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ASBREI - FUNDADA EM 1981, É UMA ENTIDADE NACIONAL DE CRECHES E PRÉ-ESCOLAS, PÚBLICAS E PARTICULARES, SEM FINS LUCRATIVOS, RECONHECIDA COMO DE UTILIDADE PÚBLICA E TEM COMO MISSÃO “PROMOVER E APOIAR AÇÕES QUE FAVOREÇAM O ESTUDO E O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL”. Quando se fala em crise ambi- ental, culpa-se com freqüência os atuais meios de produção e consumo pela destruição sem precedentes dos recursos natu- rais do planeta. O diagnóstico é correto, mas incompleto. Há uma crise de percepção, um olhar es- trito sobre a realidade que nos cerca e que legitima toda a nos- sa indiferença – ou como diria o teólogo e escritor Leonardo Boff, nossa falta de cuidado – para com as leis do universo, que regem a vida e tudo o que há. Nossa visão fragmentada da realidade nos precipita na dire- ção do abismo existencial, onde as coisas carecem de sentido, a soma das partes não explica o todo, e a ciência não cumpre a promessa de resolver os gran- des problemas da humanidade. Somos escravos de um olhar reducionista, que relega muitas vezes à natureza a função de ape- nas nos suprir de alimentos, ener- gia, matéria-prima e belas paisa- gens. Dilapidamos o patrimônio natural sem a percepção de que somos parte do planeta, de que o meio ambiente começa no meio da gente, a partir da nossa consti- tuição física, onde a água, o ar, o solo e a luz solar são elementos fundamentais à manutenção da vida. Essa falsa dualidade – eu e o meio ambiente – denunciada pelos místicos na antiguidade, é confirmada pela física moderna quando o universo é entendido como um complexo sistema de O novo paradigma ambiental redes interdependentes, que interagem ininterruptamente. Entender a vida na sua ex- pressão mais holística, sistê- mica e inter-relacional não constitui o único desafio do nosso tempo. É preciso comu- nicar esse saber, traduzi-lo sem o peso do jargão ecológico-ci- entífico, torná-lo inteligível ao maior número possível de pessoas, a fim de que uma nova cultura se manifeste na direção da sustentabilidade. Viver de forma sustentável em equilíbrio com o meio am- biente não é uma questão de es- tilo, mas de sobrevivência. Ou reconhecemos a nossa parcela de culpa nas grandes tragédias ambientais da atualidade – es- cassez de recursos hídricos, aquecimento global, desertifi- cação do solo, crescimento ge- ométrico de lixo, etc ou esgota- remos todas as possibilidades de projetar um futuro melhor para nossos filhos e netos. *Jornalista e um dos autores do livro “Meio Ambiente no século XXI” André Trigueiro* A primeira Oficina de Trabalhos do ano re- alizada pela ASBREI, em parceria com Maria Tere- sa Soares e Equipe, contou com a participação de apro- ximadamente 110 pessoas, integrantes de 19 instituições de Educação Infantil. Através do tema: “A Evo- lução do Grafismo”, questões A evolução do grafismo Educadores nas atividades da oficina de grafismo de ordem prática em sala de aula surgiram e foram viven- ciadas pelos educadores pre- sentes, de forma dinâmica e contextualizada. Tais momentos suscita- ram reflexões acerca de as- pectos inerentes ao cotidiano escolar, como: prontidão, gra- dação, representação gráfica, dentre tantos outros. Associe-se já! Associe-se já! (21) 2224-1804 Nossos Diretores, Luiz Eduardo Rocha Lima, Carlos Antunes e Rogerio Travassos, foram muito bem recebi- dos por Adolpho Martins, Presidente do Grupo Folha Dirigida, que nessa ocasião ofereceu um espaço semanal em seu Jornal, para que a ASBREI publique artigos sobre Educação Infantil. Os Associados que queiram contribuir com textos para este fim podem enviar o material através de <[email protected]> para ser examinado e convalidado pela Diretoria. Parceria com o Grupo Folha Dirigida

A evolução do grafismo O novo paradigma ambiental · nas nos suprir de alimentos, ener-gia, matéria-prima e belas paisa-gens. Dilapidamos o patrimônio natural sem a percepção

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Page 1: A evolução do grafismo O novo paradigma ambiental · nas nos suprir de alimentos, ener-gia, matéria-prima e belas paisa-gens. Dilapidamos o patrimônio natural sem a percepção

ASBREI - FUNDADA EM 1981, É UMA ENTIDADE NACIONAL DE CRECHES E PRÉ-ESCOLAS, PÚBLICAS E PARTICULARES,SEM FINS LUCRATIVOS, RECONHECIDA COMO DE UTILIDADE PÚBLICA E TEM COMO MISSÃO “PROMOVER E

APOIAR AÇÕES QUE FAVOREÇAM O ESTUDO E O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL”.

