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A classificação no sistema ABO É o sistema que classifica o sangue humano em quatro tipos: A, B, AB e O. Este sistema foi descoberto em 1900, pelo austríaco Landsteiner, quando misturou com o sangue de certas pessoas com o soro sanguíneo de outras. A determinação do grupo sanguíneo A determinação ocorre da seguinte maneira: 1. As hemácias humanas podem apresentar substâncias químicas denominadas aglutinógenos ou aglutinogênios, que podem ser de dois tipos A e B. 2. Hemácias que apresentarem o aglutinógeno A em suas membranas serão classificadas como sendo do “tipo A”; hemácias com aglutinógeno B serão classificadas como “tipo B”; quando possuírem os dois aglutinógenos ao mesmo tempo, serão classificadas como “tipo AB” e se não possuírem nenhum dos dois, serão chamadas de “tipo O”. A eritroblastose fetal Em populações humanas, o fator Rh tem uma grande importância, pois ele reside no aparecimento em doenças hemofílicas no recém nascido ou eritroblastose fetal. O problema é entre a mãe e o filho; o problema manifesta-se no filho durante a gestação. O fato de existir um feto Rh+ numa gestante Rh- não é condição suficiente para verificar se há doença. Tanto assim que apenas em 1, dentre 20 casos de feto (+) em mãe (-), surge a doença.

A classificação no sistema ABO

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Page 1: A classificação no sistema ABO

A classificação no sistema ABOÉ o sistema que classifica o sangue humano em quatro tipos: A, B, AB e O. Este sistema foi descoberto em 1900, pelo austríaco Landsteiner, quando misturou com o sangue de certas pessoas com o soro sanguíneo de outras.

A determinação do grupo sanguíneo

A determinação ocorre da seguinte maneira: 

1. As hemácias humanas podem apresentar substâncias químicas denominadas aglutinógenos ou

aglutinogênios, que podem ser de dois tipos A e B. 

2. Hemácias que apresentarem o aglutinógeno A em suas membranas serão classificadas como sendo do

“tipo A”; hemácias com aglutinógeno B serão classificadas como “tipo B”; quando possuírem os dois

aglutinógenos ao mesmo tempo, serão classificadas como “tipo AB” e se não possuírem nenhum dos

dois, serão chamadas de “tipo O”. 

A eritroblastose fetal

Em populações humanas, o fator Rh tem uma grande importância, pois ele reside no aparecimento em

doenças hemofílicas no recém nascido ou eritroblastose fetal. 

O problema é entre a mãe e o filho; o problema manifesta-se no filho durante a gestação. 

O fato de existir um feto Rh+ numa gestante Rh- não é condição suficiente para verificar se há doença.

Tanto assim que apenas em 1, dentre 20 casos de feto (+) em mãe (-), surge a doença. 

É indispensável que haja uma ruptura dos capilares da placenta, que permitirá a passagem de pequenas

quantidades de hemácias do feto para a mãe. 

Só quando ocorre essa transfusão placentária pode haver a formação de anticorpos no sangue materno.

Esses anticorpos dissolvidos no plasma materno passam livremente, através da placenta para o feto. 

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O anticorpo é uma hemolisina, isto é, causa a destruição das hemácias. O conteúdo da hemácia é

lançado no sangue, e a hemoglobina é transformada em bilirrubina no fígado. Este pigmento é depositado

em vários tecidos, dando a cor típica amarelo-esverdeada dos indivíduos que sofreram essa alteração

(icterícia do recém-nascido). Devido ao grande número de hemácias destruídas, ocorre anemia. 

Quando a eritroblastose não provoca a morte do indivíduo, ela pode deixar suas marcas (seqüelas) no

sobrevivente, entre as quais certas idiotias e síndromes neurológicas congênitas. 

A eritroblastose fetal pode levar a morte do feto durante ou depois da gestação. 

Ou até mesmo deixar graves seqüelas, pois devido ao grande número de bilirrubina no sangue, são causadas lesões cerebrais, surdez, e deficiência mental. 

Mas já foi descoberta uma substancia, denominada imunoglobulina que é introduzida nas mulheres Rh – logo após o parto do feto Rh+. A imunoglobulina impede a formação de anticorpos, pois ela destrói as hemácias Rh+ procedentes do feto. 

A herança do sistema ABO

As tranfusões de sangue 

No plasma sanguíneo (parte líquida), existem substâncias dissolvidas denominadas aglutininas (que

agem como “anticorpos”) especializadas na destruição por aglutinação de hemácias que, por acaso,

apresentem aglutinogênios estranhos a este organismo. 

