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Etiane de Fatima Theodor6ski A IMPORTANCIA DO JORNAL INTERNO COMO MEIO DE COMUNICACAo NAS EMPRESAS Trabalho de Conciusao de Curso (TCC) apresentado ao Curso de MBA em Comunicayao Empresarial da Universidade Tuiuti do Parana, como requisito parcial para 0 titulo de especialista. Orientadora: Professora Rosilene Lehmkuhl \ ' CURITIBA 2007

Etiane deFatimaTheodor6ski A IMPORTANCIA DO JORNAL …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/12/A-IMPORTANCIA-DO-JORNAL-INTERNO... · oquadro teorico comprova a importancia da comunica9ao

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Etiane de Fatima Theodor6ski

A IMPORTANCIA DO JORNAL INTERNO COMO MEIO DE

COMUNICACAo NAS EMPRESAS

Trabalho de Conciusao de Curso (TCC)apresentado ao Curso de MBA em ComunicayaoEmpresarial da Universidade Tuiuti do Parana,como requisito parcial para 0 titulo de especialista.Orientadora: Professora Rosilene Lehmkuhl

\ 'CURITIBA

2007

RESUMO

o estudo demonstra a importancia do jarnal impressa interna nas empresas, Ficaclaro que 0 veiculo e urn grande aliado para os colaboradores e, consequentemente,para a born funcionamento empresarial.A boa comunicaC;03o entre todos e 0 grande alicerce para desenvolvimento de todogrupo. Com issa se sentem valorizados e seguros, alem de atualizados sabre asacontecimentos internasA imagem institucional e tida com credibilidade, a qual e responsclvel e se preocupacom sua equipe funcional. Esse conceito e atingido pelo publico externo tambem,pais estes acompanham as veicula90es, ende se obtem informa<;oes de seusinteresses,

Palavras-chave: comunicac;ao empresarial; comunicac;ao interna; jornalismoempresarial; jarnal impressa; publico interna

SUMARIO

1 INTRODUr;:iio

2 FUNDAMENTAr;:iio TEORICA.

2.1 Comunicac;:ao

2.2 Comunicayao Empresarial

2.3 Comunicaryao Interna .

2.4 Jornalismo Empresarial .

2.5 Jornallmpresso .

3 ESTUDO DE CASO .

3.1 SESCAP . PR ..

3.2 RPC - REDE PARANAENSE DE COMUNICA<;:AO ..

.. 3

..5

...... 6

..... 8

... 11

. 14

...... 18

. 21

. 21

. 23

3.3 SINDIJOR - SINDICATO DOS JORNALSITAS PROFIS. DO PR 26

4 CONCLUsiio .

5 BIBLIOGRAFIA ..

6 ANEXOS

. 28

29

31

1 INTRODU<;:iio

o presente estudo de caso tern como proposta demonstrar a importancia do

veiculo ~jornal internoft em uma empresa, pois muitos nao percebem, ou nao

acreditam que a maiaria dos problemas se resolveria com a utiliza<;.3o de urn meio

de comunicac;:ao.

E feila uma analise sabre a forc;:a/poder que este meio de informac;:ao passui.

cnde pretende-se evidenciar as aspectos positivos atingidos pelas empresas aqui

ilustradas.

Busca-se comprovar que 0 veicul0, sendo 0 alicerce para uma boa

informac;:.3o, e 0 aliado para 0 born funcionamento empresarial, cnde fica evidente

com as exemplos de sucesso mostrados neste estudo.

Teda parte te6rica do estudo devera provar que uma empresa se destaca se

liver uma base bern estruturada e, que a comunica9ao e 0 ponto de partida para se

alcan9ar este objetivo.

As teorias servem como exemplo, ou ate mesmo como alerta, para os

empresarios entenderem 0 porque das inumeras falhas que ocorrem no dia a dia

com 0 quadro funcional.

Para 0 bom funcionamento empresarial e necessario que haja uma boa

comunica9ao entre todos e, consequentemente, os funcionarios precisam saber 0

que ocorre naquele ambiente. Dessa forma, os problemas sao resolvidos com maior

facilidade, pois se torn a muito mais a9il a busca por respostas quando se conhece

todo 0 contexto por completo.

Oiante de uma crise, por exemplo, os funcionarios estao dispostos a enfrentar

o ocorrido e, preparados para as respostas de terceiros.

Num ambiente onde acontece a divulga9ao das noUcias por meio de um

veiculo interne como 0 jornal, as pessoas se sentem valorizadas e, se tornam

emissores de mensa gens positivas.

Eles tambem tern a necessidade de expor suas opiniOes e, saber que serao

vistos por toda a empresa. lsso se torn a gratificante para 0 funcionario, pOis percebe

que e reconhecido justa mente por fazer parte da equipe de trabalho de determinada

empresa.

Diante disso, e necessario verificar como as empresas utilizam 0 jornal interno

para fortalecer sua imagem. Para se alcan9ar um resultado positiv~, e preciso

demonstrar que um jornal interne facilita a comunica9ao nas empresas, atingindo 0

publico interno como 0 externo e alem disso, demonstrar que:

- par meio de um jornal interno, e possivel divulgar assuntos de interesse da

empresa que, consequentemente, se tornam interessantes para os funcionarios.

- com este veiculo, fazer com que os empregados se sintam valorizados e, ao

mesmo tempo, divulguem a sua propria empresa para terceiros.

- Este veiculo pode servir como Iroca de informa90es entre todos as setores, vindo a

ajudar no desenvolvimenlo empresarial.

2 EMBASAMENTO TEO RICO

o quadro teorico comprova a importancia da comunica9ao como urn todo. 0

que demonstra a necessidade de urn vefculo de comunicac;ao nas empresas, 0 qual

se torne a alicerce para a desenvolvimento empresarial.

