A Câmara das Reflexões

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  • 8/6/2019 A Cmara das Reflexes

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    A Cmara das Reflexes - 28

    Como todos sabemos, ns, maons, no dia da nossa recepo na Ordem, passamospor uma srie crescente de eventos durante a cerimnia de Iniciao, que tm porfinalidade excitar nossa imaginao e sentidos predispondo-os para a recepo de

    conhecimentos no acessveis ao comum dos homens. Para tanto, necessrio quenosso ser interior seja preparado adequadamente para poder entrar em contatocom outro nvel de realidade. O primeiro passo dessa preparao ser introduzidona Cmara das Reflexes.

    A Cmara, com seu isolamento, obscuridade e negras paredes, cercada deemblemas representativos da morte, permite, a quem nela adentra, uma pausasilenciosa no tumulto da vida e, meditando sobre os smbolos ali expostos, dar-seconta da finitude da vida e como so sem sentido as vaidades e as paixeshumanas. por esta razo que se encontram, em suas paredes, inscriesdestinadas a pr prova do postulante a sua firmeza de propsitos e a vontade deprogredir, que tm de ser seladas num testamento.

    Ao ingressar nesse recinto, o candidato despojado dos metais que porta consigo eque o Irmo Experto recolhe cuidadosamente. Representa ao postulante o retornoao seu estado de pureza original - a nudez admica - despojando-sevoluntariamente de todas aquelas aquisies que lhe foram teis para chegar at oseu estado atual, mas que constituem outros tantos obstculos para seu progressoulterior.

    o cessar de depositar sua confiana e cobia nos valores puramente exteriores domundo, para poder encontrar em si mesmo, realizar e tornar efetivos osverdadeiros valores, que so os morais e espirituais. o cessar de aceitarpassivamente as falsas crenas e as opinies exteriores, com o objetivo de abrir seuprprio caminho para a verdade.

    Isto no significa, absolutamente, que deva abrir mo de tudo o que lhe pertence eadquiriu como resultado de seus esforos e prmio de seu trabalho, mas,unicamente, que deve deixar de dar a estas coisas a importncia primria que podetorn-lo escravo ou servidor delas, e que deve pr, sempre em primeiro lugar,sobre toda a considerao material ou utilitria, a fidelidade aos Princpios e srazes espirituais. Esse despojamento tem por objetivo tornar-nos livres dos laosque, de outra forma, impediriam todo nosso progresso futuro.

    A entrega dos metais simboliza, assim, o despojo voluntrio das qualidades

    inferiores, dos vcios e paixes, dos apegos materiais que turvam a pura Luz doEsprito. Isso ser livre e de bons costumes. Como o maom deve aprender apensar por si mesmo e, pelo seu esforo pessoal, ter a certeza de ter atingindo oconhecimento direto da Verdade, o despojamento ter que ser total e, portanto,dever se estender s crenas, supersties, preconceitos e prejulgados, tantocientficos, como filosficos e religiosos, pois estes brilham com luz ilusria nainteligncia e impedem a viso da Luz Maior, a Realidade que sustenta o Universoe o constri incessantemente.

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    SIGNIFICADO DA CMARA

    A Cmara de reflexes, como o seu nome o indica, representa, antes de tudo,aquele estado de isolamento do mundo exterior que necessrio para aconcentrao ou reflexo ntima, com a qual nasce o pensamento independente e

    encontrada a Verdade. Aquele mundo interior para o qual devem dirigir-se nossosesforos e nossas anlises para chegar, pela abstrao, a conhecer o mundotranscendente da Realidade. o "gnosthi seautn" ou o "conhece-te a ti mesmo"dos iniciados gregos, como nico meio direto e individual para poder chegar aconhecer o Grande Mistrio que nos circunda e envolve nosso prprio ser.

