Upload
toroca
View
172
Download
2
Embed Size (px)
Citation preview
7/10/2014 A construção social da realidade: A sociedade como realidade subjetiva
http://operariodasletras.blogspot.com.br/2008/09/construo-social-da-realidade-sociedade.html 1/3
1st September 2008
A interiorização da realidade
A socialização primária: O ser humano vive em comunidade e o conhecimento/convivência desenvolve seu
caráter e personalidade. Isso começa na infância e tem envolvimento biológico.
- Conforme há aprendizagem, ela se retrata ao 1ª Conhecimento. A criança, que é inocente, para se
ajustar a realidade, deve absorver as informações pela linguagem adequada.
- Cada sociedade tem parâmetros e as classes sociais também. Essa é a socialização 1ª, onde conceitos
são interiorizados e estabelecidos na consciência/biografia ulterior.
A socialização secundária: A Socialização 2ª é a interiorização de “submundos” institucionais ou baseados
nas instituições, na divisão do trabalho e na distribuição social do conhecimento. Seus portadores são
facilmente reconhecidos pela aquisição do conhecimento de funções específicas, direta ou indiretamente
na divisão do trabalho.
Ela exige a aquisição de vocabulários específicos e interiorização dos campos semânticos específicos. É
parcial, vive em contraste com a socialização 1ª, mas é
coerente. Depende de aparelhos legitimadores acompanhados de instrumentos materiais, ritos, símbolos
e linguagens. Os símbolos são interiorizados fazendo-o ser tornar-se parte disso ao compreender e
assimilar a linguagem. Com isso, o ser humano se comunica com seus comuns em alusões ricas na
comunidade, mas obtusas a quem não é do círculo. Sua sustentação e legitimação se dá por ritos,
máximas, construções mitológicas, cerimônias e objetos físicos.
A Socialização 2ª depende do status do conhecimento no universo interior da totalidade, se dá numa
personalidade formada e mundo exteriorizado. Assim, as limitações biológicas são menos importantes e o
conhecimento primário é fundamental no embasamento.
As relações 2ª são anônimas devido a qualquer um poder representá-las, tornando o fator afetivo mais
distante. Porém é menos subjetivo e mais fácil de anular. Isso estabelece distância do EU total e sua
realidade. No entanto a socialização 2ª nos possibilita o saber e o conhecimento, seja intrínsecas ou não.
Na Socialização 2ª há transformação da realidade do indivíduo. Com isso há maior grau de afetividade
necessária, quando o ser se “entrega e se sacrifica”.
- Declínio da instituição família: CONSERVAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DA REALIDADE SUBJETIVA
Há diversos movimentos e procedimentos para conservar a realidade subjetiva apreendida na consciência
individual contra metamorfoses e situações marginais. A rotina é algo que conserva a realidade.
EXEMPLO: TREM
É pela conservação da identidade que define-se a realidade objetiva e a manutenção da realidade
subjetiva. Existem os “coros”. São as pessoas ao redor que definem sua identidade e relações que
mantém sua realidade. Seja degradante ou não. Conforme o grau de proximidade, maior a influência na
realidade.
O diálogo/conversa, são veículos pertinentes na conservação da realidade ao modificar e reconstruir a
realidade subjetiva, além de conservar a coerência dum mundo julgado como verdadeiro. A perca da
casualidade assinala a quebra de rotinas e ameaça a realidade conservada verdadeira.
A conversa modifica a realidade ao abandonar, acrescentar ou explicar, pela discussão, experiências
vividas ou que estão no consciente. É a atualização necessária do ser-humano, que de frente com o
emprego da língua, mantém a realidade.
A descontinuidade é uma ameaça as relações. Quem supri a falta dela são as correspondências ou
conversas intensas e freqüentes. Mas é a conversa face-a-face que intensifica as relações e a
conservação da realidade subjetiva.
A dúvida pode ser uma desintegradora da realidade. Para isso há procedimentos contra colapsos. Rituais
coletivos se institucionalizam nas catástrofes ou procedimentos conservadores da realidade são
A construção social da realidade: A sociedadecomo realidade subjetiva
7/10/2014 A construção social da realidade: A sociedade como realidade subjetiva
http://operariodasletras.blogspot.com.br/2008/09/construo-social-da-realidade-sociedade.html 2/3
estabelecidos para enfrentar estrangeiros que possuem outra realidade. Se faz uma “higiene mental” ao
se ter contato com outra realidade.
Devemos pensar que: Viver em sociedade acarreta processos contínuos de modificação da realidade
subjetiva. Isso é ALTERNAÇÃO. Ela se dá pela re-socialização e assemelha-se a socialização primária. No
entanto é diferente porque o ser deve desmantelar e desintegrar a estrutura subjetiva. Para isso é
necessária a interação.