2.1 COMUNICA<;:Ao

A comunica9ao e considerada uma necessidade para 0 homem. Segundo

Bordenave,

confunde-se, assim, com a propria vida. Ternos tanta consciencia de quecomunicamos como de que respiramos OU andamos. $omente percebemosa sua essencial imporUmcia quando, per urn acidente au urna doen(fa,perdemos a capacidade de nos comunicar. Pessoas que foram impedidasde se comunicarem durante long05 periodos. enlouqueceram au fica ramperto da laucura (1982, p. 19).

Sem ela as pessoas seriam urn mundo fechado em si mesmo. E per meio

dela que se compartilham experiencias, ideias e sentimentos. As vezes ate 0 silt~ncio

comunica. Quando uma pes soa deixa de responder as perguntas ou incita90es de

Dutra, au quando trata de ignorar a sua presen~a, seu sil€!nc10 e mais eloqOente que

qualquer conjunto de palavras (id., 1982).

A comunica~ao

e um processo que envolve a troca de informa90es. e utiliza os sistemassimbolicos como suporte para este fim. Estao envolvidos nesle processouma infinidade de maneiras de se comunicar: duas pessoas lendo umaconversa face-a-face. ou alraves de geslos com as maos. mensagensenviadas utilizando a rede global de telecomunica90es. a fala. a escrita quepermitem interagir com as oulras pessoas e efeluar algum tipo de trocainformacional (COMUNICAc;:Ao. 2007)

A maior parte da comunica~ao e realizada com a linguagem escrita au falada,

a qual da origem tambem as confusoes e incomunica90es entre as pessoas se nao

for bern trabalhada (BORDENAVE, op cit.).

Para Bordenave,

e proprio da comunicayao contribuir para a modificayao dos significadosque as pessoas alribuem as coisas. E. alraves da modificayao designificados. a comunicayao colabora na Iransformayao das cren9as. dosvalores e dos comportamentos. Oai 0 imenso poder da comunicayao. Dai 0usa que 0 poder faz da comunicayao (1982. p. 93).

Oe acordo com Sousa (2006), e preciso notar que nem toda comunica9;3o e

informa9aO. Uma musica, por exemplo, pode comunicar e exaltar sensa90es,

emo90es, mas, geralmente, nao informa, a menos que seja emitida com a prop6sito

informativo.

2. 2 COMUNICA9AO EMPRESARIAL

Considerada como uma ferramenta importante, a comunica9ao empresarial

passou a ser uma questao estrah~gica, sendo a aliada para 0 crescimento de uma

organiza9210.

Corrado acrescenta que ela tern a papel de transformar a imagem

empresarial, sendo dirigida, principalmente, para ende existe falha, 0 que acaba

unificando tode 0 publico·alvo.

para compelir em igualdade de condiyCies no novo ambiente, a empresaprecisa reavariar a maneira como faz muitas coisas, inclusive como S8comunica com seu publico. As comunica<;oes excelentes devem ser comoo sistema telef6nico dos EUA - urn esfor<;o transparente, com tecnologiatao boa que, quando alguma coisa sai errada, transforma-se em noticiaimporlante (1994, p. 5).

A aten9<30 deve estar voltada para a maneira como sao expostas as notlcias,

pois se nao forem divulgadas de forma correta, a interpreta9<30 pode ser prejudicial

para 0 em iss or. Sendo que a linguagem deve ser clara e objetiva, com 0 intuito de

melhorar a rela9ao entre todos os envolvidos, gerando assim um reconhecimento e,

conseqOentemente, bons resultados (id., 1994).

Segundo Torquato, as empresas estao perce ben do que nao e correto investir

s6 em alta tecnologia para os maquinarios, por exemplo, mas que a implanta9ao de

um setor de comunica9ao e um complemento para seu desenvolvimento.

urn dos fen6menos rnais caracterislicos das modernas sociedadesindustriais e 0 crescente uso das funyaes de comunicayao parasobrevivencia, desenvolvimenlo e prosperidade das organiza~6es.Repartidas e esbo~adas de acordo com os diversos modelosorganizacionais e assumindo import:tncia cada vez maior, as fun~6escomunicativas engajam-se deflnitivamente nos desenhos de estruturas depequenas, medias e grandes empresas. (1987, p. 11).

Com essas mudan9as, se lorna mais facil a contribui9ao de todos para se

atingir as metas e objetivos da organiza9ao, alem de uma melhor integra9ao dos

selares (id., 1987).

Existe a necessidade de aperfeiryoar a comunicaryao com os empregados, a

fim de alcanryar uma melhor produtividade, serviryos aD cliente e qualidade:

o sistema de comunica9ao e bom quando nao se nota que ele existe. Umaorganiza9ao comunica-se de forma perfeita, quando os empregados secomunicam de maneira continua e informal com os escaloes superiores,inferiores e de mesmo nivel da organizayao: e quando os empregados egerentes contam a mesma hisloria da empresa para os clientes, osacionistas, 0 governo, a comunidade e oulros publicos (CORRADO, op. cit.

p.5)

A boa comunicary8o e percebida quando nao existe barreira entre patroes e

empregados. Todos se comunicam indiferente de qual setor trabalham ou quais

cargos ocupam. Neste caso, a mensagem a ser transmitida e a mesma, desde que

todos tenham conhecimento do que acontece, existindo assim, transparencia dos

fatos, caso contrario, dao a vez aos indesejaveis boatos.

Percebe-se que esta desaparecendo de dentro da organizaryao, 0 modelo

autoritario em que os de cima tinham poder sobre os de baixo. Os gerentes estao

tendo consciencia que precisam transformar-se em lideres de vi sao, que precisam

apontar uma missao e estabelecer valores fortes que fa9am todos caminhar na

rnesma direryao. Com isso, a comunicaryao deixou de ser urn departamento e passou

a ser priori dade (id., 1994).

