37
Em parceria com: Apoiado por: A Declaração de Berlim Uma vontade conjunta de mudança das políticas para uma intervenção precoce no tratamento do diabetes tipo 2 Aviso: Este documento foi financiado pela AstraZeneca, e elaborado em colaboração com outras organizações parceiras.

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Em parceria com: Apoiado por:

A Declaração de BerlimUma vontade conjunta de mudança das políticas para uma intervenção precoce no tratamento do diabetes tipo 2

Aviso: Este documento foi �nanciado pela AstraZeneca, e elaborado em colaboração com outras organizações parceiras.

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Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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Prefácio 2

A necessidade da ação política 4

O que é a Declaração de Berlim? 7

9Early Action – A base da Declaração de Berlim

Prevenção 10

Diagnóstico precoce 14

Controle 18

Acesso ao tratamento correto 22

Convocação para uma ação 27

Referências 30

Índice

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Prefácio

A Declaração de Berlim

Rick BlicksteadPresidente e CEO,Canadian DiabetesAssociation

ProfessoraMargaret McGill Diretora Associada,Diabetes Centre, RoyalPrince Alfred Hospital

ProfessorAntonio CerielloChefe do Departamentode Diabetes, IRCCSMultimedica

Professor Itamar RazChefe do Centro para Prevenção do Diabetes, HadassahHebrew University

2

Em menos de um ano, a iniciativa Early Action no tratame nto do Diabetes Tipo 2 espalhou-se por mais de 30 países em todo o mundo. A ideia de mobilizar as pessoas com poder de decisão, conscientizando-as da urgência de intervenção o mais cedo possível e implantando políticas com esse objetivo envolvendo o maior número possível de pessoas, recebeu apoio significante e um extraordinário impulso.

A iniciativa Early Action no Diabetes – um trabalho de colaboração plurianual, envolvendo vários interessados – teve início em 2015, promovida e �nanciada pela AstraZeneca em parceria com a World Heart Federation e Primary Care Diabetes Europe. O objetivo foi o de promover medidas tangíveis locais, a �m de implementar políticas centradas nos quatro pilares do Early Action: Prevenção, Diagnóstico Precoce, Controle e Acesso ao Tratamento correto.

Em 2016, especialistas internacionais ofereceram-se como voluntários para participar dos quatro Grupos Internacionais de Trabalho, cada um com a tarefa de analisar as últimas melhores práticas na formulação de políticas em cada uma dessas quatro áreas e consolidar esses resultados em um único documento - a Declaração de Berlim – apresentada a seguir.

Os grupos, constituídos por especialistas internacionais de 11 países, promoveram reuniões ao longo de 2016 para debater os problemas e identi�car os princípios-chave da intervenção precoce nos quatro pilares que precisam ser erguidos sem demora, para promover melhoria no resultado do tratamento dos pacientes.

Esta Declaração está sendo publicada com o apoio da parceria Early Action, este ano ainda mais reforçada pela inclusão da World Heart Federation e pelo apoio da German Diabetes Aid, representando o crescente suporte internacional a esta iniciativa. O objetivo da Declaração é o de ajudar os países a ajustar o seu foco nas políticas que provavelmente trarão benefícios às suas populações, oferecendo apoio para avaliação do progresso e atuando como catalisadores internacionais da mudança que busca uma verdadeira transformação da vida das pessoas.

Cerca de 14.000 pessoas morrem em consequência do diabetes e de suas complicações a cada dia;1 portanto, não há tempo a perder para eliminar a lacuna entre o diagnóstico, a política e a prática. Para assegurar que cada país seja bene�ciado com as lições aprendidas e estudos de casos de referência já identi�cados em todo o mundo, fazemos um apelo para que V.Sa. participe com os nossos colegas da assinatura dos princípios delineados nesta Declaração, respaldando a implementação das políticas de Early Action em Diabetes em seu país.

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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Grupos Internacionais de Trabalho

Membros dos Grupos Internacionais de Trabalho

Prevenção Diagnóstico Precoce

Controle Acesso ao tratamento correto

3

A Declaração de Berlim foi elaborada com base nos resultados do trabalho de quatro Grupos Internacionais para a intervenção precoce no tratamento do diabetes tipo 2. Esses grupos foram formados em 2015 na cúpula do Global Diabetes Policy, em Barcelona, e cada um deles reuniu-se pelo menos duas vezes entre maio e julho de 2016. Este documento representa o resultado das suas discussões, expertise global e experiência em nível de país.

Rick Blickstead – Presidente

Dr. Francesc Xavier Cos

Professor Gerardo Medea

Professor Alexandre Hohl

Professor Stephen Colagiuri

Professora Margaret McGill – Presidente

Dra. Denise Franco

Rick Blickstead

Professor Gerardo Medea

Dr. Nabil Sulaiman

Professor Kamlesh Khunti

Professor Antonio Ceriello – Presidente

Dr. Augusto Pimazoni-Netto

Dr. Sergio Zúñiga-Guajardo

Professor Avraham Karasik

Dr. Sanjay Kalra

Dr. Nicky Lieberman

Professor Itamar Raz – Presidente

Dr .Mohamed Farghaly

Professor Nebojsa Lalic

Dra. Fernanda Thome

E outros membros

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A necessidade da ação política

A Declaração de Berlim

4

Os políticos e os tomadores de decisão em todo o mundo reconhecem que estamos na iminência de uma crise global em termos de diabetes tipo 2,2 e que está ocorrendo um impacto devastador nas vidas dos pacientes e nas economias. No entanto, apesar deste conhecimento e do reconhecimento de que são necessárias estratégias nacionais, não está sendo feito o suficiente para conter a onda desta "catástrofe sanitária" através da implementação de políticas eficazes.3

• Atualmente, em todo o mundo, 1 entre 11 adultos sofre de diabetes, representando para o sistema de saúde 12% de suas despesas globais.1 Prevê-se que até 2040 o número total de pessoas diagnosticadas com diabetes chegará a 227 milhões – 10,4% da população mundial – elevando os custos dos sistemas de saúde para US$129 bilhões.1

• Em termos de PIB, a nível global, há uma projeção de perdas devidas ao diabetes, incluindo custos diretos e indiretos, da ordem de US$ 1,7 trilhões no período de 2011 a 2030.4

• Aumenta cada vez mais o número de pessoas com quadro de pré-diabetes, uma situação de alto risco para o diabetes. Estima-se que em 2040 mais de 480 milhões de pessoas estarão em situação de pré-diabetes em todo o mundo, um aumento de mais de 50% em relação aos níveis de 2015.1

• Mais de 90% dos casos são de diabetes tipo 2, muitos dos quais preveníveis.5

• Quase a metade da população com diabetes não sabe de sua condição.1

• Até que as pessoas com diabetes tipo 2 sejam diagnosticadas, pelo menos metade delas já apresentou uma ou mais complicações.6

• O diabetes mal controlado pode aumentar o risco de doença cardiovascular, cegueira, insu�ciência renal, amputações e morte prematura. Em 2015, 5 milhões de mortes foram atribuídas ao diabetes.1 Estima-se que até 70% de todas as amputações de membros inferiores estejam relacionadas com o diabetes.7

• Em todo o mundo, morre uma pessoa a cada seis segundos devido ao diabetes.1

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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Atlas 2015 daFederação Internacional do Diabetes

2015 2040

Adultos diabéticos (20-79 anos)

415 milhões 642 milhões

Custo do tratamento de adultos com diabetes (20-79 anos)

$673 bilhões $802 bilhões

Número de adultos que convivem com tolerância reduzida à glicose, ou “pré-diabetes”

318 milhões 481 milhões

O que vai acontecer se não tomarmos medidas agora?

