¹ Acadêmico de 1 Período do curso de Direito, da Escola Superior de Negócios - ESUP, no ano de 2013.

² Prof. Ms da disciplina de Metodologia do Trabalho Científico, da Escola Superior de Negócios - ESUP.

A IMPORTANCIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS TOMADAS DE DECISÕES

(SALA DE SITUAÇÃO)

¹ADORNO, Pedro Augusto Ribeiro ²BARCO, Juliana Alexandra P. de C.

RESUMO Este aborda os problemas de Segurança Publica em Goiás, com enfoque especial em "arrastões" e assassinatos a moradores de rua em Goiânia, devido a diversos casos que vem ocorrendo. Propõe a Sala de Situação como uma possível ferramenta de melhoria, visando solucionar crimes em Goiânia com maior eficiência e eficácia, reduzindo o índice de criminalidade substancialmente com o aumento de infraestrutura com maiores investimentos em Tecnologia, tendo por base estudos de caso de modelos já implantados previamente no Brasil e no mundo. Palavras-chave: Segurança Publica. Arrastão. Sala de Situação. ABSTRACT This addresses the problems of Public Security in Goiás, with special focus on "trawlers" murders of the homeless in Goiânia, due to several cases that have occurred. Proposes the Situation Room as a possible improvement tool, aiming at solving crimes in Goiania with greater efficiency and effectiveness, reducing the crime rate substantially with increasing infrastructure with greater investments in technology, based on case studies of models already implemented previously in Brazil and worldwide. Keywords: Public Security. trawlers. Situation Room.

INTRODUCAO

Em sua formação o Brasil foi desprivilegiado de infraestrutura, uma vez que o

Império Português não reinvestia os impostos arrecadados para melhorias internas,

alem de fazer dividas em nome do Brasil. Durante seu conturbado processo de

emancipação e constituição do Brasil em quanto nação, herdou-se vultosos

problemas e dividas.

Os principais problemas eram infraestruturais devido ao crescimento

desordenado, não planejado e desenfreado das "cidades". A falta de recursos

acentuava ainda mais os problemas pois esses eram resolvidos apenas de forma

paliativa como forma de postergar a resolução dos problemas, que continuavam a

crescer de forma exponencial. Diversos eram esses problemas, dentre eles o

problema da segurança publica.

Muitos desses problemas vem se arrastando até os dias atuais a falta de

modernização e infraestrutura das cidades e dos órgãos que a protegem não

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conseguem atender a população de forma eficiente e eficaz, durante este trabalho

abordaremos apenas os relativos à segurança publica, ainda que não em sua

totalidade devido a abrangência e complexidade.

A Segurança Publica visa a garantia da ordem publica, de forma que os

direitos individuais do cidadão sejam garantidos em sua pluralidade e multiplicidade,

independente de credo, cultura, religião, cor ou opção sexual. Cabe ao estado a

manutenção da segurança publica, que a busca da manutenção da paz social

assegurando ao cidadão o direito de ir e vir, bem como a democracia.

Com o fortalecimento da economia brasileira no passar dos anos, muitos

estados importaram e desenvolveram novas tecnologias e mecanismos para

combate da criminalidade, porem este panorama não é uma realidade na maioria

dos estados e cidades do país, no que tange a Segurança Publica.

O estado de Goiás atualmente vem sofrendo com a absolecencia dos

métodos utilizados pelo poder publico, que dificulta a manutenção da Segurança

Publica. A sofisticação e articulação da delinquência, tem tornado a garantia da paz

social um grande desafio. Um grande exemplo a se destacar são os arrastões

(constituído por grupo de saqueadores), somente nos três últimos meses do ano de

2012 foram mais de sete arrastões registrados em Goiânia. Tais arrastões

acometem a população em geral, sem destinação de classes, desde arrastões em

transportes coletivos, a bares e restaurantes em regiões nobres da cidade, tornando

os padrões de busca altamente complexos e distintos.

Outro Problema que tem afligido a cidade de Goiânia são os assassinatos que

vem ocorrendo aos moradores de rua. Desde em apenas...meses já foram 20

assassinatos a moradores de rua ...de agosto de 2012 até 18/01/2013 apenas 9 dos

casos foram solucionados.

a insegurança populacional já tem ocasionado prejuízos ao comercio em Goiânia.

O intuito é analisar a eficácia da sala de situação tendo-a em vista como uma

possível ferramenta de melhoria na tomada de decisão e delineação de novos

padrões de busca e captura de marginais e delinquentes, e sobretudo dar fim aos

arrastões em Goiânia através da desarticulação das quadrilhas, bem como aos

assassinatos a moradores de rua através da investigação e captura eficiente

assassinos destas vitimas.

A sala de situação consiste em um sistema que possui uma plataforma que

disponibiliza a informação através de uma interface interativa e georeferenciada que

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possibilita a obtenção e combinação de informações organizando-as em camadas,

com interação online entre todos os participantes de forma que os dados são

armazenados e transmitidos via web, e as informações de diversos bancos de dados

podem ser acessados através de uma rede unificada que fornece a informação já

filtrada e combinada, possibilitando que o decisor e/ou o executor consiga enxergar

a mesma informação de varias perspectivas distintas e assim vislumbrar respostas e

ações mais consistentes, precisas e eficientes. Outra vantagem da sala de situação

é a praticidade, pois é interativa (fácil de usar) e móvel (acessível).

