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A Conquista de Ceuta

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A CONQUISTA DE CEUTAAssinada a paz com Castela, em 1411, D. João I procurou resolver os problemas do

reino que estava pobre.As conquistas no Norte de África surgiram como uma solução: agradavam à nobreza

que procura a guerra como forma de obter honra, glória, novos cargos e títulos; agradavam ao clero pois era uma forma de combater os Mouros, inimigos da religião cristã; agradavam à burguesia pois assim poderia controlar a entrada do Mar Mediterrâneo e o comércio de escravos, ouro, especiarias e cereais.Assim, em 1415, uma poderosa armada comandada por D. João I tomou a cidade

de Ceuta.Contudo, os Mouros desviaram as rotas comerciais para outras cidades do Norte de

África. Ceuta tornou-se uma cidade cristã isolada e constantemente atacada.Os Portugueses iniciam então as viagens por mar na esperança de chegar

ao local de origem do ouro e das especiarias.

A descoberta da costa africana: até à Serra Leoa (1460)D. João I confiou ao Infante D. Henrique, seu filho, a

coordenação da expansão marítima.Foram contratados navegadores e cartógrafos experientes e o

Infante passou a viver em Lagos e Sagres. Do Algarve partiam os barcos que descobriram os arquipélagos da Madeira e dos Açores, e a costa africana a sul do Cabo Bojador, para além do qual nunca se tinha navegado.No contacto com as populações da costa africana, os

portugueses escravizaram homens, mulheres e crianças, obtendo grandes lucros com o comércio de escravos.Quando o infante D. Henrique morre, em 1460, já os

Portugueses conheciam a costa africana até Serra Leoa.Infante D. Henrique

 

 

ano terra descoberta descobridor

1419 Madeira e Porto Santo João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira

1427 Açores Diogo de Silves

1434 Cabo Bojador Gil Eanes

1436 Pedra da Galé e Rio do Ouro

Afonso Baldaia

1443 Arguim Nuno Tristão

1456 Cabo Verde Diogo Gomes e Cadamosto

1460 Serra Leoa Pedro de Cintra

  

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A ARTE DE NAVEGAR 

Os barcos

barcabarinel caravela

bolinar

Os instrumentos náuticos

bússolaquadrante astrolábio

 balestilha carta náutica

Nos Descobrimentos Marítimos, os Portugueses usaram conhecimentos transmitidos por outros povos como os Romanos e os Árabes: a bússola, as cartas náuticas, o astrolábio...Estes conhecimentos, a par da experiência e da observação dos astros, permitiram aos marinheiros portugueses navegar no mar alto praticando a navegação astronómica.A partir do Cabo Bojador, os marinheiros portugueses passaram a usar a caravela que, devido às velas triangulares (ou latinas), permitia navegar com ventos contrários, isto é,bolinar.

As viagens ao longo da costa africana realizaram-se primeiro em barcas, depois em caravelas.As caravelas eram navios ligeiros, rápidos, capazes de navegar em todas as águas e com todos os

ventos. De casco muito leve, com um castelo na popa, tinham em geral três mastros. As suas velas

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triangulares permitiam-lhes bolinar, ou seja, navegar com ventos contrários. A vela triangular tomou o nome de vela latina.

Em caso de necessidade a tripulação - em geral quarenta a cinquenta homens - podia utilizar remos. Para se orientarem nos mares do Sul, os navegadores desta época dispunham apenas da bússola, de algumas cartas de marear que os antecessores tivessem elaborado e de sondas para avaliarem a profundidade das águas. Além disso, só a própria experiência, a passo e passo adquirida, e a intuição lhes serviam de guia no mar desconhecido.

in L. Albuquerque, A. M. Magalhães, I. Alçada,Os Descobrimentos Portugueses, vol. I, ed. Caminho

Um navio revolucionário: a caravela

Utilização dos instrumentos náuticos

Caravela vista por dentro

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mantimentos

 

