43
A Unificação Alemã

A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

Embed Size (px)

DESCRIPTION

A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

Citation preview

Page 1: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

Page 2: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• No final do século XIX, Itália e Alemanha, regiões européias politicamente fragmentadas em reinos e principados, obtiveram a centralização do poder político com a consequente formação das suas monarquias nacionais.

Page 3: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• A liderança no processo unificador coube, em ambos os casos, a forças liberais-capitalistas de Piemonte-Sardenha e Prússia, respectivamente.

Page 4: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• Em meados do século passado, a Alemanha não passava de um punhado de Estados independentes (38 no total), reunidos sob a denominação de Confederação Germânica.

Page 5: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• O mais poderoso deles era a Áustria (absolutista e de economia agrária), mas que começava a sofrer a concorrência da Prússia (dinâmica economia comercial e industrial).

Page 6: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• Esta desejava unificar politicamente a Alemanha com o objetivo de integrar e fortalecer o mercado consumidor interno de gêneros manufaturados, o que a beneficiaria do ponto de vista econômico e político.

Page 7: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• O Zollverein, união aduaneira dos Estados alemães instituída em 1834, foi o primeiro passo no sentido da unificação, na medida em que propiciou considerável desenvolvimento econômico da Prússia, acentuando, ainda mais, a rivalidade da Áustria que havia ficado de fora.

Page 8: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã• Em 1848, animados pelos

movimentos liberais-nacionalistas que ocorriam em diversas partes da Europa (sobretudo na França), os nacionalistas alemães também se manifestaram: insurreições populares derrubaram o governo do então Primeiro-Ministro, Matternich, conservador ligado ao absolutismo, e incitaram lutas nacionalistas contra o domínio austríaco (tchecos, húngaros, italianos, croatas).

Page 9: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• A reação austríaca foi, no entanto, eficaz e sufocou tais movimentos.

• Na Prússia, porém, a revolução triunfou e foi instituída uma monarquia parlamentar.

Page 10: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• A supremacia austríaca sobre a Confederação entrou em colapso quando Otto von Bismarck tornou-se Primeiro-Ministro da Prússia (1862).

Page 11: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

• Membro da aristocracia alemã e também favorável a uma monarquia centralizada, Bismarck realizou uma política de aliança dos junkers (grandes proprietários e aristocratas) com a alta burguesia,

A Unificação Alemã

Page 12: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

• Chanceler de Ferro• Apostando sempre

numa política de força (dita de Sangue e Ferro), moldando assim o novo Estado alemão dentro da blindagem do antigo sistema autoritário prussiano.

A Unificação Alemã

Page 13: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

• "Os problemas de hoje não se decidem com discurso, nem tampouco com o voto das maiorias. Esse foi o grande erro de 1848 e 1849. Decidem-se com ferro e sangue".

A Unificação Alemã

Page 14: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

• Presidiu o Congresso de Berlim de 1878

• Moldou uma aliança com a Áustria-Hungria

• instituiu um sistema de previdência social apoio de amplos setores operários.

• Criou um complexo sistema de alianças, destinado a conseguir o isolamento internacional da França e a realçar o papel da Alemanha.

• Morreu em Friedrichsruh, perto de Hamburgo, em 30 de julho de 1898.

A Unificação Alemã

Page 15: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

• "Existem filósofos alemães? Existem escritores alemães? Existem bons livros alemães? Fazem-me esta pergunta no estrangeiro. Ruborizo-me! mas com toda a delicadeza que sou capaz nestas situações delicadas, eu respondo:- Sim! Bismarck!"

• F. Nietzsche - Götzendämmerung, 1888

A Unificação Alemã

Page 16: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

Otto Von Bismarck Richard Wagner e Nietzsche: um encontro histórico?

Page 17: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã• A ele deve-se atribuir o

sucesso da luta unificadora alemã:

• investiu na reorganização e modernização do exército de seu país, constatando que somente a vitória militar poderia neutralizar a resistência austríaca à centralização política.

• Em pouco tempo, o exército da Prússia tornou-se um dos mais poderosos da Europa.

Page 18: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• A primeira oportunidade que Bismarck teve para testar seu poderio militar ocorreu em 1864, na Guerra dos Ducados contra a Dinamarca.

Page 19: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• Esta recebera, por decisão do Congresso de Viena, duas regiões de população majoritariamente alemã - Holstein e Schleswig - que a Prússia decidiu incorporar.

• Bismarck invadiu os ducados, recebeu o apoio da Áustria, e, em pouco tempo, venceu a guerra.

Page 20: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• As divergências acerca da partilha dos territórios anexados entre Prússia e Áustria motivaram um conflito entre ambas que eclodiu em 1866.

Page 21: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• Mais uma vez, Bismarck tinha a oportunidade de experimentar sua força militar.

• A guerra Austro-Prussiana, também conhecida como Guerra das Sete Semanas, foi vencida com facilidade pelo exército prussiano, que impôs uma derrota humilhante aos austríacos.

Page 22: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• Após esse conflito, nasceu a Confederação Germânica do Norte , conjunto de Estados que se uniram sob a liderança da Prússia.

• Trata-se do embrião do futuro Estado alemão.

As conseqüências da Guerra Austro-prussiana: a Prússia (azul escuro) e seus aliados (azul) contra a Áustria (vermelho) e seus aliados (rosa); membros neutros da Confederação Germânica estão em verde; os ganhos territoriais prussianos após o conflito estão em azul claro.

