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Afc^VvM ÍIK ANO XVII - No. 174 A FORÇA DE TODOS PEGANDO JUNTOS Agricultores organizados em 82 associações e pequenos gru- pos, discutem credito agrícola nos dias 1 e 2/08-Pg.06 e 07 PLANOS DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL O que foi aprovado pelo Congresso Nacional e san- cionado pelo Presidente da Republica, com relação a Lei do Plano e Benefícios na área rural, Pg.02 e 03 JDÃDPELIN.AS ABELHAS EA DONA NATUREZA ESSA E A RESPOSTA Ari Guth da Capanema e Mari Vasoto da D.Vizinhos' usaram a cabeça e ganharam o livro "Plantas Medicinais". Parabéns a conti- nuem lendo o CAMBOTA. "Aqui nin- guém leva prejuízo, i nem a planta e nem a abe- lha. A abe- lha faz a polenizaçao e em troca recebe o nectar." Pag.08 EDITORIAL ORGANIZAR-SE, ACREDITAR E LUTAR Kste e um meio pelo qual um grande numero de agricul- tores do Sudoeste do Paraná enfrentam a crise de propos- tas e de recursos econômicos, no setor agrícola. Este número do CAMBOTA esta divulgando estas expe- riências, bem como reflete sobre o momento conjuntural que estamos enfrentando. Qual a salda? Eis a questão! Leia o CAMBOTA, analise e reflita com seus vizinhos e sua comunidade, pois podes crer, a salda é coletiva e você leitor e parte deste co- letivo. Mais uma vez fica compro- vado que e da participação de todos que se pode obter aqui- lo que se deseja. Ninguém e uma ilha isolada na socieda- de, mas parte de um processo onde a participação de todos e fundamental. É preciso des- cobrir os caminhos da organi- zação para se ter uma vida melhor, mais digna e mais hu- mana. ASSESOAR PRODUZ Vlt>E0 SOBRE ADUBAÇAO VERDE VEJA NA PAG. 04

A FORÇA DE EDITORIAL TODOS ORGANIZAR-SE, ACREDITAR E … · recuperação da fer- tilidade dos solos. Esse trabalho tem o objetivo de criar uma consciên- cia cada vez maior entre

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Page 1: A FORÇA DE EDITORIAL TODOS ORGANIZAR-SE, ACREDITAR E … · recuperação da fer- tilidade dos solos. Esse trabalho tem o objetivo de criar uma consciên- cia cada vez maior entre

Afc^VvM ÍIK

ANO XVII - No. 174

A FORÇA DE TODOS

PEGANDO JUNTOS

Agricultores organizados em 82 associações e pequenos gru- pos, discutem credito agrícola nos dias 1 e 2/08-Pg.06 e 07

PLANOS DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL O que foi aprovado pelo Congresso Nacional e san- cionado pelo Presidente da Republica, com relação a Lei do Plano e Benefícios na área rural, Pg.02 e 03

JDÃDPELIN.AS

ABELHAS EA DONA NATUREZA

ESSA E A RESPOSTA Ari Guth da Capanema e Mari Vasoto da D.Vizinhos' usaram a cabeça e ganharam

o livro "Plantas Medicinais". Parabéns a conti- nuem lendo o CAMBOTA.

"Aqui nin- guém leva prejuízo,

i nem a planta e nem a abe- lha. A abe-

lha faz a polenizaçao e em troca recebe o nectar."

Pag.08

EDITORIAL

ORGANIZAR-SE, ACREDITAR E LUTAR

Kste e um meio pelo qual um grande numero de agricul- tores do Sudoeste do Paraná enfrentam a crise de propos- tas e de recursos econômicos, no setor agrícola.

Este número do CAMBOTA esta divulgando estas expe- riências, bem como reflete sobre o momento conjuntural que estamos enfrentando. Qual a salda? Eis a questão!

Leia o CAMBOTA, analise e reflita com seus vizinhos e sua comunidade, pois podes crer, a salda é coletiva e você leitor e parte deste co- letivo.

Mais uma vez fica compro- vado que e da participação de todos que se pode obter aqui- lo que se deseja. Ninguém e uma ilha isolada na socieda- de, mas parte de um processo onde a participação de todos e fundamental. É preciso des- cobrir os caminhos da organi- zação para se ter uma vida melhor, mais digna e mais hu- mana.

ASSESOAR PRODUZ Vlt>E0 SOBRE ADUBAÇAO VERDE

VEJA NA PAG. 04

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PLANO DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Quando o Presidente da República enviou os Projetos a Câmara, os mesmos representavam o que de mais atrasado ti- nha sobre a Seguridade Social no Pais, retirava importantes conquistas dos trabalhadores. Esses projetos foram para a Câmara e Senado que 3- provou o substitutivo vindo da Comissão de Se- guridade Social e famí- lia da Câmara.

Avaliação: a) Plano de benefí-

cios A aprovação do Pro-

jeto ate aqui, significa um avanço importante pa- ra a implantação de di- reitos aprovados a apo- sentados e pensionistas que eram de responsabi- lidade do governo desde o inicio de 1989, após a promulgação da Consti- tuição Federal.

Levando em conta que 70/È dos trabalhadores nao recebiam nem um sa- lário e na nova Lei ne- nhum beneficio pode ser inferior a um salário mínimo. A inclusão no Projeto do salário ma- ternidade e o salário família as trabalhado- ras rurais, significam passos importantes.

