigação. Estes painéis solares fotovoltaicos podem ainda ser utilizados na sinalização, por exemplo, de bóias marítimas, fa-róis, aeroportos e torres de vigias florestais ou na alimentação de sistemas de telecomunicações e de parquímetros… No entanto, existem factores que impedem a sua utilização em larga escala. Para além de ocupar gran-des áreas de terreno, este equipa-mento funciona apenas quando há Sol e, em média, tem um baixo rendimento. Por outro lado, as tec-nologias empregues na sua cons-trução são de elevado custo. Para assegurar a sustentabili-dade energética das futuras gera-ções, devemos investir nas ener-gias renováveis. A energia solar fotovoltaica, embora bastante dispendiosa, é uma grande aposta para o futuro.

Alunos do 10ºA

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12 Junho 2010

PROJECTO DE EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE - “ESCOLA SAUDÁVEL”

“SEMANA DA SAÚDE” No âmbito do Projecto de Educação e Pro-moção da Saúde, dedicamos todo o mês de Maio à Saúde. Assim, no passado Domingo, 30 de Maio, terminaram as actividades inseridas na “Semana(s) da Saúde”, com uma grande ca-minhada, cujo objectivo foi alertar para a im-portância da prevenção das doenças cardiovas-culares, uma das principais causas de morte e incapacidade no nosso país. Foi ainda possível a todos os participantes assistirem a uma pa-lestra, realizarem vários rastreios e assistirem à apresentação de vários trabalhos dos nossos alunos. Gostaríamos de agradecer a todos os que se associaram a esta iniciativa, especialmente à

Fiquem atentos e consultem a página do Clube da Saúde: http://sites.google.com/site/infiassaude/

Câmara Municipal de Vizela, à Unidade de Saú-de Familiar de Vizela - Novos Rumos e aos alu-nos do 12ºA (pela disponibilidade para abordar temas relacionados com a saúde e contribuírem para a sua promoção junto dos restantes alu-nos). Por fim, um agradecimento muito especial aos nossos alunos, professores e funcionários, especialmente os que disponibilizaram parte do seu Domingo, contribuindo para o sucesso des-ta iniciativa.

Professora Gabriela Salgado(Coordenadora do Projecto de Educação e

Promoção da Saúde do AVEIV)

CONSELHOS DE SAÚDE

Caminhada Palestra

Trabalhos realizados pelos alunos Rastreio

RESULTADOS DOS CONCURSOS:

6º Ano - “Sou saudável... porque sei comer”Vencedor: 6ºA (João Filipe, Paulo Simão, Sara Faria e Gabriela Gomes)

7º Ano - “Puberdade... como elas e eles são dife-rentes”Vencedor: 7º D (Cátia Ferreira, João Lemos, Luís Costa e Vanessa Dias)

8º Ano - “A nossa saúde depende da saúde da Terra”Vencedor: 8ºC (Albino, Ana Raquel, Ana Rita e César)

9º Ano - “Drogas... faz a escolha pelo caminho da vida”Vencedor: 9º D ( Ana Borges, Diogo Silva, Joana Castro e Helder)

PARABÉNS aos vencedores...

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13 Junho 2010

Palestra “ABC da Alimentação” promovida por alunos do 12.º A

No dia 24 de Maio realizou-se no Auditório da Escola Básica e Secundária de Vizela (Infias) a Pa-lestra “ABC da Alimentação”, or-ganizada por um grupo de alunos do 12ºA, sob a orientação da Pro-fessora Fátima Costa, no âmbito da área curricular não-disciplinar de Área de Projecto. Esta palestra teve como objectivos: sensibilizar os alunos para a importância da alimentação e influência desta na qualidade de vida dos cida-dãos; familiarizar os alunos com os métodos de uma alimentação saudável e promover o contacto directo com uma nutricionista, neste caso, a Dra. Raquel Lima, nutricionista convidada pelo gru-po. As turmas que participaram nesta actividade foram: 9.º C; 10.º

B; 11ºB; 12ºA e 12ºB.Durante a palestra, a Dra. Raquel falou sobre a roda dos alimentos, das calorias que devemos ingerir e o valor calórico de alguns alimen-tos e regras que devemos seguir para termos para alimentação saudável. Para além disto, falou sobre distúrbios alimentares e consequências destes distúrbios. Sobre este assunto foi apresenta-do, pelo grupo, um vídeo cujos ac-tores eram os próprios elementos do grupo. Este vídeo que retratava a vida de uma adolescente que so-fria de distúrbios alimentares dei-xou toda a plateia surpreendida e recebeu um forte elogio por parte da Dra. Raquel Lima pelo facto de o grupo ter abordado vários as-pectos característicos das pessoas

que sofrem deste tipo de doenças. No final, alguns discentes falaram pessoalmente com a Dra. Raquel, no sentido de verem esclarecidas as suas dúvidas sobre a alimenta-ção que deveriam seguir.O grupo “ABC da Alimentação” e a Professora Fátima Costa, agra-decem a presença de todos os que participaram, assim como o apoio dado pela Câmara Municipal de Vizela, Junta de Freguesia de In-fias e a Porto Editora. O Grupo, “ABC da Alimentação”

Ana Rita Pereira

Catarina FerreiraJoão Vaz

João CaldasSoraia Pinto

As turmas do 10º ano, no âmbito das disciplinas de Biologia Hu-mana e Biologia e Geologia, tiveram oportunidade de participar nas actividades do Laboratório de Ciências Forenses, do Visionarium, onde analisaram vestígios e provas, de modo a eliminar suspeitos e descobrir os criminosos. Esta interessante actividade, planificada pelas docentes Gabriela Salgado e Irina Gomes, permitiu-lhes um contacto com as técnicas utilizadas pelos investigadores criminais e celebrizadas pela famosa série televisiva “C.S.I.”.

Visita “Laboratorium... de Ciências Forenses”

No âmbito do tema “Alimen-tação Saudável” e do projecto Saúde Escolar, as Escolas do 1º Ciclo e Jardins de Infância apre-sentaram a público, na montra do Turismo, os trabalhos ela-borados em Formação Cívica e Área de Projecto. O desenvolvimento físico e intelectual das crianças depen-de muito da implementação de uma alimentação saudável des-de a infância, estando também dependente deste tipo de ali-mentação o rendimento escolar. Os bons hábitos na alimentação são essenciais para as crian-ças que frequentam a escola, na medida em que contribuem para que possam estar atentas e

concentradas na aprendizagem de novos conceitos nas salas de aula. Foi a pensar na necessidade de promover o conhecimento e correcta compreensão das no-ções básicas de uma alimenta-ção equilibrada, da necessidade e efeitos da alimentação na saú-de que se desenvolveram diver-sas actividades nas Escolas Bá-sicas do 1º Ciclo e nos Jardins de Infância do Agrupamento Vertical de Escolas de Infias e se elaborou esta riquíssima ex-posição.

Profesora Valéria PereiraProfessora Maria José Oliveira

Escolas do 1º Ciclo e Jardins de Infância expõem trabalhos na Montra do Município de Vizela

A actividade física é muito importante para a nossa saúde, bem-estar, previne doenças, regula o apetite, ajuda a dormir, a aprender e a crescer melhor. Praticar com regularidade actividades que im-pliquem movimento e gasto de energia, aumenta a boa disposição, o humor, diminui o stress, o risco de ansiedade e depressão, previne comportamentos de risco, melhora a tua imagem corporal e eleva a auto-estima. Escolhe uma actividade ou desporto que te agrade. No dia-a-dia, sê activo, anda a pé sempre que possível, escolhe escadas em vez de elevadores, vai nadar, dançar, andar de bicicleta, cuida do jardim, joga futebol, basquetebol, ténis, ping pong…, ou simples-mente faz uma caminhada. E não te esqueças conquista amigos, pois a actividade física é mais agradável com companhia. Para uma vida saudável….

Sugestão dos alunos do 5ºD

Eu acho que o progama “Press”, estudado nas aulas de Área Projecto, está a in-crementar o conhecimento dos mais jovens sobre sexu-alidade. Penso que já aprendi imen-sas coisas acerca do assunto.Todos andamos entusiasma-dos como o tema abordado, que é muito pessoal, íntimo, exigindo bastante concen-tração e cuidado.. É um tema muito impor-tante para todos nós.

Margarida Torres Alves Nº12,5ºF

As aulas deÁrea de Projectoe o Programa Press

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14 Junho 2010

Para quem está atento à rádio local (97.2Mhz), certamen-te já tomou conhecimento de como, desde o final do mês de Maio, se vai “Republicando”, com a colaboração das escolas do concelho. A E. B. 2,3/S de Vizela-In-fias resolveu aceitar o desafio lançado pela Rádio Vizela e entrou no ar para comemorar estes 100 anos da nossa Repú-blica. Assim, mensalmente, à quinta-feira, pelas 12:30, um professor do grupo de História vai “republicando” sobre esta temática centenária. No dia 3 de Junho, e com a aproximação do Dia de Portu-gal, de Camões e das Comuni-

E porque, ao contrário do que pensa a maior parte das pessoas e dos alunos, estudar História, não passa exclusivamente por mergulhar numa lista infindável de datas, de lugares e de nomes de personalidades históricas. Al-guns alunos do 9º ano foram con-vidados a identificar vestígios da História Contemporânea, lendo jornais… O objectivo passa não só por consolidar conhecimentos ad-quiridos ao longo das aulas, mas também, e com o apoio da equipa da Biblioteca Escolar, promover a leitura e organizar um dossier temático com recortes de jornais.

Para concretizar este projecto, a professora de História entregou, semanalmente, ao longo deste pe-ríodo, alguns jornais aos alunos.

Estes deveriam folheá-los e iden-tificar as notícias que, de algum modo, se ligassem com a matéria leccionada e/ou, especialmen-te, com o tema central - “Os 100 anos da República”. O próximo passo seria colar a notícia numa folha branca, identificar o jornal, autor e data da notícia e, entregar na Biblioteca da Escola… O projecto já teve início e, ti-midamente, algumas notícias já foram arquivadas. Para que o mesmo se desenvolva e atinja os seus objectivos aqui fica o desafio para que, durante as férias, Pais e Encarregados de Educação, em conjunto com os seus educandos, se dediquem aos jornais…Boas leituras, boas férias!

Fátima TranchoGrupo de História

Não esquecendo que este ano a República Portuguesa comemora 100 anos, alunos e professores da nossa esco-la envolveram-se em algu-mas actividades relaciona-das com esta efeméride. Duas destas actividades foram a realização de visitas de estudo e a ida a exposi-ções. No dia 14 de Abril, os alu-nos do 9º ano visitaram o Paço dos Duques de Gui-marães, residência oficial do Presidente da Repúbli-ca, quando este se desloca à nossa região. Neste local, os discentes puderam contactar com a Exposição “República – 100 anos, 18 Presidentes” e concluir, por exemplo, que a maioria dos nossos presi-dentes da república estavam

REPUBLICANDO Um Espaço na Rádio Vizela

ligados à vida militar. Para além desta visita que se centrava na biografia dos 18 presidentes da República Portuguesa, foi ainda realiza-da uma segunda visita, desta vez à Biblioteca Escolar. Nas últimas semanas de aulas, esteve patente na Bi-blioteca da escola, com ma-terial gentilmente cedido pela Escola Secundária das Caldas de Vizela, uma exposição que permitiu aos alunos tomar contacto com os antecedentes da Implantação da República. Nesta actividade participa-ram mais directamente alu-nos do 2º e 3º ciclos.