A Declaração de Berlim

6

(6,7% do total da população)

(7,8% do total da população)

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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ControleGarantir que todas as pessoas com diabetes recebam o tratamento e o apoio de que necessitam para obter um bom controle dos níveis de glicemia o mais rápido possível, reduzindo orisco de complicações.

PrevençãoTomar medidas logo no início para impedir que as pessoas desenvolvam diabetes tipo 2.

Diagnóstico PrecoceIdenti�car pessoas com alto risco de desenvolver diabetes tipo 2 e diagnosticá-las tão cedo quanto possível.

Garantir que os sistemas de saúde abordem a necessidade de acesso equitativo, precoce, à educação personalizada, programas de mudança de estilo de vida e tratamentos que as pessoas com diabetes tipo 2 precisam.

7

Os Quatro Pilares do Early Action estão firmemente embasados em evidências relacionadas com os aspectos mais importantes para a redução do impacto econômico, social e pessoal do diabetes tipo 2:

A Federação Internacional do Diabetes concluiu um trabalho extenso de análise do impacto desastroso que o diabetes terá em 2040 se as tendências atuais permanecerem.1 Com números que continuam crescendo, é claro que as atuais políticas não são su�cientes para enfrentar a raiz do problema, antes que o diabetes e suas complicações se instalem e devastem vidas, sistemas de saúde e economias. Para enfrentar verdadeiramente esta crise global, cada país precisa assumir o compromisso de implantar políticas de apoio à Intervenção Precoce no tratamento do diabetes tipo 2.

Acesso ao tratamento correto

A Declaração de Berlim

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A Declaração de Berlim

O que é a Declaração de Berlim?

Um excelente trabalho foi iniciado em nível internacional pelas Organização das Nações Unidas, a Organização Mundial da Saúde e o Parlamento Europeu, para chamar a atenção sobre o desafio e dar início às ações.8,9 Também sabemos que em muitos países já estão sendo implementados programas nacionais para tentar enfrentar o impacto do diabetes tipo 2.

A Declaração de Berlim procura basear-se nesse trabalho para respaldar o desenvolvimento e a implementação de objetivos tangíveis, voltados para a ação, no curto, médio e longo prazo, para incentivar a intervenção precoce no diabetes tipo 2. Onde já existem programas nacionais e�cientes, recomendamos que a Declaração de Berlim seja usada como guia para a implementação, transformando a evidência em ação. Onde ainda estão por ser elaborados, a Declaração pode ser usada como subsídio para um robusto plano de ação baseado nas melhores práticas internacionais, garantindo que esses propósitos sejam transformados em ações com impacto sobre as vidas das pessoas em cada país.10

Para auxiliar os tomadores de decisão nesse processo, a Declaração de Berlim foi criada por um conjunto de organizações, apoiada por especialistas internacionais em diabetes, comprometidos com a causa do Early Action.

8

Principais objetivos da Declaração de Berlim

Os objetivos da Declaração, com base nas diferenças culturais, sociais e econômicas locais, são:

• Delinear os princípios-chaves do Early Action sobre os quais cada país deve trabalhar para reduzir a incidência da doença e melhorar a vida das pessoas com diabetes tipo 2.

• Oferecer orientações e aconselhamento sobre o tipo de políticas que devem ser implantadas – e que em alguns lugares já o foram.

• Concentrar a atenção em um pequeno número de metas iniciais e mensuráveis de Early Action, para monitorar os avanços e assegurar que a mudança centrada no paciente seja conseguida.

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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Uma declaração pode ser universalmente aplicável?

Esta Declaração é, ao mesmo tempo, um desa�o e uma inspiração para mudanças. Representa uma chamada mundial à ação para os formuladores de políticas públicas para que trabalhar as lacunas que existem. Não se trata de culpar, nem de acusar, mas sim de fornecer inspiração e orientação concreta, para ajudar todos os interessados envolvidos na tomada de decisões corretas relacionadas com pessoas com diabetes.

Especialistas de vários países elaboraram a Declaração de Berlim com base em princípios obtidos em sua própria experiência e que têm a possibilidade de serem aplicados em outros lugares, em outros países, culturas e sistemas. Internacional quanto ao seu objetivo, a Declaração é, portanto, relevante para todas as nações, independentemente dos diferentes ambientes. Apesar da diversidade entre os países, a Declaração pode ser usada para promover um ambiente que irá permitir que programas nacionais, localizados, sejam implementados e proporcionem mudanças.

9

Como podemos garantir que a Declaração de Berlim terá um impacto positivo para as pessoas com diabetes?

Os membros dessas organizações assumiram o compromisso de trabalhar para a implantação desta Declaração. Isto inclui tomar iniciativas nos países e a participação em uma nova reunião em Roma em 2017 para avaliar os avanços.

Desta forma, esta iniciativa é única no respaldo aos militantes tanto em nível local quanto internacional. Entretanto, neste quadro, a importância das lideranças nacionais e o envolvimento de todos os interessados são fundamentais para o sucesso da transformação das vidas das pessoas com e sob risco de diabetes.

As Políticas devem ser implementadas em todos os países para respaldar o Early Action no tratamento do diabetes tipo 2, a �m de mudar verdadeiramente o curso desta crise global.

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A Declaração de Berlim

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Early Action – A base daDeclaração de Berlim

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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A Declaração de Berlim

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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PrevençãoTomando medidas logo no início para evitar o desenvolvimento do diabetes tipo 2.

A Declaração de Berlim

12

Por que devemos agir?

A menos que façamos algo:

• O número de pessoas com diabetes continuará a aumentar, chegando a 642 milhões em 2040. Isto signi�ca que uma em cada dez pessoas estará com diabetes em 2040.1

• Os gastos dos serviços de saúde com o tratamento do diabetes irão aumentar em quase 20% até 2040 – dinheiro que poderia ser gasto de outras formas.1

Como seria ter sucesso na prevenção?

• Até 2025, conseguir parar o aumento do diabetes e da obesidade, de acordo com a projeção da Organização Mundial de Saúde de 2013.

• Até 2030, uma redução global de um terço da mortalidade prematura por diabetes, através da prevenção e tratamento, de acordo com a Meta de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.3, 48

Quais as metas a serem estipuladas para avaliar os avanços até 2020?

• Uma redução de 10% do açúcar nas dietas individuais da população.

• Um aumento de 50% na parte da população que consome pelo menos cinco porções de frutas e verduras diariamente, de acordo com o plano de ação global da Organização Mundial da Saúde para a prevenção e controle de doenças não transmissíveis.9,11

Todas as metas locais devem ser monitoradas através da incorporação de medidas importantes na coleta e monitoramento de dados sobre a saúde pública nacional.

Quais políticas devem ser implementadas?

• Uma abrangente estratégia de prevenção nacional do diabetes, focando tanto crianças quanto adultos separadamente, abrangendo educação, nutrição e exercícios para a população em geral, estratégia essa que deve ser implementada, obrigatoriamente, em todos os países. Os países com mais recursos devem colocar seus objetivos em níveis ainda mais altos.

