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Trabalho Prático nº 2: Ruptura das células e purificação da amidase da estirpe E.coli (pKK223-3 AI3) por cromatografia de afinidade. Docentes: Profª Rosário Martins Profª Ana Paula Pinto 7 de Novembro de 2012 Universidade de Évora Departamento de Química U.C. Tecnologia de Enzimas Discentes: Cátia Fernandes, nº25892 Diana Balbino, nº25920 Filipa Santos, nº26895 Rita Bicho, nº29744 Curso: Biotecnologia Turma B

Trabalho nº2

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Trabalho Prático nº 2: Ruptura das células e purificação

da amidase da estirpe E.coli

(pKK223-3 AI3) por cromatografia

de afinidade.

Docentes: Profª Rosário Martins

Profª Ana Paula Pinto

7 de Novembro de 2012

Universidade de Évora

Departamento de Química

U.C. Tecnologia de Enzimas

Discentes:

Cátia Fernandes, nº25892

Diana Balbino, nº25920

Filipa Santos, nº26895

Rita Bicho, nº29744

Curso:

Biotecnologia

Turma B

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Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 2

Índice

Resumo ............................................................................................................................................................ 3

Introdução teórica...................................................................................................................................... 4

Objectivos ....................................................................................................................................................... 9

Procedimento Experimental .............................................................................................................. 10

Material Laboratorial: ....................................................................................................................... 10

Equipamentos: ..................................................................................................................................... 10

Soluções:.................................................................................................................................................. 10

Procedimento: ...................................................................................................................................... 10

Resultados e Tratamento de Resultados ...................................................................................... 18

Discussão e Conclusão .......................................................................................................................... 18

Bibliografia ................................................................................................................................................. 42

Page 3: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 3

Resumo Para preparação do extracto foram utilizadas as células de E.coli

recombinantes, ao qual se adicionou tampão TMEG com benzamidina. Esta

preparação foi ao equipamento de ultra-sons, para rebentamento da parede celular

das células, e depois centrifugado e recolhido o sobrenadante.

A separação e purificação da amidase, produzida pela bactéria utilizada,

foram efectuadas pelo método de cromatografia por afinidade. Foi utilizada uma

coluna de cromatografia com Sepharose 6B epoxiactivada com acetamida

equilibrada com tampão TME. O extracto foi adicionado à coluna e foram

recolhidas as fracções de lavagem e lida a absorvância a 250nm até à diminuição

desta aproximadamente até 0.05, indicando que todos compostos que não foram

adsorvidos pela coluna foram eluídos. Após esta diminuição foram adicionados à

coluna soluções de KCl de concentrações 20, 50, 75 e 100 mM em tampão TME,

efectuando a eluição da amidase da coluna por gradiente. Estas fracções também

foram recolhidas e a absorvância também foi lida a 280nm.

Seguidamente procedeu-se ao doseamento da actividade enzimática do

extracto celular enzimático (não purificado), das fracções de lavagem e durante a

eluição da amidase nas fracções já purificadas. Foram retirados 20 µL de cada

fracção para uma microplaca de ELISA, adicionado o substrato p-nitroacetanilida e

lida a absorvância a 405 nm durante cerca de 10 minutos. Este ensaio foi efectuado

em triplicado para cada amostra. Depois com os resultados obtidos foram

determinadas graficamente as velocidades de reacção, e com estas e a adaptação

da Lei Lambert-Beer foi determinada a actividade enzimática do extracto e das

fracções purificadas com amidase.

Para o doseamento da proteína foi utilizado o método de ligação do corante

Azul de Coomassie G, para o extracto celular e para as fracções de eluição com

actividade enzimática. Foi elaborada a recta de calibração para as soluções padrões

de BSA, de 1, 2, 5, 10, 15, 20, 40 µg/mL preparadas a partir de uma solução mãe de

2mg/mL de BSA. Para cada amostra foram efectuadas diluições, dependo se era ou

não purificada, e foram retirados 100µL de cada amostra e respectivas diluições

para uma microplaca de ELISA, adicionando também o mesmo volume de azul de

Comassie G., esperou-se 5 minutos para se dar a reacção e foi lida a absorvância a

630nm; este ensaio foi efectuado em triplicado para cada amostra. Seguidamente,

com os resultados obtidos, foi escolhida a melhor diluição que caía na gama dos

valores padrão da curva de calibração e foi determinada a quantidade de proteína

no extracto celular e nas fracções purificadas com amidase, a partir da equação da

recta de calibração. Também foram calculados a actividade enzimática específica

do extracto e das fracções purificadas com amidase, o rendimento e o factor de

purificação deste processo experimental, a partir da quantidade de proteína e das

actividades enzimática do extracto e das fracções purificadas com amidase obtidas.

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Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 4

Introdução teórica

A Escherichia coli é uma bactéria bacilar Gram-negativa, é uma bactéria

simbionte descoberta em 1885 pelo alemão-austríaco Theodor Escherich.

A E. coli assume a forma de um bacilo e pertence à família das

Enterobacteriaceae. São bactérias aeróbias e anaerobias facultativas, tendo como

habitat natural o lúmen intestinal dos seres humanos e de outros animais. Possui

ainda vários flagelos dispostos em volta da célula.

Figura 1: Escherichia coli 0157:H7

A E. coli é uma bactéria única capaz de produzir todos os componentes de

que é constituida, a partir de compostos básicos e fontes de energia suficientes,

algo que poucos seres vivos conseguem fazer, é ainda lactase positiva, uma enzima

fermentadora de açúcares.

O genoma da E. coli, possui cerca de 5 milhões de pares de bases e vários

milhares de genes que codificam mais de 4000 proteínas em contraste com o

genoma humano que possui 3 bilhões de pares de bases e cerca de 27 mil

proteínas.

Esta bactéria foi e continua a ser muito estudada enquanto modelo geral

para mecanismos biológicos das bactérias, na área da biologia molecular, tendo

também um papel muito importante em bioengenharia e microbiologia industrial.

Na vida quotidiana a E. coli tem importância na:

Avaliação da contaminação fecal em águas superficiais, de estuários

e marinas.

Monitorização de águas recreacionais como piscinas, praias e lagos.

É um indicador fundamental para avaliar as condições de

balneabilidade, de acordo com os padrões nacionais.

Page 5: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 5

Avaliação da qualidade bacteriológica de águas destinadas à

irrigação, descendentação de animais, criação de ostras e mariscos.

Avaliação da eficiência dos sistemas de tratamento das estações de

tratamento de águas residuais.

Monitorização da qualidade de água para consumo humano, da rede

de distribuição, de águas minerais, poços, etc.

Os reactores descontínuos são os biorreactores mais utilizados na

produção de enzimas em forma solúvel. Quando uma cultura microbiana se

desenvolve num sistema fechado, pode-se traçar uma curva de crescimento

microbiano. Esta pode ser dividida nas seguintes etapas ou fases:

Fase Lag onde ainda não há um aumento significativo da população,

sendo o período necessário para o microorganismo se adaptarem ao

meio;

Fase Log ou exponencial, nesta etapa há divisão celular máxima, as

células estão plenamente adaptadas, absorvendo os nutrientes,

sintetizando os seus constituintes e multiplicando-se;

Fase estacionária que são sintetizados vários metabolitos

secundários, que incluem antibióticos e algumas enzimas;

Fase de declínio na qual maioria das células está em processo de

morte onde poderá ser uma morte lenta ou de uma forma

exponencial, nalguns casos ocorre a lise celular. Na curva iremos

obter as diversas fases de crescimento na qual uma fase importante é

a fase exponencial onde as células crescem a uma taxa constante e

máxima, nesta será possível determinar a taxa de crescimento

exponencial, um factor muito importante para determinação do

tempo médio de geração, comparação do desenvolvimento de

estirpes e comparação do desenvolvimento de estirpes em diferentes

condições.