Fátima Trancho, Grupo de História

DE VISITA À REPÚBLICA…

dades Portuguesas, a conversa contemplou “ os símbolos na-cionais” e as alterações verifi-cadas nos mesmos com a Im-plantação da República. O próximo programa é já no dia um de Julho e esperamos que as férias sejam um bom motivo para continuar em sin-tonia com a escola, e com o que nela se vai fazendo!

Fátima Trancho, Grupo de História

ESTUDAR HISTÓRIA, LENDO JORNAIS…

PRESIDENTESDA REPÚBLICAPORTUGUESA

Primeira República

MANUEL DE ARRIAGAAgosto 1911-Maio 1915

TEÓFILO BRAGAMaio-Agosto 1915

BERNARDINO MACHADOOutubro 1915-Dez. 1917

SIDÓNIO PAISDez. 1917-Dez 1918

CANTO E CASTRODez. 1918-Outubro 1919

ANT. JOSÉ DE ALMEIDAOutubro 1919-Outubro 1923

TEIXEIRA GOMESOutubro 1923-Dez. 1925

MENDES CABEÇADASMaio-Junho1925

Est

ado

Nov

o

BERNARDINO MACHADODez.1925-Maio 1926

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15 Junho 2010

No ano de 1900, Portugal era uma Monarquia. Governava o Rei D. Carlos, que tinha dois filhos: o Príncipe Filipe e D. Miguel. O país vivia em crise, o povo era pobre e devíamos dinheiro ao es-trangeiro. El-Rei aumentou os impostos causando grande revolta na população. Entretanto a Ingla-terra queria que abandonássemos Angola e Moçambique, regiões conquistadas pelos portugueses durante os Descobrimentos e D. Carlos concordou, o que revoltou ainda mais os portugueses.Quando a família Real regressava de Vila Viçosa, o rei D. Carlos e o seu filho, o Príncipe Filipe foram assassinados no Terreiro do Paço.Então subiu ao trono o segundo filho, D. Manuel II.Naquele tempo já havia partidos políticos, os Monárquicos e os Republicanos que não se enten-diam. Os Republicanos queriam acabar com a Monarquia. Deu-se

então a Implantação da Repúbli-ca, no dia 5 de Outubro de 1910. A Família Real teve que abando-nar Portugal.E iniciou-se a 1ª República, que agora é velhinha pois vai fazer 100 anos. Agora não temos um Rei, temos um Presidente da República, uma nova bandeira e um novo Hino Nacional

Trabalho de Luís, Juliana., Lara Patrícia, Vânia e Filipa

3º ano da Escola EB jI de Tagilde

Implantação da República

No dia 5 de Outubro de 2010 comemora-se os 100 anos da Re-pública Portuguesa. A Monar-quia acabou no dia 5 de Outubro 1910. A principal mudança foi a de deixarmos de ser governados por reis e passarmos a ter um presidente. A bandeira também mudou e foi escolhida a que ain-da hoje utilizamos. Passámos a cantar o hino “A Portuguesa.” Mas, o mais importante des-ta revolução é que hoje vivemos num país onde somos distingui-dos pelas nossas qualidades e não por termos nascido de “san-gue azul.”

Texto colectivo 2º anoEB das Teixugueiras

Os 100 anos da República

A Primeira República

A revolta dos portuguesesAcabou por resultar,Implantou-se uma RepúblicaE mandou-se a Monarquia passear!

Foi Manuel de ArriagaO seu Primeiro Presidente,O povo já pode elegerE ficou todo contente.

Passou a haver nova bandeiraE um Hino Nacional!Foi uma mudança importantePara o nosso Portugal!

A turma 4.º JEB 1 S. Miguel

A questão surge na mente como uma flecha de Cupido, atraves-sando aquele coração que se quer conquistado. Não precisa de nome, ninguém conhecia Ilda Pulga, a jo-vem rapariga, atrevida, talvez, que pelos seus dez a treze anos de idade teria vindo de Arraiolos para Lisboa à procura de uma vida melhor!? Tantos o fizeram… eram momen-tos difíceis que ao povo custaram a saudade da família e da terra que se viam forçados a abandonar. No entanto, Ilda Pulga, uma mu-lher do povo, sofredora das fomes daquela altura que eram tão gran-des no Alentejo, das “maleitas” da época – pagamentos de obras pú-blicas, empréstimos; ricos cada vez mais ricos e consequente aumento de problemas sociais - terá servido de modelo a João da Silva, pseu-dónimo do escultor João da Nova, que também escrevia para a revista “Seara Nova”, doutrinária, crítica, com objectivos essencialmente pe-dagógicos e políticos. Ilda Pulga dava rosto à República Portuguesa, em Outubro de 1911!

E, curioso - nem sequer fora a ven-cedora, por alturas do concurso re-alizado para o efeito… Sim… Mas por que é que a Repú-blica tem rosto de mulher? A questão inquieta, perturba e suscita reflexões. Numa sociedade patriarcal onde o Homem é a figu-ra dominadora nas mais variadas esferas do poder, a mudança surge no olhar de um rosto feminino…Ousado, desafiante e atraente, bem atraente! Como se sentiriam os Republicanos ao desnudarem aquele rosto?! Atraídos, conven-cidos, completamente rendidos à República?! A Monarquia? Já era… A Revolução Francesa havia dei-xado marcas em 1789 - Liberdade, Igualdade, Fraternidade - e “Ma-rianne” celebrizada como musa simbólica e tão inspiradora… Porquê ? Por que é que já nessa altura, a ideia de mudança através de um rosto, de uma figura femini-na?Recordam-se na nossa padeira? Sim, a grande padeira de Aljubar-

rota, D. Brites de Almeida, que terá ficado célebre por tão bem “empadeirar” os espanhóis inva-sores, por alturas da Revolução de 1383-1385? Sim, também ela um símbolo de mudança, uma vez mais, no olhar de um rosto femini-no… Ai, Marianne, Marie e Anne, … a junção de dois nomes correntes em França, no século XVIII, deixando

correntes de esperança numa vida melhor… Marianne, tal como a nossa Ilda Pulga, ostentava na cabeça um bar-rete frígio, símbolo de liberdade, já usado pelos escravos libertos na Grécia e em Roma e mais tarde, pelos pelos marinheiros e conde-nados das galés do Mediterrâneo; notabilizado sobremaneira nas ca-beças dos combatentes republica-nos franceses! Napoleão III é que sabia… quan-do ofereceu a Estátua da Liberdade aos Estados Unidos, como prémio após uma batalha vencida contra Inglaterra! Fréderic Auguste Barthodi cons-truiu essa estátua imponente, car-regada de símbolos ligados à Maço-naria, como a tocha, o livro em sua mão esquerda e o diadema de sete espigões em torno da cabeça… Uma vez mais, um rosto de mu-lher, coroado de rebeldia e de liber-dade! Mulheres, a nossa responsabili-dade é GRANDIOSA!!!

Professora Isabel Silva

Verde Vermelhorubro

Esfera armilar

Escudo de Armas

Quinas

Castelos

Por que é que a República tem rosto de mulher?

O escultor João Silva a trabalhar no busto da República

Dem

ocra

cia

GOMES DA COSTAJunho-Julho1926

OSCAR CARMONAJulho 1926-Abril 1951

CRAVEIRO LOPESAbril 1951-Agosto 1958

AMÉRICO TOMÁSAgosto 1958-Abril 1974

ANTÓNIO DE SPINOLAMaio-Setembro 1974

COSTA GOMESSetembro 1974-Junho 1976

RAMALHO EANESMarço 1976-Março 1986

MÁRIO SOARESMarço 1986-Março 1996

JORGE SAMPAIOMarço1996-Março 2006

CAVACO SILVAMarço 2006 - ?

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16 Junho 2010

O Ambiente é Nosso “Trata bem a Terra. Ela não te foi dada pelos teus pais. Foi-te emprestada pelos teus filhos”… Este é um provérbio queniano que reflecte com rigor a necessidade que cada geração tem de cuidar do planeta que habita e gerir susten-tadamente os recursos que a Na-tureza lhe oferece, para que este possa manter-se um lar agradável para as gerações futuras. Esta é a ideia que serve de base ao conceito de Desenvolvimento Sustentável, que se define como o conjunto de processos e atitudes que podem satisfazer as necessidades do Ho-mem no presente, sem compro-meter as necessidades das gera-ções futuras.Após o envolvimento do nosso agrupamento no projecto “Vamos Cuidar de Portugal”, também no âmbito do conceito de desenvol-vimento sustentável, actualmente tão discutido por todas as nações mundiais, surge o projecto “O ambiente é nosso”. Este nasce de mais um fantástico projecto da EDP “O ambiente é de todos – vamos usar bem a energia”, pro-pondo ao nosso agrupamento a responsabilidade de sensibilizar e promover a alteração dos compor-tamentos da comunidade educati-va, relativos à gestão sustentável dos recursos, especificamente dos energéticos, com o objectivo de

preservar os recursos e contribuir também para a diminuição da po-luição produzida e assim melhorar e preservar o ambiente vizelense.O desenvolvimento do projecto “O ambiente é nosso” ficou a car-go dos professores Carlos Men-donça, Domingos Fernandes, Gonçalo Paulico e Neuza Bar-bosa e decorreu em várias fases, contando essencialmente com o apoio dos alunos das turmas do 8º ano da nossa escola, que contribu-íram com os seus conhecimentos ambientais para tornar o nosso agrupamento energeticamente sustentável. Assim ao longo deste

projecto foram desenvolvidos con-gressos, nos quais se exploraram a componente mais teórica que está na base destes ideais e se reu-niram as ideias dos alunos sobre as formas de tornar a nossa escola mais eficiente energeticamente, sendo já algumas delas uma reali-dade. Realizou-se também, no dia 30 de Maio, o Passeio Pedestre, para sensibilizar a comunidade educativa e envolvente das vanta-gens e da importância quer para o ambiente, quer para a saúde de se deslocarem a pé, em curtas distâncias. No dia 17 de Junho, a nossa escola recebeu a Empresa

Proeficiência, representada pelos senhores Manuel Marques e Fili-pe Pinto, que deram uma palestra sobre energias renováveis e efici-ência energética. O produto final deste projecto consistiu na elabo-ração de um vídeo, por alguns alu-nos do 8º ano, no qual eles expu-seram as suas ideias para poupar energia na nossa escola e como podemos colocá-las em prática.Estes projectos são os primeiros passos de muitos outros que o nosso agrupamento pode dar nes-ta caminhada ambiental e é muito importante continuar a caminhar nesta direcção e não deixar esmo-

recer estas ideias, continuando no próximo ano lectivo a trabalhar para que a nossa comunidade edu-cativa use correctamente e eficien-temente a energia e os restantes recursos naturais, de forma a dar o seu contributo para a protecção e preservação do planeta azul, que é de todos. É importante acredi-tarmos que o nosso contributo do dia-a-dia é essencial e pode fazer a diferença, porque os pequenos passos do presente, contribuirão para grandes marcas do futuro.