    ELEMENTOS E SMBOLOS PRESENTES NA CMARA

    A Cor NegraO negro simboliza as trevas, a ausncia da luz. O lugar de perptuo esquecimento

    para onde nos conduz as paixes, os vcios e a ignorncia. Jung [1] considera a cornegra como o lado sombrio da personalidade.

    Crnio e Esqueleto

    Ambos simbolizam o ciclo inicitico: a brevidade da vida e a morte corporal,preldio do renascimento em um nvel de vida superior, e condio do reino doesprito. Smbolo da morte fsica, o crnio corresponde putrefao alqumica,assim como a tumba corresponde fornalha (atanor): o homem novo sai docadinho onde o homem velho se extingue para transformar-se. Crnio e Esqueletorepresentam no uma morte esttica, definitiva, mas, sim, uma morte dinmica,

    anunciadora e instrumento de uma nova forma de vida. O crnio, com seu sorrisoirnico e seu ar pensativo, simboliza o conhecimento daquele que atravessou afronteira do desconhecido, daquele que, pela morte, penetrou no segredo do alm.O crnio muitas vezes representado entre duas tbias cruzadas emx, formandouma cruz de Santo Andr, smbolo das oposies dentro da natureza sob ainfluncia predominante do esprito. Ambos significam, em uma palavra,Transformao.

    Ampulheta

    Simboliza o escoamento inexorvel do tempo que se conclui, no ciclo humano, pelamorte. A forma da ampulheta, com os seus dois compartimentos, mostra aanalogia entre o alto e o baixo, assim como a necessidade, para que o escoamentose d para cima, de virar a ampulheta. Assim, a atrao se exerce para baixo, amenos que mudemos a nossa maneira de ver e de agir. O vazio e o pleno devemsuceder-se; h, portanto, uma passagem do superior ao inferior, isto , do celesteao terrestre e, em seguida, atravs da inverso, do terrestre ao celeste. O filete deareia, que corre de um para outro compartimento, representa as trocas entre oCu e a Terra: a manifestao das possibilidades celestes e a reintegrao da

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    manifestao na Fonte divina. O estrangulamento no meio a porta estreita poronde se efetuam as trocas.

    A ampulheta est presente na Cmara como que sugerindo, ao postulante, que norelegue para o amanh o abandono das paixes, nem a procura da virtude, poistalvez no venha a ter mais tempo, j que o tempo agora.

    As Iniciais V.I.T.R.I.O.L.

    Iniciais de uma frmula clebre entre os alquimistas e que condensava a suadoutrina: Visita Interiorem Terrae Rectificando Invenies Occultum Lapidem, ouseja, Visita ou Explora o interior da terra. Retificando, encontrars a pedraoculta...o que significa dizer: Desce ao mais profundo de ti mesmo, bem alm dasaparncias exteriores, e encontrars a pedra oculta (ou o ncleo indivisvel), sobreo qual poders construir uma nova personalidade, um homem novo. Trata-se dareconstruo de si prprio a partir dos vrios graus de inconscincia, deignorncia e de preconceitos, em direo incontestvel conscincia do ser, o que

    permite ao homem descobrir a presena imanente e transformadora de Deus nele.O Gro de Trigo

    O quarto de reflexes constitui a prova da terra - a primeira das quatro provassimblicas dos elementos - e, atravs de sua analogia, somos conduzidos aosMistrios de Elusis [2], nos quais o iniciado era simbolizado pelo gro de trigoatirado e sepultado no solo, para que germinasse; abrisse, por seu prprio esforo,um caminho para a luz.

    A semente, na qual se encontra em estado latente ou potencial toda a planta,representa muito bem as possibilidades latentes do indivduo que devem serdespertadas e manifestadas luz do dia, no mundo dos efeitos. Todo ser humano,, efetivamente, um potencial espiritual ou divino, idntico ao potencial latente dasemente, que deve ser desenvolvido ou reduzido sua mais plena e perfeitaexpresso, e este desenvolvimento comparvel, em todos os sentidos, aodesenvolvimento natural e progressivo de uma planta.

