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MARIA CLAUDIA FONTES DA SILVA GRAÇA A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA GLOBALIZAÇÃO E DA ERA DAS TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO (TICS): Reflexões sobre potencialidades a serem incorporadas e dificuldades a serem ultrapassadas.

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O presente trabalho tem por objetivo lançar olhares sobre potencialidades e dificuldades inerentes ao uso dos recursos midiáticos das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e da Internet, com breve abordagens as revoluções culturais na aventura humana.

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MARIA CLAUDIA FONTES DA SILVA GRAÇA

A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA GLOBALIZAÇÃO E DA ERA DAS

TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO (TICS): Reflexões

sobre potencialidades a serem incorporadas e dificuldades a serem ultrapassadas.

Ribeirão Preto – SP

2015

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RESUMO

Novos paradigmas, fermentados pela influência do uso massivo das novas tecnologias cada

vez mais presentes no cotidiano e no extraordinário da vida da sociedade da qual somos parte

integrante, são determinantes à tomada de consciência de que não se pode ignorar ou resistir ao

entendimento de que tais mudanças comportamentais e sociais efetivamente influenciam

diretamente o dia a dia do coletivo discente e docente e por conseguinte das vivencias e praticas nos

ambientes escolares. O presente trabalho tem por objetivo lançar olhares sobre potencialidades e

dificuldades inerentes ao uso dos recursos midiáticos das Tecnologias da Informação e

Comunicação (TICs) e da Internet, quando da inclusão destes nas rotinas dos planejamentos,

aplicações e interações em sala de aula. A busca por embasamentos acadêmicos que apontam tais

usos e práticas como sendo potencialmente contributivos aos interesses comunicacionais e

cognitivos foi determinante para que a escolha da metodologia apontasse para pesquisa

Bibliográfica. Vivencias e observações relacionadas aos interesses pertinentes, entre professores/

alunos/ escola, ao serem passadas pelos filtros criados pelas leituras de artigos e publicações de

autores relevantes para a expressão educacional acadêmica, tornam-se mais coesas, inclusive

abrindo-se para perspectivas interacionais consistentes vocacionadas à trazerem soluções focadas

no indivíduo para atingir o todo. Ou seja: em termos de educação globalizada via multi mídias,

atentando-se às particularidades de cada caso pode-se atingir boas soluções para um conjunto de

diferentes casos.

Palavras-chave: Educação. Multimídias. Práticas educacionais. Novas tecnologias.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 9

2 GRANDES REVOLUÇÕES CULTURAIS NA AVENTURA HUMANA. EM BUSCA DAS

RAÍZES DE TUDO 11

2.1 A revolução Cultural do desenvolvimento da linguagem..........................................122.2 A revolução Cultural da tecnologia do fogo..............................................................132.3 A revolução cultural e tecnológica da era Neolítica..................................................152.4 A revolução cultural da palavra escrita. E daqui por diante, é História....................16

3 A REVOLUÇÃO DO USO DAS TECNOLOGIAS QUE FOMENTAM UM NOVO ESTILO

DE SER. 19

3.1- Paradigmas usuais de fomento ao estilo de ser escola. ........................................193.2- Quebra de paradigmas que lançam olhares ao fomento de novos estilos de ser escola. ...........................................................................................................................20

5 DESDOBRAMENTOS TICS QUE FOMENTAM UM NOVO ESTILO DE SER ESCOLA.

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BIBLIOGRAFIA 24

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1 INTRODUÇÃO

Somos parte integrante de uma sociedade que pratica de forma crescente o uso intensivo da

tecnologia no sentido cada vez mais variado das situações do cotidiano e além. Da mesma maneira

a tecnologia, que desde a pré-história, segue superando a si mesma numa multiplicação das suas

capacidades e de forma exponencial. Nos fazendo quase esquecer que por trás do artefato, do

manuseio, da máquina, estão cérebros humanos a buscar o quão se pode inventar e reinventar o

mais novo, o mais diferente, o mais abrangente, o menos atacável, o mais capacitado, o menos

perceptível, o mais sensível. Por sua vez, os atuais usuários, absorvidos por uma economia de

mercado baseada na obsolescência e vocacionada para o lançamento constante de novos produtos e

serviços, reagem com uma busca incessante por alargar as aplicabilidades tecnológicas a todos os

elementos da sua vida pessoal, profissional e até afetiva.

