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A Comuna de Paris A Comuna de Paris foi o primeiro governo operário da história, fundado em 1871 na capital francesa por ocasião da resistência popular ante a invasão por parte do Reino da Prssia! "m semanas, a rec#m nomeada Comuna de Paris introdu$iu mais reformas do %ue todos os governos nos dois s#culos anteriores com&inados' 1 ( ) tra&alho noturno foi a&olido* + ( )cinas %ue estavam fechadas foram rea&ertas para %ue cooperativas fossem instaladas* - ( Residências va$ias foram desapropriadas e ocupadas* . ( "m cada residência ocial foi instalado um comitê para organi$ar a ocupa/ão de moradias* 0 ( odas os descontos em salário foram a&olidos* 2 ( A 3ornada de tra&alho foi redu$ida, e chegou(se a p ropor a 3ornada de oito horas* 7 ( )s sindicatos foram legali$ados* 8 ( 4nstituiu(se a igualdade entre os se5os* 6 ( Pro3etou(se a autogestão das fá&ricas mas não foi possvel implantá(la9* 1: ( ) monopólio da lei pelos advogados, o 3uramento 3udicial e os honorários foram a&olidos* 11 ( estamentos, ado/;es e a contrata/ão de advogados se tornaram gratuitos* 1+ ( ) casamento se tornou gratuito e simplicado* 1- ( A pena de morte foi a&olida* 1. ( ) cargo de 3ui$ se tornou eletivo* 10 ( ) calendário revolucionário foi novamente adotado* 12 ( ) "stado e a 4gre3a foram separados* a 4gre3a dei5ou de ser su&vencionada pelo "stado e os espólios sem herdeiros passaram a ser conscados pelo "stado* 17 ( A educa/ão se tornou gratuita, secular, e compulsória! "scolas noturnas foram criadas e todas as escolas passaram a ser de se5o misto* 18 ( 4magens santas foram derretidas e sociedades de discussão foram adotadas nas 4gre3as*

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A Comuna de Paris

A Comuna de Paris foi o primeiro governo operário da história, fundado em1871 na capital francesa por ocasião da resistência popular ante a invasãopor parte do Reino da Prssia!

"m semanas, a rec#m nomeada Comuna de Paris introdu$iu mais reformasdo %ue todos os governos nos dois s#culos anteriores com&inados'

1 ( ) tra&alho noturno foi a&olido*

+ ( )cinas %ue estavam fechadas foram rea&ertas para %ue cooperativasfossem instaladas*

- ( Residências va$ias foram desapropriadas e ocupadas*

. ( "m cada residência ocial foi instalado um comitê para organi$ar a

ocupa/ão de moradias*

0 ( odas os descontos em salário foram a&olidos*

2 ( A 3ornada de tra&alho foi redu$ida, e chegou(se a propor a 3ornada deoito horas*

7 ( )s sindicatos foram legali$ados*

8 ( 4nstituiu(se a igualdade entre os se5os*

6 ( Pro3etou(se a autogestão das fá&ricas mas não foi possvel implantá(la9*

1: ( ) monopólio da lei pelos advogados, o 3uramento 3udicial e oshonorários foram a&olidos*

11 ( estamentos, ado/;es e a contrata/ão de advogados se tornaramgratuitos*

1+ ( ) casamento se tornou gratuito e simplicado*

1- ( A pena de morte foi a&olida*

1. ( ) cargo de 3ui$ se tornou eletivo*10 ( ) calendário revolucionário foi novamente adotado*

12 ( ) "stado e a 4gre3a foram separados* a 4gre3a dei5ou de sersu&vencionada pelo "stado e os espólios sem herdeiros passaram a serconscados pelo "stado*

17 ( A educa/ão se tornou gratuita, secular, e compulsória! "scolas noturnasforam criadas e todas as escolas passaram a ser de se5o misto*