Page 23: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• Outro obstáculo à tarefa centralizadora de Bismarck era a resistência de Napoleão III que temia que a unificação alemã fizesse com que aquele país despontasse como potência européia, rompendo o equilíbrio de poder no continente.

• Vencer militarmente a França era condição essencial para a unificação alemã.

Page 24: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• Dessa forma, Bismarck, forjou uma situação que levou o imperador francês a declarar guerra à Prússia.

• Em 1869, o trono espanhol ficou vago, cabendo a coroa a um primo do kaiser Guilherme I, rei da Prússia.

Page 25: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• Napoleão vetou a indicação do nome de Leopoldo Hohenzollern para a sucessão espanhola, acusando a Prússia de estar tentando cercar a França.

Page 26: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• Para precipitar um conflito entre França e Prússia, Bismarck alterou o texto de um despacho de Guilherme I ao embaixador francês.

Emser Depesche

Page 27: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

Despacho de Ems

• O despacho de Ems (em alemão Emser Depesche) é um documento histórico.

• Foi o telegrama que relatava o encontro, em 13 de Julho de 1870 entre o Rei da Prússia Guilherme I e o embaixador da França na Prússia em Bad Ems no rio Lahn, perto de Koblenz, na altura pertencente à Prússia.

Page 28: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

Despacho de Ems• Este telegrama foi encurtado

por Bismark, de forma tal que o tornava uma afronta aos franceses, provocando a declaração de Guerra da França à Prússia em 19 de Julho de 1870, como desejado por Bismark para concluir a unificação de seu país.

• Esse evento é denominado de "a maior falsificação da História“

Page 29: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• Tomado como insulto à França, foi a causa imediata da declaração de guerra de Napoleão III.

Page 30: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• A Prússia, mais uma vez, venceu facilmente o conflito com a França e impôs-lhe uma derrota humilhante:

• Batalha de Sedan

Page 31: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• Os franceses tiveram que assistir à conclusão da unificação da Alemanha, com a coroação do kaiser Guilherme I, em seu próprio país.

• Guilherme foi coroado imperador da Alemanha na Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes, fundando assim o Segundo Reich Alemão.

Page 32: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS
Page 33: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

• Tratado de Frankfurt• A França teve que:• pagar uma enorme

indenização • entregar os ricos

territórios da Alsácia e da Lorena aos alemães

A Unificação Alemã

Page 34: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• Dentre as conseqüências da unificação política alemã, destaca-se o rompimento do equilíbrio europeu, passando a Alemanha a figurar enquanto potência econômica e política.

Page 35: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Unificação Alemã

• Ao mesmo tempo, nota-se a emergência de um forte sentimento revanchista entre os franceses, devido à humilhante derrota na guerra Franco-Prussiana, um dos elementos que, em 1914, faria eclodir a Primeira Guerra Mundial.

Page 36: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Comuna de Paris

• A Comuna de Paris foi o primeiro governo operário da história, fundado em 1871 na capital francesa por ocasião da resistência popular ante a invasão alemã.

Page 37: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Comuna de Paris• A Comuna de Paris - veio no

bojo da insurreição popular de 18 de março de 1871.

• Durante a guerra franco-prussiana, as províncias francesas elegeram para a Assembléia Nacional uma maioria de deputados monarquistas francamente favorável à capitulação ante a Prússia.

• A população de Paris, no entanto, opunha-se a essa política.

Page 38: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Comuna de Paris• Thiers, elevado à chefia do

Gabinete conservador, tentou esmagar os insurretos.

• Estes, porém, com o apoio da Guarda Nacional, derrotaram as forças legalistas, obrigando os membros do governo a abandonar precipitadamente a capital francesa, onde o comitê central da Guarda Nacional passou a exercer sua autoridade.

Page 39: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Comuna de Paris

• A Comuna de Paris - considerada a primeira República Proletária da história - adotou uma política de caráter socialista, baseada nos princípios da Primeira Internacional.

Page 40: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Comuna de Paris

• O governo durou oficialmente de 26 de março a 28 de maio, enfrentando não só o invasor alemão como também tropas francesas, pois a Comuna era um movimento de revolta ante o armistício assinado pelo governo nacional (transferido para Versalhes) após a derrota na Guerra Franco-Prussiana.

Page 41: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Comuna de Paris

• O poder comunal manteve-se durante cerca de quarenta dias. Seu esmagamento revestiu-se de extrema crueldade.

• Mais de 20 000 communards foram executados pelas forças de Thiers.

Page 42: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

A Comuna de Paris

• Os alemães tiveram ainda que libertar militares franceses feitos prisioneiros de guerra, para auxiliar na tomada de Paris.

Page 43: A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E A COMUNA DE PARIS

• A experiência da Comuna durou pouco.

• As tropas que lutaram contra a Prússia retornaram à sede do governo e a reação foi organizada.

• Os prussianos acabaram por colaborar com o exército francês na repressão aos rebeldes.

• As forças do governo invadiram Paris e encontraram desesperada resistência popular.

• Em maio de 1871, a Comuna havia sido vencida deixando um saldo de 20 mil rebeldes mortos durante os combates ou executados e 70 mil exilados e deportados.

A Comuna de Paris