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1 A importância da iluminação artificial em ambientes comerciais-visando eficiência e sustentabilidade dezembro/2014 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014 A importância da iluminação artificial em ambientes comerciais- visando eficiência e sustentabilidade Vanessa Belo Rezende- [email protected] Iluminação e Design de Interiores Instituto de Pós-Graduação e Graduação- IPOG Belo Horizonte, MG, 12 de Março de 2014 Resumo O objetivo principal deste estudo é analisar a importância da aplicação da iluminação artificial eficiente nos ambientes comerciais, procurando conscientizar a sociedade a uma realidade mais racional, possibilitando o caminho para um ‘desenvolvimento sustentável’, visando uma melhoria na prática de aplicação desses conceitos nos dias atuais. Foi realizada uma investigação teórica, através de pesquisa bibliográfica, sobre projeto luminotécnico, suas grandezas físicas e implicações diretas e indiretas na fisiologia e psicologia humanas e, também, pesquisas exploratória e campo, com análise in loco e aplicação de um questionário a quatro empresários do setor lotérico, construção civil, arquitetura e hotelaria, no interior do Estado de Minas Gerais, onde se buscou avaliar as reais preocupações do empreendedor com questões de meio ambiente e sustentabilidade, a compreensão dos mesmos sobre a importância de um projeto de iluminação, a satisfação ou não com o ambiente de trabalho e sua relação direta ou indireta com a percepção da luz no ambiente. O assunto em questão foi levantado, por causa do uso inconsciente da iluminação artificial em tempos de economia e sustentabilidade, e também, para que este estudo sirva de incentivo e conscientização dos proprietários de estabelecimentos comerciais na valorização e contratação de especialistas no assunto. Palavras Chave: Iluminação artificial. Ambientes comerciais. Sustentabilidade. Eficiência. Percepção. 1. Introdução Segundo Muller e Pereira (2007:23), o desenvolvimento sustentável da humanidade, que, citado no relatório de Brundtland (WCED, 1987), pode ser definido como “aquele que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades”. A sustentabilidade é um processo sistêmico, que só existe com a integração do desenvolvimento ao equilíbrio social, econômico e ambiental, tendo, portanto, um caráter essencialmente multidisciplinar.

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A importância da iluminação artificial em ambientes comerciais-visando eficiência e sustentabilidade

dezembro/2014

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014

A importância da iluminação artificial em ambientes comerciais-

visando eficiência e sustentabilidade

Vanessa Belo Rezende- [email protected]

Iluminação e Design de Interiores

Instituto de Pós-Graduação e Graduação- IPOG

Belo Horizonte, MG, 12 de Março de 2014

Resumo O objetivo principal deste estudo é analisar a importância da aplicação da iluminação

artificial eficiente nos ambientes comerciais, procurando conscientizar a sociedade a uma

realidade mais racional, possibilitando o caminho para um ‘desenvolvimento sustentável’,

visando uma melhoria na prática de aplicação desses conceitos nos dias atuais. Foi realizada

uma investigação teórica, através de pesquisa bibliográfica, sobre projeto luminotécnico,

suas grandezas físicas e implicações diretas e indiretas na fisiologia e psicologia humanas e,

também, pesquisas exploratória e campo, com análise in loco e aplicação de um questionário

a quatro empresários do setor lotérico, construção civil, arquitetura e hotelaria, no interior

do Estado de Minas Gerais, onde se buscou avaliar as reais preocupações do empreendedor

com questões de meio ambiente e sustentabilidade, a compreensão dos mesmos sobre a

importância de um projeto de iluminação, a satisfação ou não com o ambiente de trabalho e

sua relação direta ou indireta com a percepção da luz no ambiente. O assunto em questão foi

levantado, por causa do uso inconsciente da iluminação artificial em tempos de economia e

sustentabilidade, e também, para que este estudo sirva de incentivo e conscientização dos

proprietários de estabelecimentos comerciais na valorização e contratação de especialistas

no assunto.

Palavras Chave: Iluminação artificial. Ambientes comerciais. Sustentabilidade. Eficiência.

Percepção.

1. Introdução

Segundo Muller e Pereira (2007:23), o desenvolvimento sustentável da humanidade, que,

citado no relatório de Brundtland (WCED, 1987), pode ser definido como “aquele que

satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de

satisfazerem suas próprias necessidades”. A sustentabilidade é um processo sistêmico, que só

existe com a integração do desenvolvimento ao equilíbrio social, econômico e ambiental,

tendo, portanto, um caráter essencialmente multidisciplinar.

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Para se alcançar a sustentabilidade é necessário inovação, e esta precisa de contexto para sua

implantação. Além disso, é preciso ter conhecimento técnico, bom senso, além de coerência e

responsabilidade pelas decisões tomadas durante este processo. O ‘pensar sustentável’ dentro

do ‘contexto ambiental’ significa preocupar-se com o planeta, com a conservação e uso

racional dos recursos naturais (água, energia, matérias-primas e terra, entre outros), por

entender que eles sejam finitos. Ainda, significa preocupar-se com a minimização da geração

de produtos tóxicos e de resíduos, com a qualidade ambiental dos espaços internos e externos

e com o desempenho energético das edificações.

Grande parte da responsabilidade em reduzir o impacto ao meio ambiente cabe à industria da

construção civil, pois esse setor consome cerca de 40% dos nossos recursos naturais. Para

agravar a situação, estima-se que até 2015 haverá um aumento de 45% no consumo de energia

elétrica nesse setor (CEBDS,2007). Em 2004, por exemplo, as edificações do Rio de Janeiro

consumiram 44% da energia elétrica da cidade, sendo que desse total, 40% foram gastos pela

iluminação artificial (MME, 2006).