18 ( 4magens santas foram derretidas e sociedades de discussão foram

adotadas nas 4gre3as*

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16 ( A 4gre3a de <rea, erguida em memória de um dos homens envolvidos narepressão da Revolu/ão de 18.8, foi demolida! ) confessionário de =us >?4e a coluna ?end@me tam&#m*

+: ( A <andeira ?ermelha foi adotada como sm&olo da nidade Bederal da

umanidade*

+1 ( ) internacionalismo foi posto em prática' o fato de ser estrangeiro setornou irrelevante! )s integrantes da Comuna incluam &elgas, italianos,poloneses, hngaros*

4nstituiu(se um escritório central de imprensa*

++ ( "mitiu(se um apelo D Associa/ão 4nternacional dos ra&alhadores*

+- ( ) servi/o militar o&rigatório e o e5#rcito regular foram a&olidos*

+. ( odas as nan/as foram reorgani$adas, incluindo os correios, aassistência p&lica e os tel#grafos*

+0 ( avia um plano para a rota/ão de tra&alhadores*

+2 ( Considerou(se instituir uma "scola Eacional de Fervi/o P&lico, da %uala atual "EA francesa # uma cópia*

+7 ( )s artistas passaram a autogestionar os teatros e editoras*

+8 ( ) salário dos professores foi duplicado!

A revolu/ão, %ue derru&ou a monar%uia e proclamou a Rep&lica, ocorreu nonal do s#culo 18, em 1786, %uando a aristocracia, como classe, estava emagonia! ma nova classe social estava se desenvolvendo poderosamente' a&urguesia! ) perodo das Grandes Eavega/;es, o com#rcio em ascensão, oincio da industriali$a/ão, estavam concentrando as ri%ue$as nas mãos depessoas não pertencentes D no&re$a e ao clero!

At# então dominavam tudo, os reis, no&res e padres, %ue viviam as custasde uma ordem econ@mica chamada feudalismo!

) feudalismo se &aseava no domnio de um feudo uma região9 por umno&re, onde o povo tra&alhador não tinha praticamente direito algum!Apenas o&edecia! odo o poder se concentrava nas mãos do rei, %ue com aa3uda da igre3a perpetuava seu domnio!

Eo entanto este domnio come/ou a declinar e a entrar em crise na mesmamedida em %ue a &urguesia se desenvolvia e concentrava em suas mãos,mais e mais, a ri%ue$a produ$ida pela sociedade! A maneira encontradapela monar%uia para manter seus privil#gios era e5plorar ainda mais apopula/ão! " en%uanto o povo afundava na mis#ria, o clero e a no&re$aes&an3avam e viviam cercados de privil#gios! Como sempre, para garantir

esta situa/ão os governos se &aseavam na violência para reprimir are&eldia, para reprimir a luta pela independência e pela li&erdade!

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Has a tirania estava no seu limite!

"m 1786, o povo de Paris em armas se insurge contra a ordem esta&elecidae p;e m D monar%uia! A tomada da <astilha marcou esta autênticarevolu/ão %ue encerrou um captulo da história! Boi proclamada a Rep&lica

&urguesa, capitalista!

"sta revolu/ão popular aca&ou com a tirania a&solutista e levou ao poderuma nova classe, a &urguesia, %ue prometia =i&erdade, 4gualdade eBraternidade!

Has não tardou para %ue a nova classe dominante se distanciasse do povo ese organi$asse contra ele!

) povo %ue derru&ou a monar%uia %ueria uma Rep&lica Focial! A&urguesia, entretanto, só %ueria organi$ar melhor os seus negócios e por

isso precisava de um regime seu, de um governo próprio!Has, o povo %ueria sair da mis#ria!

m impasse se instala! ) povo %uer avan/ar, %uer ir mais longe do %ue%uerem os &urgueses! Para resolver a situa/ão a &urguesia instala umregime forte capa$ de controlar o povo e permitir %ue seus negócios see5pandam! I o governo de Eapoleão <onaparte!

