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www.adial.com.br ADIAL - Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás – Agosto – 2013 – ANO V – Nº 44 ENTREVISTA DIMAS MARTINS, SOBRE PLANO DA MINERAÇÃO REFLEXÃO INCENTIVOS FISCAIS E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA A ERA DA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Indústria goiana se moderniza e aposta na produtividade Pró-Industrial EMPRESAS FUNDO INTERNACIONAL SE ASSOCIA À CREME MEL Adial 44_Layout 1 09/08/2013 10:58 Page 1

A ERA DA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL - adial.com.br · Elas cobram uma reanálise completa dos processos e mecanismos internos, com objetivo de reduzir des ‐ ... nia. Mas por envolver

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www.adial.com.brADIAL - Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás – Agosto – 2013 – ANO V – Nº 44

ENTREVISTADIMAS MARTINS, SOBREPLANO DA MINERAÇÃO

REFLEXÃOINCENTIVOS FISCAIS E

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

A ERA DA AUTOMAÇÃOINDUSTRIAL

Indústria goiana se modernizae aposta na produtividade

Pró-Industrial

EMPRESASFUNDO INTERNACIONALSE ASSOCIA À CREME MEL

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Sumário Editorial

As crises econômicas são fatores determinantes para os negócios,governos e famílias. Elas cobram uma reanálise completa dosprocessos e mecanismos internos, com objetivo de reduzir des‐

perdícios e excessos financeiros. Se considerarmos que a economia nãocresce descentemente há quase três anos, muitos setores industriaispassam por um longo processo de estagnação.

Tecnicamente, para se ter uma estagnação ou retração, são neces‐sários três períodos de crescimento zero ou negativo – o que, pode‐sedizer, que não ocorreu. O País cresceu, nestes três anos, uma média de0,5% ao ano. Para sustentar sua economia, a geração de empregos, aatender a demanda dos investimentos, o Brasil precisa crescer de 3,5%a 4,5% ao ano. Nestes momentos, onde a engrenagem não gira daforma correta, é que os empresários devem ter um olhar interno paraidentificar falhas e perdas de energia de sua equipe. Todos os proces‐sos devem ser aprimorados e custos extras, cortados. É a hora certa desair do escritório e estudar o próprio negócio. E, a premissa deve ser:cortar gastos sem afetar faturamento e qualidade do produto.

A Pró‐Industrial nestas próximas edições deve trazer matérias queabordam temas relevantes nas empresas que podem gerar economiade gastos e melhoria de produtividade. Nesta edição, trataremos deum tema relevante na indústria: a automação. O parque industrialgoiano recebe investimentos cada vez maiores na aplicação de técnicas,softwares e equipamentos com a meta de elevar a eficiência. É a buscada maior produtividade com o menor custo, menor consumo de ener‐gia e de matérias primas, menor emissão de resíduos, melhores condi‐ções de segurança e também da redução da interferência humanasobre esse processo ou máquina. Também teremos entrevista com oadvogado Dimas Martins, que faz uma ampla abordagem sobre omarco regulatório da mineração.

Boa Leitura.

Produção

ADIAL ‐ Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4ºandar ‐ Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás.

CEP: 74.083‐060 Fone: (62) 3213‐1666.

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Presidente do Conselho de Administração Cesar Helou

Vice‐Presidente Financeiro Rodrigo Penna de Siqueira

Conselho NatoCyro Miranda Gifford Júnior, José AlvesFilho e Alberto Borges de Souza

Vices‐Presidentes e Conselheiros Nelson Vas Hacklauer, Alberto Borges deSouza, Maximiliano Liubomir Slivnik,Vanderlan Vieira Cardoso, Sandro AntônioScodro, Heribaldo Egídio da Silva,

Paulo Sérgio Guimarães Santos, Pedro Henri‐que Pessoa Cunha, Marco Aurélio LimírioGonçalves, José Ba sta Júnior, NelsonKowalski, José Alves Filho, Domingos VilefortOrzil, Alfredo Ses ni Filho, CarlosLuciano Ribeiro, Rivas Rezende, JulianaNunes e Ingo Kalder.

Diretor Execu voEdwal Freitas Por lho “Chequinho”

Projeto Gráfico GráficaContemporânea PUC

Expediente

Olhar interno

16‐17 CREME MEL ‐ HIG

PRO-INDUSTRIAL

COMERCIAL ‐ ANÚNCIOS (62) 3213‐1666 ou (62) 9125‐9526

EDITORIAL Olhar interno 3. //AUTOMA‐ÇÃO Em busca da produ vidade perdida 4‐6. //ANÁLISE Visão no produto 6.//ENTREVISTA Dimas Mar ns 8‐10.// REFLE‐XÃO SETORIAL Distribuição e incen vos11.// MARKETING & PRODUTOS Novida‐des na indústria 12‐13.// EXPANSÃO Pro‐duzir e FCO 14.// NOTAS INDUSTRIAISMichal Gartenkraut e Mercado Execu vo15.// LEITURA Livros Empresariais 18.//OPINIÃO Cesar Helou 19.

EMPRESAS CITADAS NA EDIÇÃOGeoserv (pág. 2), Support Automação (3),Dimas Mar ns Filho Adv. Associados (9),

Coca‐Cola (12), Pepsico (12), Emegê (12), Ou‐rolac (12), Raízem (12), Votoran m (12), UseMóveis (13), Superfrango (13), Stemac (13),Poli‐Gyn (13), Jalles Machado (13 e 15), Uni‐

lever (13), Rosenberg & Associados (15),Heinz (15), Camil (15), Goiás Verde (15), HIG(16 e 17), Creme Mel (16 e 17) e Marol (20).

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AUTOMAÇÃO

A busca daprodutividade

perdidaCOM ALTA CARGA TRIBUTÁRIA E PRECÁRIA INFRAESTRUTURA, EMPRESASAPOSTAM NA MELHORIA DOS PROCESSOS INTERNOS PARA RECUPERAR COMPETITIVIDADE. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL GANHA FORÇA EM GOIÁS

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AUTOMAÇÃO

Aúltima década vai ficar re‐gistrada na história da in‐dústria goiana como sendoa da aceleração da implan‐tação dos projetos para au‐

tomação industrial. O processo foigradativo. Na década de 90, a indústrialocal registrava baixo índice do uso deequipamentos, softwares ou técnicascom objetivo de ampliar a eficiência damáquina ou do processo de produção.

Neste período, grandes grupos na‐cionais e multinacionais investiram noEstado e, com predominação de pro‐cessos de automação, que maximizavaa produção com menor gasto de ener‐gia e matéria‐prima, com máquinascom menor emissão de resíduos, commais segurança e maior tempo de pro‐dução, além de uma menor interferên‐cia humana sobre o processo mecânico.

Para o empresário José Franco deCampos Júnior, diretor da Support Au‐tomação Industrial, o mercado goianoficou mais competitivo nos últimosanos, exigindo uma maior produtivi‐dade, qualidade e confiabilidade doproduto final, segurança, economia deenergia e outros fatores que a automa‐ção dos processos industriais e da ma‐nufatura podem proporcionar.

“Historicamente falando, o setor quefoi pioneiro foi o Automotivo. Oconceito moderno que conhecemos hojede automação industrial nasceu nestasindústrias nos Estados Unidos, na dé‐cada de 80. Aqui em Goiás, as grandescompanhias de Alimentos e Bebidas,Mineração e Cimento foram pioneiras ecomeçaram a se modernizar em mea‐dos de 90, e como utilizam desseconceito há mais tempo, podemos dizerque estão à frente.”