Page 6: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 6

Figura 2: Curva de crescimento em sistemas fechados

Uma fase Lag longa poderá significar que o inóculo é insuficiente para se

multiplicar, poderemos ter uma cultura envelhecida, ou o meio e a temperatura

são desfavoráveis o que poderá levar a não existência da curva de crescimento. Na

fase estacionária, os nutrientes começam a escassear e os produtos tóxicos

tornam-se mais abundantes, nesta etapa não há um crescimento líquido da

população, o número de células que se divide é equivalente ao número de células

que morrem. Na curva iremos obter as diversas fases de crescimento na qual uma

fase importante é a fase exponencial onde as células crescem a uma taxa constante

e máxima, nesta será possível determinar a taxa de crescimento exponencial, um

fator muito importante para determinação do tempo medio de geração,

comparação do desenvolvimento de estirpes e comparação do desenvolvimento de

estirpes em diferentes condições.

A utilização de enzimas como catalisadores de reacções de síntese de vários

compostos de interesse industrial tem recebido considerável atenção devido às

conhecidas vantagens que as enzimas apresentam relativamente a catalisadores

químicos como a estereoespecificidade, a especificidade de substrato, o baixo

consumo energético, entre outras.

A amidase é um homohexâmero em que cada subunidade da amidase

apresenta um arranjo de quatro camadas, tipo “sandwich” αββα (33% hélices-α e

22% folhas-β) com duas folhas-β internas 21. No entanto, relativamente às outras

nitrilases, a amidase apresenta uma folha-β adicional na cadeia N-terminal e uma

cadeia C-terminal mais longa.

O sucesso deste enzima deve-se á variedade de reacções que pode realizar e

á diversidade de especificidade, catalizando reacções onde amidas, ácidos e esteres

podem servir de substrato, o que levará obviamente à obtenção de uma enorme

variedade de produtos de síntese alguns dos quais com aplicação industrial.

De entre os vários produtos de interesse industrial podem-se referir os

ácidos hidroxâmicos amplamente utilizados na indústria farmacêutica como

Page 7: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 7

constituintes de antibióticos, factores de crescimento e inibidores de tumores.

Entre os diferentes enzimas capazes de realizar reacções de síntese destes ácidos

hidroxâmicos encontra-se a amidase de Pseudomonas aeruginosa.

A amidase é produzida por tecnologia de DNA recombinante em E.coli. As

ferramentas de DNA recombinante há muito que são utilizadas por permitirem o

controle e potenciação da síntese de enzimas e produtos que não são normalmente

produzidos pelo microorganismo.

As enzimas convertem o substrato (uma substância) no produto (noutra

substância), em que o substrato liga-se a uma zona específica da enzima (centro

activo) e forma o complexo enzima-substrato.

Enzima + Substrato ⇒ Enzima + Produto

Os enzimas são biocatalizadores porque aumentam a velocidade da reacção

diminuindo a energia de activação necessária para a conversão do substrato em

produto; não são consumidos e não alteram o equilíbrio químico da mesma

reacção e são muito específicos para a reacção que catalisam ou em relação aos

substratos que transformam.

A actividade enzimática (UI) é definida pela quantidade de enzima

necessária para converter um micromole de substrato por minuto em

determinadas condições favoráveis. Esta actividade pode depender da presença de

cofactores, em que o enzima necessita de ligação a moléculas não proteicas para

que possam exercer a sua função.

Também existem factores que influenciam a actividade enzimática,

afectando a velocidade da reacção:

concentração da enzima

concentração do substrato

pH

temperatura

presença de activadores e inibidores

A velocidade catalítica de uma reacção enzimática é condicionada pela

concentração do enzima e do substrato. Com o aumento gradual da concentração

do enzima existe formação de produto até um certo limite, podendo afirmar-se que

a velocidade de uma reacção enzimática é directamente proporcional à

concentração do enzima, desde que haja excesso de substrato durante a reacção. Se

Page 8: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 8

a concentração de substrato for aumentada, mantendo a do enzima, aumenta a

actividade enzimática, até um certo ponto em que se verifica a saturação

enzimática, pois todo o enzima encontra-se na forma do complexo enzima-

substrato.

O pH do meio onde se encontra o enzima é um factor condicionante da

actividade enzimática, pois geralmente os enzimas têm um pH óptimo de actuação

em que a sua actividade é máxima; valores acima ou abaixo provocam diminuição

de actividade enzimática ou até inactivação da mesma.

Geralmente a velocidade das reacções enzimáticas é proporcional à

temperatura a que estas decorrem e também apresentam uma temperatura óptima

para uma velocidade máxima. Os enzimas quando sujeitos a baixas temperaturas

ficam inactivos devido à falta de energia de activação para provocar o choque entre

as moléculas enzimáticas e as moléculas do substrato; e quando sujeitas a altas

temperaturas o enzima pode deixar de actuar devido à desnaturação da proteína

que a constitui, perdendo-se a configuração espacial e consequentemente o centro

activo da mesma.

Várias substâncias, algumas de ocorrência natural nas células e outras

artificiais, têm a capacidade de fazer variar ou regular a actividade dos enzimas

durante as reacções. As que ocorrem naturalmente regulam o metabolismo celular

e as artificiais são sintetizadas para tratar doenças ou para estudar a forma de

acção dos enzimas. Os efeitos destas substâncias podem ser positivos ou

activadores, quando aumentam a afinidade do enzima para o substrato e aceleram

a reacção, ou podem ter efeitos negativos ou inibidores, quando reduzem a

velocidade das reacções competindo com o substrato para a ligação à enzima ou

ligando-se ao complexo enzima-substrato.

A cromatografia é uma técnica de separação baseada na distribuição dos

componentes de uma mistura entre um fluido (fase móvel ou eluente) e um

adsorvente (fase estacionária). A fase estacionária pode ser um sólido ou um

líquido depositado num sólido inerte, empacotado numa coluna ou espalhado por

uma superfície formando uma camada fina.

A cromatografia por afinidade baseia-se numa reacção muito específica

(ex.: enzima-substrato, enzima inibidor, anticorpo-antigénio) sendo muito

utilizada para compostos biológicos. A fase estacionária é um material inerte

(normalmente agarose) que é modificado quimicamente, através da ligação de

compostos com afinidade específica para as moléculas que se querem separar, a

fase móvel é solução tamponada aquosa que transporta os analítos.

Page 9: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 9

Figura 3: Imagem representativa do método da cromatografia de afinidade

Objectivos

Este trabalho experimental teve como objectivo a utilização a técnica de

cromatografia de afinidade para a purificação da amidase da estirpe recombinante

de Escherichia coli (pKK223-3 AI3).