Has, nenhum regime poderia li%uidar os dese3os li&ertários do povotra&alhador, tão fortalecido durante a revolu/ão de 1786! A luta entre a

&urguesia e o povo se desenvolve e se torna aguda! Eovas insurrei/;es,novas revolu/;es, virão! Has, as revolu/;es agora serão de outro tipo! Ferãorevolu/;es %ue &uscam aca&ar com toda a opressão e e5plora/ão

A Classe )perária "ntra em Cena

Eapoleão no poder, empreende uma s#rie de guerras de con%uista com oo&3etivo de ampliar o poderio econ@mico francês e li%uidar as economiasfeudais concorrentes! "ra preciso reorgani$ar toda a economia europ#iasegundo os interesses da &urguesia!

I nesta #poca %ue se inicia o %ue se chamou de revolu/ão industrial, %uedestrói o antigo sistema artesanal de produ/ão e o su&stitui pelo sistemaindustrial com o uso da má%uina!

Eas grandes cidades, como =ondres e Paris, desenvolvem(se grandesindustrias empregando milhares de operários! "stes operários tra&alhavamde 12 a 18 horas por dia, em condi/;es insalu&res, com salários miseráveise nenhuma seguran/a! "ra comum os operários morrerem so&re asmá%uinas!

Eesta #poca não e5iste diferen/a entre o homem tra&alhador, o miserável e

o criminoso!

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A luta contra estas condi/;es de vida e tra&alho levam assim a muitosconJitos a&ertos entre os tra&alhadores e os poderosos!

Boi a #poca das lutas de &arricadas nas ruas, das primeiras insurrei/;esoperárias em &usca de emancipa/ão!

"m 18.8, os operários de Paris tentam pela primeira ve$ tomar o poder esão massacrados sem piedade! Has isto os prepara para acontecimentosainda maiores! Acontecimentos %ue honrarão para sempre a classe operáriada Bran/a!

A Prepara/ão para a Comuna

Paris, no come/o do s#culo 16 era uma cidade populosa e o povo muitopo&re!

Residiam em casas minsculas, apertados em ruas su3as, sem nenhumconforto, faltando comida! )s %ue viam Paris olhavam para a%uela multidãoe viam o desespero e a revolta, %ue se tornava cada dia mais evidente eiminente!

Eeste momento o "5#rcito prussiano marcha so&re a Bran/a! Avan/amdestro/ando o e5#rcito regular francês e tomando %uase todo o território dopas!

At# mesmo o governante frances, Eapoleão 444, # feito prisioneiro!

Boi então %ue, com o governo francês em pKnico, mais de +:: miltra&alhadores de Paris rece&eram armas e passaram a fa$er parte daGuarda Eacional! "ste fato in#dito, o povo em armas, mudaria o rumo dosacontecimentos!

A agita/ão se desenvolve em Paris cercada e # proclamada a Rep&lica emsetem&ro de l87:!

)s repu&licanos da ordem, repu&licanos &urgueses, passam a comandar umGoverno de Lefesa Eacional! Has &uscam um acordo com <ismarcM, ogovernante da Prssia, %ue encerrasse a guerra! ) governo de Lefesa

Eacional decide dissolver(se e convoca elei/;es para uma Assem&l#iaEacional %ue rmasse a pa$! ) acordo rmado anal com <ismarcM prevê opagamento de pesadas indeni$a/;es territoriais e nanceiras, %ueo&viamente recairiam so&re as costas do povo francês!

"m Paris, a Guarda Eacional armada rece&e tal noticia de rendi/ão comouma trai/ão! " recusa(se a entregar as suas armas!

A elei/ão da Assem&l#ia Eacional # reali$ada e são eleitos representantesde todas as posi/;es polticas* monar%uistas, repu&licanos, revolucionários,etc!, mas são os reacionários %ue a dominam glo&almente! oda a &urguesia

%uer desarmar os operários de Paris, e conspirando com <ismarcM contraseu próprio povo, transfere a Assem&l#ia Eacional para ?ersalhes! ) centro

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reacionário desloca(se assim para fora da cidade armada en%uanto preparao massacre do povo! Com isso a Guarda Eacional tornou(se denitivamenteoperária!