Desde 2001 a crise energética vem assombrando os brasileiros. O medo dos apagões, como o

que já havia deixado 50 milhões de pessoas de onze unidades federativas do Brasil e Paraguai

às escuras por quase seis horas na noite de 11 de março de 1999 (WIKIPÉDIA), levantaram

questionamentos sobre o uso indiscriminado dos recursos naturais, alertando que a escassez

de água e energia eram problemas eminentes se a postura dos usuários não mudasse. O plano

de corte de 20% no consumo de energia implantado pelo governo do então presidente da

república Fernando Henrique Cardoso, dando incentivos para quem atingisse a meta ou

punições para quem não as atingisse, introduziu novos hábitos na vida da população quanto

aos banhos demorados, ferro elétrico ligado além do tempo necessário, uso incorreto de

eletrodomésticos, além de outros desperdícios, mas principalmente (ao que interessa a este

estudo) intensificou o uso de lâmpadas fluorescentes compactas em substituição às

incandescentes popularmente utilizadas e que geravam um maior consumo de energia elétrica.

A mudança de comportamento trazia, além do uso racional dos recursos, a diminuição das

contas no final do mês e, por fim, o problema ocasionado pela estiagem daquele ano chamava,

pela primeira vez, a atenção do brasileiro para questões sobre a qualidade de vida, para si e

seus descendentes, num futuro muito próximo de recursos vitais, e agora vistos como

findáveis, não fossem utilizados com consciência.

Esse foi, com certeza, um grande passo para toda a população do país e se, acadêmica-

cientificamente, viu-se uma intensificação no número de pesquisas buscando, mais que tentar

resolver o problema de uma real deficiência energética, compreender a relação do homem

com o espaço natural e construído e os desdobramentos em sua saúde ,bem-estar e conforto,

na prática a contratação de um profissional especialista para elaboração de projetos de

iluminação é mais comum por empresários de médias a grandes empresas, excluindo-se a

grande maioria das micro e pequenas empresas.

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As hipóteses levantadas é que começa haver uma preocupação com questões de uso racional

dos recursos naturais e com qualidade de vida e o que aconteceu em 2001 começou a

repercutir entre os brasileiros devido às sanções impostas pelo governo federal em caso de

não redução no consumo de energia. O projeto de iluminação começa timidamente a ser

encarado como sendo necessário para desenvolvimento e prosperidade econômica dos

estabelecimentos comerciais. A existência de um profissional especializado na área de

iluminação ainda é confundido com outros profissionais da construção civil.

É preciso investigar o que gera o problema, mas antes de tudo, é preciso entender que, mais

que pura estética ou um amontoado de cálculos matemáticos automatizados, mais que

quantidades de lux disponíveis ou de kilowatts economizados, projetar um espaço de

trabalho, onde se passa a maior parte do dia, “implica entender como percebemos este

ambiente, como a luz influencia a nossa percepção, do que pode ser atrativo e o que nos trás

desconforto” (BARBOSA, 2010:22). Senzi (2003 apud BRONDANI, 2006:18), inclusive,

aponta uma queda entre 40% e 60% na produtividade em decorrência da cor da luz, onde

aquela que mais se assemelha à luz do dia, com um branco mais frio, aumenta o rendimento,

enquanto que a luz mais amarelada, que lembra o final da tarde, faz o mesmo cair.

Assim, com a finalidade de discutir a sustentabilidade, a escolha por este tema é um convite a

empresários a repensarem seu papel na sociedade e mais diretamente na vida de uma pequena

parcela da população que está sob o seu governo, quanto à sua contribuição pontual, mas não

menos importante, na busca por uma melhor qualidade de vida global para a atual e futuras

gerações, servindo de incentivo para que passem a contratar os serviços de profissionais

especializados para projetos de iluminação de suas empresas, mesmo que as atuais

regulamentações venham exigindo apenas que edificações comerciais, de serviços e públicas

com área igual ou superior a 500m² atendam “níveis máximos de consumo de energia, ou

mínimos de eficiência energética” (BRASIL, 2001a; BRASIL, 2001b apud INMETRO et al,

2009a:5) conforme estabelecido pela Política Nacional de Conservação e Uso Racional de

Energia promulgada em 2001 e que vem sendo aperfeiçoada desde então.

O objetivo principal deste estudo é levantar a importância da contratação de um especialista

para elaboração de projetos de iluminação em ambientes comerciais, de modo a garantir a

saúde e bem-estar (fisiológico e psicológico) dos trabalhadores e, consequentemente,

aumentar a produtividade, além de gerar economia de energia.

A fim de atingir os objetivos acima descritos, foi realizada primeiramente esta

contextualização histórica da questão levantada e da sustentabilidade, seguida de uma

investigação teórica, através de pesquisa bibliográfica, sobre o que se entende por projeto de

iluminação e suas implicações diretas e indiretas na fisiologia e psicologia humanas, através

da percepção da luz e cor no ambiente construído. Na seqüência foi realizada uma pesquisa de

campo, com aplicação de um questionário a 4 (quatro) empresários do setor de lotérica,

construção civil, arquitetura e hotelaria, no interior do Estado do Minas Gerais, onde buscou-

se avaliar as reais preocupações do empreendedor com questões de meio ambiente e

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sustentabilidade, a compreensão dos mesmos sobre a importância de um projeto de

iluminação e da forma como a mesma pode afetar seus negócios, o conhecimento sobre a

existência de um profissional especialista e sua diferenciação de outros profissionais do setor

de construção civil e, a satisfação ou não com o ambiente de trabalho e sua relação direta ou

indireta com a percepção da luz no ambiente.