Professora Neuza Barbosa

No segundo período foi-nos proposto um desafio ambien-tal muito ambicioso. Teríamos que partir de um problema ambiental de Vizela e procurar soluções. Primeira ideia que passaria por um Vizelense? …. o Rio Vizela. Consta que já foi um dos mais poluídos da Eu-ropa. Felizmente a qualidade das suas águas tem melhora-do e por isso direccionámos as nossas preocupações para a produção excessiva de resíduos e para a poluição do ar. Outro desafio? Relacionar os temas Terra, Ar, Água e Energia com as Alterações Climáticas que ocorrem no planeta. Telefone-ma para ali, telefonema para acolá, oleão, paletes, compos-tor, mini-conferências, confe-rências, ecopontos, problemas, responsabilidades, acções, cartazes, powerpoint,… Ufa, que canseira, será que valerá a

pena? Quem iria representar a escola na conferência nacional? Votações ….…. Danny e Inês.Chegada a Lisboa para a Confe-rência Nacional da CONFINT no âmbito do Projecto ‘’Vamos Cui-dar de Portugal’’. Vinte e quatro escolas tinham como objectivo comum mostrar que as respon-sabilidades que definiram são as mais fortes para mudar o destino

trágico do planeta. Workshops, nervos controlados e lá apresen-támos as nossas responsabilida-des e acções. Trabalho de quali-dade…lugar na final. Euforia…mas calma que ainda faltava a última fase, que pelas previsões não seria fácil. Auditório cheio com “espectadores-avaliado-res”. Concorrência muito boa. Estiveram todos de parabéns.

Que espectáculo! Que entusias-mo! Infelizmente, fomos traídos pelos nervos e reconhecemos o mérito aos nossos “adversários” que muito irão dignificar o nos-so país. No entanto, a qualidade do nosso trabalho reflectiu-se de tal forma, que as acções da nos-sa escola foram as seleccionadas para mostrar ao Mundo de que forma o nosso país poderá me-

“ Vamos Cuidar de Portugal” - De Vizela para o Mundolhorar a qualidade do AR do planeta. O que ficou para nós? Uma experiência totalmente nova, diferente, que nos permitiu aprender bastante. E vocês? De que forma pode-rão participar e fazer crescer este projecto? Fácil. Comecem já a falar com os vossos pais!!!! Sim, porque o compostor é para encher com restos de le-gumes, fruta, cascas,…; os oleões estão ansiosos por re-ceberem os óleos usados lá de casa. E a reciclagem de plásti-co, papel, vidro, pilhas e outros “lixos”? Preparem-se para a competição…. Vamos conti-nuar a mostrar que, na nossa escola, somos sempre capazes de ir mais além.

Pelos alunos envolvidos no projecto “ Vamos Cuidar de

Portugal”

Page 17: Pau de Giz, nº2

17 Junho 2010

2010 foi decretado como o Ano Internacional da Biodiversida-de, uma vez que foi definido pela Europa como a data limite para travar a perda da biodiversidade. A Biodiversidade pode-se definir basicamente como a variedade de seres vivos que existem no nosso planeta. Ainda se conhece pouco sobre a Biodiversidade do planeta azul, mas calcula-se que existam entre 10 a 20 milhões de espécies, das quais apenas 10% estão estu-dadas a nível científico. Nós, seres humanos, somos também parte dessa biodiversidade e a nossa existência seria impossível sem ela, o que consequentemente nos torna os principais responsáveis pela sua aniquilação. As altera-ções dos habitats naturais, resul-tantes dos sistemas intensivos de produção agrícola e pecuária, da construção, da exploração de pedreiras, da sobrexploração das florestas, oceanos, rios, lagos e solos, da introdução de espécies alóctones invasivas, da poluição e, cada vez mais, das alterações cli-máticas globais, são as principais causas para a perda crescente da

biodiversidade do nosso planeta. Posto isto, é imprescindível que não façamos uma reflexão sobre a nossa responsabilidade ao nível do elevado consumo de recursos naturais e da excessiva produção de resíduos e inevitavelmente so-bre o impacto dessas acções nos ecossistemas. Porque uma mudança só se faz sentir quando tem o peso signifi-cativo de uma nação, é para isso necessário alertar e sensibilizar to-dos e cada um dos cidadãos dessa nação, para que individualmente se consciencializem da importân-cia da biodiversidade para o equi-líbrio de todos os ecossistemas do planeta e alterem os seus hábitos de vida, para uma forma mais sus-tentável, em conformidade com o bem-estar da Natureza que os acolhe. E é esse o objectivo que, nós, comunidade educativa, nos propomos, o de ter um papel mais activo e significativo nesta luta, de diminuir a perda da biodiversida-de, começando no nosso agrupa-mento, passando para as nossas casas, cidade, país, continente e quem sabe culminando no nosso

planeta. Para a comemoração do Dia Internacional da Biodiversidade, 22 de Maio, o Clube das Sequóias, realizou, no nosso Agrupamento, um Concurso alusivo ao conceito de Biodiversidade, cujos vencedo-res foram os alunos da turma EFA Secundário, que apresentaram uma montagem de fotografias fantásticas, resultantes de uma viagem que um deles realizou ao Jardim Zoológico e da observação atenta e minuciosa dos ecossiste-mas envolventes da nossa escola, nomeadamente o Monte de São Bento das Pêras. Aos participan-tes, os nossos parabéns e aos pro-fessores que colaboraram com a turma nesta aventura de desco-berta da biodiversidade, o nosso muito obrigada! E não se esqueçam que a Natureza é de todos, por isso a responsabilidade de cuidar dela também é de todos!!!

Professora Neuza Barbosa( Clube das Sequóias)

Biodiversidade“Observa bem a Natureza e então compreenderás tudo melhor.”

Albert Einstein

Anualmente, no dia 21 de Mar-ço, o nosso calendário assinala e re-lembra duas comemorações muito importantes para o nosso planeta, o Mundial da Árvore e o Dia Mun-dial da Floresta. Tudo começou, em 1872, no estado norte-americano do Nebraska, onde se comemorou oficialmente pela primeira vez o Dia da Árvore. Foi nesse dia que John Sterling Morton conseguiu induzir toda a população a consagrar um dia no ano à plantação ordenada de diversas árvores, para resolver o problema da escassez de material lenhoso. A Festa da Árvore rapida-mente se expandiu a quase todos os países do mundo, e em Portugal comemorou-se pela primeira vez a 9 de Março de 1913. Em 1971, e na sequência de uma proposta da Con-federação Europeia de Agricultores, que mereceu o melhor acolhimento da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agri-cultura), foi estabelecido o Dia Florestal Mundial, com o objectivo de sensibilizar as populações para a importância da floresta na ma-nutenção da vida na Terra. Em 21 de Março de 1972, dia que marca a chegada da Primavera no Hemisfé-rio Norte, estação durante a qual a Natureza parece recuperar toda a

vida que estava adormecida pelos dias frios de Inverno, foi comemo-rado o primeiro DIA MUNDIAL DA FLORESTA em vários países, entre os quais Portugal. Este ano, tal como em anos ante-riores, a nossa escola quis e deixou a sua marca ambiental, no conce-lho de Vizela. Em colaboração com a Confraria do Monte de S. Bento das Pêras, o Clube das Sequóias (Clube da Floresta da nossa escola), juntou-se a muitas outras escolas da região e participou, durante a manhã do dia 22 de Março, na plan-tação de várias árvores, no Monte de S. Bento. Aos alunos do Clube das Sequóias juntaram-se outros alunos, que se inscreveram na Bi-blioteca da nossa escola, e por volta das 9:30h da manhã deslocaram-se até ao Monte de S. Bento, onde os esperavam a organização da acti-vidade, com milhares de pequenas árvores “ansiosas por amarrarem as suas raízes ao solo e crescerem”. A acompanhar o grupo da nossa es-cola estiveram sempre dois colabo-radores da organização, que ensina-ram e ajudaram os nossos alunos a plantar correctamente uma árvore. Para além da diversão e do bom mo-mento ao ar livre que se desfrutou, ainda nos podemos orgulhar de ter

dado um contributo fundamental neste projecto tão importante, que consiste na reflorestação do Monte de S. Bento. É tão necessário com-preender a teoria que está por detrás da importância das florestas para a vida de todos nós seres humanos, como é no dia-a-dia ter atitudes de respeito pela Natureza e pelos seus recursos, como é ter a responsabi-lidade e agir na preservação, defesa e recuperação dos espaços verdes. E são os jovens quem tem uma pa-lavra mais forte a dizer e uma força maior para actuar, porque o futuro é deles e o planeta só sobreviverá para as gerações vindouras, se as gera-ções do presente cuidarem dele. A todos os participantes, um MUITO OBRIGADA pela pequena colabo-ração de hoje, que de certeza, terá grandes repercussões no ambiente do amanhã. Esperemos que para o próximo ano lectivo, a nossa escola possa colaborar nesta iniciativa com o triplo das mãos a plantar árvores no Monte de S. Bento.

Neuza Barbosa(Professora do Clube

das Sequóias)

“Vem plantar uma árvore connosco!”

No âmbito da disciplina de Ciências Naturais, as professoras, que leccionam no 8ºano, Fátima Morais, Gabriela Salgado e Neuza Bar-bosa, planearam uma visita à praia dos Lavadores, em Vila Nova de Gaia. Foi possível observar os afloramentos graníticos típicos desta zona, o ecossistema dunar e os efeitos do Homem nos ecossistemas. Foi um dia muito bem passado!

Visita “Ciência na Mochila”

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18 Junho 2010

Entrevista à professoraAdelina Paula Pinto(Entrevista orientada pela profes-sora bibliotecária, Emília Monteiro, para o Jornal Escolar “Pau de giz”.)

Adelina Paula Pinto é professora do grupo 200, do 2º ciclo do Ensi-no Básico, na Escola B2, 3 Virgínia Moura, em Moreira de Cónegos, Guimarães. Actualmente é Coorde-nadora Interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares para os con-celhos de Guimarães, Fafe, Vizela, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Mondim de Basto e Ribeira de Pena.

BIBLIOTECA – Importas-te de par-tilhar connosco os motivos que te le-varam a querer ser, um dia, coorde-nadora de uma biblioteca escolar?