    Assim como a semente, para poder germinar e produzir a planta, deve serabandonada ao solo, onde morre como semente, enquanto o germe da futuraplanta comea a crescer, assim tambm, o homem, para manifestar aspossibilidades espirituais que nele se encontram em estado latente, deve aprender a

    concentrar-se no silncio de sua alma, isolando-se de todas as influncias externas,morrendo para seus defeitos e imperfeies a fim de que o germe da Nova Vidapossa crescer e manifestar-se.

    Uma vez que o Germe espiritual, a Divina Semente de nosso ser, imortal eincorruptvel, esta morte - como toda forma de morte, sob um ponto de vista maisprofundo - simplesmente o despojo de uma forma imperfeita e a superao deum estado de imperfeio, que foram no passado um degrau indispensvel aonosso progresso, mas que na atualidade transformaram-se numa limitao e ao

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    mesmo tempo numa necessidade; na oportunidade e na base para um novo passoadiante.

    Essa imperfeio ou limitao que deve ser superada - os estreitos limites em quese acha enclausurado nosso pensamento e nosso ser espiritual pelos erros e falsascrenas assimiladas na educao e na vida profana - o que simboliza a casca da

    semente, produzida por esta como proteo necessria em seu perodo decrescimento, e inteiramente anloga casca mental de nosso prprio carter epersonalidade.

    O Po e a gua

    O po , evidentemente, smbolo do alimento essencial. Se verdade que o homemno vive s de po, apesar disso, o nome de po que se d sua alimentaoespiritual. Entre os cristos, o Cristo eucarstico o po da vida. Os pes daproposio dos hebreus tambm tm o mesmo significado. Esse po representa apresena de Deus no ntimo de cada um de ns.

    A gua representa: fonte de vida; meio de purificao e centro de regenerao. Asguas, massa indiferenciada, representando a infinidade dos possveis, contm todoo virtual, todo o informal, o germe dos germes, todas as promessas dedesenvolvimento. Mergulhar nas guas, para delas sair sem se dissolvertotalmente, salvo por uma morte simblica, retornar s origens, carregar-se denovo, num imenso reservatrio de energia e nele beber uma fora nova. A gua smbolo da Me Natureza, geradora de Vida material, mas, tambm, da vidaespiritual e do Esprito, oferecidos por Deus e muitas vezes recusados peloshomens.

    O Sal, o Enxofre e o Mercrio

    O sal , ao mesmo tempo, conservador de alimentos e destruidor pela corroso. Oalimento sal, condimento essencial e fisiologicamente necessrio, evocado naliturgia batismal; sal da sabedoria, smbolo do alimento espiritual. O sal era,para os hebreus, um elemento importante de ritual: toda vtima tinha de serconsagrada pelo sal. O consumo do sal em comum toma, s vezes, o valor de umacomunho, de um lao de fraternidade. Compartilha-se o sal como o po.Consumir com algum o po e o sal significa uma amizade indestrutvel. O salsimboliza tambm a incorruptibilidade. por isso que a aliana do sal designauma aliana que Deus no pode romper (Nmeros 18,11; Crnicas, 13,5). O sal

    pode, tambm, ter outro sentido simblico e opor-se fertilidade. Nesse caso, aterra salgada significa terra rida, endurecida. Os romanos jogavam sal nas terrasque destruam para tornar o solo para sempre estril. Os msticos s vezescomparam a alma a uma terra salgada que dever ser fertilizada pelo orvalho dagraa. Tudo que salgado amargo, a gua salgada , portanto, uma gua deamargura que se ope gua doce fertilizadora. Por fim, o sal smbolo dapalavra empenhada, porque o seu sabor indestrutvel.