Diante desse panorama, é pertinente portanto pensar que essa onipresença tecnológica,

agravada pela alta conectividade dos sistemas e redes, está a moldar os novos paradigmas

comportamentais de toda a sociedade. Não se podendo mais ignorar ou resistir ao entendimento de

que tais mudanças sociais influenciam diretamente na educação, posto que todos os atores

envolvidos em seus processos nelas estão mergulhados.

Mas o que é educar, ensinar?

Ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações jovens para adaptá-las a vida social; trabalho sistematizado, seletivo, orientador, pelo qual nos ajustamos à vida, de acordo com as necessidades ideais e propósitos dominantes; ato ou efeito de educar; aperfeiçoamento integral, polidez, cortesia“. ((Pequeno Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda)”. p.185).

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” (FREIRE, 2003 p. 47).

Esta pesquisa justifica-se pela percepção de que, a priore, os processos que formatam a

educação são decodificadores das expectativas e conceitos de uma sociedade em constante

expansão em termos de sistematização de conhecimentos. Sendo portanto, de se esperar que os

envolvidos em seus processos voltem o olhares para os atuais mares de recursos tecnológicos, De

maneira que ao refletir-se sobre tais atuais influencias e correlações, melhor possamos redirecioná-

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las para funções que as modelem como ferramentas alavancadoras dos processos educacionais

contemporâneos.

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2 GRANDES REVOLUÇÕES CULTURAIS NA AVENTURA HUMANA. EM BUSCA DAS RAÍZES DE TUDO

Quando perguntado sobre qual o sentido de se estudarem civilizações que já não existem

mais e mesmo culturas pré-históricas ante o mundo conturbado de hoje com mil coisas

acontecendo, Jaime Pinsky*, responde:

Atual e presente não é o fato isolado, mas a maneira pela qual nós o abordamos. Que eu

saiba, quase todo o mundo desliga o rádio das 7 às 8 da noite quando há um noticiário referente aos

fatos do dia; no entanto, há um enorme interesse pelo espirito humano, onde e quando quer que ele

tenha produzido algo universal. […] trazer as questões da Antiguidade até o presente, despindo-as

do cheiro de mofo que uma erudição oca cria nelas. Tenho a convicção de que, dessa forma, estudar

Historia passa a ser um exercício de autoconhecimento, que permite, ao ser humano uma percepção

mais; profunda de sua vivência através do conhecimento de sua herança.(PINSKY, 1994 a)

Figura 1- Parque Nacional Serra da Capivara, PI- BR

Fonte: http://www.fumdham.org.br/pinturas.asp

* Entrevista para a equipe de redação da Coleção: Discutindo a Historia

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Cultura ou Civilização, tomada em seu sentido etnológico amplo, é aquele todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e todas as demais capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade. A condição da cultura, entre as diversas sociedades da espécie humana, na medida em que é passível de ser investigada nos princípios gerais, é um tema apropriado para o estudo do pensamento e da ação humanos. (TYLOR, apud ESPINA BARRIO, 1992, p. 28).

Mudanças comportamentais, são embriões geradores de revoluções culturais. Estas por sua

vez, acontecidas nos mais variados momentos da história, ampliaram e ampliam as fronteiras da

aventura humana nos lançando à destinos cada vez mais e mais amplos ante a própria existência.

Jaime Pinsky (1994 b) pondera que em termos da nossa espécie enquanto animais, somos

os mais inadequados dos seres. Mas que em contrapartida, também somos os mais poderosos de

todos os animais.

2.1 A revolução Cultural do desenvolvimento da linguagem

A linguagem, essa maneira peculiar de organização intelectual, que ao longo do seu

desenvolvimento pouco a pouco gerou um novo mundo concretizado através da comunicação.

Os seres humanos são a única espécie animal capaz de se comunicar com uma linguagem oral articulada e criando simbolismos culturais. Várias teorias, de evolução cognitiva humana foram desenvolvidas na tentativa de modelar como, quando, e entre as quais grupos de hominídeos surgiram essas habilidades. Questões chaves que dizem respeito a fatores ambientais, sociais e adaptativos, podem ter estimulado a sua adoção e facilitado sua propagação […]. Como a linguagem e a cognição não se fossilizam, teóricos são forçados a confiar em evidências da arqueologia e paleoantropologia para corroborar seus modelos. (D’ERRICO et al, 2003, p. 2).