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1 ORIGEM DOS PROBLEMAS No Brasil a maioria das cidades que surgiram durante o seu processo de

colonização eram apenas com a finalidade puramente exploratória, inicialmente por

Portugal e pela Espanha, mas após um certo tempo foi sendo povoada por diversos

outros povos vinham como escravos ou em busca de minérios, de Pau-Brasil e de

açúcar.

Portugal, que era responsável pela arrecadação de impostos porem não os

reinvestia no país, tornando a situação estrutural ainda mais critica e precária. As

"cidades" continuavam a crescer desordenadas, e cada vez mais o êxodo rural

aumentava a necessidade de infraestrutura das "cidades". Em 7 de setembro de

1822 o Brasil foi declarado independente, porem ainda sofria fortes influencias do

império Português. Em 25 de março de 1824 uma conturbada elaboração da

primeira constituição do Brasil foi escrita pelo arquivista das bibliotecas reais, o Sr.

Luís Joaquim dos Santos Marrocos, após algumas discussões a portas fechadas.

A proclamação da república no Brasil ocorreu em em 15 de novembro de

1889, porem apenas em houve a promulgacao da nova constituicao em 24 de

fevereiro de 1891 (inspirada na constituição dos Estados Unidos da América), que

descentralizava os poderes em apenas três independentes entre si, o Executivo, o

Legislativo e o Judiciário, abolindo Poder Moderador, que representava um símbolo

da monarquia, alem da separação entre a igreja e o Estado e extinguiam-se os foros

de nobreza, bem como os brasões particulares, não se reconhecendo privilégio

aristocrático, alguns dando tambem grande autonomia aos municípios e às antigas

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províncias, que passaram a ser denominadas "estados". Os membros dos poderes

Legislativo, o Executivo e o Presidente da republica seriam eleitos pelo voto

popular direto, uma vez que o presidencialismo foi adotado como novo regime,

caracterizando-os como representantes dos cidadãos na vida política nacional.

A partir de então começou-se um novo processo para estruturação de um

país para cidadãos, e não apenas para exploradores. Porem o Brasil havia adquirido

uma divida feita pelo Império Português e alem disso possuía diversos problemas

estruturais para solucionar, uma vez que os "estados" já eram muito populosos e

careciam de grande de infraestrutura, devido a falta de reinvestimento dos impostos

arrecadados pela coroa portuguesa para melhorias no Brasil.

Ao longo dos anos esses problemas foram se agravando e as cidades como

conhecemos atualmente foram crescendo de forma desordenada e não planejada,

potencializando e acentuando assim os problemas que já possuía, dentre eles se

destacam a segurança publica, a saúde, a educação, os transportes, o saneamento

básico e coleta de lixo, a comunicação e tecnologia, dente outros.

Durante este trabalho abordaremos apenas nos problemas referentes a

segurança publica, ainda que não em sua totalidade, devido à sua multiplicidade,

abrangência e complexidade.

2 SEGURANÇA PUBLICA

Segurança Publica é a expressão usada para designar todas as pessoas,

sejam elas físicas ou jurídicas, publicas ou privadas que visam assegurar a ordem

publica. A segurança pública implica que os cidadãos de uma mesma região possam

conviver harmonicamente e cada um respeita os direitos individuais do outro. O

Estado é o responsavel por assegurar que a segurança pública seja garantida e que

nao haja alterações da ordem social, tendo assim o dever de proteger a integridade

física dos cidadãos e dos seus bens, garantindo que os cidadaos possam conviver,

trabalhar, produzir e se divertir, protegendo-os dos riscos a que estão expostos,

assegurando o direito de ir e vir e a democracia Filho (2007)

Segundo o Professor De Plácido e Silva: Segurança: derivado de segurar, exprime, gramaticalmente, a ação e efeito de tornar seguro, ou de assegurar e garantir alguma coisa. Assim, segurança indica o sentido de tornar a coisa livre de perigos, de incertezas. Tem o mesmo sentido de seguridade que é a qualidade, a condição de estar seguro, livre de perigos e riscos, de estar afastado de danos ou

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prejuízos eventuais. E Segurança Pública? É o afastamento, por meio de organizações próprias, de todo perigo ou de todo mal que possa afetar a ordem pública, em prejuízo da vida, da liberdade ou dos direitos de propriedade de cada cidadão. A segurança pública, assim, limita a liberdade individual, estabelecendo que a liberdade de cada cidadão, mesmo em fazer aquilo que a lei não lhe veda, não pode turbar a liberdade assegurada aos demais, ofendendo-a. (SILVA, apud. SANTOS FILHO, 2007).

A segurança publica visa garantir a ordem publica. De acordo com Marcus

Cláudio Acquaviva-(ACQUAVIVA, 2000, p. 1184), a ordem publica, "é a própria

paz social, situação de convivência pacífica, por meio da coibição das infrações

às normas jurídicas e, nas ocorrências destas, sua composição mediante

um processo legal '' previamente estabelecido, ou seja, é a uma sociedade

regimentada por normas que visam garantir a paz social, buscando ser justa e

imparcial, punindo todos os que transgridem as leis e assegura o pleno exercício da

cidadania.

A questão da segurança pública tem ganhado maior visibilidade nas ultimas

décadas devido ao aumento das taxas de criminalidade, e consequentemente da

sensação de insegurança, sobretudo nos grandes centros urbanos aonde há maior

degradação do espaço público e uma grande ineficiência preventiva de nossas

instituições, bem como superpopulação nos presídios, ocasionando rebeliões e

fugas.

Outros problemas também estão relacionados à eficiência da investigação

criminal e das perícias policiais, a morosidade judicial, as poucas condições de

internação de jovens em conflito com a lei, bem como a corrupção que causa um

aumento dos custos operacionais, e coopera com a marginalização do sistema.