E necessario que se tenha bern claro ° que se busca atingir e, em seguida,

deve-se transmitir este objetivo aos funcionarios. Para isso, e necessario a conquista

dos mesmos e, nada melhor que valoriza-los para que se obtenha 0 resultado

esperado:

o papeJ da comunica9ao nao deve ser tentar corrigir alguma falha existenteentre 0 empregador e 0 empregado, mas sim criar valores mensuraveispara a organiza9ao, por meio de seu uso eficienle na ofganiza9ao. Issosignifica que a administrayao considerara cada vez mai5 importanteaperfeiyoar a comunicayao com os empregados, por meio de palavras ea96e5, a fim de alcan9ar suas metas de melhor produtividade, serviyo aocliente e qualidade (id., 1994. p. 6)

Nao se deve ter 0 veiculo como Wmilagreiro", ou como possuidor de poderes

magicos, por exemplo, pois a sua eficacia s6 e garantida com a utilizaryao das

10

devidas estrategias de comunicar:;::ao, isto e, quando se tra9am objetivos claros e

perfeitamente atingiveis (TORQUATO, op. cit).

A valorizar;:ao e feita atraves de urna comunicaryao bern trabalhada, ende

todos tenham voz e tambem estejam dentes de tude que aconteee na empresa.

Ja nas organiza96es, ande as pessoas sao vistas apenas como urn Gusto, 0

processo de melhorar sua contribui9EIO para 0 valor nao progride. Ja em outras

organizary6es, ende a atengElo e voltada para 0 desempenho das pessoas, com urna

melhor remunerar:;::<lo, reconhecimento, motivar:;::ao, desenvolvimento e comunicac;:ao,

tern sido vistas como urn esfon;:o para agregar valor para a organizayao

(CORRADO, op. cit.)

Ha a necessidade da transmissao de informar;:oes verdadeiras, ande 0

empregado vera resultados e ira colaborar de forma a contribuir com as objetivos da

empresa.

pesquisas e eXperiElncias mostram que os empregados s~o mais motivadose dao maior contribui~o a empresa quando he. comunicatyao plena efranca. A evidilncia tambem mostra que onde ha um fluxo adequado deinformaty6es e ideias entre as empregados, a produtividade melhora e aconfusao, a duplicaty30 e os conflitos improdutivos sao minimizados. Alemdisso, como a melhoria da comunicatyao nao requer nenhum capital, osganhos de produtividade resultam em lucro total (CORRADO. op. cit. p. 50)

Conforme complementa Noblat (2003), a lingua portuguesa tem mais que 50

palavras, diante disso, nao ha a necessidade de criar novas e, sim, conhecer e

saber usar uma razoavel quantidade das que existem, para se ter uma boa

comunicayao.

II

2.3 COMUNICAt;:AO INTERNA

A comunica9ao intern a de uma empresa e 0 complemento para seu

desenvolvimento, seja na area do luera, quadro funcional au a boa imagem que

transpassa para seus publicos, demonstrando ser uma empresa organizada e

confiante. pais Torquato afirma que:

swas vantagens podem ser medidas sob diversos ~ngulos. Em primeirolugar. 0 publico interne e 0 grupo que esta mais proximo a empresa, 0 seucomportamenlo no ambienle de trabalho desempenha urn papel decisivoem sua vida. Por esta razae, qualquer mensagem que diga respeito ao seutrabalho tern influencia sabre 0 seu comportamento. A publica9ao inlerna e,ate certc ponto, 0 unico veiculo que traz mensagens, cujas fantes sao aspr6prios trabalhadores. Mensagens que interessam tambem as suasfamilias. Estas tambem participam do mundo da empresa, porquedependem dela. A publica~ao interna atua, assim, nao apenas sobre 0empregado, mas tambem sobre a sua familia. afetando·lhes 0comportamenlo (1967, p. 47)

Independente do porte da empresa, a comunica<;:a.o interna se faz necessaria.

Se torna comum considerar que as pequenas institui<;:6es possuem um sistema livre

de problemas de comunica<;:ao. 0 que e incorreto, pOis sao nas pequenas empresas

que se encontram exemplos de pobreza de espirito Ud., 1987).

E. "via vel a implanta<;:ao de um program a de comunicayao, atraves da

publica<;:ao interna" (id.,1987, p. 74). Programa este, indicado para empresas onde

exista certo grau de especializa<;:ao de funyoes e separa<;:ao de poderes, por

exemplo.

Para se obter sucesso, os empresarios devem dar valor, em primeiro lugar, ao

seu publico interno, pois e ele que faz surgir 0 sucesso dos neg6cios e 0

desempenho da empresa. Mas e necessaria saber que a camunica<;:aa interna nao

consegue manter a imagem positiva da empresa, pais para isso e necessaria um

"pacate empresarial", isto e, produtos, qualidade, seguran<;:a, sa larios, beneficias,

responsabilidade social, etc. (id., 1987).

12

Para Nassar, com tantos itens a se trabalhar, 0 papel do comunicador efundamental, pais ele possui a capacidade de enxergar 0 que falta para melhorar

ainda mais 0 quadro funcional e, com isso, realizar as mudan<;as pretendidas.

na atualidade, urn numero representativQ de empresas ja possui 0 quechamamos de cullura de comunic39ao e tern montado suas estruturasdando enfase a ideia da Comunica9ao Integrada, entendendo que, emfuny.3o da globalizayao, da competilividade cada vez mais acirrada, efundamental que a comunic39ao alcance cada urn dos publicosestrategicos - aqueles que impactam diretamenle nos negocios e nasatividades da empresa - de forma transparente. etica e objetiva. Nessecontexto. entendemos que 0 publico formado pelos empregados e seusfamiliares sao, sem duvida, 0 maior e mais consislenle avalisla darepula9ao da empresa, sendo, portanto. ah§m de estrategico, prioritario emtermos de comunica9aO (2005, p. 46).