É fato que os animais se comunicam. Há insetos como as abelhas, dentre outros, cujos

indivíduos passam informações sobre a localização exata de uma planta do interesse da colmeia.

Mas também é fato que os animais não contam histórias, relatam os acontecimentos do dia e assim

por diante. Somente a espécie humana desenvolveu tal nível de consciência, projeção do

pensamento, abstração e interação comunicacional.

Para Pierre Lévy (1993, p. 46) há uma linha diferencial da nossa espécie, que se apoia na

oralidade e memoria social quando nos fala que “se a humanidade construiu outros tempos, mais

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rápidos, mais violentos que os das plantas e animais, é porque dispõe deste extraordinário

instrumento de memória e de propagação das representações que é a linguagem”.

Muito provavelmente, a linguagem inicialmente se desenvolveu de maneira gestual,

evoluindo para atingir expressões linguísticas mais complexas associadas ao pensamento. Tal

habilidade certamente expandiu o cognitivo. A comunicação oral alavancou, para sempre, a

multiplicação das informações e consequentemente da tecnologia.

Então, não sabemos quando começa a linguagem. Mas sabemos que, nesse momento, o cérebro humano tem características tais que a linguagem pode se estabelecer na criança nas interações com a mãe ou com o pai, [...], de uma maneira extraordinariamente rápida e de uma perfeição normal extrema. Desse modo, temos um cérebro de animais que gera linguagem. (MATURANA, R- 2001, p. 78).

Tal oralidade ainda que primária pode ser entendida como um diferencial e uma

ferramenta de apropriação e transmissão do experimentado, imaginado, ambicionado, pela

comunidade, pelo indivíduo. Consequentemente, sua função básica está fundamentada na gestão da

memória social. Quer sendo na perspectiva do imaterial e nem por isso menos real, quer sendo na

perspectiva da materialidade e nem por isso sendo menos transcendente.

Afinal, como vimos, o que caracteriza o homem é a aprendizagem social. A maneira pela qual a experiência é transmitida chama-se linguagem, processo lenta e paulatinamente adquirido, o que iria permitir o transporte das experiências do grupo. (PINSKY, 1994, p. 17).

2.2 A revolução Cultural da tecnologia do fogo

Diferentemente da oralidade, o fogo deixa registros fósseis da sua existência e manuseio. A

partir desses registros a aventura da cultura humana pode ser contada.

A onipresença de provas a partir do sítio Acheulo-Yabrudian no Levant, deixa claro que o fogo se tornou uma constante do comportamento hominídeo durante a segunda

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metade do Pleistoceno Médio.[...] há escassez de evidências de fogo antes 350 kya. Nos sugerindo que as mudanças na freqüência de queima em Tabun e Qesem não só sinalizam o ponto no tempo em que o uso do fogo tornou-se habitual, mas também indicam que os seres humanos tinham dominado a arte de fogo gravetos. (SHIMELMITZ et al, 2014, p. 7).

Visto de hoje, o fazer e manter o fogo aceso, são atos corriqueiros do nosso dia a dia. No

entanto, tais tecnologias ainda nos são essenciais à um sem número de atividades, quer

desenvolvidas por nós ou para nossas demandas. Assim sendo, fica fácil visualizarmos que a

tecnologia do “fazer o fogo” contribuiu grandemente para que aqueles hominídeos ancestrais,

tomasse caminhos em direção à civilização.

Atribuir a capacidade de controle sobre o fogo aos primeiros hominídeos é um avanço significativo na nossa compreensão das aptidões e do comportamento dos mesmos. As vantagens conferidas aos seres humanos pelo controle e uso de fogo são diversas e incluem calor e luz, proteção contra predadores, a exploração de uma nova gama de alimentos, o surgimento de novas tecnologias que exigem o uso do fogo, e uma variedade de benefícios comportamentais e sociais. (ALPERSON-AFIL, 2012, p. 118a)

Atuais pesquisas comprovam que no entorno dos 350 mil anos antes da nossa era,

hominídeos primitivos passaram a usar o fogo regularmente. Quer sendo a partir do aprendizado de

como manusear e mantê-lo aceso entre os intervalos dos incêndios florestais por causas naturais,

quer sendo pelo desenvolvimento de habilidades para produzi-lo intencionalmente. Tal costume

alterou em definitivo os hábitos, incorporando inovações na maneira de viver.