Em uma pesquisa divulgada pelo CNI-IBOPE em outubro de 2011 aponta que

51% da população Brasileira considera a segurança publica no país "ruim" ou

"péssima", e destaca que atribuem tal fato à ma formação dos policiais e a baixa

remuneração. A pesquisa também destaca um aumento na insegurança

populacional, aponta que cerca de 80% dos entrevistados sofreram indiretamente

com a violência e mudaram seus hábitos, e a maioria dos entrevistados concorda

que a certeza da impunidade é uma das principais razões para o aumento da

criminalidade e apoia uma política de tolerância zero e penas mais rigorosas. De

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acordo com a pesquisa, os Brasileiros destacam a segurança publica como o

segundo maior problema enfrentado no país, perdendo apenas para a saúde.

O problema da segurança publica é muito complexo pois sofre interferência

de vários fatores sociais, como por exemplo o uso de drogas licitas e ilícitas, o grau

de instrução populacional (educação), o índice de desemprego, a infraestrutura das

cidades e política criminal, os benefícios (programas sociais e socioeducativos), a

legislação, os órgãos fiscalizadores e punidores, os menores marginalizados

"penalmente não imputáveis", a falta de infra estrutura carcerária, a corrupção (que

muitas vezes causa um retrabalho e ineficiência da lei, entre outros diversos fatores.

Os índices de violência e criminalidade vêm se alterando em todos os municípios brasileiros, em especial nas capitais, que demonstram uma forte tendência ao crescimento. Os principais fatores de risco são o álcool e as drogas ilícitas. No mundo, conforme relatório da Organização Mundial de Saúde de 2008, 82 países são produtores de drogas ilícitas. A área total de cultivo de cocaína diminuiu 8% no mundo. Somente no ano de 2009, estima-se que o mercado de drogas movimentou em torno de 300 bilhões de dólares. O Brasil é o segundo país em importação de cocaína na América do Sul e um dos principais em trânsito de drogas oriundas da Colômbia, Peru e Bolívia. Parte dos homicídios registrados no Brasil, 50 mil a cada ano, tem como causa a cadeia das drogas. Desse total de homicídios registrados, 74,4% são praticados com arma de fogo e 39,7% das mortes por assassinato são de jovens entre 16 e 24 anos. Para se ter uma idéia, o custo estimado da violência no Brasil é de aproximadamente 300 milhões de reais por dia, recursos que, em tese, poderiam ser aplicados em outras políticas sociais. A bebedeira resulta em diversos crimes, destacando-se os homicídios. Em 2009, do total dos homicídios cometidos, 18% têm como fator de causa a bebedeira. A maior parte da violência praticada contra mulher tem a mesma causa. Nesse mesmo ano, do total de lesões corporais registradas, 58% foram contra a mulher.( VIANA ;MESSIAS 2 0 1 0)

Dentre eles, um fator que afeta diretamente o índice de criminalidade é a

desigualdade social. Segundo uma pesquisa divulgada em 6 de outubro de 2011

pela Organização das Nações Unidas (ONU), " Os países com grandes disparidades

nos níveis de renda estão quatro vezes mais sujeitos a serem atingidos por crimes

violentos do que em sociedades mais equitativas", porem destaca que o crescimento

econômico ajuda a evitar crimes violentos, como mostram os dados dos últimos 15

anos na América do Sul.

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Em números absolutos, o Brasil registrou a maior quantidade de homicídios do mundo: foram 43.909 vítimas em 2009, e homens jovens têm mais probabilidades de possuir armas e participar de crime de rua, de guerras de gangues e cometer crimes relacionados com as drogas. Nas cidades são cometidos três vezes mais homicídios do que em zonas menos povoadas. Em nível mundial, 80% das vítimas e dos autores de homicídios são homens . Em 2010, 42% dos homicídios foram cometidos por armas de fogo sendo 74% deles cometidos nas Américas. (ONU, 2011)

De acordo com Wiesel em sua publicação do "mapa da violência de 2012", só

em 2010, 8.686 crianças e adolescentes foram assassinadas, ou seja, 24 cada dia.

Muitos destes jovens são introduzidos nas facções de crimes organizados e trafico

de drogas desde a infância, devido ao abrandamento legislativo que concede ao

menor de idade privilégios punitivos, abrandando as penas para os crimes

cometidos.

A demora para julgamento também é outro fator que interfere negativamente,

pois confere aos criminosos o direito de permanecer em liberdade enquanto

deveriam estar sendo sólidos de tal direito, e muitas vezes os crimes são prescritos

por falta de julgamento a tempo hábil, expondo a população ao risco.

[...] a legitimação do não respeito às leis por eles vinha não do seu desconhecimento ou de simpatia pessoal pelos métodos adotados, mas sim da noção de que essa era a única forma de fazer funcionar um sistema de controle social, haja vista as deficiências do sistema jurídico do pais. ( NEVES; RIQUE E FREITAS, 2002, p.155).

A falta de informação organizada e acessível, e da alta burocracia processual

(causa uma disfunção da burocracia proposta por Weber) inviabiliza muitas vezes a

captura e a localização de marginais ( lentidão nos processos), a identificação de

gargalos e pontos críticos, a delineação de estratégias de busca, e o mapeamento

de prioridades. A tecnologia arcaica e ultrapassada disponibilizada aos policiais, não

os possibilita uma busca eficiente e ordenada.