O que fazer com esses dados? Quando temos acesso a essas informações, tornamo-nos co-

responsáveis pelo cenário atual de consumo dos recursos naturais. Os profissionais atuantes

nestas áreas têm um papel fundamental nesse processo, tornando-se urgente a concepção o

planejamento e a materialização deste comprometimento na forma de projetos luminotécnicos

com menor impacto ambiental. E como objetivo principal, este estudo levanta a importância

da contratação de um especialista para elaboração de projetos de iluminação em ambientes

comerciais, de modo a garantir a saúde e bem-estar do ser humano e, consequentemente,

aumentar a produtividade, além de gerar economia de energia.

2. O projeto luminotécnico

Segundo a NBR 5410 (ABNT, 2004a:1) que “estabelece as condições a que devem satisfazer

as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o

funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens” para reforma ou construção

de novas edificações de qualquer uso, as cargas de iluminação devem ser calculadas atendo-se

as exigências de iluminância, conforme o uso do ambiente, estabelecidas pela NBR 5413

(ABNT, 2004a:13). Porém, embora esta última leve em consideração a idade dos usuários,

velocidade e precisão da tarefa a ser desenvolvida, além da refletância do ambiente (ABNT,

1992:2) para definir o mínimo de lux a ser disponibilizada em cada ambiente, levando-se em

conta o conforto visual dos usuários, a primeira norma acaba por simplificar o projeto de

iluminação no sentido de exigir apenas um ponto de luz fixo no teto, com potência mínima de

100VA (volt amperes) por ambiente (ABNT, 2004a:182).

Esta brecha na NBR 5410 torna a prática de elaboração de projetos das instalações elétricas

considerando diretamente o mínimo exigido por ambiente, ou automatizando os cálculos por

iluminância a fim de apenas calcular as cargas necessárias sem nenhuma preocupação real

com o uso do local, comum entre os engenheiros responsáveis pelos projetos complementares

das edificações.

Rodrigues (2002:4) justifica que a luz é naturalmente vista pelo homem como um elemento

tão familiar e isso faz com que ele ignore a necessidade de se buscar “conhecê-la e

compreendê-la” mais. Em contrapartida, relata que dentro do campo da iluminação, sabe-se

da importância da mesma para o bom desempenho das tarefas e da sua influência sobre o

estado emocional dos seres humanos, e mesmo assim, encontram-se no Brasil um grande

número de edificações fora dos padrões técnicos adequados, apresentando iluminação em

excesso, nenhum aproveitamento da luz natural, uso incorreto de equipamentos e falta de

interruptores de comando das luminárias, além de outros problemas ligados aos hábitos dos

usuários e a falta de manutenção dos equipamentos, que deprecia o sistema mais

rapidamente.

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Mas se essa ou aquela norma dá abertura para a elaboração de projetos muitas vezes

deficientes a respeito de uma real busca por melhor qualidade de vida, ignorando totalmente a

integração de luz natural e artificial, a NBR 15.215-3 (ABNT, 2004b:1) discursa a respeito de

um bom projeto de iluminação, onde a luz natural é controlada “maximizando suas vantagens

e reduzindo suas desvantagens”. A metodologia traçada pela parte 4 desta mesma norma

(ABNT, 2004c:5) para a medição dos níveis de iluminamento natural de um ambiente lista o

que deve ser observado, chamando a atenção para, entre outras, as seguintes medidas a serem

tomadas:

a) considerar a quantidade de luz no ponto e no plano onde a tarefa for executada, seja

horizontal, vertical ou em qualquer outro ângulo;

b) evitar sombras sobre a fotocélula, acarretadas pela posição de pessoas em relação a ela, a

não ser que seja necessário para a caracterização de um posto de trabalho;

c) verificar, sempre que possível, o nível de iluminação em uma superfície de trabalho, com e

sem as pessoas que utilizam estes ambientes em suas posições; desta forma, é possível

verificar eventuais falhas de leiaute;

d) realizar as medições num plano horizontal a 75 cm do piso quando a altura da superfície de

trabalho não é especificada ou conhecida.

Pode-se notar que aqui já existe a preocupação com a influência do meio em que o usuário

executará suas tarefas. Se atentando, inclusive, para as sombras projetadas por outras pessoas

sobre o plano, que possam comprometer a iluminação da área de trabalho. Nesse sentido

Barbosa (2010:28) entende a sombra como parte da iluminação que gera estímulos visuais

importantes para a percepção e, consequentemente, qualidade do espaço, visto que a mesma

faz parte do cotidiano e da memória fototrópica dos seres humanos que veem, todos os dias,

os espetáculos de luz da natureza, geralmente associados a diversos sentimentos.

No entender de Godoy:

Um bom projeto deve aproveitar as oportunidades da arquitetura e decoração para

potencializá-las e valorizá-las visualmente, prevendo pontos, cargas, circuitos e

controles dedicados a cada solução. Assim, com as informações definidas, inicia-se

o desenvolvimento das soluções, elegendo os objetivos visuais, compondo os

ambientes, criando efeitos. O projeto deve ser intensamente discutido com os

gerenciadores do negócio, que conhecem o tipo de cliente a ser atendido e os

objetivos do empreendimento (Godoy, 2000: 4 apud BRONDANI, 2006;56).

Mas enquanto ainda não se entra especificamente no mérito da percepção da luz do espaço, a

ser abordado no próximo tópico, volta-se a atenção para as questões técnicas do mais recente

Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios

Comerciais, de Serviços e Públicos – o RTQ-C – que traça as diretrizes para a etiquetagem de

edificações com área igual ou superior a 500m² pelo Inmetro – Instituto Nacional de

Metrologia, Qualidade e Tecnologia – conforme a classificação do seu nível de eficiência

energética, do Plano de Ação para Eficiência Energética em Edificações – o Procel Edifica

(INMETRO et al, 2009a:5).