As pessoas mais importantes para 0 bom funcionamento de uma empresa

sao os funcionarios e suas respectivas famBias. Pois estao diretamente ligados aos

acontecimentos da organizay8.o e, estao presentes no dia a dia, mesmo que

indiretamente como no caso dos familiares. Ambos sao fundamentais para a

formayaO da imagem publica da empresa.

Para se desenvolver um bom trabalho de comunicayao interna, e necessario

uma equipe de profissionais bastante qualificada. Caso contrario, os assuntos

divulgados nao serao relevantes para quem as recebe (id., 2005).

Noblat aponta que,

voces tem s6 uma bala na agulha para capturar a aten9aO dos leilores: asprimeiras linhas de urn texto. Se elas nao forem capazes de desperlarinteresse, tchau e benyao. 0 que voces escreveram nao tera servidos paranada. Porque, salvo engano, voces escrevem para serem lidos. Os jornaispublicam noifcias, reportagens, entrevistas e artigos para serem lidos. Senao sao, algo esta errado.(2003, p. 100)

Muitas vezes as notfcias sao tratadas com superficialidade e pouca

afetividade, sendo de interesse somente de quem as escreveu. Diante desses

acontecimentos, os patroes veem a comunicayao interna como algo desnecessario,

pois os resultados ficam longe do esperado. Neste caso, quem leva culpa e a

13

comunicac;:ao, ficando esquecido que 0 problema esta na preparac;:ao do material

informativD.

Cada pessoa, em urna empresa, tern urn peso como gerador de opiniaoNao adianta discutirmos lecnicas, conceitos mirabolantes de comunic39ao,de marketing, se nac entendermos primeiro qual e 0 papel que cadapessoa exerce no processo. A coisa mais importante enos vermosenquanto formadores de opiniao, de imagem, e ganharmos consci€mcia doque issa representa para nos e para a empresa (NASSAR, 2005, p. 48).

E de extrema importancia a voz dos funcionarios ao se preparar urn material

informativo. Todos tern 0 direito de expor suas ideias e contribuir para urn melhor

funcionamento empresarial nas mudanr;as pretendidas. (id., 2005). (Ver Anexo 1)

Segundo Torquato, a mensagem na Publica9ao Interna deve abranger os

mais diferentes conteudos e tipos de materias, envolvendo as areas do jornalismo,

educa9ao, lazer, etc. Exemplo:

1 - Materias institucionais - normas, regulamentos, portarias, avisos, produtos,

servi90s, projetos de expansao, recordes de produ9ao;

2 - Materias de motiva9ao - planas assistenciais, beneficios, promo90es, concursos,

premios, planas de sugestoes;

3 - Materias de orienta921o profissional - seguran9a, higiene, saude, conselhos uteis,

programas de treinamento;

4 - Materias educativas - hist6ria, geografia, conhecimentos gerais.

5 - Materias associativas - esportes, festas, concursos, bailes, casamentos,

nascimentos, falecimentos.

6 -Interesse feminino - culinaria, conselhos de beleza, moda;

7 - Entretenimento - cruzadas, quadrinhos, curiosidades, adivinha90es, testes;

8 - Materias operacionais - processos de fabrica9ao, inova90es tecnicas.

9- Familia do empregado - alem das materias de interesse feminino, concursos

infantis

14

2.4 JORNALISMO EMPRESARIAL

E passivel observar que em uma empresa existe uma audiencia heterogemea,

cnde se tern como publico*alvo pessoas que naD possuem 0 mesma grau de

instrw;ao, que apresentam variaryoes quanta ao nivel intelectual e que naD tern as

mesmas interesses e atitudes.

Oiante disso, e necessaria estar atento as materias publicadas, pois con forme

Torquato,

ao lado das significay6es diferenles au divergentes retiradas dosconleudos, he'! sempre 0 perigo de as pubtica90es transmitirem noyoescomplexas e dificeis, em face da terminologia lecnica que caracteriza osprocessos lecnologicos de produyao.[."j Esle vQcabulario pode ser familiara determinados grupos da empresa, mas sera bastante desconhecido deoulros (1987, p. 62)

Quando se torna impasslvel usar termos que sejam compreenslveis

universalmente, e necessario fazer esfofC;o para interpretar as mensagens que se

destin am aos grupos diferentes, com 0 objetivo de evitar que as mensagens sejam

interpretadas con forme mias variados niveis de entendimento, 0 que gera distor<;6es

(id,1987)

Noblat acrescenta que,

antes de ser um negocio, jornal deve ser vislo como um servi90 publico. Ecomo servidor publico devera pro ceder. Mais do que informa90es econhecimentos, 0 jornat deve Iransmilir enlendimenlo. Porque e doenlendimenlo que deriva 0 poder. E em uma democracia, 0 poder e doscidadaos (2003, p. 22).

Para Bordenave (1982), enquanto os meios de comunicaC;ao de massa

procuram atingir um publico cad a vez mais amplo, as publica90es empresariais

buscam atender a uma comunidade, onde se reflete os interesses e exigemcias da

empresa.

15

Para 0 autor, e necessaria se observar que nem teda mensagem que seja de

interesse do publico pade ser objeto de publicac;:8o. Uma greve seria assunto de

interesse geral, par exemplo, mas nao e vantajoso para a empresa publicar.

Segundo Torquato, a polftica determina a politica editorial dos meies de

comunicaC;:2Io da empresa, 0 que evita a publicac;:c3o de materias escandalosas,

sensacionalistas au que venham a atrapalhar a integridade empresarial. "A

informayao empresarial nao deve causar prejuizos aDs interesses da empresa au da

coletlvidade" (1987, p 41).

Para 0 autor, a diversidade de publico que a empresa busca atingir, a

multiplicidade de meies de comunicac;:ao, a indefiniy2lo de politicas e as diversos

formatas das publica90es se tornam fatores que dificultam 0 enquadramento dos

vefculos empresarias.