Em um artigo publicado no jornal Diário da Manha por Danyla Martins

(29/12/12), o deputado federal João Campos afirma que um dos principais motivos

para o aumento da violência no estado de Goiás é a ausência de investimentos na

área de Segurança Pública. 'Os efetivos que nós temos está muito aquém, de forma

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que não dá nem para mensurar. Ora, você não faz segurança pública só com

homens, mas também com espaços físicos, tecnologias, logísticas, armamentos'.

No final do ano de 2012, Goiânia, capital de Goiás, registrou diversos

arrastões. De acordo com o Dicionário Informal, arrastão pode ser definido como

uma " ação orquestrada de vários indivíduos, geralmente vândalos, para saquear e

roubar". Tais arrastões tem ocorrido principalmente no horário noturno, em diversos

bares e ônibus da capital, deixando a população aterrorizada, e causando prejuízos

e enfraquecimento do comercio.

Segundo o G1, site de noticias da emissora Rede Globo de Televisão, em

noticia atualizada em 05/11/2012, 7 arrastões já haviam ocorrido em bairros nobres

da cidade, apenas em um deles mais de 50 pessoas foram vitimadas. Mas a onda

de arrastões não para por ai, em outra reportagem do mesmo site atualizada em

09/11/12 relata diversos arrastões a transportes coletivos, que diferente dos que

ocorreram em bares e restaurantes, atua com um numero maior de criminosos

chegando a até 30 participantes.

Os assaltos acontecem principalmente à noite e a forma de atuar é sempre a mesma. Os jovens, armados com revólveres, facas e até pedaços de madeira, espalham o terror entre os passageiros. Em poucos minutos, entram no veículo, rendem o motorista e espalham pânico entre os passageiros. Levam bolsas, dinheiro, celular e demais objetos de valor. Os ônibus não têm câmeras de segurança e, durante os arrastões, os motoristas são obrigados a seguir viagem com as portas abertas, em ritmo muito lento. Mesmo assim, a polícia não tem conseguido surpreender os bandidos. Um motorista, que preferiu não ser identificado, conta que os arrastões se tornaram rotina. Em uma única semana, o ônibus que ele dirige, em linhas do dos terminais Cruzeiro e Bandeiras, foi invadido três vezes.Eles batem, batem muito. Não perdoam nem crianças. Eles saem chutando a criança no corredor, a mãe entra no meio para proteger e apanha também. Batem nos idosos. Velho de 70 anos apanhando na cara porque não tem dinheiro. Mulher grávida desmaiando e eles não estão nem aí, relata. (TROJANOWICZ, 1999).

Segundo a Secretaria de Segurança Publica de Goiás, de agosto a dezembro

ano de 2012 foram registradas quinze mortes de moradores de rua na Grande

Goiânia. Passados apenas dezoito dias do ano de 2013 mais cinco mortes foram

registradas, totalizando vinte moradores de rua assassinados na Grande Goiânia em

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menos de cinco meses, sendo dezenove em Goiânia e um em Aparecida de

Goiânia. Nove destes assassinatos ainda não foram descobertos pela policia.

Segundo a Delegada titular Adriana Ribeiro da Delegacia Estadual de

Investigação de Homicídios de Goiânia as mortes são de diversas causas e

autores, em sua maioria há relação com o trafico de drogas e entorpecentes,

houveram mortes a tiros, facadas, pedradas e até pauladas, ao menos seis vitimas

dormiam quando foram atingidas.

Segundo o Delegado de Homicídios Alexandre Bruno Barros há suspeitas de

envolvimento de policiais em algumas mortes, mas a policia descarta formação de

grupos de extermínio na capital.

Em dois casos gravações de câmeras de lojas comerciais registraram o

momento do assassinato destes moradores de rua, porem os suspeito de ter

cometido os crimes ainda não foi localizado. Segundo reportagem da Folha de São

Paulo apenas no mês de novembro foram seis assassinatos, sendo quatro deles

com intervalo de três dias. Em reportagem Publicada pela TV anhanguera (oral)

alguns moradores de rua dormem em bueiros em busca de proteção.

Como podemos destacar, a estrutura que ampara a policia no estado de

Goiás é precária, e não possui a tecnologia necessária para amparar o cidadão de

forma a garantir uma segurança eficiente. O grande problema é que o

monitoramento preventivo não vem ocorrendo de forma satisfatória, devido a

reduzida capacidade informacional bem como a capacidade de abstração de dados

relevantes à captura de marginais, e produção de provas concretas para

condenações limitada pelos aparatos tecnológicos. (Ex. Boletim de Ocorrência

eletrônico, estatísticas georeferenciadas refletindo a situação real, pericias laudadas

em sistema unificado (facilitando obtenções de padrões criminais bem como de

busca), organização processual e burocrática mais pratica e eficiente, sistema de

despacho, entre outros).

Goiânia possui um sistema de monitoramento, contando com 33 câmeras de

segurança no total, porem apesar da eficácia das câmeras nos pontos que estão

instaladas, ainda são insuficientes. Porem ,ainda que fossem suficientes, o fato de

não haver uma comunicação integrada entre todos os órgãos repensáveis pela

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manutenção da segurança publica e o repasse simultâneo e organizado de novas

ocorrências a todos os profissionais presentes em campo reduz substancialmente a

capacidade de busca, operação e da definição de padrões de busca satisfatórios e

eficientes por parte da policia.

Em reportagem do jornal O Popular, matéria publicada em 07/05/2011, com a

proximidade do fim do contrato da empresa que fazia o monitoramento por câmeras

de vídeo na Avenida Bernardo Sayão em Goiânia na época havia informado que não

tinha interesse em continuar a prestar o serviço. De acordo com a Polícia Militar

(PM), nos lugares onde o sistema de vigilância eletrônica estava implantado houve

redução de cerca de 90% nos crimes. O monitoramento eletrônico começou em

dezembro de 2002 com 16 câmeras na avenida.