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Trabalho nº2

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Procedimento Experimental

Material Laboratorial:

Tubos de ensaio de plástico

Tubo de ultrassons

Provetas 10 mL e 50mL

Microplacas

Pontas para micropipetas

Banho de gelo

Eppendorfs

Gaze

Copos de precipitação

Microplacas

Suporte para eppendorfs

Copos de precipitação

Equipamentos:

Micropipetas 1000µL, 200µL e 20µL

Aparelho de Ultrasons

Leitor de microplacas

Centrífuga refrigerada

Coluna de cromatografia (seringa de 10 ou 20 mL)

Bomba peristáltica

Cronómetro

Soluções:

Água destilada

Sepharose 6B epoxiactivada contendo acetamida

Tampão de eluição: TME contendo KCl 100 mM

Tampão TME

TMEG com benzamidina

Solução de p-nitroacetanilida 1mM em tampão TME

Extracto celular da estirpe recombinante de E. coli (pKK223-3 AI3)

Solução de BSA 2 mg/mL

Solução do corante Azul de Coomassie G-250 a 0,06% (p/v) em HCl 0,6N

Procedimento:

Nota: todo o extracto celular e todas as fracções que continham amidase foram

mantidos em banho de gelo.

Page 11: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 11

I - Preparação do extracto celular:

1.

2. As células foram rebentadas por desintegração ultrassónica a 105 W

durante 30 segundos no “Labsonic” num banho de gelo, repetindo-se 5

vezes.

3. O extracto celular foi centrifugado a 12000 g durante 10 minutos e o

sobrenadante foi recolhido.

II - Preparação da coluna de cromatografia:

Foi preparada uma coluna de cromatografia com Sepharose 6B

epoxiactivada contendo acetamida e equilibrada com tampão TME.

Figura 1: Coluna de cromatografia com Sepharose 6B epoxiactivada

contendo acetamida e equilibrada com tampão TME

III – Desenvolvimento do processo cromatográfico:

1. O caudal de tampão TME foi regulado para cerca de 0,3 mL/min durante 10

a 15 minutos.

2. Aplicou-se à coluna 3 mL de extracto celular enzimático (preparado no

ponto II.3 do procedimento) e quando estava quase no fim foi adicionadoa

este 3 mL de TME.

3. Foram recolhidas as sucessivas fracções de lavagem com um volume

aproximado de 1,5 mL, em eppendorfs.

Células de E. coli (pKK223-3 AI3)

2 mL de tampão TMEG com

benzamidina em cada tubo

Page 13: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 13

IV – Doseamento de actividade enzimática:

Procedeu-se ao doseamento da actividade no extracto celular enzimático, nas fracções de lavagem de *5 a *10 e durante a eluição da amidase a partir do momento em que se começou a registar um aumento de absorvância a 280nm, ou seja, da fracção *32 a *64:

Adicionou-se 200µL de p-nitroacetanilida 1mM com hidroxilamina a 25ºC e

registou-se a variação de absorvância a 405nm durante aproximadamente 10 min.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

A *45 *45 *45 *46 *46 *46 *47 *47 *47

B *48 *48 *48 *49 *49 *49 *50 *50 *50 *51 *51 *51

C *52 *52 *52 *53 *53 *53 *54 *54 *54 *55 *55 *55 D *56 *56 *56 *57 *57 *57 *58 *58 *58 *59 *59 *59

E *60 *60 *60 *61 *61 *61 *62 *62 *62 *63 *63 *63

F *64 *64 *64

G

H Figura 4:Esquema do arranjo da microplaca de ELISA com o extracto celular e fracções

*45 a *64.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

A *5 *5 *5 B *6 *6 *6

C *7 *7 *7

D *8 *8 *8

E *9 *9 *9

F *10 *10 *10 G

H Figura 5:Esquema do arranjo da microplaca de ELISA com as fracções *5 a *10.

20µL de cada fracção

de suspensão celular

(Ensaio em

triplicado de cada

fracção)

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Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 14

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

A *32 *32 *32 *40 *40 *40

B *33 *33 *33 *41 *41 *41

C *34 *34 *34 *42 *42 *42

D *35 *35 *35 *43 *43 *43 E *36 *36 *36 *44 *44 *44

F *37 *37 *37

G *38 *38 *38

H *39 *39 *39 Figura 6: Esquema do arranjo da microplaca de ELISA com as fracções *32 a *44.

Legenda: Extracto celular ; Fracções

V – Doseamento da proteína:

Procedeu-se ao doseamento de proteínas, pelo método de ligação do

corante Azul de Coomassie G, do extracto celular e das fracções de eluição que

apresentaram actividade enzimática:

1.

Solução

mãe

2 mg/mL

de BSA

1 µg/mL

de BSA

2 µg/mL

de BSA

5 µg/mL

de BSA

40 µg/mL

de BSA

20 µg/mL

de BSA

10 µg/mL

de BSA

15 µg/mL

de BSA

Page 15: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 15

2. Para elaboração da recta de calibração das soluções padrão de BSA,

preparadas no ponto 1.:

Aguardou-se 5 minutos e registou-se a absorvância a 630 nm

3. Para o doseamento da proteína de cada amostra:

Aguardou-se 5 minutos e registou-se a absorvância a 630 nm

100 µL de solução padrão

de BSA, preparada em 1. 100 µL de azul de Comassie G.

(em triplicado)

100 µL de cada amostra:

extracto celular nas diluições de 1:500, 1:1000,1:2000

fracções *39 a *51 nas diluições 1:100, 1:500, 1:1000

100 µL de azul de Comassie G.

(em triplicado)

Page 16: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 16

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

A 1 1 1

B 2 2 2

C 5 5 5 D 10 10 10

E 15 15 15

F 20 20 20

G 40 40 40 H

Figura 7:Esquema do arranjo da microplaca de ELISA com as soluções padrão de BSA.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

A 1:500 1:500 1:500 B 1:1000 1:1000 1:1000

C 1:2000 1:2000 1:2000

D

E F

G

H

Figura 8:Esquema do arranjo da microplaca de ELISA com os extractos celulares.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

A *39 *39 *39 *40 *40 *40 *41 *41 *41 *42 *42 *42

B *43 *43 *43 *44 *44 *44 *45 *45 *45 *46 *46 *46

C *47 *47 *47 *48 *48 *48 *49 *49 *49 *50 *50 *50

D *51 *51 *51 *39 *39 *39 *40 *40 *40 *41 *41 *41

E *42 *42 *42 *43 *43 *43 *44 *44 *44 *45 *45 *45 F *46 *46 *46 *47 *47 *47 *48 *48 *48 *49 *49 *49

G *50 *50 *50 *51 *51 *51 *39 *39 *39 *40 *40 *40

H *41 *41 *41 *42 *42 *42 *43 *43 *43 *44 *44 *44

Figura 9:Esquema do arranjo da microplaca de ELISA com as fracções *39 a *44.

Page 17: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 17

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

A *45 *45 *45 *46 *46 *46 *47 *47 *47 *48 *48 *48 B *49 *49 *49 *50 *50 *50 *51 *51 *51

C

D

E

F G

H

Figura 10:Esquema do arranjo da microplaca de ELISA com as fracções *45 a *51.

Legenda: Extracto celular ; Soluções padrão de BSA ; Fracção 1:100 ; Fracção

1:500 ; Fracção 1:1000

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Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 18

Resultados e Tratamento de Resultados I – Purificação por Cromatografia de Afinidade:

Os valores registados na absorvância a 280 nm (tabela 1) foram utilizados

para traçar o cromatograma (gráfico 1) correspondente ao processo de purificação

da amidase recombinante, de fracções contendo o eluente da cromatografia.