O maior protótipo da alternação é a conversão religiosa. Sendo importante, também, conservá-la, levar a
sério e ser plausível. É a comunidade/meio que dá plausividade a nova realidade (A doutrinação política e
a psicoterapia imitam a religião).
Concluí-se que as transformações são comuns na sociedade contemporânea devido a mobilidade social
ou treinamento profissional. Ela é aceitável porque se insere na realidade, mas também cria problemas
para conservar coerência entre os primeiros e os tardios elementos da realidade subjetiva. Cabe a re-
socialização e a interpretação do passado para harmonizar a realidade presente.
A INTERIORIZAÇÃO E A ESTRUTURA SOCIAL: A socialização realiza-se sempre no contexto duma
estrutura social específica. Para que haja sucesso, deve haver estabelecimento de um elevado grau de
simetria entre a realidade objetiva e subjetiva. A socialização totalmente bem sucedida,
antropologicamente é impossível. A mal sucedida é rara e limitada a casos de indivíduos em graves
condições patológicas orgânicas.
O sucesso se dá pela simples divisão do trabalho e mínima distribuição de conhecimento. Com isso, as
identidades são socialmente pré-definidas e delineadas.
Ao assumir o papel social, suas identidades são definidas (soldado/fidalgo), sendo que tais, são
desconhecidas por todos, mas que se tonam definidas pela superfície na sociedade e na escala.
Há casos de socialização imperfeita, como o leproso. Ele não vive na sociedade em geral, mas sim no
mundo dos leprosos. Isso imperfeição gera a perfeição mais adiante.
Outro caso da socialização imperfeita é quando o ser, na socialização primária, se separa com biografias
distintas. É cito a criança, filha de aristocratas, educada por uma ama camponesa. Pode haver assimetria
social escondida em biografia pública e privada. A discrepância é comum, mas a socialização imperfeita
cria complexos e crises de identidade externada e materializada.
Discordâncias entre a socialização primária e secundária conduzem a socialização imperfeita. Ela é visível
em realidades e identidades subjetivas opostas. O exemplo está no sujeito que não realizou sua
identidade subjetiva escolhida, tornando-a fantasia. O fato gera tensões e inquietudes.
A manipulação é comum quando se veste, deliberadamente e de propósito, uma interiorização não afetiva
duma nova realidade. Seu uso se dá por diversas finalidades. A consternação é comum em mundos
discrepantes e com base no mercado. O papel, no qual pode desliga-se em sua consciência,
desempenha, muitas vezes, fins de manobra.
O SER REPRESENTA O QUE NÃO É. SUPÕE SER AQUILO QUE É. ISSO NÃO É DE SE RECRIMINAR,
MAS SE TORNA TÍPICO NA SOCIEDADE INDUSTRIAL PLURALISTA CADA VEZ MAIS DINÂMICA.
TEORIAS SOBRE A IDENTIDADE: A identidade, formada por processos sociais, é elemento chave da
realidade subjetiva. Uma vez cristalizada, é mantida, modificada ou remodelada pelas relações e
estruturas sociais.
A identidade se cria pela dialética entre teoria e realidade. São comuns problemas quando há conflito
entre identidade subjetiva e atribuições sociais de identidade. Para reverter quadros patológicos
negativos, existem os psicólogos e os psiquiatras. (Cito horário/data. Não sabe porque é louco ou veio do
oriente ou casos de possessão demoníaca/neurose, explicadas empiricamente/experiência na vida social
cotidiana).
ORGANISMO E SOCIEDADE: O organismo afeta cada fase da construção da realidade, sendo ele também
afetado pelas atividades. “A animalidade do homem transforma-se em socialização, mas não é abolida”. A
animalidade e socialidade coexistem. Assim a dialética entre natureza e sociedade renova-se em cada
7/10/2014 A construção social da realidade: A sociedade como realidade subjetiva
http://operariodasletras.blogspot.com.br/2008/09/construo-social-da-realidade-sociedade.html 3/3
indivíduo. É a dialética entre o substrato biológico do indivíduo e sua identidade socialmente produzida.
Fatores biológicos limitam a gama de possibilidades sociais abertas a qualquer indivíduo. Por outro lado a
sociedade impõe limites ao ser biológico. Exemplos como longevidade, sexo e nutrição são comuns e
determinados pela sociedade.
A socialização causa frustração biológica, quando o esfomeado ou o sonolento não podem atender suas
necessidades. Porém a existência social depende da resistência biológica do indivíduo como legitimação
ou institucionalização.
Tendo conhecimento de que é um organismo, existe a constante e dialética luta entre o “eu-superior” e
um “eu-inferior”. A equiparação é feita entre a identidade social e sua animalidade social. Isso faz o “eu-
social” vencer o substrato biológico.
Postado há 1st September 2008 por Marcelo Souto
Digite seu comentário...
Comentar como: Conta do Google
Publicar
Visualizar
0 Adicionar um comentário