José Franco Júnior estima que porvolta de 70% das indústrias hoje emGoiás já possuem pelo menos um pro‐cesso automatizado. “É somente umaestimativa. O que importa é que essenúmero vem crescendo bastante. Emum mercado competitivo e emconstantes mudanças isso, é muito im‐portante. As indústrias goianas, demodo geral, são modernas e investemconstantemente na modernização e oti‐mização de seus processos.”

Para o engenheiro Ronaldo VieiraRincon, que atua na área há uma dé‐

cada, hoje não se implanta uma novaunidade fabril, uma nova linha de pro‐dução ou uma nova área de processoem uma fábrica existente sem automa‐ção industrial. Segundo ele, as exceçõessão segmentos em que algumas etapasdo processo dependem muito da mãode obra, como confecções, também paraprodutos com pequeno valor agregadoou empresas de pequeno poder econô‐mico, principalmente indústrias comproduções artesanais, com pequeno vo‐lume e/ou controle de qualidade. “Sóneste caso o uso da automação ainda épequeno.”

Ronaldo também destaca o setor au‐tomotivo como pioneiro. “Logo em se‐guida vieram as indústrias alimentícias,bebidas, mineração, farmacêuticas e

produtos de consumo em massa. O seg‐mento de açúcar e álcool começou o seuprocesso de automação industrial maisforte nos últimos 10 anos. Atualmente,com a crescente demanda da construçãocivil percebe‐se uma evolução no uso daautomação industrial em fábricas depré‐moldados de concreto.”

Uma prática comum no passadotem reduzido. Antes, muitas indústriaslocais compravam máquinas usadas demultinacionais, aproveitando que estasempresas fazem substituição constantede seu maquinário. Essas máquinassemi‐novas, de certa forma, foi o contatomais próximo e inicial de alguns empre‐sários locais com a automação da pro‐dução. “Hoje o parque industrial deGoiás tem acesso à modernização de

José Franco de Campos Júnior destaca a importância da automação na competitividade da indústria

“Esta cultura começou a mudar coma vinda das multinacionais e de grandesgrupos nacionais, final da década de 90.Estas empresas implementaram um vo‐lume de produção tão alto, com alto pa‐drão de qualidade, que se as empresaslocais não acompanhassem faliam ou se‐riam adquiridas por outras.”

RONALDO RINCON, engenheiro

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AUTOMAÇÃO

seu maquinário como em qualqueroutro lugar do mundo. Por isso não énegativo o fato de importarem máqui‐nas semi‐novas, pois chegando aquipode‐se modernizá‐las com equipa‐mentos de automação de última gera‐ção.”

Mas, mesmo esta prática, é menoscomum. Para Ronaldo, a negociação demáquinas isoladas é uma realidadecada vez menos vista. “Às vezes acon‐tece a compra de uma linha de produ‐ção inteira. Como exemplo, quando oGrupo GSA comprou a linha de macar‐rões instantâneos da Unilever de Goiâ‐nia. Mas por envolver grandesmontantes nas negociações acaba nãose tornando prática habitual.”

Outro avanço, apontam José FrancoJúnior e Ronaldo, foi a forma de abor‐dar a automação dentro da indústria.No começo, o industrial local tinha des‐confiança de investir em automação.“No início dos anos 90, a automação eravista como gerador de desempregos.Hoje em dia sabemos que isso não éverdade. Processos automatizadospodem até gerar mais empregos e maisqualificados”, diz o diretor da Support.

Segundo Ronaldo, a automação in‐dustrial era vista como gasto desneces‐sário. “Esta cultura começou a mudarcom a vinda das multinacionais e degrandes grupos nacionais, final da dé‐cada de 90. Estas empresas implemen‐taram um volume de produção tão alto,com alto padrão de qualidade, que se asempresas locais não acompanhassem fa‐liriam ou seriam adquiridas por outras.”

A tendência atual, aponta o diretorda Support, os projetos voltados para aeconomia sustentável fortalecerem ouso da automação industrial. “Susten‐tabilidade é um foco para todos e issonão é por acaso, precisamos manter osrecursos naturais para hoje e para o fu‐turo. Por exemplo, todas as grandes in‐dústrias precisam tratar a água e esgotoque produzem, economizar energia eoperar com segurança. E isso tudo éfeito com a ajuda de equipamentos deautomação.”

Franco Júnior aponta que o seg‐mento ainda não tem mão de obra qua‐lificada suficiente, mas está melhorando.“As universidades e escolas técnicas hojejá oferecem qualificações na área.”

CENÁRIO NACIONALConfira a evolução do setor de automação no País nos úl mos anos

Faturamento Total (R$ milhões a preços correntes)2010 2011 2012 2012x2011 3.237 3.725 3.920 5%

Exportações de Produtos do Setor (US$ milhões) 2010 2011 2012 2012x2011 407 543 551 1%

Importações de Produtos do Setor (US$ milhões)2010 2011 2012 2012x20113.281 3.883 3.932 1%

Projeções para Faturamento Total (R$ milhões a preços correntes)2012 2013 2013X2012 3.920 4.390 12%

Setor sente efeito daestagnação industrial

A indústria elétrica e eletrônica, naqual a automação industrial é um seg‐mento, cresceu acima da média geralda indústria em 2012. O resultado foiconsiderado pela Associação Brasileirada Indústria Elétrica e Eletrônica (Abi‐nee) muito aquém da necessidade daampliação da capacidade produtivado País. O setor previa no final do anopassado crescimento de até 14%.

Com relação à automação indus‐trial, parte significativa do fatura‐mento ocorreu em função deencomendas realizadas no final de2011, uma vez que novas encomendasforam escassas, ocorrendo, inclusive,reprogramações e cancelamentos depedidos. “Somente no final de 2012 osnegócios foram retomados, devendogerar faturamento em 2013. Sobre osequipamentos indústrias, a frustraçãodo crescimento reflete efetivamente oambiente “morno” do mercado debens de capital durante todo este ano.Também neste caso, observa‐se a reto‐mada de encomendas no último tri‐

mestre do ano.”O número de empregados no setor

atingiu 183 mil trabalhadores em 2012,o que significa aumento de 3 mil tra‐balhadores em relação a 2011, quandoo acréscimo havia sido de 6 mil funcio‐nários. Em 2010, ocorreu contrataçãolíquida de 15 mil. A escassez de mãode obra tem sido indicada como umadas principais dificuldades do setor.

Para 2013, a taxa de câmbio,mesmo permanecendo nos níveisatuais, ainda deverá ter efeitos positi‐vos na competitividade do setor. Adesoneração da folha de pagamentosvalerá para uma gama maior de em‐presas. “A redução de custos de ener‐gia elétrica também deverá reduzir oscustos de produção da indústria.Neste caso, porém, preocupa a even‐tual perda de recursos para investi‐mentos pelas concessionárias deenergia elétrica, o que afetaria a indús‐tria de equipamentos para Geração eTransmissão de Energia”, aponta rela‐tório da Abinee.

Fonte: Abinee

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Visão no produto, realidade de mercado

A mudança do comporta‐mento do industrial goianocom relação à automação in‐dustrial, com sua maior ade‐são, revela o quanto oempresário tem a visão clarano produto. Antes de ser umamarca, a empresa é seu pro‐duto. Se o produto falhar, amarca pode deixar de existir.Se o produto crescer no mer‐cado, a marca avança junto.