• Um programa de prevenção do diabetes para promover aconselhamento sobre o estilo de vida para as pessoas com intolerância à glicose, ou “pré-diabetes”.

• Imposto sobre bebidas açucaradas O Estado deve tratar as dietas pouco saudáveis da mesma forma que muitos governos tratam o tabagismo, usando medidas de controle sobre o tabaco, como um precedente para a mudança de comportamento através da legislação. Essas medidas podem incluir aumentos de impostos e restrições sobre a propaganda de alimentos com alto teor de açúcar, carboidratos re�nados e gordura saturada; assim como subsídios para frutas e verduras frescas.

• Governos locais empenhados em promover a prevenção através da modi�cação dos ambientes urbanos e da alimentação, com autonomia sobre sua abordagem na aplicação de medidas para promover estilos de vida saudáveis, inclusive regulamentação de empresas e planejamento urbano.

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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A Declaração de Berlim

13

O que pode ser feito para que as políticas tenham maior probabilidade de sucesso?

• As ações preventivas devem ter início o mais cedo possível, a �m de permitir uma grande variedade de programas de intensidade relativamente baixa e moderada.12

• As complexas necessidades de grupos populacionais, tais como dos povos indígenas e de pessoas com necessidades sócio-econômicas especí�cas, devem ser abordadas em quaisquer políticas em nível de população, já que as barreiras normais contra mudanças de comportamento, muitas vezes podem ser maiores em tais grupos. Isto foi observado na Austrália, onde a incidência do diabetes tipo 2 é maior entre os povos indígenas e também nas populações de áreas remotas em comparação com as populações indígenas urbanas.13

• Deve-se promover a colaboração entre os principais interessados, tais como líderes comunitários, clínicas gerais e legisladores, para evitar que os planos encontrem barreiras em diversos níveis no sistema.

• Deve-se ter uma visão realista de quanto �nanciamento será necessário para obter um impacto com as iniciativas de prevenção, reconhecendo que é preciso um investimento inicial signi�cante, ou que essas políticas somente podem ser �nanciadas através de impostos ou cortes em outras áreas.

• É fundamental fazer do diabetes um caso especial junto aos legisladores, sendo que aqueles mesmos que forem diabéticos deverão ser mobilizados. Quando a justi�cativa para políticas especí�cas a respeito do diabetes for limitada, iniciativas mais amplas abrangendo áreas da doença com fatores de risco e comorbidades semelhantes poderiam ajudar a melhorar a probabilidade de despertar o interesse dos políticos no tratamento do diabetes.

• Todas as políticas preventivas devem ter um caráter de colaboração entre os setores e serviços e devem estar ligadas aos diversos aspectos do cotidiano que podem ser melhorados através da promoção de estilos de vida mais saudáveis e da atividade física. Os departamentos ou organizações responsáveis pela implementação devem estar fora do círculo político para evitar que o conteúdo e sua realização sejam politizados ou impactados por preocupações eleitorais.

• Implementar um sistema de rotulagem de alimentos que seja fácil de entender e focado na atenção do consumidor e na tomada de decisões em prol de produtos saudáveis, como o uso de código de cores ou um sistema de cinco estrelas.14

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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Canada Italy

O que está sendo feito?Em 2006 foi implementado o projeto PASSI para ajudar a monitorar o desempenho do Plano de Prevenção Nacional, usando vigilância contínua sobre a população adulta (18-69 anos) da Itália.17,18

Qual foi o impacto?Através do portal da web, o Projeto PASSI fornece agora ao governo, usuários e provedores de cuidados médicos, dados detalhados sobre a incidência, características e distribuição geográ�ca do diabetes, conhecimento dos atuais fatores de risco, tais como inatividade física, dietas não saudáveis, tabagismo, álcool e risco cardiovascular, e informações sobre os tratamentos atuais.17,18

Australia

O que está sendo feito?Foram tomadas medidas para aumentar o conhecimento sobre a relação entre a demência e o diabetes a �m de capitalizar sobre o interesse público e político como meio de aumentar a conscientização quanto à necessidade de prevenção.19,20

Qual foi o impacto?Em 2013, o Alzheimer’s Australia Vic começou a trabalhar no kit do diabetes tipo 2, que inclui um manual para pessoas que trabalham em uma comunidade, um livreto de informações para o consumidor e ferramentas individuais de suporte.20

A CEO do Alzheimer’s Australia National, Carol Bennett, destacou ainda mais a importância de reconhecer as ligações entre o diabetes e a demência durante a Semana Nacional do Diabetes de 2016.19

Prevenção

14

A Declaração de Berlim

Estudos de caso demonstram como a prevenção pode ser alcançada

O que eles vão fazer?A Lei Fazendo Escolhas Mais Saudáveis entrará em vigor em 1º de janeiro de 2017 na província de Ontário, e dispõe que qualquer estabelecimento que fornece alimentação em 20 ou mais locais na província exiba o número de calorias em seus cardápios.15

Qual será o impacto?De acordo com o Dr. Isra Levy, Médico Assistente de Saúde de Otawa, a publicação do número de calorias para alimentos e bebidas em cardápios permitirá que os moradores de Ottawa façam escolhas alimentares mais saudáveis, com uma maior conscientização sobre calorias ingeridas em relação às calorias que precisam."16

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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USA Spain Mexico

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A Declaração de Berlim

O que está sendo feito?O Plano Nacional de Prevenção do Diabetes dos EUA fornece uma infraestrutura para facilitar a colaboração entre as agências governamentais federais e estaduais, organizações baseadas na comunidade, funcionários, seguradoras, pro�ssionais da saúde, faculdades, e outros interessados para prevenir ou retardar o diabetes tipo 2. Baseado no Programa de Prevenção de Diabetes dos EUA (US DPP), o Programa Nacional de Prevenção de Diabetes facilita a participação em programas de mudança do estilo de vida para reduzir o risco do diabetes tipo 2 de pessoas em estado pré-diabético.21

Qual foi o impacto?Espera-se que os resultados do Programa Nacional de Prevenção de Diabetes sejam comparáveis aos resultados do US DPP (≤ 58% de redução do risco de desenvolver diabetes graças a intervenções no estilo de vida).22,23

O que está sendo feito?O DEPLAN (Diabetes na Europa - Prevenção usando o Estilo de Vida, Atividade Física e Intervenção Nutricional) é uma intervenção ativa de cuidados básicos práticos no estilo de vida que foi desenvolvida na Catalunha. Sua viabilidade e e�cácia na prevenção do diabetes tipo 2 na clínica geral na Espanha foram avaliadas em 2012. O desfecho primário avaliado foi o desenvolvimento do diabetes de acordo com o critério da OMS.24

Qual foi o impacto?Uma intervenção intensiva no estilo de vida mostrou-se viável em clínica geral e reduziu signi�cantemente a incidência de diabetes entre indivíduos de alto risco. Durante um acompanhamento médio de 4,2 anos, foi veri�cada uma redução de 36,5% do risco relativo através da intervenção intensiva no estilo de vida.24 O projeto DP- TRANSFERS (transferência dos resultados da prevenção do diabetes da pesquisa Européia para a sociedade) tem por objetivo a transferência do DEPLAN para a prática clínica diária, tornando-o acessível no âmbito da clínica geral.