Quando se fala em crise ambi-ental, culpa-se com freqüênciaos atuais meios de produção econsumo pela destruição semprecedentes dos recursos natu-rais do planeta. O diagnóstico écorreto, mas incompleto. Há umacrise de percepção, um olhar es-trito sobre a realidade que noscerca e que legitima toda a nos-sa indiferença – ou como diria oteólogo e escritor LeonardoBoff, nossa falta de cuidado –para com as leis do universo,que regem a vida e tudo o quehá. Nossa visão fragmentada darealidade nos precipita na dire-ção do abismo existencial, ondeas coisas carecem de sentido, asoma das partes não explica otodo, e a ciência não cumpre apromessa de resolver os gran-des problemas da humanidade.

Somos escravos de um olharreducionista, que relega muitasvezes à natureza a função de ape-nas nos suprir de alimentos, ener-gia, matéria-prima e belas paisa-gens. Dilapidamos o patrimônionatural sem a percepção de quesomos parte do planeta, de que omeio ambiente começa no meioda gente, a partir da nossa consti-tuição física, onde a água, o ar, osolo e a luz solar são elementosfundamentais à manutenção davida. Essa falsa dualidade – eu eo meio ambiente – denunciadapelos místicos na antiguidade, éconfirmada pela física modernaquando o universo é entendidocomo um complexo sistema de

O novo paradigma ambiental

redes interdependentes, queinteragem ininterruptamente.

Entender a vida na sua ex-pressão mais holística, sistê-mica e inter-relacional nãoconstitui o único desafio donosso tempo. É preciso comu-nicar esse saber, traduzi-lo semo peso do jargão ecológico-ci-entífico, torná-lo inteligível aomaior número possível depessoas, a fim de que umanova cultura se manifeste nadireção da sustentabilidade.

Viver de forma sustentávelem equilíbrio com o meio am-biente não é uma questão de es-tilo, mas de sobrevivência. Oureconhecemos a nossa parcelade culpa nas grandes tragédiasambientais da atualidade – es-cassez de recursos hídricos,aquecimento global, desertifi-cação do solo, crescimento ge-ométrico de lixo, etc ou esgota-remos todas as possibilidadesde projetar um futuro melhorpara nossos filhos e netos.

*Jornalista e um dosautores do livro “Meio

Ambiente no século XXI”

André Trigueiro*

Aprimeira Oficina deTrabalhos do ano re-alizada pela ASBREI,

em parceria com Maria Tere-sa Soares e Equipe, contoucom a participação de apro-ximadamente 110 pessoas,integrantes de 19 instituiçõesde Educação Infantil.

Através do tema: “A Evo-lução do Grafismo”, questões

A evolução do grafismo

Educadores nas atividades da oficina de grafismo

de ordem prática em sala deaula surgiram e foram viven-ciadas pelos educadores pre-sentes, de forma dinâmica econtextualizada.

Tais momentos suscita-ram reflexões acerca de as-pectos inerentes ao cotidianoescolar, como: prontidão, gra-dação, representação gráfica,dentre tantos outros.

Associe-se já!Associe-se já!(21) 2224-1804

Nossos Diretores, Luiz Eduardo Rocha Lima, CarlosAntunes e Rogerio Travassos, foram muito bem recebi-dos por Adolpho Martins, Presidente do Grupo FolhaDirigida, que nessa ocasião ofereceu um espaço semanalem seu Jornal, para que a ASBREI publique artigos sobreEducação Infantil.

Os Associados que queiram contribuir com textos paraeste fim podem enviar o material através de<[email protected]> para ser examinado e convalidadopela Diretoria.

Parceria com oGrupo Folha Dirigida

Page 2: A evolução do grafismo O novo paradigma ambiental · nas nos suprir de alimentos, ener-gia, matéria-prima e belas paisa-gens. Dilapidamos o patrimônio natural sem a percepção

O Estatuto da Criança e doAdolescente (ECA) completa-rá 15 anos no dia 13 de julhopróximo, data realmente sig-nificativa para a história doatendimento à infância e à ju-ventude no Brasil.