Tabela 1: Valores de absorvância para cada volume de eluição

Eppendorf

*

Volume

Eluição

(mL)

Absorvância

(280 nm)

Eppendorf

*

Volume

Eluição

(mL)

Absorvância

(280 nm)

Eppendorf

*

Volume

Eluição

(mL)

Absorvância

(280 nm)

1 1,5 0,177

23 34,5 0,442

45 67,5 1,079

2 3 0,094

24 36 0,417

46 69 1,759

3 4,5 0,083

25 37,5 0,392

47 70,5 1,804

4 6 0,081

26 39 0,362

48 72 1,573

5 7,5 1,979

27 40,5 0,335

49 73,5 1,419

6 9 3,719

28 42 0,316

50 75 1,242

7 10,5 3,719

29 43,5 0,416

51 76,5 1,46

8 12 1,801

30 45 0,602

52 78 3,726

9 13,5 1,98

31 46,5 0,533

53 79,5 3,726

10 15 2,279

32 48 0,458

54 81 3,726

11 16,5 1,833

33 49,5 0,637

55 82,5 3,727

12 18 1,5

34 51 0,741

56 84 2,766

13 19,5 1,267

35 52,5 0,82

57 85,5 1,979

14 21 1,089

36 54 0,774

58 87 1,724

15 22,5 0,895

37 55,5 0,778

59 88,5 1,423

16 24 0,796

38 57 1,024

60 90 1,209

17 25,5 0,729

39 58,5 1,679

61 91,5 1,019

18 27 0,652

40 60 1,88

62 93 0,868

19 28,5 0,568

41 61,5 1,863

63 94,5 0,743

20 30 0,516

42 63 1,43

64 96 0,622

21 31,5 0,478

43 64,5 1,116

22 33 0,46

44 66 0,95

Page 19: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 19

Gráfico 1: Cromatografia de afinidade, realizada para purificação da amidase recombinante

Page 20: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 20

II – Determinação da Actividade Enzimática:

Seguidamente, foi elaborado o estudo da actividade enzimática, fazendo

ensaios enzimáticos para as várias fracções (tabela 2). Foram utilizadas as fracções

purificadas no início da cromatografia (eppendorf *5 a *10), durante a diluição

com KCl de 50mM a 100mM, quando se observou o aumento de absorvância a

280nm (eppendorf *32 a *64) e o extracto enzimático, que não foi purificado.

Tabela 2: Estudo enzimático- registo da absorvância do extracto celular e das fracções

purificadas

Tempo (minutos) 0 1 2 3 4 5 6 7 8

Ab

sorv

ân

cia

(4

05

nm

)

An

tes

da

Pu

rifi

caçã

o

(E

xtra

to C

elu

lar)

En

saio

1 0,295 0,362 0,437 0,506 0,574 0,659 0,741 0,83 0,919

2 0,795 1,004 1,215 1,42 1,614 1,793 1,957 2,11 2,247

3 1,137 1,266 1,471 1,658 1,827 1,974 2,104 2,210 2,300

Ap

ós

a P

uri

fica

ção

Ep

pen

do

rf 5

1 0,229 0,178 0,124 0,124 0,123 0,123 0,121 0,121 0,121

2 0,264 0,224 0,165 0,112 0,112 0,112 0,112 0,112 0,112

3 0,269 0,259 0,23 0,187 0,149 0,115 0,115 0,116 0,116

Ep

pen

do

rf 6

1 0,221 0,173 0,164 0,163 0,162 0,161 0,161 0,16 0,161

2 0,267 0,226 0,168 0,159 0,159 0,158 0,157 0,156 0,155

3 0,269 0,252 0,226 0,201 0,176 0,156 0,156 0,156 0,157

Ep

pen

do

rf 7

1 0,121 0,122 0,122 0,122 0,122 0,123 0,123 0,123 0,123

2 0,122 0,122 0,121 0,121 0,121 0,121 0,122 0,122 0,122

3 0,128 0,120 0,120 0,120 0,120 0,120 0,121 0,121 0,121

Ep

pen

do

rf 8

1 0,108 0,108 0,108 0,108 0,108 0,108 0,108 0,108 0,108

2 0,105 0,105 0,105 0,106 0,106 0,106 0,106 0,106 0,106

3 0,098 0,098 0,098 0,098 0,099 0,099 0,099 0,099 0,099

Ep

pen

do

rf 9

1 0,118 0,102 0,103 0,103 0,103 0,103 0,103 0,103 0,103

2 0,101 0,102 0,102 0,102 0,102 0,102 0,103 0,103 0,103

3 0,100 0,100 0,100 0,100 0,101 0,101 0,101 0,102 0,101

Ep

pen

do

rf 1

0

1 0,153 0,125 0,109 0,109 0,109 0,109 0,108 0,108 0,108

2 0,103 0,102 0,102 0,102 0,102 0,102 0,102 0,102 0,103

3 0,104 0,104 0,103 0,103 0,103 0,103 0,104 0,104 0,105

Page 21: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 21

Ab

sorv

ân

cia

(4

05

nm

)

Tempo (min) 0 1 2 3 4 5 6 7 8

Ap

ós

pu

rifi

caçã

o

Ep

pen

do

rf 3

2

1 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08

2 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,088 0,088

3 0,083 0,083 0,084 0,084 0,084 0,084 0,084 0,084 0,085 E

pp

end

orf

33

1 0,091 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09

2 0,087 0,088 0,088 0,088 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087

