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FACULDADE FASERRA
Pós Graduação em Fisioterapia em Terapia Intensiva
Cândida Leão Marinho
A eficácia da Mobilização Precoce no Leito em Pacientes na UTI
Manaus
2017
2
Cândida Leão Marinho
A eficácia da Mobilização Precoce no Leito em Pacientes na UTI
Manaus
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Pós Graduação em Fisioterapia em Terapia Intensiva, Faculdade Faserra, como pré requisito para a obtenção do título de especialista, sob orientação da Professora Flaviano Gonçalves Lopes de Souza.
3
2017
PÓS GRADUAÇÕES
FACULDADE FASERRA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
CARTA DE ACEITAÇÃO DO ORIENTADOR
PÓS GRADUAÇÃO EM TERAPIA INTENSIVA
Manaus, _____de ___________________ de 2017
À Comissão Coordenadora do Programa de Pós-Graduação Faculdade de
Tecnologia do Ipê-FAIPE / Bio Cursos Manaus
Eu, Prof(a). Dr(a).______________________________________________,
regularmente credenciado(a) no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de
Tecnologia do Ipê-FAIPE/Bio Cursos, em conformidade com o Regimento Geral da
Pós-Graduação da Faculdade FAIPE e com o Regulamento dos Cursos de
PósGraduação Bio Cursos/Manaus, informo que, após ter analisado a proposta, os
motivos e o projeto de pesquisa, intitulado
“(______________________________________________)”, aceito orientar e
acompanhar o candidato _____________________________________na condução
do projeto de pesquisa para elaboração do Artigo de Pós Graduação, visando à
obtenção do título de Pós Graduado em _____________________.
Atenciosamente,
______________________________________
(assinatura do orientador)
______________________________________
(assinatura do candidato)
4
PÓS GRADUAÇÕES FACULDADE FASERRA
FACULDADE FASERRA PÓS GRADUAÇÃO EM TERAPIA INTENSIVA
DECLARAÇÃO DE ORIENTAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
DECLARAÇÃO
Declaro para os devidos fins de direito que o(a)
professor(a)___________________________________________________________ foi
Orientador do Trabalho de Conclusão de Curso de Pós Graduação Faculdade
Faserra./Bio Cursos do(a) aluno(a)_____________________________
_______________________________________________________________________,
com tema:
“______________________________________________________________________”,
apresentada no dia ____/____/______.
Manaus/AM, ____ de ____________ de _______
________________________________________________
Coordenador Pós Graduação
5
A eficácia da mobilização precoce no leito em pacientes na UTI
CÂNDIDA MARINHO1
ROBERTA GONÇALVES2
PÓS GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA –FACULDADE
FASERRA
Resumo
Este estudo tem como tema a eficácia da mobilização precoce no leito em pacientes na UTI. O qual
trata da importância da mobilização precoce, no tocante a recuperação precoce do paciente
internado na unidade de terapia intensiva (UTI), diminuindo o tempo de internação bem como a
redução dos gastos empregados no tratamento desse paciente, principalmente quando se avalia o
desgaste físico, mental, social e psicológico destes. Tendo como objetivo descrever os benefícios
que a mobilização precoce proporciona à pacientes na UTI. Realizou-se uma revisão de literatura
abordando o tema. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando-se como estratégia de pesquisa
a busca nas bases de dados, SciELO, LILACS e GOOGLE ACADÊMICO, utilizando-se de um total
de 38 artigos, onde 11 foram utilizados para o desenvolvimento do tema. Onde pôde salientar que
a imobilidade no leito constitui uma das mais preocupantes fontes de complicações para o paciente
na Unidade de Terapia Intensiva e que a mobilização precoce tem a finalidade de tornar mínima a
perda de mobilidade de cada paciente elevando ao máximo a independência funcional destes.
Palavras-chave: Fisioterapia; Mobilização Precoce; UTI.