A descoberta da costa africana: da Serra Leoa ao Cabo da Boa Esperança

 Depois da morte do Infante D. Henrique, o rei

D. Afonso V entregou a exploração da costa africana a um rico burguês, Fernão Gomes. Este comprometia-se a descobrir, por ano, cerca de cem léguas de costa em troca do direito de comerciar naquela zona. D. Afonso V, por influência da nobreza, preferiu combater os Mouros no Norte de África.Mas D. João II, seu filho, apercebendo-se das

grandes riquezas da costa africana (ouro, escravos, marfim) deu grande impulso às descobertas marítimas, passando a dirigi-las.O grande objectivo era descobrir a passagem

para o Oceano Índico para alcançar a Índia - local de origem das especiarias. Foi Bartolomeu Dias, em 1488, quem dobrou pela primeira vez o Cabo das Tormentas, depois chamado da Boa Esperança.

 ano terra descoberta descobridor

1471 Mina marinheiros ao serviço de Fernão Gomes

1471-72

S. Tomé e Príncipe João de Santarém, Pedro Escobar, Fernão Pó

1474 Cabo de Santa Catarina marinheiros ao serviço de Fernão Gomes

1482 Foz do rio Zaire Diogo Cão

1485-86

Serra Parda Diogo Cão

1488 Cabo da Boa Esperança Bartolomeu Dias

 

Bartolomeu Dias

A passagem do Cabo da Boa Esperança

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Cabo da Boa Esperança e

Adamastor 

 "... e vieram a dar com o maior cabo que no mundo se descobriu (...)Ora foram tão cruas as tempestades que os nossos padeceram, que a cada passo perdiam

esperanças de salvamento: donde veio porem-lhe o nome de Cabo das Tormentas.Assim que o dobraram e o assinalaram, voltaram para trás. Logo que ao senhor rei D. João foi

explicado o feito, ficou tão alvoroçado que dava já por aberta a estrada para a Índia; e, comovido do feliz acontecimento, lhe impôs o nome de Cabo da Boa Esperança.

D. Jerónimo Osório, Vida e Feitos de El-rei D. Manuel

A dificuldade em passar este cabo, que marca a transição do Atlântico para o Índico, alimentou a lenda do gigante Adamastor, cantada por Luís de Camões e Fernando Pessoa.

 Não acabava, quando uma figurase nos mostra no ar, robusta e válida,de disforme e grandíssima estatura;o rosto carregado, a barba esquálida,os olhos encovados, e a posturamedonha e má e a cor terrena e pálida;cheios de terra e crespos os cabelos,

O mostrengo que está no fim do marNa noite de breu ergueu-se a voar;À roda da nau voou três vezes,Voou três vezes a chiar,E disse: «Quem é que ousou entrarNas minhas cavernas que não desvendo,Meus tectos negros do fim do mundo?»E o homem do leme disse, tremendo:«El-rei D. João Segundo!»

Fernando Pessoa, Mensagem

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a boca negra, os dentes amarelos.

Luís de Camões, Os Lusíadas,canto V, estrofe 39

A viagem de Cristóvão Colombo e o Tratado de Tordesilhas

Viagem de Colombo

 

D. João II, o Príncipe Perfeito Viagem de Colombo Tratado de Tordesilhas

Com a intervenção do Papa, estabelece-se então um novo acordo, em 1494: o Tratado de Tordesilhas.O Mundo foi dividido em em duas partes por um meridiano a cerca de 370 léguas a

oeste das ilhas de Cabo Verde: as terras descobertas a oriente desse meridiano seriam portuguesas;

 as terras descobertas a ocidente, seriam castelhanas.

Divisão do mundo segundo o Tratado de Tordesilhas

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rotas seguidas por Vasco da Gama

Vasco da Gama

A chegada à Índia e ao Brasil 

D. Manuel, sucessor de D. João II, vai continuar a apoiar os Descobrimentos.Em Julho de 1497 parte de Lisboa uma armada, comandada

por Vasco da Gama, com destino à Índia. Depois de cerca de dez difíceis meses de viagem chega a Calecute, na Índia. Estava descoberto o caminho marítimo para a Índia.De início, os portugueses foram bem recebidos. Porém, os

Muçulmanos recearam perder o monopólio do comércio das especiarias e começaram a hostilizar os portugueses.

Pedro Álvares Cabral

D. Manuel, em 1500, envia então uma poderosa armada de treze navios, chefiada porPedro Álvares Cabral, para impôr o

nosso domínio no Oriente.Perto de Cabo Verde, Pedro Álvares Cabral desvia a sua rota para ocidente, de modo a evitar os ventos contrários; chega

então à Terra de Vera Cruz, depois chamada Brasil. Informa o rei, e continua viagem para a Índia.