No decorrer desses 15anos, com o apoio da socie-dade civil, das organiza-ções governamentais e nãogovernamentais, muitosavanços foram realizados.

A Educação Infantil deveser priorizada e vista comoinvestimento, que trará re-torno econômico e social in-discutíveis, dispensandopolíticas compensatórias,essas sim, de alto custo fi-nanceiro e de avanços soci-ais nem sempre proporcio-nais ao esforço despendido.

Ignorar a Educação In-fantil como um dos direi-tos da criança nos levará aperpetuar estatísticas quenos mostram que no Brasilapenas 7% das crianças deaté 3 anos freqüentam umacreche, e que apenas 11%das crianças de 4 a 6 anosconhecem a pré-escola.

As marcas deixadas porcarências na infância sãoirreversíveis. Hoje, reco-nhecemos que os primeirostrês anos de vida são cruci-ais na formação do ser.

Todavia, no começo doséculo XXI, temos uma le-gislação que reconhece aimportância da educaçãona primeira infânciacomo um direito univer-

A aquisição da linguagem éum feito diário e ainda mágicoda infância. Entre dois e cincoanos, praticamente todas as cri-anças tornam-se totalmentecompetentes em, ao menos, umalíngua. Aceitamos isso como to-talmente normal. Raramente nospreocupamos, ainda que estaseja a realização mais difícil daprimeira infância. Ainda maismarcantes são aquelas criançasque simultaneamente adquiremduas ou mais línguas duranteos anos na Educação Infantil.Nos últimos anos os pesquisa-dores têm estado ativamente en-volvidos no estudo da aquisiçãobilíngüe e, embora toda a evidên-cia de pesquisa ainda não estejaconcluída, hoje temos uma des-crição mais detalhada de impor-tantes aspectos de desenvolvi-mento bilíngüe. É fato que a aqui-sição bilíngüe é complexa masjá sabemos que as crianças po-dem aprender duas línguas.

Devido à falta de familiarida-de ou conhecimento sobre o bilin-güismo infantil, pais, educadorese especialistas em Educação Infan-til podem expressar dúvidas a res-peito desse processo e preocupam-se com conseqüências negativasprovenientes de crianças que apren-dem duas línguas durante osprimeiros anos na escola.

É importante ressaltar que quan-do o contato com uma segunda lín-gua está ligado a um vínculo afeti-vo, em geral com os pais ou com osavós, o estímulo para aprendê-latambém se baseia na afetividade edá à criança um sentido para apren-der. Não é necessário, contudo, queo bilingüismo esteja presente na fa-mília para que a criança aprenda umsegundo idioma.

Muitas instituições de Educa-ção Infantil têm se especializadoem ensinar, principalmente inglês,para alunos com menos de 5 anos.O essencial, no entanto, é traba-lhar as atividades que pertençamao universo infantil. Em outras pa-

O Ensino Bilíngüena Educação InfantilMensagem do Presidente

Educação Infantil: basepara a inclusão social

Claudia Martinez Travassos*

2 Junho / Julho 2005Junho / Julho 2005Junho / Julho 2005Junho / Julho 2005Junho / Julho 2005

sal, redimensionando asações e as políticas nessaesfera. Houve um longoprocesso até que chegás-semos a essa realidade,cujo começo se insinua,num contexto mais am-plo, nas transformaçõessocioeconômicas e cultu-rais, a partir de meadosdo século XX, que trouxe-ram a criança de zero aseis anos para o plano so-cial. A infância passou aser vista como categoriasocial e não mais comocategoria familiar. O Es-tado deve cuidar da in-fância, complementandoa ação da família.

Se acreditamos que ser ci-dadão pressupõe um indi-víduo que esteja no gozo dosdireitos civis e políticos deum Estado, o acesso a Edu-cação Infantil é o primeiropasso para essa conquista.

Possibilidades futurasdessas conquistas, inclusi-ve votar e ser votado, ficamseriamente ameaçadas, senum momento único do de-senvolvimento das potenci-alidades do ser – de zero aseis anos – não forem aten-didas essas necessidades,com os cuidados e os estí-mulos próprios a essa fase.

O desafio é pensar aEducação Infantil como di-reito de todos e não somen-te de alguns.