Com essas conquistas não quer dizer que deve- mos nos acomodar ate porque' as conquistas fo- ram importantes, mas mí- nimas comparadas com a necessidade e acima de tudo com os direitos de milhões de brasileiros que sustentam a Previ- dência Social.

b) Plano de Custeio Apesar do discurso

contrario, o Governo Co- llor, o PRN, PDS, PMDB,

PFL, PTB, PL, PSDB, par- te do PDT nao querem acabar com as fraudes na Previdência Social. Que- rem sim, progressivamen- te, a privatização da mesma. Isso ficou claro quando: « » Aprovaram que a fonte arrecadadora nao e apenas o INSS como que- ria o PT. A Receita Fe- deral continua arreca- dando dinheiro da Previ- dência Social e nao re- passa para a mesma que

* # ^ . alias essa e uma pratxca histórica. « * Aprovara«ii que o go- verno esta autorizado a usar o dinheiro do con- tribuinte para gastos com a administração ge- ral do INAMPS, LBA, INSS. Isso vai continuar um saco sem fundo. * « Quando o Ministro da Agricultura do Governo Collor foi um dos arti- culadores juntamente com a UDR para beneficiar os fazendeiros, onde os mesmos sao isentos «1%

contribuírem com 3?^ da produção como e obriga- torio para os pequenos produtores rurais. * » Isso prova como o governo e esses partiüos acima citados nao tem compromisso com a maio- ria da-jpopulaçao. Nos da bancada do PT sabemos que uma Previdência jus- ta, moderna e que atenda aos interesses da maio- ria so será possível com um governo e um Congres- so democrático e Popu- lar .

A CONTRIBUIÇÃO DOS TRA- BALHADORES RURAIS PARA A PREVIDÊNCIA

0 que foi aprovado pelo Congresso Nacional

e sancionado pelo Presi- dente da Republica com relação a Lei do Plano de Benefícios da Previ- dência Social na área rural. O empregado rural: aque- le que tem carteira as- sinada e descomtado de 8 a 10>C do salário. 0 trabalhador sazonal (safrista): terá de con- tribuir como autônomo. Para a faixa de 03 salá- rios mínimos paga 10y£ acima' desse valor e de 20%. Assim,se o safrista pretende uma aposentado- ria de 01 salário mínimo devera contribuir cora 10% do valor do salário mínimo.

O trabalhador rural (segurado especial) pe- queno proprietário, ga- rimpeiro e pescador ar- tesanal, em regime de economia familiar, paga 3% sobre a produção co- percializada (receita

bruta). Essa contribui- çao da direito a todos os benefícios como qual- quer empregado exceto a aposentadoria por tempo de serviço. Obs.: 0 tra- balhador rural que qui- ser se aposentar com mais de 01 salário mini- mo devera contribuir a parte para a Previdência Social. Os empresários rurais: contribuirap com o mesmo percentual do empresário urbano. Os fazendeiros (Pessoa Física): ficam excluídos da contribuição obriga- tória para a Previdência Social. Eles nao preci- sam contribuir com 3% sobre a produção que co- mercializam. Obs.: isso e um favorecimento ver- gonhoso. Os trabalhadc- res rurais sao obrigados'

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a contribuir com os 3%- 0 custo do produto dos trabalhadores rurais se- rá 3% mais caro que o do fazendeiro que esta isento da contribuição.

APOSENTADORIA Para trabalhador rural; homem aos 60 anos, mu- lher, aos 55 anos. O va- lor da aposentadoria pa- ra trabalhador rural é igual a 01 salário míni- mo. Período de carência: deve comprovar que tra- balhou na agricultura nos cinco anos anterio- res a aquisição da apo- sentadoria, isso pana aposentadorias requisi- tadas nos próximos 15 anos (ate 2006), a partir

disso o periodo de ca- rência será equiparado ao periodo de carência dos demais segurados. "^Periodo de carência è o numero de contribuições mínimas necessárias exi- gidas para receber o be- neficio. Como comprovar o Exerci- —■—■ ■>

cio da atividade agrico- la Deve-se apresentar a Previdência um dos docu- mentos abaixo descritos: 1) Contrato de arrenda- mento, parceiro ou como- data rural; 2) Declaração do Sindi- cato de Trabalhadores Rurais desde que homolo- gada pelo Ministério Pu- blico (Promotor de Jus- tiça) ou por outras au- toridades constituídas definida pelo Conselho Nacional de Previdência Social.

3) Declaração do Minis- te^io Publico. 4) Comprovante de cadas- tro do INCRA ao caso de produtores em regime de economia familiar. 5) Identificação especi- fica emitida pela Previ- dência Social. 6) Bloco de notas do produtor rural.

7) Outros meios defini- dos pelo CMPS

Pensão por Morte; Valor

80^ dos valor da aposen- tadoria mais 10^ por de- pendente, ate no máximo de dois dependentes. Obs.: 0 marido também recebe pensão por morte. Pecúlio; e pago ao segu- rado que ficar incapaci- tado antes de ter com- pletado o periodo de ca- rência; quando o segura- do voltar as atividades depois de aposentado; ao assegurado ou a seus de- pendentes, em ríaso H» invalidez ou morte de- corrente de acidente de trabalho. No caso de pe- cúlio por invalidez re- cebera 75$ do valor da contribuição, em caso de morte recebera 150$ do valor da contribuição.

Auxilio Funeral; por morte do segurado, que recebe ate 03 salários minimos. Valor: nao ex- cedente a 17.000,00 (de- zessete mil cruzeiros). 0 Trabalhador Sazonal (safrista): tem direito a aposentadoria por tem- po de serviço e por ida- de (55 mulher e 60 ho- mem) . Esses trabalhado- res nao tem direito a todos os benefícios. Nao receberão salário famí- lia, salário maternidade e outros. Do salário do valor do beneficio: a) Correção 7 *

monetária: todos os sa- * M

larios-de-contribuiçao considerados no calculo dos benefícios serão reajustados pela corre- ção monetária; b) Para aposentadoria: serão reajustados pelos últi- mos 36 salários de con- tribuição, considerados em períodos nao superior a 48 meses; c) Menor be- neficio: o menor benefi- cio previdenciario nao

0

poderá ser inferior a 01

salário mínimo. Os bene- fícios serão corrigidos de acordo com a variação, do INPC do IBGE na data que for reajustado o sa-

0 0

lario mínimo. Obs,: A forma de reajuste dos

0 *

benefícios poderá ser alterado quando for ela- borada uma nova política salarial.

PAGAMENTO DOS BENEFÍ- CI0S; devem ser pagos »— ^ A

ate 0 1^ dia útil do mes seguinte ao de sua com- petência. Os atrasados serão pagos, corrigidos pelo INPC do IBGE.

13- Salário: Receberão o , * 13- salário os que rece-

0

bem aposentadoria auxi- 0

lio doença, auxilio aci- dente, pensão por morte e auxilio-reclusao.

0 0

Primeiro Beneficio: Após o requerimento devem ser pagos num prazo de 45 dias. Obs.: A apresenta- ção incompleta de docu- mentos nao e motivo de recusa no pagamento dos benefícios. Retroatividade da Lei: » Esta Lei e retroativa a data de 05 de abril de 1991. No caso, os traba- lhadores rurais recebe- rão a diferença (que e de 0,5 salários minimos) em 24 meses com reajus- te.

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ADUBAÇÃO VERDE Fundamenta-se na

experiência de agri- cultores como o Sr. Espertino Alternati- vo Solobom e vários outros, a ASSESOAR está produzindo um video{filme), sobre a adubação verde co- mo uma das práticas, eficiente e duradou- ra, de conservação e recuperação da fer- tilidade dos solos.

Esse trabalho tem o objetivo de criar uma consciên- cia cada vez maior entre os agriculto- res, de que o solo é vivo, e que nós de- pendemos dessa"vida.

A grande maioria dos agricultores, ainda, só pensai;! em tirar da terra o

quanto mais possí- vel , sem se importar com a vida do solo, sem repor, sem rea- limentar de forma adequada o solo.

É preciso corn urgência mudar nossa relação com a terra. 0 vídeo que a ASSE- SOAR está produzin-

do, mostrara a expe- riência de agricul- tores que estão fa- zendo adubação verde e que já estão ob- tendo resultados concretos na conser- vação e recuperação de seus solos, com aumento significati- vo de produtividade.

Nos próximos CAMBO- TAS fadaremos sobre alguns adubos ver- des, os que melhor se adaptam ã nossa região. 0 vídeo de- verá ficar pronto em outubro e estará á disposição dos inte- ressados na sede da ASSESOAR.

Guaxuma (Sida rhombifolia Esta erva dani-

nha como muitos a consideram, chamada ainda de vassourinha ou de relógio, en- contra-se em toda parte. Existem 90 espécies conhecidas, todas com admiráveis propriedades medici- nais. Sendo a malva, tao conhecida, como um exemplo das pro- priedades idênticas a da guaxuma.

Sua raiz e diu- retica, refrescante, usada por muitos pa- ra junto com a raiz da salsa, cabelo de milho, cravo e cane- la preparar aquela famosa charopada pa- ra curar a ictericia ou amarelão. Muitos usam as folhas em

infusão para comba- ter diarréias infan- tis, inflamações crônicas e agudas nos intestinos, câimbra de sangue, dor de barriga, cal- mante de dores.

Este mesmo cha serve para noticiar dores de garganta e da boca, na perda da voz, anginas do pei- to, contra tosse e afecções respirató- rias e aliviar dor de dente.

Chá de toda a planta ajuda baixar a pressão arterial, acalmar estados ner- vosos de pessoas e acalma febres em ge- ral.

Suas sementes trituradas e fervi-

das , podem ser toma- das para combater a retenção da urina, e e um dos bons remé- dios tomado em Jejum para eliminar ver- mes.

Suas folhas amassadas com um pouco de sal expli- cado emplasto sobre tumores, apressam- a

■ sua supuraçao e a- plicadas sem sal fa- vorecem a cicatriza- çao de feridas.

As mulheres po- dem preparar cata- plasmas, cozinhando as folhas, e aplicar sobre os seios ■ nos casos de estancamen- to do leite como também sentirão ali- vio com aplicações quentes- sobre os

ovarios no primeiro dia da menstruaçao dolorosa.

Alguns povos costumam comer as folhas cozidas e to- mar seu cha seguida- mente em lugar do cha da india.

Ir, Cirilo

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ALIMENTAÇÃO E SAÚDE

"Vivo de frutas,

sementes, folhas

e ervas.

Vivo feliz,

respeito a natureza .

Façam o mesmo."

CONTINUANDO A DIVULGAÇÃO SO-

BRE A MELHOR MANEIRA DE SE

ALIMENTAR, NESTE NUMERO MOS-

TRAREMOS UM QUADRO DE ALIMEN-

TOS QUE COMBINAM ENTRE SI OU

MELHOR, QUE PODEMOS MISTU-

RÁ-LOS EM NOSSAS REFEIÇÕES

POR TEREM PROPRIEDADES QUE SE

COMPLETAM, SEMPRE NUMA COLA-

BORAÇÃO DA CLÍNICA NATUREZA

VIVA.

Grupos de alimentos que

combinam entre si. Observa-se

que os , alimentos do mesmo

grupo combinam entre si, ex-

ceto as frutas monofagicas.

GRUPO 1 - FRUTAS ÁCIDAS: aba-

caxi, ananas, vergamota,

framboesa, jaboticaba, laran-

ja, romã. Aconselha-se usar

uma qualidade em cada refei-

ção.

COMBINAM: com fru-

tas semi-acidas.

GRUPO 2 - FRUTAS SEMI-ÁCIDAS:

ameixa, amora, caju, cereja,

goiaba, maça, maracujá, pês-

sego, uva, morango, manga,

nectarina,, seriguela.

COMBINAM: com fru-

tas ácidas.

GRUPO 3 - FRUTAS DOCES: bana- na, figo, tâmara, ca- na-de-açucar.

COMBINAM: só entre

si e sao toleráveis com germe de trigo, fubá, aveia, e os

cereais. Atenção a banana não

combina com cereais (por

exemplo pão de trigo).

GRUPO 4 - FRUTAS OLEAGINOSAS: abacate, amendoim, amêndoa,

azeitona, coco, noz, pinhão,

castanha.

COMBINAM: com ver-

duras, hortaliças, legumino-

sas, feculentos e cereais.

GRUPO 5 - FRUTAS MONOFAGICAS:

melão e melancia. So combinam

entre si. So usar uma espécie

em cada refeição.

GRUPO 6 - FRUTAS SECAS: (pas-

sas). So combinam com minguas

doces, germe de trigo, aveia

demolhada e adoçada com mel.

GRUPO 7 - VERDURAS: agrião,

acelga, aipo, alface, almei-

rao, cebolinha, dente de

leão, chicória, salsa, vagem,

couve, manteiga, repolho, er- vilha verde.

COMBINAM: com fru-

tas oleaginosas, hortaliças,

leguminosas, feculentos, ce-

reais. Toleráveis com limão.

GRUPO 8 - HORTALIÇAS E OU-

TROS: abóbora, alcachofra, a-

Iho aspargo, beringela, be-

terraba, brocoli, cebola, ce-

noura, chuchu, couve-flor,

cogumelos, gilo, nabo, palmi-

to, pepino, pimentão, rabane-

te, tomate, quiabo...

COMBINAM: com ver-

duras, leguminosas, feculen-

tas, cereais.

GRUPO 9 - LEGUMINOSAS: ervi-

lha, fava, feijão.

grao-de-bico, lentilha, soja.

COMBINAM: com olea-

ginosas, verduras, hortali-

ças, feculentos e cereais.

GRUPO 10- FECULENTOS: bata-

ta-doce, batata-inglesa, man-

dioca, inhame, cará... Estes

alimentos contém grande quan-

tidade de amido por isso não ê bom abusar de seu uso.

COMBINAM: com olea-

ginosas, verduras, hortali-

ças, leguminosas. são tolerá- veis com fubá.

GRUPO 11- CEREAIS: arroz,

aveia, centeio, trigo, ceva- da, milho...

COMBINAM: com olea- ginosas, verduras, hortali-

ças, leguminosas.

O CAMBOTA é um informativo mensal da Associação de Estudos,

Orientação e Assistência Rural ASSESOAR

CONSELHO ADMINISTRATIVO Assis M. do Couto, Aores da Silva, Ariolino A. Moraes, Valdir Rach, Alberto Bortolí

Celso Mumbach, Avelino Calegari, Josa S. Sobrinho, Itacir Andrade,

Nércio Pizato, Jair Cuzarski.

COLABORADORES Pedro Bolier, Irmã Rossatto,

Clínica Natureza Viva, Ir. Cirilo, Vanderlei Dambros, Jalcione Almeida,

Inês Fávero. EQUIPE GRAFICA

Ademir, Adriano, Danilo e Marilda

COMPOSTO E IMPRESSO ASSESOAR - Av. Qal Osório, 500

Cx. Postal, 124 ■ 86600 - Feo. Beltrão - PR

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A FORÇA DE TODOS PEGANDO JUNTOS Através da continuação do

Movimento Salve a Agricultu-

ra, os pequenos agricultores

do Sudoeste estão pensando

formas coletivas para encon-

trar alternativas de viabili-

zação da produção.

Este processo contempla o

repensar as formas de organi-

zação e planejamento da pro- .

dução. Os agricultores tem

claro que além de buscar cre-

dito de emergência para cus-

teio das lavouras, precisam invcsLii- na propriedade para

poderem sair da dependência

de insumos químicos.

Esta decisão foi tomada

durante o processo de organi-

zação e lutas dos agriculto-

res, em associações de produ-

ção e comercialização, atra-

vés de levantamento e compro-

vação de dados sobre a produ-

ção e sobre a propriedade dos

agricultores. Estes dados fo-

ram apresentados aos orgaos

governamentais nos dias 1 e 2

de agosto, num encontro para

unificar as propostas de cre-

dito. Neste encontro estiveram

presentes representantes de

80 associações e/ou grupos,

alem dos convidados o Sr. Jo-

sé Jurandir Veiga, Chefe Re-

gional da Secretaria da Agri-

cultura e Geraldo de Souza

Telles, gerente geral do Ban-

co do Brasil de Francisco

Beltrão, onde se aprofundou

vários programas de créditos,

entre eles o Programa Panela

Cheia.

0 encaminhamento do en-

contro regional, após audiên-

cia com os con\/Ídados, apon-

tou para a seguinte proposta:

PROPOSTA COMPLEMENTAR AO PRO-

GRAMA "PANELA CHEIA" Solicitação de empréstimo pa-

ra custeio e calcário

INTRODUÇÃO:

Os mini e pequenos agri-

cultores de nossa região, es-

tão cada vez mais descapita-

lizados, desestruturados e

consequentemente, a queda da

produtividade. Em função, se

torna cada vez maior a depen-

dência nas épocas de plantio

das safras de verão, em ad-

quirir insumos para plantio,

principalmente de produtos de

subsistência familiar e bási-

co de alimentação humana.

Diante deste fato, perce-

be-se os agricultores se or-

ganizando em forma de asso-

ciações formais e informais,

tentando desta forma encon-

trar forças para poder en-

frentar de forma coletiva a

crise econômica/financeira no

meio rural. Estas associações

de pequenos agricultores, fa- zem por merecer um credito,

pelo louvável esforço que em

forma coletiva tentam buscar

alternativas viáveis para po-

derem produzir dignamente com

suas sua mão-de-obra familiar.

VANTAGENS DO CREDITO COLETI-

VO:

0 credito coletivo ofere-

ce muitas vantagens a ambas

as partes - mutuante e mutuá-

rio.

VANTAGENS AO MUTUANTE NO CRÉ-

DITO COLETIVO:

- Assistência técnica coleti-

va: com assistência técnica

coletiva, necessita-se menor

estrutura material, financei-

ra e humana.

- Levantamento das necessida-

des ja levantadas: ja possui-

mos o levantamento das neces-

sidades para custeio, ofere-

cendo assim economia de des-

gastes estruturais e humanos

ao mutuante.

- Garantia de aplicação dos

recursos: o próprio agricul-

tor fiscaliza o vizinho uma

vez que o grupo assume em

conjunto a aplictiçao correta £.

dos recursos e também o paga-

mento do financiamento.

- Experiência coletiva: estes

agricultores organizados ja

possuem experiências concre-

tas de trabalhos coletivos no

que diz respeito a aplicação

de recursos (Fundo Rotativo),

compra e venda conjunta, mu-

tirões, etc..., estando, por-

tanto, conscientes da neces-

sidade da aplicação correta

dos recursos.

- Acompanhamento técnico: es-

tas associações de pequenos

agricultores recebem assesso-

ria.organizativas pelos sin-

dicatos dos trabalhadores ru-

rais e técnica,pela ASSESOAR.

- Planejamento da produção:

possuem um compromisso mutuo

no que diz respeito ao plane-

jamento e gerenciamento no

sistema de produção.

- Menor burocracia: a elabo-

ração do projeto técnico em

cédula única reduz sensivel-

mente a burocracia, e conse-

quentemente, gex-a economia de

tempo e dinheiro.

VANTAGENS AO MUTUÁRIO COM 0

CRÉDITO COLETIVO: - Barganha de preços: na com-

pra de insumos de forma con-

junta, consegue-se um ganho

de preços razoável.

- Assistência técnica coleti-

va: com assistência técnica

coletiva, facilita a troca de

experiências entre agriculto-

res e técnicos, bem como re-

duz a perda de tempo.

- Vem de encontro ao progra-

ma: estas associações de pe-

quenos agricultores, bem como

sindicato^ de trabalhadores

rurais e ASSESOAR, represen-

tam a categoria que o Progra-

ma Panela Cheia deseja atin- gir.

- Menor burocracia: na elabo-

ração de projeto técnico com

cédula única reduz sensivel-

mente a burocracia, diminuin-

do assim o gasto de tempo e

dinheiro.

- Redução dos gastos por fa-

mília é de Cr$ 14.100,00

Cr$ 14.100,00 X 711 famílias

economizam Cr$ 10.025.100,00

PROPOSTA DE OPERAÇÃO PARA O

CRÉDITO COLETIVO:

- Elaborar projeto técnico

com cédula única reduzindo

assim a burocracia e desgas-

tes estruturais e econômicos

de ambas as partes.

- 0 projeto técnico será ela-

borado em nome de associações

formais, sendo que os recur-

sos serão repassados para as

mesmas e elas por sua vez

distribuirão aos mutuários.

- Os sindicatos dos trabalha-

dores rurais em conjunto com

a ASSESOAR colaborarão na

elaboração de projetos técni-

cos, bem como no planejamento

da produção para as 711 famí-

lias.

- Estas entidades servirão de

avalistas das associações mu-

tuárias.

- Estas mesmas entidades as-

sumirão o compromisso também

na organização para a devolu-

ção destes recursos na época de vencimento.

- Elaborar proposta de seguro

das lavouras com direito a

possível PR0AGR0.

TOTAL DE FAMLIAS ATINGIDAS NA

PROPOSTA DE FINANCIAMENTO -

711 famílias

TOTAL DO ORÇAMENTO DE CRÉDITO

PARA CUSTEIO - Cr$

71.490.450,00

TOTAL DO ORÇAMENTO DE CRÉDITO

PARA CALCÁRIO - Cr$ 37.600,00

TOTAL DE CRÉDITO NECESSÁRIO

PARA CUSTEIO + CALCÁRIO

Cr$ 109.090.450,00

Esta proposta será nego-

ciada com a Secretaria Esta-

dual de Agricultura. No pró-

ximo CAMB0TA publicaremos os

resultados das negociações e

os novos encaminhamentos.

J

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JOÃO PELIN. AS ABELHAS E A DONA NATUREZA "Retirar da terra tudo o que a terra da! Aproveitar ao máximo o que a natureza ofe- rece, mas em contrapartida, respeitar a terra e a natureza, tratando-as de tal modo que elas sempre possam nos oferecer seus frutos sem risco de um dia não mais existir."

Esta é a filosofia de vi- da do Sr. João Pelin com re- lação à terra e sua proprie- dade.

João Pelin Neto, nasceu em Horizontina/RS, filho de apicultor, veio para Capanema em 1964, por ver naquela ter- ra (mato rico em pólen e néc- tar), o lugar ideal para sua propriedade, onde pensava unir apicultura e agricultu- ra. Passado o tempo começou acontecer o desmatamento e, em conseqüência disso, a des- truição das "floradas" que alimentavam as abelhas. En- tão, João Pelin resolveu pro- curar outro lugar onde pudes- se continuar com a criação de abelhas.

Como Salgado Filho é uma região montanhosa e nao ofe- rece condições para mecaniza- ção e, por isso, menos possi- bilidade de desmatamento, ele foi para lá, onde hoje, tem sua propriedade estruturada.

"Sou um apaixonado por abelhas, acho que é porque elas a- proveitam os recur- sos oferecidos pela natureza,

0 que atraiu o Sr. João Pelin para esta região foram as diferentes "floradas, tan- to as nativas quanto as que plantei", diz ele. Para se ter as várias floradas neces- sárias para o alimento das

abelhas, ele plantou mais ou menos 60 espécies de diferen- tes plantas, onde as mesmas servem tanto para a produção de mel, quanto para a criação de rainhas, qua aliás no caso do seu Pelin, dão mais renda do que o próprio mel.

A apicultura e uma ativi- dade útil porque dela podemos colher mel, geleia real, pro- polis e outros produtos. 0 numero de matrizes entre col- méias, núcleos e encubadeiras é de 120 caixas. Isto é bas- tante, mas com as floradas que já existem é poss;vel um bom desenvolvimento. Seu Pe- lin produz mel para o consumo e um pouco para comercializa- ção. Possue 620 caixas de abelhas somando as que tem em sua propriedade e as que fez sociedade com terceiros.

"Aqui ninguém leva prejuízo, nem a planta, nem a abe- lha, a abelha faz a polenização e em troca recebe o néc- tar."

A apicultura e uma ativi- dade de risco. Nao se conse- gue boa produção todos os anos, em alguns chega-se a produzir 40 kg/caixa/ano o em outros apenas 3 ou 4 kg/cai-

xa/ano. 0 ideal para a produ- ção exclusiva seria urna média de 30 kg/caixa/ano.

"Eu multiplico as mudas. Meu viveiro é aqui

Em função da necessicade -

de muitas flores para as abe- lhas sobreviverem e produzi- rem mel, seu Pelin tem plai.- .tado inúmeras plantas, entre elas frutas e árvores para

reflorestamento. "Todas estas

árvores, busquei fora ou fo- ram trazidas por amigos, sao de diversas variedades." Nes- ta diversificação existe: pêssego, nectarina, figo, ameixa, pera, laranja, quivi, jaboticaba, pitanga, gu«biju3 parreira, e outras distribuí- das na propriedade de modo a aproveitar da melhor maneira'' o solo. Dessa forma, alem de "alimentar as abelhas seu Pe-- lin agrada os amigos que vão até sua propriedade. La tem fruta o ano todo.

"Quando tem frutas de boa qualidade os amigos se sentem bem, e eu também me sinto bem."

*

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Tenho como meta a colheita para comerei

alizaçao de 20 mil quilos de frutas a par

tlr do próximo ano.

0 SOLO

"Observei que aqui o solo tem pouca pro- fundidade. Se não cuidar um pouco a erosão leva tudo. só sobram as escritu- ras."

Todo o terreno do seu Pelin (uma área de quase 5 alqueires) é coberto por aduba- ção verde (avica e azevém) ê o que mais se adapta a região e alem do que, segundo ele,

serve para pastagem para o gado e alimento para outros animais (peru, galinha, pato, ganço, marreco). Esta cobertura vegetal protege a terra da erosão e quando apodrece serve como adubo para as plantas frutíferas que não se encomodam de estarem cercadas de ervilhaca.

Seu Pelin plantou parreiras, e em baixo do pa-rreiral ervilhaca. Diz que além das uvas ele colhe no mesmo espaço: melancia, melão, morangas, etc... e que daqui a 50 anos se ele não mais existir, tem certeza que seus filhos e netos, estarão aprovei- tando a uva e tratando bem do solo.

"As parreiras vão durar muito tempo porque tem comida no solo e a gente sempre vai co- locando mais."

Seu Pelin diz que para fugir dos pro- blemas da seca, da chuva, da falta de polí- tica agrícola é necessário trabalhar a pro- priedade de tal forma que permita produzir, principalmente a alimentação própria optan- do pela diversificação de cultura para a economia da família. "Devemos nos especializar num tipo de cul- tura, mas não devemos ficar só nisso."

Foi com este objetivo que João Pelin, além de criar abelhas que é sua atividade básica, organizou sua propriedade para pro- duzir tudo quanto é possível. Com isso, ho- je, pode-se encontrar lã: mel, carnes, (ga- do, suíno, frango e peixe), leite, ovos, além de frutas, verduras e hortaliças. Jun- tamente com um solo bem cuidado e que con- tinuará produzindo por muitos e muitos anos.

Quando perguntado por que ele trata o solo dessa forma enquanto que seus vizinhos não fazem o mesmo, seu Pelin respondeu:

"Isto depende da consciência e da educação que recebemos desde pequenos. Meu pai fazia essas coisas e eu tenho certeza que sou a Imagem dele."

No próximo CAMBOTA contaremos para os leitores a história de outros agricultores e a maneira que organizam sua propriedade. Você faz um trabalho parecido com o do seu Pelin e gostaria de publicar no CAMBOTA? Então escreva-nos.

i i H ■ i -■ ■ III

Blefe collerido No dio 11 de julho, o PT se posicionou sobre o Plano Nacional

agrícola que Collor alardeou no interior do Estado. Reproduzimos trechos do nota, abaixo;' ;

D Plano Nacional Agrícola — PNA — do governo Gollor pode ser definido por uma frase: para os latifundiários e empresários rurais, tudo, paro os pequenos e médios produtores, o livre mercado...

(...)A liberação de mais de um trilhão de cruzeiros,;aliada à reclossfficoçõo dos produtores, para efeito de acesso ao crédito, mantém a tradição na distribuição dos créditos oficiais': 90% do volume do crédito é destinado a apenas 10% dos proprietários,

aprofundando deste modo o processo de liquidação da pequena propriedade no país.

Com a novo classificação, 'pequeno' é aquele que estime auferir uma renda anual bruta de até Cr$ 14 milhões (.>.), e médio é aquele que estima uma renda entre Cr$ 14 e.Cr$ 70milhões. Desta forma, o grande vira médio, o médio vira pequeno, e os pequenos produtores terão que plantar com recursos próprios.

Note-se que, no aguardo da benevolente reclassificação, o Banco Central, atendendo pressões de latifundiários e banqueiros, postergou para outubro a determinação de destinar 80% dos

-ecursos da exigibilidade bancário — hoje principal fonte de crédito rural—-para os pequenos agricultores. Ou seja, o crédito de difícil deesso aos mini e pequenos produtores, se vier, não servirá mais

para garantir esta safra.

Por tudo isso, é de se estranhar que esse segmento não tenho sido ouvido pe|a imprensa na repercussão do PNA.

'Ao contrário do que Cabrera quer fazer crer, este PNA não vai :■■; v: provocar nenhum impacto mais significativo na agricultura brasileira. Trata-se de mais uma operação de marfcefing político do governo Collorpora apresentar um pacote agrícola cuja meta é o

■-■■•■■ de alcançar o patamar que o país havia atingido durante cr :: governo Sarney, mantendo a lógica das políticas agrícolas

adotadas pelos últimos governos militares e pela Nova República.(...)