) Assalto aos C#us

A Comuna surgiu espontaneamente, ningu#m a preparou consciente,metódicamente!

A guerra infeli$ com a Alemanha* os sofrimentos do cerco pelo e5#rcitoinimigo, o desemprego do proletariado e a runa da pe%uena(&urguesia* aindigna/ão das massas contra as classes dominantes e as autoridades %uehaviam dado provas de uma incapacidade a&soluta* uma surdaefervescência no seio da classe operária descontente com a situa/ão eansiosa de um novo regime social, a composi/ão reacionária da Assem&l#iaEacional %ue fa$ia temer pelos destinos da Repu&lica, outros fatores se

con3ugavam para impelir a popula/ão de Paris D revolu/ão! " foi a revolu/ão%ue p@s, inesperadamente, o poder nas mãos da Guarda Eacional, da classeoperária e da pe%uena &urguesia %ue se colocara ao seu lado!

Boi um acontecimento histórico sem precedentes! At# então o poder estava,em geral, nas mãos dos latifundiários, dos no&res, do clero, e doscapitalistas ou melhor, nas mãos de seus homens de conan/a, a%ueles %ueconstituam seus governos!

Lepois da insurrei/ão de 18 de mar/o, %uando o governo de hiers fugiu deParis com suas tropas, seus funcionários e sua polcia, o povo cou dono da

situa/ão e o poder passou Ds mãos do proletariado! A Guarda Eacionalconvoca elei/;es para a Comuna de Paris e ela # proclamada em +8 demarco de 1871! Apesar da guerra, do cerco, e de ?ersalhes, a cidade # umafesta!

A Comuna, a principio, foi um movimento e5tremamente confuso eheterogêneo! A ele, aderiram tam&#m os patriotas na esperan/a de %ue aComuna retomasse a guerra contra os alemães e a levasse a &om termo!Apoiaram(na igualmente os pe%uenos comerciantes amea/ados de runa seo pagamento das =etras e das rendas não fosse suspenso o %ue o governo

recusara a Comuna concedeu9!Por ultimo tam&#m os repu&licanossimpati$aram de incio com a Comuna, temendo %ue a reacionáriaAssem&#ia Eacional resta&elecesse a monar%uia! Contudo o papelfundamental no movimento foi desempenhado pelos operários!

Fó os operários permaneceram #is D Comuna at# o m! )s repu&licanos&urgueses e a pe%uena &urguesia desligaram(se &em cedo* uns assustadoscom o caráter proletário, socialista e revolucionário do movimento, outros%uando viram condenado D derrota

Apenas os proletários apoiaram sem medo e sem desKnimo o seu governo,

só eles com&ateram e morreram por ele, isto #, pela emancipa/ão da classeoperária, p:or um futuro sem opressão e e5plora/ão!

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Pois a Comuna teve %ue reconhecer, desde logo, %ue a classe operária umave$ chegada D domina/ão não podia continuar a administrar com a velhama%uina do "stado! "ra preciso, para não perder o %ue se tinhacon%uistado, eliminar a velha ma%uinaria de opressão at# ai utili$ada contraa classe operária e esta&elecer a sua própria! 4sto foi feito elegendo um

governo e representantes revogáveis a %ual%uer momento, constituindo umgoverno %ue fosse ao mesmo tempo legislativo e e5ecutivo, com o mnimode &urocracia!

Has na sociedade moderna o proletariado economicamente su&metido D&urguesia não pode dominar politicamente se não romper as cadeias %ue oprendem ao capital! La %ue o movimento da Comuna procurou destruir as&ases de domnio da &urguesia adotando medidas como o decreto pelo %ualtodas as fá&ricas e ocinas a&andonadas ou paralisadas pelos proprietárioseram entregues Ds cooperativas operárias!

" para su&linhar o seu próprio caráter autenticamente democrático,proletário, a comuna decidiu %ue a remunera/ão de todos os funcionários daadministra/ão e do governo não fosse superior ao salário de um operário!

) governo da Comuna # constitudo de delegados escolhidos nos diversos&airros de Paris !Assim %uase 7: delegados formavam ao mesmo tempoe5ecutivo e legislativo da comuna!

" este governo operário, apesar das condi/;es tão desfavoráveis e da&revidade da sua e5istência chegou a tomar algumas medidas %ue mostram

&em o seu verdadeiro sentido e o&3etivos!A Comuna su&stituiu o e5#rcito permanente, pelo armamento geral do povo,proclamou a separa/ão da 4gre3a e do "stado, declarou educa/ão p&lica egratuita, proi&iu o tra&alho noturno e o sistema de multas %ue era aplicadoaos operários foi a&olido!

Fão a&olidas todas as antigas autoridades, como 3u$es tri&unais, cKmaramunicipal, a policia, etc! Eo lugar das antigas autoridades esta&elece(se agestão popular de todos os meios de vida coletiva, &em como # decretadocomo gratuito tudo o necessário D so&revivência, assim como os servi/os

p&licos! Fão e5propriados os solos em geral e então são comuni$ados! Aha&ita/ão # um direito de todos e portanto residências secundárias nãoutili$adas são ocupadas! rens, metros, e os outros meios de transporte sãogratuitos! As ruas são propriedades dos pedestres e os veculos só podemser usados nas regi;es perif#ricas da cidade! ) tempo de tra&alho devediminuir e os parasitas tem %ue ser com&atidos! "sta&elece(se aaposentadoria aos 00 de idade !A escola autoritária # a&olida e osestudantes podem decidir o %ue vão aprender! I proclamada a igualdadeentre o homem e a mulher !I proclamado o direito ao a&orto, D anti(concep/ão e D livre informa/ão se5ual! I a&olida a pena de morte e

declarada a anistia geral, o m de toda censura se3a de ordem poltica moral

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ou religiosa! " dissolvida a polcia e em seu lugar são criadas milciaspopulares nos &airros com homens e mulheres voluntários!

A Comuna # 4nternacional

A Comuna despertou a solidariedade internacional dos tra&alhadores deforma viva! A luta dos operários franceses foi saudada em todos os lugarescom manifesta/;es de apoio!

A Associa/ão 4nternacional dos ra&alhadores organi$ou uma intensacampanha de solidariedade com o o&3etivo de destruir o muro de calnias%ue a &urguesia levantava contra o povo de Paris! Ea 4nglaterra, <#lgica,Alemanha, Fu/a e outros pases, assem&leias e atos p&licos foramreali$ados! A classe operária mostrava %ue era internacional e %ue sua lutaera a mesma em todos os lugares!

A Lerrota da Comuna odas as medidas tomadas pela Comuna mostram %ue ela constitui umaamea/a mortal para o velho mundo fundado na opressão e e5plora/ão! "is ara$ão pela %ual a sociedade &urguesa não podia dormir tran%uilamenteen%uanto a &andeira vermelha do proletariado francês Jutuasse na cKmaramunicipal de Paris!

A &urguesia francesa alia(se a <ismarcM contra a Paris revolucionária,a&ertamente! ) e5ercito alemão li&erta 1:: mil prisioneiros para %ue se3amreorgani$ados para marchar so&re os revolucionários! "m +1 de maio as

tropas do governo &urguês de ?ersalhes atacam Paris! )s com&ates duramsete dias! "m +8 de maio a cidade estava &anhada em sangue!

Apesar de toda a vontade e determina/ão de defender sua Comuna o povoparisiense não tem prepara/ão militar para isso! A Guarda Eacional #composta por voluntários, homens e mulheres %ue dão a vida nas&arricadas!

) e5#rcito de ?ersalhes avan/a pouco a pouco destruindo &arricadas, casas,constru/;es! )s prisioneiros são sistematicamente fu$ilados!