ADELINA – Acho que nunca quis ser Coordenadora de uma Bibliote-ca Escolar. Foi por puro acaso que fui convidada para esse cargo. Es-tava a leccionar na então Escola B 2, 3 de Moreira de Cónegos (actual EB 2,3 Virgínia Moura) e a Coor-denadora da Biblioteca mudou de Escola. Como o lugar ficou vazio, a Presidente do Conselho Executivo convidou-me para esse cargo.

BIBLIOTECA – Consideras que a tua formação académica foi rele-vante para o exercício desse cargo?

ADELINA – Penso que houve mui-tos factores que foram decisivos. Por um lado, eu tinha sido Presi-dente do Conselho Executivo de um agrupamento e sempre tinha valori-zado muito as Bibliotecas Escolares desse agrupamento. Por outro lado, essa experiência da minha vida da-va-me um conhecimento grande na área da gestão de recursos humanos e materiais, muito importante para quem tinha de liderar uma equipa e um projecto de trabalho. Acrescen-to que sempre adorei ler, sou uma leitora compulsiva, logo adoro Bi-bliotecas. Finalmente, a minha for-mação académica (sou licenciada em História) sempre me despertou para o conhecimento, para me man-ter actualizada sobre tudo porque só assim entendemos a História antiga e aquela que vamos construindo no dia-a-dia.

BIBLIOTECA – Enquanto coorde-nadora de uma biblioteca escolar, qual foi o teu maior desafio?

ADELINA – O meu maior desafio foi transformar um espaço físico (uma sala com livros, CD´s, compu-tadores, vídeos…) num espaço de construção do conhecimento, um espaço onde os alunos aprendes-

sem. Este foi e é o maior desafio das nossas Bibliotecas, ajudar a criar cidadãos informados, actualizados, críticos. E não se consegue isso sem um projecto centrado na Biblioteca Escolar.

BIBLIOTECA – Já és coordenado-ra interconcelhia da RBE há algum tempo. Qual foi o teu maior incen-tivo para dares esse salto, isto é, sa-íres da “tua” biblioteca e desejares trabalhar com tantas outras?

ADELINA – Não sou CIBE (Co-ordenadora Interconcelhia das Bibliotecas Escolares) há muito tempo, é este o meu 1º ano. No ano passado fui Coordenadora Local, isto é coordenava a minha Bibliote-ca e trabalhava com as Bibliotecas dos concelhos de Guimarães e Vi-zela. O que me fez dar o salto foi a minha vontade de querer fazer sem-pre coisas diferentes, ir mais além, conhecer outras realidades, outras formas de trabalhar. É esta parti-lha, este conhecimento de pessoas e projectos que me alicia neste novo trabalho.

BIBLOTECA – Enquanto coorde-nadora interconcelhia da RBE, que dificuldades/lacunas comuns con-segues identificar nas BE que costu-mas visitar?

ADELINA – O mais comum são as dificuldades ao nível dos recur-sos humanos, Bibliotecas em que o Professor Bibliotecário está pratica-mente sozinho, sem equipa e muitas vezes sem assistente operacional. Depois, a grande dificuldade na maioria das Bibliotecas Escolares é a pouca valorização que os pro-fessores fazem deste espaço, não o integram nas suas práticas de en-sino e isso é algo que me preocupa muito. O Professor Bibliotecário e a sua equipa só trabalham bem se os professores trabalharem em articulação, só assim conseguimos ter melhores alunos com melhores aprendizagens.

BIBLIOTECA – Em vários estudos sobressai a ideia de que a biblioteca escolar é fundamental para desen-volver no indivíduo capacidades de adaptação à mudança numa socie-dade global orientada para a infor-mação e a comunicação. Não te pa-rece uma tarefa demasiado pesada para equipas de professores que se constituem, em muitas escolas, por números tão reduzido de elementos e tantas vezes sem formação nesta área?

ADELINA – Como dizia antes, a

Desafio dos livros

questão das equipas (ou da falta delas) é preocupante. De qualquer forma, penso que este ano já se deu um passo significativo, em todas as Escolas/Agrupamentos há, pelo menos, 1 professor Bibliotecário (a maioria tem 2 professores bibliote-cários) a tempo inteiro. Isto já per-mite um trabalho diferente, mais centrado na verdadeira missão da Biblioteca - fazer leitores. São estes leitores que depois vão ter a capaci-dade de se adaptarem a uma socie-dade global, a uma sociedade em constante mudança, uma sociedade da informação e da comunicação.

BIBLIOTECA – Achas que, real-mente, em Portugal, se trabalha nesse sentido?

ADELINA – Acho que já se vai tra-balhando, há por parte dos Profes-sores Bibliotecários e das suas equi-pas esta ideia que devem trabalhar para este objectivo. O grande desa-fio é colocar a Escola, no seu todo, a trabalhar para a construção deste cidadão do século XXI, um cidadão que não recebe o conhecimento mas que é capaz de o construir e recons-truir sucessivamente. Mas também aqui já se vai mudando, há projectos educativos de escolas que já têm nos seus objectivos e nas suas metas, esta missão, esta questão das litera-cias, de formar alunos que tenham capacidade de retirar informações a partir de suportes impressos, para resolver problemas.

BIBLIOTECA – Em várias escolas, há professores que nunca levam as suas turmas à BE nem conhecem os recursos desta estrutura. O que te parece ser fundamental fazer-se para atrair estes profissionais para um trabalho colaborativo com o professor bibliotecário?

ADELINA – Acho que a formação académica e a formação contínua não despertou os professores para a utilização da Biblioteca e dos seus recursos nos processos ensino-aprendizagem. Os docentes, na sua generalidade, ainda estão muito centrados nos conteúdos, nos pro-gramas, no “dar” o conhecimento. E precisamos dar o passo para a construção do conhecimento e este deve ser feito em articulação com a Biblioteca, com os imensos recursos que esta dispõe. Repara, o conheci-mento está a mudar a uma velocida-de incrível, não faz sentido dá-lo de mão beijada aos alunos se logo está desactualizado. Mas se for o aluno a construir este conhecimento, ele vai saber reconstruí-lo sempre que hou-ver mudanças. Mas as escolas tam-

bém não estão preparadas para esta mudança de paradigma, isto exige um trabalho mais colaborativo inter e transdisciplinar, implica sair da sala de aula, implica reorganizar os conteúdos, implica rever a avaliação dos alunos. Tudo isto demora tempo e vai ser, certamente, uma mudança lenta mas que tem de ser feita.

BIBLIOTECA – Quem conhece o Modelo de Auto-Avaliação das BE (MAABE) reconhece a sua comple-xidade. Qual a tua opinião acerca deste documento?

ADELINA – Eu apliquei 2 vezes o MAABE e por isso sei que é comple-xo. Mas este ano ele já foi melhora-do com uma aplicação informática que a Rede de Bibliotecas Escolares desenvolveu e com a formação que já deu a todos os Professores Bi-bliotecários que o vão aplicar. Mas, mesmo sendo complexo e difícil de aplicar, é um instrumento excelente que se assume como o referencial do trabalho da Biblioteca Escolar. Acho que a partir do momento que conhece o MAABE, o Professor Bibliotecário sabe orientar o seu trabalho para os novos paradigmas e depois sabe avaliá-lo, tendo em conta os perfis de desempenho que o próprio Modelo incorpora.

BIBLIOTECA – Concordas com os professores bibliotecários quan-do afirmam que as exigências do MABE os tornam mais preocupa-dos com estatísticas e os afasta do trabalho que devem desenvolver junto dos alunos?

ADELINA – Isso é uma realida-de num primeiro momento ou no primeiro ano de implantação. Mas depois isso já não é verdade, o professor bibliotecário aprende a retirar evidências de todo o traba-lho que desenvolve sem aumentar muito o seu trabalho. O que fazia falta nas nossas Bibliotecas era o planeamento e com o MAABE es-tamos a aprender a planear, plane-ar a todos os níveis. E as evidências (e não são só as estatísticas) são instrumentos muito importantes para avaliarmos o trabalho que se desenvolveu e delinear o plano de melhoria. É esta trilogia que é necessário reforçar: PLANEAR-AVALIAR-MELHORAR.

BIBLIOTECA – Muito obrigada pela tua disponibilidade. Muito obrigada por nos permitires um outro olhar sobre as Bibliotecas Escolares e os professores que a elas se dedicam.

O Livro que claramente eu gostei muito de ler foi “O Principezinho”. Foi publicado pela primei-ra vez em 1943, em Nova Iorque e o seu autor foi An-toine de Saint-Exupéry que também o ilustrou. A história relata a vida de um menino que vivia no asteróide B 612, o qual fica muito longe da Terra. A vida dele era muito sim-ples: tratava da sua rosa, limpava os seus pequenos vulcões e arrancava as raí-zes dos embondeiros para não destruírem o asteróide. O que o Principezinho gostava mais de ver era o pôr-do-sol … Um dia, resolveu viajar para conhecer novos plane-tas e foi conhecendo vários tipos de pessoas como: um rei que vivia sozinho num planeta e não tinha súbdi-tos; um homem de negócios que só se interessava em contar dinheiro; um bêba-do que bebia para esquecer; um acendedor de candeei-ros, que nem tinha tempo para dormir, etc. Ele achou todas as pesso-as muito estranhas e não as compreendia. Por fim, chegou à Terra e conheceu um amigo… O Principezinho era mui-to feliz só de apreciar as coi-sas simples da vida, como a beleza do pôr-do-sol, a ami-zade, as plantas, os animais e até a água fresquinha. Aconselho vivamente este livro a todas as pessoas por-que nos passa a mensagem de que, para sermos felizes, devemos dar valor aos sen-timentos e às coisas simples da vida. Realmente, o es-sencial é invisível aos olhos e só se vê com o coração…

Eduardo Daniel Lima Freitas, Nº 5, 5º F

O Livro que claramente eu gostei muito de ler!

Page 19: Pau de Giz, nº2

19 Junho 2010

Sugestões de leitura

Uma mensagem secreta da Al-Qaeda faz soar as campainhas de alarme em Washington. Seduzi-do por uma bela operacional da CIA, o historiador e criptanalista português Tomás Noronha é con-frontado em Veneza com uma es-tranha cifra (6AYHAS1HA8RU).

A Nascente de Tinta, de Pedro Seromenho

A mais bela ninfa é filha da deusa dos Rios e do deus Ocea-no, o grande rio que circunda a Terra. De seu pai recebeu o divi-no presente de viver nas águas sagradas do Rio Tejo. E começa a história de um grande amor… Tão intenso que as outras belas ninfas, carinho-samente, lhe diziam:- Tem cuidado, não te apaixones demasiado.- Mas quem consegue controlar o coração?