Os atributos inerentes a notlcia. como ° imediatismo, a veracidade. °interesse humano, a import~ncia assumem, na empresa, significadosparticulares. Se um dos crilerios ulilizados pelas empresas jornalisticaspara delerminar 0 que e ou n~o noticia esta na politica editorial, ou seja, naorientaltBo ideo16gica das publicalt0es, 0 criterio mais valido paradelerminar 0 conceito de noticia na empresa e a propria politicaempresarial (1987. p. 41)

Para Noblat, Uo fato que provoca barulho nao e necessaria mente 0 fato

importante. Importa 0 fato destinado a produzir mudan9as nas vidas das pessoas"

(2003, p. 30).

Seguindo Torquato, os veiculos impressos sao a maior base sobre 0

jornalismo empresarial. Se subdividem em dois grupos:

Grupo 1 - estao os jornais, revistas, boietins;

Grupo 2 - relat6rios, folhetos, folders, cartas pessoais, comunicados,

instru90es, manuais de acolhimento, circulares, apostilas, etc.

16

o primeiro grupo e formado par veiculos que sao considerados como as

principais do jornalismo empresarial e, 0 segundo e farmada par uma variedade de

publica<;oes que nao assumern caracteristicas jornalisticas com objetivos diferentes.

Ternos a seguir caracteristicas do grupo 1, considerado a base da

comunicaC;f3o empresarial

Boletim: Seu produto e a neUcia, que tem um curto espa<;o entre as edi<;oes,

apresentando informa90es imediatas, que apresentam uma certa urgencia para

chegar ate seu publico-alvo. Possui urn numero pequeno de paginas, (de 4 a 8) e,

que apresenta uma menor variedade tematica. Periodicidade: semanal au quinzenal

Revista: Conteudo interpretative, com maior numero de paginas (varia entre

20 e 40) e, que tem um intervalo maior entre as edi90es. Apresenta materias de

interesse permanente, com urn maior volume tematico. Periodicidade: bimestral

Jornal: Sua periodicidade fica entre a do boletim e da revista e, a atualidade

do conteudo e medida pela periodicidade, isto e, as fatos nao devem perder a

atualidade entre duas edi90es. As materias sao interpretativas, de opiniao e

entretenimento. 0 numero de paginas varia entre 8 e 16. Periodicidade: mensal

Diante dessas possibilidades, as empresas escolhem a canal e a

periodicidade que for mais conveniente, dependendo de seu porte. UAquele que

pode desempenhar mais eficientemente as seus objetivos e jornal interno de

empresa" (id.,19B7, p. 78).

Essa explica9ao se da pelo motivo de ser urn ve[culo de periodicidade media,

a que evita desvantagens como as demais. No caso do boletim, par exemplo, as

possibilidades de oferecer materias de interesse geral sao reduzidas e, a revista

apresenta mais vantagens quanta a qualidade tecnica da impressao. Que seria

maior indice de ilustra90es com a diminui9ao de textos.

17

"Uma revista de 20 paginas apresenta volume de texto igual ao de um jornal

de 12 paginas. Sua periodicidade bimestral torna-a mais distante do publico" (id.,

19S7, p,SO),

IS

2.5 JORNAL IMPRESSO

o veiculo pode garantir 0 noticiario de urn boletim e as recurs os tecnicos e

artisticos da revista, como fotos, materias interpretativas e variedade tematica.

Quanta ao seu formato, 0 tabloide e 0 mais indicado para a facilidade no manuseio,

tendo uma medida padrao de 37 em de altura por 27 em de largura (TORQUATO,

1987).

o conteudo deve ser farmada por informaltoes sabre a empresa e

empregados, pois as materias da empresa devern interessar aos empregados e as

materias sabre as empregados devem interessar a companhia (id., 1987)

Seguindo as definic;:6es de Torquato, tem-se a seguinte media percentual para

as duas categorias gerais de informac;:ao: de 30% a 40% de mate-fias estritamente

institucionais e 60% a 70% de materias gerais, de interesse de toda a camunidade

empresarial

o jarnal de empresa, que e utilizada como facilitador de mensagens, nao

deve se sub meter a divulga9ao favoravel da empresa e 0 patrao como sendo os

melhores do mundo e, sim. assurnir 0 papel de porta-voz empresarial.

Isso nao quer dizer que ira prejudicar 0 patrao, mas facilitar 0 fluxo de

informa9aO entre todos, 0 que permite urn melhor conhecimento dos funcionarios e,

conseqOentemente, tomar melhores decisoes perante esse publico (id., 1987).

Para se descobrir 0 que e de interesse da comunidade, Torquato firma que

o comando da publicat;:ao deve elaborar uma pesquisa, por meio dequestionarios. a tim de conhecer a natureza da composh;:ao da audiencia:numero. estado civil. sexo. faixa de salarios. interesses, motivat;:6es.atitudes. niveis intelecluais. indice de especializayao. elc.(1987. p. 79)

Diante dessa pesquisa, e necessaria percorrer todas as areas da em pres a

para sentir as tendE!ncias em cada grupo. ~A conversa e a melhor maneira de captar

19

a verdade, pois conduz diretamente aos fatos, enquanto a [eitura nao apresenta

tanto as fatas quanta a que 0 escritor acredita au deseja tazer Qutros acreditarem"

(id., 1987. p. 80).

Os lei to res procuram noticias novas nos jornais e com explicayoes

competentes. "Explicar 0 mundo, contar 0 que esta par tras das noticias, relacionar

fatos, tentar a partir disso antecipar 0 que pode vir a suceder' e 0 que as jornai5

deveriam fazer diariamente" (NOBLAT, 2003, p. 112).