O que está sendo feito?Em 2014 foi introduzido no México um imposto de 1 peso/L sobre bebidas açucaradas.25

Qual foi o impacto?No primeiro ano, a introdução do imposto resultou numa compra média menor por parte das pessoas de 4,2 litros de bebidas açucaradas. Em 2014, a média do volume de bebidas açucaradas adquirido mensalmente foi 6% menor do que seria esperado sem a cobrança do imposto.25

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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Diagnóstico precoceIdentificar e diagnosticar o mais cedo possível as pessoas com alto risco de desenvolver diabetes tipo 2.

Qual é o imperativo para agir?

• Quase a metade do total da população com diabetes tipo 2 não tem sequer conhecimento disso.1

• No momento que as pessoas com diabetes tipo 2 recebem o diagnóstico, pelo menos metade já desenvolveu uma ou mais complicações.6

• 74,7% das mortes entre pacientes com pré-diabetes ocorreram após a progressão para diabetes tipo 2.26

• Embora a idade seja um forte fator de risco para o diabetes tipo 2, um número sempre maior de pessoas mais jovens está sendo diagnosticado,27 com potencialmente mais tempo para mudar de comportamento.

O que poderia representar um sucesso no diagnóstico precoce?

• Até 2025, redução de 25% na frequência de complicações relacionadas com o diabetes detectadas quando do diagnóstico.

• Até 2025, uma redução de 25% no número de pacientes com um nível de 7% ou acima de HbA1c quando do diagnóstico.

16

A Declaração de Berlim

Quais as metas a serem estabelecidas para avaliar o progresso até 2020?

• Aumento de 50% no número de pessoas submetendo-se a teste para risco de desenvolver diabetes tipo 2

• Aumento de 50% no número de clínicos gerais treinados na detecção do diabetes.

• Aumento de 50% no número de clínicos gerais que oferecem um teste de risco para diabetes tipo 2.

• Aumento de 50% no número de pacientes de alto risco submetidos a teste para detecção do diabetes tipo 2.

Quais políticas devem ser implementadas?

• Um programa nacional de triagem para diabetes tipo 2. Os detalhes desse programa podem variar, dependendo da incidência nacional e dos fatores de risco, porém deveria incluir, no mínimo, avaliação sistemática e proativa de todos os indivíduos em risco junto com serviços que fornecem tratamento para as complicações relacionadas com o diabetes, planejamento de uma capacidade maior de encaminhamento e coleta de dados sobre indivíduos triados e diagnosticados.

• Uma ferramenta de avaliação de risco validada (ou pequeno número de ferramentas) adotada em cada país para identi�car pessoas em risco de desenvolver o diabetes tipo 2 e monitoramento sistemático dos dados. Isto deveria ser livremente acessível online e em ambientes no âmbito da saúde, do trabalho e da comunidade, bem como adaptada para re�etir todos os grupos étnicos do país. Organizações, tal como a Federação Internacional de Diabetes, podem dar apoio em nível internacional, usando seus canais de comunicação para promover ferramentas padronizadas de avaliação de risco, além de estabelecer metas internacionais a serem perseguidas pelos países.

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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A Declaração de Berlim

O que pode ser feito para que as políticas tenham mais probabilidade de sucesso?

• O impacto econômico da triagem deve ser efetivamente analisado quando da introdução das políticas. Somente a triagem no caso de grupos de risco deve ser incluída na política, já que a triagem a nível de população não mostrou ser economicamente viável.28 Um simples plano de custo-e�cácia delineando o “custo inicial” versus “custo das complicações” deveria ser incluído para garantir o interesse. Também é essencial que os serviços sejam planejados para suportar o provável aumento de casos de pessoas diagnosticadas, com muita atenção para a capacidade de planejamento e investimento sustentáveis.

• Deve ser realizada uma revisão nacional do treinamento para detecção do diabetes, a �m de assegurar que o alinhamento com as melhores práticas internacionais e políticas nacionais de triagem e que todas as oportunidades de diagnóstico precoce do diabetes sejam maximizadas.

• Os clínicos gerais – que diagnosticam a maioria dos casos de diabetes tipo 2 – devem ser incentivados a dar prioridade à triagem do diabetes, apesar de terem que lidar com vários problemas de saúde em consultas que duram apenas uns poucos minutos.29

• Deve-se enfatizar o diabetes especi�camente, ao invés de agrupá-lo com outras doenças não-transmissíveis, onde a sua gravidade pode ser diluída

• A �m de planejar os serviços, devem ser estabelecidas estimativas exatas quanto ao número de pessoas diabéticas e em alto risco de diabetes. Isto paralelamente com chamadas para diagnóstico precoce, o que deve ser usado para baratear o investimento inicial (mudanças do estilo de vida) versus complicações mais dispendiosas.

17

• O estigma deve ser superado, de modo que aqueles que sofrem de diabetes tipo 2 não sejam "culpados" por sua condição, pois isso pode afetar negativamente a maneira como eles se envolvem com seus fatores de risco fazendo com que eles evitem procurar um diagnóstico.30 Deve ser adotada uma fraseologia global e mensagens chave para garantir que a comunicação sobre a triagem seja consistente, respaldando uma solução construtiva, ao invés de rati�car o estigma. Um slogan tal como “Diabetes é comum – venha logo, faça um exame” poderia ser usado com uma mensagem chave tal como “A detecção e o tratamento precoce vão melhorar sua qualidade de vida, prolongando-a”.

• Aproveitar o poder das pessoas e conduzir a mudança de baixo para cima é vital, com base no impacto humano da doença, que inclui perda da visão e perda de membros. Onde os legisladores forem relutantes em investir na triagem, eles poderão ser persuadidos a fazê-lo se houver uma demanda por parte das suas populações/eleitores. Podem ser implementadas iniciativas através das mídias sociais e tecnologia acessível para promover testes de risco e aumentar as taxas de participação, colocando o poder de exigir cuidados e tratamentos corretos nas mãos de pessoas diabéticas ou com risco de desenvolver diabetes.

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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Diagnóstico precoceEstudos de caso demonstram como isto pode ser alcançado

Canada

USA

O que está sendo feito?A Associação Americana de Diabetes iniciou a campanha Stop Diabetes (Pare o Diabetes) em novembro de 2009, que tem por objetivo acabar com o diabetes e todos os seus males. Pessoas de todo os EUA estão empenhadas em dar seu apoio à luta para parar o diabetes, como indicado em seu Mapa do Movimento.33

Qual foi o impacto?Em menos de um ano, 677.728 pessoas participaram deste movimento, tomando uma posição contra o diabetes.34 O movimento agora trabalha para combater o estigma associado com o diagnóstico de diabetes tipo 2, compartilhando experiências de pacientes utilizando blogs e a mídia social.35

18

O que está sendo feito?Os pacientes podem identi�car seu risco de desenvolver diabetes tipo 2 online, através do teste CANRISK. Possibilita que eles abordem proativamente seu pro�ssional de saúde para obter ajuda.31

Qual foi o impacto?O teste foi validado por mais de 6.000 pacientes em sete províncias, e grande parte da população canadense foi alcançada, já que o programa foi ampliado para uso público, na clínica geral e farmácias32, fornecido em colaboração com as empresas de saúde, de ciência da vida e de seguro de vida.31