Segundo o superintendente de Administração e Finanças da SSP, coronel

Sérgio Mendes confirmou que acordo com a empresa estava realmente próximo ao

fim. "Estamos trabalhando para não deixar a região sem o serviço, que nos ajuda

muito no policiamento", afirmou o militar. Na época funcionavam 37 câmeras

espalhadas pelas principais avenidas comerciais da cidade e a Secretaria de

Segurança Publica (SSP) prometia ampliar a cobertura do monitoramento para 250

câmeras.

Em Reportagem feita pela TV anhanguera em 16/01/2013( CONHECIMENTO

ORAL) mais de 20 meses após, informa ameaça de paralisação do serviço de

monitoramento por câmeras que vem sendo efetuado na cidade de Goiânia, que

ainda permanece com as mesmas 37 câmeras, devido a falta de pagamento à

empresa que fornece o serviço, sendo a divida do estado para com a mesma de um

milhão cento e dezoito mil reais (segundo o representante da empresa que fornece o

serviço são referentes a 22 meses de atraso). Ou seja, as promessas de melhoria

não ocorreram, apenas ameaçam regressão, o fato é que a segurança publica em

Goiás, sobre tudo em sua capital, carecem de maiores investimentos para que uma

repressão ao crime seja de fato efetiva.

3 TECNOLOGIA E SEGURANÇA PUBLICA

Segundo (OLIVEIRA, 2002, p. 50) "os dados são essenciais para que um

administrador possa tomar decisões," os dados nunca são insuficientes ou

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abundantes de forma absoluta, porem muitas vezes possui-se uma grande

quantidade de dados dispensáveis e uma escassez de dados relevantes.

De acordo com (OLIVEIRA, 2002, p. 52.) para que o administrador consiga

tomar uma decisão garantindo a eficiência do processo decisório é necessário que

haja uma filtragem dos dados para que a partir dai o gestor consiga inteligir por de

trás dos dados brutos o fato ou situação que buscava, obtendo assim o que

chamamos de informação.

A partir do tratamento dos dados e a obtenção das informações, pode-se

tomar decisões que por sua vez resultarão em ações em busca de resultados, esses

que devem ser constantemente controlados e avaliados para corrigir eventuais

falhas no processo, constituindo assim um sistema de informações gerenciais.

Segundo (OLIVEIRA, 2002, p.51.) "Sistema de informações é o processo de

transformação de dados em informações''. E, quando esse processo esta voltado

para a geração de informações que são necessárias e utilizadas no processo

decisório da empresa, diz se que esse é um Sistema de Informações Gerenciais, ou

(SIG).

A função básica dos sistemas de informação em geral é auxiliar na tomada de

decisões, mas quais fatores influenciam neste processo decisório? segundo (

LAUDON, 2005 p.304) Existem três tipos de decisões: As decisões não

estruturadas, que são decisões tomadas a partir do bom senso e capacidade

avaliação na definição do problema. Não existem procedimentos predefinidos para

tomar a decisão. As decisões estruturadas, que são decisões rotineiras na qual já

se possui uma metodologia para apoio a decisão. E por fim, as decisões

semiestruturadas, "na qual apenas parte do problema possui uma resposta clara e

precisa dada por um procedimento aceito".

A partir da compreensão dos tipos de decisões que podem ser tomadas

podemos delinear estágios do processo de decisão e as ferramentas mais

apropriadas para auxiliar nas tomadas de decisão. Para ( LAUDON, 2005 p. 305) o

processo decisório passa por quatro etapas: Inteligência, que consiste em descobrir

o problema, o motivo causador, aonde ele esta localizado, os efeitos que ele pode

gerar e quem sofrera os reflexos de tal efeito. A segunda etapa é a concepção do

problema, ou seja, identificar possíveis soluções. A terceira etapa é a de seleção,

neste momento do processo seleciona-se a melhor alternativa de decisão. A quarta

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etapa é a Implementação que consiste em colocar a alternativa escolhida para

funcionar, e monitorar para que possa aperfeiçoar ou mudar de alternativa.

Os Sistemas de Informação Gerencial (SIG) abordam primordialmente

problemas estruturados, ou seja, fornecem relatórios que para embasamento em

tomadas de decisão que já possuem moldes predefinidos para resposta. Porem

existem outros tipos de sistemas que auxiliam na tomada de decisão de para

problemas semiestruturados e não estruturados são eles os Sistemas de Apoio a

Decisão (SAD), no qual os gestores dispõem de informações que os ajudem a

chegar a uma resposta de uma problemática nova ou especifica, bem como delinear

caminhos novos a partir da inteligência do problema e sua concepção.

Os Sistemas de Apoio a Decisão (SAD), são alimentados por um banco de

dados que a partir de dados correntes ou históricos, fazem uma mineração ou

filtragem e combinação dos dados baseados em modelos matemáticos e analíticos e

os disponibiliza ao usuário através de uma interface interativa e fácil de usar,

servindo assim como uma importante ferramenta na tomada de decisões, pois

permite uma analise rápida e precisa da informação que se faz necessária, e sua

disponibilização rica em recursos gráficos, descartando assim as que não possuem

prioridade imediata para analise ou que se tornam irrelevantes no contexto.