3 0,085 0,085 0,085 0,085 0,085 0,086 0,086 0,086 0,086

Ep

pen

do

rf 3

4

1 0 0,084 0,084 0,084 0,085 0,085 0,085 0,085 0,085

2 0,085 0,085 0,086 0,086 0,086 0,086 0,086 0,086 0,087

3 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,088 0,088 0,088 0,088

Ep

pen

do

rf 3

5

1 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,091 0,091

2 0,092 0,092 0,093 0,093 0,093 0,093 0,093 0,093 0,093

3 0,083 0,084 0,084 0,084 0,084 0,084 0,084 0,084 0,084

Ep

pen

do

rf 3

6

1 0,095 0,095 0,095 0,095 0,095 0,095 0,095 0,096 0,096

2 0,092 0,093 0,093 0,092 0,092 0,092 0,092 0,092 0,092

3 0,092 0,092 0,092 0,092 0,092 0,092 0,092 0,092 0,092

Ep

pen

do

rf 3

7

1 0,09 0,09 0,09 0,09 0,091 0,091 0,091 0,091 0,091

2 0,092 0,093 0,093 0,093 0,093 0,094 0,094 0,094 0,094

3 0,09 0,09 0,09 0,09 0,091 0,091 0,091 0,092 0,092

Ep

pen

do

rf 3

8

1 0,117 0,125 0,134 0,144 0,154 0,164 0,174 0,184 0,195

2 0,109 0,116 0,125 0,133 0,143 0,152 0,161 0,171 0,18

3 0,105 0,114 0,122 0,132 0,142 0,152 0,163 0,173 0,184

Ep

pen

do

rf 3

9

1 0,225 0,278 0,329 0,381 0,436 0,493 0,551 0,61 0,671

2 0,214 0,263 0,313 0,364 0,418 0,473 0,528 0,586 0,641

3 0,144 0,176 0,205 0,239 0,269 0,306 0,347 0,392 0,437

Ep

pen

do

rf 4

0

1 0,149 0,192 0,237 0,283 0,329 0,378 0,428 0,48 0,533

2 0,127 0,165 0,202 0,239 0,274 0,314 0,356 0,400 0,446

3 0,124 0,163 0,204 0,245 0,288 0,330 0,374 0,419 0,465

Page 22: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 22

Ep

pen

do

rf 4

1

1 0,141 0,178 0,220 0,266 0,311 0,353 0,397 0,443 0,491

2 0,176 0,239 0,310 0,385 0,461 0,537 0,615 0,695 0,778

3 0,084 0,085 0,086 0,086 0,086 0,086 0,086 0,085 0,086 E

pp

end

orf

42

1 0,139 0,172 0,207 0,244 0,282 0,322 0,361 0,400 0,437

2 0,124 0,155 0,188 0,221 0,257 0,293 0,329 0,368 0,406

3 0,123 0,157 0,191 0,228 0,267 0,306 0,346 0,388 0,431

Ep

pen

do

rf 4

3

1 0,125 0,153 0,183 0,212 0,242 0,272 0,304 0,338 0,373

2 0,121 0,148 0,176 0,205 0,234 0,264 0,295 0,326 0,358

3 0,123 0,155 0,190 0,225 0,258 0,293 0,330 0,371 0,410

Ep

pen

do

rf 4

4

1 0,121 0,142 0,163 0,187 0,211 0,235 0,260 0,286 0,312

2 0,118 0,14 0,163 0,187 0,211 0,234 0,259 0,284 0,309

3 0,121 0,140 0,160 0,180 0,202 0,224 0,247 0,271 0,296

Ep

pen

do

rf 4

5

1 0,117 0,133 0,148 0,165 0,182 0,199 0,218 0,237 0,258

2 0,115 0,129 0,145 0,161 0,177 0,195 0,213 0,232 0,251

3 0,105 0,119 0,134 0,151 0,167 0,184 0,202 0,221 0,239

Ep

pen

do

rf 4

6

1 0,102 0,111 0,12 0,132 0,143 0,154 0,166 0,178 0,190

2 0,10 0,109 0,119 0,129 0,138 0,149 0,160 0,172 0,184

3 0,095 0,105 0,116 0,127 0,138 0,150 0,163 0,176 0,189

Ep

pen

do

rf 4

7

1 0,095 0,100 0,106 0,111 0,117 0,123 0,130 0,137 0,144

2 0,096 0,100 0,106 0,111 0,116 0,122 0,127 0,133 0,140

3 0,100 0,104 0,110 0,115 0,121 0,127 0,133 0,140 0,147

Ep

pen

do

rf 4

8

1 0,101 0,106 0,111 0,116 0,121 0,127 0,133 0,138 0,145

2 0,100 0,105 0,111 0,116 0,122 0,128 0,134 0,140 0,147

3 0,091 0,096 0,101 0,107 0,112 0,117 0,123 0,128 0,134

Tempo (min) 0 1 2 3 5 6 7 8 9

Ab

sorv

ân

cia

(4

05

mn

)

Ap

ós

Pu

rifi

caçã

o

Ep

pen

do

rf 4

9

1 0,087 0,088 0,088 0,088 0,089 0,089 0,09 0,09 0,091

2 0,088 0,088 0,088 0,088 0,089 0,089 0,09 0,091 0,091

3 0,09 0,09 0,09 0,091 0,091 0,092 0,092 0,093 0,093

Page 23: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 23

Ep

pen

do

rf 5

0 1 0,09 0,091 0,091 0,091 0,092 0,092 0,093 0,093 0,094

2 0,082 0,081 0,082 0,083 0,083 0,084 0,084 0,084 0,085

3 0,085 0,085 0,085 0,085 0,086 0,087 0,087 0,088 0,088 E

pp

end

orf

51

1 0,095 0,096 0,095 0,095 0,094 0,094 0,094 0,094 0,094

2 0,092 0,092 0,092 0,092 0,092 0,092 0,091 0,092 0,093

3 0,094 0,094 0,094 0,093 0,093 0,093 0,092 0,092 0,092

Ep

pen

do

rf 5

2

1 0,101 0,100 0,100 0,100 0,101 0,101 0,101 0,101 0,101

2 0,094 0,094 0,095 0,095 0,095 0,095 0,095 0,096 0,096

3 0,087 0,087 0,088 0,088 0,088 0,089 0,089 0,09 0,091

Ep

pen

do

rf 5

3

1 0,084 0,085 0,085 0,085 0,085 0,085 0,086 0,086 0,086

2 0,089 0,089 0,089 0,089 0,090 0,090 0,089 0,090 0,090

3 0,089 0,089 0,090 0,089 0,090 0,090 0,090 0,090 0,090

Ep

pen

do

rf 5

4

1 0,083 0,083 0,083 0,084 0,084 0,084 0,084 0,084 0,084

2 0,083 0,083 0,083 0,084 0,084 0,084 0,084 0,085 0,085

3 0,085 0,085 0,085 0,086 0,085 0,086 0,086 0,086 0,086

Ep

pen

do

rf 5

5

1 0,083 0,083 0,083 0,084 0,084 0,084 0,084 0,084 0,084

2 0,096 0,096 0,096 0,095 0,096 0,095 0,095 0,096 0,095

3 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,090 0,090 0,09 0,089

Ep

pen

do

rf 5

6

1 0,09 0,091 0,091 0,091 0,091 0,092 0,092 0,092 0,092

2 0,103 0,101 0,100 0,099 0,099 0,098 0,098 0,098 0,097

3 0,082 0,082 0,082 0,082 0,082 0,082 0,082 0,082 0,083

Ep

pen

do

rf 5

7

1 0,085 0,085 0,085 0,085 0,085 0,085 0,085 0,085 0,086

2 0,085 0,085 0,085 0,084 0,084 0,085 0,085 0,085 0,085

3 0,089 0,089 0,09 0,09 0,09 0,091 0,091 0,091 0,091

Ep

pen

do

rf 5

8

1 0,086 0,086 0,086 0,086 0,086 0,086 0,086 0,086 0,086

2 0,085 0,085 0,085 0,086 0,086 0,087 0,087 0,087 0,087

3 0,087 0,086 0,086 0,086 0,087 0,086 0,087 0,087 0,087

Page 24: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 24

Os gráficos correspondes à absorvância em função do tempo foram

construídos, para cada fracção purificada e não purificada (gráficos 2 a 13). Todas

as fracções são representadas, excepto as fracções correspondentes ao eppendorf

*5 a *10; isto pelo facto de estas fracções iniciais não apresentarem actividade

enzimática, por isso, a representação gráfica de todas é denecessária, mostrando

apenas o gráfico do eppendorf *8, servindo como gráfico exemplo (gráfico 3).

Ep

pen

do

rf 5

9

1 0,092 0,092 0,092 0,092 0,091 0,092 0,092 0,092 0,091

2 0,097 0,097 0,097 0,097 0,097 0,097 0,097 0,096 0,097

3 0,084 0,083 0,084 0,083 0,084 0,084 0,084 0,084 0,084 E

pp

end

orf

60

1 0,091 0,091 0,092 0,092 0,092 0,092 0,091 0,092 0,091

2 0,091 0,091 0,091 0,091 0,091 0,092 0,091 0,092 0,092

3 0,081 0,081 0,081 0,081 0,082 0,082 0,082 0,082 0,082

Ep

pen

do

rf 6

1

1 0,09 0,089 0,088 0,087 0,088 0,087 0,087 0,087 0,087

2 0,088 0,089 0,088 0,088 0,088 0,088 0,088 0,088 0,088

3 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087

Ep

pen

do

rf 6

2

1 0,083 0,084 0,084 0,084 0,097 0,097 0,097 0,098 0,098

2 0,086 0,086 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087

3 0,086 0,086 0,086 0,086 0,086 0,086 0,086 0,086 0,086

Ep

pen

do

rf 6

3

1 0,088 0,088 0,088 0,088 0,089 0,088 0,088 0,088 0,087

2 0,082 0,082 0,082 0,082 0,082 0,082 0,082 0,082 0,083

3 0,079 0,079 0,079 0,079 0,079 0,079 0,079 0,080 0,080

Ep

pen

do

rf 6

4

1 0,093 0,093 0,094 0,093 0,094 0,094 0,094 0,094 0,094

2 0,091 0,091 0,091 0,091 0,091 0,091 0,091 0,091 0,092

3 0,094 0,093 0,093 0,093 0,093 0,093 0,093 0,093 0,093

Page 25: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 25

Gráfico 2: Registo da Absorvancia em função do tempo para o extrato celular (antes da purificação)