A Declaração de Berlim

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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Denmark Brazil

O que está sendo feito?O Strategic Action Plan to Prevent and Control Non-Communicable Diseases (Plano de Ação Estratégico para Prevenir e Controlar Doenças Não Transmissíveis) estabeleceu metas especí�cas para ampliar a triagem para detecção do diabetes tipo 2.37

Qual foi o impacto?O Plano pretende ampliar a triagem pelos clínicos gerais, hospitais e farmácias da comunidade, alcançando 60% da população.37

19

O que está sendo feito?O estudo Anglo-Danish-Dutch Study of Intensive Treatment In People with Screen Detected Diabetes in Primary Care (ADDITION – Estudo Anglo-Dinamarquês-Holandês de Tratamento Intensivo de Pessoas com Diabetes Detectado na Triagem da Clínica Geral) avaliou se a identi�cação precoce do diabetes tratando-o antes do desenvolvimento dos sintomas poderia reduzir o risco de morte precoce ou ataque cardíaco ou AVC.36

Qual foi o impacto?Os resultados do estudo indicaram que o diagnóstico e o tratamento precoces do diabetes podem reduzir o risco de um evento cardiovascular em 7,5% em termos de redução absoluta de risco e de 29% na redução relativa do risco, além de diminuir o risco de morte prematura.36

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Controle Assegurar que as pessoas com diabetes recebam o tratamento e suporte que necessitam para obter um bom controle dos seus níveis glicêmicos o mais cedo possível, a fim de reduzir o risco de complicações.

Qual é o imperativo para agir?

• Até 2040, 642 milhões de pessoas estarão com diabetes, o que as coloca em risco de ataque cardíaco, AVC, cegueira e amputações.1

• Foi constatado que o controle glicêmico, o controle da pressão arterial e do colesterol de acordo com as principais diretrizes melhorou signi�cantemente os desfechos dos pacientes e reduziu os custos dos cuidados médicos ao longo da vida.38

O que poderia representar um sucesso do controle?

• Até 2025, uma redução global de 25% na mortalidade prematura por diabetes, de acordo com a previsão de 2013 da Organização Mundial da Saúde.9

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A Declaração de Berlim

Quais metas deveriam ser estabelecidas para avaliar os avanços até 2020?

• Exame anual dos níveis de HbA1c, pressão arterial, lipídios, doença do pé diabético e retinopatia em 90% das pessoas portadoras de diabetes tipo 2.

• Aumento de10% no número de indivíduos que alcançaram sua meta de HbA1c a cada ano.39

• Aumento de 10% no número de indivíduos que alcançaram suas metas de pressão arterial a cada ano.

• Aumento de 10% no número de indivíduos que alcançaram suas metas de lipídios no sangue a cada ano.

• Auditorias locais de nível de serviço, como as seguintes, devem ser realizadas anualmente:

o Número de horas dedicadas à educação sobre controle do diabetes nas faculdades de medicina – em ambos os níveis de graduação e pós-graduação.

o Tempo médio que as pessoas com controle do diabetes abaixo do ideal aguardam antes da próxima consulta clínica.

o Porcentagem de serviços locais que prescrevem em conformidade com as orientações de melhores práticas estabelecidas a nível nacional

Na ausência de sistemas so�sticados para acompanhar esta situação, devem ser realizadas auditorias anuais pontuais.

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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Quais políticas precisam ser implementadas?

• Educação autodidata como parte dos cuidados de rotina disponíveis. Os programas que focalizam a autogestão para indivíduos, famílias e cuidadores devem promover mudanças no estilo de vida como foco principal do tratamento do diabetes tipo 2 e encorajar os indivíduos a assumirem a responsabilidade e, quando necessário, militar para seu próprio controle. Melhores resultados têm sido obtidos com o envolvimento da família e dos cuidadores.

• Diretrizes nacionais no tratamento do diabetes tipo 2 devem ser desenvolvidas e atualizadas com frequência, em linha com as evidências que surgem; a comunicação dessas atualizações para os pro�ssionais de saúde deve ser simples e fácil de acompanhar.41

• Monitoramento nacional para medir desfechos clínicos e para demonstrar a proporção de pessoas com controle abaixo do ideal e as iniciativas que estão sendo tomadas para abordar esse problema.

• Incentivos �nanceiros para os pro�ssionais da saúde num ambiente onde a maioria dos pacientes com diabetes tipo 2 é tratada para atingir as metas estabelecidas no plano nacional.

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O que está sendo feito?O DEPLAN (Diabetes na Europa - Prevenção usando o Estilo de Vida, Atividade Física e Intervenção Nutricional) é uma intervenção ativa de cuidados básicos práticos no estilo de vida que foi desenvolvida na Catalunha. Sua viabilidade e e�cácia na prevenção do diabetes tipo 2 na clínica geral na Espanha foram avaliadas em 2012. O desfecho primário avaliado foi o desenvolvimento do diabetes de acordo com o critério da OMS.24

Qual foi o impacto?Uma intervenção intensiva no estilo de vida mostrou-se viável em clínica geral e reduziu signi�cantemente a incidência de diabetes entre indivíduos de alto risco. Durante um acompanhamento médio de 4,2 anos, foi veri�cada uma redução de 36,5% do risco relativo através da intervenção intensiva no estilo de vida.24 O projeto DP- TRANSFERS (transferência dos resultados da prevenção do diabetes da pesquisa Européia para a sociedade) tem por objetivo a transferência do DEPLAN para a prática clínica diária, tornando-o acessível no âmbito da clínica geral.

O que deve ser feito para que as políticas tenham mais probabilidade de sucesso?

• Os médicos devem ser incentivados a escalar o tratamento de acordo com as diretrizes e a combater a "inércia clínica". Deve ser enfatizada uma abordagem personalizada para o controle precoce da doença.42

• Paralelamente à política, devem ser implementadas campanhas de conscientização para melhorar a compreensão do público sobre o que é um bom controle e como alcançá-lo, a exemplo do que ocorre na África do Sul e em Bangladesh.44

• Compartilhamento dos modelos das melhores práticas que podem ser adotadas e adaptadas para a situação local, para que os tomadores de decisão e políticos estejam cientes dos benefícios de um controle efetivo e precoce

• Devem ser realizadas análises de custo-e�cácia em relação às opções de tratamento para estabelecer as políticas que proporcionem segurança no investimento de longo prazo.43

• As percepções devem ser voltadas para grupos de pacientes, a �m de assegurar que o público entenda as complicações do diabetes como causas graves de mortalidade e morbidade prematuras, e que o investimento feito no tratamento da doença visa a combater as falhas do sistema, e não das pessoas.30

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ControleEstudos de caso demonstram como isto pode ser alcançado

Finland

O que está sendo feito?Os pacientes receberam um aparelho eletrônico de gerenciamento de doenças e um link de atendimento domiciliar, permitindo que elas e seus cuidadores enviassem e recebessem mensagens curtas (mensagens de texto) em celulares ou pela Internet.45

Qual foi o impacto?Após 12 meses, foram observadas reduções signi�cantes nos níveis de HbA1c (de 7,8% para 7,3%).45

India

O que está sendo feito?“Uday” – um programa intensivo de cinco anos – está fornecendo treinamento a vários médicos e trabalhadores da saúde da comunidade sobre métodos econômicos de prevenir e tratar diabetes e hipertensão.46