A indústria goiana se di‐versificou, ampliando os ne‐gócios para além doagronegócio. Bom para aeconomia, mas, está no agro‐negócio, nas grandes multi‐nacionais do setor, a origem da disseminação, emmaior escala, dos projetos de automação Estado.

Antes, a matéria‐prima abundante, o tributo in‐centivado e o valor da mão de obra ainda eram asprincipais vantagens competitivas de investir emGoiás. Hoje ainda são, mas o avanço da fronteira agrí‐cola e também industrial, fez com que novas opçõessurgissem (com vantagens de matéria‐prima, tributoe mão de obra semelhantes).

Com o tempo, outras variáveis ajudaram na redu‐ção dos custos do produto goiano, como a moderni‐zação do parque industrial. A ampliação da produçãoe sua distribuição pelo País tornou a disputa de mer‐cado uma guerra em que centavos fazem a diferença.Assim, automação industrial possibilita um melhorplanejamento de produção, mais horas de trabalho euma padronização mais perfeita do produto – o queuma máquina somente mecânica não consegue fazercom precisão. Modelo de qualidade garante apenasum defeito a cada um bilhão de produtos fabricados,padrão este de qualidade inserido no Brasil.

Pode também, por exemplo, programar os equi‐pamentos responsáveis pela produção, de forma aobter seu melhor rendimento e reduzir a produçãoem horários de ponta, quando a energia é mais cara,e diminuir os gastos com energia.

O engenheiro Ronaldo Rincon aponta correta‐mente que outro fator que tem ajudado o desenvol‐

vimento industrial doEstado é a logística.Não a infraestrutura,que necessita de inves‐timentos para atenderàs necessidades dosetor produtivo. Paraele, a construção doaeroporto de cargas deAnápolis e o términoda ferrovia Norte‐Sulvão ajudar muito a in‐dústria local. É impor‐tante sempre destacara relação tecnologia dainformação e automa‐ção.

A cada década, ossistemas estão mais interligados e as possibilidadesde agilidade e interação são imensas. Computaçãoem nuvem, Big Data, acesso remoto e mobilidade sãoalgumas das recentes inovações que hoje fazem a di‐ferença a favor de indústrias que apostam em umagestão moderna.

O mito do desemprego também foi por terra. Naúltima década se registrou em Goiás o maior nível deautomação industrial da história e, ao mesmo tempo,o setor foi um dos destaques na geração de empregosno Estado. O trabalho mecânico na máquina foi re‐duzido ao mesmo tempo que se criou oportunidadesde trabalho na parte técnica industrial, para manteros sistemas, que foram ampliados, operando. Não hádemissões em massa, mas sim uma mudança no per‐fil da vaga de trabalho.

Há uma agregação de valor a favor do trabalha‐dor, pois são empregos mais especializados. É umademonstração evidente das principais vantagens daautomação, que consistem em produzir mais produ‐tos, em menor tempo e com maior qualidade, com amenor intervenção humana possível no processo me‐cânico. Mais produtos significam mais vendas, ouseja, ampliação significativa do comercial e do admi‐nistrativo‐financeiro.

A realidade é que quem não otimizou seu pro‐cesso industrial foi engolido pelo mercado ‐ ou será.Quem otimizou, comemora.

ANÁLISE

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ENTREVISTA

“Minerar ficará muitomais caro no País”

Dimas Martins

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Michal Gartenkraut

Crítico ao Projeto de Lei do novo Marco Regulatório apresentado pelo governo fe‐deral ao Congresso, o advogado Dimas Martins, que atua na área empresarial emGoiás há 28 anos, aponta ainda que do jeito que está, o projeto permite a criaçãode condições que podem direcionar as licitações. O advogado, que é membro‐fun‐dador do Dimas Martins Filho Advogados Associados, membro e diretor da Asso‐

ciação Brasileira das Empresas de Pesquisas Mineral (ABPM), alega que, com a proposta, ogoverno cria inúmeras novas taxas e aumenta todas as já existentes. Por isso ele é taxativo:“Minerar ficará muito mais caro no País”. Confira a seguir os principais trechos da entrevistaà Pró‐Industrial:

O novo marco legal da mineraçãodeve avançar no Congresso na formaque foi apresentado?

Este Projeto de Lei foi gestado aquatro paredes pelo staff ideológico dogoverno e contem alguns vícios de ori‐gem. O primeiro diz respeito a visão deque o setor mineral vive na bonançados anos 2004 a 2008, período excep‐cional e exclusivo, já superado pelomercado. Com isso desconsidera todahistória dos ciclos do setor, quandopredominaram os períodos de baixa.Em decorrência disso, parte do princí‐pio de que existem lucros excepcionaise fáceis, obtidos por especuladores quese locupletam expropriando a riquezado subsolo que é da nação e da socie‐dade. Ou seja, não leva em conta quese trata de uma atividade de risco e,como tal, demanda compensação pelosucesso, enquanto que o insucesso pro‐move prejuízo total aos investidores.Por fim, propõe a substituição do em‐preendedorismo privado, que assumeo risco da pesquisa, pela ação estatal,eliminando todo um segmento dosetor mineral especializado em pros‐pecção e em correr riscos. Acreditamosque no Congresso ele será modificadoe muito. Pondero ainda que o viésideológico do Projeto de Lei 5807/2013,elaborado sem o diálogo direto com osetor da mineração, prejudica a econo‐mia de mercado das commodites mi‐nerais, bem como afugenta o investidorpor não conter e nem explicitar quais

serão as regras, muitas propostas aliapresentadas dependem de regula‐mentação e decreto governamental.Outro ponto é que o projeto de lei eli‐mina por completo o trabalho das Ju‐nior Companies (pequenas empresas)que trabalham muito na pesquisa denovos recursos minerais e estão prati‐camente fadadas ao fechamento, es‐trangulando o setor de pesquisa que éa base da mineração.

Quais são os pontos positivos e nega‐tivos deste projeto? Ele conseguiriaelevar o ritmo de expansão do setor?

Os pontos positivos dizem res‐peito à criação do título único, unindopesquisa e lavra e a simplificação doacesso a lavra para as substâncias mi‐nerais de produção mais simples e de

menores riscos e investimentos. Olado negativo é consistente a começarpela eliminação da prioridade na pes‐quisa, o que elimina, na prática achance de pequenas e médias empre‐sas crescerem no segmento de metais,o que é uma tendência do Brasil e dosprincipais países mineradores. Outrofator fortemente negativo é o procedi‐mento de licitação extremamentecomplexo e lento, necessariamente,além de basear‐se em inúmeras situa‐ções sem definições ou que permitema imposição de condições especificascaso a caso. Traduzindo, o PL permitea criação de condições que podem di‐recionar as licitações. Agora, o piormesmo é que o governo propõe inú‐meras novas taxas e aumentar todasas já existentes. Minerar ficará muitomais caro no País. Não é possívelconfirmar a premissa do governo deque haverá elevação do ritmo dosetor. Outro fato negativo é que o PLdelega exclusivamente ao Poder Exe‐cutivo o direito de regulamentar vá‐rias questões altamente sensíveis erelevantes ao setor minerário.

Sempre polêmicos, os royalties da ex‐ploração mineral podem sofrermaiores ajustes no Legislativo?