Muitos dos SAD possuem interfaces Web que possibilitam maior

conectividade, controle e gerenciamento, alem de uma maior troca de informações

entre o decisório e os executores envolvidos no processo, alem de um sistema de

informações geográficas que permite a analise delimitada no tempo e no espaço,

possibilitando reunir, manipular, armazenar e contrapor informações

geograficamente, permitindo uma previsão de cenários, e tornando assim o SAD

uma ferramenta altamente eficiente.

Mas muitas vezes uma decisão tomada ira refletir sobre diversas áreas e

setores, que terão que se adaptar e se ajustar para assegurar que a decisão tomada

seja executada. Porem muitas vezes as decisões tomadas são falhas, e permitem

brechas, exigindo que medidas corretivas devam ser tomadas a medida que o

processo esta em execução, devido a falta de analise previa de variáveis

inesperadas ou especificas que se fizeram importantes.

De acordo com Mintzberg et al (1976) uma tomada de decisão segue etapas.

A primeira etapa é a identificação na qual o decisor reconhece e diagnostica o

problema. A segunda etapa é o desenvolvimento, nesta fase o decisor propõe uma

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solução, seja ela previamente testada ou inédita. A terceira fase é a de seleção,

nesta faz-se o julgamento, negociação e barganha visando consenso. Dentro deste

processo estão inseridas três variáveis fundamentais, a comunicação, a política

(propriedade, autoridade e embasamento para argumentação), e o controle da

decisão (acompanhamento dos resultados).

Tendo em vista a minimização da necessidade de adoção de mediadas

corretivas, e a otimização das assertivas no processo decisório, algumas decisões

(não especificas) devem ser tomadas em grupo, afim de que todos analisem os

impactos e possíveis aspectos do problema, não apenas de forma generalista mas

também de forma especifica.

Um grupo é um conjunto de pessoas movidas por necessidades semelhantes, se reúnem em torno de uma tarefa específica. Num cumprimento de desenvolvimento das tarefas, deixam de ser um amontoado de indivíduos, para cada um assumir-se enquanto participante de um grupo com objetivo mútuo. Isto significa também que cada participante exercitou sua fala, sua opinião, seu silêncio, defendendo seus pontos de vista. Portanto, descobrindo que, mesmo tendo um objetivo mútuo, cada participante é diferente. Tem sua identidade, cada indivíduo vai introduzindo o outro dentro de si. Isto significa que cada pessoa, quando longe da presença do outro, pode “chamá-lo” em pensamento, a cada um deles e a todos em conjunto. Este fato assinala o início da construção em grupo enquanto comportamento de indivíduos diferenciados.( PICHON-RIVIÈRE, 2000, p. 234)

Pensando em facilitar o processo decisório em grupo (reunido no mesmo local

ou não), foram criados os Sistemas de Apoio a Decisão em Grupo (SADG), que faz

uso de ferramentas de videoconferência transmitidas via Web, alem de um software

especial para a coleta, documentação e edição das ideias apresentadas durante as

reuniões, facilitando assim a comunicação e a analise especifica do ponto de vista

de especialistas em diversas áreas, e combinando-as, facilitando a tomada de

decisão da equipe de uma forma mais consistente e menos falha, devido a pró-

análise de prós e contras referentes a decisão tomada, tendo em vista as possíveis

soluções apresentadas e a viabilidade momentânea. Permitindo que os participantes

permaneçam anônimos se desejarem, evitando repressões de ideias.

Alguns SADG possuem um mediador que ajuda a organizar e conduzir a

reunião, tendo em vista que as informações são disponibilizadas simultaneamente

por cada um dos participantes, e observada em diversos aspectos e interesses, e é

este mediador quem vai definir prioridades com base no objetivo da reunião. Os

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SADG possuem uma matriz que recebe, processa e disponibiliza todas as

informações, resultados e decisões tomadas aos agentes decisões, e posteriormente

aos agentes executores.

Alguns SADG possuem ferramentas de Inteligência Artificial (IA) que segundo

(LAUDON; LAUDON, 2005), tentam simular o comportamento e os padrões de

pensamento humano baseados em casos, lógica difusa, agentes inteligentes,

algoritmos genéticos, e redes neurais, tornando a analise mais consistente e

embasada e precisa.

A Sala de situação é o local seja ele virtual ou físico que promove a interação

entre os participantes do processo decisório uns com os outros, e a interação entre

os participantes e a informação. Faz uso de bancos de dados distintos e remotos em

uma plataforma que unifica-os (convergindo as informações dispersas para a matriz

do sistema) e disponibiliza através de uma interface gráfica interativa,

georeferenciada, e completamente on-line ( ou seja, acessível de qualquer aparelho

que possua conexão com a internet) dando os o suporte necessário aos decisões. A

sala de situação faz uso Sistemas de Apoio a Decisão em Grupo (SADG), Sistemas

de Apoio a Decisão (SAD) e Sistemas de Informação Gerencial (SIG), unificando-os,

combinando-os e organizando-os de forma a tornar um sistema altamente pratico.

A sala de situação possibilita que o decisor e/ou o executor consiga

enxergar a mesma informação de varias perspectivas distintas (generalista ou

especifista) e assim vislumbrar respostas e ações mais consistentes. O sistema de

monitoramento com câmeras de altíssima resolução unidas a softwares que

possuem sistema de reconhecimento facial bem como a leitura de placa dos carros

que circulam pela cidade tem o objetivo de reduzir o roubo e furto de veículos bom

como a recuperação dos mesmos, e capturar delinquentes foragidos e procurados,

tendo o sistema um dispositivo de alerta diretamente ligado a sala de situação

avisando-a quando algo suspeito é encontrado. Outra vantagem da sala de situação

é a praticidade, pois é interativa (fácil de usar) e móvel (acessível).