Gráfico 3: Registo da Absorvância em função do tempo, para a fracção purificada do eppendorf 8.

y = 0,0777x + 0,2807 R² = 0,9972

y = 0,1831x + 0,8406 R² = 0,9949

y = 0,1511x + 1,1675 R² = 0,9873

0

0,5

1

1,5

2

2,5

0 2 4 6 8 10

Ab

sorv

ân

cia

(n

m)

Tempo (min)

Ensaio 1

Ensaio 2

Ensaio 3

y = 0,108 R² = 0

y = 0,0002x + 0,1051 R² = 0,675

y = 0,0002x + 0,0979 R² = 0,75

0,096

0,098

0,1

0,102

0,104

0,106

0,108

0,11

0 2 4 6 8 10

Ab

sorv

ân

cia

(n

m)

Tempo (min)

Ensaio 1

Ensaio 2

Ensaio 3

Page 26: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 26

Gráfico 4: Registo da Absorvância em função do tempo, para a freacção purificada do

eppendorf 39.

Gráfico 5: Registo da Absorvâncio em função do tempo, para a freacção purificada do

eppendorf 40.

y = 0,0556x + 0,2192 R² = 0,9991

y = 0,0536x + 0,2078 R² = 0,9993

y = 0,0362x + 0,1347 R² = 0,9932

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0 2 4 6 8 10

Ab

sorv

ân

cia

(n

m)

Tempo (min)

Ensaio 1

Ensaio 2

Ensaio 3

y = 0,048x + 0,1425 R² = 0,9988

y = 0,0394x + 0,1227 R² = 0,9981

y = 0,0426x + 0,1198 R² = 0,9994

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0 2 4 6 8 10

Ab

sorv

ân

cia

(n

m)

Tempo (min)

Ensaio 1

Ensaio 2

Ensaio 3

Page 27: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 27

Gráfico 6: Registo da Absorvâncio em função do tempo, para a freacção purificada do

eppendorf 41.

Gráfico 7: Registo da Absorvâncio em função do tempo, para a freacção purificada do

eppendorf 42.

Gráfico 8: Registo da Absorvâncio em função do tempo, para a freacção purificada do

eppendorf 43.

y = 0,0439x + 0,1354 R² = 0,9994

y = 0,0756x + 0,1637 R² = 0,999

y = 0,0001x + 0,085 R² = 0,2526

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

0 2 4 6 8 10

Ab

sorv

ân

cia

(n

m)

Tempo (min)

Ensaio 1

Ensaio 2

Ensaio 3

y = 0,0377x + 0,1341 R² = 0,9993 y = 0,0354x + 0,1187

R² = 0,9988

y = 0,0386x + 0,1166 R² = 0,9985

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

0,4

0,45

0,5

0 2 4 6 8 10

Ab

sorv

ân

cia

(n

m)

Tempo (min)

Ensaio 1

Ensaio 2

Ensaio 3

y = 0,0308x + 0,1214 R² = 0,9988

y = 0,0297x + 0,1177 R² = 0,9993

y = 0,0357x + 0,1187 R² = 0,9988

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

0,4

0,45

0 2 4 6 8 10

Ab

sorv

ân

cia

(n

m)

Tempo (min)

Ensaio 1

Ensaio 2

Ensaio 3

Page 28: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 28

Gráfico 9: Registo da Absorvâncio em função do tempo, para a freacção purificada do

eppendorf 44.

Gráfico 10: Registo da Absorvância em função do tempo, para a freacção purificada do

eppendorf 45.

y = 0,0239x + 0,116 R² = 0,9997

y = 0,0239x + 0,116 R² = 0,9997

y = 0,0219x + 0,1172 R² = 0,9981

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

0 2 4 6 8 10

Ab

sorv

ân

cia

(n

m)

Tempo (min)

Ensaio 1

Ensaio 2

Ensaio 3

y = 0,0175x + 0,1141 R² = 0,9977

y = 0,0171x + 0,1116 R² = 0,9979

y = 0,0169x + 0,1017 R² = 0,9982

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0 2 4 6 8 10

Ab

sorv

an

cia

(n

m)

Tempo (min)

Ensaio 1

Ensaio 2

Ensaio 3

Page 29: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 29

Gráfico 11: Registo da Absorvâncio em função do tempo, para a freacção purificada do

eppendorf 46.

Gráfico 12: Registo da Absorvâncio em função do tempo, para a freacção purificada do

eppendorf 47.

y = 0,0111x + 0,0995 R² = 0,998

y = 0,0105x + 0,0982 R² = 0,9976 y = 0,0118x + 0,0928

R² = 0,9979

0

0,02

0,04

0,06

0,08

0,1

0,12

0,14

0,16

0,18

0,2

0 2 4 6 8 10

Ab

sorv

an

cia

(n

m)

Tempo (nm)

Ensaio 1

Ensaio 2

Ensaio 3

y = 0,0061x + 0,0936 R² = 0,9964

y = 0,0055x + 0,0949 R² = 0,9975

y = 0,0059x + 0,0983 R² = 0,996

0

0,02

0,04

0,06

0,08

0,1

0,12

0,14

0,16

0 2 4 6 8 10

Ab

sorv

ân

cia

(n

m)

Tempo (min)

Ensaio 1

Ensaio 2

Ensaio 3

Page 30: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 30

Gráfico 13: Registo da Absorvância em função do tempo, para a freacção purificada do

eppendorf 47.

Para determinação da actividade enzimática, a Lei de Lambert-Beer foi

adaptada, sendo possível utilizar os dados obtidos. Com a existência dos dados

obtidos da velocidade das reacções enzimáticas (variação da absorvância com o

tempo), então divide-se ambos os lados da equação por t:

(

) (

) (

)

Em que com esta adaptação tem-se todos os dados necessário para o cálculo

da actividade enzimática ((

)), sendo Ɛ (11500 M-1cm-1) e l (1cm) constantes.

Seguidamente, foram feitos os cálculos para determinação da actividade

enzimática final que existia na cultura, correspondente ao ensaio enzimático.

Como cálculo exemplo, para o extracto celular não purificado do ensaio 1:

(

) (

)

Este valor está expresso em molaridade e como o ensaio enzimático condiz

a um valor total de 0,2mL, tem-se:

( )

No ensaio enzimático apenas 20µL foram utilizados, tendo sido retirados de

um volume final de 3000 µL. Então, tem-se:

y = 0,0055x + 0,1002 R² = 0,9978

y = 0,0059x + 0,0992 R² = 0,9986

y = 0,0054x + 0,0906 R² = 0,9995

0

0,02

0,04

0,06

0,08

0,1

0,12

0,14

0,16

0 2 4 6 8 10

Ab

sorv

ân

cia

(n

m)

Tempo (min)

Ensaio 1

Ensaio 2

Ensaio 3

Page 31: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 31

( )

O resultado anterior tem que ser convertido mol em µmol, para obtenção da

actividade enzimática da cultura em UI:

( )

Os resultados dos restantes ensaios foram tratados da mesma forma que o

exemplo dado para o ensaio 1.