Certamente esta é a moeda políticausada pelo governo federal para for‐talecer sua proposta. Ele anexa ao seuprojeto estatizante a proposta de au‐mento da CFEM, buscando agradar os

O Projeto deLei permite a criaçãode condições quepodem direcionar as li‐citações. Agora, o piormesmo é que o governopropõe inúmeras novastaxas e aumentar todasas já existentes.”

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prefeitos e cooptá‐los a seu favor. Oaumento proposto, para até 4% sobrea receita bruta, poderá interferir deforma determinante na viabilidadedos projetos e é um aumento real quepoderá atingir 200% em alguns casos.A origem da proposta vem do ques‐tionamento sobre a exportação de mi‐nério de ferro pela Vale em Minas ePará. Como as exportações são isentasde impostos e não atingem a CFEM, eo governo federal não honra a com‐pensação aos municípios exporta‐dores, como dita a Lei Kandir. Asolução para os municípios e governofederal é aumentar a CFEM. Sob esteargumento estes Estados e alguns ou‐tros criaram recentemente uma “taxade fiscalização” sobre a produção mi‐neral e a previsão de receita com estataxa no Estado de Minas supera R$250 milhões neste ano.

Como a questão das licenças ambien‐tais será tratada se o projeto avançarcomo está?

As licenças continuam da mesmaforma, como sabemos, lentas e one‐rantes, que abrangem mais do quemeio ambiente, incluindo os aspectossociais. Mas tem novidade. Propõe‐sea criação de um seguro ambiental a serexigido das empresas vencedoras dosleilões, antes mesmo de se saber o realalcance dos projetos que, eventual‐mente, tornar‐se‐ão produtores. O PLnão propõe qualquer mecanismo deentendimento ou simplificação dosprocedimentos de licenciamento.

O aumento da extração está atreladoao beneficiamento dos minerais, pro‐cessos altamente intensivos em ener‐gia. Novos investimentos no setor,caso ocorram de imediato, vão exigirmais investimentos em infraestru‐tura?

O aumento da extração não estáatrelado ao beneficiamento local de

maneira tão direta. Trata‐se de uma si‐tuação complexa e muito variável. Narealidade, mineração e verticalizaçãoraramente andam juntos e, na maioriadas vezes, são negócios distintosquanto aos níveis de riscos, taxas deretorno e escala de investimentos.Também o fato dos minerários posi‐cionarem‐se onde a natureza os colo‐cou, raramente favorece averticalização. Antes de se pensar naverticalização é necessário pensar nalavra de minérios. Ou seja, mineraçãopropriamente dita. E, neste caso, elasofre muitas dificuldades no Brasil,por fatores vários tais como logística einfraestrutura precárias, custos eleva‐dos em geral, o denominado “CustoBrasil”, dados geológicos básicos emescalas inadequadas e serviços públi‐cos ineficientes, nada diferente dos de‐mais setores, exceto pelo risco inerentea atividade, em muito acrescido porestes fatores. Agora, investimento eminfraestrutura certamente é e será ne‐cessário. Aliás, Goiás conhece bem acapacidade de atuação do governoneste quesito, como se vê na FerroviaNorte‐Sul. O atraso nas obras signifi‐cou atraso em vários projetos de mi‐neração além de reduzir margens,tirando atratividade do investimento.

A tendência é que os preços das com‐modities minerais permaneçamatraentes?

Não é confortável qualquer previ‐são neste sentido. O ritmo de cresci‐mento da China, a recuperaçãoamericana com seu gás de xisto, a in‐cógnita europeia são determinantes.Entretanto é consenso que a exuberân‐cia dos anos 2004 a 2008 não se repe‐tirá tão cedo. É um equívoco graveformular políticas públicas com basenestas premissas. Poderemos atrasar eenfraquecer um setor que é historica‐mente importante na formação econô‐mica do País e na interiorização do

desenvolvimento.

Qual o potencial da mineração emGoiás? Na sua visão, onde e comquais minérios o Estado pode termaior expectativa?

Goiás tem sido prejudicado pelaprecariedade dos serviços públicos acomeçar pela logística e isso reduziumuito a capacidade da mineraçãocontribuir para seu desenvolvimento.Temos exemplos concretos e poten‐ciais. Na porção oeste, entre Iporá eSanta Fé, existem três importantes de‐pósitos pesquisados de níquel lateriti‐cos que poderiam estar produzindo egerando riquezas. A bauxita de BarroAlto é alternativa de qualidade parasubstituir Poços de Caldas, cujas jazi‐das encontram‐se em rápido e inexorá‐vel processo de exaustão, passando aatrair investimento em verticalizaçãopara aplicação com insumos indus‐triais. A Norte‐Sul ajudaria muito,neste caso. Goiás tem também um po‐tencial de ferro que sempre foi descon‐siderado, mas tem chance desurpreender por qualidade e quanti‐dade, tem também o Nordeste compotenciais para estanho, flúor e fosfatosedimentar. Dentre outros, como terrasraras, cobre e ouro. Enfim, a vocaçãomineral do Estado sempre contribuirápara seu desenvolvimento.

O que ainda precisa ser melhoradona mineração brasileira?

Um fator que vem prejudicandoefetivamente a mineração no Brasilatualmente é a decisão deliberada dogoverno federal de não publicar oficial‐mente os pedidos de pesquisa minerale os alvarás de lavra, o que vem ocor‐rendo desde de novembro de 2011para os minerais metálicos, o que em‐perra vários projetos já iniciados, no in‐tuito de adequá‐los ao novo MarcoRegulatório, estabelecendo uma inse‐gurança jurídica em todo o setor.

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REFLEXÃO SETORIAL

Defesa dos incentivos fiscais é simplesmente a defesa de um instrumentode desenvolvimento regional e distribuição da renda no País. Quem

defende o contrário, aposta na concentração de riquezas no Sul‐Sudeste

A NOVELAPara quem esperava o “The End”

da reforma do ICMS em junho,quando venceu o prazo para votara proposta do governo federal noCongresso, desconhece o enredocomplexo que está envolvido amudança do principal impostodo País. Por trás da trama, asdisputas envolvendo a legali‐dade das políticas de incentivosfiscais de governos dos Estadosem desenvolvimento. Na tentativade agradar a indústria tradicionaldos Estados ricos, o governo federalvestiu a camisa, tomou partido, e osdefende explicitamente.

Com isso, assume riscos e des‐gastes, pois se avançar essa reforma– que nasce e morre a cada semestre– a história vai registrar que foi o go‐verno Dilma que enterrou o princi‐pal instrumento de distribuição derenda e de promoção do desenvol‐vimento regional do País criado noúltimo século. Nenhuma políticapública foi mais eficiente em distri‐buir riquezas no País quanto as po‐líticas de incentivos fiscais do ICMS.Por isso é tão contestada: distribuiupara todos a riqueza de alguns.

NOVO CAPÍTULOA situação atual é a seguinte. Um

de‐bate na‐cional enterrou o projeto do governofederal de reformar o ICMS no se‐mestre passado. Não foi a decisão deum agente, um Estado ou umgrupo. Foi uma decisão da maioriaque fez com que o governo recuassede votar a tal reforma e perdesse osprazos legais. Por que isso ocorreu?Porque a maioria foi contra. Se amaioria tivesse a favor, já estava vo‐tada e sacramentada. Perdido e sembandeira, o governo federal – que sepreocupa menos com a estagnaçãoda economia nacional do que ematacar políticas estaduais que dãocerto – volta ao ataque com o possí‐vel reenvio da reforma ao Senado.