Qual será o impacto?Os resultados esperados após cinco anos da implementação incluem um aumento de 50% nos níveis de controle da glicemia entre os pacientes.47

UK

O que está sendo feito?Serviços de clínicos gerais foram fornecidos com incentivos �nanceiros através do Quality and Outcomes Framework (Estrutura de Qualidade e Resultados) para melhorar o controle da HbA1c.48

Qual foi o impacto?A remuneração por desempenho pode ter contribuído para a melhora observada desde 2009 nos cuidados com o diabetes, e a introdução do Quality and Outcomes Framework proporcionou lições que estão sendo aprendidas sobre eliminação de limiares e como tornar as metas mais desa�adoras para obter melhores resultados.49

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A Declaração de Berlim

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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Italy

O que está sendo feito?As iniciativas para aumentar a conscientização sobre o diabetes foram seguidas por uma pesquisa destinada a avaliar as opiniões dos médicos sobre o tratamento, as prioridades e as barreiras no atendimento dos pacientes encaminhados pela primeira vez às clínicas de tratamento do diabetes. Isto mostrou que a principal prioridade para os médicos era "atingir a meta de HbA1c".50

Qual será o impacto?Esses resultados poderão ajudar a implantar novas estratégias para reduzir a inércia clínica, a diferença de atitudes e as disparidades geográ�cas.50

Israel

O que está sendo feito?Registros médicos eletrônicos possibilitam aos médicos avaliar as necessidades dos pacientes em tempo real. Alertas noti�cam os pro�ssionais da saúde para que entrem em contato com seus pacientes quando seus níveis de glicemia fogem do controle.51

Qual foi o impacto?Os pacientes �cam fora de controle não mais do que três meses antes que medidas sejam tomadas. O número de pessoas com diabetes e um HbA1c de mais de 9% diminuiu em mais de dois terços e a média de custo por pessoa para o sistema de saúde também diminuiu em 30% ao longo de 12 anos.51

23

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A Declaração de Berlim

Acesso ao tratamento corretoAssegurar que os sistemas de saúde estejam atendendo à necessidade de acesso equitativo e precoce aos programas de educação personalizada, mudança de estilo de vida e tratamentos que as pessoas com diabetes tipo 2 necessitam

Qual é o imperativo da intervenção?

• O acesso a intervenções no estilo de vida, tais como aconselhamento individual e suporte motivacional para uma dieta e�caz, exercícios e modi�cação do comportamento podem reduzir o risco de desenvolver diabetes em até 58% para ambos os sexos e todas as etnias.52

• Uma abordagem proativa e personalizada para melhorar o controle da glicemia em pessoas com diabetes pode tornar mais e�cientes os serviços de saúde, possibilitando a redução em 30% do custo médio de uma pessoa com diabetes no sistema de saúde.51

• Muitos países podem ter programas nacionais que determinam as intervenções personalizadas que os pacientes devem esperar, mas poucas são implantadas de forma a abordar e�cazmente os desa�os de acesso e capacidade.

O que poderia ter sucesso no acesso ao tratamento correto?

• Que até 2020 os países tenham um plano nacional abrangente para o diabetes, incluindo as melhores práticas sobre o acesso precoce à educação personalizada, programas de mudança de estilo de vida e abordagens de tratamento.

• Que até 2025 os países tenham um registro nacional do diabetes implementado e monitoramento regular da adesão ás diretrizes para educação, programas de mudança do estilo de vida e abordagens modernas de tratamento.

Quais metas devem ser estabelecidas para avaliar os avanços até 2020?

24

• Aumento de 10% no percentual de pessoas com diabetes que têm acesso aos recursos abaixo dentro de um ano do diagnóstico:53

o Educação personalizadao Programa individualizado de estilo de vidao Análise dos respectivos planos de tratamento (considerando seus níveis de HbA1c e as diretrizes clínicas)

Quais políticas devem ser implementadas?

• Programa nacional de diabetes que estabeleça uma política nacional sobre o manejo do diabetes e inclua metas clínicas acordadas. Os programas nacionais devem recomendar políticas claras e um plano de implementação que inclua prazos e monitoramento, determine os principais responsáveis, as implicações orçamentárias e as metas de curto e longo prazo

• Lista de medicamentos aprovada a nível nacional (formulário) para o tratamento do diabetes tipo 2, contendo medidas para superar os obstáculos ao acesso e ao preço acessível e para monitorar os progressos no sentido da cobertura universal da saúde.54 Deve incluir, no mínimo, acesso a tratamentos para diabetes tipo 2, pressão arterial e lipídios.

• Plano de dez anos sobre acesso equitativo aos tratamentos do diabetes para os setores público e privado, descrevendo como os recursos serão fornecidos para atender à crescente demanda de tratamento do diabetes tipo 2, abordando as políticas, a força de trabalho e a infraestrutura necessária para garantir acesso sustentável e equitativo.

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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O que pode ser feito para que as políticas tenham mais probabilidade de sucesso?

• Promover auditorias bianuais/anuais sobre a adesão às diretrizes nacionais como forma de monitorar a implementação do programa nacional, com recursos especí�cos, como ocorre no Japão – a serem realizadas a nível clínico, de serviços de saúde e regional

• Criar registros de saúde eletrônicos compatíveis para melhorar a capacidade de monitorar o controle da glicemia e direcionar a terapia personalizada - em casa e na clínica. Dentro de um sistema nacional de saúde, esse procedimento permite a medição contínua de desempenho e gestão, vinculação de dados e uso de dispositivos móveis, com pesquisa de resultados avançados e ciclos de melhoria. Em nível internacional, os dados agregados podem ser compartilhados e comparados

• As metas devem ser elevadas em relação ao que pode ser conseguido dentro dos orçamentos e sistemas atuais, pensando além da prática existente e aprendendo com exemplos internacionais de melhores práticas

• Inicialmente os recursos devem ser investidos para identi�car onde o acesso a intervenções personalizadas é fraco, como obter melhorias nesta área e estabelecer uma abordagem coerente para esta questão.10

25

• A responsabilidade deve ser centralizada para melhorar o acesso a intervenções personalizadas, e a responsabilidade pela implementação deve ser descentralizada localmente, com responsabilidade compartilhada entre os serviços.10

• A nível internacional, devem ser desenvolvidos esforços para aprender com outros países sobre as melhores práticas de educação, mudança de estilo de vida e tratamentos e o que pode ser feito para melhorar o acesso aos diferentes sistemas e em diferentes condições �nanceiras.

• Os governos devem estar alinhados com as iniciativas internacionais existentes relacionadas com a Cobertura de Saúde Universal, tais como a Organização Mundial de Saúde e o monitoramento global do Banco Mundial para a cobertura do tratamento do diabetes.55

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Israel

O que está sendo feito?O Ministério da Saúde criou um Comitê Regulatório, encarregado de melhorar a saúde pública da nação através da implementação de um plano nacional.56

Qual foi o impacto?Este grupo multidisciplinar incluiu representantes do Ministério da Saúde e de organizações de pro�ssionais e pacientes.57 Lançou iniciativas voltadas para a melhoria do acesso à assistência de alta qualidade para o diabetes em diferentes regiões, incentivando a cooperação com outros interessados, inclusive prefeitos e conselhos locais.