Segundo ele, ter muita informag2lo e diferente de ser bern informado, pois

informagao em excesso desinforma:

E aqui que en\ram os jornais Eles deveriam saber separar 0 que erelevanle do que nao e, 0 que tern consistencia daquilo que Ii! s6 barulho auespuma. E aprofundar 0 que for consistente. E dar coerencia ao queparece nao fazer sentido. Essa, pOis, e a maior vantagem competiliva dosjornais diante da televisao, do radio e da internet. E uma pena que elesfa~m pouco uso dela (2003, p. 112)

Noticias e reportagens falam de pessoas, portanlo nao devem ser abslratas.

E necessario explicar ao leitor 0 significado dos falos, 0 que tern a ver com a vida

das pessoas e projetar os possiveis desdobramentas. Isso se explica porque a

maioria das lei tares ja sabe de algumas noticias antes mesmo de abrir a jornal, seja

par meia de amigos, internet au outro veicula, mas desconhece por que aconteceu e

nao tern ideias do que podera acontecer (id., 2003).

A eficacia de uma publicac;ao interna depende tarnbem, da forma como ela e

distribuida. "todo trabalho se perde, por exemplo, quando ha falhas no sistema de

dislribui,ao" (TORQUATO, op. cit, p. 67).

o resultado e bastante favoravel se os exemplares forem mandados para a

reside!Ocia dos funcionarios, pois enquanto ele se preocuparia ern levar urn exemplar

para casa, a sua esposa ou sua filha ja esta com ele em maas. "...aqueles malucos

da Comunicaryao tiveram sucesso na tentativa de integrar a pessoa e 0 profissional,

20

a casa e 0 escrit6rio. Esse talvez seja 0 casa de maior sucesso de uma ar;ao de

Comunicar;ao Interna - falar com a pessoa e nao com 0 empregado~ (NASSAR,

2005, p. 155).

A boa comunicar;ao nao e necessaria mente formada par textos. Tudo que

puder ser informado par meio dos recurses visuais tera resultado positiv~, pais

primeiramente sao pastas a servi<;:o da informac;:ao e, em segundo, do

embelezamento do jarnal. Se urn grafico comunica melhor que 0 texto, au uma foto

conta melhor uma historia e importante utilizar esses recursos (NOBLAT, op. cit.,

2003)

Alem disso, para se constituir urn jarna1 dinamico e atraente, e necessaria

selecionar palavras, abordagens, imagens e cores. Essas angular;oes jornalisticas,

assim chamadas, diferenciam uma materia ma9ante de uma bern trabalhada. °reporter prec;sa ver algo ah§omou extra nos personagens ou fatos, como uma

pesquisa documental, descri9ao comportamental, ffsica, observar 0 clima, agita<;:ao,

sil€!ncio, luzes, cores, objetos e dimensoes fisicas, por exemplo (TORQUATO, op.

cit. 1987).

21

3 ESTUDO DE CASOS

3.1 SESCAP-PR

Sindicato patronal, criado em 1987. Originou·se da Associa<;ao Profissional das

Empresas de Servi90s Cont3beis, de Assessoramento, Perfcias, Informa90es e

Pesquisas do Estado do Parana.

Representante das empresas de servi90s contabeis e empresas de

assessoramento, pericias, informar;;oes e pesquisas.

A sede e em Curitiba, na Rua Marechal Deodoro, 500 - 10.0 e 11.0 andares e,

a representatividade e em todo 0 Parana atrav€s de escrit6rios regionais em

Cascavel, Maringa, Toledo, Umuarama e tambem Oelegacias Sindicais.

o sindicato passui jornal impressa ha rna is de dez anos. Denominado Jamal

dos Empresarios de Servi90s, e mensal, com oito paginas, no papel cuche, e passu!

o formata tabl6ide (25 em x 35 em). A distribui9aO e feita p~r mala-direta, onde sao

distribuidos 8.500 exemplares a empresarios assoeiados e representados do

SESCAP-PR, sendo lido por aproximadamente 25 mil pessoas. (Ver anexo II)

As pautas sao produzidas pel os jornalistas e diseutidas mensalmente com

representantes da entidade. As reportagens sao relaeionadas ao universo

empresarial e as a90es de representa9ao do sindieato, com materias de serviyos de

interesse do empresario de contabilidade e de outras dezenas de eategorias

representadas pelo SESCAP-PR

A programayao visual, diagrama9ao e eomereializa9ao de anuncios e de

responsabilidade de Alcion Bubniak, da empresa Visualart. Ja a prodU9aO editorial

22

(pauta, reportagem, fotografia e edi930) e de responsabilidade dos jornalistas

Adilson Faxina e Eloisa Parachen (Empresa Editora Fonte de Comunica9ao).

Segundo entrevista com as associados e as profissionais do sindicato, 0

jornal e gratificante, pois traz noticias de grande importancia, onde sao esclarecidos

diversos temas e, com issa, as leitores ficam atualizados.

No jornal sao reunidos diversos assuntos da atualidade, com issa, a facilidade

de tirar duvidas com a procura de um 56 veiculo. Com ele 0 associ ado consegue

visualizar 0 que 0 sindicato faz em beneficia deles.