A resolução dos problemas da agricultura brasileira passa necessariamente pela Reforma Agrária que incorpore os sem terra

. ;à condição de produtores autônomos; pela garantia de uma política agrícola (...) que garanta crédito rural e pregos para os mini

e pequenos agricultores; equivalência dos financiamentos bancários em produtos, exclusivamente para os mini e-pequenos

agricultores; seguro agrícola e fim das privatizações no setor, especialmente no que diz respeito ao Banco Nacional deCrédito

Cooperativo, o BNCC.

• Luiz Inácio Lula da Silva

• Linha Direta 19a2ódeiulho/91

9

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ATINGIDOS PELA BARRAGEM DEITA f\ n

ATINGIDOS PELA BARRAGEM DE ITÂ. AGEM EM BUSCA DE SOLUÇÕES PARA SEUS PROBLEMAS

:No ultimo dia 04 de junho de 1991, em torno de 400 a- gricultores dos municípios gaúchos e catarinenses a se- rem atingidos pela construção da UHE Ita, acampam em frente aos escritórios da Eletrosul na Nova Cidade de Itá-SC.

Os agricultores entregam um documento a Direção da Eletrosul, entre outros itens exigem: a retomada imediata das negociações, com fixação de um novo cronograma, pre- vendo o reinicio e termino das mesmas e solicitam um pronunciamento da Eletrosul no mesmo dia. Como nao houve, os atingidos ocupam os escri- tórios da empresa e decidem so sair quando tiverem uma proposta positiva.

' Enquanto permanecem em Ita, enviam uma comissão a Brasília, composta por lide- ranças de atingidos, prefei- tos e deputados e represen- tantes da igreja. Esta comis- são manteve audiência com o chefe de gabinete do Ministé- rio da Infra Estrutura (Pedro Maranhão), com o Ministro In- terino da Economia (Nelson M.V.de Souza) e com o Secre- tario Nacional de Energia (Armando R. de Araújo), con- seguindo, após todas estas negociações um Documento acordando que as negociações, tanto em áreas urbanas como rurais serão iniciadas a par- tir de agosto, num processo permanente.

Também ficou acertado, ainda em Brasília, que no dia 18 de julho de 1991, seria realizada uma , reunião entre lideranças de atingidos e di- reção da Eletrosul, para se definir um programa de nego- ciações, definindo também o numero de famílias a ser in- denizadas mensalmente.

Atrc^11^

Durante os 8 dias de acampamento os atingidos man- tiveram a ordem, porem a re- volta e a expectativa de con- seguirem soluções era muito forte, gerando, inclusive, um clima de muita tensão, prin- cipalmente nos últimos dias. Tanto e, que na manha do dia 11 de julho foi encontrado um carro da Eletrosul tombado, embora se' desconheça os auto- res, circulava entre o grupo ameaça de tomar atitudes du- ras, caso em Brasília não ti- vesse nenhuma resposta posi- tiva. Como o resultado das audiências de Brasília foram considerados positivas, os atingidos em assembléia, após as 20:00hs, decidiram retor- nar as suas casas dando uma trégua a Eletrosul até o dia 18 de julho.

REUNIÃO DE 18 DE JULHO A Eletrosul propôs inde- •

nizar somente 150 famílias

ate o final do ano, tendo em vista que existem hoje 159 casos pendentes, isto no meio rural, em relação aos reacen- tamentos. A empresa propôs adquirirem mais uma área e iniciar Mangueirinha no Para- ná, cuja área esta comprada desde 1989'.

A proposta dos atingidos era de que a empresa nego- ciasse 100 famílias mensal- mente.

Se a negociação andar no ritmo que a Eletrosul propôs, levaria mais seis meses para concluir as-negociações.

Na área urbana, a propos- ta da Eletrosul de até o fi- nal do ano resolver 130 casos pendentes, foi mais adequada a expectativa dos atingidos, tendo em vista um numero bem menor de casos a serem resol- vidos. COMISSÃO DOS ATINGIDOS PELAS

BARRAGENS DE ITÁ. (Continua no próximo n2) 10

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Úgx&oef* Você acredita na astrologia ou seja:

que os astros influenciam na vida das pes- soas. E que, cada pessoa tem características diferentes, dependendo do mês em que nas- ceu?

Leia, avalie e depois critique. Escreva- -nos se realmente as características fecham com a leitura dos astrólogos. Quem sabe nós não poderemos estudar juntos nossa personalidade e dizer se isto é certo ou er- rado. — Quem nasceu no período de 21 de março a 20 de abril tem como características: Pes- soa corajosa, sincera, talentosa e amorosa. E também tem alguns defeitos como: auto- ritária e ingênua. Seu astro é o Planeta Mar- te e trabalha unido com o fogo. — 21 de abril a 21 de maio. Características: Pessoa determinada, criativa, paciente. De- feitos: preconceituosa, ciumenta e gulosa. Seu astro é Vênus e trabalha unido com a terra. — 22 de maio a 21 de junho. Característi- cas: Pessoa ágil, flexível, destreza. Defeitos: impaciência, superioridade e indecisão. Seu astro é Mercúrio e trabalha unido ao ar. — 22 de junho a 23 de julho. Característi- cas: imaginação, compreensão, afetividade. Defeitos: Mau humorada, triste, possessiva, avarenta. Seu astro é a Lua e trabalha uni- do com a água. — 24 de julho a 23 de agosto. Característi- cas: poder, nobreza, lealdade. Defeitos: ar- rogância, tirania, vaidade. Seu astro á o sol e trabalha unido com o fogo. — 24 de agosto a 23 de setembro. Caracte- rísticas: lucidez, praticidade, cortesia. De- feitos: reserva, implicância e irritabilidade. Seu astro é Mercúrio que trabalha unido com a terra. — 24 de setembro a 23 de outubro. Carac- terísticas: justa, chame, idealismo. Defeito: Indecisão, briguento, manipulação. Seu as- tro é Vênus que trabalha unido com o ar. — 24 de outubro a 22 de novembro. Carac- terísticas: decisão, controle, disciplina. De- feitos: sadismo, impiedade e fanatismo. Seu'astro é Marte que trabalha unido com a água. — 23 de novembro a 21 de dezembro. Ca- racterísticas: alegria, solicitude, honra. Defeitos: inquietação, descuido, indecisão. Seu astro é Júpiter que trabalha unido com o fogo. — 22 de dezembro a 20 de janeiro. Carac- terísticas: decisão, sabedoria e ambição. Defeitos: rigidez, pretenção, isolamento. Seu astro é Saturno que trabalha unido com a terra. — 21 de janeiro a 19 de. fevereiro. Carac- terísticas: visão, originalidade, caridade. Defeitos: neurótica, desligamento, cruel. Seu astro é Saturno que trabalha unido com o ar. — 20 de fevereiro a 20 de março. Carac- terísticas: compreensão, percepção, cria- tividade. Defeitos: indecisão, raiva e re- ceio. Sfeus astros são Júpiter e Netuno que trabalham unidos com a água.