Abstract
This study has as its theme the effectiveness of previous bed mobilization in ICU patients. What is
the issue of the importance of pre-mobilization, regarding the pre-school recovery of the patient
admitted to the intensive care unit (ICU), reducing the length of hospital stay as well as a reduction
of the expenses employed without ill, mental, social and psychological. The purpose of this study is
to describe the benefits that prior mobilization provides to patients in the ICU. A literature review
was carried out on the subject. It is a qualitative research, the search in databases, SciELO,
LILACS and GOOGLE ACADEMMICO is used as a research strategy, a total of 38 articles are
used, 11 of which were used for the development of the theme. Where he could point out that the
immobility in the bed is one of the most worrying sources of complications for the patient in the
1 Pós-Graduanda em Fisioterapia em Terapia Intensiva. 2 Orientadora: Graduação em Fisioterapia; Especialização em Fisioterapia Respiratória e Docência na Saúde; Mestrado em Fisiologia e Farmacologia; Doutorado em Ciências biológicas- Fisiologia e Farmacologia.
6
Intensive Care Unit and that a mobilization pre-bakes a purpose to make minimal with loss of
mobility of each patient raising to the maximum a functional independence these .
Key words: Physiotherapy; Early Mobilization; ICU.
1. Introdução
Na UTI, o fisioterapeuta utiliza-se de técnicas que promovem a melhoria do paciente e garantem o
exercício físico adequado para os diversos momentos do tratamento, visando sua recuperação. O
tratamento e sua eficácia dependem da necessidade do paciente, entretanto, sua postura no leito,
técnicas de treinamento muscular e aprimoramento das funções respiratórias devem ser levadas em
consideração durante a avaliação do paciente grave. 1
A fisioterapia motora na UTI traz grandes benefícios ao paciente crítico, tais como: evita a atrofia
muscular e mantém e/ou restaura a amplitude articular; previne trombose venosa profunda, embolia
pulmonar, pneumonias e hipotensão postural; alivia a dor; diminui ou previne edemas; melhora o
condicionamento cardiovascular; reduz o tempo de internação; restaura a funcionalidade para
atividades de vida diária; prepara para a deambulação, quando o paciente tiver tais condições.
(ARRUDA, 2010; MONTENEGRO, 2012a). O tratamento pode ser realizado através de exercícios
passivos, ativo-assistido, ativo-livre, ativo-resistido, isométricos; promoção da reeducação postural,
conscientização corporal, relaxamento muscular, mobilização precoce no leito e independência nas
atividades2.
Portanto, o objetivo deste estudo é mostrar que a atuação do fisioterapeuta intensivista reduz
satisfatoriamente o tempo de internação na unidade hospitalar, do suporte ventilatório, na prevenção
dos efeitos ocasionados pelo imobilismo, assim como melhora no quadro funcional do paciente,
pois sabe-se que pacientes restrito em leitos por longos períodos ficam suceptíveis à fraqueza
muscular tendo como principais consequências, a perda de suas funções, e quando associado ao uso
de neurobloqueadores e corticóides pode-se agravar-se para uma fraqueza generalizada e
polineuropatia, tendo como resultado um agravo no quadro clínico dos pacientes
2. Efeitos nocivos da permanência de pacientes nos leitos
Desde a década de 1940, foram percebidos os efeitos nocivos do repouso no leito e os benefícios da
mobilização precoce que acabaram por serem bem reconhecidos em pacientes hospitalizados.3, 4.
7
Segundo Goldhill e Needham (2008)5-6, o repouso no leito tem sido prescrito na maioria de doentes
em estado crítico em unidade de terapia intensiva (UTI). A Permanência prolongada na Unidade de
Terapia Intensiva e ventilação mecânica (VM), estão associadas com o declínio funcional, de
pacientes gerando aumento da morbidade, mortalidade e custos assistenciais.
Para Kortebein et. al., (2007)7 os mecanismos pelos quais os doentes sofrem de fraqueza muscular
são bastante complexos e envolvem diversos processos que se inter-relacionam. Dentre estes pode-
se citar a imobilidade, inflamações local e sistêmica, o uso de fármacos como corticóides,
relaxantes musculares, antibióticos, desnutrição e situações catabólicas, agindo de forma
sinergicapara promovendo a perda de massa muscular principalmente em membros inferiores.
As alterações nos sistemas muscular, ósseo e articular, além da imobilidade, a ociosidade são
efeitos negativos comuns pela permanência e as limitações em um leito hospitalar, fatos estes,
levam a predisposição a polineuromiopatias aumentado de duas a cinco vezes a dependência de VM
dificultando o processo de desmame da ventilação positiva. Segundo Feitosa et al, (2014)8, a
mobilização prematura é capaz de restabelecer a funcionalidade do indivíduo e de minimizar o
tempo de internação deste.
Efeitos da
Imobilização no
Sistema
Cardiovascular
Efeitos da
Imobilização no
Sistema Respiratório
Efeitos da
Imobilização no
Sistema Metabólico
Efeitos da
Imobilização no
Sistema
musculoesquelético
Diminuição do volume
total de sangue;
A Capacidade Vital
está reduzida;
Aumento da excreção
de cálcio;
Diminuição da massa
muscular;
Redução da
concentração de
hemoglobinas;
Diminuição da
capacidade residual
funcional;
Aumento da excreção
de nitrogênio;
Diminuição da força
muscular;
Aumento da
frequência cardíaca
máxima;
Diminuição do volume
expiratório forçado;
Aumento da excreção
de fósforo;
Aumento da
osteoporose;
Diminuição do
consumo máximo de
oxigênio;
Alterações na relação
ventilação / perfusão;
Aumento da excreção
de magnésio.
Mudanças no tecido
conectivo periarticular
e intra-articular
(DUARTE, 2002).9
Diminuição da
tolerância ao
ortostatismo.
Diminuição na pressão
arterial de oxigênio;
Diminuição na
diferença alvéolo-
arterial de oxigênio em
pacientes anestesiados.
8
Tais consequências são associadas à pacientes internados por tempo prolongado em UTI, além disso
estão sujeitos a alterações como sepse, falência múltipla de órgãos e dificuldade no desmame da
VM.
Assim, Os efeitos negativos sucedido do imobilismo acometem mais os sistemas muscular e ósseo,
podendo ocasionar osteopenia, osteoporose, atrofias e contraturas. O aparelho respiratório também é
acometido pelo período de internação prolongada, por isso tem-se a necessidade de saber distinguir
as disfunções desse sistema, que usualmente inicia com movimento diminuído do tórax em decúbito
dorsal e do movimento diafragmático e a posterior perda da competência muscular.10, 11
3. Ação do profissional de fisioterapia na Mobilização
É de grande importância a atuação do Fisioterapeuta, na prevenção do Imobilismo Prolongando,
pois, somente fazendo uso das técnicas de mobilização precoce, dentro do contexto de
multidisciplinaridade, é que fará a diferença na evolução gradual do paciente, evitando sequelas, e
demora na permanência deste paciente na Unidade de Terapia Intensiva, prevenindo patologias por
conta do imobilismo e tempo de internação, garantindo assim, uma melhora na qualidade de vida
deste paciente.
O fisioterapeuta realiza o atendimento através de atividades terapêuticas progressivas, tais como
exercícios motores no leito, sedestação a beira do leito, transferência para a cadeira, ortostatismo e
deambulação. É uma intervenção simples em pacientes com instabilidade neurológica e
cardiorrespiratória. Estes exercícios aprimoram ou preservam a função física ou o estado de saúde
dos indivíduos sadios e previnem ou minimizam as suas futuras deficiências, a perda funcional ou a
incapacidade.
Na UTI, o fisioterapeuta utiliza-se de técnicas que promovem a melhoria do paciente e garantem o
exercício físico adequado para os diversos momentos do tratamento, visando sua recuperação. O
tratamento e sua eficácia dependem da necessidade do paciente, entretanto, sua postura no leito,
técnicas de treinamento muscular e aprimoramento das funções respiratórias devem ser levadas em
consideração durante a avaliação do paciente grave.12
O tratamento pode ser realizado através de exercícios passivos, ativo-assistido, ativo-livre, ativo-
resistido, isométricos; promoção da reeducação postural, conscientização corporal, relaxamento
muscular, mobilização precoce no leito e independência nas atividades. 13
9
Quanto ao suporte ventilatório utilizado em UTI, temos a VM que consiste em um método de
suporte oferecido ao paciente por meio de um aparelho (respirador artificial) para o tratamento de
pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada, auxiliando-o na sua ventilação
e em suas trocas gasosas. Pode ser classificada como Ventilação Mecânica Invasiva e Não Invasiva,
sendo que em ambas modalidades a ventilação artificial ocorre com a aplicação de pressão positiva
nas vias aéreas. Este suporte tem como objetivos manter a troca gasosa do paciente, aliviar o
trabalho da musculatura respiratória, reverter ou evitar a fadiga da musculatura respiratória,
diminuir o consumo de oxigênio, permitindo aplicação de terapêuticas específicas. 14, 15
4. Benefícios da Mobilização precoce
Há 30 anos a mobilização precoce tem mostrado redução no tempo para desmame da ventilação e é
a base para a recuperação funcional. Recentemente tem-se dado mais atenção para a atividade física
(precoce) como uma intervenção segura e viável em pacientes com estabilidade neurológica e
cardio-respiratória.16 A mobilização precoce inclui atividades terapêuticas progressivas, tais como
exercícios motores na cama, sedestação a beira do leito, ortostatismo, transferência para a cadeira e
deambulação.17 A literatura sugere que a mobilização precoce na UTI seja fator essencial para a
recuperação desses pacientes. O paciente crítico na UTI pode ter deficiências motoras graves. A
mobilização precoce e o posicionamento adequado no leito podem significar oportunidade única de
interação do paciente com o meio ambiente, devendo ser considerados como fontes de estimulação
sensório-motora e meio de prevenção de complicações secundárias à imobilização.18 Para Morris et.
al. (2008), os exercícios terapêuticos demonstram benefícios principalmente se iniciados
precocemente, compondo uma variedade de abordagens.
Segundo Truong et. al. (2009)19, os exercícios trazem benefícios físicos e psicológicos, reduzem o
estresse oxidativo e inflamação devido ao aumento de citocinas anti-inflamatórias. Para Gosselink
et. al. (2008)1, o posicionamento no leito também é benéfico, funcionando como fonte de
estimulação sensório- motor, prevenindo também as complicações secundárias ao imobilismo; é
utilizado para melhorar a relação ventilação-perfusão, minimizando o trabalho respiratório, onde há
o aumento de clearance mucociliar, além de otimizar o transporte de oxigênio.
Um foco multidisciplinar na mobilização precoce é necessário como parte das rotinas clínicas
diárias na UTI. A estrutura da equipe multidisciplinar e a inclusão de fisiatras, médicos, terapeutas
ocupacionais, fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisiologista e assistentes
sociais pode servir como um excelente modelo para a construção de uma equipe de mobilidade
10
precoce na UTI. Isto pode ser útil para avaliar os diferentes componentes de um programa de
treinamento próprio, incluindo o tipo, frequência, intensidade e exercícios específicos, além do tipo
de programas e intervenções psicossocial.20 A fisioterapia é uma ciência capaz de prevenir, tratar e
de restabelecer a função de órgãos e sistemas do organismo humano por meio da locomobilidade
prematura. Tais exercícios podem ser realizados de maneira ativa, ativo-assistido ou passivamente.
Dentre outros, temos a mudança de decúbito dorsal para sedestação até a pedestação, progredindo
para caminhada gradativa. Isto acarretará numa melhor qualidade de vida após alta hospitalar.21, 22.
A ação da fisioterapia é benéfica por vários motivos, que vão desde a reabilitação passiva de
movimentos até a caminhada com ou sem assistência, e, é necessária como parte das rotinas clínicas
diárias em UTI.
Soares et al. (2010)23 demonstraram que os pacientes retirados do leito permaneceram menos tempo
na UTI. Salienta-se, também, que a saída do leito deve estar associada não só à gravidade, mas,
principalmente, à funcionalidade do paciente criticamente enfermos, a mobilização pode reduzir a
incidência de complicações pulmonares, acelerar a recuperação, diminuir a duração da ventilação
mecânica e do tempo de internamento hospitalar.24
Para Morris et. al. (2008)25, os exercícios terapêuticos demonstram vários tipos de benefícios
principalmente se iniciados precocemente.
De acordo com as literaturas recentes pode dizer-se que a realização de mobilização precoce em
pacientes graves na UTI tem resultados satisfatórios bem como:
Melhora da musculatura;
Melhora a funcionalidade do corpo;
redução no tempo de internação;
Redução no desmame de ventilação mecânica;
Redução dos custos hospitalares, dentre outros.
5. Metodologia
Para a realização deste estudo, realizou-se uma revisão de literatura abordando o tema. Trata-se de
uma pesquisa qualitativa, utilizando-se como estratégia de pesquisa a busca nas bases de dados,
SciELO, LILACS e GOOGLE ACADÊMICO, utilizando-se de um total de 38 artigos, onde 11
foram utilizados para o desenvolvimento do tema. Onde pôde salientar que a imobilidade no leito
constitui uma das mais preocupantes fontes de complicações para o paciente na Unidade de Terapia
11
Intensiva e que a mobilização precoce tem a finalidade de tornar mínima a perda de mobilidade de
cada paciente elevando ao máximo a independência funcional destes.
6. Resultados e Discussão
Antigamente o repouso no leito, era prescrito pelos médicos como a melhor forma de recuperação
clínica de um paciente crítico. Diferentemente do que se tem observado hoje nas últimas duas
décadas, ocorreram avanços na terapia intensiva bem como na VM, o que resultou no aumento da
sobrevida dos pacientes críticos, tendo em vista que antes, a imobilidade dificultava a recuperação
de doenças críticas, devido às alterações sistêmicas associadas a ela, inclusive com maior
significância nos músculos respiratórios, pelo fato de o ventilador mecânico assumir o trabalho
respiratório, reduzindo significativamente o trabalho exercido pela ventilação espontânea,
resultando assim, na ausência completa ou parcial da ativação neural e da mecânica muscular,
trazendo uma redução da capacidade do músculo respiratório (diafragma) de desempenhar seu
papel.26
A imobilidade em pacientes hospitalizados tem impacto negativo em vários sistemas orgânicos. As
complicações pulmonares são as mais prejudiciais e se apresentam na forma de atelectasia,
hipoxemia, embolia pulmonar e pneumonia, causando aumento do tempo de internação e à
mortalidade. 27
Por fim, torna-se imprescindível a atuação do profissional de fisioterapia, tendo em vista que os
métodos utilizados antecipam na recuperação, reduz a incidência de complicações pulmonares,
diminui o tempo da VM e o tempo de internação hospitalar, proporcionando ao paciente uma
melhor qualidade de vida, evitando assim, na medida do possível os efeitos deletérios que a
imobilidade traz.
7. Conclusão
Conclui-se, através deste estudo, que os pacientes submetidos à mobilização precoce de forma
segura e viável têm benefícios frente às enfermidades, de modo a proporcionar a independência
funcional e melhora na qualidade de vida do paciente.
A mobilização precoce minimiza e/ou elimina os riscos de complicações ocasionadas pela
inatividade do indivíduo acamado, além de favorecer o desmame da ventilação positiva e o retorno
12
às suas atividades de vida diária. A fisioterapia motora na UTI tem como alvo a independência
funcional e melhora da qualidade de vida de pacientes, viu-se que pacientes submetidos à
mobilização precoce de forma segura e viável têm benefícios frente às enfermidades, prevenindo ou
minimizando grandes retrações musculares, mantendo ou aumentando a força muscular e a função
física do paciente reduzindo complicações no quadro, sendo consideradas como elemento
fundamental na maioria das condutas de assistência da fisioterapia em pacientes internados em uma
UTI.
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