A imagem que 0 jornal repassa e de um sindicato organizado, uma entidade

forte, comunicativa e, que se preocupa em iJustrar assuntos variados, como materias

sabre saude au economia para a setor, par exemplo, a que atinge tambem a publico

externo

23

3.2 RPC - REDE PARANAENSE DE COMUN[CA9AO

Empresa com 1 700 colaboradores, sendo dois jornais dlarios. oito emissoras de

TV (afilladas it Rede Globa), duas radios, um portal de Internet conforme abaixo:

Jamal Gazeta do Povo (Cuntlba), Jornal de Londrina (Londrma)

TV TV Cataratas (Foz do [gua<;u), TV Coroados (Londrlna) TV CLI[tura (Marlnga)

TV Esplanada (ponta Grossa), TV Gualraca (Guarapuava) TV Imagem (Paranavai),

TV Oeste (Cascavel). TV Paranaense (Cuntiba)

Radio: Radio 98 FM (Curitiba), G[obo FM (Curitiba)

Internet: Portal RPC· http://www.roc.com.br

Quanto a comunica9ao interna, 0 Grupo RPC possui um jornal interno,

dividido em dois momentos: jornal on line, denominado Noticias Nossas On Line,

com notas sobre os fundonarios e sobre a rela<;ao da RPC com a mercado. Ele esemanal, enviado todas as segunda·feiras.

o outro chamado Noticias Nossas, impresso, obedece ao mesmo principio,

mas traz sempre uma materia especial de capa - com duas paginas internas, e

tambem um maior aprofundamento das notas consideradas importantes que foram

publicadas no on line. (Ver anexo III)

o jornal impresso existe ha cinco anos, sendo mensal, com oito paginas

coloridas, no formato tabloide, desenvolvido no papel imprensa e distribuido em

Curitiba pela equipe do CCI (Comite de Comunica<;ao Interna) e pelo pessoal da

Guarda·Mirim para os 1.700 funcionarios de todo 0 grupo.

No interior, a distribui<;ao e feita pelos representantes do eel, cham ados de

facilitadores, que sao uma ou duas pessaas par empresa, que ocupam a fun<;ao em

mandatos de quatro meses.

24

As pautas sao definidas uma vez aD mes, onde cada integrante leva suas

sugestoes baseadas em fatDs recentes considerados importantes e/ou curiosos.

As materias sao compostas par notas com au sem fotDs, que sao distribuidas

em duas paginas chamadas quitutes; par entrevista com algum funcionario de

pagina interna; duas paginas com materias consideradas grandes, que seria sabre a

materia de capa e, tambem, as materias consideradas medias, que sao % pagina

Na linha editorial e mesclado materias/notas divertidas com informa90es serias

sabre a empresa.

A equipe do eel, composta par jornalistas da RPC de Curitiba, se reveza para

fazer as materias. Ao total sao oito pessoas, que desenvolvem outras fun90es na

empresa e trabalharn no CCI como voluntarios, sendo eles dois jornalistas da TV

Paranaense, urn da Radio 98 FM, urn do marketing, urn representante do RH, um da

area comercial/operacional e um da redac;ao da Gazeta do Povo. A assessora da

vice-presidencia, Marcia de Freitas, e a unica colaboradora fixa do CCI, onde exerce

a func;ao de editora do Noticias Nossas.

Os leitores possuem dois canais de participaC;ao no jornal: e-mail, onde

podem elogiar, dar sugestoes ou reciamar e, 0 outro canal sao os "facilitadores", urn

grupo de 28 pessoas que sao os "olhos e ouvidos" do CCI. Sao eles que mandam

informa<;oes de suas areas/empresas. Em Curitiba tem uma pessoa por

departamento e no interior uma por empresa, com um mandato de quatro rneses.

o jornal Noticias Nossas, segundo entrevista com os profissionais que

trabalham e recebem 0 veiculo, e urn grande aliado para a integra<;ao do grupo, pois

faz com que as pessoas se conhec;am melhor. Alem disso, se sentem seguros,

confortaveis e valorizados, pois sabem 0 que ocorre na empresa de forma exata,

sem ter que dar ouvido as fofocas.

25

Levantam que urn ponto negativo do jarnal, e que desprende mais curiosidade

do que interesse par informac;oes relevantes. IS50 se da porque 0 vefculo trata muito

de assuntos que estao em andamento, au que ja aconteceram, par exemplo, fala de

ac;oes e eventos somente para unificar a informag8.o aDs colaboradores.

o publico externo desperta interesse pelo jarnal, pois em toda edic;ao epublicado sabre os fecem nascidos, filhas de colaboradores, as quais comentam a

alguem da familia 0 que desperta curiosidade aDs demais. Ou entao, por exemplo, epublicada uma materia sabre jogo que teve entre a equipe, 0 que faz com que as

colegas pegam alguns exemplares a mais para guardarem como lembranga

Os colaboradores interagem com a publico externo e, a imagem que fazem do

grupo RPC, e sabre uma empresa com credibilidade, s61ida e que apresentam

grande respeito com as colaboradores.

26

3.3 SINDIJOR - SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO PARANA

Criado em 1946, 0 sindicato e urn 6rgao de representa9ao e defesa dos

interesses da classe jornalfstica. Esta localizado em Curitiba, na Rua Jose Loureiro,

211 e tern 0 intuito de lutar pela independemcia e autonomia sindical, assim como

melhorar as condi96es dos profissionais da area.

o sindicato passui urn jornal impressa desde 1991, denominado Extra Pauta.

E bimestral, com 16 paginas no formata tabl6ide em papel jornal. A distribui<;:ao e

feila aos associados e estudantes pre-sindicalizados, sendo urn total de 4.000

exemplares encaminhados pelo correia. (Ver anexo IV)

As pautas sao discutidas entre lodos as diretores, que sao nurn total de cinco

pessoas, onde apontam as assuntos rnais emergentes. As materias sao sobre 0

sindicato, FENAJ, premios, concursos, eventos, fotojornalismo, jornalismo. Tem

artigos de opiniao e tambem textos historicos.

Os leitores entrevistados, profissionais da area e estudantes de jornalismo,

confiam que 0 jornal e importante, pois possuem materias emergentes, onde

discutem a regulamentac;:ao da profissao; apresentam as frentes de mercado que se

abrem; falam tambem dos blogs. Acreditam que as "fofocas~, notas sobre os

jornalistas e locais de trabalho, e algo que todo leitor quer saber.

Os jornalistas participam das edic;:oes, mandam e~mail com sugestoes ou

reclamac;:oes, 0 que colabora com a apurac;:ao do jornal e taz com que a imagem do

sindicato seja positiva, pois demonstra a empenho do mesmo, que sempre esta em

busca de melhorias para 0 veicul0.