Luiz Eduardo Rocha LimaPresidente da ASBREI

lavras, isto significa brincar, de-senvolvendo as diferentes áreas doconhecimento. Nessas brincadei-ras, os professores introduzem aospoucos palavras, músicas e ex-pressões em inglês durante a roti-na escolar.

O fato de uma criança viverem um país no qual se fala, porexemplo, português, fará, natural-mente, que ela tenha mais acessoa língua local e desenvolva maiorfluência neste idioma. Entretanto,a influência do idioma materno nãoé necessariamente ruim ou preju-dicial. É comum a criança associ-ar algumas regras gramaticais econtextos de uma língua à outra,criando situações de "triggering",ou seja, mudança de idioma casonão se saiba uma palavra na se-gunda língua.

Por esta razão é compreensí-vel que crianças misturem asduas línguas quando iniciam oaprendizado. O mais importanteé ensinar a segunda língua de for-ma significativa. Os assuntosabordados em sala de aula têmde ser coerentes com as fases dodesenvolvimento infantil, sempreligados à vivência das crianças. Aaquisição da segunda língua éfacilitada se a criança tiver expe-riências contínuas, variadas e con-textualizadas, assim como o tem-po de exposição à segunda lín-gua é também um fator relevantepara se alcançar maior compre-ensão e fluência comunicativa. Énecessário também lembrar queexistem grandes diferenças indivi-duais em aquisição de linguagem– algumas crianças adquirem suasprimeiras palavras espontanea-mente ou usam produções oraiscomplexas muito antes do que ou-tras crianças.

O ensino bilíngüe tem de res-peitar as diferenças individuais etrabalhar atividades que adicionemà experiência infantil, pois todas ascrianças são capazes de aprenderduas línguas na infância.

*Diretora Pedagógica daEscola Bloom Bilíngüe

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3Junho / Julho 2005Junho / Julho 2005Junho / Julho 2005Junho / Julho 2005Junho / Julho 2005

Face ao oferecimento dadiretoria da ABE – AssociaçãoBrasileira de Educação – emnome de seu presidente ProfºJoão Pessoa Albuquerque, aopresidente da ASBREI – As-sociação Brasileira de Educa-ção Infantil, Sr. Luiz EduardoRocha Lima, para iniciaremuma maior aproximação en-tre essas duas instituições, noque concerne aos temas daEDUCAÇÃO, visitei no dia13 de abril representando aASBREI, a sede da ABE, quan-do fui gentilmente recebido pe-las Professoras Maria Carlota eArlete para nosso 1º contato.

Nesse encontro, me foirelatado detalhadamente, avasta e importante históriada ABE, que nos seus 80 anosde existência, guarda acervode inestimável valor da Edu-cação Brasileira, situandocom precisão o quadro teó-rico em que se inserem tudo

o que diz respeito ao assun-to. Com certeza, acredito serda maior importância, man-termos uma relação mais es-treita com a experiente e re-conhecida ABE, que preconi-zou e ainda hoje luta por ide-ais de uma verdadeira e reco-nhecida pedagogia nacional.

A ABE e a ASBREI podem edevem compartilhar idéias, tro-car experiências, interagir comtodo dinamismo que possuem,buscando assim o aprimora-mento necessário ao assuntoque desperta o maior e maisimportante interesse da socie-dade brasileira, a EDUCAÇÃO.

Assim sendo, é fundamen-tal termos a compreensão ade-quada, dentro do prisma di-dático-pedagógico, do quan-to é importante estarmos uni-dos para com todos aquelesque abraçam essa causa tãonobre e carente de aliados.

*Diretor Financeiroda ASBREI

ABE e ASBREICarlos Frederico Antunes*

AASBREI, no dia 19 deabril, em parceria com

o Comitê de Educação In-fantil do Sinepe Rio, pro-moveu a palestra “RelaçõesInterpessoais no Trabalhoem Equipe”, ministradapelo Prof. Robson Santarém,no Auditório do Sinepe Rio.

Como o tema sugere, as 78

ASBREI promove palestra

pessoas presentes comparti-lharam momentos vivenci-ais e reflexivos sobre valo-res que perpassam em qual-quer tipo de relacionamento,o que torna as pessoas maisfelizes, ou, ainda, como tratarquestões que permeiam as re-lações no trabalho (competi-tividade) de forma positiva.