" %uando por m as for/as governamentais organi$adas conseguiramdominar as for/as mal organi$adas da revolu/ão, os generais &onapartistas,%ue se renderam aos alemães, mas valentes contra seus compatriotasvencidos, $eram uma carnicina como Paris 3amais vira!

Boram massacrados .:!::: parisienses, perto de .0!::: foram presossendo uma parte e5ecutada e outra desterrada ou enviada para tra&alhosfor/ados! Eo total Paris perdeu 1::!::: de seus lhos, e entre eles osmelhores operários de todas as pross;es!

A &urguesia de toda a "uropa e5ultava! Aca&ou(se com o socialismo por

muito tempo, di$iam!

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A Comuna Eão Horreu

Eem seis anos se passaram do esmagamento da Comuna e 3á na Bran/arenascia o movimento operário! A nova gera/ão socialista enri%uecida pelae5periência e de maneira nenhuma desencora3ada pela derrota, apoderou(

se da &andeira cada das mãos dos com&atentes da Comuna e levou(a paraa frente com rme$a e audácia aos gritos de N?iva a Revolu/ão FocialN,N?iva a ComunaON!

Eove ou de$ anos após o esmagamento da Comuna o surgimento de umnovo partido operário e a agita/ão %ue ele desencadeava no pas o&rigaramas classes dominantes a p@r em li&erdade os NComunardsN presos!

A eran/a da Comuna de Paris

A memória dos com&atentes da Comuna não # apenas venerada pelos

tra&alhadores franceses mas tam&#m pelos tra&alhadores de todo o mundo,por%ue a comuna não lutou por um o&3etivo local ou estritamente nacional,mas pela emancipa/ão da umanidade, de todos os humilhados ee5plorados!

Com&atente de vanguarda da revolu/ão social a Comuna # amada onde%uer %ue o proletariado sofra e lute!

A imagem da vida e da morte do governo operário %ue con%uistou e retevedurante mais de + meses a capital do mundo, o espetáculo da luta heroicado proletariado e dos sofrimentos após a derrota, tudo isso levantou a moral

de milh;es de operários, fe$ renascer as suas esperan/as e ganhou para osocialismo as suas simpatias! Por isso a o&ra da Comuna não morreu, elacontinua viva em cada um de nós!

A causa da Comuna # a causa da revolu/ão social, # a causa da totalemancipa/ão poltica e econ@mica dos tra&alhadores, # a causa doproletariado mundial! " neste sentido # imortal!

) Governo dos Conselhos, cria/ão da Comuna, %ue reapareceria na Rssiarevolucionária em 16:0, e depois em 1617, # uma con%uista da classeoperária de todo o mundo! ) ri&om&ar dos canh;es de Paris despertou de

seu sono profundo as camadas mais atrasadas do proletariado , e deu portoda parte um impulso D propaganda socialista revolucionária!

August <e&el, deputado revolucionário alemão, no auge do massacre daComuna declarou no parlamento!

NHeus senhoresO Por mais condenáveis %ue possam ser aos vossos olhos asaspira/;es da Comuna podeis estar rmemente certos de %ue todo oproletariado europeu e todos os %ue levam ainda no peito um sentimentopela li&erdade e a independência olham para Paris!!!

!!!" mesmo %ue neste momento Paris este3a sendo esmagada recordo(vos%ue!!!o principal, na "uropa, ainda está por vir e %ue antes de passarem

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algumas d#cadas o grito de com&ate do proletariado parisiense ( NGuerraaos Palácios, Pa$ as Choupanas, A&ai5o a His#ria e a )ciosidadeON ( setornará o grito de com&ate de todo o proletariado europeuON

"ste, ho3e, # o grito de guerra dos tra&alhadores de todo o mundo! Eo <rasil,

na ?ene$uela, no "gito e na unsia, na Gr#cia, na "spanha e na Bran/a, emtodos os lugares a &andeira vermelha da Comuna Jutua nas mãos dosrevolucionários!

Proletários de todo o mundo, uni(vosO

A Comuna ?iveO

Bonte'

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Hateriais indicados'

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