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O manual para aplicação dos regulamentos (INMETRO, 2009b:7), que se define como “um

desafio para procurar e efetivamente alcançar níveis mais elevados de eficiência energética

nas edificações”, classifica os edifícios através da eficiência alcançada em três sistemas: a

envoltória (características físicas do edifício), a iluminação e a utilização de ar-condicionado.

A eficiência de uma edificação quanto à iluminação leva em conta a potência instalada de

iluminação nos ambientes internos, a iluminância de projeto e a iluminância efetivamente

gerada pelo sistema, sendo que “quanto menor a potência utilizada, menor é a energia

consumida e mais eficiente é o sistema, desde que garantidas às condições adequadas de

iluminação” (INMETRO, 2009b:8). Dessa forma, a escolha correta dos equipamentos, a

integração da luz natural com a artificial, projetando a distribuição por zonas de acionamento

que levam em conta a quantidade de luz necessária e a já disponível naturalmente nos planos

de trabalho, conforme o uso tornam-se estratégias extremamente importantes na busca pela

real eficiência energética, estimulando os projetistas a buscarem melhores soluções para seus

projetos.

Neste sentido, o lighting designer, arquiteto, engenheiro ou outro profissional que trabalhe em

iluminação deve estar sempre em busca de aperfeiçoamento, com intuito de se estar sempre a

par das atualizações tecnológicas, mas principalmente, se aprofundar nos estudos que grandes

centros de pesquisas vêm constantemente desenvolvendo.

O próprio manual enfatiza:

Cabe salientar que nenhuma regulamentação por si garante um edifício de qualidade.

Maiores níveis de eficiência podem ser alcançados através de estratégias de projeto e

por iniciativas e cooperação dos diversos atores ligados à construção dos edifícios

(arquitetos, engenheiros civis, eletricistas, mecânicos e empreendedores).

Igualmente, tão importantes e frequentemente esquecidos, os usuários têm

participação decisiva no uso de edifícios eficientes através dos seus hábitos, que

podem reduzir de forma significativa o consumo de energia, aumentando assim a

eficiência das edificações e reduzindo desperdícios. Todos os envolvidos na

concepção e utilização dos edifícios e seus sistemas podem contribuir para criar e

manter edificações energeticamente eficientes (INMETRO et al, 2009b:7).

Barbosa (2006:21) também retrata a importância do usuário, “para o qual o espaço foi

projetado”, nos desdobramentos da racionalização energética, tendo em vista que “serão

precisamente estes usuários eu irão fechar cortinas, acender as luzes, abrir cortinas e apagar as

luzes, buscando sempre a situação mais confortável, seja para trabalhar, repousar, meditar ou

simplesmente contemplar”, o que leva novamente este estudo à necessidade de entendimento

da relação da luz e cor na saúde e bem-estar (fisiológico e psicológico) do homem.

3. A percepção visual

Citando Tormann:

A iluminação é nossa menina dos olhos, filha do conhecimento e da criatividade, ela

age como uma personagem silenciosa, polivalente, polimorfa, carregada de mistério

e, todavia inteligível, orgulhosa, podendo ser tranquila, acolhedora e até agressiva

quando necessário.

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E embora a autora esteja se referindo à cenografia de um espetáculo, ela não é a única a tratar

a iluminação como peça imprescindível do teatro da própria vida. Brondani também cita

Godoy (2000:3 apud BRONDANI, 2006:21) ao evidenciar “que as técnicas teatrais na

iluminação de arquitetura é um processo natural do desenvolvimento visual dos

empreendimentos”.

A idéia é reafirmada por Barbosa (2010:29) ao escrever que a luz, numa linguagem teatral,

reforça o conteúdo emocional de um espaço e que, tal qual a arquitetura, projetar a luz é uma

arte aplicada que existe para um para que e para quem, com critérios funcionais, construtivos

e estéticos, conforme o objetivo a ser atingido. Para isso, utiliza-se a memória de luz do

homem que está diretamente relacionada com o que é visto diariamente na natureza e a carga

emocional que cada um carrega daquilo que vivencia.

É por isso que, segundo Senzi (2003 apud BRONDANI, 2006:18), “a cor da luz também

interfere na produtividade”, apontando um decréscimo no rendimento entre 40% a 60% ao

utilizar lâmpadas com temperatura de cor mais quente, semelhante à cor amarela do

entardecer, em comparação com o uso de lâmpadas com temperatura de cor fria, mais

parecida com a luz do dia.

A explicação para este fenômeno novamente está na natureza. Visto que, desde os tempos em

que os homens habitavam as cavernas, o dia é o horário em que o homem trabalha, estuda e

desenvolve as suas atividades, ou seja, é o período em que ele encontra-se alerta, concentrado

no desenvolvimento de suas tarefas enquanto a noite é o horário para o seu repouso, um

período de relaxamento.

O ciclo de trabalho-repouso se repete a cada 24 horas aproximadamente e é a luz que regula o

relógio biológico do homem, conhecido por ciclo circadiano. Segundo Fernandes (2006), “é

um estado fisiológico especial que ocorre de maneira cíclica em uma grande variedade de

seres vivos do reino animal, tendo sido observados comportamentos de repouso e atividade

[...] em animais tão inferiores na escala zoológica como os insetos”.

Geib (2003) explica que a melatonina é um hormônio cuja produção aumenta

significativamente durante o sono, é fortemente suprimido na presença de luz, diminuindo

com o despertar de cada dia. A informação claro/escuro é transmitida da retina para o núcleo

supraquiasmático e deste para a glândula pineal que regula a secreção deste hormônio

sincronizador dos ritmos biológicos. Segundo Ebersole (2001 apud GEIB et al, 2003),

“modificações no padrão de sono e repouso alteram o balanço homeostático, com

repercussões sobre a função psicológica, sistema imunológico, performance, resposta

comportamental, humor e habilidade de adaptação”.

A luz é a parcela de radiação visível do espectro eletromagnético que, dependendo do

comprimento de onda, será a cor percebida pelo olho humano. Assim, da mesma forma que a

luz, a cor é um importante elemento na percepção do espaço pelo homem, com implicações

fisiológicas e psicológicas.

Cromoterapia ou Colorterapia é a ciência que usa raios coloridos, que podem ou não ser

visíveis ao olho humano, “para alterar ou manter as vibrações do corpo naquela frequência

que resulta em saúde, bem-estar e harmonia” (AMBER, 2006).

Para melhor entendimento deste fenômeno, Barbosa cita em sua tese as pesquisas

desenvolvidas por Harold Wohlfarth, presidente da academia alemã de ciência da cor e

fotobiólogo da Universidade de Alberta, no Canadá:

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[...] as minúsculas partículas de energia eletromagnética que formam a luz, afetam

um ou mais neurotransmissores do cérebro. Os Neurotransmissores são substâncias

químicas que transmitem mensagens de nervo para nervo e de nervo para músculo.

A luz, ao atingir a retina, influencia a síntese da melatonina que, por sua vez,

provoca a síntese da serotonina, um neurotransmissor que atua no sistema nervoso

central inibindo ou ativando a ação dos neurônios do hipotálamo e sistema límbico,

modificando os aspectos emocionais e motivacionais físicos e psicológicos

(BARBOSA, 2010:103).

Ao interagir com as glândulas pituitária, pineal e hipotálamo, que regulam o sistema

endócrino e as funções dos sistemas nervoso simpático e parassimpático, a energia

eletromagnética da cor influencia a fome, sede e sexo. As respostas emocionais que remetem

ao ódio, amor, dor e desprazer têm origem no sistema límbico, também influenciado pelas

cores. “Por este motivo, a interferência fisiológica e psicológica das cores é uma realidade”,

conclui Brondani (2006:42).

Tiski-Franckowiak (2000 apud BRONDANI, 2006:42) vai ainda mais além e aponta “que o

tempo de percepção das cores varia de acordo com a cor”, sendo que a cor azul, de

intensidade fraca e com ondas curtas, demora em torno de 0,06 segundos para ser percebida e

auxilia no equilíbrio dos neurônios. Em contrapartida, a cor vermelha, de intensidade maior e

mais ondas longas, é percebida mais rapidamente, em 0,02 segundos, excita os mesmos.

Neste ponto os estudos de Tiski-Franckowiak valida Fonseca (2005:25) que observa que as

cores quentes, como o vermelho, amarelo e laranja, causam a aceleração dos batimentos

cardíacos e elevação da pressão arterial, sendo associadas à atividade e alerta, enquanto que as

cores frias, como o azul e o verde, diminuem a aceleração dos batimentos cardíacos e pressão

arterial, imprimindo uma sensação de relaxamento.

Figura 1: Espectro Eletromagnético e Espectro Visível

Fonte: Lighting with artificial light 1. Frankfurt, Fodergemeinschaft gutes licht, 1994

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Vermelho: 630-780nm Alaranjado: 600-630nm Amarelo: 565-600nm

Verde: 500-565nm Azul: 435-500nm Violeta: 380 a 435nm

4. A iluminação eficiente e a economia

Rodrigues et al (2004) defende que a energia elétrica é um insumo de importância

fundamental na vida humana, e por se tratar de uma fonte de energia secundária, limpa e de

fácil utilização, ela está presente desde as atividades mais elementares, como iluminar um

ambiente, até as atividades industriais mais complexas da era moderna.

A crise energética que ocorreu no Brasil no início dos anos 2000 levantou a necessidade de

racionalização e melhor utilização do uso da energia elétrica. Esse fato foi importante para os

comerciantes, pois incentivou a criação de uma cultura de utilização dos recursos naturais e a

busca pelo conhecimento de novas alternativas, entre elas o aproveitamento da luz natural e

sua integração com a iluminação artificial.

Dados apresentados pelo Guia Prático Philips Iluminação revelam que 19% da energia

produzida no mundo é consumida pela iluminação, e grande parte das instalações existentes é

antiga e pouco eficiente.

Segundo Reis (2000), o valor da eletricidade fica ainda mais evidenciado quando se observa o

levantamento referente à expansão do consumo de energia elétrica no Brasil. Entre os anos de

1970 a 1993, por exemplo, a variação foi de mais de 500% enquanto que o crescimento do

consumo total de energia ficou em torno de 175%.

De acordo com Rodrigues (2002), os problemas mais frequentes relacionados à iluminação

eficiente encontrados nas edificações são:

- Iluminação em excesso;

- Falta de aproveitamento da iluminação artificial;

- Uso de equipamentos com baixa eficiência luminosa;

- Falta de interruptores;

- Ausência de manutenção, o que deprecia o sistema mais rapidamente;

- Hábitos de uso inadequados.

O combate ao desperdício de energia pode ser obtido através da mudança de hábitos e

também por meio da utilização de um projeto luminotécnico correto.

Conservar energia não significa reduzir o conforto, nem os benefícios que a mesma

fornece e sim acabar com os desperdícios, induzindo a sociedade a uma realidade

mais racional, onde a redução da necessidade de novas centrais de geração de

energia possibilite a preservação do meio ambiente e o caminho para o

“desenvolvimento sustentável”. (AMARAL e GONÇALVES, 2002, p. 520).

A procura por métodos que resultem em menor consumo e por equipamentos eficientes na

redução da demanda de energia elétrica é uma iniciativa nova de grande crescimento e

destaque junto às outras formas de economia no planeta.

Mas planejar eficientemente a iluminação exige mais que a escolha de luminárias e

equipamentos adequados. Segundo Becker (1985), um sistema de iluminação eficiente e bem

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planejado é aquele que fornece uma quantidade adequada de luz, quando e onde ela é

necessária, com uma mínima quantidade de energia.

Para que o projeto de iluminação seja eficiente, deve conter os seguintes requisitos:

- Considerar a iluminação natural, aproveitando-a da melhor maneira e durante o maior

tempo possível;

- Criar uma iluminação artificial embasada em cálculos reais, realizados de acordo com as

diversas situações possíveis;

- Criar diferentes circuitos de iluminação, que possibilitem o uso somente das lâmpadas

desejadas em cada momento, evitando o gasto desnecessário.

Essas atitudes são pensadas e tomadas em projeto, restando ao usuário somente se beneficiar

das mesmas durante a utilização do espaço. Com o projeto e as escolhas corretas, é possível

realizar uma economia considerável.

5. Metodologia de pesquisa

Para tornar científico o conhecimento sobre qualquer assunto, é necessário utilizar-se de

métodos, ou seja, técnicas de coleta e análise de dados relacionados ao tema da pesquisa. Esta

coleta pode ser realizada através de pesquisa bibliográfica, contato pessoal, entrevistas,

questionários, roteiro de análise documental, análise de comportamento, entre outros.

Segundo Gil (1995), a utilização de um método tem como objetivo proporcionar ao

investigador os meios técnicos para garantir a objetividade e a precisão no estudo dos fatos

sociais. Mais especificamente visam fornecer a orientação necessária à realização da pesquisa

social, sobretudo no referente à obtenção, processamento e validação dos dados pertinentes à

problemática que está sendo investigada.

Para embasamento deste artigo, foi utilizada a pesquisa exploratória envolvendo levantamento

bibliográfico através de livros, revistas, artigos e sites, acrescido de pesquisa descritiva

contendo dois métodos de coleta, sendo um deles uma entrevista e o outro uma análise in loco

do comportamento dos usuários nos estabelecimentos selecionados.

Andrade (2003), define que a pesquisa exploratória tem a finalidade de proporcionar maiores

informações sobre determinado assunto e facilitar a delimitação de um tema, além de definir

os objetivos ou formular as hipóteses de um estudo. No que se refere à pesquisa descritiva,

Samara e Barros (2002) colocam que a mesma busca descrever situações do mercado através

de dados primários coletados em entrevistas pessoais ou discussões de grupo.

Ainda de acordo com Samara e Barros (2002), o roteiro de entrevista é um formulário

utilizado para se coletar dados. Sendo assim, a referida entrevista foi realizada através de

questionário contendo perguntas de múltipla escolha e também abertas, relacionadas ao tema

abordado, aplicado através de uma entrevista pessoal feita aos proprietários de quatro

estabelecimentos.

A entrevista teve como objetivo avaliar as reais preocupações do empreendedor com questões

de meio ambiente e sustentabilidade, a compreensão dos mesmos sobre a importância de um

projeto de iluminação e da forma como a mesma pode afetar seus negócios, o conhecimento

sobre a existência de um profissional especialista e sua diferenciação de outros profissionais

do setor de construção civil e, a satisfação ou não com o ambiente de trabalho e sua relação

direta ou indireta com a percepção da luz no ambiente.

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A primeira parte do questionário refere-se à identificação pessoal dos empresários, como

nome (opcional), sexo, idade e escolaridade, e identificação e caracterização da empresa,

como nome (opcional), ramo e setor de atuação.

A segunda parte é a pesquisa propriamente dita, onde se procurou além de coletar os dados,

direcionar o empresário a tomar conhecimento da existência de um profissional especializado

em iluminação (se ainda não o tinha) e avaliar, por fim, a importância do projeto de

iluminação em si, desenvolvido por tal profissional.

6. Resultados obtidos

Segundo questionário realizado com os quatro empresários dos setores de : construção civil,

arquitetura, lotérica e hotelaria conclui-se que 75% dos entrevistados afirmam ter

conhecimento da existência hoje no mercado de um profissional especializado em iluminação,

mas mesmo assim por questões financeiras não contratam profissional lighting designer,

geralmente contratam para esta finalidade os profissionais que já se encontram em sua obra .

Esses profissionais podem ser:

- O arquiteto, que na quase totalidade dos casos não possuem conhecimentos específicos em

iluminação;

- O eletricista, que para os contratantes tem o conhecimento e a prática da instalação;

- Os vendedores de lojas especializadas em iluminação, porque dizem que podem contar com

a praticidade de tê-los por perto no momento da compra e ainda contar com sua constante

atualização de informações sobre equipamentos e novidades do mercado.

75% dos entrevistados se diz preocupado com questões ambientais e soluções sustentáveis

em suas empresas. Mas pode ser notado que quando essas questões ambientais geram um

custo maior em sua prática, a consciência ecológica é deixada de lado.

O construtor civil, apesar de trabalhar indiretamente com profissionais especialistas em

iluminação em obras de terceiros, não utiliza projetos luminotécnicos em sua própria empresa,

uma vez que acha ser gabaritado para a tarefa , juntamente com seus eletricistas. Mas utiliza

coleta de resíduos e tem preocupação com as questões ecológicas e sustentáveis.

O empresário lotérico não demonstrou preocupação em investimentos de novas tecnologias,

apesar de ressaltar que gostaria de economizar na conta de energia. Ele também demonstrou

interesse de destacar produtos à venda e melhorar o bem-estar e conforto dos funcionários.

Somente o empresário hoteleiro diz ter contratado um profissional lighting designer para

executar projeto luminotécnico em seu empreendimento, e ressalta que já o havia contratado

em outro empreendimento anteriormente, admirando o resultado obtido, assim como o custo-

benefício , charme, conforto e assertividade na iluminação. Ressalta ainda que o fez por

questões de economia na utilização de lâmpadas e tecnologias adequadas, e iluminação

diferenciada, que atraísse o cliente para a proposta do hotel.

Todos os entrevistados disseram ter consciência do importante papel da iluminação e

sustentabilidade em seus empreendimentos.

7. Conclusão

Com o estudo realizado, foi possível concluir que as pessoas começam a ter um interesse

crescente e um pequeno conhecimento, no qual podemos chamar de noção, sobre o que

significa o trabalho e resultados obtidos por um lighting designer através de projeto

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luminotécnico. O que já significa uma melhora comparada há alguns anos atrás. E esta

melhora no conhecimento sobre os efeitos de uma iluminação artificial planejada está sendo

partilhada e difundida por àqueles que experimentaram seus efeitos práticos e subjetivos.

Criando assim, uma cultura de demonstrar e apresentar ao mercado os benefícios que o

projeto de iluminação artificial eficiente pode trazer às pessoas e ao meio ambiente.

Felizmente as recentes regulamentações também têm mudado essa realidade e estimulado a

busca por melhores soluções para os projetos, a fim de alcançarem níveis mais elevados de

eficiência energética e, sobretudo, níveis mais elevados de qualidade de vida para os usuários,

introduzindo questões quanto à escolha correta dos equipamentos, integração da luz natural e

artificial e distribuição da luz por zonas de acionamento, que vão agregando valores aos

ambientes que até então eram pouco encontrados em nosso meio.

Na maioria dos casos analisados neste estudo um único profissional, geralmente um “bom

eletricista” ou arquiteto, é contratado para executar a parte luminotécnica, e não se atentam

para o fato de que um projeto específico e bem elaborado, com utilização de bons produtos e

uma lógica de funcionamento refletiria em ganhos mais significativos levando o projeto a um

nível superior.

É fato também que existe sim uma preocupação com a economia dos recursos naturais,

sustentabilidade e qualidade de vida. A contenção de despesas foi muito citada por todos os

empresários, eles estão sempre atentos ao gasto de energia, mas na maioria das vezes não tomam as

decisões corretas para conseguir a economia desejada.

Os dados encontrados através deste trabalho reforçam a afirmativa da influência

transformadora exercida pela iluminação nos espaços, em seus usuários e, consequentemente,

no funcionamento do empreendimento. Transmitir as reais sensações desejadas e poder

oferecer um ambiente confortável e diferenciado aos usuários do local são questões

primordiais na busca pelo sucesso.

Mas o mais importante ao desenvolver este artigo foi diagnosticar o crescente interesse e a

abertura dos empresários ao trabalho desenvolvido pelo lighting design, evoluindo juntamente

com uma consciência ecológica. Esta mudança gera perspectiva para a classe envolvida, pois

torna o mercado mais amplo e diversificado, possibilitando novos investimentos. A próxima

atitude a ser tomada é a expansão destas informações e o desenvolvimento de uma divulgação

eficaz sobre o profissional especialista em iluminação, para que assim mais pessoas

conheçam, entendam e valorizem seu trabalho.

O mundo começa a despertar para um novo conceito de como tornar sustentável a relação do

homem com o planeta.

8. Referências

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tensão. 2ª ed. Rio de Janeiro: 2004a, 209 p.

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determinação da iluminação natural em ambientes internos. Rio de Janeiro: 2004b, 33 p.

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<http://pt.wikipedia.org/wiki/Blecaute_no_Brasil_e_Paraguai_em_1999>. Acesso em 12 de

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WIKIPÉDIA, Enciclopédia. Crise do apagão. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/

Crise_do_apag%C3%A3o>. Acesso em 12 de março 2014.

Anexo

Questionário Aplicado ao Sócio-Proprietário da Empresa

Nome (Opcional): ______________________________________ Sexo: ( ) F ( )M

Data de Nascimento: ___/ ___/ ______ Estado Civil: ____________________________

Escolaridade: ( ) Ensino Fundamental

( ) Ensino Médio

( ) Técnico (Ex.: Edificações): ______________________________________

( ) Graduação (Ex.: Arquitetura): ____________________________________

( ) Pós-Graduação (Ex.: Iluminação): ________________________________

Nome da Empresa (Opcional): __________________________________________________

Ramo de Atividade: ( ) Industrial ( ) Comercial ( ) Prestador de Serviços

Especifique a Atividade (Ex.: Escritório de Arquitetura): _____________________________

1. Você se preocupa com questões ecológicas e de sustentabilidade? ( ) Muito

( ) Um pouco

( ) O suficiente para diminuir custos e, ao mesmo tempo, ajudar o meio-ambiente

( ) Nem um pouco

( ) Outro: __________________________________________________________________

2. Quais medidas você costumar tomar e incentivar dentro de sua empresa que

remetam, consciente ou inconscientemente, às questões ecológicas e de sustentabilidade?

(Podem ser marcadas mais de uma opção) ( ) Separar recicláveis do lixo orgânico

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( ) Evitar o desperdício de água, ao esquecer torneiras abertas

( ) Coletar e armazenar água da chuva para utilizar na limpeza de calçadas e cuidados com

jardinagem

( ) Evitar acender a luz durante o dia, abrindo cortinas e janelas para deixar a luz natural entrar

( ) Quando for inevitável utilizar iluminação artificial, desligar interruptores ao sair do

ambiente

( ) Substituir lâmpadas, na medida do possível, quando novas tecnologias mais econômicas

são lançadas

( ) Investir regularmente em projetos de profissionais especializados, a fim de utilizar

conscientemente as novas tecnologias na busca pela qualidade de vida e economia dos

recursos naturais.

( ) Nenhuma

( ) Outra: __________________________________________________________________

2.Você se preocupa com a economia de energia?

( ) Sim

( ) Não

( ) Um pouco

3. Quais são suas atitudes para economizar energia?

( ) Deixar as luzes apagadas

( ) Investir em bons materiais de iluminação

( )Contratar um profissional especializado em iluminação

( )Contratar um bom eletricista

( ) Contratar um arquiteto

4. Você considera a iluminação importante para o sucesso de seu empreendimento? ( ) Muito importante

( ) Importante

( ) Nada importante

( ) Não sei

( ) Outro: __________________________________________________________________

Por quê?

5. Para você, uma boa qualidade na iluminação de um ambiente de trabalho está

diretamente relacionada ao que? (Podem ser marcadas mais de uma opção) ( ) Maior uso de luz natural

( ) Uso somente de luz artificial

( ) Uso integrado de luz natural e artificial

( ) Maior economia de energia

( ) Maior custo-benefício dos equipamentos utilizados

( ) Estética (beleza) do ambiente

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( ) Saúde e bem-estar do funcionário

( ) Outro: __________________________________________________________________

6. Qual o seu atual grau de satisfação com a iluminação de seu estabelecimento? ( ) Totalmente satisfeito

( ) Satisfeito

( ) Indiferente

( ) Insatisfeito

( ) Totalmente insatisfeito

7. Foi executada alguma melhoria quanto à iluminação do imóvel onde sua empresa está

instalada ou, em caso de ser um imóvel construído especificamente para a instalação da

empresa, houve uma preocupação específica com esta questão? ( ) Sim

( ) Não

Qual? _____________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Observação: Se você não executou nenhuma melhoria quanto à iluminação do imóvel

onde sua empresa está instalada, ir direto para a questão 10.

8. Se você fosse executar melhorias na iluminação de sua empresa, você contrataria

profissional e projeto específicos? ( ) Sim, pois é importante

( ) Não, por questões de custos

( ) Não, pois o próprio vendedor da loja de equipamentos de iluminação e o técnico eletricista

podem me auxiliar a escolher os melhores equipamentos e soluções, tendo em vista a sua

experiência

( ) Não, pois confio na minha capacidade de saber escolher o que seria melhor para o meu

empreendimento

( ) Outro: __________________________________________________________________

Observação: Se você não contratou profissional e projetos específicos quando executou

melhorias na iluminação de sua empresa, ir direto para a questão 11.

9. Qual profissional você contratou? ( ) Um técnico eletricista

( ) Um arquiteto

( ) Um engenheiro civil/eletricista

( ) Um especialista em iluminação

( ) Outro: __________________________________________________________________

10. Por que você contratou este profissional?

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( ) Por questões de custos

( ) Porque é conhecido/amigo

( ) Porque é o profissional mais capacitado atualmente disponível no mercado

( ) Porque é o profissional mais indicado

( ) Outro: __________________________________________________________________

11. Além dos aspectos energéticos que envolvem a iluminação de um ambiente, grandes

centros têm realizado importantes pesquisas sobre a influência da luz e cor na saúde e

bem-estar (fisiológico e psicológico) do homem. “Por exemplo, a cor vermelha tende a

excitar e, se o tempo de exposição a ela for muito longo, pode irritar [...] Altas

iluminâncias estão associadas às sensações de alerta e as baixas às de relaxamento.”

(FONSECA, 2005:26-28). Sendo assim, entre os sentimentos/emoções abaixo

relacionados, qual você diria que melhor descreve a atmosfera que a ATUAL

ILUMINAÇÃO imprime ao ambiente de trabalho de sua empresa? (Podem ser

marcadas mais de uma opção) ( ) Concentração ( ) Tristeza ( ) Frieza

( ) Dispersão ( ) Alegria ( ) Dramática

( ) Tensão/Alerta ( ) Agitação ( ) Nenhum

( ) Relaxamento ( ) Aconchego ( ) Outro: _____________________

12. Segundo Brondani (2006:18), “estudos revelam que o desconforto e o mal-estar em

alguns ambientes são caracterizados pelo mau uso das cores”, e sendo assim, “a cor da

luz também interfere na produtividade” (SENZI, 2003 apud BRONDANI, 2006:18).

Com base na análise do ambiente de trabalho de sua empresa, feito por você na questão

anterior, responda: você acredita que os sentimentos/emoções que você assinalou acima

estão sendo positivos para seus negócios? ( ) Sim

( ) Não

Por quê?

13. Levando-se em conta as duas últimas questões onde foi compartilhada uma parte do

conhecimento que um profissional especialista em iluminação tem buscado cada vez

mais se aprofundar, responda: você considera a iluminação importante para o sucesso

de seu empreendimento? ( ) Muito importante

( ) Importante

( ) Nada importante

( ) Não sei

( ) Outro: __________________________________________________________________

Por quê?

14. Como você associa a idéia de conforto na iluminação? ( ) Muito importante

( ) Importante

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( ) Nada importante

( ) Não sei

( ) Outro: __________________________________________________________________

Por quê?

Muito obrigada por sua colaboração!