Professor Robson Santarém estimula participação de educadores

Há uma convocação muitoforte para a qualidade de vidahumana sobre a face da Terra.

A UNESCO designou o pe-ríodo 2005-2014 como a Dé-cada do DesenvolvimentoSustentável, para que os es-forços tivessem início atravésde diferentes e variadas for-mas de atuação.

Desde a Conferência deEstocolmo, em 1972, as Na-ções Unidas focaram a pre-ocupação nas inter-relaçõesentre o ambiente e as ori-gens da pobreza e do sub-desenvolvimento. Em 1980surgiu o conceito de desen-volvimento sustentável emconseqüência das pesqui-sas desenvolvidas.

A Declaração que adveioda Conferência Mundial doMeio Ambiente e Desenvol-vimento, que aconteceu noRio de Janeiro, em 1992 seinicia da seguinte forma:

“Os seres humanos são o cen-tro da preocupação do desenvol-vimento sustentável. Eles são con-vocados a uma vida saudável eharmônica com a natureza.”

Em 2002, na Declaração deJohannesbourg, durante o en-contro mundial sobre o de-senvolvimento sustentável,os líderes mundiais desenha-ram suas aspirações e ex-pressaram seu compromissode “construir uma sociedadehumana global, equilibrada ecuidada, baseada nas necessida-des da dignidade do homem.”

Tendo em vista essa evo-lução de idéias, e já que te-mos a certeza de que é na pri-meira infância que tudo co-meça, a educação nessa faseda vida precisa se voltar e

evidenciar os objetivos queestão diretamente relaciona-dos com o desenvolvimentointegral (físico, mental e psí-quico) de todas as crianças.

Uma sociedade equilibradae cuidada só surgirá se hou-ver investimentos corretos nosprimeiros anos de vida.

Não basta cuidar da ali-mentação, da higiene física(ambiental e pessoal) Denada adiantará se houverexclusividade no desenvol-vimento cognitivo das cri-anças, É indispensável,para a concretização dameta a ser alcançada, con-forme esboçado no docu-mento de 2002, que nos apli-quemos aos aspectos forma-tivos na educação. Criançasque convivam com os valo-res éticos se tornam homenséticos. Educação na cidada-nia é um princípio básicopara educar direcionandometas ao desenvolvimentosustentável, já que a pobre-za e o subdesenvolvimen-to, comprovadamente, sãofruto do desequilíbrio comque o homem lidou duran-te séculos com o outro ecom a natureza.

Estamos, educadores in-fantis, sendo convocadospara uma tarefa de alta ex-pressão: preparar indivídu-os bem cuidados (moral e in-telectualmente), para queeles sejam os construtoresefetivos de uma sociedademais justa, que enalteça osdireitos de todos os homense, em paralelo, os faça senti-rem-se responsáveis peloequilíbrio de seu entorno. Ea paz se fará!

*Vice-presidente da ASBREI

Uma década para odesenvolvimento sustentável

Sonia Maria Alvarenga Braga*

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Por ter a missão de edu-car e de contribuir parao desenvolvimento tan-

to físico, quanto de valores ede hábitos de cidadãos emformação, a escola é um es-paço privilegiado para a pro-moção da saúde. Segundo aOrganização Panamericanada Saúde (OPAS), a EscolaPromotora da Saúde é aque-la que promove qualidadede vida no espaço escolar ecomunitário; que é um lugarseguro, prazeroso, com ins-talações sanitárias e físicasadequadas, com ambiente li-vre de drogas, da violência ede acidentes; que desenvolveações cotidianas em parceria eque estabelece relações favo-ráveis ao desenvolvimento e àaprendizagem do cidadão, es-timulando a opção por um es-tilo de vida saudável, sendo aalimentação saudável um deseus componentes (WHO 1996).

O cenário atual é marcadopelo aumento acelerado daobesidade entre crianças e jo-vens brasileiros e pela inten-sa exposição deste grupo po-pulacional a alimentos comalta densidade energética ebaixo aporte de fibras e mi-cronutrientes, seja por meioda mídia, especialmenteaquela dirigida ao público in-fantil, seja por meio dos ali-mentos oferecidos a elas emseu dia-a-dia. Neste contex-to, a escola assume um papelessencial na promoção da ali-mentação saudável e dos ci-dadãos. É fundamental que o

aluno encontre um ambientede coerência entre o discurso(o que é dito) e a prática (o queé oferecido) no ambiente esco-lar, ou seja, deve ser valoriza-da a dimensão pedagógica daalimentação oferecida na esco-la. Toda experiência de alimen-tação deve ser vista como umaoportunidade de aprendizado.Por conseqüência, os responsá-veis por esta atividade, tanto naspráticas educativas quanto noprograma de alimentação da es-cola e na cantina devem atuarcomo protagonistas da promo-ção da alimentação saudável.