UAE China

Acesso ao Tratamento correto

Estudos de caso demonstram como isto pode ser alcançado

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O que está sendo feito?O governo criou regulamentos, leis e iniciativas abrangentes para garantir que todas as pessoas – especialmente as crianças – tenham acesso a programas positivos de educação e estilo de vida, inclusive alimentação saudável nas escolas, desenvolvimento de ciclovias e trilhas, triagem da obesidade em crianças em idade escolar e proibição de publicidade para alimentos não saudáveis.59

Qual será o impacto?Em 2013, a Fundação das Nações Unidas para a Infância (Unicef) constatou que uma em cada três crianças nos EAU era obesa.60 Espera-se obter uma redução nessa taxa nos próximos anos, melhorando o acesso precoce a intervenções e�cazes no estilo de vida e suporte à educação.

O que está sendo feito?Em 2012, a China implementou um Plano Nacional para Prevenção e Tratamento de Doenças Não Transmissíveis.61

Qual será o impacto?O plano, desenvolvido pelo Ministério da Saúde e quatorze outros ministérios, implementou várias metas mensuráveis ligadas à melhoria do acesso a tratamentos e�cazes para o diabetes tipo 2; por exemplo, 80% dos hospitais de assistência básica devem estar equipados para monitoramento dos níveis glicêmicos.61

A Declaração de Berlim

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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South Africa

O que está sendo feito?O Plano Estratégico Nacional para a Prevenção e Controle de Doenças Não Transmissíveis da África do Sul aponta a necessidade de maior investimento no treinamento de pro�ssionais de clínica geral.62

Qual será o impacto?Espera-se que o plano irá aumentar as metas de triagem em 5% de crescimento em geral e 30% de aumento na proporção de triagens realizadas pelos clínicos gerais até 2017.62

Finland

27

O que está sendo feito?Na Finlândia, o Programa para a Prevenção do Diabetes Tipo 2 inspirou a primeira estratégia nacional no mundo a incluir a população em um amplo programa de prevenção do diabetes tipo 2, lançado em 2000.63

Qual foi o impacto?Lançado no ano 2000 com metas claras a serem alcançadas até 2010, a estratégia nacional DEHKO incluiu 25 recomendações para intervenção precoce, tais como a mobilização do pessoal da saúde em um modelo conjunto de diabetes / saúde cardíaca, acesso a novas funções de nutricionistas comunitários no nível de atenção primária e ocupacional e o estabelecimento de grupos de apoio para controle do peso.63

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As partes interessadas no controle do diabetes já se comprometeram a apoiar a iniciativa

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A Declaração de Berlim

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Assinado por:

Convocação para uma intervençãoSe todos os países tomarem medidas para respaldar a implementação de políticas de Early Action e garantirem uma capacidade instalada para alcançar este objetivo, poderemos transformar a atual trajetória do diabetes tipo 2 e de milhões de vidas atualmente afetadas por esta condição que transforma e ameaça a vida.Estamos convocando todos os interessados no combate ao diabetes em todo o mundo para assinar esta Declaração e respaldar a implementação de suas recomendações.

29

Você pode se inscrever enviando um e-mail para [email protected]

John Richard Blickstead, Canadá

Prof. Antonio Ceriello, Itália

Professor Stephen Colagiuri, Austrália

Dr. Francesc Xavier Cos, Espanha

Dr. Mohamed Farghaly, Emirados Árabes Unidos

Prof. Dr Alexandre Hohl, Brasil

Dr. Sanjay Kalra, Índia

Prof. Abraham Karasik, Israel

Professor Kamlesh Khunti,Reino Unido

Professor Nebojsa Lalic, Sérvia

Dr. Nicky Lieberman, Israel

Professor Margaret McGill, Austrália

Dr. Antonio Gerardo Medea, Itália

Dr. Augusto Pimazoni Netto, Brasil

Prof. Itamar Raz, Israel

Dra. Denise Reis Franco, Brasil

Professor Nabil Sulaiman, Emirados Árabes Unidos

Dra. Fernanda Thome, Brasil

Dr. Sergio Zuniga-Guajardo, México

Dr. Jens Kröger, Presidente, Diabetes DE – German Diabetes Aid (GDA)

Dr. Salim Yusus, Presidente, Federação Mundial de Cardiologia

Dr. Shaukat Sadikot, Presidente, Federação Internacional do Diabetes

Professor Johan Wens, Presidente, Primeiros Cuidados Diabetes Europa

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Prevenção Diagnóstico precoce

• Um programa nacional de triagem para diabetes tipo 2. As particularidades podem variar dependendo da incidência nacional e dos fatores de risco, mas, no mínimo, deverão incluir a avaliação sistemática e proativa dos indivíduos em risco, o alinhamento com os serviços que atendem às complicações relacionadas com o diabetes, o planejamento da capacidade para aumento das referências e a coleta de dados sobre os números selecionados e diagnosticados

• Uma ferramenta de avaliação de risco validada para triagem (ou pequeno número de ferramentas) de�nida em cada país para identi�car pessoas com risco de desenvolver diabetes tipo 2 e monitorar os dados de forma consistente.

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Em resumo: a visão para Early Action no diabetes

30

• Uma estratégia nacional abrangente para prevenção do diabetes, focalizando crianças e adultos separadamente. Um programa de base, no mínimo, deve ser implantado em todos os países que pretendem progredir, em função dos recursos disponíveis

• Um programa de prevenção do diabetes proporciona aconselhamento sobre estilo de vida para indivíduos com problemas de tolerância à glicose ou “pré-diabetes”.

• Um imposto sobre bebidas açucaradas. Pode também incluir aumentos e restrições sobre propaganda de alimentos com alto teor de açúcar, carboidratos re�nados e gordura saturada, assim como subsídios para frutas frescas e verduras.

• Governo local encarregado de promover a prevenção modi�cando ambientes urbanos e ambientes de alimentação locais.

• Até 2025, deter o aumento de casos de diabetes e obesidade9

• Até 2030, redução global de um terço dos casos de mortalidade prematura devido ao diabetes através da prevenção e tratamento8

• Até 2025, uma redução de 25% na freqüência de complicações relacionadas com o diabetes detectadas no diagnóstico.

• Até 2025, uma redução de 25% no número de pacientes com um nível de 7% ou acima de HbA1c quando do diagnóstico.

A Declaração de Berlim

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Controle Acesso ao tratamento correto

• Autogestão da educação disponível como parte da rotina de tratamento. Programas autodidatas para indivíduos, famílias e cuidadores para promover mudanças no estilo de vida com foco principal no tratamento do diabetes tipo 2, incentivando os indivíduos a assumirem a responsabilidade, e a militância, quando necessário, para seu próprio melhor controle.

• Diretrizes nacionais sobre o manejo do diabetes tipo 2 devem ser desenvolvidas e atualizadas frequentemente, conforme as evidências que surgirem.

• Monitoramento nacional para medir os resultados clínicos e para demonstrar a proporção de pessoas com controle abaixo do ideal e as iniciativas que estão sendo tomadas para abordar esta questão.

• Incentivos financeiros para profissionais da saúde em ambientes onde a maioria dos pacientes com diabetes tipo 2 é tratada para alcançar as metas estabelecidas no programa nacional.

