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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DA NATAÇÃO PARA PORTADORES
DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
TÂNIA LÚCIA SOUZA DOS SANTOS DE SOUZA
ORIENTADOR: Profº Celso Sanches
JULHO
2005
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
TÂNIA LÚCIA SOUZA DOS SANTOS DE SOUZA
A IMPORTÂNCIA DA NATAÇÃO PARA PORTADORES
DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
Trabalho monográfico apresentado como
condição prévia à conclusão de pós-graduação
em Psicopedagogia.
3
AGRADECIMENTOS
Ao meu querido e amado Jesus Cristo, que me
deu condições de realizar meu sonho de ser uma
pedagoga.
À minha mãe Carmelita (in memorium), que
sempre me apoiou em toda minha vida.
Também ao meu querido filho Anderson, que me
ajudou financeiramente para que cada dia eu
pudesse participar das aulas.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho primeiramente à irmã e amiga
Sayonara Mena, por ter sido a pessoa que abaixo de
Jesus Cristo me ajudou a concretizar meu sonho.
Às amigas Rosangela Ruffato, Melaine e Cidália,
por terem me apoiado em cada passo desse
trabalho.
Também a Pedagoga Rosana Benatt por ter sido
fonte inspiradora nas ações profissionais.
5
RESUMO
“Nunca subestime o potencial de uma pessoa com
deficiência, pois quando você pensa em suas limitações,
ela pensa em superá-las”.
(Autor desconhecido)
O objetivo principal desse trabalho realizado através de pesquisa
bibliográfica e de pesquisa de campo é mostrar os efeitos da natação em
portadores de necessidades especiais, sendo o objeto de pesquisa as crianças
de 03 a 14 anos que tenham deficiência mental com Síndrome de Down e
efetivar a inclusão social do portador de deficiência e de dificuldades especiais
perante a sociedade em geral e perante o mercado de trabalho. Também na
difusão de informações sobre deficiências estimulando a inclusão social, a
melhoria da qualidade de vida e o exercício da cidadania.
É importante lembrar que a natação serve para todos os tipos de
pessoas, mas com grande relevância para nadadores onde realmente a família
tenha o conhecimento e o comprometimento dessa importância.
A capacidade individual de cada nadador é que demonstrará os
resultados do desenvolvimento através da natação.
6
METODOLOGIA
“... inserção de todos sem distinção de condições
lingüísticas, sensoriais, cognitivas, físicas, emocionais,
étnicas, sócio-econômicas ou outros e requer sistemas
educacionais planejados e organizados que dêem conta
da diversidade dos alunos e ofereçam respostas
adequadas às suas características e
necessidades”.(P.C.N., 1998).
A metodologia utilizada destina-se a mostrar os efeitos da natação aos
portadores de necessidades educacionais especiais tendo como objeto de
pesquisa as crianças de 03 a 14 anos que tenham deficiência mental com
Síndrome de Down.
A metodologia foi através de observações às aulas, questionários para
pais e responsáveis e acompanhamento dos trabalhos de socialização na
instituição paralela à natação.
Tomamos como base à idade de 03 a 18 anos. É necessário salientar
que a capacidade individual de cada criança é um fator de grande importância
para o resultado da sua reação ou desenvolvimento.
Neste sentido é relevante conhecer um pouco da realidade que envolve
o “universo” dos portadores de necessidades educacionais especiais e do
trabalho que vem sendo realizado. Assim, estaremos identificando os fatores
que acabam por perpetuar a exclusão desses alunos, e a possibilidade de
revermos conceitos e preconceitos que vivenciamos ao longo da vida em
relação aos portadores de necessidades educacionais especiais.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I 09
TENHO DIREITO E SOU CAPAZ 09
1.1. História da natação na educação e formação de caráter 10
1.2. Natação para P.N.E. 10
1.3. O progresso geral do nadador 12
1.4. A importância da natação e seus efeitos no portador de N.E.E 12
CAPÍTULO II 14
O PSICOPEDAGOGO NA SOCIEDADE ATUAL 14 CAPÍTULO III 19 O PEDAGOGO E SUAS INFLUÊNCIAS NO PROCESSO ENSINO-
APRENDIZAGEM DA NATAÇÃO 19
3.1-Como podemos incluir o portador de NEE 20
3.2-Matérias pedagógicas que contribuem para o desenvolvimento
do nadador com necessidades especiais 21
CAPÍTULO IV 22
O QUE PRECISAMOS SABER 22
4.1-Como devemos nos conduzir diante de um portador de deficiência
mental 24
4.2-O que nos diz a LDB 26
4.3-A visão de pais e responsáveis 29
4.4-Palavra do mestre e suas experiências 30
CONCLUSÃO 32
BIBLIOGRAFIA 34
ANEXOS 36
ÍNDICE 38
8
INTRODUÇÃO
Essa monografia tem em sua essência a demonstração da evolução no
desenvolvimento em vários aspectos do objeto escolhido, que considero os
portadores de necessidades educativas especiais, especificamente deficiência
mental com Síndrome de Down.
A mesma esclarece aos leitores o significado da natação para todo ser
humano, mas, com efeito, significativo para pessoas com deficiência mental.
Considerando que existe uma coerência muito grande em nosso país na
prática de esporte para portadores de necessidades educativas especiais, esta
prática tem sido apreciada pela minoria.
Observamos que responsáveis e pais não buscam ajuda em instituições
que ofereçam modalidades adaptadas aos seus filhos.
Suponhamos que haja dificuldades de se locomover a uma instituição,
em conseqüência, o mesmo fica sem vivenciar a prática do esporte, cultura e
lazer que são oferecidos em algumas instituições.
A Revista Sentidos de 2002 relatou sobre o último censo demográfico
2000, divulgados pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
informaram que o Brasil possui 24,5 milhões de pessoas ou 14,5%, com
alguma deficiência. Só a deficiência mental atingiu 8,3%. No Rio de Janeiro foi
de 14% a 14,9%. Os dados do censo mostram também que os homens
predominam no caso de deficiência mental, física ou auditiva.
Acreditamos que a inclusão é de grande importância para esta demanda
da população. A sociedade por falta de esclarecimento interfere neste
desenvolvimento geral do portador de necessidades educativas especiais.
9
CAPÍTULO I
TENHO DIREITO E SOU CAPAZ
“Dentro do universo de excluídos – negros, mulheres,
índios, os portadores de deficiência são os que menos
conseguiram sensibilizar a opinião, há muito preconceito
pela falta de informação, pois é o único segmento que
conquistou a lei de cotas, possuem representantes no
congresso e entidades ativas, mas a sociedade ainda os
vê como incapazes”.
(Terezinha Vicente Ferreira)
Os deficientes são pessoas que precisam de um mundo adaptado, para
desenvolver as suas potencialidades, será de forma mais lenta, mas atingirá os
objetivos propostos pela instituição.
O preconceito precisa sair das mentes dos normais, pois quem não tem
uma família deficiente jamais poderá afirmar, crer e confiar na produção de
uma pessoa deficiente.
As pessoas portadoras de deficiência podem fazer muitas coisas e
outras não, como qualquer cidadão. O que faz a diferença é o preconceito.
Existem várias instituições que atende aos portadores de necessidades
educativas especiais com comprometimento, por exemplo: Máximo da Silva
atende apenas 267 alunos. A Secretaria Municipal de Ensino, 9º CRE, atende
aproximadamente mil crianças em suas unidades.
10
1.1. HISTÓRIA DA NATAÇÃO NA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE
CARÁTER
A Grécia que nos proporcionou as mais belas páginas de uma civilização
de educação integral, de um povo que entre as atividades físicas que
praticavam, a natação tinha papel relevante, foi a precursora da introdução dos
conceitos de natação no planejamento de aulas das escolas dos atenienses.
Seguiram essa conduta também as escolas em Roma. Já a natação
considerada requinte distinção social, a tal ponto que chegou o conceito que
comumente proferiam frases como essa “tão ignorante é, que nem sabe ler,
nem nadar”.
Já na nobreza egípcia, durante o segundo Império 2160-1780 a.C., já
promoviam orientações sobre atividades na água para as pequenas crianças.
Na Pérsia, todo garoto após os 6 anos pertencia ao Estado. Eram
treinados a nadar com as armas para defenderem as fronteiras. O mesmo
acontecendo com o povo acima dos 18 anos.
Na 2ª Guerra Mundial, aeronautas e militares aprendiam na escola a
natação para evitar morrer afogados, quando alguma embarcação viesse a cair
no mar, só o fato de saber flutuar já lhes dava a chance de sobreviver.
1.2. NATAÇÃO PARA P.N.E.
As autoras Seaman e de Paul em 1982, apresentaram a seguinte
definição sobre deficiente:
“Educação física adaptada é a educação física para
pessoas portadoras de necessidades especiais. São
11
consideradas atividades apropriadas e possíveis às
atividades desenvolvimentistas, jogos, esportes e
atividades rítmicas. Toda programação deve ser
adequada aos interesses, capacidades e limitações dos
estudos”.
James McWilliam nos orienta que devemos valorizar o método
pedagógico para ensinar aos nossos alunos as habilidades na água, onde o
corpo ao flutuar, começa o desenvolvimento do aluno.
Nós todos somos mais iguais na água, as muletas e cadeiras são
deixadas de lado e flutuamos grosseiramente no mesmo nível e, deste modo,
desfrutamos da igualdade de nível. Na água, as deficiências são menos
visíveis.
O autor Swimmin Therapy também em sua pesquisa descobriu que a
água dá prazer, tanto para o deficiente como para qualquer pessoa normal.
Para que isso aconteça, a parte pedagógica é fundamental para o
desenvolvimento das habilidades na água. A flutuação promove o prazer da
auto-estima, autoconfiança, realização e sucesso.
Por esse e outros motivos a sociedade, pais e responsáveis precisam
incentiva-los ao seu esforço e dedicação desde o momento que sai do seu lar,
andando ou cadeirante até o momento de nadar sozinho.
O autor nos estimula a chamar o portador de NEE de “nadador”,
expressão bastante correta, pois o mesmo atingiu ao nível de nadar com todas
as suas deficiências e limites.
O nadador na água se sente apoiado e não se sente dependente.
12
1.3. O PROGRESSO GERAL DO NADADOR
Concordamos com Swimming Therap quando ele afirma que o
progresso não precisa ser competitivo e os resultados devem estimular a vida
do nadador.
Pelo fato do nadador estar realizando um exercício regular na água,
deve haver um aumento na força e movimentos, respiração mais profunda e
relaxamento. Também pode ser útil permitir que o deficiente se misture com os
monitores e outros amigos.
Além disso, existe o sentido de progresso para a independência e uma
outra área em que o deficiente se expressa juntamente com os não-deficientes
e, desse modo, perde o sentido de ser diferente.