O império português no século XVI 

A colonização da Madeira 

"Esta ilha mandou-a o Infante D. Henrique povoar pelos Portugueses sem que até então tivesse sido habitada. Chama-se ilha da Madeira porque, quando foi descoberta, não tinha palmo de terra que não estivesse coberto de grandíssimas árvores, sendo necessário aos primeiros que a quiseram habitar pôr-lhe fogo.

Tem terrenos muito frutíferos e abundantes (...) belíssimas fontes (...). O ar é quente e temperado, de tal modo que jamais faz frio."

Cadamosto (navegador italiano do

séc.XV), Primeira Navegação (adaptado)

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O Infante D. Henrique iniciou a colonização da Madeira e Porto Santo dividindo-as em capitanias. Aos capitães-donatários competia defender, povoar e explorar os recursos naturais das ilhas.Os colonos, vindos sobretudo do Algarve e Minho, mas

também do estrangeiro, dedicaram-se à agricultura, pesca e criação de gado. Os produtos mais importantes foram ovinho, o açúcar, os cereais, as plantas tintureiras e a madeira (importante para a reparação dos navios que aí faziam escala).

A colonização dos Açores 

"O Infante D. Henrique mandou para ocidente buscar terra firme. E, a 270 léguas de Lisboa, acharam uma ilha, que agora se chama de Santa Maria, despovoada, com muitos açores, e viram outra e foram a ela, que agora se chama S. Miguel, também despovoada e cheia de açores. Daí viram outra ilha, agora chamada Terceira, e outras, todas com muitos açores.

Lançaram ali muitos animais, tais como porcos, vacas, ovelhas, dos quais há aí uma multidão, de modo que todos os anos de aí trazem muito gado para Portugal.

Igualmente há aí tanta quantidade de trigo que todos os anos ali vão navios e trazem trigo para Portugal."

Diogo Gomes, Relação dos Descobrimentos (séc. XV)

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Açor

Também nos Açores se utilizou o sistema de capitanias para a colonização. O seu povoamento foi porém mais lento devido à grande distância a que se encontravam do continente.As principais actividades dos colonos nas ilhas dos Açores

eram a agricultura e a criação de gado; as principais riquezas deste arquipélago, nesta época, eram os cereais, o gado bovino e ovino e as plantas tintureiras (pastel, urzela e dragoeiro).

INÍCIO

AS GRANDES VIAGENS DO SÉCULO XV

Até ao século XV, os europeus tinham um conhecimento limitado do mundo: apenas conheciam parte da África e da Ásia; a América e a Oceania eram totalmente desconhecidas.Por outro lado, o Oceano Atlântico era conhecido como um "mar tenebroso" povoado

de monstros marinhos que engoliam os barcos. Também os seres que povoavam as

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terras distantes eram imaginados como seres disformes, muito diferentes dos europeus. Todas estas lendas criavam muito medo nos navegadores...Foi, por isso, uma grande e corajosa aventura os descobrimentos marítimos que

os portugueses iniciaram no século XV.

monstros marinhos seres imagináriosseres imaginários

mapa-mundi de 1489http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/5_ano.htm

http://pt.scribd.com/doc/79095963/Portugal-nos-seculos-XV-e-XVI-historia-e-geografia-5%C2%BA-ano#download

http://www.ribatejo.com/hp/passatempos/actividades_unidade.asp?cod_unidade=7

1. Refere algumas lendas que estavam na mente dos Portugueses acerca do mundo desconhecido.

2. Assinala as seguintes afirmações de verdadeiras ou falsas:

a) Em 1419, as ilhas de Porto Santo e Madeira são descobertas por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira. ________ b) Em 1456, Diogo de Silves dobra o Cabo Bojador. _________ c) Em 1456, possível descoberta do arquipélago de Cabo Verde Por Diogo Gomes e Cadamosto. ________ d) Em 1474, os mareantes de Fernão Gomes chegam ao Cabo do Rio do Infante. __________ e) Em 1488, Bartolomeu Dias dobra o cabo da Boa Esperança e descobre a passagem para o Oceano Indico. _________ Ordena no friso cronológico os seguintes acontecimentos: 

A- 1514_ Começa-se a construir a Torre de Belém. B- 1530- Início da colonização do Brasil 

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C- 1502- É semeado pela primeira vez, em Portugal, milho grosso trazido da Guiné. D- 1484- A rainha D. Leonor funda um hospital nas caldas da Rainha. E- 1540- Os Jesuítas chegam a Portugal. 

3. Lê o seguinte texto:

A necessidade de resolver alguns problemas que se prologavam no reino desde há longos anos, levou o rei D. João I a organizar uma expedição para conquistar Ceuta. Ceuta foi escolhida por ser uma cidade rica em comércio e com boa situação estratégica, pois dominava a navegação do Mediterrâneo para o Atlântico e era um ponto de passagem das rotas comerciais da África. Se os Portugueses a conquistassem, seria uma boa base de defesa para evitar constantes ataques dos mouros à costa sul de Portugal. Por ser terra de Mouros, permitia aos Portugueses continuar a tradição da conquista Cristã. Após a conquista, os Mouros desviaram as rotas comerciais e passaram a atacar frequentemente a cidade. Mas a nobreza e a alta burguesia tiraram benefícios da conquista. O saque e honrarias pelos seus feitos militares. 

4.1. Refere o ano da conquista de Ceuta. 4.2. Indica qual foi o interesse dos Portugueses em conquistar Ceuta. 4.3. Resultaram para os portugueses os benefícios que se esperavam com a conquista? Justifica a tua resposta. 4.4. Salienta as classes sociais que mais benefícios tiraram da conquista de Ceuta. II 

1. Enumera duas dificuldades que os portugueses encontraram ao navegar no Atlântico.

2. Indica uma das vantagens da utilização da caravela nas viagens de descobertas.

3. ‍O que se entende por tratado de Tordesilhas.

III 

1. Completa as frases:

O Arquipélago dos Açores situa se no Oceano ____________ , a meio caminho entre a ________________ e a _______________ do norte. È constituída pelas ilhas da ___________, _____________;_________;_____________;______________; ___________; _____________; ___________ e _____________ . O Arquipélago da Madeira situa se no Oceano _______________, a sudoeste da _____________; é constituído pelas ilhas da _________________ e ____________________. 

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2. Preenche o esquema :

Divisão do arquipélago em 

Origem dos colonos

Principais produções

AçoresMadeira IV 

1. Qual o interesse dos portugueses em chegar à Índia pelo mar?

2. Porque razão os Mouros não queriam a presença portuguesa na Índia?

3. Que resultados trouxe para Portugal e para a Europa a descoberta do caminho marítimo para a Índia?

4. Em que reinado se iniciou a colonização do Brasil?

4.1. De que forma se fez a colonização do Brasil? 4.2. Indica as primeiras produções do Brasil. V Imagina que és feitor da feitoria de São Jorge da Mina. Refere o espaço físico, o ambiente, o que se trocava entre os portugueses e os Indígenas, a tua relação com os mesmos e tudo aquilo que achares por bem dizer.

 

              No reinado de D. João I, Portugal era independente e vivia em paz. 

 D. João I Problemas que se faziam sentir na sociedade Portuguesa. 

        Falta de cereais e de ouro;

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        Necessidade de alargar a área de pescas;        Desejo da Nobreza de realizar feitos guerreiros;        Desejo da Burguesia de expandir o comércio;        Desejo do Clero de espalhar a fé cristã;        …

 A necessidade de encontrar noutras terras a riqueza que faltava a Portugal, levou os

Portugueses à Expansão Marítima.Com a conquista de Ceuta em 1415 no Norte de África, inicia-se a expansão. 

       Fortaleza de Ceuta 

 Esta conquista não resolveu os problemas do Reino.Os Mouros desviaram as rotas comerciais do ouro e das especiarias para outras

cidades.A Conquista de Ceuta foi um insucesso económico.

   

Depois da conquista de Ceuta, o Infante D. Henrique foi o organizador das primeiras viagens de descoberta (conhecido também pelo “Navegador”).

 Até 1460, os Portugueses “descobriram” os arquipélagos da Madeira (1419 – João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo), dos Açores (1427 – Diogo de Silves) e a Costa africana até à Serra Leoa.

Em 1434, Gil Eanes dobra o Cabo Bojador. 

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  Infante D. HenriqueA navegação em mares desconhecidos fez surgir: * Novos barcos: a caravela que pode bolinar (navegar com ventos contrários), passa a  substituir a barca;

    Barca             Caravela  * Novos processos de orientação (navegação astronómica);                                              astrolábio;                                              quadrante;                                               bússula;                                              balestilha...  

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        Cartas e Mapas  mais rigorosos. Os Portugueses desenvolveram a cartografia, astronomia e a matemática.

 

           Política Africana de Afonso V

  D. Afonso V            Depois da morte do Infante D. Henrique (1460), no reinado de D. Afonso V, um burguês de Lisboa Fernão Gomes, ficou encarregado de continuar as descobertas na Costa africana,detendo o monopólio comercial, que arrendou ao rei.            O rei influenciado pela nobreza, preferiu combater os Muçulmanos no Norte de África.

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O grande impulsionador das descobertas foi o rei D. João II (filho de D. Afonso V), que desejava chegar à Índia para obter o comércio das especiarias. 

 D. João II, o Príncipe Perfeito

A D. João II, pertence um plano organizado no prosseguimento das descobertas: 

1º  A exploração do Atlântico Sul, para procurar uma passagem para o Oriente e assim atingir a Índia;

2º  O envio de dois emissários: Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva, pela rota do Mediterrâneo, em busca de informações sobre o comércio das especiarias.

 

                    Pêro da Covilhã Legenda: O  caminho percorrido por Pêro da Covilhã (a ocre) separado de Afonso de Paiva (a azul) depois da longa viagem juntos (a verde).

 No plano externo e para a defesa dos interesses do Reino, D. João II: 

1º Manda colocar PADRÕES;

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             Padrão 2º manda  construir fortalezas; 3º mantém um grande sigilo (segredo) em redor das suas iniciativas.O desenvolvimento náutico e as viagens permitem que em 1488, Bartolomeu Dias dobre o Cabo da Boa Esperança (Cabo das Tormentas), abrindo a Portugal o caminho marítimo para a Índia.

  

  Bartolomeu DiasO facto de Cristóvão Colombo em 1492 ter descoberto algumas ilhas da América

Central, provoca um conflito entre Portugal e Espanha, resolvendo-se somente em 1494, com a assinatura do Tratado de Tordesilhas entre D. Fernando e D. Isabel de Espanha e D. João II de Portugal.            Por este Tratado, o mundo ficou dividido em duas partes, por um meridiano.            As terras a Oriente seriam para Portugal, as descobertas a Ocidente para a Espanha.  

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        Tratado de Tordesilhas

Divisão do Mundo segundo o Tratado de Tordesilhas   

  Cristóvão ColomboCom este Tratado D. João II consegue: 

proteção dos seus barcos no Atlântico Sul; garantir a Portugal o caminho marítimo para a Índia; garantir uma parte do Brasil.

  

 

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            D. João II morre sem conseguir realizar o seu sonho (descobrir o caminho marítimo para a Índia). Sem filho legítimo (Afonso seu filho, morre antes), sucedeu-lhe seu primo, D. Manuel I.  

 D. Manuel I : - continua o empreendimento;                        - utiliza outro tipo de embarcação, a nau. 

  Interior de uma nau   Vasco da Gama: - chega à Índia, a Calecute em 1498 (com as naus: S. Gabriel; S. Rafael; Bério). 

  Vasco da Gama            A descoberta do caminho marítimo para a Índia abre uma nova etapa aos descobrimentos portugueses: - o domínio do Índico e o comércio com o Oriente. 

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Para garantir o domínio português na Índia e transportar mercadorias, parte uma nova armada comandada por Pedro Álvares Cabral (13 naus) em 1500.

  Pedro Álvares CabralEsta armada ao desviar-se para Ocidente aportou a um novo território no Atlântico

Sul: Santa Cruz ou Terra de Vera Cruz, mais tarde, Brasil. 

                             Rotas seguidas por Vasco da Gama                                          

Rotas seguidas por Pedro Álvares Cabral