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    O enxofre o princpio ativo da alquimia, aquele que age sobre o mercrio inerte eo fecunda, ou o mata. O enxofre corresponde ao fogo, como o mercrio gua. oprincpio gerador masculino (yang). Manifesta a vontade celeste e a atividade doEsprito (ex.: chuva de enxofre sobre Sodoma). Para os alquimistas, o enxofre estpara o corpo como o sol est para o universo. Sua cor amarela querendocomparar-se a do ouro, d-lhe um sentido de engodo, de falsidade, prprio do

    senhor das trevas. A chama amarela esfumaada com enxofre , para a Bblia, aantiluz atribuda ao orgulho de Lcifer. a luz transformada em trevas. umsmbolo de culpa e punio.

    O mercrio o smbolo alqumico universal e do princpio passivo, mido (yin).Corresponde aos humores corporais, o sangue, o smen, aos rins, ao elementogua. Segundo as tradies ocidentais, o mercrio a semente feminina e oenxofre, a masculina: sua unio produz os metais. Astrologicamente, Mercriovem imediatamente aps o Sol, astro da vida, e a Lua, astro da gerao, isto , damanifestao da vida no nosso mundo transitrio. Se o Sol o Pai Celeste, e a Lua,a Me Universal, Mercrio se apresenta como o filho deles, o Mediador, oprincpio da Inteligncia e da Sabedoria. Mercrio, o deus da mitologia, diligente e

    provido de asas nos ps, tinha o ofcio de mensageiro do Olimpo. Tendo herdadocaractersticas tanto de seu Pai, como de sua Me, apresenta natureza dualista, naqual se confrontam os princpios contrrios e complementares: trevas-luz, baixo-alto, esquerda-direita, feminino-masculino, certo-errado, etc. O pensamento emtodos seus aspectos nasce naturalmente no indivduo, da ao e relao entre astendncias ativas e passivas, entre o amor e o dio, a atrao e a repulso, asimpatia e a antipatia, o desejo e o temor. Cresce e adquire sempre maior fora,independncia e vigor quando lutam entre si o instinto e a razo, a vontade e apaixo, o entusiasmo e a desiluso. Eleva-se e floresce, sempre mais livre, claro eluminoso, conforme aprende a seguir seus ideais e aspiraes mais elevadas, equando estas conseguem sobrepor-se sua ignorncia, erros e temores, assim comos demais tendncias passionais e instintivas. Mercrio o agente harmonizadordos contrrios, que procura colocar a ordem no caos. Em cada um de ns, oprocesso mercuriano o auxiliar do Ego, encarregado de nos desviar dasubjetividade obscurecedora. Diante da dupla presso dos impulsos interiores, ele o melhor agente de adaptao vida.

    O Galo

    , universalmente, smbolo solar, porque seu canto anuncia o nascimento do Sol e,por extenso, do surgimento da Luz. Representa a vigilncia, pois com seu cantoavisa todos a boa nova, ou seja, que um novo dia est surgindo. Assim, todo o

    maom, qual galo de viglia, deve estar atento para perceber, na dissipao dastrevas da noite que morre (as paixes e os vcios), os primeiros clares (as virtudes)do esprito que se levanta. O galo , portanto, a representao esotrica dodespertar da conscincia e da ressurreio do candidato, que, devendo morrerpara a vida profana, ressurge num plano mais elevado de espiritualidade.

    O Testamento

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    O novo nascimento ou regenerao ideal que indica, em todos seus aspectos, acmara de reflexes, tem finalmente o seu selo e concretiza-se por um testamento,que fundamentalmente um atestado ou reconhecimento de seus "deveres", ouseja, de sua trplice relao construtiva: com o princpio interior (individual euniversal) da vida, consigo mesmo como expresso individual da Vida Una, e com

    seus semelhantes, como expresso exterior da prpria Vida Csmica.

    Trata-se de um testamento inicitico bem diferente do testamento ordinrio ouprofano. Enquanto este ltimo uma preparao para a morte, o testamentosimblico pedido ao recipiendrio, antes de sua admisso s provas, umapreparao para a vida - para a nova vida do Esprito para a qual deve renascer.