- Tu consegues, não és uma ninfa vulgar, és filha do grande Oceano! Uma Oceânide. E ela, sem entender bem estas palavras, olhava as outras belas

Fúria Divina, de José Rodrigues dos Santos

ninfas, envoltas em finas sedas prateadas… E eternamente ena-morada também ondeava, onde-ava em sedosas águas… (texto da contracapa)

Ahmed é um menino egípcio a quem o mullah Saad ensina na mesquita o carácter pacífico e indulgente do islão. Mas nas aulas da madrassa aparece um novo professor com um islão di-ferente, agressivo e intolerante. O mullah e o novo professor di-gladiam-se por Ahmed e o meni-no irá fazer uma escolha que nos transporta ao maior pesadelo do nosso tempo.E se a Al-Qaeda tem a bomba atómica?(texto da contracapa)

No dia 29 de Abril, celebra-se o Dia Mundial da Dança e, nesse dia, à tarde, na biblioteca, foi uma festa! Entre as 13:30h e 15:00 dividimo-nos entre leitu-ras e danças de África. A prof. Paula Ferreira pre-parou, com os seus alunos das Danças de Salão, uns momentos de Kizomba e Kuduro; e a prof. Belmira leu, com sotaque afri-cano, capítulos da obra “Os da minha rua”, de Ondjaki. Quer dizer, histórias a propósito de uma piscina de coca-cola que existia na casa do tio Victor e de umas primas bué de giras e de um baile... E o melhor foi quan-do uma delas pedia um beijo na boca! Ai! Ai! Ai!

A propósito do Dia Mundial da Dança, na BE “Um conto, Uma dança!”

E foi só gargalhada, na biblio-teca! Durante estes instantes, es-quecemos Portugal e viajámos para um outro continente; este mais quente e tão rico nas suas artes! Eu adorei aprender uns passi-nhos de Kizomba! Dizia a prof. Paula que a Kizomba é uma dan-ça muito sensual e, por essa ra-zão, os pares dançam bem junti-nhos... mas ela não nos deixou! Dançámos separadinhos! Mas foi extraordinariamente diver-tido! Quem diria!? Afinal, ler e dan-çar até resulta!

A prof. bibliotecáriaEmília Monteiro

Recebemos um convite muito especial: dinamizar um momen-to de animação, na biblioteca escolar, da Escola Secundária de Vizela, para uns convidados mui-to especiais - os meninos do pré-escolar da Misericórdia de Vizela. Muito honradas, levámos a dra-matização do conto de Alexandre Parafita, “O diabo e a cabaça”, “O teatrinho das vogais” e “Pico pico”, de Maria do Céu Nogueira. E mais uma vez, as raparigas do 12ºC mostraram o seu talento! Foi muito divertido, quer para os pequenitos, quer para os crescidi-tos. No final, entre muitas garga-lhadas e festa, ainda lanchámos e confraternizámos um pouco com os nossos vizinhos aqui do lado.Gostámos muito do convite! Gos-támos muito que se tivessem lem-brado de nós!Muito obrigada!

A prof. bibliotecáriaEmília Monteiro

Uma ida à vizinha…

Certa ocasião, no primeiro dia de férias, A Fada Oriana visitou a minha escola e levou-me ao Ma-ravilhoso Mundo dos Brinquedos Viajantes.Enquanto estava à espera, ouvi uma voz muito fininha a chamar: - Eduardo… é a Fada Oriana! Eu virei-me e, em pé, no ar, esta-va a Fada Oriana que disse: - Queres viajar comigo até ao Ma-ravilhoso Mundo dos Brinquedos Viajantes? - Sim, claro! – exclamei.Numa breve viagem pelo Céu chegamos a esse Mundo. O Mun-do era belo, e havia vários brin-quedos que falavam, contavam anedotas, jogavam cartas e diver-tiam-se com tudo o que houvesse por aquelas bandas.

Quando cheguei, os brinquedos, contentes e curiosos, aproxima-vam-se de mim. Fui-me enten-dendo com eles, só que, como o próprio nome diz, metade dos brinquedos daquela cidade esta-vam a viajar. Enquanto viajavam, a Fada Oriana soube que o avião estava avariado e que se iria des-penhar. Então, a Fada Oriana, com os seus poderes mágicos, consertou o avião num ápice e ninguém se magoou. Foi engraçado mas haveria muitos mais meninos que queriam experi-mentar esta fantástica viagem.

Eduardo Daniel Lima Freitas, Nº 5, 5º F

A Fantástica Viagem

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20 Junho 2010

Sempre gostei de ir ao teatro! Sempre apreciei sentir perto de mim actores que contam histó-rias! Sempre procurei imaginar o que estaria para além de cada um! E por isso penso que quando alguém decide dar a sua vida ao teatro é (tem de ser!) especial no estar, no sentir, no observar, no ser, no existir... Os alunos do 11ºB, do 11ºC e do 12ºC celebraram o Dia Mundial do Teatro, muito em particular, para os Encarregados de Educa-ção, ao fim da tarde. E parece que foi um sucesso! E só podia ser já que estes rapazes e raparigas não fazem a “coisa” por menos. Houve mímica, dança, canções, diálogos, leitura de poemas, um assalto... enfim, tanto que se viu! Parabéns a todos!

Tenho desenvolvido pequenos projectos de teatro com os alunos que colaboram com a BE e vejo que também eles me começam a dizer o quão peculiares eles são, pelo tempo que disponibilizam, pelas zangas quando algum deles não cumpre a sua parte, pela co-ragem, pela determinação, pela vontade de aprender e, neste sen-tido, são verdadeiramente ESPE-CIAIS. São pequenos actores. Alguns nunca chegarão a ser grandes, mas enquanto fizerem teatro, criarão máscaras e abraçarão o mundo... E eu quase tenho inveja de não ser tão especial quanto eles!

A professora bibliotecária Emília Monteiro

Comemoração do Dia Mundial do Teatro

As alunas do 11ºC, com a pro-fessora Sónia Barbosa, de Área de Expressões, dramatizaram um texto elaborado pela professora bibliotecária sobre a chegada dos portugueses à Índia. Pelo seu teor, a actividade dirigia-se aos alunos mais crescidos e combinou ex-certos do “Auto da Índia”, de Gil Vicente, vários episódios de “Os Lusíadas”, de Camões, e poemas de “Mensagem”, de Fernando Pessoa. Tudo bem “cozinhado”, com as personagens em luta (contra e a favor da gente lusa) e umas fatiotas bem interessantes, estas alunas deram uma aula fora de comum no auditório. Entre ner-vos e outras coisas, também elas chegaram à Índia, isto é, ultrapas-saram os nervos e as inseguranças e conseguiram mostrar um outro lado do seu trabalho. É evidente que, depois disto, só falta o pré-mio. Esperemos que a vida lhes traga muitos e bons, porque no final elas bem os merecem! Parabéns! Foi um óptimo exer-cício de teatro e um extraordi-nário momento cultural. Foi um exemplo de articulação entre a BE e a disciplina de AE.

A prof. bibliotecáriaEmília Monteiro

Chegaremos ou não chegaremos!

A leitura é, sem dúvida alguma, o remédio ideal para uma aprendi-zagem rica em vocabulário e também em cultura. Repara que ler só oferece vantagens, fornece instrumentos que possibilitam a organização de informação, melhora as capacidades mentais e permite alcançar conhecimentos acerca dos problemas e dos mais variados temas do Mundo. Recomendo-te o livro “Meu Pé de Laranja Lima”, escrito por José Mauro de Vasconcelos. Eu própria já o li e posso afirmar que é mes-mo muito divertido. Fala de um jovem de 6 anos que aprende muito rápido, imagina e cria um mundo só seu e relata também a sua paixão pela leitura. O seu irmão mais velho fica impressionado com a sua sabedoria. Podes encontrar esse fantástico livro na biblioteca da nossa escola. É muito engraçado, experimenta e vais adorar!

Margarida Torres Alves Nº: 12 Ano/turma: 5ºF

O livro que, certamente, tu gostarias de ler!

Com a ajuda das professoras Assunção Pacheco, Carla Pe-reira, Emília Baltazar e Lina Badim, foi possível fazermos duas viagens pela vida e obra de dois escritores: Alexandre Parafita e António Mota. Foi um trabalho de parceria entre a BE, que sugeriu algu-mas actividades, e as profes-soras que organizaram as suas turmas (5ºB e 6ºD) e com elas prepararam uma apresenta-ção, precisamente para que outros alunos conheçam estes escritores e se sintam moti-vados para a leitura das suas obras. Como é bom de ver, houve muito trabalho! E o resultado foi excepcional: teatro “O so-nho de Mariana”, de António Mota, pelo 5ºB; e leituras di-versas a partir do livro “His-tórias a rimar para ler e brin-car”, de Alexandre Parafita. Tivemos teatro de sombras, poesia declamada em rap,

brincadeiras com poemas, um ligeiro telejornal, enfim, foi um brilharete! Os alunos portaram-se mui-to bem! As professoras por-taram-se lindamente e deram uma mãozinha à BE. Tudo pelos alunos! Parabéns a to-dos! Obrigada a todos! Prin-

cipalmente à prof. Sandra que preparou os fantásticos cená-rios para o teatro. Agora, é só apreciar as fotos no blogue da biblioteca.Havemos de repetir!

A prof. BibliotecáriaEmília Monteiro

Viagens com escritores…

Page 21: Pau de Giz, nº2

21 Junho 2010

Encontro com o escritor Alexandre ParafitaAssistimos, no dia 20 de Abril, a propósito da Semana da Leitura, a uma “ilustração dramatizada” de um conto no contexto da apre-sentação do escritor Alexandre Parafita. Esta actividade decorreu perante o olhar curioso, atento e entusiasta de uma plateia cheia, graças à actuação rica em vivaci-dade, envolvência, espontaneida-de e sentido de humor das alunas do 12º ano, do curso profissional de Animação Sociocultural. Tive-mos o privilégio de conhecer um dos contos da nossa cultura rural que se vão esquecendo, mas que, pela mestria e pela sensibilidade cultural de Alexandre Parafita, tendem a ser perpetuados. E que mais haverá a dizer? Muito honrados ficámos com a presença deste escritor e com a sua simpa-tia. Mas nada teria sido possível

sem a ajuda do nosso caríssimo colega de Área de Expressões, David Carvalho, que assumiu toda a acção da tarde, quer com a dramatização do conto “O diabo e a cabaça”, quer com a interac-ção com os alunos a propósito dos segredos do teatro. Deu-nos uma aula... Não foi de português, nem de matemática, nem de geo-grafia... Mostrou-nos a beleza da representação e surpreendeu-nos com a revelação da simplicidade dos cenários que utilizou. E com ele até parece que isto de subir ao palco é coisa fácil! Foram momen-tos de aprendizagem riquíssimos! E a culpa é toda do “stor” David. Gratos ao Alexandre Parafita, ao David e às alunas do 12ºC!

