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A COMUNICAÇÃO NO BRASIL-COLÔNIA 1500-1808 Texto-base: PINTO, Virgílio Noya. Comunicação e Cultura Brasileira. 5.ed. São Paulo: Ática, 1999.

A comunicação no brasil colônia

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Page 1: A comunicação no brasil colônia

A COMUNICAÇÃO NO BRASIL-COLÔNIA

1500-1808

Texto-base: PINTO, Virgílio Noya. Comunicação e Cultura Brasileira. 5.ed.

São Paulo: Ática, 1999.

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CULTURAS DIFERENTES

Chegada dos portugueses: integração à cultura ocidental cristã;

Brasil: culturas nômades e primitivas; Mímica, música e dança foram as primeiras formas

de comunicação entre portugueses e indígenas; Prova material desse primeiro encontro: Carta de

Pero Vaz de Caminha; A inserção de europeus nas tribos contribuíram para

a integração e disseminação da língua.

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ASSIMILAÇÃO E DOMINAÇÃO

Com o passar dos anos, a relação já não era tão amigável: havia uma hostilidade mútua;

O espaço (orla marítima) se demonstrava continental e selvagem;

Mameluco como “instrumento” de adaptação; Sinalizações na mata eram utilizadas para a

adaptação e sobrevivência e também como uma forma de comunicação;

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Em 1532, Portugal começou a implantar um sistema econômico e administrativo na colônia: as Capitanias Hereditárias;

Sistema de plantação de cana-de-açúcar: dependência da mão-de-obra indígena;

Peso da colonização: exploração. Agressão ao ethos cultural;

Em 1548, Portugal autorizou a “importação” de escravos africanos.

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JESUÍTAS

Com Tomé de Sousa, primeiro governador-geral e fundador de Salvador, chegaram os primeiros padres jesuítas;

Missão: converter e ensinar; Inserção de tradições indígenas (“que não

fossem contrárias à fé católica) na liturgia para facilitar essa aproximação;

Teatro como forma de comunicação (Pe. Anchieta)

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CORREIOS

A carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei de Portugal configura a primeira noção de troca de informações no país descoberto;

Nem Portugal dispunha de um sistema de Correio eficiente;

Em 1673, foi instituída no Brasil a figura do Correio-Mor Além-Mar: trocas de informações entre Brasil-Portugal;

O serviço interno foi sabotado pelo povo que não tinha dinheiro para pagar pelos serviços ruins (e também a Coroa não tinha interesse numa ampla interligação entre povoados).

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NO RITMO DO AÇÚCAR

Cultura do açúcar: latifúndios e mão-de-obra escrava → sociedade patriarcal: senhor do engenho e escravo, casa-grande e senzala;

Rotina de produção e distribuição; Redistribuição de cultura produtiva e espaço

geográfico para os índios: pastoreio no Norte-Nordeste;

Índio como gente e negro como mercadoria; Transporte feito por carro de boi ou canoas e

notícias do mundo, só através dos navios.

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O OURO QUE BRILHA

Crise do açúcar na segunda metade do século XVII, reavivou o interesse pelas riquezas minerais;

O descobrimento do ouro, o isolamento das regiões foi rompido pela força do comércio (exploração do ouro e áreas voltadas para o abastecimento das áreas de exploração);

Isso resultou, em 1763, na transferência da capital Salvador para o Rio de Janeiro;

Começa a intercomunicação entre as regiões do Brasil

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O TROPEIRO COMO COMUNICADOR

A exploração do ouro também provocou mudanças sociais: aumento demográfico, urbanização (classes sociais);

Tipo social com ênfase na comunicação é a figura do tropeiro: comerciante de transporte – traçava teias de comunicação (funcionava como emissário oficial, correio e transmissor de informação);

Só começaram a desaparecer com a concorrência das estradas de ferro.

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AS RAÍZES DO BARROCO

Séc. XVIII representa um importante momento cultural no Brasil: participação social na produção cultural;

Como a Coroa Portuguesa não investiu em cursos universitários, na época do ouro, famílias enviaram seus filhos para estudar na Europa. Consequência: forma-se uma elite intelectual no Brasil, cujo melhor meio de expressão é a literatura;

Começa a se formar uma cultura nacional (mesmo que inspirada na portuguesa);

Arte sacra: liberdade de criação (sem influência dos jesuítas)

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LIVROS E JORNAIS

Apesar da inexistência de uma imprensa no período colonial, a circulação de livros e jornais dava-se de forma clandestina (pela elite graduada na Europa)

Contato com o Iluminismo francês e com os ideais das revoluções americana e francesa.

Inconfidência Mineira, Conjuração Baiana, Revolução Pernambucana

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Bibliotecas particulares (revoluções brasileiras ligadas à ideais de Voltaire, Montesquieu, Rosseau;

Papel ativo da maçonaria na circulação e propagação de idéias revolucionárias.