Como cálculo exemplo, para cada fracção purificada que contem amidase,

para o ensaio 1 do eppendorf 39:

(

) (

)

Este valor está expresso em molaridade e como o ensaio enzimático condiz

a um valor total de 0,2mL, tem-se:

( )

No ensaio enzimático apenas 20µL foram utilizados, tendo sido retirados de

um tubo eppendorf com volume final de 1500µL. Então, tem-se:

( )

O resultado anterior tem que ser convertido mol em µmol, para obtenção da

actividade enzimática da cultura em UI:

( ) ( )

Os resultados dos restantes ensaios foram tratados da mesma forma que o

exemplo dado para o ensaio 1 do eppendorf 39.

Para melhor e facilitada visualização dos resultados da actividade

enzimática dos restantes eppendorfs foi elaborada uma tabela:

Page 32: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 32

Tabela 3: Actividade Enzimática média para cada amostra recolhida e para cada

tempo

Eppendorf *

Poço Velocidade da reacção (min-

1) (declive)

Actividade Enzimática (UI) Desvio

Padrão Por Poço Média

Extracto

A1 0,0777 0,203

0,358 0,1409 A2 0,1511 0,394 A3 0,1831 0,478

39

H1 0,0536 0,0699

0,063 0,0139 H2 0,0556 0,0725

H3 0,0362 0,0472

40

A5 0,048 0,0626

0,057 0,0057 A6 0,0394 0,0514

A7 0,0426 0,0556

41

B5 0,0439 0,0573

0,052 0,0494 B6 0,0756 0,0986

B7 0,0001 0,00013

42

C5 0,0377 0,0492

0,049 0,0021 C6 0,0354 0,0462

C7 0,0386 0,0503

43

D5 0,0308 0,0402

0,042 0,0042 D6 0,0297 0,0388

D7 0,0357 0,0466

44

E5 0,0239 0,0312

0,030 0,0015 E6 0,0239 0,0312

E7 0,0219 0,0286

45 A4 0,0175 0,0228

0,022 0,0004 A5 0,0171 0,0223

A6 0,0169 0,0220

46

A7 0,0111 0,0145

0,015 0,0009 A8 0,0105 0,0137

A9 0,0118 0,0154

47

A10 0,0061 0,0004

0,005 0,0041 A11 0,0055 0,0072

A12 0,0059 0,0077

48

B1 0,0055 0,0072

0,007 0,0004 B2 0,0059 0,0077 B3 0,0054 0,0070

O valor médio de actividade enzimática no extracto celular é de 0,358 UI. A

soma das actividades das vária fracções é de 0,202 UI. É de salientar que este

ultimo valor referido não incluíu os eppendorfs *42, *43, *45, *46, *47, *48, tendo

sido desprezados.

Page 33: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 33

III – Quantificação da Proteína:

Continuamente determinou-se a concentração de proteína, tanto no

extracto não purificado como nas fracções purificadas com amidase.

Foi construída uma curva de calibração, apartir das absorvâncias lidas das

soluções padrão de BSA de diferentes concentrações . Os valores de absorvância

para cada concentração e a curva de calibração encontram-se na tabela 4 e no

gráfico 14, respectivamente.

Tabela 4: Registo da Absorvância em função da concentração de padrões de BSA

Ensaio

Absorvância (630 nm)

[Padrões] (µg/mL)

1 2 5 10 15 20 40

1 0,348 0,353 0,426 0,426 0,539 0,518 0,613

2 0,343 0,357 0,434 0,434 0,571 0,600 0,664

3 0,328 0,344 0,449 0,449 0,585 0,586 0,712

Média 0,339 0,351 0,436 0,436 0,565 0,568 0,663

Desvio Padrão

0,0104 0,0067 0,0117 0,0117 0,0236 0,0439 0,0439

Gráfico 13: Curva de Calibração de padrões de BSA

y = 0,0126x + 0,3385 R² = 0,915

0,000

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

0,600

0,700

0 5 10 15 20 25

Ab

sorv

ânci

a

[BSA] (µg/mL)

Page 34: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 34

Logo a seguir, a absorvância do extracto não puricado e das fracções

purificadas que contêm amidase foi lida (tabela 5).

Tabela 5: Registo da Absorvância das amostras do extracto celular e das fracçoes

purificadas com amidase, nas diferentes diluições

Ensaio 1 2 3 Média Desvio Padrão

Ab

sorv

ân

cia

(6

30

nm

)

Ext

ract

o n

ão

pu

rifi

cad

o

Dil

uiç

ão

1:500 0,428 0,41 0,418 0,419 0,00902

1:1000 0,329 0,324 0,312 0,322 0,00874

1:2000 0,29 0,297 0,295 0,294 0,00361

Fra

cçõ

es p

uri

fica

das

co

nte

nd

o a

mid

ase

Dil

uiç

ão

1:1

00

Ep

pen

do

rf *

39 0,426 0,424 0,408 0,419 0,00987

40 0,394 0,405 0,379 0,393 0,01305

41 0,362 0,355 0,36 0,359 0,00361

42 0,322 0,331 0,34 0,331 0,00900

43 0,314 0,316 0,313 0,314 0,00153

44 0,347 0,347 0,347 0,347 0,0000

45 0,293 0,3 0,308 0,300 0,00751

46 0,301 0,31 0,316 0,309 0,00755

47 0,272 0,282 0,263 0,272 0,00950

48 0,315 0,316 0,304 0,312 0,00666

1:5

00

Ep

pen

do

rf *

39 0,339 0,339 0,346 0,341 0,00404

40 0,296 0,298 0,291 0,295 0,00361

41 0,281 0,291 0,288 0,287 0,00513

42 0,268 0,265 0,252 0,262 0,00850

43 0,257 0,275 0,251 0,261 0,01249

44 0,271 0,29 0,289 0,283 0,01069

45 0,309 0,311 0,326 0,315 0,00929

46 0,262 0,27 0,263 0,265 0,00436

47 0,263 0,26 0,211 0,245 0,02919

48 0,228 0,279 0,284 0,264 0,03099

Page 35: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 35

1:1

00

0

Ep

pen

do

rf *

39 0,297 0,314 0,334 0,315 0,01852

40 0,285 0,281 0,286 0,284 0,00265

41 0,268 0,274 0,274 0,272 0,00346

42 0,264 0,27 0,277 0,270 0,00651

43 0,276 0,275 0,278 0,276 0,00153

44 0,284 0,262 0,268 0,271 0,01137

45 0,23 0,222 0,216 0,223 0,00702

46 0,224 0,228 0,219 0,224 0,00451

47 0,225 0,219 0,244 0,229 0,01305

48 0,244 0,235 0,234 0,238 0,00551

Com os valores obtidos e a curva de calibração da proteína calculou-se a

concentração de proteína.