Os professores Emília Monteiro e Luís Rodrigues

Tal como o ditado diz, a vida é uma “escada”, sobe e desce inconsequentemente. Num dia, inicio a subida com alento, passado um segundo en-contro com desprezo um obstá-culo monstruoso e reinicio outra descida, sozinha e murmuran-do o quanto lamento a minha vida. Ao longo do percurso, amaldiçoo os que me rodeiam, pois se eles não existissem pro-vavelmente subiria até ao cimo da escada, mas logo desceria… Afinal, um “rei” sem súbditos é só o “rei” do deserto. E a vida é assim: uma escada impossível de completar, porém os mo-mentos que vivemos, as músi-cas que aprendemos, as subidas mal descidas e as descidas mal subidas, são puros acasos que fazem com que continuemos a lutar, embora inutilmente! Um passo mal dado, um degrau mal subido até uma letra mal com-posta, pode levar a uma queda profunda e decisiva entre a vida e a morte. Talvez sejamos dema-siado cobardes por não acabar-mos com esta escada, contudo, é ela que independentemente dos problemas que nos avassala, tor-na a nossa vida tão interessante. Então, sejamos fortes o suficien-te para perder, para não chegar ao topo da escada, pois os fracos é que vencem, porque os fortes não sabem perder!

Bárbara Granjanº6, 8º B

A Escada

Pouco ou nada sei de fute-bol. Aliás, conheço todas as re-gras, mas nem sempre consigo identificá-las com precisão, ao assistir a um jogo. E quando se fala de um “fora de jogo” é ainda mais difícil! Não perce-bo por que razão em campo os jogados estão “fora de jogo”!? E a que propósito me ocor-reu lembrar o futebol? É que na verdade, no dia 29 de Abril, de manhã, em Braga, na Fei-ra do Livro, com as alunas do 12ºC, que faziam a animação da obra “Memórias, Histórias e Contos Tontos”, da Drª Ma-ria do Céu Nogueira, senti que afinal eu era a treinadora de uma grande equipa. E porquê? Porque tenho boas jogadoras, neste caso, boas alunas, empe-nhadas e talentosas actrizes! E senti que estava prestes a ganhar um campeonato! Qual soube bem qual, mas senti-me uma vencedora! Tive a certeza de que, nestes últimos anos, treinei a melhor equipa da pri-meira divisão!!!! Recebi naquele dia palavras tão simpáticas e elogiosas de pessoas que me não conheciam e que eu não conhecia. Senti TANTO orgulho das minhas jogadoras!!! No próximo ano, estarão na

O Clube de Teatro da BE na Feira do Livro de Braga

Universidade! Traçarão, as-sim, outros trilhos; estes longe de mim! Os especialistas da Educa-ção dizem, a toda a hora, que os professores têm de motivar os alunos; os alunos dizem que os professores têm de motivar os alunos; os Encarregados de Educação dizem que os pro-fessores têm de motivar os alu-nos... Mas como comigo tudo funciona ao contrário, a bem da verdade, estas alunas é que SEMPRE me motivaram! Elas foram SEMPRE o meu incen-tivo! Guardo-as no coração, ago-ra, e para sempre! E já tenho saudades delas! Beijos, beijos, beijos ... à Tâ-

nia, à Ana Paula, à Ana Elisabe-te, à Inês, à Carina, à Diana... Mas há outras coisas para dizer! E são MUITO IMPOR-TANTES: Gostei IMENSO da compa-nhia da Maria José e da Valéria que nos acompanharam, sem-pre muito animadas! Obrigada ao Manuel Abreu pela ajuda que nos deu ao con-seguir o transporte.MUITO, MUITO OBRIGADA à Câmara Municipal que nos disponibilizou o autocarro.MUITO, MUITO OBRIGADA à editora Opera Omnia pela ja-nela que abriu a estas jovens.

A professora bibliotecáriaEmília Monteiro

Page 22: Pau de Giz, nº2

22 Junho 2010

EB1 / JI TagildeNoticias da Escola

Dia Mundial do LivroTurma 2º ano de Tagilde

Para mim um livro é …Fascinante e ensina-nos coisas novas é muito importante.Juliana

O livro é bom para ler, é impor-tante porque ele ajuda-nos a ler e a brincar.O livro é um amigo para mim. Eu gosto muito de livros. César Tiago

Um livro é um amigo porque nos ensina a ler e a escrever.O livro é fascinante… Bruno Rafael

O livro ensina-nos a ler é muito importante, tem coisas diferen-tes que eu não aprendi.Anabela

O livro é um amigo ensina-nos a ler na escola e também é mui-to importante.Ler é brincar, ler é bom, eu ado-

Na continuidade do Projecto da Turma 1 do Jardim de Infância de Tagilde “VAMOS PROTEGER OS ANIMAIS – OS ANIMAIS SÃO NOSSOS AMI-GOS”, fez-se a exploração/o estudo de alguns animais selvagens, entre eles, o Leão.

“VAMOS PROTEGER OS ANIMAIS OS ANIMAIS SÃO NOSSOS AMIGOS” O 25 de Abril, dia da revolução

Revolução dos militaresMilitares contra SalazarSalazar que metia medo ao povoPovo que não podia dizer o que pensavaPensava em silêncioSilêncio perturbador e tristeTriste porque eram controladosControlados pela pidePide disfarçadaDisfarçada no meio das pessoasPessoas desesperadasDesesperadas por causa dos maridos desapare-cidosDesaparecidos porque foram para a guerraGuerra do Ultramar sem razãoRazão pela qual o 25 de AbrilAbril mês da liberdadeLiberdade de pensar e dizer Dizer tudo o que sentiamSentiam no fundo da sua almaAlma leve e livreLivre de fazer o que lhes apeteciaApetecia sem pôr a vida dos outros em riscoRisco de morrerMorrer por causa do governoGoverno que mandava no PaísPaís que não tinha liberdadeLiberdade que foi conquistadaConquistada pelo povoPovo que viveu o 25 de Abril

Turma do 4º ano

ro ler…Francisca

Um livro para mim é brincar. O que eu gosto mais de ler são os li-vros de dinossauros.O livro ensina-nos a ler.André

Um livro é importante porque aju-da a ler muito bem e a aprender. Ler é brincar. Eu gosto de ler.João Pedro

Um livro para mim, serve para ler, ensina-nos muitas coisas que nos pode fazer felizes. O livro é fantás-tico.Ângela Beatriz

O livro é brincar, aprender e ajuda-nos a trabalhar…Miguel

O livro é um amigo ensina-nos a

ler e também é muito importan-te.Eu gosto de ler os livros porque são muito bonitos.Mariana

Um livro é importante ensina-nos a ler, é muito bonito, pode-mos ver animais, flores e coisas antigas.Luís

Um livro é um amigo, ensina-nos a aprender e a brincar. Tam-bém é importante porque nos ensina coisas novas.Alexandra

Um livro para mim é brincar e aprender.O livro é amigo porque nos en-sina algumas coisas antigas e de animais.Adilia

Também o nosso País começou por ser governado por Reis e, depois dos su-cessivos Reis e do fim da Monarquia, foi implantada a República.

O nosso país, Portugal, teve como primeiro Presidente Manuel de Arriaga. Foi o primeiro presidente da 1.ª República. O actual Presidente da 2.ª Repú-blica é o Professor Cavaco Silva.

O livro é mais que um sonho.Sonho à descoberta do mundo.Mundo que não conheço e ima-gino.Imagino através do livro.Livro para consultar.Consultar para aprender.Aprender a ler histórias.Histórias de encantar.Encantar os meninos.Meninos que decidem o seu fu-turo.Futuro através da leitura.Leitura em grupo e silenciosa.Silenciosa e maravilhosa.Maravilhosa a palavra e os pen-samentos.Pensamentos dos autores.Autores que nos ensinam a ser Homens.Homens preparados para o fu-turo.Futuro com mais hipóteses de vencer.Vencer este Pais em crise.Crise que nós crianças.Crianças os adultos do futuro.Futuro que vamos vencer.

Turma do 4º ano

Dia do Livro

25 de Abril

Page 23: Pau de Giz, nº2

23 Junho 2010

No âmbito do Plano Nacio-nal de Leitura, os alunos do 1ºano, da turma A, da Escola EB1 São Miguel, desenvol-veram a leitura e a explora-ção do livro de Luísa Ducla Soares, O Urso e a Formiga, e no final fizeram o resumo e a ilustração da história.

Ler é…… aprender (Jacira)… divertido (Inês)… conhecer (Cecília)… importante para sermos bons alunos (Tomás)(Professor: Carlos Esteves)

Vitória, vitória… 1ºA

Cientistas em Acção No dia 15 de Abril de 2010 e como o combinado, fomos visitar a Escola EB 2,3 / S de Vizela – Infias, mais precisa-mente a Oficina de Física e Química onde se encontra-vam alunos à nossa espera para fazerem belíssimas ex-periências.Começámos, então, pelo cir-cuito eléctrico, onde todos demos as mãos e, se algum membro largasse a mão, um certo pintainho que lá havia, deixava de piar por ter ocor-rido uma interrupção da cor-rente.Depois passámos para a ex-periência do despertador. Tí-nhamos um aparelho, onde colocámos um despertador activado, depois tapámos o aparelho, tiramos-lhe o ar e o despertador, como por ma-gia, parecia ter deixado de to-car. Mas como por surpresa, depois de destaparmos o des-

EB1 / São MiguelNoticias da Escola

pertador, verificámos que este continuava a tocar, por isso ele nunca se desligou, apenas o deixámos de escutar, porque lhe tinha sido retirado o ar à sua volta, ou seja, o som para se propagar precisava do ar.Após isto, visitámos o verda-deiro Laboratório de Química,

onde colaborámos em muitas experiências e a minha favo-rita foi a do “Pega-monstros”Foi assim que decorreu a nossa visita à Escola, a qual adorei, só não gostei tanto quando chegou a hora de ir embora.

Os alunos do 4ºK

Ler é Crescer

Era uma vez uma bruxa muito linda. Essa bruxa vivia numa bela gruta. Ela queria ser a vencedora de um baile de máscaras. Então, pediu à sua mãe para lhe fazer uma másca-ra muito bonita. A mãe perguntou-lhe para que queria uma máscara tão linda. Ela respondeu e disse a verdade: que era para um baile de máscaras. Nesse dia, a Bruxa Rabu-cha não se preocupou com nada porque se sentia feliz, só se preocupava com o baile de máscaras. À noite, no baile, escolhe-ram-se as três máscaras mais bonitas e a mais bela de todas era a da Bruxa Rabucha. Ela ganhou o concurso e chegou a casa muito feliz e disse: - Esta noite foi a melhor da minha vida!Turma 2.ºC, EB1 de S. Miguel

Turma 2.ºC

A Bruxa Rabucha vai ao baile

O Bruno era um rico menino com sete anos de idade. Ele vi-via nas Vivendas Muito Altas. Aquele menino queria ir ver um tubarão ao Zoo de Cinco Estrelas, nos Açores. Um dia, ele pediu à madri-nha para o levar ao Zoo. A madrinha fez-lhe a vontade e levou-o à ilha dos Açores. Mal chegou ao Zoo, o Bruno ficou muito contente e admira-do ao olhar para os tubarões. Tantos tubarões! No fim do dia, regressaram a casa. Um sorriso de felicidade e emoção brilhou no rosto do Bruno. Ele ficou muito feliz e emo-cionado!