• Até 2025, uma redução global de 25% na mortalidade prematura devido ao diabetes

31

• Programa nacional que estabeleça uma política nacional sobre o manejo do diabetes e inclua metas clínicas de consenso. Os programas nacionais devem conter recomendações políticas claras e um plano de implementação que inclua prazos e monitoramento, determine os principais responsáveis, as implicações orçamentárias e as metas de curto e longo prazo

• Lista de medicamentos aprovada a nível nacional (formulário) para o tratamento do diabetes tipo 2, com a implementação de medidas para superar os obstáculos ao acesso aos medicamentos e sua acessibilidade econômica e monitorar os avanços visando à cobertura universal da saúde.

• Plano de dez anos sobre acesso equitativo ao tratamento do diabetes para os setores público e privado, descrevendo como os recursos serão fornecidos para atender à crescente demanda de diabetes tipo 2, abordando as políticas, a força de trabalho e a infraestrutura necessárias para garantir acesso sustentável e equitativo.

• Até 2020, os países deverão contar com um programa nacional abrangente para o diabetes, cobrindo as melhores práticas no acesso precoce à educação personalizada, programas de mudança de estilo de vida e abordagens de tratamento.

• Até 2025, os países deverão ter um registro nacional do diabetes implementado e monitoramento regular da adesão às diretrizes para educação, programas de mudança de estilo de vida e modernas abordagens de tratamento.

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1 International Diabetes Federation, IDF Diabetes Atlas, Seventh Edition, 2015

2 Ki-Moon, B, Secretary-General’s concluding remarks at Forum on Global Health, 2009. Available at: http://www.un.org/sg/STATEMENTS/ index.asp?nid=3922. Accessed September 2016

3 World Innovation Summit for Health, Rising to the challenge: preventing and managing type 2 diabetes, Report of the (WISH) diabetes forum 2015, 2015

4 World Health Organization, Global report on diabetes, 2016. Available at: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/204871/1/9789241565257_eng.pdf. Accessed September 2016

5 American Diabetes Association, Standards of Medical Care in Diabetes – 2015, 2015. Available at: http://care.diabetesjournals.org/content/ suppl/2014/12/23/38.Supplement_1.DC1/January_Supplement_ Combined_Final.6-99.pdf. Accessed September 2016

6 Spijkerman, AM et al, Microvascular complications at time of diagnosis of type 2 diabetes are similar among diabetic people detected by targeted screening and people newly diagnosed in general practice: the hoorn screening study, 2003. Diabetes Care; 26:2604-8

7 International Diabetes Federation and International Working Group on the Diabetic Foot, Diabetes. Available at: http://www.idf.org/webdata/docs/ background_info_NA.pdf

8 United Nations, Sustainable Development Goals, 2015. Available at: https://sustainabledevelopment.un.org/sdgs. Accessed September 2016

9 World Health Organization, Global Action Plan for the Prevention and Control of NCDs 2013–2020, 2013. Available at: http://apps.who.int/iris/ bitstream/10665/94384/1/9789241506236_eng.pdf. Accessed September 2016

10 World Health Organization, National Diabetes Plans Europe, 2016. Available at: http://www.euro.who.int/ data/assets/pdf_�le/0009/307494/National-diabetes-plans-Europe.pdf

11 NHS choices, Why 5 A DAY? 2016 Available at: http://www.nhs.uk/ Livewell/5ADAY/Pages/Why5ADAY.aspx. Accessed September 2016

12 Tuomilehto, J and Schwarz, PEH, Preventing Diabetes: Early Versus Late Preventive Interventions, 2016. Diabetes Care; 39(Supplement 2): S115-S120

13 Australian Indigenous HealthInfoNet, What do we know about diabetes among Indigenous people? 2015. Available at: http://www.healthinfonet.ecu. edu.au/health-facts/health-faqs/diabetes#fnl-10. Accessed September 2016

14 Schwarz P and Riemenschneider H, Slowing Down the Progression of Type 2 Diabetes: We Need Fair, Innovative, and Disruptive Action on Environmental and Policy Levels! 2016. Diabetes Care; 39(Supplement 2): S121-S126.

15 Ontario Government, Healthy Menu Choices Act, 2015, S.O. 2015, c. 7, Sched. 1. Available at: https://www.ontario.ca/laws/statute/15h07. Accessed September 2016

16 Ottawa.ca, Ottawa Public Health applauds the Ontario government for passing the Making Healthier Choices Act, 2015. Available at: http://ottawa.ca/ en/news/ottawa-public-health-applauds-ontario-government-passing-making- healthier-choices-act. Accessed September 2016

17 PASSI, National Report Steps 2012: Diabetes, 2016. Available at: http://www.epicentro.iss.it/passi/rapporto2012/diabete.asp. Accessed September 2016

Referências

32

18 PASSI, Surveillance Steps: General informations, 2016. Available at: http:// www.epicentro.iss.it/passi/infoPassi/infoGen.asp. Accessed September 2016

19 Alzheimer’s Australia, Diabetes can double your risk of dementia, 2016. Available at: https://www.�ghtdementia.org.au/media-releases/diabetes-can- double-dementia-risk. Accessed September 2016

20 Alzheimer’s Australia Vic, Dementia and diabetes A toolkit for community care workers, 2014. Available at: https://vic.�ghtdementia.org.au/sites/default/�les/ Worker%20Manual%20A4%20WEB.pdf. Accessed September 2016

21 Centers for Disease Control and Prevention, National Diabetes Prevention Program. Available at: http://www.cdc.gov/diabetes/prevention/index.html. Accessed September 2016

22 Diabetes Prevention Program Research Group, 10-year follow-up of diabetes incidence and weight loss in the Diabetes Prevention Program Outcomes Study, 2009. The Lancet. 374 (9702): 1677–1686

23 World Innovation Summit for Health, Rising to the challenge – preventing and managing type 2 diabetes, 2015. Available at: https://www.imperial.ac.uk/ media/imperial-college/institute-of-global-health-innovation/public/Diabetes. pdf. Accessed September 2016

24 Costa, B et al, Delaying progression to type 2 diabetes among high-risk Spanish individuals is feasible in real-life primary healthcare settings using intensive lifestyle intervention, 2012. Diabetologia; 55:1319–1328

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28 Waugh, N et al, Screening for type 2 diabetes: literature review and economic modelling, 2007. Available at: http://www.journalslibrary.nihr. ac.uk/ data/assets/pdf_�le/0005/64688/FullReport-hta11170.pdf. Accessed September 2016

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30 Browne, JL et al, I call it the blame and shame disease: a qualitative study about perceptions of social stigma surrounding type 2 diabetes, 2013. Available at: http://bmjopen.bmj.com/content/3/11/e003384.full.pdf+html. Accessed September 2016

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A Declaração de Berlim

Número: 1.034.866,011Data de elaboração: Março 2017

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50 Suraci, C et al, ASUBITO!AMD survey on the early diabetes treatment in Italy, 2012. Acta Diabetol;49(6):429-33.

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51 Internal Clalit data

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63 The European Policy Action Network on Diabetes, The ExPAND Policy Toolkit on Diabetes, 2014. Available at https://www.idf.org/sites/default/�les ExPandPolicyToolkitonDiabetes_0.pdf. Accessed September 2016

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A Declaração de BerlimUma vontade conjunta de mudança das políticas para uma intervenção precoce no tratamento do diabetes tipo 2