A Degeneração Do Espiritismo

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  • 7/26/2019 A Degenerao Do Espiritismo

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    A degenerao doEspiritismo

    Dalmo Duque dos Santos

    Comparando a histria do Espiritismo com a do Cristianismo Primitivo, podemos tiraralgumas concluses importantes para a o futuro da nossa doutrina e o do seumovimento social.

    O Cristianismo, cuja pureza doutrinria do Evangelho e simplicidade de organizaofuncional dos primeiros n!cleos cristos foi con"uistando lenta e seguramente asociedade de sua #poca, sofreu com o tempo um desgaste ideolgico. Corrompeu$se porfora dos interesses pol%ticos, financeiros e institucionais. Os novos adeptos e seusl%deres, no conseguindo penetrar na ess&ncia do Evangelho, "ue # regenerao, ou

    seja, o mergulho doloroso no mundo interior e a reverso das atitudes e'teriores,adaptaram o mesmo (s suas conveni&ncias psico$sociais, atacando suas id#ias maiscontundentes ( moral animalizada, alimentando os mecanismos de defesa da mente,fazendo concesses (s fra"uezas dos adeptos e desviando$os para o comodismo dosdisfarces rituais e'teriores. )epresso de foras espirituais espont*neas e id#iasconsideradas ameaadoras ao clero, como a mediunidade e a reencarnao+ afalsificao de tradies e a adoo do sincretismo dos costumes raros, foram asprincipais estrat#gias dessa clericalizao do cristianismo.

    O resultado de tudo isso # em conhecido- dois mil&nios de intoler*ncias, viol&ncias,

    atraso espiritual, perpetuao das injustias sociais, agravamento de compromissos coma lei de ao e reao e forte comprometimento da regenerao do nosso planeta.

    Com o Espiritismo no est sendo muito diferente.

    pesar das advert&ncias dos Esp%ritos e do prprio llan /ardec "uanto aos per%odoshistricos e tend&ncias do movimento, os esp%ritas insistem em cometer os mesmoserros do passado. Os mesmos erros por"ue provavelmente somos as mesmas almas "uerejeitaram e desviaram o Cristianismo da sua vocao e agora posamos de puristasortodo'os, inimigos ocultos do Esp%rito da 0erdade.

    1egligentes com a orao e a vigil*ncia, cedemos constantemente aos tentculos dopoder e da vaidade. 2esprezamos a toda hora a id#ia do 3amai$vos e instru%$vos4,entendendo$a egoisticamente, ora como fortalecimento intelectual competitivo, oracomo o afrou'amento dos valores doutrinrios. 1o conseguindo nos adaptar aoEspiritismo, compreendendo e vivenciando suas verdades, vamos aos poucos adaptandoa doutrina aos nosso limites, corrompendo os te'tos da codificao, ignorando ae'peri&ncia histrica de llan /ardec e dos seus colaoradores, trazendo para os centrosesp%ritas prticas dogmticas das nossas prefer&ncias religiosas, hitos pol%ticos dasagremiaes "ue fre"5entamos e mais comumente a interfer&ncia negativa dos nossoscaprichos e vaidades pessoais.

    Como os primeiros cristos, tam#m lutamos pelo crescimento de nossas instituies,dei'ando$nos seduzir pelo mundo e'terior e imitando os grupos j pervertidos,construindo palcios ar"uitet6nicos, cuja finalidade sempre foi causar impresso aosolhos e a falsa id#ia de prest%gio pol%tico+ e dentro deles praticamos as mesmas faanhas

  • 7/26/2019 A Degenerao Do Espiritismo

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    da deslealdade, das rivalidades, das perseguies aos desafetos, da auto$afirmao eliderana autoritria, de cr%tica e oicote (s id#ias "ue no concordamos.

    E, finalmente, cultivamos uma e"u%voca concepo de unificao, esperandoingenuamente "ue a nossas id#ias e grupos sejam majoritrios num 7rande 8rgo2irigente do Espiritismo 9undial, do nosso imaginrio, e muitas outras tolices efantasias "ue nem vale a pena enumerar a"ui.

    E assim caminhamos, unidos em nossas displic&ncias e divididos nas responsailidades.Preferimos es"uecer figuras e'emplares "ue atuaram na :ociedade Esp%rita de Paris"uando ignoramos nossa histria saiamente registrada na )evista Esp%rita. 2ei'amosde lado l%deres agregadores ; ainda "ue diverg&ncias normais e tolerveis e'istissementre eles ; para ouvir e nos dei'ar dominar por um disfarado clero institucional,comando por vozes med%ocres e ciumentas, figueiras est#reis, sofistas encantadores eimprodutivos, enfim, velhas almas e velhas tend&ncias, vinho azedo e frutas podres emnossos mais caros celeiros doutrinrios.

    9as como evitar esse processo de corrupo e, em alguns casos notrios, de

    contaminao e m conduta< Como reverter a situao para reconduzir essase'peri&ncias para os rumos verdadeiramente esp%ritas< O "ue fazer com as msinstituies, com os maus dirigentes, os maus m#diuns, maus comunicadores, enfim osmaus esp%ritas< 2evemos identific$los e e'puls$los dos nossos "uadros< 2evemosdenunci$los e discrimin$los como fazia a =n"uisio com os acusados de heresia