Turma 2.ºC, EB1 de S. Miguel

O Zoo de Cinco

Estrelas

Querida mãe: Esperei muito por este dia espe-cial para te dizer que és a minha rainha mais bela. Tu és muito carinhosa, fofinha, amorosa… És tudo para mim!Mãe, tenho muito orgulho em ti. Eu amo-te profundamente! Beijinhos doces, com todo o meu amor. Um abraço do tamanho do mundo.

Turma 2.ºC, EB1 de S. Miguel

Cartinha à Mãe

A poesia do 4.º ISe…Se com as mãos chegássemos ao céu,se o céu fosse dourado,se o dourado pintasse o chão,se o chão me levasse a dar um passeio,se o passeio falasse,se falasse comigo,se comigo o livro brincasse,se brincasse com uma bola gi-gantesca,se a bola gigantesca coubesse num chapéu pequeno,se do chapéu pequeno se soltas-se um passarinho,se o passarinho se transformas-se numa flor,e a flor no amor!

Andreia Sousa e Carolina Rocha

No dia 11 de Maio fomos vi-sitar a Feira do Livro de Vize-la, mas antes assistimos a um fantástico espectáculo onde alguns amigos da minha tur-ma actuaram e eu também. O espectáculo teve início com a actuação de uma turma do 3.º ano que apresentou a peça de teatro “O Nabo Gi-gante”. Seguiu-se outra tur-ma do 3.º ano com a peça de teatro “O Dentinho”. O espectáculo estava a ser muito interessante e o apre-sentador ainda nos tornava mais curiosos, pois era a vez de dançar uma turma do 4.º ano a Música “PoKer Face” de Lady Gaga.Começava a aproximar-se a nossa vez de actuar, mas ainda faltava a Música do “Sapo”. Depois de cantada a Música do “Sapo” por outro 4.º ano, era a nossa vez de actuar, su-bimos para o palco a tremer de nervos, mas felizmente tudo

correu bem. Os livros são um mundo cheio de coisas para aprender, por isso nós apre-sentámos a “História do Livro Activo”, de Conceição Areias, contando a história de um li-vro que vivia numa prateleira de uma estante e andava mui-to triste por o seu dono já não o ler.Não fomos os últimos, pois de seguida a outra turma do 4.º ano foi dançar a Música “Boom, Boom, Pow” dos Bla-ck Eyed Peas e ler alguns poe-mas pelo meio. O espectáculo terminou com um grande sucesso e, fi-nalmente, chegou a hora de ir visitar a Feira do Livro. Tinha livros de todos os tamanhos, cores e feitios: adivinhas, ane-dotas, contos, dicionários, en-ciclopédias e muito mais.Foi um dia em cheio!

José Miguel

Feira do Livro O Espanta-pardais desejava ca-minhar na estrada larga mas só tinha uma perna. Estava muito tris-te, porque estava sozinho na seara onde vivia. Mas às vezes ficava feliz com o que os seus três amigos lhe contavam: a Dona Lua, Vento e Barata Poeta. A Dona lua dizia-lhe coisas sobre o mundo, o Vento dizia-lhe o que se passa todos os dias na estrada larga e a Barata Poeta cantava-lhe can-ções. Numa madrugada, ele viu uma me-nina muito bonita que se chamava Maria Primavera. Conversaram um pouco e falaram sobre os seus so-nhos. Maria Primavera achou o seu sonho muito bonito foi falar com o Chico Estrela falou com a figueira para dar-lhe um ramo para fazer uma nova perna para o espanta-pardais.Ele com a perna nova pode ir ver a estrada Larga.

3º Ano - Turma F TIC

Espanta-pardais

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24 Junho 2010

EB1 TeixugueirasNoticias da Escola

Paz Interna Quando eu tinha 7 anos queria que não houvesse guerra, que todo o mundo estivesse em paz, que todo o mundo fosse um só, um por todos e todos por um, que não houvesse egoísmo.Eu quero que um dia isso aconteça, pois já imagina-ram como seria a Terra? Seria um paraíso, era um problema resolvido entre muitos por resolver. Era um começo!Mas porque é que será que isso não aconteceu? Porque as pessoas, nós, todo o mundo é egoísta. Só pensamos em nós e não nos outros. Uns deitam comida para o lixo, sabendo que há milhões e milhões de pes-soas que nem um grão de

arroz comem por dia. Nós somos ambiciosos, só pensamos no poder. Para evitar que isto aconte-ça limito-me a escrever para ver se consigo alertar a cons-ciência das pessoas. Quando crescer quero ser advogado e se tiver sucesso vou montar uma empresa para ajudar os mais neces-sitados. Se conseguir, vou montar as empresas pelo mundo fora. Eu sei que isso vai acon-tecer pois “quando um ho-mem sonha o mundo pula e avança como uma bola branca nas mãos de uma criança”.

Pedro Tiago Costa 4º ano - 9 anos

E.B. de Teixugueiras - 1º prémio

A nossa Embarelatodos a vão notar,com a sua cor amarelaé a mais popular.

A Maria Papelona,que é uma grande comilonanão suja nada nem ninguémela só quer fazer o bem.

Ainda temos a Verduxa,que está sempre a contarcom o vidro que vocêslhe possam deitar.

Concurso “ Um Ecoponto com Estilo” Confraria de S. Bento das Peras

“II Feira da Floresta” –Comemoração do Dia Mundial do Ambiente

Visita de Estudo ao Sea-Life

Semana da Leitura – Teatro de fantoches “Meninos de Todas as Cores”

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25 Junho 2010

Actividades dos alunos da Unidade de Intervenção Especializada

Hora do Conto Para quebrarmos um pou-co a rotina de serem sempre as professoras a contarem-nos histórias, convidámos a Biblioteca Jorge Antunes a deslocar-se à nossa Unida-de de Infias para dramatizar uma história.” O Sultão e os Ratos”. Este foi o conto que nos apresentaram com cená-rios do castelo, dos animais, etc. Depois de ouvirmos a história, ilustrámos imagens alusivas à mesma.

Este foi um dia bastante apreciado por nós. Convida-mos os colegas das turmas das quais fazemos parte e também outros amigos da escola a virem à nossa sala realizar várias actividades em conjunto connosco. Fi-zemos pinturas, desenhos, jogos, cantamos, assistimos a filmes, modelamos, enfim, fizemos muitas coisas e foi muito divertido!

Dia Mundial da CriançaVisita à Quinta das Manas

Para encerrarmos o ano lectivo de uma forma animada realizamos uma visita a uma quinta pedagógica, onde ti-vemos oportunidade de contactar com diversos animais, alimentando-os e fazendo-lhes festinhas. Uma das partes da visita que foi muito do nosso agrado foi assistir à tos-quia de uma ovelha em conjunto com outras escolas. A nossa amiga Paulinha ajudou o Sr. da quinta nessa incrível tarefa. Podemos dizer que nos divertimos imenso!

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26 Junho 2010

Numa organização do Grupo de Educação Física da Esco-la, em colaboração com os alunos do Curso Tecnológico de Desporto, realizou-se o Torneio Misto de Futsal aber-to a todos os anos de escola-ridade.O torneio decorreu em dois dias da Semana Aberta, em dois espaços diferentes: O

Tatiana Mendes Araújo bri-lhou na velocidade na fase dis-trital do Mega-Sprint, realiza-da na Pista Gémeos Castro em Guimarães, no dia 17 de Abril, vencendo de forma categórica e marcando presença na fase Na-cional, em Setúbal, nos dias 7 e 8 de Maio, onde foi sexta classi-ficada na final.

Ao pensarmos o treino de fu-tebol de jovens devemos ter sem-pre presente que este é o melhor “laboratório”para o processo de ensino/aprendizagem. Um laboratório que não precisa de grandes materiais, basta muitas vezes ter à disposição umas quan-tas bolas de futebol e uns cones sinalizadores para se atingirem objectivos elevados. No entanto, devemos distinguir aspectos de técnica individual, nomeadamente todos aqueles que se prendem com o desenvolvimento de capacidades coordenativas e condicionais, dos aspectos mais globais, tais como sentido posicional e táctico, con-tenção, desmarcação ofensiva ou recuperação defensiva. Grosso modo, também o método de ensino será predominantemen-te analítico para as abordagens in-dividuais, expressas na técnica de passe/recepção, remate com am-bos os pés ou de cabeça, simula-ção ou finta e, global nos aspectos que envolvem cooperação e inter-ajuda, ou seja, jogo de equipa. Nos dias de hoje, em que o fu-tebol atingiu um estatuto de fe-nómeno global à escala planetá-ria, cuja importância transcende as características de mero jogo para se fundir com aspectos mais complexos; culturais, económi-cos, sociais. Na era da informa-ção e da tecnologia; não faltam abordagens, métodos, análises e estatísticas, que conferem a este jogo aparentemente simples, um carácter transdisciplinar, apoiado nas várias ciências sociais e exac-tas, como se o futebol aspirasse a ser ele próprio uma ciência. É certo que hoje qualquer técni-co bem formado e informado não dispensa o contributo da estatís-tica e está inserido num processo de constante formação e actuali-zação; de métodos de trabalho, de uso das “novas tecnologias”, para atingir patamares de excelência

Futebol no Canto do Olho

Excelente resultado para esta atleta com imenso potencial, aluna do 11º Ano do Curso Tec-nológico de Desporto.Estamos seguros de que no pró-ximo ano, a atleta voltará a dar cartas na velocidade, elevando o nome da sua escola e do distrito ao mais alto nível.