Outro sistema presente na sala de situação altamente importante é o sistema

de despacho. Consiste em um difundi dor de informações inteligente que tem como

principal função direcionar aos órgãos e viaturas certas a ocorrências, visando

redução dos custos de operação e tempo para atendimento aos chamados.

15

Com a conexão 3G (internet), todo o trabalho exigido a campo pode ser feito no local da ocorrência sem perda de tempo ou retrabalho. Desde o preenchimento do boletim de ocorrência até as consultas a dados individuais, como foto, mandados de prisões e a veículos roubados ou furtados, tudo pode ser feito com muita agilidade, chegando a reduzir, em alguns casos, até 60% do tempo de atendimento. (PICHON; REVIÉRE,1998)

Após a tomada de decisão, dá inicio às fases de implantação e execução,

que podem ser simultânea à decisão ou não. Sendo assim a Sala de Situação

também permite o monitoramento e controle da eficácia da decisão tomada por

todos os decisórios e algumas vezes executores e stakeholders do processo.

No Brasil a maioria das salas de situação surge a partir da necessidade de

monitoramento, que apesar de possuir grande eficácia na repetição aos crimes não

é tão eficiente se utilizado de forma isolada, pois proporciona maior margem para

operações desconexas e informações difusas e destorcidas, causando prejuízos em

organização de tempo e de pessoal.

Porem algumas regiões tem começado a modificar este panorama através da

implantação e integração de sistemas em salas de situação, que apesar de não

explorarem a tecnologia por completo, tem caminhado em direção aas novas

tendências no que tange a Segurança Publica.

Figura 01- Exemplo

fonte : http://odia.ig.com.br/portal/rio/vigil

16

Em matéria publicada pelo jornal "Foco Regional " em 11 de junho de 2012, a

prefeitura de Volta Redonda divulgou números com base em levantamento realizado

a pelo ISP (Instituto de Segurança Pública) que afirma que a sala de situação

conhecida como Centro Integrado de Informações de Segurança Pública (CIOSP)

ajudou a reduzir a criminalidade. Em apenas dois anos após a implantação houve

uma diminuição de 66,66% do roubo a residências, 63,15% roubo de veículos,

55,74% contra pedestres , e de 48,03% das ocorrências de roubo a

estabelecimentos comerciais. o número de homicídios dolosos ( quando há intenção

de matar ) também caiu 46,15% e as tentativas de homicídio tiveram queda de

21,05%.

Além disso de acordo com Arlindo Novais ( 05/09/2012) editor do diário no

vale houve um aumento na produção policial, com o aumento de 33% nas prisões,

46,5% nos números de apreensões de crianças/adolescentes e 42,9% no

cumprimento de mandados de prisão.

O major Rodrigo Ibiapina, coordenador do CIOSP de Volta Redonda (RJ)

explica como funciona o sistema, de acordo com ele:

Quando uma pessoa liga para o CIOSP, a atendente recebe os dados e os passa imediatamente para a área de operação. A partir daí é acionado o órgão mais apropriado para fazer o atendimento. Num telão, além do monitoramento da cidade pelas câmeras, os operadores dispõem de informações em tempo real sobre a localização das viaturas da Polícia Militar e da Guarda Municipal, que são monitoradas via satélite. Pelo telão, o CIOSP sabe as operações que estão em andamento e as que já foram concluídas. O órgão recebe entre três mil e quatro mil ligações semanais.

A implantação do CIOSP possibilitou até mesmo o aumento da produtividade dos Bombeiros e da Central de Ambulâncias. Antes, era comum ambulâncias das duas instituições saírem para atender uma mesma ocorrência, sendo que apenas uma daria conta da situação. Agora, elas só saem para o mesmo evento dependendo da gravidade da situação.( ARENDT,1994, p. 68).

Tabela 01- Dados das ocorrências em Volta Redonda

17

Fonte: http://www.focoregional.com.br/v2/page/impnoticiasdtl.asp

Podemos citar também o caso do estado de Minas Gerais que implementou o

(IGESP) Integração da Gestão em Segurança Pública, um modelo de sala de

situação, a primeira sala implantada foi no ano de 2003. De acordo com a

Assessoria de Imprensa da (SEDS) Secretaria de Defesa Social em nota publicada

pela Policia Militar de Minas Gerais em 04/12/12 a adoção da nova metodologia foi

um dos fatores responsáveis pela redução de quase 50% dos índices de

criminalidade no Estado e que apenas os equipamentos de videomonitoramento já

se reduzem de 30% a 40% dos roubos nas áreas onde é instalado .Afirma também

que há constatação de que após implantação do sistema na Região Metropolitana

de Belo Horizonte, houve redução de 25% dos crimes violentos, em média, de maio

a dezembro de 2012.

No estado do Mato Grosso, de acordo com SEJUSP (Secretaria Estadual de

Justiça e Segurança Publica)-14 /02/2007 em uma pesquisa realizada pelo tenente

coronel Clarindo Alves Castro, autor do Projeto de Vigilância Eletrônica

Monitorada(VEM) do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública

(CIOSP), houve redução de aproximadamente 37% dos casos de crimes ocorridos

com mais frequência no centro de Cuiabá (MT) com a implantação das câmeras em

apenas um ano de funcionamento.