    Morte e nascimento so, na realidade, dois aspectos intimamente entrelaados einseparveis de toda mudana que se verifica na forma e na expresso, interior eexterior, da Vida Eterna do Ser. Na economia csmica, e da mesma forma na vidaindividual, a morte, cessao ou destruio de um aspecto determinado daexistncia subjetiva e objetiva, constantemente acompanhada de uma forma de

    nascimento. Assim, pois, s em aparncia os consideramos como aspectos opostosda Vida, ou como seu princpio e fim, enquanto indicar simplesmente, umaalterao ou transformao, e o meio no qual se efetua um progresso semprenecessrio, ainda que a destruio da forma no seja sempre sua condioindispensvel.

    Como emblema da morte do homem profano, indispensvel para o nascimento doiniciado, o testamento que faz o candidato um testamento do qual ele mesmo serposteriormente chamado a converter-se em executor, um Programa de Vida quedever realizar com uma compreenso mais luminosa de suas relaes com todasas coisas.

    A primeira relao ou "dever" do testamento a do prprio indivduo com oPrincpio Universal da Vida, uma relao que tem de reconhecer-se e estabelecer-se interiormente, e no sobre a base das crenas ou prejuzos, sejam positivos ounegativos. No se pergunta ao candidato se cr ou no em Deus, nem qual seucredo religioso ou filosfico; para a Maonaria todas as "crenas" soequivalentes, como outras tantas mscaras da Verdade que se encontram atrs ousob a superfcie delas e somente qual aspira a conduzir-nos.

    O que de importncia vital nossa ntima e direta relao com o Princpio daVida, qualquer que seja o nome que lhe d externamente, e o conceito mental quecada um possa ter formado ou dele venha a formar, uma relao que estabelecida

    na conscincia, alm do plano da inteligncia ou mentalidade ordinria.A conscincia desta relao, que Unidade e Individualidade, traduz-se no sentidoda primeira pergunta do testamento: "Quais so os vossos deveres para comDeus?" A segunda: "Quais so os vossos deveres para com vs mesmos?" nadamais do que a conseqncia da primeira. Tendo-se reconhecido, no ntimo de seuprprio ser, naquela solido da conscincia que est simbolizada pela cmara dereflexes como uma manifestao ou expresso individual do Princpio Universalda Vida, o candidato chamado a reconhecer o modo pelo qual sua vida exterior

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    se encontra intimamente relacionada com o que ele mesmo interiormente, e comoa compreenso desta relao tem em si o poder de domin-la e dirigi-laconstrutivamente.

    O homem , como manifestao concreta, o que ele mesmo se fez e fazconstantemente, com seus pensamentos conscientes e subconscientes, sua maneira

    de ser e sua atividade. Seu primeiro dever para consigo mesmo realizar-se echegar sempre a ser a mais perfeita expresso do Princpio de Vida que nele busca,e encontra uma especial, diferente e necessria manifestao, deduzindo oufazendo aflorar luz do dia, as possibilidades latentes do Esprito, aquelaPerfeio que existe imanente, mas que s se manifesta no tempo e no espao, namedida do ntimo reconhecimento individual.

    Quanto aos deveres para com a humanidade, estes representam um sucessivoreconhecimento ntimo que complemento necessrio dos dois primeiros: tendo-sereconhecido como a manifestao individual do Princpio nico da Vida, esabendo que ele por fora o que realiza por dentro, deve acostumar-se a ver emtodos os seres outras tantas manifestaes do prprio Princpio. Deste

    reconhecimento, brota como conseqncia necessria o seu dever ou relao paracom a humanidade, que no pode ser outra coisa que a prpria fraternidade.

    A compreenso desta trplice relao o princpio da iniciao, o incio efetivo deuma nova vida, o testamento ou doao que feita para si prprio, preparando-separa execut-lo. a preparao necessria para as viagens ou etapas sucessivas doprogresso que o aguardam.