A flutuação permite uma respiração com segurança e uma sensação de
felicidade para o nadador. O mundo da água é completamente oposto ao do ar.
Na água é mais difícil andar e mover os braços, já no ar torna-se fácil, essa
diferença facilita o portador de deficiência a se manter dentro da água por mais
tempo sem se machucar. Tendo oportunidades de atingir os objetivos
orientados pelo monitor ou professor, pois na água o nadador é sustentando
pelo empuxo.
1.4. A IMPORTÂNCIA DA NATAÇÃO E SEUS EFEITOS NO
PORTADOR DE N.E.E.
§ Valorização da auto-estima, respeitando seus limites e individualidades;
§ Estimular sua integração social, visando a melhoria da qualidade de vida;
13
§ Desenvolver suas potencialidades no plano da psicomotricidade, seu
desenvolvimento motor cognitivo-afetivo;
§ Desenvolver aspectos especiais como adaptação, equilíbrio aquático,
respiração, motivação, socialização etc.
§ Estimular o processo de maturação e de aprendizagem de modo que
auxiliem no crescimento e desenvolvimento harmoniosos;
§ Proporcionar aos alunos portadores de deficiência mental, Síndrome de
Down condições favoráveis ao seu desenvolvimento integral;
§ Ajuda a se livrarem do tédio existente em suas vidas.
14
CAPÍTULO II
O PSICOPEDAGOGO NA SOCIEDADE ATUAL
O propósito deste capítulo é pensar as relações entre escola, estado e
sociedade, de forma a refletir sobre a importância de processos educativos
como formadores da humanidade e sobre a função do psicopedagogo neste
cenário.
A Escola, enquanto instituição surge com o estado democrático burguês,
fruto da Revolução Francesa. Suas origens denotam a íntima relação entre
ambos e a sociedade que a produziu, visto que a burguesia nascente
identificava na educação em valor a ser conquistado, em seu processo de
ascensão social.
No decorrer de todo o século XIX, a escola se consolida no
compromisso de dotar a burguesia dos meios que justificariam seu poder,
exercido sobre o proletariado a partir dos progressos da Revolução Industrial.
A partir deste vetor de análise, podemos identificar a base ideológica
contida nas relações entre escola, estado e sociedade, a ponto de grandes
críticos marxistas a identificarem como um dos “aparelhos ideológicos de
estado”.
No caso do Brasil esta perspectiva também pode ser considerada, visto
que a educação escolar, apesar de algumas iniciativas jesuíticas do período
colonial, somente se consolida entre nós com a vinda da corte, em inícios do
século XIX, reiterando o aspecto funcional da escola a serviço da classe
dominante.
15
Durante o século XX, este processo sofre algumas mudanças com o
advento do estado socialista instaurado após a revolução russa de 1917, que
vai alterar profundamente o cenário político europeu e a sociedade da época.
Após a 2ª metade deste século, a dicotomia capitalismo/socialismo se
acentua com a chamada “guerra fria” e enquanto os segmentos ligados às
ideologias marxistas defenderam programas de “educação de base”, as
capitalistas desenvolveram programas de “universalização do ensino” e
“educação para todos”, pautados no princípio filosófico que associa a educação
à possibilidade de ascensão social.
Hoje, o estado capitalista pós-moderno, fruto da economia globalizada,
exige da escola novas posições. A resposta tradicional da pedagogia exige da
escola novas posições. As respostas tradicionais da pedagogia, pautadas em
processos de transmissão e de assimilação de disciplinas isoladas e estanques
apresentadas em aulas expositivas, que compõem a didática mais utilizada nas
escolas, não correspondem mais aos anseios e ás necessidades de uma
sociedade em mudança acelerada e de comunicação constante.
A análise da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, projeto
inicial do grande educador brasileiro Darcy Ribeiro, traz em seu bojo as
seguintes tendências, que marcam o início do século XXI:
q Universalização do ensino, igualdade de acesso e permanência na
escola, com gestão democrática, já enunciados nos documentos que
pautaram o “Plano Decenal de Educação”, 1990-2000;
q “Aprender a aprender”, ou seja, prevalência dos processos de
aprendizagem sobre os processos de ensino, fruto da filosofia contida no
relatório da Unesco sobre a Educação neste século e de toda a
16
veiculação dos pressupostos construtivistas que se tornaram
paradigmas educacionais dominantes;
q Qualidade educacional, complementando as oportunidades de acesso, o
que se relaciona com programas de valorização do trabalho docente,
investimentos na formação continuada, acesso as novas tecnologias etc.
Estes três aspectos são reflexos das tendências que estão em jogo na
sociedade contemporânea, na qual um “saber”, construídos nos bancos
escolares não é mais aceito, como diz Hugo Assmann, pois o que é valorizado,
neste momento, são as “experiências de aprendizagem”, que o indivíduo
possui.
Vivemos em um momento em que as relações entre escola, estado e
sociedade são pautadas por necessidades produtivas, que tanto podem ser
encaradas como perversas ou como utópicas.
No caso da pedagogia, o que se vê é um caminhar no sentido da
substituição de saberes pré-fixados, por uma praticada pergunta. A cultura não
pode ser mais compreendida como um acúmulo de saber. O homem culto, na
atualidade, é aquele que sabe onde encontrar a informação que necessita e,
principalmente, é aquele que tem condições de escolher, de identificar o meio
do acúmulo imensurável de informação disponível, aquela que lhe interessa.