Há estudos que sugerem que tais inovações influíram sobre os aspectos fisiológicos da

nossa espécie e introduzem a hipótese de que as mudança dos hábitos alimentares para uma dieta

cozida, amenizou o esforço metabólico digestivo, possibilitando ao organismo investir maior

quantidade de energia para o crescimento do cérebro.

Não se sabem os fatores motivadores da migração dos Homo erectus, mas pode-se atribuir

ao fogo ter sido um dos fortes fatores para a conquista do nosso planeta. nos diz Nira Alperson-Afil

(2012b), nos diz que “a habilidade de fazer fogo, fomentou a confiança necessária para que nossos

ancestrais se aventurassem para alem do conhecido. Este, provavelmente foi um fator-chave na

migração dos hominídeos pré-históricos da África para a Eurásia, e daí ganhassem o planeta!”

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2.3 A revolução cultural e tecnológica da era Neolítica.

Por volta dos 30 mil anos antes da nossa era, novamente mudanças climáticas ocasionaram

modificações na vegetação e nos hábitos dos animais. Como consequência, nossos antepassados de

então, tiveram que reajustar seu modo de vida e de pensar aos novos ambientes que se formavam.

Juntamente a essas transformações ambientais, em poucos milênios, os desdobramentos

causados pelo desenvolvimento da linguagem e pelo produzir e controlar o fogo, deram sustentação

à mais outras conquistas tais quais o fabrico de ferramentas mais eficientes pelo polimento, a

reprodução de plantas, a domesticação de animais silvestres, a estocagem dos grãos excedentes ao

consumo, o uso da tração animal. Descobertas como a da produção de objetos cerâmicos e do

derretimento e moldagem de metais. A invenção da moagem de grãos, da tecelagem. Construções

de lugares para deposições funerárias. Conquistas e invenções que aos poucos foram consolidando

comportamentos sociais rumo ao que hoje chamamos de civilização.

A segunda grande “ruptura” da aventura humana — que se estendeu por vários milênios foi a revolução neolítica, ou seja, a grande mutação técnica, social, cultural, política e demográfica cristalizada na invenção da agricultura, da cidade, do Estado e da escrita. A revolução neolítica tem vários focos, sendo os três principais, por ordem alfabética, o Oriente Próximo (Mesopotâmia e Egito), a China e as civilizações pré-colombianas do México e dos Andes. Nessas zonas privilegiadas, a humanidade sedentariza-se, concentra-se, multiplica-se, acumula riquezas e registra signos. (LÉVY, PIERRE- 1998, p.38)

Traçando um divisor de águas na história dos rastros residuais deixados pelos hábitos e

costumes de uma rotina de sobrevivência, a partir do período chamado Neolítico, os homens

primitivos passam também a deixar registrado o que lhes vai nas mentes e nos corações ao pintar,

esculpir ou gravar em paredes, lajes e fragmentos de pedras, símbolos abstratos e imagens

figurativas representativas das suas próprias vidas e como se assim não os bastasse também

construíram mega arranjos lítico- arquitetônicos, alguns de certa forma até hoje enigmáticos.

Valores imateriais próprios daquelas comunidades foram materializados por sua vocação

humana para a comunicação e o registro. Tecnologias que vistas de hoje são muitíssimo

rudimentares, mas que improvavelmente atravessaram os milênios suplantando o tempo, pois

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mesmo após 20.000, 15.000, 10.000 anos, enfim, continuam contando histórias e nos permitindo

imaginar e aprender sobre a cultura imaterial dos povos do passado.

Ante ao notório desenvolvimento tecnológico do período, somado ao crescimento da

consciência do indivíduo sobre si mesmo e seu grupo e acrescido de um período relativamente

longo em que o clima planetário esteve mais estável e menos rigoroso, os Homo Sapiens Sapiens

tiveram facilitada a sobrevivência de seus grupos. Como consequência direta, a população humana

cresceu, aprendeu a se fixar em lugares e as noções de propriedade e de hierarquia se ampliaram.

2.4 A revolução cultural da palavra escrita. E daqui por diante, é História.

O processo da invenção da palavra escrita, inicia sua jornada quando da primeira intenção

de registrar uma ideia ou informação que não se queria esquecer depositada em algum canto da

mente. O tempo foi passando e a tal ideia foi se transformando em gestos. Estes a indicavam,

sugeriam mas ainda assim não lhe demostravam ou abrangiam inteiramente.

Por continuar querer se fazer comunicação e registro, em um esforço conjunto da fisiologia

com o crescimento da intelectualidade, as tais das ideias se reconheceram sonoras, em vocábulos

que ao se repetirem designavam. E daí em diante foram também chamadas de palavras. Mas, ainda

assim, palavras eram vento e apesar de comunicar ideias, não deixavam registros materiais que as

perpetuasse.

Outros quantos milênios iam se passando quando elas, as palavras, finalmente viram suas

histórias registradas em pinturas, desenhos e entalhes que as revelavam através de cenas figurativas

ou abstratas feitas sobre suportes líticos. Mas, tais representações para serem entendidas dependiam

demais da interpretação dos olhos de que as viam e assim sendo, ainda não expressavam exatamente

o que as ideias queriam exatamente transmitir. Continuaram a seguir seu caminho de

desenvolvimento.

Em poucos milênios, a população humana foi crescendo, plantando, colhendo, tecendo,

fundindo, estocando os excedentes, e assim pouco a pouco foi se aglomerando e fazendo surgir os

núcleos urbanos. Quer tenha sido por excesso ou por falta, fato é que floresceram a partir de tal

contexto as trocas comerciais e as relações hierárquicas políticas, militares e religiosas. E, face à

tais interesses se fizeram imprescindíveis o controle e o registros como fontes da manutenção da

autoridade e do poder.

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Cada vez que nós procuramos uma lembrança ou uma informação, a ativação deverá propagar-se dos fatos atuais até os fatos que desejamos encontrar. Para isto, duas condições devem ser preenchidas. Primeiro, uma representação do fato que buscamos deve ter sido conservada. Segundo, deve existir um caminho de associações possíveis que leve a esta representação. A estratégia de codificação, isto é, a maneira pela qual a pessoa irá construir uma representação do fato que deseja lembrar, parece ter um papel fundamental em sua capacidade posterior de lembrar-se deste fato. (LÉVY, PIERRE 1993c, p. 48).

E as ideias que por não quererem ser esquecidas e que ao longo de muitos milênios se

haviam transmutado em gestos, palavras e imagens, a partir da nova organização social chamada

civilização, em poucos mil anos, aproximadamente 3.000 antes da nossa era, se viram representadas

em pictogramas, hieróglifos, ideogramas e afins, até que, os sons formadores das palavras foram

organizados e desenhados em símbolos simples. Dessa ideia nasceram os alfabetos e sistemas

numerais; para melhor gravar e comunicar quem era dono de quem, do que e das ordens.

É interessante perceber que embora originalmente desenvolvida para fins de controle,

domínio e supremacia, a linguagem de comunicação escrita forneceu às ideias o potencial de serem

fidedignamente registradas.

Com o passar de algumas centenas de anos e cedido o uso a outros mais que não só aos das

elites sociais, foi facultando a essa tecnologia de informação e comunicação diferentes

possibilidades de armazenamento e propagação, e com o mais passar do tempo para uso de

quaisquer indivíduos e através das gerações.

Os efeitos da escrita sobre as mudanças intelectuais e sociais não são de fácil compreensão. É enganoso pensar a escrita em termos de suas consequências. O que realmente importa é aquilo que as pessoas fazem com ela, e não o que ela faz com as pessoas. A escrita não produz uma nova maneira de pensar, mas a posse de um registro escrito pode permitir que se faça algo antes impossível: reavaliar, estudar, reinterpretar e assim por diante. De maneira similar, a escrita não provoca a mudança social, a modernização ou a industrialização. Mas ser capaz de ler e escrever pode ser crucial para o desempenho de certos papéis na sociedade[...]. A escrita é importante em termos da realização do que possibilita às pessoas: o alcance daquilo que objetivam ou a produção de novos objetivos. (OLSON; HILDYARD; TORRANCE, 1985, p. 14)

.2.5 A revolução cultural que emergiu da guerra fria.

No período pós segunda guerra, final dos anos 1950, por ideologias de controle político e

manutenção da liderança tecnológica, foi criada pelos USA, uma agencia de pesquisas avançadas

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para o setor militar. Com fins de agilizar, centralizar e proteger as inter- transmissões dos

conhecimentos por lá gerados, foi criada uma rede interligando os computadores.

No mesmo período, conceitos tecnológicos semelhantes germinavam ao redor do mundo.

Além das instituições governamentais, universidades se motivaram ao uso e pesquisa do

compartilhamento de dados e informações, através de uma rede de computadores. O sucesso se

espalhou, aguçando o interesse de mais instituições e empresas.

No entanto, para que hoje se esteja calmamente comprando via internet nosso próximo

celular, não podemos deixar de considerar que toda essa 'democratização tecnológica “ que

vivenciamos, pode acontecer a partir do interesse comercial. Antevendo negócios milionários e sua

expansão, as empresas de telefonia foram as primeiras a vislumbrar que disponibilizando seu

aparato, já pre- existente em infra estrutura como postes e linhas, para servir aos interesses e

fascínio de consumo que a rede de computadores exercia sobre todos, alcançariam grandes lucros.

Para que a difusão de dados entre as diferentes redes fosse possível foi criada um protocolo

de reconhecimento comum para todas as maquinas, o até hoje usado TCP/IP. Este aspecto técnico se

analisado subliminarmente, contem em si todo o cerne revolucionário que estará por vir pois para se

avançar quantitativamente e qualitativamente era imprescindível que fosse viabilizado que todos os

computadores conectados estivessem “falando a mesma língua”, ou seja: efetivamente em estado de

comunicação.

E assim, em poucos anos já estavam dados os primeiros passos para que a rede web

deixasse de ser uma tecnologia que dava acesso apenas para instituições oficiais militares

governamentais, passando a ser um recurso, hoje disponível e quase indispensável, para qualquer

pessoa a ela conectada via PCs, tablets, celulares, netbooks,

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3 A REVOLUÇÃO DO USO DAS TECNOLOGIAS QUE FOMENTAM UM NOVO ESTILO

DE SER.

As tecnologias da informatização e comunicação abrem inusitados horizontes

comunicacionais para os quais o termo globalização se faz porta-voz da revolução cultural, de

grande magnitude, que já está acontecendo. Estamos vivenciando o espalhamento de uma nova era

de possibilidades e relações entre os seres humanos; a começar por si mesmos, perpassando ao

outro e aos diferentes biomas e mundos com os quais coabitamos neste planeta.

Uma coisa é certa: vivemos hoje em uma destas épocas limítrofes na qual toda a antiga ordem das representações e dos saberes oscila para dar lugar a imaginários, modos de conhecimento e estilos de regulação social ainda pouco estabilizados. Vivemos um destes raros momentos em que, a partir de uma nova configuração técnica, quer dizer, de uma nova relação com o cosmos, um novo estilo de humanidade é inventado. (PIERRE LÉVY, 1992, p.10)

3.1- Paradigmas usuais de fomento ao estilo de ser escola.

Nos ambientes educacionais quando entre professores e afins, são comuns comentários e

observações que indicam que a Educação Escolar, tradicionalmente configurada, está longe de

cumprir seu papel frente às demandas da sociedade atual. Tão pouco se comunicando com o perfil

do alunado, que em sala de aula reage com apatia aos conteúdos curriculares, mal comportamento e

desmotivantes resultados no compto das avaliações.

Ao se lançar olhares para o alunado em suas interações básicas ambientadas na escola, de

imediato saltam aos olhos e ouvidos, claros indicativos de que as relações sociais lhes são de cada

vez mais de pertencimento e real importância. Em contrapartida quando o foco recai sobre suas

relações com a construção do próprio conhecimento, nas interações com o binômio

ensino/aprendizado, a fonte de interesse recai nas expectativas de aprovação ou reprovação e

quantificação das notas tiradas ou a serem tiradas para este fim. Sequer se referindo ao que estudam,

como estudam e para que estudam. E, parecendo não lhes ter pertencimento,tais assuntos passam

ao largo, sendo tratados na sua maioria sob o prisma da obrigatoriedade e indiferença.

A construção das relações entre a comunidade local, família e escola grandemente se

sustentam nas reuniões de pais e responsáveis, que ainda hoje em sua maioria estão voltadas para

entrega de boletins, tratando assuntos de cunho disciplinar e de eventos festivos. Raramente

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havendo ocasiões de debates e participações em efetivas abordagens que teçam ações conjuntas

para o favorecimento da inclusão e a construção da aprendizagem dos adolescentes coma

participação efetiva da comunidade alem do ambiente escolar.

Ante a panorâmica, já bem conhecida dos atores envolvidos nos processos da Educação

Escolar, os gestores dos sistemas buscam soluções; e quando tais recaem no âmbito didático

pedagógico, é tônica a cobrança por ações renovadoras das praticas interacionais aluno/aula/

professores, que demostrem o uso das novas tecnologias.

3.2- Quebra de paradigmas que lançam olhares ao fomento de novos estilos de ser escola.

Uma educação para a era relacional pressupõe o alcance de um novopatamar na história da evolução da humanidade no sentido de corrigir osinúmeros desequilíbrios existentes, as injustiças e as desigualdades sociais,com base na compreensão de que estamos numa jornada individual ecoletiva, o que requer o desenvolvimento de uma consciência ecológica,relacional, pluralista, interdisciplinar, sistêmica, que traga maior abertura,uma nova visão da realidade a ser transformada, baseada na consciência dainter-relação e da interdependência, essenciais que existem entre todos osfenômenos da natureza. Uma educação que favoreça a busca de diferentesalternativas que ajudem as pessoas a aprender a viver e a conviver, a criarum mundo de paz, harmonia, solidariedade, fraternidade e compaixão. (MORAES- 2006, p.27)

Por na escola estarem depositadas muitas das expectativas, da comunidade de fora e de

dentro de seus muros, tais como dos alunos, de seus familiares e amigos, dos profissionais do

ensino e da aprendizagem, das equipes de apoio, de gestão, e mais, é de se buscar que cada

componente dessa comunidade escolar, esteja consciente da necessidade de respeitar a igual

importância uns dos outros, de modo que a apropriação desse mundo chamado "escola" cada um

possa vestir seu papel mantendo e aprofundar a qualidade e a veracidade das interações acontecidas

e a acontecerem.

Para que em resposta às exigências administrativas e na faina por uma modernização que

atenda a dogmas emergentes, não sejam postas ao largo, boas e relevantes práticas da construção do

conhecimento em detrimento do fomento ao uso de abordagens que lançam mão dos recursos TICs

como roupagens modernosas para mera repaginação dos velhos e tradicionais paradigmas

educacionais com seus conteúdos programáticos defasados em aplicabilidade e pertencimento ao

atual conjunto de competências necessárias à bagagem escolar do aluno ante a sua própria vida em

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processo de construção. Ou seja: O novo pensado da maneira, velha pouco ou nada consegue em

prol da educação motivadora e participativa que tanto se escuta e fala querer ser alcançada.

Há novas competências a serem desenvolvidas por todos.

O docente deve estar apto não somente a lidar com as ferramentas mas também a perceber

e potencializar os encadeamentos gerados pela escolha do uso dessa ou daquela ferramenta TIC,

ato contínuo se colocando disposto a aprender. Faz necessário o hábito de buscar por informações e

formações continuadas que criem bases para o profissional da educação caminhar e descortine

novas óticas nas constantes novidades.

Também o discente adolescente, em sua rigidez à quebra do que já lhe de domínio, precisa

se colocar aberto não somente à destreza do manuseio do hardware e dos softwares, mas

principalmente aprender a fazê-lo com foco à objetivos que deem sentido a aprender o que lhes é

dado a aprender, e ir alem. Ou seja: lhe ser continuamente demonstrado que quase todas as

soluções criativas passam por aprender a gostar de aprender.

As informações que alimentam a participação em redes sociais de comunicação, quando

frequente renovadas e relevantes às diferentes faixas de interesse e idade que formam a comunidade

escolar, mais do que darem conta dos movimentos ocorridos dentro da escola, viabilizam que todos

integrantes da comunidade escolar, de dentro e fora aos seus muros, recebam renovadas

informações sobre os acontecimentos que permeiam o dia a ia escolar de seus filhos, parentes,

amigos, acabando por gerar movimento de visitas e curiosidade. E como estar vivo é estar em

movimento e a curiosidade é o que motiva a busca pelo conhecimento, uma ferramenta de rede

social se usada adequadamente, se torna um demostrativo de que a escola está atuante para si e para

os que a acessam.

É claro que computador e internet possuem outras faces […] , podem representar grandes oportunidades de aprender, sem falar que fazem parte das habilidades do século XXI: novas tecnologias não são apenas meio; são também alfabetização, parte integrante dos processos de produção de conhecimento e informações. [...], abrem-se oportunidades não formais, complementares e rivais, introduzindo de maneira bem mais concreta a teoria e a prática da “aprendizagem permanente”. Em grande parte, tudo começa com as “novas alfabetizações” (Coiro et alii, 2008), feitas fora do ambiente escolar, e que continuam pela vida afora, colocando-nos o desafio de atualização infinda (Hargadon, 2008; 2008a). PEDRO DEMO (2010)

Em uma sociedade de bases como as que estamos inseridos, onde determinantes

econômicos são majoritariamente responsáveis pelos desníveis socioculturais, resulta que o

admirável mundo novo aberto pelas TICs aplicadas na Educação, estará disponível para algumas

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clientelas de alunos e para outras não. Dependendo da conjuntura financeira familiar das mesmas.

Para que não se prestem a ser objetos de exclusão, as tecnologias da comunicação e

informação quando aplicados à educação, com enfase para as escolas da rede pública. precisam de

que seus meios tenham funcionamento adequado. Sendo portanto de se esperar que as performances

dos equipamentos e conexões funcionem com adequação ao que com eles se pretende trabalhar,

pois só assim serão oportunizadas a todo discente, de qualquer clientela sócio- econômica, não só o

acesso às informações mas também a disseminação de novas redes e conexões dos pensamentos

que constroem e interagem com o conhecimento.

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5 DESDOBRAMENTOS TICS QUE FOMENTAM UM NOVO ESTILO DE SER ESCOLA.

De estrutura delineada por correlações e intercomunicações que perpassa a todos os

interligados, o uso das TICs quando para fins educacionais formais, acena profundas inovações com

relação à cognição. Sendo também um alerta para que haja a compreensão de que as relações

ensino/aprendizagem, extrapolam os muros e os conhecimentos escolares.

A construção do pensamento em uma perspectiva não cartesiana, é multidimensional,

sendo estimulada por diversas percepções que ao se entrelaçarem lhe dão feição. Da mesma forma a

informação hipertextual com seus típicos entrelaçamentos via links que se conectam e alcançam

sentido através de diferentes linguagens tais como palavras, formas, imagens, animações, gráficos,

sons, vídeos. Traçando assim, interações que de forma colaborativa somam-se customizando o

conhecimento através dos filtros de interesse de quem o estiver a sua procura.

O processo de ação colaborativa no ensino pressupõe que haja circulação intensa de informações e trocas visando o alcance dos objetivos previstos. Todos auxiliam na execução das tarefas, superam os desafios e constroem colaborativamente o seu próprio conhecimento e o da coletividade. As contribuições que os participantes – alunos e professores – oferecem, são apresentadas a todos e servem para que cada um possa executar melhor seu trabalho. O ensino colaborativo não precisa se encerrar no momento for mal previsto para o término oficial da disciplina. Em geral, motivados pelas trocas, interações e comunicações realizadas.KENSKI,VANI MOREIRA , (2008)

Tais potencialidades geram expectativas no mundo das praticas e usos docentes e

discentes. Não só pelas competências que terão de ser desenvolvidas por todos, pois assim como o

docente deve estar apto não somente a lidar com as ferramentas como também perceber e

potencializar os encadeamentos serão gerado pela escolha de uso dessa ou daquela ferramenta TIC,

ato contínuo se colocando disposto a aprender.

Também cabe ao discente se abrir a novos manuseios do que já domina. com foco em

interligações à objetivos que deem sentido a aprender o que lhes é dado a aprender, inclusive

podendo ir alem.

A escola deve ser um lugar de trabalho, de ensino, de aprendizagem. Um lugar em que a convivência permita estar continuamente se superando, pois a escola deve ser considerada um espaço privilegiado para pensar e redimensionar o seu pensar, reformulando suas ações pela compreensão do que a comunidade escolar (entendida aqui os alunos, pais, professores, equipe pedagógica, direção, funcionários) espera dela enquanto função social. .FREIRE, PAULO, (1975)

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