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“A Classe Média: Ascensão e Declínio”

A classe média

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“A Classe Média: Ascensão e Declínio”

Professor Elísio Estanque em entrevista ao “Diário Económico” (DE)

DE – Em Portugal existe pobreza envergonhada?

Professor Elísio Estanque em entrevista ao “Diário Económico” (DE)

Prof. – Existe(...) As famílias e os indivíduos a dada altura incorporaram um

“status” de uma condição “remediada” e que mereceu a consideração (ou até a

inveja) de conhecidos, vizinhos, familiares o que, agora, perante as dificuldades e

carências económicas inesperadas, lhes coloca acrescidas dificuldades no plano

psicológico. A imagem projetada para o exterior entra em conflito com a

realidade de um orçamento familiar que já não consegue sustentar esse estatuto

de desafogo. Por isso, em muitos casos recorre-se à assistência, mas isso é feito

às escondidas por forma evitar o encontro com os grupos mais pobres e

miseráveis com quem os que já foram (e ainda se sentem) membros da classe

média não aceitam ser confundidos.

Professor Elísio Estanque em entrevista ao “Diário Económico” (DE)

DE – Um País sem classe média tem tendência, a médio prazo, a “morrer”? Ou são possíveis milagres?

Professor Elísio Estanque em entrevista ao “Diário Económico” (DE)

Prof. – A classe média integra grupos muito distintos no seu seio. Mas não é só a questão financeira que conta. O empobrecimento de uns, a contenção e o risco de cair na penúria de outros, a revolta daqueles que, apesar das dificuldades, se possam aguentar ou ainda o fechamento em soluções individualistas de muitos outros compõem uma panóplia de possíveis reações. Porém, as respostas desses grupos, desencantados e frustrados com o poder económico e político podem também derivar para a contestação coletiva, engrossando movimentos, protestos e revoltas mais ou menos radicais. Um contexto de forte descontentamento e de saturação face às instituições e aos agentes do sistema (partidos políticos) é propício ao surgimento de propostas salvíficas e a discursos populistas que podem resultar em ditaduras. E estas camadas descontentes podem servir de rastilho, arrastando consigo os restantes setores populares, os desempregados e os excluídos que o eram antes da crise. Sem classe média nenhuma democracia consegue aguentar-se por muito tempo. Mas a classe média também atua coletivamente e pode ajudar a fazer revoluções.

EU RECUSO-ME A FAZER PARTE DE UM GRUPO “DESENCATADO E FRUSTRADO”.

RECUSO-ME A SERVIR DE RASTILHO PARA REVOLTAS, REVOLUÇÕES OU GUERRAS.

RECUSO-ME A DESPERDIÇAR A MINHA VIDA COM RAIVAS, ÓDIOS, FRUSTRAÇÕES, DESCONTENTAMENTOS OU MISÉRIAS.

Eu faço parte da Empower Network e dos Lazy Millionaires League – Duas empresas que produzem milionários.

Duas empresas que entregaram esta semana, a mais 38 pessoas, cheques de seis digitos.

E estou à procura de gente que, como eu, queira aprender, trabalhar e mudar a sua vida para sempre.

ESTOU À SUA ESPERA