18

Figura 02- Exemplo

Fonte: http://g1.globo.com/globo-news/cidades-e-solucoes/platb/2011/03/09

A cidade do Rio de Janeiro também ganhou uma sala de situação, nomeada

como Centro de Operações da Prefeitura do Rio de acordo com Marina Saraiva

(09/03/11), redatora da Globo News de jornalismo, destaca-se como uma das mais

modernas do mundo, concentra mais de 30 órgãos públicos e concessionárias,

responsáveis por prestar diversos tipos de serviço como por exemplo água, luz, gás,

coleta de lixo, transporte público, Defesa Civil, meteorologia,dentre outros.

Figura 03- Exemplo

19

Fonte: http://g1.globo.com/globo-news/cidades

A sala de situação é um sistema muito utilizado já a mais de 40 anos pela

Intergraph nos Estados Unidos, porem é um sistema novo no Brasil. A Sisgraph

representante da Intergraph no Brasil e é uma das pioneiras a abrirem as portas

para esta tecnologia no país contando com mais de 200 clientes em 20 países,

protegendo mais de 500 milhões de pessoas, e possui tratamento de imagens de

vídeo-monitoramento com tecnologia da NASA.

Porem atualmente Compete com diversos concorrentes locais como por

exemplo a CompNet dona do (SIGO) Sistema Integrado de Gestão Operacional e

fornecedora do sistema para os CIOSP do Acre e do Maranhão, a empresa Intelletto

e diversas outras empresas que ingressaram neste mercado altamente promissor no

Brasil, que possui vasto território e pouca infraestrutura tecnológica.

Figura 04- Exemplo

Fonte: http://g1.globo.com/globo-news/cidades

A população em geral tem notado a diminuição da criminalidade aonde a sala

de situação é implantada, no Acre por exemplo, em Pesquisa publica feita com 1974

pessoas, realizada e divulgada pela secretaria de seguranca publica do acre, para

20

68,38% dos entrevistados houve melhoria do atendimento das ocorrencias pelo

CIOSP.

Podemos destacar a sala de situação como uma ferramenta altamente

importante para o aumento da eficiência da policia, delineando padrões de busca

mais consistentes e embasados bem como melhor monitoramento do trabalho que

vem sido executado, produzindo estatísticas mais realistas, concretas e rápidas (por

serem alimentadas pelos agentes de campo através de dispositivos moveis

portáteis, traduzindo a real situação do momento), visando uma melhoria significativa

na segurança publica, e redução no índice de criminalidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No Brasil sala de situação ainda é uma realidade de poucos estados e

cidades, e ainda há muito a se explorar e implantar para que o sistema possa

proporcionar todos os benefícios que é capaz, porem para que isso ocorra, o estado

necessita de maior investimento em novas tecnologias.

Goiânia conta apenas com um sistema de vigilância (monitoramento com 37

câmeras), que não tem sido suficiente para reprimir a violência na cidade, uma vez

que estes equipamentos são insuficientes para uma cobertura mais abrangente da

cidade e os sistemas são difusos e desconexos, gerando assim uma certa

ingerência informacional e logística, que reflete na eficiência dos processos e muitas

vezes aumenta os custos de operação e causam desperdício de tempo e ma

alocação dos profissionais em campo, aumentando ainda a insegurança

populacional.

Pode-se perceber que apesar do reconhecimento da importância dos

equipamentos e novas tecnologias para o combate do crime e trafico de drogas em

Goiânia, as promessas de melhoria e de investimentos são sempre postergadas, e o

crescimento da cidade vem dificultando cada vez mais a manutenção da segurança,

aumentando a exposição dos cidadãos ao risco.

Os arrastões em Goiânia poderiam ser reprimidos de forma muito mais

eficiente se a policia possuísse ferramentas de auxilio a tomada de decisão, bem

como de busca e alocação do pessoal em campo de forma a aumentar a eficiência e

facilitar a logística para que o planejamento estratégico de busca e captura desses

marginais e delinquentes, que já tem causando prejuízos ao comercio em Goiânia,

fosse alcançado em menor tempo, evitando assim que novos casos surgissem.

21

A captura dos assassinos de moradores de rua, também teriam melhor

desempenho e rapidez se o monitoramento da cidade fosse maior e estivesse ligado

a sala de situação, que acompanharia e posicionaria os policiais de forma

estratégica para a captura desses assassinos bem como promoveria ações de

prevenção através de patrulhamento intensificado em regiões de maior concentração

de moradores de rua e de incidentes, evitando assim que mais casos venham a

ocorrer, como por exemplo, o centro da cidade aonde ocorreram 7 dos 19

assassinatos.

O combate e repressão ao trafico de drogas também melhoraria com a

implantação da sala de situação e expansão do monitoramento, uma vez que os

traficantes seriam identificados e localizados com maior eficiência, através de

câmeras que possuíssem sistemas de reconhecimento facial.

A corrupção policial também seria reduzida com a implantação de mini

câmeras que monitorassem os policiais e suas ações (câmeras de menor resolução

que possuem alta capacidade de armazenamento) ligadas diretamente a sala de

situação, que acompanharia em tempo real as ações policiais.

Pode-se constatar que a sala de situação é benéfica para a melhoria da

segurança publica e um grande facilitador para a redução e repressão da

criminalidade, e que a implantação desse sistema seria muito benéfica para Goiás,

aumentando significativamente o desempenho administrativo da segurança publica.

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http://www.radioriovermelho.com.br/site/noticia.php?id=2780 http://g1.globo.com/goias/noticia/2012/11/policia-descarta-relacao-entre-mortes-de-moradores-de-rua-em-goiania.html http://www.scribd.com/doc/6064823/3/surgimento-da-seguranca-publica-nas-sociedades