As aglutininas podem ser: Anti-A (especializada em “destruir” hemácias tipo A) e Anti-B (especializada em

destruir hemácias tipo B). 

Assim, para que uma transfusão ocorra sem problemas devemos ter: As hemácias (aglutinogênios) do

doador devem ser aceitas pelo plasma (aglutininas) do receptor.

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Transfusões Possíveis: 

Através deste esquema podemos concluir que, como o indivíduo AB não possui aglutinas, ele só pode

doar apenas para um indivíduo do mesmo tipo dele, porém, ele pode receber sangue de todos os tipos,

por isso é chamado de receptor universal. 

O indivíduo do tipo O, que não possuem aglutinogênios, só podem receber sangue do tipo O, porém,

pode doar para todos os tipos de sangue, por isso é chamado de doador universal.

Classificação e herança do fator RHAs aglutinas anti Rh são os anticorpos produzidos pelo organismo. 85% das pessoas possuem nas hemácias um antígeno chamado fator Rh. 

Estas pessoas são Rh+ (positivas). 15% das pessoas não possuem nas hemácias o fator Rh e são Rh- (negativas). 

Este fator é encontrado nas hemácias, ele cumpre as leis da hereditariedade, sendo que o fator Rh positivo é um fator dominante sobre o Rh negativo. 

O fator Rh é determinado por um par de alelos, R e r: R determinando a formação do fator Rh e r determinando a sua não-formação, sendo R dominante sobre r. 

Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN) ou eritroblastose fetal 

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A DHRN pode ocorrer quando: 

O problema é entre a mãe e o filho; o problema manifesta-se no filho durante a gestação. 

O fato de existir um feto Rh+ numa gestante Rh- não é condição suficiente para verificar se há doença. Tanto assim que apenas em 1, dentre 20 casos de feto (+) em mãe (-), surge a doença. 

É indispensável que haja uma ruptura dos capilares da placenta, que permitirá a passagem de pequenas quantidades de hemácias do feto para a mãe. 

Só quando ocorre essa transfusão placentária pode haver a formação de anticorpos no sangue materno. Esses anticorpos dissolvidos no plasma materno passam livremente, através da placenta, para o feto. 

O anticorpo é uma hemolisina, isto é, causa a destruição das hemácias. O conteúdo da hemácia é lançado no sangue, e a hemoglobina é transformada em bilirrubina no fígado. Este pigmento é depositado em vários tecidos, dando a cor típica amarelo-esverdeada dos indivíduos que sofreram essa alteração (icterícia do recém-nascido). Devido ao grande número de hemácias destruídas, ocorre anemia. 

Quando a eritroblastose não provoca a morte do indivíduo, ela pode deixar suas marcas (seqüelas) no sobrevivente, entre as quais certas idiotias e síndromes neurológicas congênitas. 

cromossomos sexuais 

Como já vimos, na espécie humana existem 46 cromossomos distribuídos em 23 pares de homólogos. 

Do par número 1 até o de número 23, temos cromossomos chamados autossomos ou autossômicos, que são absolutamente os mesmos em machos e fêmeas. Porém o par de número 23 representa os cromossomos sexuais onde existe diferença entre o masculino (XY) e o feminino (XX), resultando em diferenças nas manifestações de algumas características entre machos e fêmeas; isso se deve ao fato de entre os cromossomos X e Y ocorrer uma região homóloga (igual), onde há correspondência de genes(alelos), e uma região não homóloga, onde existem genes não alelos. 

Sendo assim, podemos observar casos onde a característica é exclusiva de um determinado sexo, e casos onde a característica é observada em ambos os sexos, porém com uma diferença na freqüência de manifestação. 

1) Herança holândrica ou restrita ao sexo ou ligada ao Y – Os genes para o caráter localizam-se na região não homóloga do cromossomo Y. 

Os chamados genes holândricos são exclusivos do cromossomo Y. Tais genes só ocorrem nos indivíduos de sexo masculino e passam de geração a geração, sempre pela linhagem masculina. Atuando em dose simples, os genes holândricos nunca apresentam relação de dominância ou de recessividade. 

Como exemplo, no homem, citemos o responsável pela hipertricose: presença de pêlos longos nas orelhas

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O fator RHO fator Rh foi descoberto em 1940, depois dos estudos de dois pesquisadores. Nesta pesquisa foi retirado o sangue de um macaco e injetado em cobaias. 

Após a pesquisa, foi concluído que, ao injetar o sangue do macaco, o organismo das cobaias reagia produzindo anticorpos, pois aquele sangue era uma substância desconhecida pelo organismo. 

Os anticorpos produzidos pelas cobaias são chamados de anti Rh, pois no sangue do macaco havia um antígeno denominado fator Rh. 

Sistema ABO

 É o sistema que classifica o sangue humano em quatro tipos: A, B, AB e O. Este sistema foi descoberto

em 1900, pelo austríaco Landsteiner.

genética do ABO – É um caso de alelos múltiplos em que atuam três genes: Ia, Ib e i. A relação de

dominância é: IA = IB, IA > i e IB > i. 

A determinação ocorre da seguinte maneira: 

1. As hemácias humanas podem apresentar substâncias químicas denominadas aglutinógenos ou

aglutinogênios, que podem ser de dois tipos A e B. 

2. Hemácias que apresentarem o aglutinógeno A em suas membranas serão classificadas como sendo do

“tipo A”; hemácias com aglutinógeno B serão classificadas como “tipo B”; quando possuírem os dois

aglutinógenos ao mesmo tempo serão classificadas como “tipo AB”, e se não possuírem nenhum dos

dois, serão chamadas de “tipo O”. 

Por que algumas transfusões causam problemas? 

A resposta é simples. No plasma sanguineo (parte líquida), existem substâncias dissolvidas denominadas

aglutininas (que agem como “anticorpos”) especializadas na destruição por aglutinação de hemácias que,

por acaso, apresentem aglutinógenos estranhos a este organismo. 

As aglutininas podem ser: Anti-A (especializada em “destruir” hemácias tipo A) e Anti-B (especializada em

destruir hemácias tipo B). 

Assim, para que uma transfusão ocorra sem problemas devemos ter: 

As hemácias (aglutinógenos) do doador devem ser aceitas pelo plasma (aglutininas) do receptor.

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O sistema MN

No ano de 1927, Landsteiner e Levine descobriram dois novos antígenos presentes no sangue humano.

Estes antígenos são o M e o N. 

Alguns indivíduos apresentam os dois antígenos, alguns apresentam somente o M, e outros somente o

N. 

Não há restrições em transfusões de sangue, pois o sangue humano não possui anti M e anti N. 

Não há relação de dominância ou recessividade entre estes dois antígenos. Há somente uma herança

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determinada por dois genes alelos co-dominante: Lm e Ln. 

As plaquetas são células do sangue, responsáveis pela coagulação do mesmo. 

Elas são produzidas pela através da medula óssea, protegendo o ser humano de sangramento e hemorragias. 

Uma pessoa com problemas na medula óssea, ou com alguma doença, como leucemia, câncer, anemiaaplástica, que prejudica a produção de plaquetas, ou que fazem ipedloucura1de quimioterapia ou radioterapia, corre perigo de ter hemorragias incontroláveis, que se não for feita uma transfusão, pode ocasionar a morte. 

Essas pessoas que apresentam complicações na produção de plaquetas precisam receber transfusões frequentemente, até que o organismo volte a funcionar normalmente, fabricando suas plaquetas

Tipagem Sanguínea

1.º) Coloca-se numa lâmina de microscopia, lado a lado, uma gota de soro anti-A e outra de soro anti-B. 

2.º) Sobre cada gota de soro coloca-se uma gota do sangue a ser identificado. Observando-se o

resultado, temos: 

a) Se não houver aglutinação em nenhum dos lados, o sangue em exame é do grupo O. 

b) Se houver aglutinação nos dois lados, o sangue é do grupo AB. 

c) Se houver aglutinação somente com o soro anti-A, o sangue é do grupo A. 

d) Se aglutinar somente com o soro anti-B, o sangue é do grupo B. 

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fator rh (Rhesus) ou Fator D – 85% das pessoas possuem nas hemácias um antígeno chamado fator

Rh. Estas pessoas são Rh+ (positivas). 15% das pessoas não possuem nas hemácias o fator Rh e são

Rh- (negativas). 

Mecanismo genético – O fator Rh é determinado por um par de alelos, R e r: R determinando a

formação do fator Rh e r determinando a sua não-formação, sendo R dominante sobre r. 

Transfusões – O único caso em que há problemas ocorre quando o doador é Rh+ e o receptor é Rh-,

tendo o último já recebido anteriormente uma transfusão de sangue Rh+, estando, por isso, sensibilizado.http://www.colegioweb.com.br/biologia/grupos-sanguineos.html