A contemporaneidade tem suscitado questões relevantes para todo ser
humano. A sociedade globalizada, apesar de indicar possibilidades de criação
de uma cultura universal, aguça o individualismo e a competição.
As novas tecnologias da informação e os novos suportes (internet,
intranet, vídeo-conferência) causam um profundo impacto sobre a sociedade.
17
As relações educativas não ficam distantes destas situações. Diante dos
desafios da pós-modernidade, a escola muda ou desaparece, como
prenunciava Ilich. Sua proposta de uma “sociedade sem escolas” antecipava a
“sociedade aprendente” de hoje.
É preciso adaptar-se às novas mídias, utilizando processadores de
informação para garantir a ação educativa, pois a velocidade das mudanças
paradigmáticas que as ciências apresentam se coloca como um fator que,
quando não considerado, leva o processo pedagógico a uma situação obsoleta.
Os processos de ensino-aprendizagem e, sobretudo os de avaliação, precisam
ser adaptados e reformulados para atender às necessidades individuais,
pautados numa lógica da diferença e da alteridade.
A universidade de hoje forma um profissional que, para atuar no
mercado de trabalho, necessita de constante atualização. O saber universitário,
considerado até então como uma espécie de “reserva” do conhecimento
científico, precisa adaptar-se e situar-se numa perspectiva de produção de
novos saberes.
O trabalhador do século XXI é um aprendente. Experiência e
conhecimento acumulado, se distanciados da atualização constante, não
significam nada.
A fim de poder lidar com as profundas transformações que ocorrem na
sociedade, onde há trabalho, mas falta emprego, o profissional deve possuir
capacidade de liderança e empreendedorismo, para fazer frente às novas
necessidades com as quais se depara. Deve também ser criativo e inovador,
para poder ter respostas novas para problemas antigos, lembrando que criar é
descobrir o novo no conhecido.
18
Deve ter humildade para compartilhar informações e conhecimentos,
para trabalhar em “time”, abandonando corporativismos. Deve ter consciência
de seus compromissos sociais e uma ética pautada na solidariedade.
O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO
O psicopedagogo tem um papel decisivo na formação deste profissional
para o século XXI, na medida em que pode apontar os caminhos para que tais
metas sejam se não totalmente alcançadas, pelo menos, projetadas.
A função do psicopedagogo, é a de ser “suporte” ou seja, de ser um
mediador de informações, de ser aquele que indica caminhos possíveis para
serem trilhados pelo sujeito, sem imposições de qualquer natureza.
Seu trabalho é pautado na crença da capacidade humana de aprender e
renovar-se continuamente, adaptando-se a cada mudança que ocorre no
ambiente. Por isso, acredita sempre no homem, tem fé no humano e não
desanima diante de qualquer dificuldade, pois sabe que todos os seres são
dotados da possibilidade de transformar vida em existência, informação em
conhecimento e, todos têm um saber a ser explorado em benefício da
sociedade.
Nas relações entre escola, estado e sociedade, o psicopedagogo pode
vir a ser o profissional que articula instâncias reguladoras entre os diversos
âmbitos da realidade educacional, pois é um multiespecialista em
aprendizagem humana e detém conhecimentos fundamentais para o momento
em que vivemos. Por isso, sua atuação profissional legitimada socialmente,
precisa ser regulamentada o quanto antes, de forma a que possa desempenhar
o papel que lhe cabe neste momento histórico, sem qualquer tipo de reação
normativa.
19
CAPÍTULO III
O PEDAGOGO E SUAS INFLUÊNCIAS NO PROCESSO
ENSINO-APRENDIZAGEM DA NATAÇÃO
O pedagogo é de grande importância, pois irá juntamente com a direção
desenvolver o andamento dos cursos, das oportunidades oferecidas à
comunidade.
Estará acompanhando o processo desde a matrícula, onde é organizada
a turma por quantidade de alunos, compatível com as normas até o
desenvolvimento do aluno, em sua formação conclusiva que é o final de um
curso.
A escola onde fizemos a pesquisa pode-se constatar essa veracidade,
quando a supervisora reúne com o professor e coordenadores de curso são
para discutir a quantidade de alunos por aula, pois se tratando de um centro
esportivo onde o corpo docente divide o horário entre ensino médio e
comunidade, intercalando para completar sua carga horária.
O papel do supervisor sempre presente é na montagem dos projetos por
essa instituição, de ajudar a procurar, buscar os recursos necessários que o
projeto seja desenvolvido na sua íntegra ou pelo menos parcial, no que diz
respeito ao seu planejamento.
Observamos a real necessidade do planejamento com antecedência
sobre as datas comemorativas da instituição, inclusive ao que diz respeito a
enviar os convites para setores internos e externos, para participarem dos
eventos.
20
A supervisora acompanha os professores nas reuniões específicas e
principalmente dos pais, para colocá-los a par de todo o desenvolvimento da
instituição, sendo informados do que realmente acontece na instituição ou que
realmente aconteceu que alguns pais não tomaram conhecimento acerca de
seus filhos.
Só que especificamente a nossa pesquisa foi feita só com pais
presentes, pois se tratava de alunos cadeirante e com Síndrome de Down, os
pais ou responsáveis estavam sempre presentes aos acontecimentos da
instituição.
A presença familiar transmite confiança e apoio à criança portadora de
N.E.E.
3.1. COMO PODEMOS INCLUIR O PORTADOR DE N.E.E.
Belmonte Mena se refere à inclusão de uma forma clara e sucinta. Na
maioria das vezes confundimos o seu real significado e agimos de forma
ignorante ao assunto.
“Inclusão simbólica” é a autorização e permissão para que os elementos
culturais sejam compartilhados por todos, e através desse compartilhamento
passam a ser reconhecidos como pertencentes integrantes e representantes da
cultura.
Integrar é reconhecimento, é assim que a escola especial pode
possibilitar a inclusão e a integração através das ofertas de atividades que se
propõe.
Será que eu poderia tentar colocar um aluno numa bateria de escola de
samba, como a Mangueira? Será que assim eu estava promovendo sua
21
integração na sociedade? Provavelmente não, mas fazendo uma bandinha na
alternativa eu estou, porque batucar o samba que todos batucam é integrar,
usar os instrumentos de música, que todos usam é integração”.
Semelhante a natação, o nadador P.N.E. não vai nadar 50 metros em
poucos segundos, mas irá nadas na mesma piscina e alcançar o objetivo com
mais tempo, trazendo para o nadador prazer, alegria e desenvolvimento
integral.
3.2. MATÉRIAS PEDAGÓGICAS QUE CONTRIBUEM PARA O
DESENVOLVIMENTO DO NADADOR COM NECESSIDADES
ESPECIAIS
Bolas plásticas de diferente densidade, tamanho e cores, palmares,
pranchas emborrachadas, tubos plásticos (PVC diferentes tamanhos, cores e
espessuras), bambolês e argolas (diferentes pesos, cores e tamanhos).
Tapetes (diferentes formas, espessuras e cores). Brinquedos (flutuantes ou
não), bóias (alternativas), flutuantes, hasteres (de plástico ou de borracha,
coloridos, vários tamanhos) e todo e qualquer material (sucata ou não) que
possam ser utilizados na água com objetivos específicos.
Podemos observar que qualquer acessório não é mais importante que o
professor junto ao aluno. O material acima é usado de acordo a terapia e de
acordo a necessidade do nadador.
Na pesquisa realizada no CETEP/Santa Cruz observamos que não havia
o desenvolvimento de uma professora em relação a cada aluno, pois as aulas
dependendo do problema mental são realizadas individualmente.
22
CAPÍTULO IV
O QUE PRECISAMOS SABER
“Faz parte igualmente do pensar certo a rejeição mais
decidida a qualquer forma de discriminação. A pratica
preconceituosa de raça, de classe, de gênero ofende a
substantividade do ser humano e nega radicalmente a
democracia”. (Paulo Freire, 1996, p.39).
Em nosso país existem poucas instituições públicas que estão
capacitadas a atender exclusivamente pessoas portadoras de deficiência, nas
áreas do esporte, educação e saúde.
A sociedade exclui, por preconceito, cultivando valores equivocados com
relação à pessoa portadora de deficiência, dificultando a sua integração social
e seu desenvolvimento holístico.
Pessoas com deficiência vivem ainda hoje em pleno século XXI
segregadas a margem da sociedade, seus responsáveis encontram-se
desiludidos, pois reconhecem as limitações e as potencialidades dos seus
filhos e parentes e desejam que eles se desenvolvam e se integrem as
sociedades como é direito.
Infelizmente a nossa cultura não prepara o cidadão para conviver com a
diferença do outro, acreditam que a pessoa diferente (com deficiência)
atrapalha, ofende, perturba e ameaça a ordem social. Essa falta de
conhecimento tende a piorar o desenvolvimento afetivo psicológico e
sociológico desse ser humano, desse cidadão.
23
Entendemos e concordamos com a visão de Ribas (1983), quando se
refere ao termo muito usado em nosso país, “deficiente” tem um significado
muito forte. Ser deficiente antes de tudo é não ser capaz, não ser eficaz. O
deficiente é considerado o não eficiente. Adquire, pois uma conotação
negativa.
A partir da década de 80, movimentos nacionais das pessoas deficientes
tem proposto a utilização dos termos “portadores de deficiência”. Pessoa é
sinônimo de ser humano, portanto possível de desenvolvimento. Portador
significa que traz consigo ou em si. Portanto, ser uma pessoa portadora de
deficiência é ser uma pessoa que embora traga consigo uma imperfeição, por
causa congênita, ou não, apresenta capacidades e necessidades, e como
qualquer outra pessoa é passível de desenvolvimento.
Pelle-Grini & Junghahnel (1985), ser uma portadora de deficiência, ou
melhor, uma pessoa portadora de necessidades especiais é ser, sobretudo
uma pessoa eficientemente especial, ou conforme Gaspari (1991), ser
diversamente capacitado.
O decreto 3298, de 20 de dezembro de 1999, portaria nº 298, de 09 de
Agosto de 2001, estabelece que “deficiência permanente é aquela que ocorreu
e se estabilizou durante recuperação ou ter probabilidade de que se altere,
apesar de novos tratamentos”.
Esse decreto define as seguintes categorias:
§ Deficiência física – alteração completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função
física.
24
§ Deficiência auditiva – perda parcial ou total das possibilidades auditivas
sonoras, variando em graus e níveis.
§ Deficiência visual – acuidade visual igual ou menor que 20/200 no
melhor olho, após a melhor correção, campo visual inferior a 20, ou
ocorrência simultânea de ambas as situações.
§ Deficiência mental – funcionamento intelectual geral significativamente
abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitante
com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa
ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente às
demandas da sociedade.
§ Deficiências múltiplas – é a associação no mesmo indivíduo de duas ou
mais deficiências primárias (mental, visual, auditiva ou física), com
comprometimentos que acarretam conseqüência no seu
desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.
Alguns tipos de deficiências motoras são: amputação, espinha bífida,
nanismo, distrofia muscular, osteogênese imperfeita, artrite, poliomielite, lesões
medulares, paresia, plegia, tetraplegia, paraplegia, paraparesia, paralisia
cerebral, acidente vascular (AVC).
4.1. COMO DEVEMOS NOS CONDUZIR DIANTE DE UM
PORTADOR DE DEFICIÊNCIA MENTAL
Carvalho Rosadas nos orienta como devemos agir corretamente com um
deficiente mental, mesmo longa, esta citação é imprescindível:
“Ao conversar com um deficiente trate-o da mesma forma como trataria
qualquer pessoa, sem exageros e discriminações”.
25
“Não subestime um deficiente, pois quando você pensa em limitações, ele
pensa em como superá-las”.
“Próximo a um deficiente ou a qualquer outra pessoa converse coisas
interessantes e que não façam mal às partes”.
“Elogie um deficiente sempre que houver um motivo real para isto. Evite os
elogios desnecessários”.
“Seja natural com ele, sem demonstrar insegurança, mostre-se também
honesto com seus objetivos, que ele logo confiará em você”.
“Use neles estímulos motores da mesma forma como você usaria em uma
pessoa qualquer, sem, no entanto esquecer de observar fatores de segurança
característicos e individuais de suas síndromes. Uma pessoa deficiente não
deve sentir-se inútil e descompromissada com as coisas que a cercam”.
“É ocupada nas atividades de seu próprio lar e da rua que ela se sente útil,
normal como qualquer outra pessoa, e predisposta para atividades mais
intensas com seus terapeutas”.
Em todo seu discurso observamos que a auto-estima do deficiente
mental é fundamental e deverá ser revista por nós que de alguma forma
convivemos com esse cidadão.
Devemos mudar os nossos conceitos, pois é através de demonstração
de carinho e confiança que eles são capazes de conquistar e realizar qualquer
atividade.
O desenvolvimento sempre será lento, pois temos consciência da
deficiência, mas já temos conhecimento e experiência que é conclusivo.
26
Durante a terapia em especial aulas de natação, o diálogo com o
professor especializado é fundamental a participação integral do mesmo vai
acompanhando o trabalho do profissional passo a passo, ajudando nas horas
de vitórias e das incertezas.
4.2. O QUE NOS DIZ A LDB
Segundo a Declaração de Salamanca no título I da educação:
Art. 1º - A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na
vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais.
§1 – Esta lei disciplina a educação escolar que se desenvolve,
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
§2 – A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática
social.
Capítulo V – Da Educação Especial:
Art. 58 – Entende-se por educação especial, para os efeitos desta lei, a
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular
de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
§1 – Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola
regular, para atender as peculiaridades da clientela da educação especial.
27
§2 – O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos,
não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.
§3 – A oferta de educação especial dever constitucional do Estado, tem início
na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Resolução ONU nº 2542/75 - Declaração dos Direitos das Pessoas
Portadoras de Deficiências:
A Assembléia Geral, consciente que os Estados Membros assumiram
em virtude da Carta das Nações Unidas, em obter meios, em conjunto, ou
separadamente, para cooperar com a Organização das Nações Unidas, a fim
de promover níveis de vida mais elevados, trabalho permanente para todos,
condições de progresso, desenvolvimento econômico e social, proclama a
presente DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DAS PESSOAS PORTADORAS DE
DEFICIÊNCIAS e solicita que se adotem medidas em planos nacionais e
internacionais para que esta sirva de base e referência comuns, para o apoio e
proteção destes direitos.
1) O termo pessoa portadora de deficiência, identifica aquele indivíduo que,
devido a seus “déficits” físicos ou mentais, não está em pleno gozo da
capacidade de satisfazer, por si mesmo, de forma total ou parcial, suas
necessidades vitais e sociais, como fatia um ser humano normal.
2) Os direitos proclamados nessa declaração são aplicáveis as pessoas com
deficiências, sem discriminação de idade, sexo, grupo étnico, nacionalidade,
credo político ou religioso, nível sócio-cultural, estado de saúde ou qualquer
outra situação que possa impedi-la de exercê-las, por si mesmas ou através de
seus familiares.
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3) Às pessoas portadoras de deficiência, assiste o direito, inerente a todo a
qualquer ser humano, de ser respeitado, sejam quais forem seus antecedentes,
natureza e severidade de sua deficiência. Elas têm os mesmos direitos que os
outros indivíduos da mesma idade, fato que implica desfrutar de vida decente,
tão normal quanto possível.
4) As pessoas portadoras de deficiência têm os mesmos direitos civis e
políticos que os demais cidadãos. O §7 da Declaração dos Direitos das
Pessoas Deficientes mentais serve de pano de fundo à aplicação desta
determinação.
5) As pessoas portadoras de deficiência têm o direito de usufruir os meios
destinados a desenvolver-lhes confiança em si mesmas.
6) As pessoas portadoras de deficiência têm direitos a tratamento médico e
psicológico apropriados, os quais incluem serviços de prótese , reabilitação,
treinamento profissional, colocação no trabalho e outros recursos que lhes
permitam desenvolver ao máximo suas capacidades e habilidades e que lhes
assegurem um processo rápido e eficiente de integração social.