27

o publico externo tambem tern interesse no jarnal, pois sempre sao

divulgadas materias que tratam de assuntos rnais genericos, per exemplo, sabre a

regulamenta9ao da profissao.

28

4 CONCLUsAo

Per meio deste estudo, e comprovado que 0 jornal facilita a comunicay<3o

empresarial, 0 que atinge tanto 0 publico interno como tambem 0 publico externa,

Dessa forma, as empresarios percebem a importancia do veiculo.

Nos estudos de casa apresentados e demonstrado que 0 jornal e 0 porta-voz

da empresa, 0 que colabora para uma melhor qualidade dos funcionarios, pais estes

tem 0 conhecimento sabre a empresa e, sabem a que fazer para colaborar com 0

crescimento da mesma, incentivando seu proprio desenvolvimento profissional.

Os funcionarios conhecem melhor as setores e se sentem valorizados,

fazendo com que divulguem a empresa de forma posit iva para terceiros, 0 que ajuda

no desenvolvimento empresarial.

Os estudos de caso demonstraram os beneficios que 0 jornal traz para as

pes soas, sejam funcionarios, associ ados ou publico externo, pois estes se

relacionam em busca de atualidade, reconhecimento e valorizac;:ao.

29

5 BIBLIOGRAFIA

BORDENAVE, Juan E. Diaz. 0 que e comunicar;ao. Sao Paulo: Brasiliense, 1982

CORRADO, Frank M. A forr;a da comuniC8r;ao. Sao Paulo: Makran Books, 1994.

FREINET, Celestin. 0 jomal escolar. Lisboa, Portugal, 1974.

LOPES, Maria Immacolata Vassalo de. Pesquisa em comunicar;ao. Sao Paulo:

Loyola, 2001

NASSAR, Paulo. ComuniC8r;ao interna - a fO(r;8 das empresas. Sao Paulo:

ABERJE, 2005.

NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer urn jorna! diario. Sao Paulo: Contexto, 2003

PESSOA, Sonia. ComuniC8r;80 empresaria/, uma ferramenta estrategica. Dispon[vel

em: http://wwvv.bocc.ubi.pUpag/pessoa-sonia-comunicacao-empresarial-

estrateqica.pdf. Acesso em: 03 abril 2007.

REGO, Francisco Gaudencio Torquato do. Jomalismo empresarial. Sao Paulo:

Summus, 1987.

REGO, Francisco Gaudencio Torquato do. Comunicaqao Empresarial. Sao Paulo:

Summus, 1986.

SANTAELLA, Lucia. Comunica,iio & pesquisa. Sao Paulo: Ed. Hacker, 2001.

SOUSA, Pedro Jorge. Elementos de teoria e pesquisa da comunicaqao e dos media

Disponivel em: http://akademia .ubi. pUpag/sousa-jorge-pedro-elementos-teoria-

pesquisa-comunicacao-media:pdf. Acesso em: 02 outubro 2007.

WURMAN, Richard Saul. Ansiedade de informaqao. Sao Paulo: Cultura, 1991

http://www.utp.locai/legisiacao normas/NormasTecnicas.pdf. 201 edi<;ao. Acesso em:

03 abril 2007.

30

http://pt.wikipedia.orq/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A30#Dinamismo da Comunica

.C3.A7.C3.A3D. AceSSD em: 26 setembrD 2007.

31

6 ANEXOS

ANEXO I - QUESTIONARIO

Favor responder honestamente a todas as quest6es abaixo. Nao se deixe influenciar

pela opiniao dos outros.

Nos queremos conhecer a sua opiniao, muito obrigado!

1 - Identificaryao (opcional)

Nome:

Departamento:

Cargo:

2 - Quais as assuntos que mais Ihe agradam no jarnal, indique tn§s:

) Editorial

) Sugestoes

) Seguran,a

) Pagina Cultural

) Pagina da Mulher

) Homenagem aDs funcionarios

} Classificados

) Passatempo

) Entrevista com funcionarios

3 - Assinale as assuntos que voce acha importante sairem regularmente no jornal:

( ) Expansao da empresa

32

) Cursos da empresa

) Visitas

) Homenagens

) Funcionamento dos Departamentos

) Lanyamento de novos produtos

) Noticiario social e associativo

) Coluna feminina

) Informa<;ao cientifica e tecnol6gica

) Informa((oes culturais e artisticas

) literatura (contos, cronicas, poesias, etc)

) Problemas urbanos (habitayao, transita, saude, etc)

) Educa<;ao (informa<;oes sabre cursos, profiss6es, escolas)

) Curiosidades

) Economia

) Educa<;aa

) Grandes temas nacionais

) Espartes

) Programa<;ao de lazer

) Seguran,a

) Turismo

) Cartas aa editor (opinioes)

) Hist6ria brasileira

) Curso de Portugues

) Materias enviadas par funcionarios

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4· Na sua opiniao, existem falhas no jornal:

) Na reda,ao

) Nas itustrac;:oes

) No aspecto grafico

) Na escolha dos temas

) Nao existem falhas

5 . 0 que voce recomenda para melhorar 0 jornal:

) Maior numero de paginas

) Maior numero de materias

) Maior numero de ilustrac;:oes

) Tipos graficos maiores

) Cores

) Mudan,a de papel

) Mudanc;:a de formato

) Mudanc;:a de estilo grafico

) Maior numero de sec;:oes

6 . Justifique a resposta anterior ou acrescente outras recomendac;:oes:

7 . Alem de voce, quem mais Ie 0 jornal?

( ) Esposa/Marido

34

) Filhos

) Outros parentes

) Amigos

8 - De 1 a 10, com que nota voce avalia a jornal?

9 - Espayo reservado para sugestoes e comentarios: