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E S PA Ç O Q U A L I D A D E
A Importância da Resposta (1ª parte)
Quase em vésperas de Natal, acho interessante abordar um assunto em que poucos reparam, ou doutra forma, só os que vestem determinados papéis é que o conhecem.
Talvez porque o espírito de Natal, apele às emoções e sentimentos, e palavras como respeito pelo pró-ximo, consideração, dignidade, compaixão sejam mais audíveis!
Todas estas palavras deveriam ser treinadas e assi-miladas durante os 365 dias do ano, mas, como nem sempre é possivel, resta-nos a consolação de serem pelos menos lembradas na época Natalícia!
Os gestores de recursos humanos, os gerentes e administradores de empresas, algumas pessoas com funções de chefia, assumem a árdua tarefa de recrutar pessoas, digo árdua, porque entendo ser complicado, numa breve entrevista ter a melhor percepção sobre o candidato/a ideal.
Levar a cabo um processo de recrutamento e selec-ção implica (preferencialmente) conhecimentos e técnicas de gestão de recursos humanos, já que a análise curricular, os não verbais e seus significados, a postura, a colocação do candidato/a, o seu percurso profissional, a aferição das competências efectiva-mente adquiridas, a sua imagem, a forma como se expressa e verbaliza a sua opinião e demonstra os seus conhecimentos, são elementos reveladores so-bre a possibilidade de termos conhecido alguém que possa aportar para a organização que representamos.Para além de todas estas questões, que podemos aprofundar se forem uma mais-valia para alguém, importa salientar que nos últimos tempos existem milhares de pessoas que procuram um emprego.
Uso a palavra emprego e não “trabalho” porque é disso mesmo que se trata!
Os números são de fácil acesso a qualquer um, na Internet, nos jornais, nos media, mas, o que pretendo reflectir é algo que não é visivel através destes números.
Estou a falar de “atitude”! ATITUDE PRECISA-SE... Não só aos candidatos/as, mas também aos recrutadores.
E é sobre estes últimos que gostaria de falar. Quem precisa de pessoas para trabalhar, esquece-se frequentemente das regras da boa educação e da ética profissional, quando simplesmente não emite qualquer feedback.
Nem quando os candidatos/as vão a uma en-trevista e não são seleccionados, muito menos quando se recebe uma candidatura espontânea.A pergunta que coloco é a seguinte: Quem têm a responsabilidade de recrutar, agendar entrevistas, decidir e reportar os outputs de um processo de R&S, não deveria ter também a mesma resposnsabilidade para responder em caso de rejeição ou de não aceitação?
Porque é que não se diz “a quem está do outro lado”, obrigado pela disponibilidade ou pela candidatura, mas neste momento não preci-samos de recrutar ninguém com o seu perfil? Custa assim tanto?
E quando alguém vai a uma entrevista e o recru-tador não define qual é o prazo para a conclusão do recrutamento?
Dignifica e muito quem o faz, e principalmente credibiliza os profissionais de recursos humanos e transporta para o exterior uma imagem da empresa muito interessante.
Assumir um “Não Obrigado”, é tão ou mais importante como dizer “Sim”.
Existe um provérbio antigo que nenhum de nós deveria esquecer: “Não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti!”...
Em algum momento das nossas vidas, somos nós recrutadores que assumimos o papel de candidatos/as!...
por Maria Manuel Costa– gestora de recursos humanos