7) As pessoas portadoras de deficiência têm direito à segurança econômica e
social, e, especialmente, a um padrão condigno de vida. Conforme suas
possibilidades, também têm direito de realizar trabalho produtivo e
remuneração, bem como participar de organizações de classe.
8) As pessoas portadoras de deficiência têm direito de que suas necessidades
especiais sejam levadas em consideração, em todas as fases do planejamento
econômico-social do país e de suas instituições.
9) As pessoas portadoras de deficiência têm direito de viver com suas próprias
famílias ou pais adotivos, e de participar de todas as atividades sociais,
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culturais e recreativas da comunidade. Nenhum ser humano em tais condições,
deve estar sujeito a tratamento diferente de que for requerido pela sua própria
deficiência e em benefício de sua reabilitação. Se for imprescindível sua
internação em instituições especializadas, é indispensável que estas contem
com ambiente e condições apropriadas tão semelhantes quanto possíveis aos
da vida normal das demais pessoas da mesma idade.
10) As pessoas portadoras de deficiência têm direito à proteção contra
qualquer forma de exploração e de tratamento discriminados, abusivo ou
degradante.
11) As pessoas portadoras de deficiência têm direito de beneficiar-se da ajuda
legal qualificada que for necessária, para proteção de seu bem-estar e de seus
interesses.
12) As organizações em prol das pessoas portadoras de deficiência, devem ser
consultadas em todos os assuntos referentes aos direitos que concernem a tais
indivíduos.
13) As pessoas portadoras de deficiência, seus familiares e a comunidade
devem estar plenamente informados através de meios de comunicação
adequados, dos direitos proclamados nesta declaração.
4.3. A VISÃO DE PAIS E RESPONSÁVEIS
Responsáveis no aspecto geral explicam as dificuldades de ir a unidade,
pois muitas vezes os ônibus não pára devido ao aluno e acompanhante não
pagarem passagem. A reclamação foi de todos os pais e responsáveis.
Sendo uma grande hipótese que dificulta a resistência, para seu filho
aproveite desses momentos. Foi unânime a resposta positiva quando a
melhora de seus filhos. Uma mãe em seu depoimento disse “pela primeira vez
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minha filha era muito dura dentro da água, a cada vez que participava da aula
foi melhorando, se adaptando. Hoje já sabe nadar, nada muito e tem ajudado
os seus estudos, tem prazer em participar da aula. Ficando triste quando não
posso traze-la a escola”.
Quanto ao acolhimento na instituição, todos responsáveis disseram que
foram bem recebidos. Demonstra que existem instituições de portas abertas,
para quem precisar, só depende de cada responsável procurar o que lhe é de
direito e não deixar crianças precisando de terapia como natação presa em
seus lares, simplesmente vegetando, sem perspectivas de vida, por falta de
interesse de seus responsáveis.
Foi observada que as instituições não têm muita divulgação. A
população não tem esse esclarecimento em lugares públicos. Todos os
responsáveis tiveram dificuldades para saber sobre a instituição, dificultando o
acesso a mesma por acaso, uma ou outra foi indicada pela terapia ocupacional.
4.4. PALAVRA DO MESTRE E SUAS EXPERIÊNCIAS
A professora que nos acompanha nesse ensino-aprendizagem nos
esclarece: O desenvolvimento dos alunos tem sido dependendo de cada
período. No verão dar-se continuidade ao planejamento e seguimento
consecutivo as aulas. O planejamento é possível desenvolver, mas no inverno
são prejudicados, pois pelo motivo da água ser fria. A instituição não oferece
piscina com água aquecida.
Sendo um dos motivos que no primeiro momento do nadados ele rejeita,
pelo fato da água ser fria, mas depois há adaptação de criança a temperatura
baixa. Segue as aulas 2 vezes por semana com necessidade de turma
individual com 30 minutos cada aula.
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A natação leva uma grande vantagem em relação a outro esporte, pois
reabilita muito mais rápida a sua eficiência cardio-respiratória e motora, além
de proporcionar autoconfiança e auto-estima.
O processo de avaliação tem sido através do lado do neurologista,
dividindo em turmas: infantil e adolescentes, conforme o desenvolvimento de
cada um.
Para se trabalhar com portadores de necessidades educativas é
necessário dividir em turmas individuais ou coletivas, dependendo de cada
patologia, limitações e de deficiências respeitando duas individualidades para
depois fazer sua inclusão em turmas dita normais.
Os mesmos têm participado das atividades de competições fora e dentro
da instituição causando admiração ao público e dando uma lição de vida para
aqueles que acreditam que deficiente é incapaz.
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CONCLUSÃO
Temos certeza da importância do tema para as pessoas envolvidas com
a educação para portadores de necessidades educativas especiais.
Em especial, a prática esportiva natação com toda sua influência
educativa e pedagógica.
Observando autores cheguei a conclusão que natação é necessário ao
desenvolvimento integral de todo ser humano, mas que de grande importância
para deficiente mental e outras patologias.
A natação é de grande significação par ao ser humano, pois apresenta
vários aspectos de desenvolvimento e satisfação.
Observamos também que hoje existem oportunidades nas instituições,
trabalho esse desenvolvido pela parte pedagógica e administrativa juntamente
com os mestres.