É uma verdadeira psicose, umaperda total de contato com a reali‐

dade. Mas, o projeto que prevê amalfadada unificação das alí‐

quotas do ICMS pode voltar aser debatida no segundo se‐mestre.

E GOIÁS?Para isso, o Ministério da

Fazenda e o Conselho Nacio‐nal de Política Fazendário

(Confaz) negociam um acordo.Como Goiás e os Estados em de‐

senvolvimento são maioria no con‐selho, não se imagina que umacordo que destrua os incentivos fis‐cais seja aceito. Mesmo porque serámuito incoerente e difícil de explicara articulação contra a reforma doICMS, realizada em maio deste ano.Outro ponto é a confiabilidade nocumprimento do acordo por partedo governo federal – que, em váriosmomentos da história, descumpriue/ou reformulou regras e contratos.

O peso desta reforma estásobre o governo federal que querdividi‐los com os governos esta‐duais – que, dependendo do ta‐manho das concessões epromessas, custará muito caroaos contribuintes brasileiros.

É um acordo indesajável.

Incentivos distribuíram atodos a riqueza de alguns

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Fundada em 1956, aEmegê fortaleceu seu mixde produtos nos últimosanos com o achocolatado,mistura para pão de queijoe a linha Grano Duro.Segundo site da Emegê, aempresa “prepara parauma série de lançamentosque vão tornar maiscompleta a presença damarca na mesa doconsumidor brasileiro.”

Desde fevereiro de2012, a população tem aoportunidade de realizarcursos profissionalizantese participar de ações decultura e cidadaniagratuitamente. O núcleoda Fundação Raízen emJataí comemora, após um ano e meio de atividade, a marca de 16.200mil beneficiados, a partir de projetos ligados à formação e capacitaçãoprofissional de adolescentes e jovens, além de ações voltadas àpromoção da cidadania e da educação em prol da comunidade.Inaugurado em 2012, quando a Fundação Raízen completou dez anos deexistência, o núcleo realiza parcerias com a Prefeitura, escolas municipaise estaduais e com estabelecimentos da cidade para a execução deprojetos que atendam as necessidades da população local.

A PepsiCo expande o portfolio da sua marca de biscoitos Eqlibri eentra na categoria de torradas. A nova linha é composta por doissabores: Original e Pão na Chapa. As torradas são acondicionadas emflow packs individuais de 140 gramas.

RAÍZEN

VOTORANTIM

MARKETING & PRODUTOS

PEPSICO

Lançada recentemente pelaCoca‐Cola Femsa Brasil, a águamineral Crystal de 1 litro acaba deganhar uma apresentaçãopromocional, com apelo deeconomia. Trata‐se de umamultipack de filme plásticotermoencolhível (shrink) com seisunidades do produto, sendo que oconsumidor paga R$ 1,39 porgarrafa – 44% a menos do que opreço unitário regular, que é de R$2,50s. “Nosso intuito é oferecer aos

consumidores a oportunidade de adquirir produtos que possuamembalagens adequadas às suas necessidades”, afirma Luciane Chimenti,gerente de não‐carbonatados da Coca‐Cola Femsa Brasil. Segundo aCoca‐Cola, o produto será encontrada inicialmente em São Paulo.

Desde 2008, num projeto audaciosoe inovador, a Ourolac construiu um novoparque fabril e passou a liderar omercado de soluções lácteas UHT emembalagens flexíveis de tamanhoinstitucional. O LactoPro é uma bebidaláctea UHT multiuso nos saboresbaunilha e chocolate.

Pode ser consumida diretamente,mas é excelente para a preparação deuma completa linha de gelados, taiscomo sorvetes expresso, milkshakes esmoothies. Pode ser usada em umainfinidade de outras receitas: coberturas,pavês e recheios diversos.

LACTOPRO

CRYSTAL

A Votorantim Metais Unidade Niquelândia realizou no dia 26 dejulho o Diálogo Diário de Segurança (DDS) com a participação de todosos empregados para debate sobre atitudes preventivas de acidentes noambiente de trabalho. A iniciativa, que marca as comemorações do DiaNacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho, comemorado em 27de julho, está em sintonia com as crenças e os princípios de Gestão doGrupo Votorantim, que entre outros aspectos visa motivar ocompromisso com o bem‐estar, a saúde e a segurança dos empregados,clientes e parceiros. Na Unidade Niquelândia, os cuidados com a Saúdecomeçam logo na fase de admissão do empregado, que é submetido aexames de saúde ocupacional e continua tendo acompanhamento daUnidade após sua contratação.

EMEGÊ

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Lançamento da USE Móveis para 2013, a nova linha de móveis foiprojetada pelo escritório dos renomados designers italianos Baldanzi & Novelli.A Optima foi criada a partir de um novo conceito de ambiente corporativo,onde a interação, a alta performance e a criatividade estão presentes.Desenhada exclusivamente para atender às necessidades do mercadocorporativo brasileiro, a linha Optima é extremamente versátil e se adapta atodos os ambientes de escritórios, incluindo salas de reunião, staffs, gerências,diretorias e presidências.

POLI‐GYN

USE MÓVEIS

A STEMAC oferece comexclusividade a Linha Duogen,sistema de geração de energiacomposto de dois gruposgeradores a diesel de 500kVAou 700kVA cada, podendo serusado como uma usina de1000kVA a 1400kVA, com osgrupos geradores em paralelo ou standby, ainda, para cargas críticas, com doisgrupos geradores de 500kVA ou 700kVA, sendo um emergência do outro.Tornando‐se um produto com maior flexiblidade de operações com carga totalou cargas reduzidas com um único motor.

STEMAC

Para atender às necessidadesde marketing e vendas deempresas dos mais diversos ramos,a Poli‐Gyn desenvolve umavariedade de itens que contribuiupara a distribuição dos produtos edivulgação da marca das empresas.Entre eles, sacos e filmes técnicoscoextrusados em polietileno; sacos e filmes técnicos em polipropileno,embalagens plásticas convencionais, laminação em PEBD, PP, BOPP,metalizado e perolizado, poliéster, rótulos plásticos e filmes para torçãoem PPT. Com estes produtos, atende mercados de envase de cereais,indústria de snack's, pães, confecções, doces, balas, bebidas, higiene elaticínios, entre outros.

Envie novidades da empresa no e‐mail: [email protected]

Atualmente, a SuperFrango éuma das maiores empresas dosetor avícola no Brasil e seuparque industrial é consideradoum dos mais modernos daAmérica latina. A SuperFrangoatua nos maiores Estadosbrasileiros e em diversas regiõesdo mundo, graças a um trabalhosério e contínuo que busca aperfeiçoara cada dia a qualificação de sua equipe.A empresa também faz grandesinvestimentos em novas tecnologiaspara melhor atender seus clientes. Aempresa atua no mercado nac ionalem nove Estados e, no mercadoexterno, comercializa seusprodutos na Ásia, Europa, África,América Latina e Oriente Médio.

SUPERFRANGO

UNILEVER

No dia 26, Synésio Batista daCosta, presidente da FundaçãoAbrinq – Save the Children, estevena Jalles Machado, parareconhecer o cuidado da empresacom a garantia e defesa dos direitos das crianças e adolescentes.O diretor‐presidente da Jalles Machado, Ótavio Lage de SiqueiraFilho (que desde 2010, é membro do Conselho deAdministração da Fundação Abrinq), recebeu um troféu e umcertificado em reconhecimento pelos 17 anos em que aempresa participa do Programa Empresa Amiga da Criança.

JALLES MACHADO

Após passar por testes dequalidade, o molho escuro, tipocaseiro, Demi‐Glace Knorr, estáchegando ao mercado com novafórmula e nova embalagem, maisprática e econômica. Segundo ofabricante, o produto foi avaliado por100 cozinheiros em diversos testes eexperimentações. Trata‐se de ummolho base que pode ser usado paradiferentes preparações que acompanham carnes e édirecionado principalmente a restaurantes e grandesredes de alimentação fora de casa, podendo serencontrado também em redes atacadistas.

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EXPANSÃO

Principal fonte de finan‐ciamento do cresci‐mento do Estado deGoiás, o Fundo Consti‐tucional do Centro‐

Oeste (FCO) ganha mais reforços dogoverno federal. Foram repassadosR$ 1,5 bilhão para que agricultorese pecuaristas da região possam in‐vestir em seus projetos e financiarsuas ações. Contemplando não só ocampo, o FCO também é um dosresponsáveis pelo crescimento dasáreas comercial e industrial emGoiás, abrangendo os setores pri‐mário, secundário e terciário emsegmentos produtivos dinâmicos.

De acordo com o secretário daIndústria e Comércio, AlexandreBaldy, dos R$ 1,5 bi, serão destina‐dos só para Goiás mais de R$ 500milhões, já que Distrito Federal nãoé o precursor fundamental da re‐gião na área rural. “Na verdade, osaptos a serem contemplados (agri‐cultores e pecuaristas) já podemprocurar o fundo que este recurso jáestá disponível”, lembrou o secretá‐rio.

Para Alexandre Baldy, o FCO éuma das ferramentas que mais in‐duzem o setor produtivo em Goiás,influenciando na geração de empre‐gos de linhas de crédito no campo ena cidade. “E assim contribui deforma especial para o crescimentoem Goiás e o seu próprio cresci‐mento no Centro‐Oeste”, enfatizou.

Praticamente todos os municí‐pios goianos podem contar com oFCO. “É extremo o sucesso com suacriação e a demanda é sempre cres‐cente”, constatou Baldy. O FCO é um entrevários fundos que recebem repasses com‐pulsórios anuais do Tesouro Nacional e é

incrementado pelos retornos financeirosdas próprias operações. Sem embargo, foiresponsável, entre 2000 e 2012, por financiar

a quantidade expressiva de 311.702empreendedores goianos, nummontante de R$ 12 bilhões, tendopossibilitado a criação de 513.448mil empregos diretos nesse período.

CRESCIMENTO CONSTANTEEm 2011, as contratações do

FCO em Goiás cresceram 30,41%em relação ao mesmo período de2010. Foram fechados contratos demais de R$ 2 bilhões, contra R$ 1,5bilhões do ano anterior. O Estadoficou com 37% do montante desti‐nado às três unidades da Federaçãolocalizadas no Centro‐Oeste, mais oDistrito Federal. No ano que passouforam contratados R$ 1,8 bilhõespara 11.439 tomadores nos segmen‐tos empresariais, rurais e da área doturismo, além de infraestrutura. Osempregos gerados ultrapassaram os200 mil.

Verificou‐se, durante esses anos,ainda de acordo com o secretário,um avanço dos ramos sucroenergé‐tico, automobilístico, farmacêutico ealimentício, com inserção significa‐tiva de inovações, especialização docapital humano local e ampliaçãoda corrente de comércio.

A utilização do FCO evoluiu ra‐pidamente para um estágio maiscomplexo de industrialização, comdiversificações notáveis e expansãode segmentos e produtos com maiorvalor adicionado. O PIB de Goiás ex‐pandiu uma média de 4,9% ao anoentre 2000 e 2012, saltando de R$ 26,2bilhões para R$ 112,3 bilhões, sendoque a participação da indústria, nesteperíodo, cresceu de 24% para 27% do

PIB, enquanto que o setor primário se man‐teve fixado no patamar de 14% do ProdutoProduto Interno Bruto.

Goiás tem mais recursospara investimento

FCO TERÁ MAIS R$ 1,5 BILHÃO DE INVESTIMENTOS, SENDO QUE UM TERÇO DEVE SERDIRECIONADO PARA GOIÁS. PRODUZIR-FOMENTAR FINANCIAM MAIS 9 PROJETOS

Novos investimentos para indústrias e empresas co‐merciais foram aprovados pelos conselhos dos progra‐mas Produzir/Fomentar na última semana e viabilizarãoimplantação de novas unidades fabris e comerciais emvários municípios goianos. Foram analisados nove pro‐jetos de implantação e expansão de empresas, que gera‐rão 555 novos empregos diretos nas áreas de mobiliário,produção de ração animal, de bobinas de papel, de tintase outros materiais de acabamento para a construção civil,envasamento e manutenção de rede de gases, confecçãode sacos, bolsas e embalagens, entre outros.

Os nove projetos estão destinados aos municípios deGoiânia, Goiatuba, Itumbiara e Anápolis e preencherãoelos importantes da cadeia produtiva do agronegócio eda indústria, que se encontram em alto ritmo de desen‐volvimento. Um desses exemplos é a indústria de gasesindustriais Oxinobre, que vai investir R$ 2,3 milhões naunidade nacional em Itumbiara, para produzir gases in‐dustriais para atender demandas novas e antigas doparque industrial goiano. O diretor‐executivo daADIAL, Edwal Portilho “Chequinho” participa mensal‐mente da reunião, uma vez que a ADIAL é membro efe‐tivo dos conselhos dos programas Produzir/Fomentar.

Conselho aprova maisprojetos por programas

ADIAL participa de reunião do Conselho Produzir‐Fomentar

Jayr Inácio

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NOTAS INDUSTRIAIS

Inflação de julhoO IPCA subiu apenas 0,03% em julho, foi o menor para o período registrado nos úl mos anos.

TERMÔMETRO ECONÔMICO 2013Confira abaixo a última atualização dos indicadores econômicos do País e do Estado. A cada ediçao, a PRÓ‐INDUSTRIAL traz

novos números e suas sinalizações. Confira os resultados dos últimos dados divulgados.

Inflação em 2013No acumulado do semestre, IPCA subiu 3,15%. A meta é de4,5% a 6,5% no ano. Em 12 meses, o avanço é de 6,70%.

Expansão da indústriaDesde o começo do ano, produção industrial segue ritmo lento. Emmaio, foi registrada uma forte queda de 1,8%.

Comércio exteriorAs exportações brasileiras devem ser bem menores que em 2012. Asprevisões apontam diferença de R$ 10 bilhões.

PIB em 2013O mercado reduziu a previsão do PIB neste ano em 10 vezes,agora estabilizou em 2,28%. Começou o ano em 3,5%.

Desemprego A taxa de desemprego no Brasil subiu levemente durante o úl mo mês dejunho e chegou a 6%, frente ao índice de 5,8% registrado no mês de maio.

Morre o engenheiro Michal Gartenkraut

Faleceu em 18 de julho, aos 66 anos, osócio‐fundador da consultoria Rosenberg &Associados, Michal Gartenkraut, um polonêsde família judaica que veio ao Brasil aos 11anos, formou‐se em engenharia mecânica ede produção no ITA (Instituto Tecnológico deAeronáutica) em 1969 e lecionou nainstituição de 1970 a 1993.

O engenheiro, que se recuperava em casade uma cirurgia recente, sentiu mal e veio afalecer. PhD em sistemas de engenharia eeconomia pela Universidade de Stanford,Gartenkraut foi reitor do Instituto Tecnológicode Aeronáutica (ITA) entre 2001 e 2005 epresidente do Instituto de PesquisaEconômica Aplicada (Ipea) de 1987 a 1988.Michal Gartenkraut foi entrevistadorecentemente pela revista Pró‐Industrial.

O engenheiro também ocupou oscargos de secretário‐geral do Planejamentoda Presidência da República entre 1987 e1988, no governo José Sarney, e desecretário de Assuntos Econômicos doMinistério da Fazenda, de 1989 a 1990. Foigerente‐geral do Estudo dos Eixos Nacionaisde Integração e Desenvolvimento,elaborado para o BNDES e Ministério doPlanejamento.

Atuou também como consultor,

prestando serviços ao Banco Mundial e parao governo do Estado de Minas Gerais, entreoutras instituições. Comunicado divulgado eassinado pela equipe da Rosenberg &Associados afirma que Gartenkraut deixacomo legado "o apreço pela perfeição, ohábito da busca do contraponto, o gostopelo pensar fora da caixa".

O executivo Edélcio Santosdeixou em julho a direção industriale de supply da Heinz no Estado, paraassumir o mesmo cargo na GoiásVerde Alimentos. “A receptividadefoi excelente. A empresa tem um di‐ferencial de mercado que é a sinergiacampo e indústria. A empresa pro‐mete se destacar nos próximos anos,por isso aceitei o desafio.”

Chega também à Goiás Verde Ali‐mentos, para comandar a diretoriaComercial e Marketing, Gilson Bru‐nelli, ex‐diretor Camil Alimentos eQuero Alimentos.

Henrique Penna é o novo diretorcomercial da Jalles Machado. O exe‐cutivo é formado em Engenharia deProdução Agroindustrial pela UFS‐Car, com MBA pela Universidade deDuke na Carolina do Norte, EUA. Foidiretor de Operações da Jalles Ma‐chado de 2006 a 2011.

Mercado Executivo

Edélcio Santos vaipara a Goiás Verde

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EMPRESA

HIG adquire participação na Creme Mel

EMPRESA GOIANACREME MEL TEMNOVO SÓCIO EDEVE AMPLIAR FÁBRICA NO ESTADO. NOVOACIONISTA É UM FUNDO AMERICANO

AH.I.G. Capital, uma dasprincipais empresas de pri‐vate equity do mundo commais de US$13 bilhões decapital sob gestão, anun‐

ciou em julho que a sua afiliada noBrasil completou com sucesso o inves‐timento na Creme Mel Sorvetes, umadas principais produtoras de sorvetedo Brasil.

Com sede em Goiás, a companhiaé a maior empresa de sorvetes doCentro‐Oeste. Atualmente a CremeMel conta com mais de 900 colabo‐radores e seus sorvetes estão pre‐sentes em nove Estados e no DistritoFederal. O investimento da H.I.G.possibilitará à Creme Mel ampliarsua capacidade produtiva com aabertura de uma nova fábrica, bemcomo expandir sua presença no res‐tante do País.

NOVOS MERCADOS"Estamos bastante entusiasmados

em ter a H.I.G. como sócia. A habili‐dade e experiência em ajudar empresasa crescer em todo o mundo serão degrande utilidade para acelerar o cresci‐mento da Creme Mel e conquistarnovos mercados. Vamos levar nossossorvetes a ainda mais clientes, semprecuidando da qualidade de nosso pro‐duto”, comenta Antonio Santos, funda‐dor da Creme Mel.

Os atuais acionistas da CremeMel, Antonio Santos e o Grupo Odi‐lon Santos, permanecerão na em‐presa após o investimento da H.I.G.

Fernando Marques Oliveira, pre‐sidente da H.I.G. Brasil, comentou:“Estamos muito satisfeitos com aoportunidade de participar dessahistória de sucesso e em poder aju‐dar seus gestores a dar continui‐dade ao plano de crescimento dacompanhia. A Creme Mel ofereceum produto de alta qualidade e es‐tamos determinados a expandir aatuação da empresa a todo o territó‐rio nacional. Com um time de pro‐fissionais experientes já presente naCreme Mel, vamos adicionar talen‐tos e agregar valor a essa nova faseda companhia”.

SOBRE A CREME MELFundada em 1987 pelo empresá‐

rio Antônio Santos na garagem desua residência, a Creme Mel Sor‐vetes é hoje a maior indústria desorvetes do Centro‐Oeste e estáentre as mais importantes do seusegmento no Brasil. Atualmente,conta com mais de 900 colabora‐dores e está presente nos estados deGoiás, Tocantins, Minas Gerais, SãoPaulo, Bahia, Mato Grosso, MatoGrosso do Sul, Pará, Maranhão eDistrito Federal, oferecendo aosconsumidores produtos com quali‐dade e sabor diferenciados.

Produtos Creme Mel, que chegam a nove Estados, deve ser distribuído em todo País

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A fábrica da Creme Mel já está recebendo investimentos e os planos futuros pode incluir novas unidades de produção

SOBRE A H.I.G. CAPITALA H.I.G. é líder global em inves‐

timentos em private equity em em‐presas de middle market, com maisde US$13 bilhões de capital sob ges‐tão. Baseada em Miami e com escri‐tórios em Atlanta, Boston, Chicago,Dallas, Nova Iorque e São Francisco,bem como escritórios afiliados noRio de Janeiro, Londres, Hamburgo,Madri e Paris, a H.I.G. foca em pro‐ver capital para pequenas e médiasempresas com atrativo potencial decrescimento.

A H.I.G. também realiza aquisi‐ções em parceria com os gestores(management‐led buyouts) e aumen‐tos de capital em empresas de des‐taque tanto no segmento industrialcomo no de serviços. A H.I.G. temextensa experiência em reestrutura‐ções financeiras e turnarounds ope‐racionais. Desde a sua fundação em1993, a H.I.G. investiu e geriu maisde 200 companhias globalmente. Oportfolio atual conta com mais de 80companhias com receitas combina‐das excedendo US$30 bilhões.

"Estamos bastanteentusiasmados em tera H.I.G. como sócia.Vamos levar nossossorvetes a ainda maisclientes, sempre cui‐dando da qualidade denosso produto”

Antonio Santos, fundador da Creme Mel

“A Creme Mel ofe‐rece um produto dealta qualidade e esta‐mos determinados aexpandir a atuação daempresa a todo o ter‐ritório nacional”

Fernando Oliveira,presidente da HIG Brasil

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ENERGIA POSITIVAÉ um plano brilhante, completo e inovador para uma reestruturação integral, lucrativa e sustentável parao uso da energia. Amory Lovins oferece uma nova visão para revitalizar modelos de negócios e vencer a

corrida pela energia limpa. Com base em trinta anos de experiência prática, esta análise inovadora ecomentada por especialistas da área integra soluções baseadas no mercado e testadas em diversos setores.

Ela traça o mapa de caminhos e estratégias competitivas para uma economia que não precisará mais depetróleo, carvão e energia nuclear, que usará um terço menos de gás natural e não exigirá novas invenções.