Tatiana Araújo vence Mega-Sprint Distrital e é sexta na Nacional

cujas fronteiras se diluem dia após dia na miragem quase utópica da perfeição. Porém o futebol tem na sua génese, na sua dinâmica, razões que a própria razão desco-nhece. O jogador de futebol não é uma máquina programável capaz de escolher a solução óptima, a op-ção correcta numa velocidade robótica. Antes de mais ele é um Homem, que como todos os ou-tros é feito de virtudes e defeitos, de sentimentos e de emoções.Porque não é uma máquina, tor-nou-se comum os clubes de uma certa dimensão rodearem-se de psicólogos do desporto capazes de auxiliarem o atleta a superar uma série de problemas, hoje em dia muito comuns na profissão de futebolista, sejam a ansiedade, o stress, a incapacidade de lidar com o sucesso ou os problemas resultantes do facto de serem em muitos casos principescamente pagos e não saberem conviver da melhor forma com essa realidade.Também no treino de jovens atle-tas a figura do psicólogo tem o seu lugar nos clubes ou escolas de nomeada, apoiando os jovens na construção de uma personalida-de, na superação de dificuldades escolares e outros problemas do crescimento harmonioso e saudá-vel. O problema põe-se relativa-mente ao grosso número daqueles que não tendo no seu seio esta fi-gura, muito menos técnicos com-petentes e bem formados, capazes de compreender, apoiar incondi-cionalmente e motivar os jovens atletas, prestam um mau serviço ao desporto, diria mais, correm o sério risco de traumatizar de for-ma irreversível os jovens, quando usam de linguagem imprópria, senão mesmo o palavrão ou a vio-lência física como prática mais ou menos comum. Não raras vezes presenciei epi-

sódios deste tipo, nomeadamente em competição e não menos vezes me interroguei sobre o efeito per-verso desta prática na formação moral dos jovens. Numa época em que a violência paira no desporto e fora dele como um vírus, como uma praga sem solução à vista, é urgente inver-ter a ordem das coisas. Os jovens serão sempre o garante de um fu-turo melhor se neles depositarmos a confiança e os instrumentos ca-pazes de lhes garantirem autono-mia, formação pela autonomia e em liberdade. Não uma liberdade que se construa na arbitrariedade, mas uma liberdade responsável Aos pais compete uma fatia im-portante desta responsabilidade. Na escola e fora dela, no desporto e na vida. Como professor, sou muitas vezes confrontado com situações de pobreza e dói-me essa pobre-za material, que muitas vezes in-viabiliza as aprendizagens, mas dói-me ainda mais a pobreza inte-lectual, o desinteresse pela forma-ção ética e moral dos seus filhos, colocando os pais muitas vezes na escola o ónus da responsabilida-de, porque é mais fácil e cómodo atirar a culpa aos educadores, “sa-cudindo a água do capote”, como diz o povo. No futebol jovem de competição, deverá interessar ao formador o desenvolvimento das capacidades dos atletas, o sentido colectivo, a solidariedade e a inter-ajuda, mui-to mais que os resultados e, não digo que estes não sejam impor-tantes, são importantes na medi-da em que são o prémio justo do esforço, a recompensa de horas e horas de treino, o placebo que nos faz sentir a todos os envolvidos mais próximos da cura. E a cura é sentirmo-nos vivos…

Professor Ilidio Torres

Desporto

Pavilhão da Escola e Campo Exterior.Muita emoção e competitivi-dade, características da mo-dalidade, para contentamen-to do muito público presente.Parabéns a todos as turmas que competiram com lealda-de, honra a vencedores e ven-cidos.

Torneio de Futsal – Final de Ano

Um sucesso

A equipa do 5º A que se classificou no segundo lugar no torneio do 2º Ciclo.

Numa organização do Des-porto Escolar, decorreu na Es-cola Secundária de Vizela a fase Regional do Compal – Air. Tor-neio 3X3 de basquetebol para masculinos e Femininos. A nossa escola esteve repre-sentada com várias equipas conseguindo resultados muito satisfatórios. Mais uma vez, o Curso Tecno-lógico de Desporto da nossa es-cola participou com dedicação e esmero nesta organização. Parabéns a todas as equipas envolvidas.

Compal – Air – Fase Regional decorreu na Secundária de Vizela

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27 Junho 2010

- AS DÚVIDAS DO PG -

E o prémio vai para... As grandes vencedoras do concurso PG na maior, foram a Adriana Almeida e a Rita Rocha do 5ºC, com a realização da tira de Banda Desenhada “As dúvidas do PG” e que temos a honra de publicar neste número. Ambas as alunas irão receber um che-que Fnac no valor de dez euros cada uma. Não podemos também deixar de agradecer a todos os alunos que enviaram trabalhos muito bons e que não desistam de participar nos nossos concursos, quem sabe não serão vocês os próximos vencedores. Um bem hajam a todos e parabéns para as vencedoras!

SUDOKU

FÁCIL MÉDIO

CruzadasHorizontais: 1.Freguesia de Vizela onde se situa a nossa escola. Troveja. 2.Tenho a certeza. L...o queijo! (pop.) 3. Freud era um (pl.). 4. Águia em inglês. Elas são do jet-set. 5. Sexta nota musical. Já não és. 6. Baú. Logo existes. 7. Guarnecer de asas. Pedido de socorro. 8. Adoro. Pacóvio. 9. Jacques Costeau andava sempre com um vermelho. Untar com óleo. 10. Nascimento de um astro. Fala de um determinado assunto. 11. Natural ou habitante de um oásis. Antiga porcelana do Oriente.

Soluções:

Verticais: 1. É em inglês. O que se bebe de uma vez. 2. País pobre, situado na encosta da cordilheira do Hi-malaia. Resido 3. Brinquedo em madeira em forma de forquilha, destinado a atirar pedras. Grande arté-ria. 4. Li ao contrário. Artigo definido. Senhor (pop. inv.) 5. Grande veado. Corto com lâmina. 6. Sadio. Todas as televisões têm. Antes de Cristo. 7. Elemento que significa além de. Animal da família dos caníde-os. 8. Península situada junto ao estuário do Sado. Trecho musical tocado por uma pessoa. 9. Molhas. Impõe ónus. 10. O mesmo que suão (inv.). Série de degraus. 11. Associação de Rugby do Sul (iniciais). Com saúde (inv.) Prova que não é escrita.

Horizontais: 1. Infias. Troa. 2. Sei. Laurear. 3. Psicólogos. 4. Eagle. Tias. 5. La. Eras. 6. Arca. És. 7. Asar. SOS. 8. Amo. Palonço. 9. Gorro. Olear. 10. Orto. Aborda. 11. Oasico. Aal.

Verticais: 1. Is. Trago. 2. Nepal. Moro. 3. Fisga. Aorta. 4. Il (Li). As. Ros (Sor). 5. Alce. Rapo. 6. São. Ecra. AC. 7. Ultra. Lobo. 8. Tróia. Solo. 9. Regas. Onera. 10. Oaos (soao). Escada. 11. Ars. As. Oral.

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Junho 2010

À semelhança dos anos ante-riores, realizou-se no passado dia 18, a Festa de Encerramento do Ano Lectivo “Arraial Minhoto”. Este evento significou o culminar do trabalho desenvolvido, duran-te todo o ano lectivo, não só por professores, educadores e auxi-liares, mas também por parte dos alunos e dos próprios pais. Pretendeu-se, com a realiza-ção desta festa, o envolvimento de toda a comunidade educativa. Foi um evento marcante que de-monstrou o gosto, o empenho e a forma apaixonada com que todos se envolveram. Apesar de não estar directa-mente relacionada com a lógica da construção do saber, a nossa festa de encerramento do ano

lectivo, do ponto de vista práti-co, constituiu uma oportunidade para a socialização e para a divul-gação de algum do trabalho e dos múltiplos projectos desenvolvi-dos ao longo do ano lectivo. À “mesa” foi servido um pro-grama recheado de animação cul-tural, com diferentes linguagens expressivas: a poesia, a dança, a música, a dramatização, acom-panhado de petiscos à moda do Minho. O sucesso da iniciativa foi pos-sível com o apoio dos Directores de Turma, Coordenadores de Es-tabelecimento e com a participa-ção efectiva de Alunos, Pessoal Não Docente e Encarregados de Educação.

Festa de Encerramento do Ano Lectivo

“Arraial Minhoto”

Clube de Danças de Salão festeja Dia Mundial da Dança

No passado dia 29 de Abril o Clu-be de Dança desta escola festejou o”Dia Mundial da Dança” em parceria com a Biblioteca.De manhã, no intervalo das 10.05h, foi apresentada uma co-reografia de Jive no hall de entra-da. Dois pares do 8º D animaram os presentes ao som do ritmo rá-pido e alegre desta dança.De tarde, na Biblioteca, foram li-dos dois contos africanos e para ilustrar cada conto foi apresen-tada uma dança também ela de origem africana. Os presentes (alunos, professores e até auxi-liares de acção educativa) tive-ram a oportunidade de aprender Kizomba e de demonstrar os seus dotes artísticos. Foram noventa minutos de puro divertimento. Os mais curiosos podiam ainda ver a exposição que os alunos do Clube prepararam sobre as dan-ças leccionadas ao longo deste ano lectivo. Cada dança era ilus-trada com uma imagem e com a história e origens dessa dança.O Clube de Dança agradece a to-dos os intervenientes o carinho, a disponibilidade e colaboração demonstradas.As coreografias apresentadas tiveram como base o programa estipulado para este ano lectivo. Quatro pares, devidamente ves-

tidos, apresentaram a coreografia do Chá-Chá-Chá, praticamente no início da festa. No final da activi-dade, boa parte dos alunos do Clu-be, apresentaram uma coreografia de Kuduro – que é uma dança afri-cana muito em voga nas nossas discotecas e bares e que significa “Dança da Família”. Na preparação desta apresenta-ção foi de relevante importância o empenho e, contagiante, a moti-vação de todos os alunos do Clube de Dança, assim como o apoio que tem sido manifestado pela Co-munidade Educativa, pelos pais e encarregados de educação. Bem-haja a todos!

De realçar ainda que este Clube está a preparar outras activida-des, nomeadamente a celebração do Dia Mundial da Dança (29 de Abril). Esta celebração será fei-ta ao longo do dia e em parceria com a Biblioteca Escolar, onde decorrerá uma exposição alusiva ao tema e onde serão apresenta-dos contos ilustrados por uma dança. Além disso, quem por lá passar, poderá ter uma surpresa.

A Professora Responsável pelo Clube de Danças de Salão

Paula Cristina Ferreira

No passado dia quinze de Junho a selecção da nossa Es-cola de Futsal, constituída por Professores e Funcionários, realizou mais um jogo fora de portas. Deslocou-se à Escola Básica 2,3 de Viatodos (Bar-celos) e venceu o encontro por 7 golos contra 5. Demonstrando o nosso re-gozijo por mais uma vitória dos nossos bravos represen-tantes que levaram e elevaram, sempre com dignidade e orgu-lho, o nome da Nossa Escola um pouco mais além. Salien-tamos que o mais importan-te foi, sem qualquer sombra de dúvida, o clima sadio, de respeito, de grande alegria, o fairplay e a diversão que este

encontro proporcionou!!!Após o encontro realizou-se um jantar convívio entre os participantes, organizado pela equipa anfitriã, dando ainda direito à realização de um mini campeonato de matraquilhos. O que prolongou o clima de harmonia e de festa. Agradecendo a hospitalida-de e boa disposição dos nossos “adversários”, procuraremos estar à sua altura e recebê-los aqui no próximo dia 29 com a mesma alegria e boa dispo-sição, dignificando uma vez mais a Nossa Escola e a Nos-sa Terra. O desporto, é assim mesmo, contribuiu para a união e a partilha.

Jogo de convívioA NOSSA SELECÇÃO GANHOU!!!!!!!!!!

http://issuu.com/pau_de_giz