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A HEGEMONIA POLÍTICA NA GESTÃO PÚBLICA
MUNICIPAL
Barbara Puccinelli Perrone
Arquiteta e Urbanista, Mestrando no programa ATC-Unicamp
Lauro Luiz Francisco Filho
Arquiteto e Urbanista, Prof. Dr. no Programa ATC-Unicamp
Objetivo
• Verificar a existência de hegemonia familiar e/ou
partidária nos municípios de pequeno porte.
Considerações / Justificativas
• Conclusões empíricas de senso comum consideram os cargos ocupados
bem como tomada de decisões em ações municipais por parte do poder
público como planejadas em prol do interesse particular de alguns políticos.
• A literatura discorre sobre Teoria das Elites, Classe Politicamente Dominante
e gestão patrimonialista desde os tempos da colonização brasileira para
embasar tais conclusões empíricas.
• Regiões Metropolitanas - Brasil: 69
• Regiões Metropolitanas - SP: 6
• Região Metropolitana de Campinas: 10ª maior do país.
• Única que não apresenta uma capital como cidade-núcleo.
• Parque industrial diversificado, Centro de Pesquisa, Aeroporto de Viracopos.
Resultados Esperados
• Possibilitar a classificação de gestões municipais,
mensurando algo até então não abordado.
• Voltar a atenção para municípios de pequeno porte, os
quais perfazem 84% dos municípios brasileiros.
• Os resultados são de proporção nacional, ao considerar
que na escala dos entes federativos, os municípios são
base de toda estrutura política do Brasil.
Metodologia
1. Definição do universo e amostragem
2. Definição do recorte temporal
3. Estruturação e Análise dos dados obtidos
4. Resultados
5. Conclusões
1. Universo da Pesquisa
• Municípios de até 50.000 habitantes.
FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas - DPE, Coordenação de População e Indicadores Sociais – COPIS
84%
1. Universo da Pesquisa - Localização
Regiões Metropolitanas brasileiras
Região Metropolitana de Campinas/SP
Municípios RMC – até 50.000 habitantes
FONTE: Agemcamp.
FONTE: wikipedia.
FONTE: wikipedia.
1. Universo da Pesquisa - Amostragem
FONTE: IBGE. Elaborado pela autora.
• Arthur Nogueira
• Pedreira
• Santo Antônio da Posse
• Engenheiro Coelho
• Morungaba
• Holambra
RMC
30% dos municípios
2. Recorte Temporal
• Marco Inicial - Constituição de 1988Reconhece o município como ente federativo.
Determina o direito ao povo e prefeitos 100% eleitos.
• Marco Final – 2017• Quadro político recém-formado (eleições 2016)
Gestão 1989
Gestão 1993
Gestão 1997
Gestão 2001
Gestão 2005
Gestão 2009
Gestão 2013
Gestão 2017
8 eleições/mandatos = 32 anos de gestão
3. Estruturação e AnálisePrefeitos e Vice-prefeitos eleitos (1989 – 2017)
Eng. Coelho e Holambra
(emancipados em 1991)
- Franco, Scholl e Capato
56% (16/28 anos)
Pedreira
-Ganzarolli e Bernardes:
50% (16/32 anos)
FONTE (tabela e gráfico): TRE/SEADE/TSE. Elaborado pela autora.
Obs.: Capato
4x Holambra
1x Artur Nogueira
Famílias X Mandatos
Indícios de
hegemonia
compartilhada
entre grupos
familiares.(exceto em Artur
Nogueira)
2x
3x 3x
2x
2x
3x
FONTE: TRE/SEADE/TSE. Elaborado pela autora.
Famílias X Cargos Ocupados
3. Estruturação e Análise
Partidos X Cargos Ocupados
FONTE (tabela e gráfico): TSE/DivulgaCand. Elaborado pela autora.
Destaque para Engenheiro Coelho:
- PMDB: 71,4% (20/28 anos).
- PSDB: 28,5% (8/28 anos).
Apenas 2 partidos em 28 anos de
gestão.(nas demais cidades houveram mais
partidos eleitos – 5 ou 6).
Média de quantidade em que os
partidos foram eleitos: 2
3. Estruturação e Análise
Partido
Dominante:
PMDB (10X)
4. ResultadosFamílias X Mandatos - PREFEITOS
Partidos X Mandatos - PREFEITOS
• Famílias reeleitas ora por um
partido ora por outro.
• Interesse em manter os grupos no
poder, independente da ideologia.
• Gestor é reeleito pelo grupo familiar
ao qual pertence ou troca de
partido para se reeleger.
Fidelidade familiar e não partidária.
5. Conclusões• Verificada a presença de hegemonia familiar em todos os
municípios analisados.
• Hegemonia partidária reconhecida apenas no município
de Engenheiro Coelho.
Obrigada.