LIVRO DE CABECEIRA DOS EMPRESÁRIOSMais do que sucesso editorial, A Lei do Triunfo é o resultado de 20 anos de estudos dedicados por

Napoleon Hill a cerca de 16 mil entrevistas com pessoas das variadas atividades e níveis sociais. Através de"A Lei do Triunfo", Hill deixou como legado 17 leis que abrangem 15 virtudes essenciais para a conquistado triunfo profissional e pessoal. “A concentração do esforço e o hábito de trabalhar com um propósito,eis os dois fatores essenciais para o triunfo, e que se encontram sempre juntos. Um faz nascer o outro.”

CARREIRAA felicidade e o sucesso na carreira profissional dependem de decisões tomadas ao longo da

vida. Somente decidir, porém, não basta. É preciso ter atitude. Atitude é o que define o que abrecaminhos, o que faz a diferença. Muitos podem fazer escolhas iguais, mas somente aqueles com

atitude chegarão ao objetivo almejado. 51 Atitudes Essenciais para Vencer na Vida e na Carreira é umáudio livro para vencedores. Um áudio livro para as pessoas que estão dispostas a percorrer o

caminho do autoconhecimento e da auto realização.

AULA DE ECONOMIANesta segunda edição, os autores estenderam até 2010 ‐segundo mandato de Luiz Inácio "Lula" da Silva ‐

o período de abrangência do estudo e apresenta, em seus oito capítulos revistos e ampliados, um abrangentepanorama da evolução da economia e da sociedade brasileiras desde o pós‐Guerra. A análise desse períodoem perspectiva histórica oferece aos leitores ‐ acadêmicos, profissionais, estudantes ‐ uma visão integrada doselementos que fundamentaram a formação do Brasil contemporâneo. Mostra como o nosso desenvolvimentoeconômico e social a partir do pós‐Guerra alternou fases de avanço e estagnação ao sabor de condicionantespolíticos, institucionais, de políticas públicas, de "booms" e crises internacionais.

REPENSE TUDOSabe por que é tão comum prometermos a nós mesmos que vamos fazer dieta, mas essa ideia

desaparece assim que chega a sobremesa? Sabe por que nos surpreendemos comprando coisas de quenão precisamos? Sabe por que continuamos com dor de cabeça depois de tomar uma aspirina de cincocentavos, mas essa mesma dor de cabeça desaparece quando a aspirina custa 50 centavos? Ao concluira leitura deste livro, você saberá responder a estas e a muitas outras perguntas que têm implicações navida particular, na vida profissional e no modo como encaramos o mundo. O livro o ajudará a repensar afundo a forma como você e as pessoas em sua volta agem.

LEITURA EMPRESARIAL

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OPINIÃO

Custo Brasil, inflação e impostos

CESAR HELOU

Aexpectativa do empresa‐riado brasileiro era de que2013 fosse o ano daretomada econômica.Metade do ano se passou e

o que se percebe é um cenário maishostil, agora com o comércio – que erauma âncora da economia, até então –registrando números negativos erevelando uma clara desaceleração,além da inflação apertando as contasdas famílias e das empresas. Para agestão empresarial, a inflação é ummal duplo: primeiro, atinge nascompras, pois os preços sobemtambém para o empresário e tornatodo o custo da operação mais caro e,em segundo lugar, atinge as vendas,pois o consumidor fica mais cauteloso,compra menos e as empresas nãoconseguem atingir suas metas.

A situação difícil do comércio e daindústria brasileira está relacionada aoexcesso de custos, o que chamamos hátempos de Custo Brasil, que é o gastoextra de se produzir no País. Essaexpressão está ficando antiga nodicionário econômico brasileiro, mas oideal era que tivesse sido eliminada.Desde a década de 80, os empresáriosressaltam que a conta dos desajustesdo setor público está ficando pesadapara o setor produtivo – empresários etrabalhadores.

De lá para cá, o peso daadministração pública apenas sobe,ano a ano, impedindo que se repense ainjusta carga tributária, forçando, aliás,sempre a sua ampliação. Quandoiniciamos os debates sobre CustoBrasil, a carga tributária não

representava 25% do PIB, hoje, namédia já ultrapassou 35% e, paraalguns produtos, já está próximo de50%.

Mas o que aconteceu em 2013 dediferente? Estamos percebendo que omodelo de gerir crises do governofederal com pequenas bondades, comdesonerações pontuais e seletivas,crédito temporário para estimular oconsumo ou suaves mexidas napolítica monetária já não surtem oefeito de recuperar o ritmo decrescimento.

Por mais que seja angustiante parao empresário e para o trabalhador,talvez essa falta de respostas aosestímulos governamentais estejaocorrendo em boa hora. Talvez assimseja repensado esse modelo dotratamento que se dá aodesenvolvimento da economiabrasileira. Está se começando aenxergar que o País precisa realizaruma cirurgia tributária e não apenasser tratado com doses homeopáticas etemporárias de desoneração.

O ano de 2013 já entrou para ahistória – pelas mobilizaçõespopulares que ocorreram em todo Paísante a mesmice do comportamentodos agentes públicos. Que a ação dasociedade desperte um estalo geral deque é preciso inovar e reformar.

As críticas sociais ocorrem em meioà falta de dinamismo econômico.Voltamos a um antigo pesadelo: baixocrescimento com alta inflação. E odesafio de crescer em 2013 é cada vezmais difícil. O governo já admite umterceiro trimestre ainda de estagnação.

Evidentemente isso ocorre porquetodos os projetos ou propostas derecuperação até então apresentadossão uma cansativa repetição dopassado. É preciso aumentar aprodução brasileira para atender aoconsumo crescente.

A conta é simples: o consumoexplodiu em dez anos e o governo nãoestimulou a produção. Isso provocaria,em algum momento, inflação.Enquanto o consumo for o foco doestímulo, vamos apenas ampliar odesequilíbrio entre oferta e procura.Sem empresas competitivas e com altaprodutividade, não vamos solucionaresta equação.

E o momento se complica porque olongo tempo de estagnação afetou,naturalmente, as contas dos agentespúblicos, do setor empresarial etambém das famílias. Todos estão comorçamentos desajustados. Qualquermovimento tem de ser pensado paranão agravar o problema na outraponta. O ideal é que o ajuste ocorra emparalelo, sem grandes intervenções,como elevar a carga tributária, porparte dos governos; elevar os preços,por parte das empresas; ou ainadimplência e endividamento dasfamílias. É certo que o excesso deconfiança e de reservas financeiras,fartas até pouco tempo atrás, acabou,mas não podemos agora deixar acabarcom o excesso de lucidez. É a hora detodos trabalharemos junto de novo.

Cesar Helou é empresário e presidente da ADIAL

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auditoria . perícia . due diligence . reorganização societária . fusões e aquisições . avaliação

de empresas (valuation) . lucratividade e rentabilidade . implantação de sistemas . ifrs

controles internos . planejamento tributário . recuperação de crédito fiscal e previdenciário

. gestão

contábil permanente . gestão fiscal permanente . gestão trabalhista permanente . escrituração

contábil digital . escrituração fiscal digital . fcont . tombamento patrimonial . gestão

patrimonial permanente.

auditoria da conta corrente do ICMS . auditoria do valor adicionado . auditoria do movimento

financeiro . auditoria das disponibilidades . auditoria de avaliação de estoques . auditoria

específica de mercadorias . auditoria específica de cereais . auditoria de substituição

tributária . auditoria do produzir . auditoria específica de abatedouros e frigoríficos

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