A educação é completa quando existem alunos e professores, diretores
e supervisores capazes de fazer uma criança deficiente ou normal feliz. É
realizada em todos seus aspectos em deficiência tornando-os possíveis em
meio a outras práticas esportivas que o aluno pode participar a natação é uma
sugestão muito significativa.
A natação antes para elite, hoje é encontrada em instituições para todos,
pois é um direito de todos principalmente para o portador de N.E.E. Onde é um
cidadão comum disposto a usufruir tudo que lhe é de direito, mas que muitas
vezes, impedimos o seu fluir, seu florescer.
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Mas esta pesquisa os mostrou que a prática do esporte é necessária
tanto na parte orgânica, como prazerosa, para os dias de hoje, difícil e
conturbado, como anda o nosso país, sem esperança, perspectiva de dias
melhores.
Se de alguma forma você se acha incapaz para realizar, algum projeto
em sua vida, lembre-se sempre dessa leitura, e mude de opinião, pois somos
capazes de qualquer coisa, quando acreditamos nela.
34
BIBLIOGRAFIA
ALVES, Nilda. Educação e Supervisão – O trabalho coletivo na escola. São
Paulo: Cortez, 1997.
ASSOCIATION OF SWMMING THERAPY. Natação para Deficientes. São
Paulo: Manole, 1986.
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica. Diretrizes para a
elaboração. São Paulo: Prazer de Ler, 1952.
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica. Trabalhos
acadêmicos. São Paulo: Prazer de Ler, 1952.
BARBOSA, Laura Monte Serrat. A psicopedagogia no âmbito da Instituição
Escolar. Curitiba: Expoente, 2001.
BURKHARDT, R. e ESCOBAR, M. O. Natação para Portadores de
Deficiências. Rio de Janeiro: Cortez, 1985.
CARDOSO, A. F. M. e CARDOSO, V. T. G. Educação Psicomotora e Mental
Aplicação dos Diferentes Tipos de Inadaptação. São Paulo: Manole, 1984.
FONSECA, Vítor da. Educação Especial. Programa de Estimulação Precoce.
São Paulo: Vozes, 2000.
LDB – Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Fundo de Valorização
do Magistério. 2ª. ed., 1997.
MONTOAN, Maria Tereza Egler. Integração de Pessoas com a Deficiência.São
Paulo: Mennon 1999.
35
NOFFS, Neide. Psicopedagogo na rede de ensino. A trajetória institucional de
seus atores-autores. São Paulo: Elevação, 2003.
PINTO, Maria Alice Leite. Psicopodagogia, diversas faces, múltiplos olhares.
São Paulo: Olho D’Água, 2003.
ROSADAS, Sidney Carvalho. Atividades Físicas Adaptadas e Jogos Esportivos
para o Deficiente. São Paulo: Vozes, 1999.
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ANEXOS 1
QUESTIONÁRIO REALIZADO COM PROFESSOR
1) Como tem sido o desenvolvimento de seus alunos em relação à natação
especial?
2) Existem alunos que rejeitaram fazer natação?
3) Qual o tempo de duração da aula?
4) Qual a vantagem da natação em relação a outros esportes?
5) Qual o método que você usa para avaliar o processo de desenvolvimento do
nadador?
6) Como devemos trabalhar com os alunos portadores de necessidades
educativas especiais, considerando os limites de cada um deles?
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ANEXO 2
QUESTIONÁRIO REALIZADO COM OS PAIS
1) A senhora tem dificuldades em trazer seu filho a essa instituição (CETEP de
Santa Cruz)?
2) Houve melhora quando o seu filho começou as aulas de natação?
3) Você tem observado se ele sente alegria, prazer ao participar da natação?
4) Como a instituição se relaciona com a senhor e seu filho (a)?
5) Através de quem a senhora soube que havia natação para seu filho no
CETEP, em Santa Cruz?
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I 09
TENHO DIREITO E SOU CAPAZ 09
1.1-História da natação na educação e formação de caráter 10
1.2.-Natação para P.N.E. 10
1.3.-O progresso geral do nadador 12
1.4.-A importância da natação e seus efeitos no portador de N.E.E 12
CAPÍTULO II 14
O PSICOPEDAGOGO NA SOCIEDADE ATUAL 14 CAPÍTULO III 19 O PEDAGOGO E SUAS INFLUÊNCIAS NO PROCESSO ENSINO-
APRENDIZAGEM DA NATAÇÃO 19
3.1-Como podemos incluir o portador de N.E.E 20
3.3-Matérias pedagógicas que contribuem para o desenvolvimento
do nadador com necessidades especiais 21
CAPÍTULO IV 22
O QUE PRECISAMOS SABER 22
4.1-Como devemos nos conduzir diante de um portador de
deficiência mental 24
4.2-O que nos diz a LDB 26
4.3-A visão de pais e responsáveis 29
4.4 -Palavra do mestre e suas experiências 30
CONCLUSÃO 32
BIBLIOGRAFIA 34
ANEXOS 37
ÍNDICE 38
39
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PROJETO A VEZ DO MESTRE Pós-Graduação “Lato Sensu” Título: A IMPORTÂNCIA DA NATAÇÃO PARA PORTADORES DE
NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
Autor: TÂNIA LÚCIA SOUZA DOS SANTOS DE SOUZA
Orientador: Profº Celso Sanches Data da Entrega: 23/07/05 Avaliação: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Avaliado por: __________________________________Grau ______________ ___________________________________,_________ de ________________de 2005.