Nesta perspectiva, a Organi-zação Mundial da Saúde reco-menda que as escolas promo-vam a atividade física, restrin-jam o consumo de alimentoscaloricamente densos e pobresem micronutrientes, limitem aexposição das crianças às inten-sas práticas de marketing des-ses produtos, forneçam infor-mações para promover escolhassaudáveis para o consumo ali-mentar e resgatem as dietas tra-dicionais saudáveis, valorizandoa dimensão cultural da alimen-tação (WHO/FAO 2003).

Iniciativas de promoçãoda saúde em diversas áreastêm alcançado maior efetivi-dade quando são combinadastrês vertentes de atuação: in-centivo, proteção e apoio. Asmedidas de incentivo difun-dem informação e motivamos indivíduos para a adoçãode práticas saudáveis. As me-didas de apoio tornam maisfactíveis a adesão de coleti-vidades e indivíduos bem in-formados e motivados a prá-ticas saudáveis. As medidas

Promoção da alimentaçãosaudável na escola

PROGRAMAÇÃODE EVENTOS

4 Junho / Julho 2005Junho / Julho 2005Junho / Julho 2005Junho / Julho 2005Junho / Julho 2005

ASBREI – Associação Brasileira de Educação InfantilRua Conde de Lages, nº 44 / sala 619 – Glória – Rio de Janeiro / RJ – Brasil – CEP: 20241-900

Tel: (21) 2224 1804 – Fax: (21) 2224 3226E-mail: [email protected] – Site: www.asbrei.org.br

Inês Rugani Ribeiro de Castro*

21 de junhoQue Corpo É Esse? III Jornada “Educação em

Família”Horário: 9h às 18h

Local: Auditório Des. AntônioCarlos Amorim – EMERJ -

Tribunal de Justiça do RJ - Av.Erasmo Braga, 115/4º Andar-

Centro-RJ - Tel: 2533-6196Inscrições gratuitas

para associados

• • •

23 de JunhoOficina Musical

Pedagógica SidneyMattos

Horário:15h às 17hLocal: Auditório do Sinepe-Rio

R. da Assembléia, 77/22º

Andar - Centro - RJInscrição gratuita

para associadosTel: 2242-0570

• • •02 de Julho

Oficina: PincelandoMomentos de Educação

Musical nasDiferentes Escolas

de 0 a 6 anos - Verdadesde Verdade!

Prof. Audir Bastos FilhoHorário: 9h às 16h

Local: NEAM - PUC/RJAuditório Padre Anchieta -

Edíficio Cardeal LemeRua Marquês de

São Vicente, 225 - GáveaPreços Promocionais paraAssociados (Inscrições no

Telefone: 2224-1804)

de proteção impedem quecoletividades e indivíduosfiquem expostos a fatorese situações que estimulempráticas não saudáveis.

No âmbito escolar, podemser citados alguns exemplos deações que concretizam as ver-tentes mencionadas acima:

Incentivo - ações educati-vas inseridas no projeto polí-tico pedagógico da escola pormeio de: práticas cotidianasnas diversas disciplinas, ofici-nas e vivências oferecidascomo atividades complemen-tares ao currículo básico, ativi-dades de mobilização da co-munidade escolar em torno deum determinado tema ligadoà promoção da saúde e da ali-mentação saudável.

Apoio – oferta de refeiçõessaudáveis no programa de ali-mentação da escola.

Proteção – regulamentaçãoda venda e propaganda de ali-mentos no ambiente escolar.

Consolidar uma agendade educação alimentar quearticule as vertentes de in-centivo, apoio e proteção àalimentação saudável noambiente escolar dever serprioridade de todo gestor daárea de educação. Nesta pers-pectiva, é fundamental en-tender a promoção da saúdecomo um processo em per-manente construção, que éfacilitado quando são estabe-lecidas parcerias entre sujei-tos e instituições das áreas desaúde, educação, comunica-ção social, entre outras.

*Diretora do Instituto deNutrição Annes Dias da SMS-RJ