No caso do extracto não purificado, foi utilizado o valor da diluição 1:500,

sendo a menor diluição em que absorvância cai dentro da gama dos valores dos

padrões. Então:

[ ]

[ ]

[ ]

Multiplicando pelo facto de diluição:

[ ]

Voltando a multiplicar o valor anterior por 3mL, correspondente ao volume

de extracto purificado na coluna cromatográfica, tem-se:

Page 36: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 36

Em relação às fracções purificadas que contêm amidase, a diluição

utilizada foi de 1:100, sendo a menor diluição cuja absorvância cai dentro da gama

dos valores padrão. Como cálculo exemplo foi utilizado o eppendorf *39. Então:

[ ]

[ ]

[ ]

Multiplicando pelo facto de diluição:

[ ]

Voltando a multiplicar o valor anterior por 1,5mL, correspondente ao

volume de cada eppendorf, tem-se:

Procedendo de igual modo para as restantes fracções, obtiveram-se os

seguintes resultados:

Tabela 6: Quantidade de proteína nas fracções purificadas que contêm amidase

Eppendorf * Proteína (mg)

39 0,959

40 0,649

41 0,244

42 -0,089

43 -0,292

44 0,101

45 -0,458

46 -0,351

47 -0,792

48 -0.315

Page 37: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 37

É de salientar os valores negativos para as fracções *42, *43, *45, *46, *47 e

*48. Estes valores foram desprezados para o cálculo total de proteína.

O valor de proteína no extracto é de 9mg e o total de proteína para as várias

fracções com amidase é de 1,95mg.

IV – Corrida cromatográfica, rendimento e factor de purificação:

Para resumo de todos os resultados obtidos anteriormente o próximo

gráfico mostra o cromatograma e a actividade enzimática.

Page 38: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 38

Gráfico 15: Cromatograma e actividade enzimática ao longo do tempo de eluição

As fracções *5 a *10 foram incluídas no gráfico, em que o valor foi

determinado como zero.

Page 39: Trabalho nº2

Trabalho nº2

Tecnologia de Enzimas |Évora, 7 de Novembro de 2012 39

Foram determinados os parâmetros associados ao processo de purificação,

o rendimento (ɳ) e o factor de purificação, respectivamente:

As actividades enzimáticas específicas foram determinadas:

Tabela7: Purificação ilustrativa do processo

Proteína

(mg)

Actividade Enzimátic

a (UI)

Actividade Enzimática Específica (UI/mg

proteína)

ɳ (%)

Factor de purificação

Extracto não purificado

9 0,358 0,0398

56 2,61 Fracções purificantes com amidase

1,95 0,202 0,104

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Trabalho nº2

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Discussão e Conclusão

Neste trabalho analisámos os parâmetros relacionados com a estirpe

recombinante em estudo, Escherichia coli pKK223-3 AI3, e a técnica de purificação

por cromatografia de afinidade, tais como: a separação e purificação da amidase

produzida pela bactéria por esta técnica, a actividade enzimática no início e da

amidase purificada, a quantidade de proteína no início e após purificação, o

rendimento do processo e o factor de purificação.

A purificação da amidase produzida pela Escherichia coli recombinante, por

cromatografia, foi a primeira parte do trabalho. Verifica-se pelo gráfico 1, a

absorvância foi aumentando rapidamente e foram necessários cerca de 39mL de

tampão TME para diminuir a absorvância para um nível mais baixo e estável,

indicando que todo o conteúdo do extracto enzimático celular que não foi

absorvido pela coluna cromatográfica foi eluído até esse ponto. Os valores de

absorvância voltaram a aumentar gradualmente com a mudança da fase móvel. O

aumento gradual da concentração de KCl no tampão TME alterou a carga à

superfície da fase estacionária, perdendo as suas características de afinidade com o

substracto, a enzima amidase e outras proteínas e enzimas; assim, foram sendo

gradualmente libertados os compostos com afinidade. Observou-se um pico, no

início da eluição com KCl 75mM, correspondente a um máximo de absorvância,

indicando que a amidase devia estar a ser eluída nessa altura; então foram

guardadas as fracções correspondentes, *38 a *48, para posterior análise. O gráfico

do cromatograma indica que mais proteína com afinidade para a coluna estava a

ser eluída, devido às oscilações na absorvância observadas no cromatograma.

Seguidamente, executou-se a análise da actividade enzimática. Foram

analisados o extracto celular enzimático não purificado, as fracções recolhidas no

início do cromatograma (*5 a *10) e as fracções purificadas *39 a *48,

correspondentes ao pico observado no cromatograma. Nas primeiras fracções não

foi observada actividade enzimática, sendo de esperar porque nesta fase da

cromatografia a coluna continua com as suas propriedades que lhe possibilita ter

afinidade com a enzima e assim absorvê-la. Para o extracto celular não purificado e

para as fracções purificadas com amidase foram feitos os cálculos para a

determinação das actividades enzimáticas que são 0.358 UI e 0.202 UI,

respectivamente. O valor somatório das fracções com actividade enzimática

deveria ser igual ou menor que o valor da actividade do extracto celular, sendo o

resultado obtido. A amidase, quando é eluída, é recolhida em várias fracções de

1.5mL, e não numa só. A soma das actividades de todas as fracções deveria obter-

se um valor bastante próximo do extracto, não tendo acontecido isto

possivelmente por ter sido eluída alguma amidase noutras fracções recolhidas mas

que não foram analisadas, fazendo com que o valor total tenha sido mais baixo.

Analisou-se a actividade em todas as fracções de *5 a *10 e de *32 a *64, mas

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algumas não foram aqui tratadas graficamente e na elaboração dos cálculos pelo

facto de análise destas mostrar a ausência de actividade, sendo um método de

garantia desta ausência; apesar de serem mostrados os resultados (tabela 2)

apenas foram tratados as fracções *39 a *48.

Na determinação da quantidade de proteína, foram testados o extracto

enzimático celular e as fracções purificadas com amidase, sendo detectados 9mg e

1,95mg de proteína, respectivamente. Verifica-se, e era esperado, que o menor

valor de proteína é nas fracções e não no extracto, pois o extracto não possui

apenas a enzima que se esteve a purificar mas também uma grande diversidade de

proteínas, enquanto que as fracções analisadas supostamente possuem apenas a

amidase. Obteve-se valores negativos de proteína para eppendorf *42, *43, *45,

*46, *47 e *48, pois os valores de absorvância na menor diluição relativos a estes

estavam fora dos limites da curva de calibração dos padrões de BSA utilizada. Estes

valores foram desprezados tanto na soma da quantidade de proteína como na

soma das actividades enzimáticas.

Para finalizar, foi construído o gráfico 15, mostrando a cromatografia e

actividade ao longo desta. As primeiras fracções não continham actividade

enzimática, sendo esta zero, e esta manteve-se assim até perto do ponto da eluição

com KCl 75mM, quando a amidase foi eluída; assim observa-se um rápido aumento

da actividade enzimática, seguida de também de uma rápida diminuição da mesma,

porque a enzima é rápida e facilmente eluída. O rendimento foi determinado e foi

de 56%, sendo considerado já um bom valor, e o factor de purificação foi de 2.61,

em que as fracções purificadas têm 2.61 vezes mais actividade enzimática que o

extracto celular, para a mesma quantidade de proteína.

Como conclusão, o processo de purificação foi bem realizado porque houve

separação da amidase, proteína de interesse neste trabalho, dos restantes

componentes. Esta ficou ligada à coluna e só foi eluída quando o tampão TME com

KCl 75mM foi utilizado. Obteve-se um bom rendimento, 56%, mas um factor de

purificação um pouco baixo, 2.61. A soma das actividades das fracções purificadas,

0.202 UI, é um valor menor mas próximo do valor da actividade para o extracto

celular (não purificado), 0.358, como o esperado; acontecendo o mesmo para a

quantidade de proteína, que foi menor nas fracções, 1.95mg, do que no extracto

celular, 9mg.

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