BALAIO 0 Quebra Vento

0 quebra vento pode ser feito com

vegetação de três alturas: uma linna

alta, com arovres; outra com arbustos.

A terceira linha e com vegetação baixa.

Quando o vento encontrar esta barreira,

ele perdera a força. Com menos vento,*

as folhas perderão menos água. A planta

terá mais possibilidade de sobreviver e

dar bons frutos. Ela pagara em dobro o

nosso carinho e esforço.

fi COUHECE ^ ^ . V0CE C pre sua Criação

rta nunca cumpre

Homem-po^3' ranêer. lqUer mo-

• ore. ^ ^o por * Homem-arV tiv0. embrulbar.

. só serve P* mesmo.

*o*respe^. - -jUs—•mais Homem-esp quanto m Homem-carroça. barulhento. ^ outro8

. „ aoarra-se vida.

cbeiO ae

HO»--"— nueci»-- grupo e P- traPalna c

Homem-abel^. cOÍsa boa ^ , • aa uma comum nin_

oonte. i1^ m diferenciar Homem-P011 tra sem

guem-

VOCÊ SABIA QUE...

- Para a verdura não n rante o co2Ímento;

ac

0ol

flC- -cura du. -- de SUco de ^ ca,se na .^ ^

A borra do cari

uja de gordura.

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-rt vender, „. JO eu nao ven-

ficar w-* naaar, eU

Então, ™eí

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CARTAS

JUAZEIRO - BA

Prtzados amigos da ASSESOAR

Ausente de juazeiro por quase

um mes, ao voltar encontro o Relato-

rio-90 da ASSESOAR e o livreto "AS-

SESOAR A PARTIR DOS 25 ANOS", que

vocês tiveram a gentileza de en-

viar-me. Muito obrigado! Folhan-

do-os, vejo o imenso trabalho que

vocês realizam com os pequenos agri-

cultores e como foram-se atualizan-

do, acompanhando os tempos. Estão de

parabefls! SÓ posso desejar que con-

tinuem animados e com garra neste

Perfeição sempre inegualavel mesmo

diante de todo o avanço da Ciência.

Nos aqui estamos tentando, num espa-

ço existente na nossa faculdade, a

implantação de um pequeno horto de

plantas medicinais. Nosso objetivo e

fazer com que nos acadêmicos possa-

mos ter um contato com esse tipo de

atividade. Gostaria, se possiyel,

manter contatos com a ASSESOAR, ob-

ter maiores informações a respeito

de suas atividades e publicações.

JOSÉLIA S.O. CIQUEIRA

1 trabalho tao importante de assesso-

ramento aos trabalhadores rurais! Na

Diocese de Juazeiro, temos também um

trabalho com os trabalhadores ru-

rais, sazonais e pescadores, alem de

outras categorias. Com votos de mui-

to êxito, vao minhas saudações, com

um grande abraço.

D. José Rodrigues de Souza - Bispo

de Juazeiro - Bahia

SALVADOR = BAHIA

Como integrante da Comissão

Cientifica organizada pelo Diretório

Acadêmico Prof. Ferreira Gomes, da

Faculdade de Farmácia da Universida-

" de Federal da Bahia, tomei conheci-

mento do trabalho realizado por vo-

cês ai do Paraná. Quero . parabeni-

za-los pela realização de tao notá-

vel atividade. Felecito-os também

por terem associado a todo este es-

tudo a preocupação com o ser humano,

a fe no Criador, e a humildade para

reconhecer a sua imensa Sabedoria e

OPINIÃO Jalcione Almeida estevtí

ha alguns dias visitando a ASSESOAR, quando fazia uma pesquisa na nossa região so- bre "As ações coletivas por uma agricultura 'diferente' no sul do Brasil".

Jalcione e Eng9 Agrônomo e Sociólogo e está cursando Doutorado em Sociologia na Universidade de Paris, na França. A seguir ele descreve sua impressão sobre a ASSE- SOAR.

"No pouco tempo em que convivi na ASSESOAR (8 dias) foi suficiente para constatar o importante trabalho de pro-

Envie para a ASSESOAR por Vale Postal ou Cheque Nominal a quantia referen teà Cr$ 1500,00 terá di- reito a receber mensalmente o CAMBOTA durante 12 meses em sua casa.

Nome.

Endereço

Cidade —

Data _

Estado.

ASSESOAR

Cx. Postal 124

85600 - Fco. Beltrão - PR

motora da organização dos pe- quenos agricultores que esta entidade realiza. A experi- mentação de novos sistemas de produção, voltados para a di- versidade de situações em que se encontram os pequenos a- gricultores, é também elogiá- vel. Destaco a ligação es- treita da ASSESOAR com os mo- vimentos sociais mais comba- tivos na sua área de atua- ção."

Sigam em frente! Francisco Beltrão, julho

de 1991

e^Alung^dja-

iKAjILcORRtíÒ^

^M CAMBOTA «ANCISCO [RUHAO

CPV - CENTRO DE DOC. E RUA CLÁUDIO ROSSI, 257 01547 - SAO PAULO - SP BRASIL

PESQ - JD DA GLORIA

IMPRESSO